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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

10 passos de segurança do paciente - segunda parte

Na última edição falamos sobre cinco primeiros passos para a colaboração em termos de segurança do paciente no ambiente hospitalar, pois para os profissionais de enfermagem capacitados é comum o entendimento de que pacientes e familiares devem ser sujeitos e atores do seu processo de tratamento. Agora abordaremos os cinco últimos passos que são, na nossa opinião, tão importantes como os cinco primeiros. E devem ser colocados em prática como medida de cuidado em saúde. 6.ENVOLVIMENTO DE PACIENTE E FAMILIARES NO PROCESSO DE SEGURANÇA É importante que o paciente e seus familiares se envolvam no diagnóstico e tratamento de qualquer necessidade que requeira um tratamento especializado. É importante, fornecer informações importantes a respeito de si mesmo e interagindo com os profissionais da saúde. Lembre toda informação é relevante. Às vezes coisas que você possa considerar como rotineiras são extremamente importantes para o diagnóstico. Informações como dores crônicas, movimentos limitantes, falta de fala mesmo que momentânea e outras são sempre importantes. No caso de crianças ou de dependentes os pais e familiares devem envolver-se no fornecimento de informações. No Brasil necessitamos desenvolver uma nova mentalidade onde o paciente tem direitos e deveres (Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93- art.8º e nº74 de 04/05/94) assim como os profissionais que tratam de sua Saúde. Participe de sua assistência falando de histórico de saúde, da progressão de sua doença e dos sintomas e experiências com os tratamentos aos quais já foi submetido. Lembre-se: é seu direito receber explicações claras sobre o exame a que vai ser submetido e para qual finalidade irá ser coletado o material para exame de laboratório; ter informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações de diagnóstico e tratamentos e que pode decorrer delas, a duração do tratamento assim como de todo e qualquer tratamento a que se sugere como forma de atenção e cuidado. Exija dos profissionais de saúde a consulta de informações registradas no prontuário a respeito dos seus cuidados e procure se informar se os profissionais que cuidarão de você são competentes para prestar uma assistência segura. 7. COMUNICAÇÃO EFETIVA A comunicação é um processo recíproco, quando bem realizada, isto é ambos conseguem entender a informação recebida e dar a resposta adequada, isto facilitar e promover o desenvolvimento e o amadurecimento das pessoas e influencia comportamentos assim como nas relações de cuidador e de sujeito do cuidado. Tudo é comunicação: um gesto, um som, um dado escrito, um telefonema ou mesmo um e-mail, entre outras, são importantes na eficácia do entendimento entre as pessoas. Você, enquanto paciente, recebe cuidados de diversos profissionais e em diferentes locais, o que torna imprescindível a comunicação eficaz entre os envolvidos no processo. Algumas coisas acontecem no hospital e os pacientes e familiares devem ficar atentos. Por exemplo, entre todos os profissionais de saúde existe um procedimento chamado passagem de plantão. Na passagem de plantão, troca de turno entre profissionais que prestam assistência, acontece a transmissão de informações entre os profissionais que terminam e os que iniciam o período de trabalho, sendo realizadas normalmente de forma verbal, mas tudo o que foi falado deverá ter sido antes registrado de forma escrita. Neste momento é comum entre eles falarem sobre o estado dos pacientes, tratamentos, assistência prestada, intercorrências, pendências e situações referentes a fatos específicos da local de internação que merecem atenção. Fique atento! Se necessário, confirme informações que você julgue importantes como pedidos e resultados de exames, previsão do tratamento, recomendações sobre os cuidados e as alterações significativas que aconteceram nas últimas horas. Os profissionais que mais praticam este procedimento são os de enfermagem, médicos e fisioterapeutas. Lembre-se que a gravidade do paciente e a complexidade dos cuidados favorecem a ocorrência de erros de omissão ou de distorção da comunicação entre os profissionais, comprometendo, assim a assistência de Enfermagem e os cuidados à saúde do paciente. 8. PREVENÇÃO DE QUEDA A queda pode ser definida como a situação na qual o paciente, não intencionalmente, vai ao chão ou a algum plano mais baixo em relação à sua posição inicial. A avaliação periódica dos riscos que cada paciente apresenta para ocorrência de queda orienta os profissionais a desenvolver estratégias para sua prevenção. Assim, é importante que os familiares e o próprio paciente estejam atentos para a observação da implantação do protocolo de prevenção de quedas. Este inclui: - A identificação de pacientes de risco com a utilização de pulseiras de alerta, normalmente amarelas ou vermelhas; - A grade da cama elevada, acompanhante sempre presente; - Movimentações do paciente sempre acompanhada por profissionais de enfermagem. Chame sempre, não tenha medo ou vergonha. Nós profissionais de enfermagem estamos disponíveis 24 horas por dia para ajudar e cuidar, e às vezes não chamar cria problemas de difícil resolução para todos; - Uso de medicação com cautela e informação sobre sonolência e perda de capacidade de vigilância; - Uso de sapatilhas antiderrapantes entre outros. Neste grupo de prevenção estão os pacientes de idade menor que 5 anos ou maior que 65 anos, agitados, com problemas neurológicos, com uso de medicações com efeito colateral,pacientes com problemas visuais entre outros. Então fica combinado: na dúvida, solicite um enfermeiro, quer para orientá-lo, quer para ajudá-lo. 9. PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO Úlcera por pressão é uma lesão na pele e ou nos tecidos ou estruturas subjacentes, geralmente localizada sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão isolada, ou combinada com fricção e/ou cisalhamento. A avaliação periódica dos riscos que cada paciente apresenta para a ocorrência de úlceras por pressão orienta os profissionais a desenvolver estratégias para sua prevenção. Os fatores mais comuns que levam ao risco aumentado para úlcera por pressão: dificuldade em se locomover no leito, pele muita fina e sem proteção, local muito úmido principalmente quando o paciente não consegue segurar a urina ou quando o processo alimentar tem problemas e resulta em desnutrição, emagrecimento ou engorda muito extremos. Os profissionais de enfermagem estão preparados com protocolos e medidas de enfermagem específicas para este fim. Quando bem aplicadas, o paciente raramente tem ulcerações de pele. É muito importante que os lençóis estejam secos, sem vincos e sem restos alimentares, que a pele do paciente esteja sempre hidratada com cremes especiais, e que a movimentação no leito aconteça a cada duas horas no mínimo. Agora você já sabe que ficar quietinho demais no leito hospitalar também pode ser um problema de saúde. Podem aparecer feridinhas nos calcanhares, no quadril, nos ombros, nos cotovelos, na região do quadril e em paciente que tem a pele da orelha muito fininha. 10.SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA A segurança na utilização da tecnologia compreende o benefício e o impacto no uso de um ou mais recursos, em prol do restabelecimento da saúde do paciente. Visa identificar soluções que têm como propósito promover melhorias específicas em áreas de maior risco na assistência à saúde, para que a tecnologia seja utilizada de maneira apropriada. Assim é muito importante que pacientes e familiares não mexam em equipamentos controlados e monitorados por profissionais. Na dúvida, lembre-se: é só chamar um enfermeiro! Conhecendo os dez passos para a segurança do paciente você estará ajudando a proteger e cuidar melhor. Afinal de contas paciente e familiares quando integrados a equipe de saúde no seu tratamento são a melhor estratégia de atenção adequada. No próximo encontro vamos falar sobre os direitos do paciente. Gostaria de poder contar com você. Caso tenha alguma pergunta ou dúvida, mantenha contato. postado por Sarah Munhoz http://www.saudebusinessweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=211

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