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quinta-feira, 31 de março de 2011

Remédio para diabetes emagrece? Não!

Especialistas rechaçam o uso de metformina para perder peso e explicam quais são os riscos

Na ânsia por conquistar um corpo magro tem feito com que muitas pessoas recorram a remédios para diabetes, em nada indicados para o emagrecimento.

Na tentativa de eliminar os quilos extras, mulheres e homens, mesmo sem serem portadores da doença metabólica, tentam fazer das drogas a base de metformina (substância usada para controlar a insulina) uma forma arriscada e também pouco eficiente de perder peso.

O método perigoso já era usado há mais de três anos e agora pode ter ganhado um incentivo extra para continuar frequentando o “cardápio” de quem rifa a saúde em prol da boa forma.

A metformina, substância presente nos principais medicamentos usados no controle do diabete tipo 2 - como Glifage, Dimefor, Glucoformin, Glucophage - não é de uso controlado e “escapa” do cerco fechado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra as medicações comprovadamente usadas para o emagrecimento. Após o País consumir 6 toneladas dessas classes de medicamentos, o governo federal passou a acompanhar mais de perto as vendas e prescrições dessas drogas, o que culminou na abertura de sindicâncias contra os profissionais. A metformina está fora deste monitoramento.

Os riscos para quem não é diabético
O problema de usar metformina para emagrecer, por quem não é diabético, é o enjôo frequente e a acidose láctea (uma fraqueza muscular intensa), alertam a Sociedade Brasileira do Diabetes (SBD), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira de Estudo para Obesidade (Abeso) .

Para quem tem alguma disfunção renal (doença que dobrou em 10 anos) ou insuficiência respiratória, o uso pode ser fatal, alerta Amélio Godoy Matos, membro do departamento da Sbem .

“A ação (da metformina) é diminuir a resistência a insulina e não faz nenhum sentido usar para emagrecer. Isso pode trazer dois problemas sérios”, pontua Godoy Matos. “Um é acidose lática, que pode levar a morte em casos extremos. Além disso, o uso é totalmente contraindicado para quem tem diminuição da função renal, insuficiência cardíaca e qualquer infecção ou quadro de desidratação. O uso misturado ao álcool do medicamento é mais do que proibido”, completa o médico.

Saulo Cavalcanti da Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, ressalta que a medicação é excelente para o tratamento do diabetes tipo 2, “a melhor que existe”, com a vantagem de ter um preço mais acessível. “Mas a única explicação para acreditarem que este remédio pode ter influência no emagrecimento é que algumas pessoas têm náusea como efeito colateral e, por isso, não comem, o que é pouco eficiente para emagrecer.”

A vice-presidente da Abeso, Leila Araujo, acrescenta que a medicação diminui a resistência a insulina. “Os consensos todos, nacionais e internacionais, são contra o uso de metformina em indivíduos não diabéticos. É pouco eficiente para emagrecer. Quem utiliza, não conhece a medicação e nem suas indicações”.

Anvisa suspende fabricação, comércio e uso de produto emagrecedor

Empresas importadoras do produto não têm registro na agência

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, importação, distribuição, o comércio e uso do produto dietrine em todas as suas denominações (Dietrine Phaseolamin, Dietrine Fimbriata, entre outras). Segundo a Anvisa, o produto é fabricado e importado por empresas desconhecidas, que não têm registro na agência.

O dietrine é um suplemento para perda de peso, que reduz a digestão de calorias, provocando o emagrecimento. A resolução publicada no Diário Oficial da União vale a partir de hoje (31).

Direitos do Paciente

Já falamos sobre diferentes faces da segurança do paciente na área de saúde. Agora cabe refletir um pouco sobre como este paciente tem seus direitos garantidos por lei e talvez não os use considerando que a ausência de informação tem sido um fator que muito tem contribuído para que nos continuemos na situação de paciente.

O mundo mudou e hoje os serviços de saúde são considerados realmente um elemento que tem mercado e características de venda e entrega de serviços. Assim sendo o paciente tem uma nova condição a de consumidor e, portanto já começa a surgir no mercado um novo consumidor de serviços de saúde o PACLIENTE (tem características de paciente por sua doença, mas requer o tratamento de cliente no papel de consumidor)

Quando falamos em paciente-consumidor lembramos que os serviços de saúde embora tenham especificidades como o binômio saúde x doença e vida x morte requer que na entrega dos serviços e cuidados seja mantido o norte da saúde e manutenção da vida em condições de se viver bem. Temos que no exercício de nossos direitos resgatarem algo que vem se perdendo com o tempo “a personalização da assistência a saúde”. Naquele momento eu paciente, consumidor ou pacliente tenho que ser único e receber uma assistência livre de riscos e acima de tudo de forma ética e moral.

Em outras palavras, queremos apenas chamar a atenção para o fato de que o paciente, a, não pode mais ser apenas o sujeito passivo e inerte da prestação de serviços de saúde, mas sim o titular de direitos que, entre outras coisas, conferem-lhe o poder de participar ativamente do tratamento.

Em 17 de março de 1999, o Governador do Estado de São Paulo, Mário Covas, promulgou a Lei nº 10.241, de autoria do Deputado Roberto Gouveia, que "dispõe sobre os direitos dos usuários dos serviços e das ações de saúde no Estado e dá outras providências", cujo texto é seguinte:

Artigo 1º – A prestação dos serviços e ações de saúde aos usuários de qualquer natureza ou condição, no âmbito do Estado de São Paulo, será universal e igualitária, nos termos do artigo 2º da Lei Complementar nº 791 de 9 de março de 1995.

Artigo 2º – São direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo:

I - ter um atendimento digno, atencioso e respeitoso;

II - ser identificado e tratado pelo seu nome ou sobrenome;

III - não ser identificado ou tratado por:

a) números
b) códigos; ou
c) de modo genérico, desrespeitoso, ou preconceituoso;

IV - ter resguardado o segredo sobre seus dados pessoais, através da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública;

V - poder identificar as pessoas responsáveis direta e indiretamente por sua assistência através de crachás visíveis , legíveis e que contenham:

a) nome completo;
b) função;
c) cargo; e
d) nome da instituição;
VI - receber informações claras, objetivas e compreensíveis sobre:
a) hipóteses diagnósticas;
b) diagnósticos realizados;
c) exames solicitados;
d) ações terapêuticas;
e) riscos, benefícios e inconvenientes das medidas diagnósticas e terapêuticas propostas;
f) duração prevista do tratamento proposto;
g) no caso de procedimentos de diagnósticos terapêuticos invasivos, a necessidade ou não de anestesia, o tipo de anestesia a ser aplicado, instrumental utilizado, as partes do corpo afetadas, os efeitos colaterais, os riscos e conseqüências indesejáveis e a duração esperada do procedimento.
h) exames e condutas a que será submetido;
i) a finalidade dos materiais coletados para exame;
j) alternativas de diagnósticos e terapêuticas existentes no serviço de atendimento ou em outros serviços: e
l) o que julgar necessário:

VII - consentir ou recusar de forma livre, voluntária e esclarecida, com adequada informação, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados:

VIII - acessar, a qualquer momento, o seu prontuário médico, nos termos do artigo 3º da Lei Complementar nº 791 de 9 de março de 1995:

IX - receber por escrito o diagnóstico e o tratamento indicado, com a identificação do nome do profissional e o seu número de registro no órgão de regulamentação e controle da profissão:

X - vetado:

XI - receber as receitas:

a) com nome genérico das substâncias prescritas;
b) datilografadas ou em caligrafia legível;
c) sem a utilização de códigos ou abreviaturas;
d) com o nome do profissional e seu número de registro no órgão de controle e regulamentação da profissão; e
e) com assinatura do profissional:

XII - conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados (partes do sangue que podem ser administradas de forma especifica, de acordo com a necessidade) e poder verificar, antes de recebê-los, os carimbos que atestaram a origem, sorologias efetuadas e prazo de validade:

XIII - ter anotado em seu prontuário, principalmente se inconsciente durante o atendimento:

a) todas as medicações com suas dosagens utilizadas; e
b) registro da qualidade de sangue recebida e dos dados que permitam identificar a sua origem, sorologias e prazo de validade;

XIV - ter assegurado durante as consultas, internações, procedimentos diagnósticos e terapêuticos e na satisfação de suas necessidades fisiológicas:

a) a sua integridade física;
b) a privacidade;
c) a individualidade:
d) o respeito aos seus valores éticos e culturais:
e) a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal; e
f) a segurança do procedimento;

XV - ser acompanhado, se assim o desejar, nas consultas e internações por pessoas por ele indicada;

XVI - ter a presença do pai aos exames pré-natais e no momento do parto;

XVII - vetado;

XVIII - receber do profissional adequado, presente no local, auxilio imediato e oportuno para a melhoria do conforto e bem estar:

XIX - ter um local digno e adequado para o atendimento;

XX - receber ou recusar assistência moral, psicológica, social ou religiosa;

XXI - ser prévia e expressamente informado quando o tratamento proposto for experimental ou fizer parte de pesquisa:

XXII - receber anestesia em todas as situações indicadas:

XXIII - recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida: e

XXIV - optar pelo local de morte.

& 1º - A criança ao ser internada terá em seu prontuário a relação das pessoas que poderão acompanhá-la integralmente durante o período de internação.

& 2º - A internação psiquiátrica observará o disposto na Seção III do Capítulo IV do Título I da segunda parte da Lei Complementar nº 791 de 9 de março de 1995.

Assim faça o seu papel, exija que seus direitos sejam respeitados. Assim poderemos ver uma luz no fim do túnel com o resgate da credibilidade, da confiança e da segurança ao entrarmos numa unidade de saúde.

Que os profissionais e serviços de saúde quando cobrados possam se tornar atentos no sentido de que melhorar as relações existentes entre unidade de saúde, fontes pagadoras aqui incluindo-se o SUS, profissionais, pacientes e familiares num processo amplo e democrático de confiança e respeito entre as partes envolvidas.

Fique atento, exija seus direitos. Não olhe somente para um foco, mas para todas as partes. Afinal de contas é a sua qualidade de vida e saúde que estão em jogo.

Até a próxima!

postado por Sarah Munhoz

Greve dos médicos recebe apoio da OAB

por CFM

30/03/2011

Para a Ordem, a medida é importante para que os órgãos responsáveis repensem sobre o modelo atual dos programas de assistência à saúde

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo (OAB/SP) está divulgando à classe médica e à população carta de apoio ao movimento do dia 7 de abril, quando será suspenso o atendimento eletivo aos planos de saúde, sendo mantidas as urgências e emergências.

No texto, que você confere abaixo, a instituição diz considerar válido o alerta e cobra providências dos órgãos responsáveis.

À População/Médicos
"A Greve Branca de 07/04/2011"

Em reunião realizada no dia 17/03/2011, a Comissão de Estudos sobre Planos de Saúde e Assistência Médica tomou conhecimento da greve que irá ocorrer no dia 07/04/2011, quando os médicos irão paralisar por 24hs o atendimento aos pacientes que dependem de planos de saúde (exceto atendimentos emergenciais), protestando por melhores pagamentos em relação aos planos de saúde.

Vimos com muita preocupação a situação assistencial da saúde no Brasil.

Acreditamos que o movimento da classe médica é válido, pois os prestadores de serviço buscam melhorias junto às empresas de Assistência Médica.

A população deve absorver este primeiro momento apenas como um alerta e aguardando por resultados positivos, para que isto reflita futuramente no social e na economia individual.

A conseqüência deste movimento é que os órgãos responsáveis juntamente com o Poder Público repensem sobre o modelo atual dos programas de assistência a saúde, para que possamos obter um respeito maior a cidadania.

Paulo Oliver
Presidente da Comissão de Estudos sobre Planos de Saúde e Assistência Médica

Anahp lançará manual de governança clínica

por Saúde Business Web

30/03/2011

Manual vai reunir princípios e diretrizes recomendados pela entidade sobre modelos de organização do corpo clínico

A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) realizou na última quinta-feira (24) o "Seminário Convergências na Saúde - Organização do Corpo Clínico", que reuniu cerca de 70 gestores de instituições de saúde de todo o País, na sede da entidade, em São Paulo. Na ocasião, o superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e coordenador do "Projeto Organização do Corpo Clínico da Anahp", apresentou a iniciativa, em execução, do Manual de Governança Clínica da associação - previsto para ser lançado ainda neste ano.

O manual vai reunir princípios e diretrizes recomendados pela Anahp sobre modelos de organização do corpo clínico, de forma a incentivar a excelência na prática clínica, o uso racional de recursos e a integração com a equipe assistencial.

"Trata-se de uma iniciativa pioneira no mercado da saúde. Nossa expectativa é que este manual possa se tornar uma referência para o setor e para todos os hospitais do país, servindo como um guia de boas práticas em gestão médica e assistencial", explicou, em comunicado, Cendoroglo.

Durante o evento, foram abordados temas como princípios e diretrizes para organização do corpo clínico; as diferenças de atribuição entre Diretor Técnico e Diretor Clínico; o respeito à autonomia do médico e os atributos do profissional para exercer a posição de Diretor Médico; e a concessão de benefícios para os profissionais médicos.

Durante o seminário, o diretor clínico do Hospital Pró-Cardíaco, do Rio de Janeiro, Evandro Tinoco Mesquita, moderou um talk show sobre a avaliação de desempenho do corpo clínico e suas experiências no setor. Participaram: Dr. João Pantoja, Diretor Clínico da Rede D"Or (RJ); Dr. José Jair Arruda, Diretor Clínico do Hospital São Luiz (SP) e Dr. Sandro Chaves, Diretor Técnico do Hospital Mater Dei (MG).

"Há alguns anos, as origens dos problemas na saúde eram desconhecidas. Existia uma grande dificuldade em prognosticar a evolução de doenças. Os profissionais da saúde e as instituições hospitalares eram independentes e os diagnósticos e tratamento ficavam a critério de cada médico. Hoje, temos a precisão diagnóstica, previsibilidade da evolução de doenças, precisão terapêutica, diagnóstico e tratamento com base em protocolos detalhados e a responsabilidade passa a ser do médico e de outros profissionais da saúde", comentou Pantoja. "Avaliar o desempenho médico deve ser uma decisão de toda a administração", reforçou Dr. Evandro Tinoco.

Vagas de saúde tem aumento de 12,35% - confira as áreas

por Saúde Business Web

30/03/2011

A carreira que mais cresceu desde o ano passado foi a de Biomedicina, com 43%. Famárcia em São Paulo é quem lidera o ranking com 313 vagas

O portal vagas divulgou crescimento de 12,35% no número de oportunidades de emprego em aberto para a área de saúde quando comparado ao mesmo período de 2010. A carreira que mais cresceu desde o ano passado foi a de Biomedicina, com 43% mais de oportunidades em relação ao ano anterior. Seguindo de perto, está a área Medicina/Hospitalar, com mais 35,16% de empregos

Outras carreiras que tiveram um considerável acréscimo no número de vagas foram: enfermagem, nutrição e segurança e saúde no trabalho.

Até março de 2011, oportunidades na área de famárcia em São Paulo é quem lidera o ranking com 313 vagas em aberto, seguida de enfermagem, com 218.

Confira a divisão por estados no link abaixo:

Seus contratos podem ser vistos à luz do dia?

As relações jurídicas no mundo moderno estão cada vez mais complexas e diversificadas. Com os médicos e seus tomadores de serviços não poderia ser diferente. E, como em todas as relações humanas, esta deve ser regida pela boa-fé, mas nem sempre este princípio contratual está presente nas do médico com o tomador de serviços, em que se espera (espera-se muito) seja a legislação cumprida.

Esse “espera-se muito” não é sem razão. O judiciário está cheio de casos de médicos e tomadores de serviços com a melhor das intenções, mas, que, muitas vezes, não podem mostrar suas relações jurídicas assim, à luz do dia.

Antes de tudo, vamos deixar claro alguns tipos de contratação e suas principais características.

Podemos começar pela tradicional relação celetista, ou seja, a relação de emprego, disciplinada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que comporta o médico como empregado e o tomador dos serviços como empregador.

Para tanto, é necessária a presença concomitante dos requisitos: pessoalidade (pessoa física), prestação de serviços não eventual, dependência (subordinação) e salário. Além das obrigações impostas na CLT ao empregador, há também legislação esparsa e convenção coletiva da categoria que consagram outros direitos ao empregado, por exemplo, depósito mensal do FGTS numa conta vinculada junto à Caixa Econômica Federal, data-base do aumento salarial e respectivo percentual.

A pessoalidade significa que o serviço só pode ser prestado pelo médico “x” contratado pelo empregador, ou seja, aquele não pode se fazer substituir por outro médico, ainda que da mesma especialidade. A prestação dos serviços tem que ser contínua, constante, ininterrupta, portanto, não eventual.

Já a dependência prevista na lei não é a profissional, vale dizer, não há e nem poderá haver interferência na autonomia do médico, mas sim a dependência e subordinação vinculadas ao ”modus operandi” da prestação de serviços, por exemplo, o médico tem que cumprir os horários e escalas determinados pelo empregador e registrar horários de entrada, saída e refeições. Não há liberdade para o médico estabelecer os seus horários de forma variável de acordo com a sua agenda e outros compromissos particulares e profissionais.

O salário é a contraprestação pecuniária paga pelo empregador ao médico empregado.

É muito comum haver a prestação de serviços médicos por intermédio de pessoa jurídica, ou seja, a empresa cujos sócios são médicos é contratada pela instituição/empresa ou plano de saúde. Este é um contrato regido pela legislação civil.

Aqui cabe uma divisão no que tange às particularidades do contrato, vez que a contratação da pessoa jurídica de médicos por planos de saúde, ou deles diretamente como pessoa física, tem normatização específica, sem prejuízo do Código Civil: Resolução Normativa 71/2004 - ANS.

Aliás, não podemos deixar de citar o movimento que as respeitáveis entidades da classe médica estão fazendo: AMB, CFM e FENAM, com vistas à paralisação no próximo dia 7 de abril para, dentre outras diretrizes, exigirem a regularização dos contratos entre operadoras e médicos, nos moldes da Resolução acima mencionada.

Há outra forma de prestação de serviços que se dá por intermédio de cooperativa, que é uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias e legislação específica: lei 5.764/71, na qual não se tem as amarras de uma relação de emprego e onde há a busca, pelos cooperados, de um objetivo comum, mas com independência na execução dos serviços.

Por fim, há o trabalhador autônomo, que presta serviços eventuais, assumindo integralmente os riscos, tendo total discricionariedade e organização na sua prestação de serviços.

Fraude X Boa-fé

Dadas as diferenciações, vamos aos problemas.

É importante frisar que, não obstante existir contrato regido pela legislação civil, nos casos em que há intermédio da pessoa jurídica de médicos, se a realidade fática levar à caracterização da relação de emprego, conforme os requisitos acima expostos poderá haver pelo Poder Judiciário, nos termos do art. 9º da CLT, a declaração de nulidade de tal instrumento contratual, vez que ele poderá ter existido apenas para fraudar direitos trabalhistas do médico, e o reconhecimento deste como empregado do tomador de serviços, tudo em respeito ao princípio da primazia da realidade.

Noutra linha de raciocínio, também não é medida de justiça e muito menos de ética, tenha o profissional médico se beneficiado da relação jurídica civil pelo tempo que lhe foi conveniente, na qual ele teve liberdade de estabelecimento de horários, de elaboração de escalas, de substituição por outro colega, sem subordinação jurídica e, de repente, entenda que a sua relação jurídica era empregatícia.

Deparamo-nos rotineiramente com as duas situações na Justiça do Trabalho. Numa verifica-se a fraude geralmente de fácil identificação, noutra, a total falta de boa-fé - para se usar um eufemismo.

Em qualquer forma de prestação de serviços, necessário, para segurança das partes, que haja o instrumento contratual (contrato escrito) que reflita a realidade pretendida e vivida por elas na consecução do seu objeto, bem como que as partes norteiem esta relação sempre com boa-fé, esta, agora, em seu significado literal.

postado por Verônica Cordeiro da Rocha Mesquita

Saúde distribui medicamento atazanavir em todo Brasil

por Agência Brasil

30/03/2011

Todas as 700 unidades dispensadoras de medicamento do país já estão abastecidas com o antirretroviral

O Ministério da Saúde informou na terça-feira (29) que todas as 700 unidades dispensadoras de medicamento do país já estão abastecidas com o antirretroviral atazanavir de 300 miligramas (mg), que estava em falta. A distribuição foi concluída no último fim de semana.

O remédio é um dos 20 antirretrovirais usados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de 33.250 portadores do vírus da aids. O medicamento é prescrito principalmente para pacientes adultos que estão começando o tratamento.

O lote adquirido, cerca de 2 mihões de cápsulas, garante o abastecimento até junho, de acordo com a pasta. Há ainda 2,9 milhões de cápsulas, também do primeiro lote, que aguardam certificação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e que devem ser entregues nas próximas semanas.

A segunda remessa, de 4,9 milhões de cápsulas, está prevista para chegar ao país até o fim de abril. O terceiro e quarto lotes do medicamento, também com 4,9 milhões de cápsulas cada, deverão ser entregues em agosto e em dezembro, respectivamente.

A previsão do ministério é que sejam distribuídas mais 14,7 milhões de cápsulas até o final do ano. Cada remessa garante quatro meses de fornecimento.

Por meio de nota, o ministério ressaltou que o atazanavir 200mg está com estoque regularizado em todo o país. Aproximadamente 7,5 mil pacientes usam o medicamento. No início de março, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde emitiu nota técnica orientando os serviços de saúde a adotar medidas como o fracionamento da medicação ou mesmo a substituição, quando necessário, do atazanavir 300mg. Atualmente, 200 mil pessoas fazem uso dos antirretrovirais fornecidos pelo governo.

Intermédica investe R$ 25 mi em pacote de benefícios

por Saúde Business Web

30/03/2011

Benefício, para mais de 1,5 milhões de pessoas, possui 81 procedimentos adicionais às determinações da ANS. Veja quais são

A Intermédica anuncia o lançamento de um pacote de benefícios, chamado Pacote +80, que contempla um rol de 81 procedimentos a mais do que determina a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para o programa, a companhia arcará com um custo de 25 milhões ao ano (equivalentes a 15% do seu lucro antes do Ebtida).

Alguns dos benefícios inclusos são: Programa Estendido de Saúde Mental, PAC - Programa de Apoio ao Paciente Crônico, Cessão de Equipamentos Hospitalares para uso Domiciliar, Fonoaudiologia em Grupo e Tratamento Ortodôntico.

De acordo com a empresa, os serviços devem atingir mais de 1,5 milhão de pessoas e serão estendidos aos associados, titulares e dependentes de seus clientes empresariais, sem nenhum custo adicional na mensalidade. Cerca de 85% dos beneficiados pertencem à classe C.

Além disso, existem alguns procedimento adicionais com custos reduzidos como, por exemplo, cobertura para exclusões contratuais (inclusive cirurgia plástica), implantes dentários e próteses, check-up com orientação médica, gestão de absenteísmo e afastamentos.

"O que está sendo oferecido é ir além do plano de saúde que as empresas contrataram. A grande mudança é que com este lançamento ninguém mais vai poder pensar em tratar somente doenças sem investir em prevenção", destacou, em comunicado, o diretor médico da Intermédica, Pedro Onófrio.

O pacote estará disponível no Rio de janeiro e Grande Rio de Janeiro, São Paulo e Grande São Paulo, Santos e Baixada, Sorocaba e região, Campinas e região, Jundiaí e região, e nos serviços próprios da Intermédica.

Entenda o benefício:

I - 81 procedimentos adicionais ao rol exigido pela a ANS: 13 cirurgias laparoscópicas do aparelho digestivo - incluindo o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida; 13 procedimentos em otorrinolaringologia realizados por videoendoscopia; 29 em cirurgia urológica realizados por vídeolaparoscopia; 6 laparoscópios em ginecologia e obstetrícia; 11 procedimentos de diagnose e terapia; 3 por videotoracoscopia em cirurgia torácica e 6 relacionados à saúde mental e fonoaudiologia.

II - Programa Estendido de Saúde Mental
Para o cuidado de pacientes portadores de doenças mentais, tais como: sessões de terapia ocupacional individual, sessões de terapia ocupacional em grupo, sessões de psicologia individual, psicoterapia em grupo, diárias hospitalares em saúde mental, tudo isso sem limites, ampliando o que a ANS exige no rol de procedimentos.

III - Equipamentos Hospitalares para uso Domiciliar sem custo;
IV - Fonoaudiologia em Grupo sem limites de sessões;
V - Colocação de Aparelhos Ortodônticos sem custo;
VI - Clube Ten - Benefícios com descontos em opções de lazer, entretenimento, faculdades, restaurantes;
VII - Qualivida - Programa de Medicina Preventiva
Programa estendido a todos os associados elegíveis. Neste programa destacam-se:

• Programa de Educação para Saúde: cursos, palestras, oficinas de qualidade de vida, orientações individuais e em grupo, programação com mais de 60 temas;
• Programa Qualivida nas Empresas;
• PAC - Programa de Apoio ao Paciente Crônico: acompanhamento em tempo real com equipe multiprofissional para pacientes com doenças crônicas como diabetes, hipertensão, angina, insuficiência cardíaca, asmáticos, obesidade mórbida,outros;
• PAI - Programa de Assistência ao Idoso: tratamento abrangente e multidisciplinar especializado em idosos com índice de atividades diárias comprometidas.
• CASE - Assistência Multiprofissional aos portadores de doenças graves e complexas: suporte específico com equipes multiprofissionais e Call Center ininterrupto 365 dias por ano;
• PGS - Programa Gestação Segura: promoção da saúde da gestante com atenção especial às grávidas de alto risco;
• Programa Saúde da Mulher e Materno-Infantil, Incentivo ao Parto Normal, Aleitamento Materno , Programa de Prevenção e Tratamento de Lombalgias e problemas de Coluna, entre outros.

Radiologistas do HC entrarão em greve no dia 7 de abril

por Verena Souza

30/03/2011

Protesto repudia a retirada do adicional de insalubridade (os 40%) dos técnicos e tecnólogos das unidades estaduais de saúde

O departamento de radiologia do complexo do Hospital das Clínicas em São Paulo vai entrar em greve no dia 07 de abril - data em que se comemora o dia mundial da saúde e que também está prevista paralisação dos médicos que atendem planos de saúde. De acordo com o Sindicato dos técnicos em radiologia do Estado de São Paulo (Sintaresp), o protesto repudia a retirada do adicional de insalubridade (os 40%) dos técnicos e tecnólogos das unidades estaduais de saúde.

Nesta última terça-feira (29), a categoria do HC e outras unidades de saúde realizaram um ato para informar à população sobre a política do governo Alckmin que, segundo o sindicato, desrespeita a legislação do salário mínimo, pois o vencimento básico dos técnicos em radiologia pagos pela Secretaria Estadual de Saúde está em R$ 222,48 para a jornada semanal de trabalho de 20 horas.

De acordo com o ex-vice presidente do Sintaresp e funcionário do HC, o piso salarial de R$ 1.526, estabelecido em convenção coletiva da categoria no Estado, também vem sendo desrespeitado.

A categoria enviou, desde janeiro, dois ofícios à Secretaria de Saúde reivindicando melhores condições de trabalho, mas não obteve resposta até o momento. "Não fomos atendidos pelo Secretário da Saúde de São Paulo, vamos protocolar um aviso de greve nesta Secretaria", disse o órgão em comunicado.

Segundo o assessor do sindicato, Genival Monteiro, o Sintaresp tem recorrido a outras formas para tentar solucionar os problemas. "Nós levamos a situação ao gabinete da assembléia legislativa para tentar apoio de parlamentares", explicou.

Aplicativo leva Código de Ética Médica para iPhone, iPod e iPad

por CFM

30/03/2011

Desde o lançamento, está em primeiro lugar na Apple Store, na categoria Médica. Foram 1.195 downloads até o dia 26 de março

Todo o conteúdo do novo Código de Ética Médica pode estar disponível no bolso dos médicos brasileiros. Esta é a proposta de um aplicativo para iPhone desenvolvido pela MedPhone em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Em português, o aplicativo é grátis e está sendo muito bem avaliado pelos usuários. Oferece todo o conteúdo com artigos divididos em capítulos para facilitar a leitura, opção de busca de palavras para a procura de temas específicos, acesso ao índice remissivo virtual como outra possibilidade de visualização dos temas, opção para adicionar os artigos mais usados como favoritos, e opção para compartilhar os artigos com qualquer e-mail, instantaneamente. Além disso, já está todo preparado para as telas Retina de iPhones 4 e iPods touch 4G.

Desde o lançamento, está em primeiro lugar na Apple Store, categoria Médica. Foram 1.195 downloads até o dia 26 de março. O desenvolvedor, Ricardo Maranhão, é estudante de medicina do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, em Pernambuco.

Associação médica prepara manual com orientações sobre cirurgias plásticas

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (ABCP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), prepara um manual com orientações para médicos e pacientes sobre a realização de cirurgias plásticas. O lançamento da obra deve ocorrer até setembro deste ano.

De acordo com o presidente da ABPC, Sebastião Guerra, o manual vai abordar temas como a presença de um anestesista durante o procedimento. Em cirurgias de pequeno porte, como a de correção de pálpebra, a presença do especialista não será obrigatória – desde que o paciente esteja saudável.

Já procedimentos de médio e grande porte, como uma cirurgia na mama, mesmo que seja necessária apenas anestesia local, terão a recomendação da presença do anestesista.

Outro aspecto a ser abordado pelo manual tratará da quantidade de gordura retirada em cirurgias plásticas como as lipoaspirações. Atualmente, o limite recomendado pelo CFM é de 5% do peso corporal. O valor está sendo revisto e, segundo Guerra, poderá sofrer alterações.

A realização de exames pré-operatórios também é uma das recomendações que devem aparecer no manual. O presidente da ABPC explicou que, no caso de realização de plástica abdominal, é preciso verificar, por exemplo, se a pessoa tem cálculo na vesícula, lesão uterina, tumor no útero ou cisto no ovário. “A avaliação clínica é sempre soberana. O médico tem que sentar, avaliar e fazer uma pesquisa naquela pessoa”, disse.

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de cirurgiões plásticos em todo o mundo – perde apenas para os Estados Unidos. “Como estão sendo lançados, a cada dia, muitos cirurgiões plásticos jovens no mercado, o manual serve para resguardar a segurança do paciente”, destacou Guerra.

Para ele, os profissionais brasileiros são bem informados. Depois de concluírem o curso de medicina, estudam mais cinco anos para obter a especialização em cirurgia plástica.

Os estudos para a confecção do manual estão sendo feitos desde fevereiro do ano passado. Todos os cirurgiões plásticos membros da ABPC deverão receber uma cópia do material.

Ministério garante ter distribuído antirretroviral a todos os estados

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério da Saúde informou hoje (29) que todas as 700 unidades dispensadoras de medicamento do país já estão abastecidas com o antirretroviral atazanavir de 300 miligramas (mg), que estava em falta. A distribuição foi concluída no último fim de semana.

O remédio é um dos 20 antirretrovirais usados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de 33.250 portadores do vírus da aids. O medicamento é prescrito principalmente para pacientes adultos que estão começando o tratamento.

O lote adquirido, cerca de 2 mihões de cápsulas, garante o abastecimento até junho, de acordo com a pasta. Há ainda 2,9 milhões de cápsulas, também do primeiro lote, que aguardam certificação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e que devem ser entregues nas próximas semanas.

A segunda remessa, de 4,9 milhões de cápsulas, está prevista para chegar ao país até o fim de abril. O terceiro e quarto lotes do medicamento, também com 4,9 milhões de cápsulas cada, deverão ser entregues em agosto e em dezembro, respectivamente.

A previsão do ministério é que sejam distribuídas mais 14,7 milhões de cápsulas até o final do ano. Cada remessa garante quatro meses de fornecimento.

Por meio de nota, o ministério ressaltou que o atazanavir 200mg está com estoque regularizado em todo o país. Aproximadamente 7,5 mil pacientes usam o medicamento. No início de março, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde emitiu nota técnica orientando os serviços de saúde a adotar medidas como o fracionamento da medicação ou mesmo a substituição, quando necessário, do atazanavir 300mg. Atualmente, 200 mil pessoas fazem uso dos antirretrovirais fornecidos pelo governo.

Brasil produzirá remédios contra câncer em parceria com laboratório multinacional

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Brasil começará a produzir medicamentos contra o câncer por intermédio de parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório multinacional Roche. Atualmente, o país gasta cerca de R$ 2 bilhões por ano com a importação de remédios para tratamento de câncer. A informação foi divulgada hoje (30) pelo presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, durante assinatura de acordo com a Roche para a produção nacional de medicamento contra rejeição de transplantes.

O acordo para a produção de medicamentos anticâncer será definido por um grupo de estudos constituído com o laboratório e deve ser anunciado nos próximos meses, afirmou Paulo Gadelha. “Este ano, nossa intenção é fechar outro acordo com a Roche, caminhando para a área de oncológicos, que é um dos objetivos estratégicos da política do Ministério da Saúde. A ideia é começar a definir a incorporação de tecnologia. Definida a incorporação, começamos o processo gradativo de internalização da produção.”

O presidente da Fiocruz ressaltou que o laboratório estrangeiro tem conhecimento fundamental na pesquisa de drogas contra o câncer. “A Roche tem medicamentos muito importantes na área de oncológicos. Estamos desenhando uma agenda de trabalho para que o próximo passo do acordo se estabeleça nesse campo. São medicamentos que têm um custo enorme para o Ministério da Saúde e que estão na pauta de estudos, com possibilidade de transferência de tecnologia.”

A assinatura do acordo com a Roche contou com a presença do presidente mundial da empresa, Severin Schwan, e do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

“O país gasta [por ano] cerca de R$ 2 bilhões em medicamentos oncológicos. É uma área muito crítica e, ao recebermos boas propostas de produtores públicos, como a Fiocruz, vamos considerar com muita prioridade. O Brasil é fortemente dependente nessa área. Atualmente mais de 90% dos medicamentos contra o câncer são importados”, disse Carlos Gadelha.

Ao final da cerimônia, o presidente da Fiocruz destacou também que a parceria para a produção de medicamentos contra a rejeição de transplantes permitirá que a fundação comece a distribuir, ainda este ano, em embalagens próprias, o remédio Micofenolato de Mofetila. O repasse de tecnologia da Roche estará completo em 2015, quando a Fiocruz terá dominado todas as etapas de fabricação do medicamento. Só em 2010, o Ministério da Saúde gastou mais de R$ 15 milhões na aquisição do remédio para pacientes transplantados, que precisam usá-lo de forma contínua por toda a vida.

Curso vai capacitar anestesistas para transplantes no Rio

Anestesistas de hospitais federais do Rio de Janeiro vão ser capacitados para atuar em transplantes de fígado. Ao todo, 24 profissionais dos hospitais do Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores, serão selecionados para participar do curso.

No Rio, mais de 300 pacientes aguardam na fila para fazer o transplante de fígado e o Hospital de Bonsucesso é responsável por 80% das cirurgias no Estado.

O programa de capacitação prevê aulas práticas de cirurgia e oitenta horas de aulas presenciais e à distância, como explica João Marcelo Ramalho, diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Estado do Rio de Janeiro.

"Estamos fazendo levantamento do perfil dos anestesistas para o curso, que serão funcionários próprios do ministério. Que tipo de capacitação ele tem, anos de formado, em que área da anestesia ele atua, se ele estaria disponível para atuar em transplantes, já que é uma cirurgia que pode ocorrer a qualquer hora do dia, qualquer dia da semana", diz Ramalho.

O treinamento é uma parceria do Ministério da Saúde com o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, referência em transplantes do país.

Cartilha dos direitos dos autistas vai ser lançada no sábado

No próximo sábado, 2 de abril, Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, a Defensoria Pública de São Paulo vai lançar a cartilha "Direitos das Pessoas com Autismo".

Além dos direitos do paciente, o material tem orientações sobre a rede de atendimento especializada e informações sobre sintomas, diagnóstico e tratamento.

O plano é distribuir 5.000 exemplares em duas caminhadas promovidas pelo Movimento Pró-Autista. Uma será no sábado, em Guarulhos (Grande São Paulo), às 14h, a partir da praça Getúlio Vargas. A outra será no domingo, em São Paulo. Começa às 8h, na avenida Roberto Marinho com a rua Miguel Sutil.

A cartilha está no site da Defensoria Pública de SP:


Médicos indicam drogas anticâncer para pessoas saudáveis

Um grupo de oncologistas dos EUA e da Europa está defendendo a quimioprevenção, que é o uso de remédios para câncer em pessoas saudáveis, mas com alto risco de desenvolver a doença.

Em um consenso internacional coordenado pelo epidemiologista Jack Cuzick, do centro de pesquisas em câncer do Reino Unido, médicos e pesquisadores afirmam que remédios hormonais são eficazes na redução do risco de câncer de mama, mas pouco utilizados.

Um desses remédios é o tamoxifeno, que bloqueia os receptores de estrógeno na mama. Ele já foi bem pesquisado para a prevenção, e seu uso nesse contexto foi aprovado pelo órgão regulador de medicamentos dos EUA, o FDA, mas não pela Anvisa.

"A indicação pode ser feita individualmente pelo médico, mas a maioria não faz", diz o oncologista Auro del Giglio, da faculdade de medicina do ABC e do hospital Albert Einstein.

Isso porque, segundo Giglio, o remédio pode aumentar o risco de trombose e câncer de útero. "E, embora as pesquisas mostrem que o remédio diminui casos de câncer, não indicam se ele faz a mulher viver mais tempo e ter qualidade de vida."

A indicação da droga costuma ser feita para casos de alto risco, mas há tentativas de estender esse uso. O mastologista José Roberto Filassi, do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) acredita que há interesses comerciais por trás.

"Há um estudo sobre o uso preventivo de outro tipo de droga hormonal para câncer que deve ser publicado em 2012. São os inibidores de aromatase, que impedem a formação de estrógeno. Pode haver interesse dos fabricantes, porque esses remédios estão perdendo a patente."

Em artigo publicado no periódico "Lancet Oncology", os principais autores do consenso declaram conflitos de interesse. Eles receberam patrocínio da Astra Zeneca, Novartis e Eli Lilly, que fabricam inibidores de aromatase.


Polêmica 
Em outro artigo publicado na revista "Nature", Michael Sporn, professor de farmacologia da faculdade de medicina Dartmouth (EUA), sugere que o uso preventivo de remédios para câncer pode se tornar tão comum quanto o de estatinas para evitar doença de coração.

As estatinas diminuem o colesterol, fator de risco para infartos. Os remédios hormonais reduzem ou bloqueiam o estrógeno. Em 70% dos casos de câncer de mama, o aumento desse hormônio no tecido mamário está associado ao desenvolvimento da doença.

"É preciso diferenciar as coisas. O colesterol pode ser medido objetivamente. O risco de câncer de mama não, é só uma projeção a partir de dados clínicos. E mesmo assim, ter maior risco não significa que você vai desenvolver a doença", diz a coordenadora de oncologia clínica do Icesp, Pilar Estevez.

Além de a definição de "risco" ser problemática, Estevez questiona o uso de remédio por pessoas que não estão doentes.

"Se ela tiver complicações por causa do remédio, trocou uma probabilidade de doença por problemas induzidos pelo medicamento."

SP quer teste final de coração artificial

Após 15 anos de pesquisas e testes em animais, o primeiro coração artificial completo produzido no Brasil finalmente deve chegar à prova final: o teste em humanos.

A equipe do Instituto Dante Pazzanese, centro de referência em cardiologia da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, contou ao JT ontem que está prestes a protocolar um pedido na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para testar o dispositivo em voluntários, experimento previsto já para 2011.

Segundo o médico Jarbas Dinkhuysen, chefe do departamento de transplante cardíaco do Dante, no exterior há pacientes que já passaram até sete anos com o dispositivo. Esse desempenho é especialmente importante para pessoas com quadros cardíacos graves, à espera de corações nas filas de transplante.

“Há uma taxa de morte bastante grande nesse processo de espera. Todos os doentes críticos morrem em até dois anos caso não consigam o órgão”, diz o médico Noedir Stolfe, da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e do Instituto do Coração (InCor).

Stolfe lembra que o tempo de espera por um coração é variável, porque isso depende da gravidade da doença e da compatibilidade com o doador, entre outros fatores. O processo pode levar anos. “Quando o doente tem um choque cardiogênico (estágio crítico), se não fizer o transplante, morre. Um doador não surge em um estalar de dedos.”

O coração do Dante é indicado justamente para quadros graves. “Se a pessoa que aguarda pelo transplante entrar em uma situação clínica insustentável, colocamos o aparelho para segurá-la por até 90 dias para que, depois, possa receber o transplante”, explica Dinkhuysen.

Segundo ele, o equipamento já foi testado em mais de 30 bezerros. Dinkhuysen afirma que a aplicação de ventrículos artificiais é muito comum fora do País, mas no Brasil o preço dos equipamentos importados ainda é impeditivo para a prática.

De acordo com o engenheiro Aron José Pazin de Andrade, um dos pesquisadores do coração artificial, o dispositivo brasileiro deve custar de um quinto a um oitavo do valor do importado – cujo preço varia entre U$150 mil e U$300 mil.

Ontem, o Dante inaugurou um centro de cirurgia experimental que vai oferecer tecnologia para acelerar os experimentos com o coração. “Esse tipo de equipamento precisa de uma estrutura muito complexa para ser testado, que não tínhamos antes”, avalia Andrade.

Uma das diferenças desse equipamento para outros já desenvolvidos é que, além de poder funcionar tanto com um quanto com dois ventrículos, foi concebido como um coração auxiliar. Ou seja, funciona em conjunto com o coração do paciente, que não precisa ser retirado.

O médico Ari Timerman, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), destaca que ele também é mais fácil de ser manejado. “Ele é eletromecânico e pulsátil, enquanto outros dependem de uma máquina externa maior.”

No ano passado, foram realizados 166 transplantes de coração no País, sendo quase metade deles (76) no Estado de São Paulo.

Avanço contra a aids é insuficiente, diz ONU

Nações Unidas defendem que estratégia de combate à doença deve ser mais eficiente; entre as metas está a redução da transmissão via sexo à metade

Lígia Formenti / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Relatório da Organização das Nações Unidas divulgado hoje alerta que os avanços no combate à epidemia de aids, além de insuficientes, são frágeis. Para garantir que resultados obtidos até agora nessa área se ampliem e se consolidem, defende o documento, é preciso um esforço mundial e uma mudança na estratégia.

Embora o número de pacientes em tratamento tenha aumentado de forma significativa e o registro de mortes e de novas infecções tenha caído, o documento mostra que há muito por fazer. Em 2010, 6 milhões de pessoas recebiam remédios para controlar a doença - número bem acima dos 5,2 milhões registrados em 2009, mas longe do necessário. Para cada paciente que inicia terapia com drogas antiaids, outros dois são infectados pelo HIV.

O documento, preparatório para uma discussão sobre aids marcada para junho na ONU, em Nova York, mostra que, passados 30 anos do início da epidemia, estratégias precisam ser mais ousadas para atingir uma meta pretensiosa: zero de novas infecções, zero mortes provocadas pela doença, zero discriminação. O secretário-geral Ban Ki-moon, em comunicado, defende a adoção de uma política mais centrada, eficiente e sustentável.

Entre as metas traçadas estão a redução de 50% na transmissão sexual do HIV, redução de 50% das mortes por tuberculose entre pessoas que vivem com aids e assegurar tratamento para 13 milhões de pessoas.

Para que esses objetivos sejam alcançados, o secretário defende uma mobilização de impacto, formada por cinco diretrizes: uma revolução na prevenção, baseada principalmente nos jovens, a revitalização da campanha de acesso universal ao tratamento e prevenção até 2015, a promoção da saúde e dos direitos humanos de mulheres e meninas e a garantia de que países se comprometam para cumprir estratégias e ações no campo da aids.

"Novos investimentos são imprescindíveis. Mas o importante é que eles sejam aplicados de forma eficiente", afirmou o representante do Programa das Nações Unidas para Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer. A ONU reconhece que o aumento dos recursos não será fácil. "Nossos argumentos também são econômicos. O investimento no combate à aids poupa gastos significativos. A experiência no Brasil é um exemplo", observa Chequer.

O trabalho mostra que, embora certos grupos tenham risco maior de se contaminar, como trabalhadoras do sexo, homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas, os recursos investidos em prevenção para tais populações é menor que o destinado à população em geral.

Deficiências

26%
das grávidas em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento fizeram teste para HIV em 2009

34%
dos jovens demonstraram conhecimento sobre o HIV em 2009

26%
dos países com programa de prevenção desenvolvem estratégias para profissionais do sexo

Problema de ereção pode indicar doença no coração

Pesquisa mostra que dois a cada três homens com hipertensão tem disfunção erétil

A disfunção erétil, que em maior ou menor medida afeta dois milhões de espanhóis, aproximadamente 40% dos homens com mais de 40 anos, é um importante sintoma de possíveis doenças cardiovasculares, já que pode avisar sobre uma patologia cardíaca com até três anos de antecedência.

Um total de 93% dos pacientes com alguma doença cardiovascular, principal causa de morte na Espanha - três de cada dez mortes se devem a problemas cardíacos - sofre de disfunção erétil, uma patologia ainda mais frequente à medida que os homens envelhecem.

Por isso, a FEC (Fundação Espanhola do Coração), a FIU (Fundação para a pesquisa em Urologia) e a Semergen (Sociedade Espanhola de Médicos de Atendimento Primário, junto aos laboratórios Lilly, realizaram uma campanha para conscientizar os homens obre a necessidade de comparecer ao médico quando começam a notar problemas em relação ao sexo.

Segundo os promotores da campanha, apenas dois de cada dez homens com disfunção erétil consultam um especialista.

- O restante esconde, porque sente vergonha. Normalmente, são seus parceiros que dão o primeiro passo.

Por você, por mim, pelo sexo com coração é o lema de uma iniciativa que busca insistir que o sexo "praticado com precaução" não é contraindicado após uma doença cardiovascular.

A partir desta quarta-feira e até o final de novembro, um grupo de médicos viajará por toda a Espanha em uma campanha que insistirá na importância da prevenção e de cuidar dos fatores de risco, mas antes de tudo falará com clareza sobre a disfunção erétil, como é chamada a incapacidade persistente de conseguir ou de manter uma ereção suficiente que permita uma relação sexual satisfatória.

Além disso, lembrará que o risco de doenças cardiovasculares em pacientes com disfunção erétil "é o mesmo que em pessoas com casos de doenças cardiovasculares na família e em fumantes".

Segundo os dados das organizações médicas que promoveram a campanha, dois de cada três homens com hipertensão arterial têm disfunção erétil, e mais da metade dos que sofrem desde problema têm colesterol elevado, lesões coronárias - 40% oclusões coronárias relevantes - e teste de esforço alterado.

A campanha insiste na prevenção - uma dieta saudável, com pouca gordura, redução do consumo de álcool, não fumar, praticar esporte -, já que evitar os fatores de riscos cardiovasculares melhora o fluxo sanguíneo durante a ereção.

Uma pesquisa realizada por estas mesmas organizações, e da qual colaboraram cerca de 30 associações de pacientes cardíacos, evidenciou que 50% dos homens que sofreram um episódio cardiovascular sentiu medo ao manter relações sexuais.

- O paciente bem controlado e tratado não corre risco, mas deverá consultar seu cardiologista antes de retomar sua vida sexual. O esforço cardiovascular que requer a atividade sexual - afirma um manual para o paciente editado como instrumento de divulgação da campanha - equivale à atividade das tarefas frequentes.

Portanto, acrescenta, "qualquer pessoa pode ter relações sexuais em circunstâncias normais".

A pesquisa mostra que a maioria dos homens que sofreu infarto, ou outro tipo de episódios cardiovasculares, acredita que "é possível" recuperar a vida sexual, e apesar de 42% afirmarem não ter nenhum problema em falar de disfunção erétil, 28% preferiram não tocar no assunto, por vergonha ou pudor, ou por desconhecimento em 17,5% dos casos.

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Gripe suína mata quatro pessoas no México e faz país retomar vacinação

Mortes ocorreram sete meses após OMS anunciar fim da pandemia

Sete meses após a OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciar o fim da pandemia da influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, o vírus voltou a fazer novas vítimas no México. O país já confirmou quatro mortes pela doença, o que obrigou alguns Estados a retomar a vacinação.

Das quatro mortes, três ocorreram no Estado de Chihuahua – norte do país, na fronteira com os EUA – e a outra em Jalisco – região central. Esses casos obrigaram as autoridades mexicanas a reativar medidas de prevenção, como campanhas de vacinação e bloqueios sanitários em locais públicos.

Os novos casos trazem de volta um temor que os mexicanos viveram nos últimos dois anos. O país foi o primeiro a registrar casos da gripe A, em abril de 2009. Após isso, o México viveu 15 meses em alerta contra a doença, período encerrado em 29 de junho de 2010.

A OMS retirou o alerta máximo contra a pandemia (epidemia de nível global) em 10 de agosto do ano passado. Na época, o órgão alertou que o H1N1 iria se comportar como um vírus comum e circular por mais alguns anos.

Segundo informações do diário mexicano El Universal, além dos dois Estados que registraram as mortes, pelos menos outras 11 regiões mexicanas já iniciaram campanhas de vacinação. Apesar das medidas, o país não oficializou a volta do alerta para todo o território.

Para as autoridades mexicanas, os principais grupos de risco são as gestantes, crianças menores de cinco anos, idosos, diabéticos e pacientes com o sistema de defesa comprometido – como portadores do HIV e pessoas em tratamento contra câncer.

Nova técnica recupera pulmões para transplante no Incor

Desenvolvido na Suécia, método pode dobrar o número de cirurgias realizadas no País

Uma técnica aprendida na Suécia pela equipe de cirurgia torácica do Instituto do Coração (Incor) pode ajudar a diminuir a fila de espera por um transplante de pulmão.

Com o método é possível recuperar órgãos que hoje não podem ser transplantados. Apesar dos bons resultados, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) ainda não autorizou o transplante de pulmões tratados.

Entres os transplantes, o de pulmão é um dos mais complicados – no primeiro semestre deste ano foram transplantados 99 corações e apenas 34 pulmões no País (os dados do segundo semestre não estão fechados). Isso ocorre porque o órgão sofre com os traumas que levam à morte cerebral (condição que permite o transplante) e com o tratamento para tentar salvar o paciente.

O soro injetado para estabilizar a pressão arterial e manter os rins em funcionamento entra nos pulmões, congestionando-os. Como consequência, eles perdem a capacidade de oxigenar o sangue e têm de ser descartados.

"A técnica desenvolvida pelo médico sueco Stig Steen facilita a redução do edema. Ele criou uma solução que circula pelos vasos pulmonares e ‘atrai’ o líquido que está nas células", diz o diretor do Serviço de Cirurgia Torácica do Incor, Fabio Jatene. Nos testes feitos no instituto, o nível de oxigenação no sangue que circula pelos pulmões tratados melhorou em média 150%.

Segundo Jatene, a técnica poderia dobrar o número de cirurgias realizadas no País. Em um ano, só o Incor realizou 30 transplantes de pulmão e recondicionou 24 órgãos. O Canadá, que também aprendeu o método sueco, transplantou 25 pulmões graças à técnica ao longo de um ano.

Procurada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a coordenadora da Conep, Gysélle Saddi Tannous, informou por e-mail que não teve tempo hábil para localizar o parecer sobre o trabalho do Incor. Mas relatou que a comissão "considerou de extrema relevância a nova técnica, pois, se fosse bem sucedida, poderá encurtar em muito a fila de espera por um pulmão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sistema faz pulmões seguirem "respirando" antes do transplante

Técnica, que permite que os órgãos possam ser transferidos "respirando", já foi usada com sucesso em dois transplantes

Uma equipe de médicos espanhóis projetou um sistema mecânico que permite que os pulmões extraídos para um transplante "continuem respirando" durante o período entre sua extração e sua implantação no corpo do receptor.

O sistema, apresentado nesta quarta-feira no hospital Puerta de Hierro de Madri, consegue minimizar a deterioração sofrida pelos pulmões durante o transporte desde o centro hospitalar de origem, onde se encontra o doador, até o hospital receptor, no qual serão implantados.

Leia: Brasil registra crescimento de transplantes e doação de órgãos

A redução do risco se consegue graças a um sistema, chamado PEPP (Perfusão Exvivo Pulmonar Portátil), que consiste em uma máquina na qual se introduzem os pulmões logo após serem extraídos do corpo do doador.

Os pulmões funcionam em temperatura corporal mediante um respirador e uma bomba que impulsiona um composto de preservação misturado com sangue, o que propicia que os órgãos possam ser transferidos "respirando", em uma situação praticamente idêntica à qual teriam se estivessem já implantados.

No hospital, os médicos Andrés Varela e Javier Moradiellos, diretores do projeto, fizeram nesta quarta-feira uma demonstração da eficácia do sistema e mostraram pulmões (de porco) em uma máquina e "respirando". Os presentes puderam ver assim como os pulmões se expandiam e contraíam na máquina.

Os doutores responsáveis pelo projeto citaram, entre as principais vantagens do novo sistema, o melhor aproveitamento dos doadores, já que com uma máquina é possível transportar por distâncias maiores entre a recepção e a implantação.

A experiência do hospital Puerta de Hierro, que já efetuou dois transplantes com esta técnica de transporte, será compartilhada com hospitais dos Estados Unidos e Europa a fim de tratar de captar pelo menos 100 pacientes e demonstrar e verificar assim a eficácia do sistema.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Brasil firma acordo de colaboração sanitária com a China

Objetivo é melhorar a fiscalização das substâncias importadas que são usadas na produção de remédiosLígia Formenti / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo


O Brasil e a China firmaram um acordo de colaboração na área sanitária. Um dos objetivos do trato, estabelecido na semana passada, é melhorar a fiscalização da qualidade das substâncias importadas daquele país e usadas na fabricação de remédios pelo Brasil. O que é muita coisa: 80% dos insumos importados usados em remédios no País vêm da China.

A China, além de ser o maior fornecedor, é também o país campeão de reclamações. Das notificações recebidas pela Anvisa sobre insumos de medicamentos reprovados pelos fabricantes, 22% são relativas a produtos chineses. Em seguida estão produtos indianos, com 17%, e vindos dos EUA, com 6%.

Dos insumos chineses reprovados, 87% se referem a substâncias ativas dos remédios e 13%, a outros produtos usados na composição dos medicamentos.

Parceria. O acordo prevê quatro linhas de colaboração, das quais algumas são de aplicação imediata e outras, a médio prazo. Entre as que estão em vigor está o intercâmbio de informações sobre empresas chinesas fornecedoras de produtos para o Brasil. "Hoje, a liberação de produtos depende apenas da análise de documentos. Com o acordo, podemos ir além, checando informações com autoridades sanitárias chinesas. Isso evitará, por exemplo, problemas como o notado durante a visita da missão brasileira à China", afirmou Dirceu Barbano, diretor da Anvisa.

De acordo com ele, nessa viagem foi constatado que algumas das empresas chinesas fornecedoras de insumos para a indústria farmacêutica não são conhecidas pelas autoridades sanitárias do país.

O trato também permite que equipes da Anvisa, ao visitarem fábricas na China para a certificação de produtos, sejam acompanhadas de colegas da agência chinesa. O acordo também prevê o intercâmbio de informações sobre legislações. "Certamente essa colaboração vai fortalecer o sistema de vigilância dos dois países", avaliou Barbano.

Visita. A visita foi feita com representantes do setor produtivo brasileiro. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, Odnir Finotti, acompanhou a missão. Ele conta que, atualmente, empresas enviam suas próprias equipes para analisar as empresas interessadas em exportar matéria-prima para o Brasil.

"Problemas com produtos importados que não estão em acordo com padrões exigidos já foram mais comuns, mas ainda existem", disse. Os desvios de padrão de qualidade levam empresas a ter de recusar a mercadoria e aguardar o envio de nova remessa, algo que muitas vezes afeta o cronograma de produção.

"As grandes empresas enviam equipes para fazer análise. Mas não há essa certeza com relação a produtos adquiridos por distribuidores e enviados para, por exemplo, farmácias de manipulação", alerta.

O acordo, embora comemorado pela indústria de genéricos, está longe de trazer perspectivas de abertura de mercado para exportação. "Essa seria uma meta a médio e longo prazo. Atualmente, poucas empresas teriam condições de ingressar naquele mercado, por problemas, sobretudo, ligados à escala de produção."

Presença chinesa

48%
das empresas estrangeiras produtoras de medicamento cadastradas no País são chinesas

81%
do volume de paracetamol usado no País vem da China

Obeso leve com diabete deve fazer bariátrica

Federação internacional defende cirurgia de redução do estômago para quem tem IMC entre 30 e 35 e não responde ao tratamento convencional

Karina Toledo - O Estado de S.Paulo
A Federação Internacional de Diabete (IDF, na sigla em inglês) divulgou documento recomendando a inclusão da cirurgia bariátrica entre as alternativas de tratamento de pacientes com diabete tipo 2 e obesidade leve, ou seja, Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35. Hoje, a intervenção cirúrgica só é realizada em diabéticos com IMC 35 ou mais.

No Brasil, continua valendo uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), segundo a qual a cirurgia bariátrica só pode ser feita em obesos com IMC acima de 40 - ou de 35, se houver complicações como diabete, hipertensão ou doença cardiovascular. A entidade afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai analisar o posicionamento da IDF e pode rever a regra brasileira.

O anúncio da IDF foi feito anteontem, durante o 2.º Congresso de Intervenção para Terapia do Diabete Tipo 2, nos Estados Unidos. O documento, assinado por 20 especialistas no tema, recomenda também a inclusão da cirurgia no protocolo primário do tratamento de pacientes com IMC acima de 35. Isso significa que a intervenção cirúrgica passaria a ser uma das primeiras opções dos médicos nesses casos.

Segundo Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM), a tendência mundial é que o IMC deixe de ser o fator mais importante para indicação da operação e passe a ser a avaliação clínica do paciente e a gravidade de comorbidades como hipertensão e apneia do sono. "Novos estudos têm mostrado que a mortalidade não aumenta à medida que aumenta o IMC. Essa não deve ser a única ferramenta para determinar o tratamento."

Segundo dados da SBCBM, cerca de 10% dos pacientes diabéticos morrem, todos os anos, de doenças cardiovasculares. Esse índice cai para 0,3% entre aqueles que passam pela operação. Cohen afirma, no entanto, que a cirurgia não é para todos. Apenas entre 5% e 10% dos diabéticos, diz, possuem uma resistência à insulina maior que a média e não respondem ao tratamento convencional. A cirurgia seria indicada nesses casos e para pacientes obesos que não conseguem emagrecer sem cirurgia.

Indicação. O presidente da Sociedade Brasileira de Diabete, Saulo Cavalcanti, não é contrário à operação, mas diz que é preciso cuidado para que o procedimento seja bem indicado. "Muita gente pensa que cirurgia é a solução mágica, que vai emagrecer e continuar comendo. Mas ela pode ter complicações."

Os especialistas da IDF reforçam que a cirurgia deve ser realizada segundo os protocolos internacionais, ou seja, dentro de um tratamento multidisciplinar, com reeducação alimentar e acompanhamento pós-operatório. E afirmam que novas técnicas cirúrgicas só podem ser exploradas na forma de pesquisa.

Cientistas identificam gene relacionado com a tentativa de suicídio

Agora os pesquisadores esperam determinar os mecanismos biológicos do problema

Cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, identificaram uma pequena região no cromossomo 2 que está associada a um maior risco de tentativa de suicídio, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (29) pela revista científica Molecular Psychiatry.

Essa pequena região contém quatro genes, incluindo o gene ACP1, que os pesquisadores encontraram em níveis superiores aos normais no cérebro de pessoas que tinham tentado se suicidar.

Os pesquisadores dizem que os resultados poderiam levar a melhores esforços de prevenção do suicídio, proporcionando novas direções para a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos. É o que defende a médica Virgínia Willour, diretora do estudo e professora de psiquiatria e ciências da escola de medicina da Universidade Johns Hopkins.

- Durante muito tempo, achamos que os genes tinham um papel importante na decisão de tentar cometer suicídio e, de fato, possuem.

Para chegar a essas conclusões, Virgínia e seus colegas estudaram amostras de DNA de quase 2,7 mil adultos com transtorno bipolar, 1.201 deles com antecedentes de tentativas de suicídio e 1.497 sem esse histórico.

Durante a pesquisa, descobriram que os pacientes que tinham copiada uma vez em seu DNA uma variação genética na região do cromossomo 2, onde se encontra o ACP1, foram 1,4 vezes mais propensos ao suicídio.

A influência do número de cópias de alguns genes em doenças neuropsiquiátricas é conhecida e, no caso dos que tinham duas cópias dessa variação, o risco aumentou em até três vezes.

Segundo dados proporcionados pelos autores, calcula-se que 4,6% da população americana tentou se suicidar alguma vez. Esse problema é a causa de 1,4% de mortes no país.

Entre as pessoas com transtorno bipolar, 47% pensam em se matar e 25% realmente tentam o suicídio.

- O que é promissor são as implicações desse trabalho para aprender mais sobre a biologia do suicídio e os remédios utilizados para tratar os pacientes que poderiam estar em risco.

Os próximos passos serão tentar determinar os mecanismos biológicos exatos pelos quais esses fatores de risco genéticos aumentam o risco de comportamento suicida.

- Nem todas as pessoas com transtorno bipolar podem tomar lítio - um sal natural que normaliza a atividade das células nervosas e costuma ser administrado como estabilizador do estado de ânimo - devido a seus efeitos secundários. Se pudéssemos dar outra opção, isso seria fantástico.

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Procedimento rápido e sem dor para diagnóstico de hepatite chega ao Brasil

Doença atinge ao menos cinco milhões de brasileiros, segundo Ministério da Saúde

Cinco milhões de brasileiros são portadores da hepatite B ou C, segundo o Ministério da Saúde. O diagnóstico da doença, geralmente complexo por não apresentar sintomas, nem dor, contribui para que a maioria das vítimas ignore a doença ou não leve o tratamento a sério.

Outro agravante, é que antigamente era necessário fazer uma biópsia do fígado – retirada de parte de um tecido – para se ter um diagnóstico. A técnica bastante invasiva também contribuía para a negligência à doença. A boa notícia é que um novo procedimento, rápido e sem dor, chega ao Brasil para acabar com estes obstáculos.

Entenda seu funcionamento no vídeo clicando aqui:
http://noticias.r7.com/saude/noticias/procedimento-rapido-e-sem-dor-chega-ao-brasil-para-diagnostico-de-hepatite-20110329.html