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quinta-feira, 10 de março de 2011

Você é insubstituível no que faz?

Há como se tornar insubstituível nas atividades profissionais dentro de uma organização ou atividade? * Por Nelson Fukuyama Todos nós já ouvimos a frase "não sei o que isso tudo seria sem não fosse essa pessoa" quando se quer falar de alguém que é considerado um talento, um fenômeno, naquilo que realiza dentro de uma organização ou atividade qualquer, numa determinada época, numa determinada situação. Se quisermos falar de exemplos de gente famosa temos uma enorme lista que ficaríamos muito tempo relacionando aqui. Podemos falar de Bill Gates em relação à Microsoft, de Pelé para o futebol mundial e para o seu time, de Beethoven, Beatles ou Rolling Stones para a música, e assim de tantas personalidades que conhecemos que deixaram sua "marca registrada" nas suas áreas de atividades por mostrarem talento acima do normal e fazerem bem aquilo que gostavam. Quantas outras pessoas que conhecemos que fizeram tanto pelas suas organizações que nos levam a pensar que elas são eternamente insubstituíveis. Seria o caso de lembrar Olavo Setúbal para o Itaú, de Amador Aguiar para o Bradesco, Mário Covas e Ulysses Guimarães para a política nacional. E outras tantas que ainda estão em atividade. Certamente essas pessoas são insubstituíveis naquilo que fizeram. E elas serão sempre uma referência para todos em suas áreas de atividades. Mas, para a grande maioria isso não se aplica, não é possível ser insubstituível por muito tempo. Parece que o tempo ajuda a esquecer rapidamente muitas coisas que fazemos. Dentro de nossa atividade, muito daquilo que fizemos será (se a gente pode usar esse termo) "menos lembrado", portanto, menos valorizado. O que se fez se passou e o que vale agora são as pessoas que estão fazendo a história no momento e os feitos para resolver os problemas atuais. Sempre foi assim e não há como mudar. As empresas, os cargos, os títulos ficam. As pessoas se vão. Sempre haverá um novo talento para dar sua contribuição, menor ou maior, sempre haverá. É assim que as empresas pensam por exemplo. Eu me lembro que num tempo passado havia dentro de uma grande instituição financeira nacional uma área destinada aos funcionários que estavam em fase de aposentadoria. Lá eles ficavam todo o tempo conversando, tomando cafezinhos, lendo jornais, sem qualquer tipo de atividade. Uma grande recompensa para quem deve ter dado sua contribuição durante anos de trabalho para essa instituição. Não posso deixar de lembrar também de tantos colegas das várias empresas pelas quais passei que fizeram tanto por elas, acho que até mais do que as responsabilidades dos seus cargos exigiam, trabalhando de dia e de noite até altas horas, até mesmo nos finais de semana e depois de tanto tempo, já com seus cabelinhos brancos, foram aposentados ou se aposentaram, ficando seus feitos apenas na lembrança. Parece mesmo que muita coisa fica para a história até as pessoas e coisas que tenham sido muitíssimos importantes. "A fila anda" como diz a moçada. O momento é outro, os valores mudam. Claro que as pessoas talentosas merecem uma recompensa por sua contribuição para as organizações. Em muitos casos, quando são obrigados a se aposentarem por exemplo eles podem continuar na empresa como consultores, ou em funções de assessoria especial, sem designação específica. Além disso, elas podem ser homenageadas pela empresa com um busto de bronze, uma placa de bronze, uma caneta de ouro na cerimônia de despedida da empresa. É quase sempre um final de vida profissional melancólico. Outro dia eu vi um documentário sobre o último dia de Bill Gates na Microsoft em que ele pessoalmente recolheu seus trecos, limpou a gaveta, apagou a luz, saiu dirigindo seu carro. Ele não parecia tão infeliz nesse documentário porque diferentemente de outros tantos milhares de aposentados (ou seria "retirados"?) ele vai continuar utilizando o seu talento em outras atividades. Refletindo nessas coisas, você consegue se enxergar insubstituível no que faz? Se pensa que é o que você tem feito para ter um tempo de ser insubstituível mais prolongado? * Nelson Fukuyama é Diretor da Yama Educacional e Editor Chefe do Dicas Profissionais, pretende ser insubstituível até escrever a próxima matéria sobre a importância de conhecer um outro idioma para melhorar a sua capacitação profissional. http://www.dicasprofissionais.com.br/dicas/editorial2.asp?id=35

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