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sábado, 2 de abril de 2011

Após quatro mortes suspeitas por superbactéria, hospital de Maceió isola seis pessoas

Maternidade e UTI Neonatal estão fechadas por tempo indeterminado

O Hospital Universitário de Maceió, em Alagoas, fechou nesta sexta-feira (1º) por tempo indeterminado a maternidade e a UTI Neonatal da instituição. A medida foi tomada por causa da suspeita de que uma superbactéria tenha causado a morte de quatro pessoas – sendo três bebês e um idoso. Outras seis pessoas são mantidas isoladas porque se infectaram com o micro-organismo.

A bactéria que atinge o hospital alagoano é a Acinetobacter baumannii, diferente da bactéria que, desde o ano passado, preocupa autoridades de saúde brasileiras – a KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemases) já causou mortes no Distrito Federal, Tocantins, Amapá, Pernambuco e Rio de Janeiro.

De acordo com a assessoria do hospital, como os pacientes que morreram estavam muito debilitados, ainda não é possível confirmar que a causa dessas mortes seja a superbactéria.

A bactéria Acinetobacter foi encontrada em três bebês e um idoso que morreram no hospital nos meses de fevereiro e março. Um dos bebês nasceu prematuro e com má-formação, enquanto os outros dois eram prematuros extremos (nascidos com até 30 semanas de gestação). Já o idoso tinha sofrido um derrame e estava com a saúde bastante debilitada.

Além deles, outras seis pessoas se infectaram com a superbactéria e, por isso, estão isoladas na UTI do hospital. Desses pacientes, quatro são bebês e os outros dois são adolescentes.

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta, o diretor-técnico da unidade, Alberto Jorge Fontan, disse que o hospital continua funcionando, mas a maternidade e a UTI Neonatal ficam fechadas para novos atendimentos. Fontan disse que os locais passarão por uma limpeza para evitar novas infecções, mas ele não deu detalhes sobre como será o procedimento.

As superbactérias recebem esse nome porque são resistentes à maioria dos antibióticos usados nos hospitais. Elas acabam atingindo principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de UTI. Elas são transmitidas por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.

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