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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dengue superlota hospitais privados no Ceará Dengue overcrowded private hospitals in Ceará

Com epidemia de dengue decretada no Ceará, Fortaleza sofre por falta de leitos para a internação nos hospitais particulares. De acordo com o presidente da Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece), Aramici Pinto, existem 1.430 leitos disponíveis nos 13 hospitais conveniados da rede privada. O número é considerado baixo diante da demanda provocada pela epidemia de dengue.

“Estamos vivendo um período de exceção nos últimos 30 dias. Os hospitais públicos e privados estão lotados de pacientes com dengue e virose”, pontua Pinto. Os casos confirmados no Estado do Ceará, até a tarde de sexta (15), são de 11.087. Destas, 25 pessoas morreram, sendo quatro por febre hemorrágica de dengue e os outros 21 por complicações na evolução da doença.

O UOL Ciência e Saúde entrou em contato com quatro hospitais privados, procurando vagas para internação, sem identificar que se tratava de uma reportagem. O Hospital Regional da Unimed, Monte Klinikum, Antônio Prudente e São Carlos informaram que estão com leitos lotados e, em suas emergências, já haviam paciêntes aguardando lugar.

A lotação nos hospitais particulares obriga os pacientes com plano de saúde a procurar atendimento em hospitais públicos. Foi o caso da funcionária pública Cristiane Pereira, 48, que só tomou ciência da situação na rede privada quando um médico sugeriu que sua mãe, dona Marlene Pereira, 75, fosse internada num corredor do hospital particular. “Achei uma falta de respeito. Pagamos caro pelo plano e a opção é essa?”, questiona.

As plaquetas de dona Marlene estavam muito baixas. Os exames sinalizavam três mil, quando o saudável é de 15 mil. Foi então que Cristiane decidiu procurar atendimento na rede pública. E teve surpresas. “Confiei porque ouvi que o hospital era referência, mas também estava lotado. No entanto, receberam tão bem a minha mãe que eu tomei um susto”, recorda, mais aliviada porque dona Marlene já se recupera bem.

O presidente da Ahece, Aramici Pinto, diz que a falta de leitos na rede privada tem se tornado cada vez mais comum no Ceará. A opção, conforme identifica, seria a construção de outros dois hospitais particulares de, pelo menos, 150 leitos para atender a demanda somente em Fortaleza. Segundo conta, em 2004, apenas 6% da população tinha plano de saúde no Ceará. Atualmente, são 28%. A expectativa é de que sejam criados mais 75 leitos nos próximos 60 dias na rede privada.

A partir do fim de abril, 50 leitos receberão pacientes na rede hospitalar pública. A garantia é do coordenador de Promoção e Proteção à Saúde do Ceará, Manoel Fonseca. Ele reconhece que a situação é crítica, principalmente para pacientes graves que precisam de hidratação venosa e acompanhamento da evolução do número de plaquetas.

“Trinta desses leitos já estão funcionando no Hospital Universitário (Walter Cantídio, em Fortaleza)”. Outros 20 leitos, na Santa Casa da Misericórdia, no Centro da capital cearense, aguardam assinatura de convênio.

Caos de falta de vagas

A epidemia de dengue no Ceará formou o Ministério da Saúde a liberar R$ 4 milhões para o combate à dengue. Metade da verba será destinada somente para a capital Fortaleza. A transferência será feita em parcela única, como definido em portaria do Ministério publicada nesta sexta (15) no Diário Oficial da União.

O Ceará integra a lista dos sete estados que concentraram 68% dos casos de dengue no país. A relação é composta ainda pelo Amazonas, Rio de Janeiro, Paraná, Acre, São Paulo e Minas Gerais.

Enquanto isso, um balanço divulgado também pela pasta da Saúde, no último dia 6, apontou redução nas notificações da doença em relação ao ano de 2010. Os números indicam queda de 69% nos casos graves da doença e 43% de redução da dengue clássica. Segundo o Ministério, a quantidade de mortes diminuiu nos três primeiros meses de 2011, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O balanço parcial mostra que, entre 1º de janeiro e 31 de março desse ano, foram confirmados 95 óbitos pela doença. No mesmo período do ano passado, foram 261 mortes – indicando queda de 64%. A maior parte dos óbitos confirmados ocorreu no Nordeste – 32 casos, dos quais o Ceará foi culpado, até a data, por 20 óbitos.

Casos Graves

O balanço nacional é positivo. As formas graves de dengue tiveram redução de 69% no primeiro trimestre de 2011 até o último dia 6 de abril. Foram 2.208, contra 7.064 no mesmo período de 2010. A região Sudeste concentra 1.260 casos graves confirmados – dos quais 1.064 foram registrados no Rio de Janeiro.

Já no Norte, foram confirmados 498 casos graves, sendo 407 no Amazonas. O Nordeste confirmou 315 casos graves, dos quais 123 no Ceará. No Centro Oeste, foram 88 confirmados (35 em Goiás) e, no Sul, 47 – a maioria no Paraná (46).

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, observa que a redução geral no total de notificações, casos graves e óbitos por dengue não deve representar o fim da mobilização de gestores, profissionais de saúde e da população contra a doença.

“Isso [a redução no primeiro trimestre] não é motivo para baixar a guarda. O mosquito da dengue consegue sobreviver em ambiente seco por mais de 300 dias, quase um ano”, alerta o ministro Padilha.

With dengue epidemic enacted in Ceara, Fortaleza suffers from lack of beds for hospitalization in private hospitals. According to the president of the Association of Hospitals of the State of Ceará (Ahece) Aramici Pinto, there are 1,430 beds available in the 13 hospitals under the private network. The number is considered low given the demand caused by the dengue epidemic.

"We are experiencing a period of exception in the last 30 days. The public and private hospitals are overflowing with patients with dengue virus, "points out Pinto. Confirmed cases in Ceará State, until the afternoon of Friday (15), are 11,087. Of these, 25 people died, four because of dengue hemorrhagic fever and the other 21 of complications from the disease.

UOL Science and Health has contacted four private hospitals, looking for places to stay, without identifying that it was a story. The Regional Hospital Unimed, Monte Klinikum, Antonio Prudente and San Carlos reported to be crowded with beds and, in his emergencies, had patients waiting place.

Occupancy rates in private hospitals requires patients with insurance to seek treatment in public hospitals. This was the case of a public employee Cristina Pereira, 48, who only became aware of the situation on the private network when a doctor suggested that her mother, Mrs. Marlene Perez, 75, was admitted to a private hospital corridor. "I found a lack of respect. We pay dearly for the plan and the option is that? "She asks.

Platelets from Ms. Marlene were very low. The examinations were signaling three thousand, when healthy is 15 thousand. He then Cris decided to seek care in public. And had surprises. "I trusted because I heard that the hospital was a reference, but it was packed. However, given my mother so well that I got a fright, "recalls Ms. Marlene relieved because now recovering well.

The president of Ahece, Aramici Pinto, said the lack of beds in private has become increasingly common in Ceará. The option, as identified, would be the construction of two other private hospitals of at least 150 beds to meet demand only in Fortaleza. Second account, in 2004, only 6% of the population had health insurance in Ceará. Currently, 28%. The expectation is that they are creating 75 more beds in the next 60 days in private hospitals.

From the end of April, patients will receive 50 beds in public hospital network. The warranty is the coordinator of the Health Protection and Promotion of Ceara, Manoel Fonseca. He acknowledges that the situation is critical, especially for severely ill patients who need intravenous hydration and monitoring changes in platelets.

"Thirty of these beds are already working at the University Hospital (Walter Cantídio in Fortaleza). Another 20 beds at the Santa Casa da Misericórdia in Fortaleza center, awaiting signature of the agreement.

Chaos no vacancies

The dengue epidemic in Ceará formed the Health Ministry to release $ 4 million to combat dengue. Half the money will be used only for capital Fortaleza. The transfer will be made in a lump sum, as defined by decree of the Ministry published on Friday (15) in the Official Gazette

Ceará includes a list of seven states that concentrated 68% of cases of dengue in the country. The relationship is still composed by Amazon, Rio de Janeiro, Parana, Acre, Sao Paulo and Minas Gerais.

Meanwhile, a statement released also the portfolio of Health, in the last six days, showed a reduction in reports of disease in the year 2010. The figures show a drop of 69% in severe cases of the disease and 43% reduction of dengue fever. According to the Ministry, the number of deaths declined in the first three months of 2011 compared to the same period last year.

The partial balance shows that between January 1 and March 31 this year, there were 95 confirmed deaths from the disease. In the same period last year were 261 deaths - indicating decrease of 64%. Most of the confirmed deaths occurred in the Northeast - 32 cases, including Ceará was guilty, to date, for 20 deaths.

Serious cases

The national balance sheet is positive. The serious forms of dengue fever was reduced by 69% in the first quarter of 2011 until last April 6. Were 2,208, against 7,064 during the same period of 2010. The Southeast region concentrates 1260 confirmed severe cases - of which 1064 were registered in Rio de Janeiro.

In the North, 498 serious cases were confirmed, 407 in the Amazon. The Northeast has confirmed 315 cases severe, of which 123 in Ceara. In the Midwest, 88 were confirmed (35 in Goias) and in the South, 47 - mostly in Parana (46).

The Minister of Health, Alexandre Padilha, notes that the overall decline in the total number of reports, severe cases and deaths from dengue should not be the end of the mobilization of managers, health professionals and the public against disease.

"This [the reduction in the first quarter] is no reason to lower our guard. The dengue mosquito can survive in dry conditions for over 300 days, almost a year, "warns the Minister Padilla.

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