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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Carne de porco é tão saudável quanto carne de frango ou bovina

Alguns cortes podem conter até 50% menos colesterol e gordura


Embora o consumo de carne suína no Brasil tenha crescido 28,8% nos últimos nove anos, segundo dados da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína) em comparação com o aumento mundial, de 87%, ele é considerado pouco expressivo.

As razões para o baixo consumo são principalmente a preocupação com a saúde e a boa forma, segundo pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da Universidade de São Paulo (USP). O estudo, comandado pela administradora Maria Stella B. L. de Melo Saab, revela que o consumidor ainda acredita que o animal transmite muitas doenças e que a carne é mais gordurosa.

“A carne de porco mudou muito nos últimos anos, a começar pela criação do animal. Antes ele comia lavagem, hoje é ração qualificada. Além disso, há um controle de higiene muito maior”, afirma Jaqueline Bernardini, nutricionista e consultora em Personal Diet.

Carne de frango X carne de porco

A nova alimentação do porco trouxe à mesa um corte mais magro e mais rico em vitaminas e sais minerais, segundo os especialistas. De acordo com o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar norte-americano, a carne suína está até 50% mais magra do que há 25 anos.

“A carne chega a ter menos colesterol e menos gordura do que alguns cortes de frango, que é uma carne branca”, afirma Jaqueline. Se compararmos o lombo, uma das partes mais magras da carne suína, com a sobrecoxa de frango, sem dúvida o porco seria o recomendado".

Segundo ela, a cada 100 gramas, o lombo contem seis miligramas de gordura e 103 miligramas de colesterol, enquanto o frango, na mesma quantidade, apresenta 12 miligramas de gordura e 145 miligramas de colesterol.

Quando comparada com a carne bovina, no entanto, o porco ganha em termos de gordura, mas perde ao contabilizar o colesterol. "A alcatra tem 12 gramas de gordura, e a maior parte dela é composta por gordura saturada, aquela que faz mal para a saúde. O colesterol fica em torno de 90 gramas", explica Jaqueline.

Os suínos também vêm ganhando espaço frente aos frangos por conta da polêmica utilização de hormônios de crescimentos nas aves. “Se eu quero evitar ingerir uma carne com hormônio, o porco é uma ótima opção”, garante Daniela Jobst, nutricionista da Clínica Nutri Jobst, em São Paulo.

Os cortes magros são pernil, lombo e paleta e podem ser inseridos na dieta duas ou três vezes por semana, garantindo uma maior variedade alimentar. Os benefícios à saúde são muitos. “Tem principalmente proteína animal e vitaminas do complexo B, que ajudam a ativar o metabolismo, a disposição, a manter o intestino em dia”, diz Jobst.

Jaqueline completa: “A vitamina B é essencial para certas funções no nosso corpo, ela atua no sistema imunológico e no sistema circulatório.”

Doenças parasitárias

A melhoria nas condições de crescimento do animal é um avanço, mas ainda não é garantia de que a carne esteja livre de parasitas. Por isso, a recomendação é sempre consumi-la bem cozida (preparada acima dos 71ºC) e, de preferência, comprar cortes certificados e de origem controlada.

“O cozimento é capaz de matar os parasitas causadores da cisticercose, que também estão presentes na carne bovina e até na salada. É bom dizer que as chances de contaminação são iguais nesses outros alimentos”, alerta a nutricionista Daniela Jobst.

O Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar norte-americano aconselha o consumo de carnes frescas em até três dias e de carne descongelada no mesmo dia.

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