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sábado, 21 de maio de 2011

Conhecimento interior é essencial para escolha da profissão

Na hora de optar por uma carreira, refletir sobre quais são os objetivos pessoais para o futuro faz toda a diferença

Durante os dois últimos anos do Ensino Médio a cobrança por fazer planos surge em casa, na escola e até entre os amigos. É chegada a hora de decidir o que fazer para o resto da vida: a escolha da profissão. Por esta perspectiva, qualquer um ficaria assustado ao ter que determinar como serão todos os dias no futuro, mas a fase não é um bicho de sete cabeças, tampouco a decisão será irreversível.

Para facilitar, algumas recomendações podem acabar com os pontos de interrogação. Segundo a psicoterapeuta Danielle Horoi, não basta avaliar o que gosta: é preciso um processo de autoconhecimento. A especialista afirma que quanto mais experiências fora do mundo estudantil o jovem tiver, maior será sua visão do mundo e assim ele abrirá portas para os questionamentos, reflexões e maturidade.

“O jovem precisa se perguntar o que realmente é importante para ele como salário, rotina, objeto de trabalho, os seus valoresse a profissão se encaixa”, explica a psicoterapeuta sobre a importância de avaliar o que o adolescente está disposto a abrir mão e o que é essencial para ele no futuro. Danielle afirma que a melhor opção é procurar orientação vocacional. “Mas, se o adolescente não tem acesso, ele pode pesquisar sobre o mercado de trabalho, quais profissões existem, quais são as atividades de cada uma e o objetivo delas”, explica.

Acompanhar um dia de trabalho da carreira pretendida também ajuda a escolher, segundo Danielle. Ela afirma que cada profissão tem características peculiares e é preciso avaliar se são agradáveis, suportáveis ou insuportáveis para o que ele gosta de fazer. “Temos que nos conhecer muito bem ao fazer esta avaliação para saber se teremos prazer em desempenhar as atividades”, conta.

Foi pensando nisso que Fábio Padilha, 23 anos, escolheu estudar audiovisual. “Minha paixão por vídeos, filmes e skate foi o que me influenciou”, conta ele, hoje já formado. Ele estava com apenas 18 anos quando decidiu entre publicidade e audiovisual. Fábio lembra que na época tinha muitas dúvidas sobre sua escolha estar certa e que foi pressionado pelo pai a ingressar logo na faculdade. “Se eu pudesse voltar no tempo teria estudado mais para entrar em um curso mais específico numa universidade mais conceituada”, revela. Mas, ele não se arrepende. O skatista hoje é editor de vídeo em uma produtora e ainda concilia o trabalho com o esporte radical.

A PRESSÃO DOS PAIS

“Cada pessoa tem o próprio tempo, mas buscar ajuda quando se está muito confuso e existe pressão social e familiar para se escolher pode tornar a decisão mais sofrida”, afirma a psicoterapeuta. Segundo ela, a insegurança pode estar relacionada à pressão dos pais. “O pai é médico e quer que seu filho siga a mesma carreira, mas o filho quer outra profissão e tem medo de dizer ao pai, por não querer decepcioná-lo ou seguir o que quer e não ter sucesso”, exemplifica Danielle.

Mariah Rodrigues, 23 anos, é filha de professores e desde o colégio estava certa de que iria estudar farmácia na faculdade, mas quando chegou a hora da escolha seguiu para uma área totalmente diferente e decidiu cursar rádio e TV. “Farmácia era um curso que meu pai queria que eu fizesse, por achar que seria um campo melhor para eu trabalhar, já que ele tem muitos contatos nessa área”, conta ela. Mas Mariah descobriu que se identificava com coisas mais voltadas para o lado artístico e criativo.

A jovem considera que demorou a tomar a decisão. “Por um lado meu pai queria que eu trilhasse um caminho, eu queria outro e isso acabou sendo um conflito para mim”, conta. De acordo com Danielle, o caso de Mariah não é isolado e muitos pais influenciam na escolha da profissão do filho. Porém, a psicoterapeuta esclarece que o papel da família é orientar, apoiar, e discordar quando necessário.

MUDANÇA DE PLANOS

Mesmo com todo o planejamento, existe a chance de bater o arrependimento durante o curso e então surgir a questão: mudar ou não de carreira? . O conselho da psicoterapeuta é uma reflexão sobre o que está causando incômodo e avaliar a melhor escolha. “As causas, futuro e possibilidades que surgirão ao término do curso que está fazendo e início do outro curso devem ser pesadas”, afirma ela.


Marília de Almeida, 23 anos, decidiu estudar jornalismo já no 2ª ano do colegial. “Era uma área abrangente, cheia de desafios e eu sempre fui comunicativa e curiosa”, lembra a jovem do que a motivou na escolha. Não passou qualquer dúvida pela cabeça de Marília quando ela bateu o martelo pelo curso, mas o cenário mudou ao longo da faculdade. Ela diz que não se arrependeu da decisão, mas se decepcionou com o mercado de trabalho. Mesmo assim, Marília se formou jornalista em 2010. Porém, no ano seguinte ela decidiu começar a estudar ciências econômicas e seguir uma nova carreira.

Se mesmo após pesquisar e avaliar o jovem não conseguir decidir qual a profissão seguir, ele deve esperar o tempo amadurecer as ideias. De acordo com a psicoterapeuta, “a fase da adolescência é conturbada, conflituosa e confusa, e o fato de não conseguir escolher uma carreira aos 17 anos não significa que o jovem tenha algum problema”. Danielle afirma que cada pessoa tem o seu próprio tempo que deve ser respeitado pelos amigos, família e pela própria pessoa.

http://jovem.ig.com.br/oscuecas/noticia/2011/05/21/conhecimento+interior+e+essencial+para+escolha+da+profissao+10424933.html

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