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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Diabéticos têm até cinco vezes mais chance de ter tuberculose

Diabetes tipo 2 diminui a imunidade e abre espaço para a doença respiratória


O resultado do estudo realizado com 233 pacientes com diabetes, moradores do Texas e de locais próximos à fronteira do Estado com o México, mostrou que 25% dos casos de tuberculose foram atribuídos à presença do diabetes, enquanto apenas 6% ao HIV – doença que acomete, não raro, aos infectados.

A tuberculose é a principal causa entre as doenças bacterianas em todo o mundo. Em 2009, mais de 9 milhões de novos casos foram diagnosticados e 1,7 milhão de pessoas morreram da doença em todo o mundo.

A pesquisa sugere que o diabetes, por deprimir a resposta imunológica, pode facilitar a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis e na progressão da doença, afirma Blanca Restrepo, autor do estudo e professor associado de epidemiologia da Universidade do Texas.

- Com o aumento de pacientes com diabetes em áreas endêmicas de tuberculose, os nossos resultados destacam o impacto do diabetes tipo 2 no controle da tuberculose em regiões do mundo onde as duas doenças são prevalentes. Há uma necessidade de se concentrar na identificação das oportunidades para prevenir a tuberculose em pacientes com diabetes.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma ainda que os casos suspeitos de tuberculose estão sendo revistos justamente por causa do número crescente de pacientes com diabetes tipo 2 no mundo, que está previsto para atingir 438 milhões até 2030.
Segundo Restrepo, o diagnóstico combinado de tuberculose e diabetes está se tornando mais evidente na população hispânica, mas isso também pode ser o caso de populações com maior risco para as duas doenças, tais como os índios americanos e afro-americanos.

Nos Estados Unidos, as taxas de tuberculose são desproporcionalmente maiores entre as minorias étnico raciais, de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention), órgão do governo norte-americano .
Segundo a pesquisadora, o estudo pode ter um impacto significativo em países com alta prevalência das duas doenças, como Bangladesh, China, Índia, Indonésia, Paquistão, Rússia e o Brasil.

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