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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Entenda quem é o cuidador e como deve ser sua formação

Com o avançar da medicina e de suas técnicas, muitas doenças passaram a ter opções de tratamento que aumentaram a sobrevida e proporcionaram melhor qualidade de vida ao paciente. Isto significa que vivemos mais e melhor independentemente de alguma doença crônica, como o câncer.

O cuidador é aquela pessoa que se predispõe a acompanhar o paciente que necessita de cuidados contínuos

Outro fator que merece destaque é que a população está envelhecendo mais. Recentemente, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os resultados do Censo 2010. Os números revelam que a população idosa representa 7,4% da população brasileira. No censo 2000, os idosos eram 5.9% e em 1991 este número não passava dos 5%. Como a população está mais velha, surgem mais doenças crônicas e a figura do cuidador ganha destaque.

O cuidador é aquela pessoa que se predispõe a acompanhar o paciente que necessita de cuidados contínuos. Existem dois tipos de cuidador: o formal – que exerce a função e tem qualificação para isso – e o informal – aquele que surge dentro da família ou da comunidade como a pessoa mais indicada e/ou disponível no momento para exercer esta função.

Neste cenário, nasceu o Projeto Cuidador – iniciativa do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC) e da Sainte-Marie Hospice e Cuidados Paliativos – para oferecer cursos de aprimoramento e orientação para pessoas que exercem ou desejam exercer a função e interessados no assunto.

Os cursos têm em seu programa atuação de uma equipe multidisciplinar (das áreas de enfermagem, nutrição, medicina, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia) que, em palestras, repassam informações básicas que capacitam a pessoa a ter um desempenho melhor. Há inclusive uma orientação emocional, já que o próprio cuidador muitas vezes sofre com angústias e frustrações.

A psicóloga Vera Anita Bifulco, coordenadora do setor de psicooncologia do IPC e organizadora do Projeto Cuidador, explica que “pacientes acompanhados por um cuidador melhor preparado e com uma atitude mais positiva frente à doença costumam exibir um curso clínico mais favorável. Assim, o papel do cuidador bem informado e orientado pode ser garantia de um melhor tratamento e um facilitador na relação médico-paciente-família”.

“A pessoa tem que ter paciência e doação de tempo. Bons cuidadores são abnegados, doam seu tempo para esta arte de cuidar”, pondera.

Nos meses de maio e junho, acontecem duas novas edições do Projeto Cuidador. Desta vez, os cursos acontecerão na Universidade Braz Cubas (Mogi das Cruzes) e na unidade Brooklin da Sainte-Marie Hospice e Cuidados Paliativos. Eles são ministrados em dois sábados, em tempo integral (8h às 17h).

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