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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Estenose aórtica: a doença cardiovascular que não para de crescer

O problema já atinge 5% da população mundial. Com aumento da expectativa de vida, a doença avança


As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo. Em primeiro lugar vem o AVC e em segundo, o infarto.

Mas existe uma doença que também afeta o coração e que não para de crescer: a estenose aórtica.

“Trata-se do estreitamento ou da obstrução da válvula aórtica cardíaca, que perde a flexibilidade e passa a não abrir adequadamente, reduzindo significativamente o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta”, explica Marco Antonio Praça Oliveira, cirurgião cardiovascular do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo.

Como fica mais difícil bombear o sangue, os músculos da parede da câmara cardíaca se esticam e engrossam, levando a um aumento da probabilidade de insuficiência cardíaca.

Os sintomas da estenose costumam se manifestar a partir da sexta década de vida. Entre eles estão dor no peito, fadiga, falta de ar, vertigem ou dificuldade ao fazer exercícios. Quando aparecem, porém, o quadro já é grave.

Após o aparecimento dos sintomas, até 50% dos pacientes podem morrer em um prazo de dois anos devido à progressão da doença. Por se tratar de um problema mecânico, não há método preventivo.


Milhares de pacientes com estenose recebem o tratamento clínico. Os especialistas, porém, dizem que o mais adequado seria a substituição cirúrgica da válvula, por meio de uma técnica minimamente invasiva - semelhante à adotada na angioplastia para implante de stent coronário.

O procedimento consiste na passagem de um fio guia através da artéria femoral ou pela ponta inferior do coração e, por ele, a introdução de uma válvula que é inflada através de um cateter balão, no interior da válvula doente. A válvula substituta utilizada nesse procedimento, produzida pela Edwards, ainda aguarda aprovação da Anvisa para utilização no Brasil.

Esse tratamento evita a agressão da toracotomia mediana (abertura do osso chamado esterno, localizado no meio do tórax) e também a reação inflamatória causada pela circulação extracorpórea.

Atualmente as técnicas minimamente invasivas vêm sendo utilizadas com sucesso no tratamento das doenças de coração.

“O resultado impacta diretamente no aumento da expectativa de vida e melhora significativa na qualidade de vida, principalmente a partir de 65 anos”, finaliza o cardiologista Praça Oliveira.

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