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terça-feira, 17 de maio de 2011

Saiba o que é psoríase e como identificar a doença de pele

Márcia Garbin

Foto: SBD/Divulgação

A psoríase é uma inflamação crônica da pele, não transmissível, que ainda causa dúvidas para a população. Embora muita gente nunca tenha ouvido falar da doença, estimativas preveêm que mais de 3 milhões de homens e mulheres sofram do mal no Brasil.

Por isso, o eBand conversou com a dermatologista Beatriz Rocco para esclarecer os sintomas e como a prevenção pode ser feita.

Beatriz explica que a psoríase é uma doença inflamatória de origem genética, que pode afetar a pele, as unhas e as articulações. “Em sua forma mais comum, aparece nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Já em casos mais raros, chega a se manifestar nas unhas e pelo corpo todo”, diz. “Na pele ela se apresenta como umas placas avermelhadas que descamam. Também pode afetar só uma região pequena ou pode ser disseminada pelo corpo todo."

A psoríase também pode aparecer nas unhas, segundo Beatriz. “Já nas unhas ela se apresenta como umas depressões, a unha fica parecendo um dedal, cheia de pontinhos, com uma coloração amarelada e mais espessa, lembrando até micose de unha”, afirma.

Articulações

Segundo a especialista, nas articulações a doença tem sintomas curiosos. “Ela provoca dor e inchaço articular. Normalmente ela não afeta a articulação de maneira simétrica, ou seja, ela afeta só um lado. Por exemplo: se um dedo da mão direita está com psoríase, geralmente a mão esquerda não será afetada, essa característica ajuda a diferenciar de outros tipos de artrite”.

Além de ser uma doença hereditária, o diagnóstico da psoríase, no caso da aparição na pele e na unha, é basicamente clínico. Um dermatologista reconhece o quadro. “Nas articulações, geralmente é pedido um exame, justamente para diferenciar a psoríase de uma artrite”, diz Beatriz.

A dermatologista ainda lembra que a psoríase pode se manifestar em qualquer fase da vida. A partir da primeira aparição dos sintomas, as próximas ocorrências são imprevisíveis, podendo até mesmo desaparecer. Por não se tratar de algo contagioso, o portador pode e deve manter normalmente sua rotina de vida.

Inverno

A doença tende a piorar no inverno, explica a médica. " As pessoas tomam banho mais quente e ficam com preguiça de passar um creme hidratante. Por isso, a pele vai fica mais seca e a chance de descamar é maior. Já no verão, o sol tem um efeito terapêutico e ajuda a fazer com que a lesão descame, deixando a pele mais lisinha.".

Tratamento

De acordo com Beatriz, os cuidados sempre vão depender da intensidade da doença. Os tratamentos clínicos vão desde cremes, pomadas e xampus (produtos tópicos), aos comprimidos ou injetáveis (sistêmicos), de acordo com o grau da doença. Com o avanço da medicina, é importante salientar que são indicadas outras opções tópicas como fototerapia e laser.

Segundo a dermatologista, até mesmo os biológicos podem ser opção para os pacientes que não respondem de forma satisfatória aos tratamentos convencionais. “Nos casos em que não surge efeito durante o tratamento, o paciente precisa partir para os biológicos”, diz.

Mais do que sinais aparentes, o portador da doença pode ter o coração afetado, na falta de tratamento e atenção adequados. É quando um bom médico entra em cena na função de identificar o problema e orientar o tratamento ideal para cada caso. "É de extrema importância falar sobre o coração. Os pacientes devem ser encaminhados para uma avaliação cardiológica, porque é muito comum que a psoríase tenha alguma cardiopatia associada”, afirma Beatriz.

Muitos atribuem também os fenômenos emocionais ao seu surgimento ou à sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. “O estresse crônico pode agravar o quadro, o simples fato de manter em ordem o estado emocional ajudar a controlar a doença”, explica.

Quem tem psoríase deve ter atenção redobrada em certas situações. “O meio ambiente, germes e determinados remédios, principalmente os que contêm cortisona, desencadeiam o processo de formação de placas de psoríase”, conclui a dermatologista.

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