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sábado, 25 de junho de 2011

Estudo associa música a liberação de hormônio ligado ao prazer

O ato de escutar música provoca no cérebro a liberação de dopamina, um neurotransmissor que serve para avaliar ou recompensar prazeres específicos associados à alimentação, drogas ou dinheiro, de acordo com um estudo publicado neste domingo na revista científica Nature Neuroscience.

A dopamina é uma substância química da molécula do "sistema de recompensa", que serve para reforçar alguns comportamentos essenciais à sobrevivência (alimentação), ou que desempenha um papel na motivação (recompensa secundária através do dinheiro).

 
Então como pode estar envolvida em um prazer abstrato como o de ouvir música, que não parece ser diretamente indispensável para a sobrevivência da espécie?

Para entender isso, pesquisadores da Universidade McGill, em Montreal (Canadá), selecionaram dez voluntários de 19 a 24 anos entre os 217 que responderam a um anúncio solicitando pessoas que sentiram "estremecimentos" (sinais de extremo prazer) ao escutar música.

Graças a vários aparelhos de diagnóstico por imagens, a equipe de Salimpoor Valorie e Robert Zatorre mediu a liberação de dopamina e a atividade do cérebro.

Paralelamente, sensores informavam a frequência cardíaca e respiratória dos voluntários, bem como sua temperatura ou sinais de estremecimento de prazer no nível da pele.

Os resultados mostram que a dopamina é secretada antes do prazer associado à música ouvida, e durante o próprio "estremecimento" de prazer, ou seja, no auge emocional.

Trata-se de dois processos fisiológicos distintos que envolvem diferentes regiões no "coração" do cérebro.

Durante o auge do prazer, é ativado o núcleo "accumbens", envolvido na euforia produzida pela ingestão de psicoestimulantes, como a cocaína. Antes, no prazer por antecipação, a atividade da dopamina é observada em outra área do cérebro.

O nível de liberação da dopamina varia com a intensidade da emoção e do prazer, em comparação com as medições realizadas ao escutar uma música "neutra", isto é, indiferente aos voluntários.

"Nossos resultados ajudam a explicar porque a música tem esse valor em todas as sociedades humanas", concluem os pesquisadores. Permitem compreender "porque a música pode ser utilizada de forma eficaz em rituais, pelo marketing ou em filmes para induzir estados de humor", acrescentam.

Como um prazer abstrato, a música contribuiria, graças à dopamina, para um fortalecimento das emoções, ao estimular noções de espera (da próxima nota, de um ritmo preferido), de surpresa, de expectativa.

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