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terça-feira, 7 de junho de 2011

Estudo espanhol abre portas a novos remédios contra leucemia linfática

Madri - Um estudo realizado por cientistas espanhóis sobre a leucemia linfática crônica abre uma nova etapa na luta contra esta doença, já que permitirá desenvolver remédios específicos para combater as mutações causadoras deste tipo de câncer.
Na pesquisa, que representa um grande avanço na luta contra a doença, participaram 60 pesquisadores espanhóis, liderados por Elías Campo, do Hospital Clinic e a Universidade de Barcelona (nordeste), e Carlos López-Otín, da de Oviedo (norte).

Os especialistas compareceram neste domingo em Madri junto à ministra de Ciência e Inovação espanhola, Cristina Garmendia, que considerou o estudo "um novo marco" para a pesquisa, ao conseguir a sequência do genoma completo de pacientes com leucemia linfática crônica e identificar quatro das mutações que a provocam.

Os responsáveis do trabalho, que representa a primeira contribuição da Espanha ao Consórcio Internacional do Genoma do Câncer (ICGC), conseguiram detectar pelo menos quatro genes que são recorrentemente modificados, ou seja comprovaram que em diferentes pacientes aparecem as mesmas mutações.

A pesquisa permitirá desenvolver estratégias terapêuticas dirigidas concretamente a estas mutações, assinalou López-Otín, que espera que em três anos a equipe de pesquisadores tenha conseguido sequenciar 500 genomas deste tipo de leucemia.

Mas o desafio mais esperado é conseguir desenvolver uma aplicação clínica do que se averiguou até agora, como ocorreu com outros tipos de câncer.

Garmendia lembrou que existe um plano com a indústria farmacêutica e se mostrou convencida que esta entenderá as "vantagens competitivas" que supõe a pesquisa na hora de propor possíveis tratamentos para a doença.

O estudo, publicado na revista Nature, consegue dar-nos novas pistas da leucemia linfática crônica, o mais comum dos tipos de leucemia em países ocidentais e diagnosticado em mil pacientes cada ano na Espanha.

É um trabalho emoldurado no ICGC, o maior projeto de pesquisa contra o câncer da história, no qual participam cientistas de 12 países para sequenciar e interpretar os 50 tipos de câncer mais importantes.

Os pesquisadores espanhóis constataram que cada tumor sofreu cerca mil mutações em seu genoma, e a posterior análise dos genes mutados em um grupo de mais de 300 pacientes permitiu identificar quatro genes cujas mutações provocam este tipo de leucemia.

Para analisar o amplo volume de dados gerado no projeto, os especialistas utilizaram uma ferramenta de computador essencial que identifica as mutações presentes nos genomas do tumor.

O programa foi criado para este projeto e servirá para a pesquisa de outros tipos de câncer, uma doença que é a segunda causa de morte na Espanha.

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