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terça-feira, 7 de junho de 2011

Médico brasileiro desenvolve metodologia para corrigir problemas cardíacos

A arritmia cardíaca - que atinge principalmente os idosos - tem um novo tratamento que utiliza tecnologia de ponta. Um desfibrilador implantado no paciente pode ser monitorado e acionado à distância, via satélite. Além disso, uma técnica cirúrgica corrige um defeito de nascença no coração, o mal de Ebstein. A nova cirurgia foi desenvolvida por um cardiologista brasileiro e já é utilizada em outros países.

O coração, um órgão sensível aos sentimentos, recebe ordens do cérebro, mas assume ares de chefe de todo o corpo humano. O órgão é colocado à prova diariamente e está sujeito a doenças como enfarte, angina e hipertensão e pode ter problemas até mesmo antes do nascimento.

A jovem Maria Aparecida, de 23 anos, nasceu com a doença de Ebstein. E só agora vai para a mesa de cirurgia. O problema é o mesmo da pequena Isabella, operada 15 dias após o nascimento.

A anomalia de Ebstein é um defeito em uma das válvulas do coração. O mecanismo que deveria bombear sangue para o resto do corpo perde força. Por causa disso, o coração bate fora do compasso, a pessoa tem dificuldade para respirar e o sangue não chega a todas as partes do corpo, deixando os dedos roxos.

Quinze anos de pesquisa e mais de cem pessoas operadas, a técnica desenvolvida pelo médico José Pedro da Silva, da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, é tão importante que já é copiada por vários médicos brasileiros e por cirurgiões de países como Estados Unidos, Alemanha e Japão.

A nova metodologia utiliza o próprio tecido da válvula para construir uma espécie de cone, que vai bombear o sangue normalmente. O método dispensa as próteses que devem ser trocadas de tempos em tempos.

O médico conta que começou a estudar o problema e viu que era “possível desprender aquela parte que estava presa lá no fundo do coração”, diz. “E eu montava como um cone, a ideia do cone tem um instrumento de pesca que o peixe entra e não consegue sair, eu falei o sangue tem que entrar e não conseguir voltar”, completa.

Uma característica muito importante desses pacientes é que nenhum deles precisou trocar a válvula.

As novas cirurgias cardíacas são minimamente invasivas. Durante o procedimento, é utilizado um equipamento de raio-X, onde o cirurgião acompanha tudo o que está sendo feito dentro do corpo do paciente.

As novidades tecnológicas que melhoram a vida de muita gente, ainda estão muito longe da maioria dos brasileiros. Juracy, que mora no interior da Bahia, há 14 anos descobriu que estava doente. Com ajuda dos amigos, o lavrador conseguiu passagem para São Paulo, onde finalmente teve acesso à tecnologia de ponta para salvar o coração.

assista ao vídeo:

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