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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Uso crônico de maconha afeta a química do cérebro

Exames de imagem mostraram que a droga afeta receptores envolvidos em importantes funções mentais

Maconha: uso crônico prejudica a química cerebral

Exames de imagem mostram que o uso diário da maconha pode ter efeitos negativos sobre a química do cérebro, aponta um novo estudo.

Na pesquisa, os investigadores revelaram que o uso crônico da droga provocou uma diminuição no número de receptores envolvidos em uma ampla variedade de importantes funções mentais e corporais como a concentração, a coordenação do movimento, o prazer, a tolerância à dor, a memória e o apetite.

A maconha, também conhecida como cannabis, é a principal droga ilegal de abuso nos Estados Unidos, de acordo com os EUA do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas. Quando fumada ou ingerida, as substâncias químicas psicoativas da droga se ligam a numerosos receptores canabioides no cérebro e em todo o corpo, o que influencia uma série de estados mentais e ações. Um dos receptores canabioides conhecido, o CB1, está envolvido principalmente no sistema nervoso central.

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Na condução do estudo, os pesquisadores compararam os cérebros de 30 fumantes crônicos de maconha com não-fumantes ao longo de aproximadamente quatro semanas. Usando aparelhos de imagem molecular, os pesquisadores conseguiram visualizar as mudanças nos cérebros dos participantes e observaram que os receptores canabinoides CB1 dos usuários crônicos haviam diminuído em cerca de 20% em comparação com os não usuários.

"Com este estudo, conseguimos demonstrar pela primeira vez que as pessoas que abusam de cannabis têm anormalidades dos receptores canabinoides no cérebro", disse Jussi Hirvonen, autor do estudo.

Os pesquisadores escanearam novamente 14 dos usuários crônicos após um mês de abstinência e notaram um aumento significativo na atividade dos receptores CB1 em áreas que no início do estudo eram deficientes. Os resultados, apontaram os pesquisadores, sugerem que os efeitos adversos do uso crônico de maconha podem ser reversíveis.

"Essa informação pode ser fundamental para o desenvolvimento de novos tratamentos para o abuso de maconha. Além disso, esta pesquisa mostra que os receptores reduzidos em pessoas que abusam da droga podem voltar ao normal quando elas param de usá-la", acrescentou Hirvonen.

O estudo, resultado de uma parceria entre o Instituto Nacional de Saúde Mental e o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas dos EUA, foi apresentado esta semana na reunião anual da Society of Nuclear Medicine, em San Antonio, Texas. Como este estudo foi mostrado em uma reunião médica, os dados e conclusões devem ser considerados como preliminares até que o trabalho seja publicado em um periódico científico.

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