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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Responsável por prótese de silicone "perigosa" cria outra empresa com foco na América Latina

Fabricante diz que na região a melhor prótese é a mais barata

O fundador da empresa PIP (Poly Implant Prothèse), Jean-Claude Mas, a mesma fabricante das próteses mamárias que estão sendo retiradas do mercado pela possibilidade de rompimento e os riscos à saúde que isso poderia acarretar, participa de uma nova sociedade para a exportação de próteses, especialmente à América Latina, revela nesta sexta-feira o jornal Nice-Matin.

 
As mulheres que tiverem próteses de mama da marca PIP devem procurar seu médico para fazer uma avaliação.

Na semana passada, o governo da França recomendou que essas próteses sejam retiradas. De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) há suspeitas de que o silicone possa causar “eventos adversos graves”, como câncer, nas mulheres portadoras da prótese, mas “essa relação causal não está estabelecida”.

Cerca de 300 mil mulheres usam esse silicone no mundo, sendo 25 mil no Brasil.

Conforme a publicação francesa, Mas aparece como diretor de uma sociedade criada em junho por seus dois filhos para a fabricação de próteses mamárias de baixo custo destinadas principalmente à exportação. A France Implant Technologie (FIT) nasceu para substituir a PIP, que faliu em 2010 após a detecção de problemas em próteses, que foram fabricadas com silicone industrial e não o recomendado para medicina.

No plano de negócio da nova empresa, Mas aparece como "um criador genial" que vai assessorar como "consultor técnico-comercial" o presidente, seu filho de 27 anos. Outros dois executivos da antiga PIP figuram na direção da FIT.

O plano de negócio da nova empresa tem elementos similares aos que provocaram o sucesso comercial da PIP, a fabricação de implantes de baixo custo essencialmente para a exportação. Um modelo que funcionou até março de 2010, quando as próteses foram proibidas.

O texto diz que, para a FIT, “o mercado sul-americano obedece à regra de que a melhor prótese é a menos cara”. A América Latina era o destino da metade dos implantes exportados pela PIP, que vendia fora da França 85% de sua produção, que chegou a ser de 100 mil próteses anuais.

A FIT prevê vender suas próteses 10% mais baratas do que as de seus concorrentes e reduzir os custos de produção em 30%. Para isso, planejam abrir antes de junho uma fábrica no sudeste da França, onde já estava implantada a PIP, com 20 empregados e com o objetivo de produzir até 400 próteses diárias.

O investimento para a unidade será de R$ 5 milhões (2 milhões de euros).

Fonte R7

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