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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Dia mundial de combate ao câncer: O Brasil precisa se antecipar à epidemia do câncer

Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), explica como o hospital modelo pode inspirar outras instituições do país
Não é raro que a sobrevivência ao câncer seja associada ao acesso a hospitais de ponta e a abundantes recursos financeiros. Aqueles que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), em geral, podem enfrentar longas filas, receber atendimento superficial ou ainda não receberem os melhores tratamentos existentes. O oncologista Paulo Hoff, conhecido por seu trabalho em hospitais renomados, como Albert Einstein e Sírio-Libanês, quer mudar essa imagem em São Paulo. Nomeado novo diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ele será o responsável por um dos melhores centros de referência de câncer no país. Inaugurado em 2008, o Icesp possui 247 leitos de internação, 44 leitos de UTI, 61 consultórios médicos e quase 4.000 colaboradores. Toda essa estrutura é gerida independentemente pela Fundação Faculdade de Medicina, da USP, mas está vinculada à Secretaria de Saúde do estado de São Paulo. Hoff acredita que este é um modelo a ser seguido, em um momento que o país precisa se prevenir da epidemia do câncer, doença que segue em ascensão e deve se tornar a principal causa de morte até 2020, ultrapassando as doenças cardiovasculares. Leia a seguir a entrevista que ele concedeu ao site de VEJA, no Dia Mundial do Câncer - lembrado nesta sexta-feira: O senhor vai assumir o cargo de diretor-geral do Icesp, que ambiciona ser o maior centro oncológico da América Latina. O que falta para isso acontecer? O objetivo é dar o melhor tratamento possível aos nossos pacientes e sermos reconhecidos como uma das instituições de ponta da América Latina para o tratamento de câncer. Na parte acadêmica, uma das grandes dificuldades que temos hoje no Brasil é que, por ser uma especialidade recente, a oncologia precisa de mais profissionais especializados, médicos oncologistas, médicos radioterapeutas, físicos que trabalham com radioterapia, tomografia e imagem e mais cirurgiões capacitados para operar o câncer. Um serviço com o tamanho do Icesp tem a massa crítica para poder ajudar na formação desses quadros. Estamos aumentando o número de residentes em oncologia, cirurgia oncológica, radioterapia e estamos trabalhando com a Universidade de São Paulo para o treinamento de físicos, além de enfermeiros e técnicos de enfermagem. E o atendimento aos pacientes? Na parte assistencial, embora tenhamos atendido 12.000 novos casos em 2010, isso não é suficiente. E sabemos que o hospital comporta mais. Fechamos o ano passado com 60% da capacidade operacional do hospital. Pretendemos fechar 2011 entre 75% e 80% da capacidade. Gostaria que fosse mais do que isso. Mas, obviamente, é preciso organizar o crescimento de acordo com a disponibilidade financeira e de pessoal. Não adianta abrir o hospital inteiro e não ter pessoas treinadas e qualificadas para atender os pacientes. Hoje, o nosso complexo tem nove unidades de radioterapia, o que acredito ser o maior parque radioterápico da América Latina. Queremos atender mais de 15.000 novos casos esse ano. Estimo que a capacidade do hospital esteja próxima de 18.000 casos. Com menos de dois anos desde a inauguração, o Icesp foi apontado como o segundo melhor hospital do estado de São Paulo. A que o senhor atribui isto? Foi uma eleição feita entre os usuários. O Icesp tem uma filosofia de trabalho muito clara. É um hospital que tem uma filosofia de humanização desde a porta de entrada. Os médicos têm uma dedicação altíssima ao paciente. No instituto, o paciente consegue identificar quem é o médico responsável pelo seu atendimento. Ao ser admitido, ele participa de uma reunião em que lhe é apresentado o que está disponível para facilitar o tratamento, desde nutricionistas, psicólogos e a equipe de enfermagem. O fato de possuirmos uma equipe altamente treinada dá ao paciente a segurança de que ele vai receber um tratamento de ponta. Existe alguma preparação voltada para o funcionário? Temos várias atividades aqui para fazer com que o funcionário se sinta bem aqui dentro. Trabalhamos a questão psicológica, já que trabalhar com câncer é difícil. No início, tivemos uma rotação alta de técnicos e enfermeiros. É difícil sair da faculdade e começar a ver doentes aqui no hospital. Às vezes é pesado. Sabe-se que esse modelo deveria ser seguido, mas isso não é comum, principalmente em um serviço público. Por que no Icesp deu certo? Aqui deu certo porque começou do nada. É uma filosofia que fez parte da cultura da instituição desde o seu nascimento. Já nascemos com a missão de fazer um tratamento humanizado. Temos tido mais sucesso que as outras instituições por isso. Esse espírito de humanização pode ser implantado, talvez de forma mais lenta, em todas as unidades públicas. É preciso dar ao médico uma carga de horário que seja justa e que permita a ele que dê atenção diferente ao paciente. Não pode ser uma fábrica. Como a medicina é subfinanciada, você acaba tentando corrigir esse problema forçando uma produtividade maior. Até certo ponto, pode ser válido. Mas chega a um momento em que você começa a pecar por falta da relação humana. O ministro da Saúde Alexandre Padilha costuma dizer que o problema da saúde é a gestão. O senhor concorda com isso? Certamente, a gestão tem um ponto importante em todos os níveis. A gestão pode ajudar a melhorar certos gargalos. Mas não há como negar que a saúde do Brasil é subfinanciada. Hoje, nós gastamos per capita um terço do que o México gasta per capita, um país que tem um nível sócio-cultural muito similar ao nosso. Deveríamos estar gastando, se não a mesma coisa, pelo menos o mais próximo deles. Na América Latina inteira, o Brasil é um dos últimos colocados em gastos per capita com saúde. Nós temos um serviço de saúde que, dadas as limitações orçamentárias, é melhor que a maior parte dos serviços públicos da América Latina. Então, é um paradoxo, gastamos pouco e temos um serviço que em muitos pontos é considerado um modelo. É difícil querer que um serviço funcione de uma maneira ideal se ele é subfinanciado. Nesse momento, é muito importante que a sociedade como um todo entenda que vai ser preciso financiar a saúde. Que benefícios esses recursos poderiam trazer? O que incomoda os pacientes atualmente é a demora de atendimento, falta de certos procedimentos de alto custo e ausência de médicos em algumas áreas. São coisas que você pode melhorar de uma maneira relativamente rápida se houver um aporte de recursos maior. Sei que achar dinheiro na administração pública não é fácil. O ministro tem parcialmente razão. Mas é necessário ter o aporte de recursos. Não adianta ter um sem o outro. O senhor já trabalhou no M.D. Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, o maior centro de oncologia dos Estados Unidos, tem um cargo importante no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e agora é o diretor-geral do Icesp. Após ter passado por todos esses níveis, qual é a grande dificuldade? Sou muito feliz aqui. Dirigir essa instituição para mim é uma grande missão, que me foi confiada pelos pares e pelo governo, de ajudar essa instituição a se solidificar como um grande centro. Espero que a gente possa ter tanto orgulho do Icesp, como os americanos têm do M.D. Anderson. Ou como nós temos do Sírio-Libanês. Nossa meta é essa, que ele seja considerado referência no tratamento do câncer. Além disso, o senhor também já disse que deseja que o Icesp passe a produzir mais conteúdo científico. Por que esse interesse? Primeiro, porque eu sou um professor universitário. Um hospital associado a uma universidade tem uma missão também educacional e científica. Este hospital não pode ser um hospital que simplesmente vise o atendimento do paciente. Ele não estaria atingindo todo o seu potencial. Atender o paciente é a nossa primeira missão. Mas formar pessoas que vão atender o paciente aqui e em outras instituições é importantíssimo. E gerar conhecimento também. No Icesp, a ciência pode trazer avanços importantes. Qual a importância das pesquisas em um hospital? A pesquisa científica disponibiliza ao paciente tratamentos que ele não teria de outra forma. Nós tratamos câncer, uma doença que em muitos casos não tem cura e não tem tratamento. Então, o melhor tratamento para alguns tipos de câncer é entrar no estudo clínico. O paciente precisa participar da pesquisa para ter acesso a essas drogas. Quando você faz um estudo, você pode descobrir tratamentos mais baratos, que podem ajudar outras pessoas. Queremos curar todos os tipos de câncer um dia, mas só a pesquisa clínica vai nos permitir a chegar nesse patamar. O Brasil está atrasado nesse sentido? O Brasil tem tido um aumento na produção científica nos últimos anos. Infelizmente, esse aumento até agora não resultou em aumento de patentes. Se nós olharmos a produção de patentes no Brasil, esse número ainda é muito pequeno. Temos que estimular a cultura de inovação científica. Porque gerar conhecimento também é importante. Importamos conhecimento e isso tem um custo para o país. Se gerássemos mais conhecimentos, poderíamos melhorar a eficácia dos tratamentos e, a longo prazo, ajudar o país economicamente. No setor da saúde, há um déficit na nossa balança comercial porque nós importamos a maior parte das medicações de alto custo. Leia também: o cardápio ideal contra o câncer O câncer é a segunda maior causa de morte no Brasil, atrás somente das doenças cardiovasculares. O senhor acha que falta conscientizar mais a população? Ao irem a público, pessoas famosas que tiveram esse problema recentemente, como (ex-vice-presidente José) Alencar e a apresentadora Hebe Camargo, ajudaram a conscientizar a população de que a doença independe do nível social. Isso fez com que as pessoas pensassem mais sobre a doença. Enfatizo ainda que, apesar de ser a segunda causa de morte, a incidência é crescente. Em alguns estados americanos, pela primeira vez, o câncer se tornou a principal causa de morte, ultrapassando a doença cardiovascular em 2010. Estima-se que até 2020 - não falta muito - o câncer passe a ser a principal causa de morte. No caso das doenças do coração, as pessoas estão se conscientizando e o tratamento está melhorando. A pessoa não morre mais do coração, e vive por mais tempo, o que aumenta o risco do aparecimento de câncer. O senhor citou os casos de Hebe Camargo e de José Alencar como exemplos de conscientização. É possível que se pense que o tratamento deles foi bem-sucedido devido à condição financeira e acesso a serviços de ponta. O que o senhor pensa sobre isso? Um ponto importante que vale ressaltar é que nem sempre eles se curam. O dinheiro sozinho não garante a cura. É fato que a disponibilidade de medicações modernas é limitada no sistema público brasileiro. Isso porque as drogas de alto custo têm um impacto gigantesco no orçamento. Mas temos uma experiência interessante no estado de São Paulo. Dialogamos com a Secretaria da Saúde e escolhemos um pacote de drogas de alto custo, associamos esses medicamentos a uma indicação específica para a doença. Conseguimos a anuência do governo do estado para quando essas medicações forem utilizadas para áreas em que estão comprovadamente indicadas. Hoje, temos no estado de São Paulo uma disponibilidade que, se não é perfeita, é muito forte. Se você comparar com outros países onde a medicina é controlada, como Austrália e Inglaterra, o nosso pacote de medicamentos nas indicações especificas não fica devendo muito ao que é oferecido nesses outros países. Então, hoje há acesso ao que existe de mais moderno aqui no Brasil? No estado de São Paulo, a pessoa não precisa ter dinheiro para receber tratamento adequado e de ponta. O que tem comprovação cientifica está sendo paulatinamente incorporado. Além disso, o nosso hospital possui exames de imagem, dois PET-CT [equipamentos de tomografia computadorizada], nove máquinas de radioterapia, equipamentos sofisticados que também são encontrados em hospitais de ponta, como o Hospital Israelita Albert Einstein e o Sírio-Libanês. O que uma pessoa precisa fazer para ter acesso ao Icesp? Se nós tivéssemos as portas abertas, teríamos uma fila interminável. São 130.000 casos de câncer em São Paulo por ano. Só na grande São Paulo são 30.000 casos. É preciso esclarecer que o instituto é um centro de referência e que existem instituições que são credenciadas para nos encaminhar um paciente. Uma pessoa que deseja ser admitida aqui precisa ter passado numa unidade mais próxima de sua residência, que vai fazer o encaminhamento pela Secretaria de Saúde. Várias instituições mandam seus pacientes para cá. Mas eles não podem vir direto, apenas com o diagnóstico já feito. Vendo a realidade atual do Icesp, é possível ser otimista sobre o futuro do tratamento de câncer no Brasil? O Icesp mostra o que o Brasil pode ser. Mostra dinamismo, vontade política, comprometimento, já que o orçamento colocado aqui pelo governo do estado é grande. Também demonstra a visão de montar um instituto de câncer, uma doença em ascensão, que será uma epidemia no futuro. Há uma preparação para o futuro. Em vez de esperar o problema chegar e responder a ele, o governo do estado se antecipou e tomou a iniciativa. O Icesp também mostra um modelo de gestão que pode ser utilizado, que são as OSS (Organizações Sociais de Saúde). O Icesp é um prédio da secretaria de saúde, gerida pela Fundação Faculdade de Medicina, que pertence à Universidade de São Paulo, que faz parte do estado. Aqui dentro os médicos seguem horário, são remunerados de uma maneira adequada e são exigidos pelo trabalho que prestam. Nós trabalhamos com metas a cumprir, que são enviadas trimestralmente para a Secretaria de Saúde. Se não cumprirmos a meta, cai o nosso repasse. Acho que esse pode ser um modelo. Não adianta Brasília achar que vai controlar tudo lá de cima. Deixar a gestão na mão de uma fundação dá uma agilidade, o que é fundamental. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/o-brasil-precisa-se-antecipar-a-epidemia-do-cancer

Medicamentos que não devem ser administrados com alimentos

Medicamento - Interação com Alimentos Ampicilina Com alimentos, há diminuição de sua biodisponibilidade. Carbonato de lítio Grande ingestão de Na, diminui o efeito benéfico, pouca ingestão, aumenta a possibilidade de intoxicação por lítio. Cefalexina Leite e derivados diminuem sua biodisponibilidade. Com alimentos sua absorção é retardada. Diazepam Administração VO com alimentos, diminui a velocidade de absorção. Por via IV, apresenta níveis séricos superiores. Digoxina Com vitamina D, tem aumento de seus efeitos secundários e toxicidade. Espironolactona Com alimentos há aumento da biodisponibilidade. Fenitoína Com ácido fólico e piridoxina, ocorre diminuição nos níveis plasmáticos. Fenobarbital Com alimentos é retardada e/ou diminuída a absorção. Com piridoxina, há diminuição nos níveis plasmáticos. Furosemida Com alimentos, sua absorção é retardada. Haloperidol Por VO, com café ou chá, seu efeito diminui. Hidrocortisona Com alimentos, sua absorção é retardada. Hipoglicemiantes orais Com potássio, ocorre aumento do seu efeito terapêutico. Isoniazida Com alimentos, há diminuição de sua biodisponibilidade. Levodopa Com piridoxina, há diminuição nos níveis plasmáticos. Com proteínas, diminuição da absorção. Lidocaína Com proteínas, diminuição da absorção. Metronidazol Com alimentos, retardam a absorção. Paracetamol Os alimentos retardam a absorção. Propranolol Com proteínas, aumento da biodisponibilidade. Rifampicina Os alimentos retardam a absorção. Penicilinas Os alimentos prejudicam sua absorção. Tetraciclinas O cálcio, presente no leite e derivados, propicia a formação de quelatos e precipitados.

DF mantinha esquema de medicamentos superfaturados

por Saúde Business Web 03/02/2011
Irregularidades foram encontradas nas gestões do ex-governador José Roberto Arruda e de governadores interinos A Secretaria de Saúde do Distrito Federal desviou recursos de hospitais e postos médicos para a compra de medicamentos superfaturados. As informações são do jornal O Globo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU). As irregularidades foram encontradas nas gestões do ex-governador José Roberto Arruda e dos governadores interinos Wilson Lima, do PR, e Rogério Rosso, do PMDB. De acordo com o levantamento realizado pelo TCU de meados de 2008 a julho de 2010, as unidades de saúde do DF estão sem medicamentos, apesar do alto investimento no setor. Em 2008, o DF recebeu quase 35 milhões de reais para investimentos farmácia, mas gastou quase 160 milhões. Desse valor, cerca de 106 milhões foram descontados da verba federal que deveria ser destinada a atendimentos de média e alta complexidade. Em 2009, o desvio foi de R$ 139 milhões, de um total de R$ 203 milhões, incluindo o subsídio do governo federal. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75575

Governo aumenta rigor em distribuição de remédios grátis

Medida integra ação Saúde Não Tem Preço, com distribuição gratuita de remédios
Renan Ramalho, do R7, em Brasília
O governo irá tornar rigoroso o controle sobre a entrega dos medicamentos nas farmácias que fazem parte do programa Aqui Tem Farmácia Popular, em que drogarias privadas oferecem os remédios com desconto por meio de uma parceria com a administração federal, que paga 90% do valor do produto. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (3) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na cerimônia em que anunciou a expansão do programa – agora, os remédios para diabetes e hipertensão (pressão alta) serão oferecidos de graça nos estabelecimentos que fazem parte do projeto. De acordo com o ministro, a pasta vai lançar um sistema integrado às mais de 15 mil farmácias credenciadas ao programa para impedir o uso de medicamentos sem receita ou fraudes na entrega. - Cada pessoa que for à farmácia, quando receber o medicamento, vai receber junto um cupom, que vai ter CRM do médico, qual foi a indicação, o medicamento dispensado, o número do vendedor, quais são as características e o local da farmácia. Padilha afirmou que o sistema irá também melhorar a segurança de informações privadas sobre as doenças do paciente. Outra medida é a criação de um grupo técnico que irá acompanhar a distribuição, a qualidade do atendimento e eventual necessidade de ampliação dos tipos de remédios distribuídos. Na cerimônia, a presidente Dilma Rousseff disse que outro efeito benéfico do programa será desafogar o SUS (Sistema Único de Saúde). - Essa medida vai garantir que as pessoas tenham uma facilidade de acesso, porque antes tinha que entrar no SUS. A partir de hoje, as farmácias credenciadas já poderão dispensar os medicamentos contra hipertensão e diabetes de graça. O prazo final para que todas façam isso é 14 de fevereiro. Segundo o governo, a medida foi possível graças a uma parceria com indústrias farmacêuticas e não trará custos adicionais para a União. Hoje, o programa oferece 24 tipos de medicamento com 90% de desconto para doenças como hipertensão, diabetes, asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma. Fraldas geriátricas também estão disponíveis. Para ter acesso aos remédios, é preciso apresentar CPF, documento com foto e receita médica. http://noticias.r7.com/saude/noticias/governo-aumenta-rigor-em-distribuicao-de-remedios-gratis-20110203.html

Dilma diz que SUS é uma estrutura incompleta e com falhas

O SUS (Sistema Único de Saúde) é uma estrutura ainda incompleta e que tem falhas, admitiu nesta quinta-feira (3) a presidente Dilma Rousseff, em sua primeira cerimônia no Palácio do Planalto, que marcou o anúncio de medicamentos gratuitos contra hipertensão e diabetes, oferecidos pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular. Apesar da crítica, Dilma afirmou que o SUS é uma conquista "inestimável" da democracia brasileira. – Eu acredito que o SUS é uma estrutura ainda incompleta, com falhas, que nós temos obrigações de sanar, até porque, apesar das suas limitações, é uma conquista inestimável da democracia brasileira, sistema solidário e universal fruto da Constituinte. A presidente também disse que, ao longo do governo, pretende lançar sistematicamente medidas de "fortalecimento e intensificação" do SUS, como as anunciadas hoje. Ela ainda agradeceu ao seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ter criado o programa Aqui Tem Farmácia Popular. O programa, parceria do governo federal com a rede privada de farmácias e drogarias, atende aproximadamente 1,3 milhão de brasileiros mensalmente - dos quais 300 mil são diabéticos e 660 mil, hipertensos. Os estabelecimentos conveniados terão até o dia 14 para implantar as novas medidas, informou o Ministério da Saúde. A presidente disse que é motivo de preocupação o fato de essas duas doenças serem "perfeitamente controláveis se forem tratadas". – Portanto, os portadores de diabetes e hipertensão podem levar vida normal, se adotarem, além dos remédios, uma vida saudável. Dilma disse ainda que a área de saúde talvez seja onde a questão de diferença de renda tenha expressão mais "perversa", "tratando de forma desigual pobres e ricos". http://noticias.r7.com/saude/noticias/dilma-diz-que-o-sus-e-uma-estrutura-incompleta-e-com-falhas-20110203.html

Reino Unido investe em ambulâncias para obesos; veja vídeo

Veículo equipado para transportar obesos chega a custar R$ 243 mil. Com o significativo aumento no níveis de obesidade no país, as tradicionais ambulâncias muitas vezes não se adequam mais ao transporte de alguns usuários. Os veículos estão sendo agora equipados com macas mais largas e um aparelho especial para suspender pacientes com peso superior a 300 quilos. Cada novo veículo chega a custar 90 mil libras, cerca de R$ 243 mil. assista o video:

Sites divulgam quais médicos têm ligação com laboratórios

No Brasil não há um banco de dados em que o paciente possa pesquisar se o seu médico é patrocinado pela indústria. Os laboratórios mantêm segredo sobre esses pagamentos. Nos EUA, porém, sete laboratórios já começaram a postar na internet nomes e valores pagos a médicos. O site ProPublica http://projects.propublica.org/docdollars/ reuniu esses dados e montou um serviço em que o paciente coloca o nome do médico e o Estado onde ele atua e consegue saber se ele recebeu verbas. No projeto diretrizes http://www.projetodiretrizes.org.br/, alguns documentos já constam a declaração de conflito de interesse de médicos, mas não há menção de valores. http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/870081-sites-divulgam-quais-medicos-tem-ligacao-com-laboratorios.shtml

Médicos patrocinados podem distorcer informação sobre droga

Médicos que recebem recursos da indústria farmacêutica ou de equipamentos podem exagerar na prevalência ou na importância de doenças, minimizar os riscos e distorcer dados sobre a eficácia das drogas. É a opinião da médica Adriane Fugh-Berman, professora da Georgetown University Medical Center, em Washington, considerada uma das maiores autoridades mundiais em conflitos éticos entre médicos e a indústria farmacêutica. Em um dos últimos artigos que publicou, em setembro do ano passado, ela mostrou que uma farmacêutica multinacional plantou sistematicamente artigos favoráveis a seus medicamentos em periódicos científicos. Adriane dirige o "PharmedOut", um programa de educação e pesquisa sobre a influência da indústria na prescrição médica. A seguir trechos da entrevista à Folha
Folha - É aceitável que médicos responsáveis por diretrizes clínicas tenham conflitos de interesse com a indústria, ainda que declarados? Adriane Fugh-Berman - Isso não deveria acontecer. Diretrizes clínicas devem depender da ciência, e as análises em casos em que a ciência não é clara devem ser feitas por pessoas imparciais, não por aquelas que têm conflitos de interesse. Qual é o principal problema desses conflitos? Ele garante que as metas do marketing das empresas farmacêuticas sejam cumpridas. Os médicos pagos pela indústria representam o interesse da indústria, estejam eles conscientes disso ou não. Podem exagerar na prevalência ou na importância das doenças, expandir classificações de doenças, minimizar os problemas de segurança e não dar importância a terapias não-farmacológicas, como dieta e exercícios. Qual é o impacto para o paciente? Diretrizes são poderosos determinantes para os médicos. Elas deveriam ser elaboradas pelos defensores da saúde pública, não por médicos pagos pela indústria. É possível elaborar diretrizes com 100% de isenção? Sim! Os médicos pagos pela indústria farmacêutica são transportados para um mundo de oportunidades que distorcem o discurso da medicina. Há muitos médicos acadêmicos que não têm relações com a indústria http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/870076-medicos-patrocinados-podem-distorcer-informacao-sobre-droga.shtml

Médicos ligados à indústria ditam regras de conduta

CLÁUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO Médicos brasileiros responsáveis por elaborar diretrizes clínicas possuem conflitos de interesse com os laboratórios farmacêuticos. Diretrizes são orientações que padronizam a conduta para determinada doença. Feitos por entidades profissionais, esses documentos definem, por exemplo, qual a taxa de colesterol ou o nível de pressão arterial aceitáveis e quais as classes de remédios que devem ser usadas no tratamento dos pacientes. A Folha pesquisou 11 diretrizes de algumas doenças -hipertensão, obesidade, hepatites B e C, diabetes, artrite reumatoide, tromboembolismo venoso, disfunção erétil, artrose e climatério. Dos 111 profissionais que fizeram o documento sobre hipertensão, 63 (56,7%) declararam que, nos últimos três anos, fizeram estudos, receberam ajuda, deram palestras ou escreveram textos científicos patrocinados por laboratórios. Dois deles têm também ações da indústria. A situação se repete na diretriz sobre climatério e doenças cardiovasculares. Dos 33 médicos que a assinam, 16 (48,5%) são patrocinados pela indústria. Dois têm ações de laboratórios. Na diretriz de disfunção erétil, todos os cinco médicos têm conflitos de interesse. A questão é polêmica, embora não seja ilegal. Nos EUA, há um movimento médico crescente que considera inaceitável esse tipo de conflito. Apontam que, ao terem ligação com a indústria, os médicos podem favorecê-la prescrevendo mais remédios, minimizando os riscos das drogas ou distorcendo dados sobre a eficácia delas. O CFM reconhece a situação "conflituosa", mas diz que não há hoje nenhuma restrição que médicos ligados a indústria participem de consensos. "Não tínhamos pensado nisso, mas é preciso rever essa situação. É difícil adotar diretrizes com pessoas comprometidas com a indústria. Pode perder a credibilidade", afirma Roberto D'Ávila, presidente do CFM. O médico Wanderley Marques Bernardo, coordenador do "Projeto Diretrizes", da AMB (Associação Médica Brasileira), afirma que a diretriz segue uma metodologia rígida e que é baseada em fortes evidências científicas. Segundo ele, há um grupo isento que faz uma revisão final. "Se houver ainda algum problema ou interesse, seja ele deliberado ou não, a gente corrige", diz ele. O cardiologista Jadelson de Andrade, coordenador das diretrizes da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), argumenta que médicos de ponta geralmente são chamados pela indústria para participar de estudos e dar consultorias ou palestras. Para ele, o ideal seria que o governo destinasse uma verba para a produção de diretrizes clínicas formuladas por pessoas isentas de conflitos. Para Inez Gadelha, coordenadora do departamento de atenção especializada do Ministério da Saúde, "o ideal não existe". "É muito difícil não ter conflito. Uma coisa eventual, um jantar, uma viagem, não compromete. A questão é o grande conflito." http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/870060-medicos-ligados-a-industria-ditam-regras-de-conduta.shtml

Download - Memento Terapêutico FURP

para baixar acesse o link abaixo: http://www.alfob.com.br/MEMENTO%20FURP.pdf