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sexta-feira, 4 de março de 2011

Anvisa discute sobre rastreabilidade de medicamentos

por Saúde Business Web 04/03/2011 Agência instituiu grupo de trabalho para avaliar a eficiência e efetividade das alternativas tecnológicas disponíveis A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá aprofundar a discussão sobre a rastreabilidade de medicamentos. A Agência instituiu, nesta última quinta-feira (03), um grupo de trabalho para avaliar a eficiência e efetividade das alternativas tecnológicas disponíveis. A medida foi tomada após uma recomendação do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), composto pelos ministros da Saúde, da Casa Civil, da Justiça, da Fazenda, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O grupo de trabalho terá 60 dias para discutir as alternativas tecnológicas e harmonizar a implantação do sistema de rastreamento com os objetivos das políticas públicas de acesso a medicamentos. Além da Anvisa, o grupo terá representantes dos ministérios da Saúde, da Justiça e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado do trabalho será avaliado pela Anvisa, que irá definir as ações a serem implementadas. Com a medida, a Instrução Normativa nº 11, de 29 de outubro de 2010, que dispôs sobre a tecnologia, produção, fornecimento e controle da distribuição das etiquetas de segurança, fica revogada. Segundo informou o órgão regulador, a Lei 11.903/09 continua em vigor e o trabalho que será realizado nos próximos 60 dias vai permitir o prazo de implantação do sistema de rastreabilidade, previsto para 2012. Histórico O Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, por meio da Lei 11.903/09, foi criado em 2009. O programa prevê o monitoramento de todo medicamento produzido, dispensado e vendido no Brasil, desde a fabricação até o consumo pela população. De acordo com a lei, o controle deverá ser realizado por meio de sistema de identificação, com o emprego de tecnologias de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados. A implementação será feita no prazo gradual de três anos. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76438

Saúde libera R$ 71 mi para Média e Alta Complexidade

por Saúde Business Web 04/03/2011 Municípios, estados e Distrito Federal vão receber R$ 71 milhões por ano O Ministério da Saúde autorizou, na quarta-feira (02), a liberação de R$ 71, 5 milhões para custear a realização de procedimentos de anomalia de crânio e bubomaxilofacial, ambos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento de Média e Alta Complexidade. Os recursos serão repassados, anualmente, a municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. Do montante, R$ 38,4 milhões serão incorporados ao limite financeiro anual dos municípios, estados e Distrito Federal. Os outros R$ 33 milhões serão liberados pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec), de acordo com a produção registrada nos Sistemas de Informações Ambulatorial e Hospitalar do SUS. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76439

Santas Casas têm prejuízo operacional de R$ 4 bi ao ano

por Saúde Business Web 04/03/2011 Em 2009, instituições empregaram mais de R$ 12 bi no atendimento gratuito e foram remuneradas com 7,9 bi As Santas Casas e Hospitais Beneficentes operam em déficit no atendimento dos pacientes da rede pública. O repasse é feito considerando uma tabela de procedimentos do SUS, que estipula o valor de cada intervenção médica. Entretanto, de acordo com as instituições, o déficit atual é de, em média, 40%, ou seja, para cada R$ 100,00 empregados no atendimento gratuito as unidades beneficentes recebem de volta R$ 60,00. Tal situação tem gerado um prejuízo operacional de R$ 4 bilhões ao ano para as entidades. De acordo com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), em 2009, a rede filantrópica teve um custo de pouco mais de R$12 bilhões para o atendimento aos beneficiários do SUS e recebeu R$ 7,9 bilhões. "Esse déficit operacional vem sendo em parte coberto com receitas alternativas que algumas entidades conseguem gerar, mas aquelas que dependem exclusivamente da receita do SUS estão praticamente quebradas. Essa defasagem na tabela produziu uma dívida que os hospitais não conseguem mais suportar. O reajuste da tabela é ponto fundamental para a reabilitação da rede beneficente", afirma, em comunicado, o presidente da Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB) e da Fehosp, José Reinaldo de Oliveira Júnior. A Santa Casa de Misericórdia de Palmital, no interior de São Paulo, por exemplo, que conta com 68 leitos, sendo 44 para a rede pública, atende mensalmente pelo SUS cerca de 2740 consultas e 130 internações. "Temos capacidade para atender o dobro do que atendemos atualmente, mas é inviável por conta do teto financeiro que nos é estabelecido. Para tudo que for feito acima do teto não há remuneração, aumentando o nosso déficit operacional", explicou o presidente da Santa Casa de Palmital, Edson Rogatti. Já a Fundação Santa Casa de Misericórdia de Franca, que conta com 313 leitos e é o único hospital SUS que atende alta e grande parte da média complexidade para 22 municípios da região (cerca de 700 mil habitantes), convive com um endividamento de mais de quase 55 milhões de reais. O hospital tem 92% da taxa de ocupação pelo SUS, superando a capacidade disponibilizada para o sistema que, por lei, deve ser de no mínimo 60%. Atualmente são mais de 63 mil atendimentos ambulatoriais, 300 partos e 1.575 internações mensais. "Esses dados colocam a Santa Casa de Franca como um dos dez hospitais do estado de São Paulo que mais internam para o SUS", afirmou, em nota, o presidente da instituição, José Candido Chimionato. Segundo o presidente da CMB, para reverter essa situação, a prioridade é mobilizar o Congresso para a regulamentação da Emenda Constitucional 29. Com a indefinição atual em torno da lei, aponta, metade dos Estados deixam investir o montante determinado em saúde e mesmo nas regiões que oficialmente cumprem a regra não há a garantia de que os recursos sejam realmente empregados no atendimento à população. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76431

Networking profissional de qualidade

Ser popular e ter muitos contatos não é a principal característica de um bom networking profissional *Guilherme Tossulino Cada vez mais torna-se preciso ter uma estratégia para o desenvolvimento e evolução da carreira. Com toda a voracidade do mercado atual, os profissionais, ao mesmo tempo que buscam o conhecimento e a informação, precisam manter uma rede de relacionamentos, ou networking. Com a internet, aumentaram as possibilidades do networking profissional. Conhecer profissionais da sua área de atuação nunca foi tão fácil quanto é nos dias atuais. Com as redes sociais e meios de comunicação on-line, abre-se um canal de comunicação direto entre os mais diversos níveis organizacionais e culturais. As barreiras da concorrência, dos continentes e até mesmo do preconceito caem e a troca de informação prevalece. Apesar disso, existem alguns critérios para que o networking seja efetivo. Ser popular e ter muitos contatos não é a principal característica de um bom networking profissional. Para a carreira, o networking é meio de contato das pessoas certas para o momento certo. Não é a quantidade de pessoas que você conhece que fará da sua, uma boa rede de relacionamentos, mas sim a qualidade dos seus contatos. Seguem algumas dicas e sugestões para cultivar e manter um bom networking de qualidade: Selecione os contatos: Procure manter contato com pessoas que sejam realmente relevantes para o seu desenvolvimento profissional. Não deixe de fazer colegas e amigos. No entanto, esqueça aquele colega de curso que pediu seu e-mail apenas para enviar piadas e correntes. Ele não quer nada mais do que ser popular. Esteja visível: Ser encontrado é uma forma fácil de ser lembrado. Portanto, ressalto aqui novamente a importância da reputação on-line. Ter um blog ou um perfil no LinkedIn é muito importante também para o networking. Hoje é muito comum a troca de e-mails em cursos e eventos, para isso tenha um cartão de visita em mãos para facilitar. Organize sua rede: Ter seus contatos espalhados gera confusão e pode causar embaraços. Por isso, mantenha os dados das pessoas que você conhece em um único lugar. No celular ou no computador, não importa. O que interessa é que esses dados precisam ser facilmente acessados e atualizados. Seja sincero: Manter uma aparência é algo muito difícil e requer muito jogo de cintura. A melhor coisa a se fazer em contatos pessoais ou on-line é ser sincero. Você não sabe quando será a próxima vez que vai entrar em contato com aquela pessoa e muito menos quem são os contatos dela, por isso mentir pode ser um risco muito grande de ter seu filme queimado em uma rede. Não fale demais, mas fale: As pessoas, em geral, não gostam daqueles que tomam contam das conversas e falam de tudo e por todos. Em uma roda de desconhecidos, fale o necessário para ser notato e para que seu conhecimento seja visto. Esqueça a timidez e o medo de errar. Jamais fale mal dos outros: Seja na internet ou pessoalmente, evite ao máximo falar mal de outras pessoas. Nem todos pensamos da mesma forma e obter desafetos é prejucicial para o networking. Aplicando esses princícios e contando com a sorte, você certamente estruturará com o tempo uma boa rede de relaciomentos. Networking requer tempo e é uma estratégia de carreira. Lembre-se que ter poucos contatos não é sinônimo de networking ruim. *Guilherme Tossulino é Bacharel em Sistemas de Informação. É analista de sistemas e de planejamento de soluções web. Mais informações e outros textos do autor no endereço www.minhacarreira.com/ http://www.dicasprofissionais.com.br/dicas/dicas2.asp?id=58

Profissionais desorganizados têm sucesso na carreira?

A organização profissional é criada a partir de pequenos hábitos pessoais Há pessoas que conseguem se manter organizadas desde pequenas, durante toda a sua vida e em qualquer circunstância. Quando se tornam profissionais certamente vão continuar a ser organizadas em tudo o que empreenderem e terão grande chance assim de terem sucesso na carreira que escolheram. Há outras que não conseguem ser organizadas. Organização é um fator importante para qualquer empreendimento, e pode-se dizer que não é um fator hereditário, ou que venha do berço da pessoa, e, portanto, não depende do meio em que a pessoa foi criada. Claro que uma certa orientação dos pais ou mais velhos é sempre muito bem-vinda. O fato é que a organização dentro de uma empresa, qualquer que seja o seu segmento, é um fator importante. As empresas têm uma missão, têm um objetivo, têm um plano de negócios, têm um organograma funcional e têm manuais de procedimentos. Tudo isso é alcançado a partir de sua estrutura. As instalações são organizadas em seus escritórios e em suas instalações de fábrica. Atualmente é dada grande ênfase para a limpeza do chão da fábrica, bem no estilo americano. Quem visita alguma instalação de uma empresa organizada fica deslumbrado e até diz que gostaria muito de trabalhar para uma empresa assim. O problema da organização é que ela tem ser vivida pelo profissional no dia a dia, em pequenos hábitos pessoais, para se entender e atingir a perfeição desejada pelas empresas que insistem nela como uma ferramenta importante para alcançar a competitividade no mercado em que atua. E devem ser entendidos por hábitos pessoais aqueles como manter limpos a sua mesa de trabalho, o seu local de trabalho, as suas ferramentas de trabalho. É ter condições de encontrar rapidamente um documento ou uma informação em sua gaveta, arquivo ou computador. Afinal, comprometer um negócio da empresa porque deixou de encontrar uma informação ou encontrou tarde demais pode ser um risco para a carreira profissional. Organização profissional é considerada também no planejamento de suas atividades, de modo a saber definir prioridades suas e de seus comandados, de cumprir tarefas e metas estabelecidas pela empresa. É trabalhar bem dentro da empresa, de acordo com os padrões, sem susto algum para seus superiores ou comandados, e assim poder pensar em contribuir com idéias inovadoras para os negócios da empresa e seu mesmo. http://www.dicasprofissionais.com.br/dicas/dicas2.asp?id=64

PL cria certificação de qualidade para próteses médicas

por Saúde Business Web 03/03/2011 Projeto estabelece que o certificado deverá acompanhar o produto, da indústria até o usuário final, e conter informações sobre o fabricante A Câmara analisa o Projeto de Lei 116/11, do deputado licenciado Beto Albuquerque (PSB/RS), que cria certificado de qualidade e de garantia para próteses, órteses e outros materiais implantáveis de uso médico. As informações são da Agência Câmara. O projeto estabelece que o certificado deverá acompanhar o produto - da indústria até o usuário final - e conter informações sobre o fabricante, especificação do material, nome do paciente, número de seu prontuário, data da cirurgia, nome e assinatura do cirurgião responsável. Casos de fraude O autor da proposta diz que tem acompanhado casos de fraude envolvendo esses equipamentos. De acordo com ele, são numerosos os pacientes que têm a saúde comprometida por implantes de baixa qualidade, provenientes de fábricas clandestinas, que, no entanto, são pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como se fossem legítimos. Na avaliação de Albuquerque, a adoção do certificado de qualidade contribuiria para coibir essas práticas criminosas. O deputado argumenta que hoje o sistema de auditoria do SUS não dispõe de meios para "rastrear os materiais implantáveis desde a fábrica até o usuário. Com os certificados, o controle, segundo ele, se tornaria mais eficiente e eventuais fraudes poderiam ser detectadas mais facilmente. As próteses são aparelhos que substituem membros ou órgãos do corpo humano, como marca-passos, aparelhos auditivos, próteses articulares e dentárias. Já as órteses são aparelhos ou peças que apenas corrigem ou complementam a função de membros ou órgãos, como talas, palmilhas ortopédicas, joelheiras e munhequeiras. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para ler a íntegra da proposta: http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=491070

Cremerj obtém liminar que suspende contratação de OSS

por CFM 03/03/2011 Medida é voltada para a gestão das principais emergências da cidade O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) obteve liminar que suspendeu o processo de licitação para contratação de Organizações Sociais (OSS) para a gestão das principais emergências da cidade, que seria realizado no dia 25. A decisão do juiz federal Iório Siqueira D"Alessandri Forti foi comunicada durante a reunião dos conselheiros com o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, na sede do Conselho, em 24 de fevereiro, véspera da licitação. O secretário havia sido convidado para esclarecer as muitas dúvidas dos médicos em torno das OSS. A maior argumentação de Dohmann era de que as OSS eram a única alternativa para resolver o problema da saúde pública no município do Rio. "Não acreditamos que este modelo de transferência da gestão dos serviços públicos de saúde para a iniciativa privada seja a única alternativa para viabilizar atendimento de qualidade nas emergências", afirmou o presidente do CREMERJ, Luís Fernando Moraes. "A decisão judicial mostrou que o processo proposto pelos gestores da Saúde no município não está em conformidade com a legislação", ressaltou. "O caminho para a solução dos problemas da Saúde Pública é o concurso público, com salários dignos, e não alternativas temporárias", acrescentou. De acordo com a decisão, a Lei Municipal 5.026/09 e o Decreto 30.780/09 admitem que as Organizações Sociais atuem exclusivamente em unidades de saúde criadas a partir da data de aprovação da lei, no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla e nos equipamentos destinados ao Programa de Saúde da Família. Sendo assim, não há autorização legal para atuação nas emergências dos hospitais Souza Aguiar, Miguel Couto, Salgado Filho e Lourenço Jorge. Ainda existe Ação Direta de Inconstitucionalidade a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal. O juiz também considerou insignificante o prazo previsto no edital. O município iniciou o processo de licitação para um contrato de cerca de R$ 168 milhões, no dia 8 de fevereiro, com previsão de abertura das propostas apenas dez dias depois. O processo nº 2011.51.01.002276-0 está em tramitação na 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76395

Taxa de Boas Práticas será recolhida a cada dois anos

por Saúde Business Web 03/03/2011 Agência confirma que o recolhimento deve obedecer à mesma periodicidade da validade do certificado A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acatou o parecer da Procuradoria e da AGU e formalizou em ata que o recolhimento da taxa para a emissão do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle (CBPFC) somente precisa ser efetuado a cada dois anos. Desta forma, a Agência confirma que o recolhimento deve obedecer à mesma periodicidade da validade do certificado. Esta taxa hoje é de R$ 37 mil para as vistorias extra-zonas (empresas com fábricas no exterior) e de R$ 15 mil para as vistorias em fábricas locais. O pagamento é feito de forma linear, independentemente do faturamento do fabricante. O presidente executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed), Carlos Goulart, explica que a dúvida persistia desde a publicação da referida e que agora fica esclarecida com este anúncio da Anvisa. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76402

Veja 4 prioridades definidas pela Anvisa para 2011

por Saúde Business Web 03/03/2011 Controle e fiscalização da talidomida e regulamentação de descarte de medicamentos em farmácias e drogarias estão entre os temas de urgência A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou os temas que serão tratados com prioridade pela Agência neste ano. A Agenda Regulatória de 2011 elenca 93 assuntos que serão debatidos e regulados ao longo do ano. Entre os temas priorizados estão a revisão do controle e fiscalização da talidomida; a regulamentação de descarte de medicamentos em farmácias e drogarias; a revisão do teor de iodo em sal; a definição de normas para registro de repelentes de insetos para uso pessoal Alguns temas, de acordo com sua complexidade, têm conclusão prevista para 2012. "O objetivo da agenda é promover a previsibilidade e a transparência da atuação regulatória, por meio da antecipação dos temas a serem regulamentados em determinado período. Além de possibilitar a participação da sociedade na definição das prioridades institucionais, a Agenda Regulatória permite que o setor regulado saiba o que esperar em termos de ajustes que terão repercussão em seus mercados", afirmou a Anvisa, em comunicado. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76387

Padronizando comunicação entre prestadores e operadoras - O que deve ser feito x Como deve ser feito

Tem tanta norma e padronização no segmento da saúde que geralmente se confunde o que é importante e o que é essencial. Por exemplo, é importante padronizar códigos de produtos e serviços. E os órgãos reguladores criaram as tabelas AMB, Brasíndice, TUSS ... Mas é muito mais importante (é essencial) padronizar a forma de comunicação entre prestadores e operadoras, porque a forma (e não o conteúdo) é a base para se informatizar os processos. E neste caso, infelizmente, os órgãos reguladores dão menos atenção. A obrigatoriedade do envio e retorno eletrônico das informações das operadoras (glosas), a forma de apresentação das contas (além da guia TISS), a formalização da auditoria das contas, os parâmetros mínimos de tempo (faturamento, análise, glosa, recurso) – tudo isso fica ‘ao Deus dará’, em uma relação onde quem é mais forte dita regras covardemente. O capeante (ou capiante se assim desejar) que formaliza a análise das contas é o maior exemplo desta falta de padronização que prejudica tanto a relação comercial entre operadora – prestador – paciente. Quem estranha a inserção do paciente nesta relação ? Sim ... todos os envolvidos no ciclo de faturamento e cobrança defendem que a conta e o capeante deveriam ser obrigatoriamente apresentados ao paciente (consumidor) para que ele saiba com que tipo de prestador está lidando, e com que tipo de operadora está se relacionando ! Atualmente os capeantes resumem a total ineficiência dos processos de análise de contas: Cada operadora adota o modelo que lhe convém, e ‘os incomodados que se mudem’; Existem operadoras que terceirizam esta atividade ... a empresa contratada faz auditoria para várias operadoras no mesmo prestador e (pasmem !) usa capeantes diferentes dependendo da operadora. Esta ‘bagunça’ inviabiliza que os sistemas de informação tratem adequadamente este processo, e aumenta o custo do ciclo faturamento – análise – glosa – recurso tanto para o prestador quanto para a operadora. Mesmo que o hospital tenha um prontuário razoavelmente informatizado, este documento é manuscrito, geralmente em formulário pré-impresso em gráfica, carbonado e assinado pelo médico auditor de cada lado, e vistado pela enfermeira auditora de cada lado, e eventualmente pelo ‘administrativo da operadora’ ... o cúmulo da burocracia inútil. Quem é do ramo sabe : Imprimimos a guia TISS e mandamos assinar a toa. Além de ninguém ler, quando se necessita consultar informação confiável sobre o atendimento do paciente, principalmente a internação, sempre se recorre ao prontuário; Implantar a TUSS não representou ganho operacional ... muito pelo contrário, continua gerando um grande stress operacional : de x para de códigos, procedimentos que sumiram, procedimentos que foram unificados, procedimentos que foram desmembrados, e inviabilização de análise dos eventos à luz dos contratos. A TUSS continua sendo a eleita para o ‘Oscar de efeitos especiais’ – é necessário ser ‘mágico’ para lidar com ela. Normas que definam como as coisas devem ser feitas são importantes, mas o essencial são as que definem o que deve ser feito, quando (com que prazo) e qual a penalidade por não fazer. Uma vez acertado o que deve ser feito e em que momento, como vai ser feito pode ser através de uma norma, ou de um acerto comercial (contratual) entre as partes – isso nunca foi problema na área da saúde ! Que tal começar com a obrigatoriedade de apresentar a conta e o capeante ao paciente, para que nosso cliente saiba o que representou a estada dele no hospital, quais os tributos recolhidos, o que foi pago e o que foi formalmente negado pela operadora que ele paga todo o mês ? postado por Enio Salu http://www.saudebusinessweb.com.br/blogs/blog.asp?cod=195

Hospitais e operadoras em busca do equilíbrio

por Fornecedores Hospitalares Patricia Santana 03/03/2011 A discussão, hoje, das entidades de classe e agências reguladoras é como alterar o cenário de vale-tudo para uma relação ganha-ganha Em 2006, Michael Porter já apontava um problema no modelo de remuneração das assistências médicas, em sua obra "Repensando a saúde". Para o estudioso, os hospitais deveriam medir e divulgar os resultados médicos, a fim de garantir uma negociação de custo baseado no valor. Mais tarde, em 2008, foi a vez do pesquisador Clayton Christensen avaliar o setor. Em sua obra "Inovação na Gestão da Saúde", o acadêmico concorda com Porter e diz que a receita para reduzir os custos e aumentar a qualidade do serviço no setor está em abolir o pagamento por serviço prestado. Para Christensen, a ausência de um modelo de gestão inovador na indústria da saúde - em muitos casos por conta do ambiente regulatório engessado - é a razão pela a qual a saúde é cada vez mais insustentável do ponto de vista financeiro. Isto mostra que o dilema da relação fonte pagadora e instituições de saúde é um problema mundial há anos. No Brasil, as operadoras de saúde remuneram os hospitais com base em pacotes ou diárias globais. Este modelo, de acordo com Henrique Salvador, presidente do conselho deliberativo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), faz com que a saúde suplementar divida com os hospitais o risco assumido com os beneficiários. "O grande desafio é ter entre os elos da cadeia a medida exata do compartilhamento do risco", sinaliza o executivo. E a "medida exata" é justamente o que determinará a margem de cada player. Neste sentido, o cenário atual é de vale-tudo: hospitais incorporando assistência médica no negócio ou operadoras verticalizando operação com rede própria. Existem ainda os casos em que há uma tentativa dos hospitais de negociar as tabelas. É por isso que a Agência Nacional de Saúde (ANS), que regulamenta a saúde suplementar, instaurou um grupo técnico, formado por representantes de entidades hospitalares e de operadoras de planos de saúde, que tem como objetivo definir um novo modelo para a sistemática de remuneração dos hospitais que atuam com a saúde suplementar. De acordo com a agência, atualmente, os preços dos serviços hospitalares estão, em grande parte, dissociados dos custos de sua prestação. Isso porque, ao longo das duas últimas décadas vem ocorrendo uma contenção dos valores das diárias e de diversas taxas de serviços hospitalares. Ao mesmo tempo, houve aumento significativo das despesas com insumos (materiais, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais - OPME), onde está concentrada a principal parcela das margens dos hospitais. Diante dessa situação, foi gerado um estímulo para o uso de insumos com relação custo-benefício mais perversa para o sistema de saúde, que acarretou em aumento dos custos assistenciais e fez com que parte dos recursos disponíveis, que seria destinada aos honorários médicos, fosse direcionada para o custeio dos insumos. Esse grupo de trabalho da ANS visa desenvolver novas sistemáticas que remunerem os hospitais adequadamente pelos serviços prestados, tornando esses a sua fonte de receita primária. Em consequência, os beneficiários terão maior poder de escolha com base em padrões e na qualidade dos serviços prestados. Entre as ideias que surgem nestas discussões, Salvador defende a existência de um diálogo diferente entre os hospitais privados e as operadoras para estabelecer a compra e a venda. "Levando-se em consideração escala, estratégias de mercado e acordos de cooperação para melhorar a competitividade de ambos em determinado mercado", pondera o presidente da ANAHP. Mas dentro da cadeia não existe apenas hospital e operadora, nas relações que impactam o negócio. Há também o papel do médico, o consumidor de produtos hospitalares. Por isso, Salvador avalia que é preciso alinhar os objetivos do corpo clínico com a estratégia do hospital. "O caminho é investir em gestão do corpo clínico, para assegurar que a conduta caminhe conforme os protocolos médicos, bem como ter os médicos imbuídos no espírito da melhor relação custo-benefício", conta. Enquanto um novo formato de remuneração da saúde suplementar está sendo avaliado pelo governo, hospitais e os sistemas de saúde buscam alternativas diariamente. Estreitamento da relação com as operadoras Na Casa de Saúde de São José, do Rio de Janeiro, os canais de relacionamento com as assistências médicas passaram a ser assunto estratégico. Sendo assim, mais do que receita os planos são agora parceiros. De acordo com o diretor executivo da instituição, André Gall, houve um esforço para criar diferenciais e benefícios mútuos, que vão desde a regularização dos acordos verbais em formais e atualização dos contatos mais antigos. "Somos muito mais receptivos a atender aos pedidos das operadoras para qualquer necessidade especial que a mesma venha a ter, desde que esta ação gere benefícios para ambas as partes", posiciona-se. É por isso que a instituição está implantando um projeto de gestão do relacionamento com o cliente junto às operadoras de saúde parceiras. Isto diminui o impacto de negativa de exames, insumos, procedimentos e consultas, por exemplo. Afinal, existem protocolos e pacotes negociados previamente junto às operadoras de saúde, que são acordados com os médicos assistentes. "Trabalhamos de forma extremamente transparente com o médico assistente e familiar, após esgotarmos todas as possibilidades de resolução do problema junto às operadoras de saúde", conta Gall. Mais do que isso, é feito um trabalho preventivo às restrições das operadoras no momento do pré-agendamento e nas reuniões com o corpo clínico. O estreitamento na relação fez com que o hospital aumentasse em 10% o número de operadoras, saltando de 58, em 2009, para 64, em 2010. "Reduzimos o percentual de glosa e criamos espaços dentro de nossa estrutura para os grandes parceiros instalarem unidades de atendimento aos seus segurados e médicos credenciados, criando facilidades para ambos", conta o diretor, justificando a crescente procura por operadoras. Com mais de 2 mil médicos e mil colaboradores, a Casa de Saúde de São José realiza 300 partos e 2.100 cirurgias por mês. Para o executivo, o desafio sobre o modelo de remuneração entre as operadoras e hospitais deve resultar em um novo modelo, em que a saúde suplementar tem saúde financeira para manter sua solvência sem afetar a qualidade da assistência prestada ao paciente. Para isso, é preciso "Criar indicadores assistenciais que permitam não só as operadoras de saúde, mas aos clientes (médicos e pacientes) escolher a instituição onde fará seu tratamento pela qualidade do serviço prestado e não pela aparência que o serviço demonstra", acredita Gall. Para estabelecer uma relação de confiança junto à saúde suplementar, o diretor executivo avalia que são necessários desenvolver quatro caminhos: Transparência na relação; Criação de um relatório com os indicadores de desempenho assistencial e financeiro para as operadoras de saúde, para que façam a diferenciação entre seus prestadores e com isso possam tratar os desiguais de maneira desigual; Compartilhamento do risco; Aproximação das empresas contratantes, oferecendo um serviço de prevenção aos funcionários das mesmas. Negociação de contrato Gerenciando uma carteira de 21 operadoras credenciadas, o Hospital Santa Catarina de Blumenau, localizado na região sul do País, trabalha com contratos estabelecidos de acordo com a resolução normativa 42, da ANS. No entanto, mesmo com todas as regras previstas e com uma relação de transparência, existem problemas, como atraso nos pagamentos, glosas indevidas e dificuldades de autorização de procedimentos e exames. Na opinião do diretor de negócios da instituição, Maciel Costa,a padronização de insumos e o uso de protocolos técnicos são os principais mecanismos para minimizar o conflito diário entre hospitais e operadoras. "O profissional de saúde estabelece o uso de determinado insumo ou procedimento sob determinada perspectiva técnica. A visão da operadora pode ser oposta, o que instala um conflito muito comum no dia a dia das organizações hospitalares", exemplifica o executivo. Ao usar o conceito de diária global como forma de remuneração, o hospital é pago pelo serviço prestado. Por isso, torna-se crucial estabelecer protocolos de uso de medicamentos de alto custo, por exemplo. "Na prática, as ações visam otimizar os recursos financeiros que permeiam a relação prestador/operadora", pontua o diretor. Do ponto de vista assistencial, o hospital adotou, por exemplo, desde 2007, a prática das metas internacionais de segurança, como identificação de risco dos pacientes, melhora da segurança de medicamentos de alta vigilância, entre outros. O objetivo deste tipo de ação não se restringe apenas à qualidade assistencial, como também à melhor performance dos custos hospitalares. "Além de garantir a qualidade e a segurança na assistência, conseguimos contribuir significativamente para a otimização dos custos dos serviços", conta Costa. Entretanto, o gerenciamento dos custos e as melhorias no processo assistencial não garantem necessariamente uma negociação favorável de contrato junto às operadoras de saúde, segundo Costa. Isto porque ainda existem mercados em que há uma concentração e domínio de poucas assistências. "Quando se otimiza o processo, consegue-se otimizar custos por meio da resolutividade. No entanto, esta é uma prática que ainda não é muito reconhecida pelas operadoras no momento da negociação em algumas regiões, que não conseguem um diferencial de remuneração por apresentar estas melhores práticas", pontua. Diálogo e padronização A Bradesco Saúde, que também é controladora da Mediservice, entende que o principal desafio na relação entre hospitais e operadoras está em acelerar a mudança da sistemática de remuneração do setor. Para o presidente da Bradesco Saúde e Mediservice, Marcio Coriolano, já se faz urgente a migração do atual "fee for service" para um padrão de pagamento por pacotes, entre outros modelos que favoreçam a excelência dos serviços com maior previsibilidade de custos assistenciais. "Essa migração torna-se cada vez mais necessária em função das taxas da inflação médica que são sistematicamente superiores às dos índices gerais de preços, o que ameaça o orçamento das empresas e das famílias que são destinados à assistência médico-hospitalar privada", defende. Mesmo diante deste cenário, os custos médico-hospitalares da carteira de planos de saúde da Mediservice ficaram estáveis no ano passado, enquanto o aumento de custos no mercado tem sido de cerca de 8 a 10% anuais. O executivo aponta que o controle financeiro foi baseado em uma relação de transparência, diálogo e negociação junto às instituições hospitalares. Apesar de a Mediservice ter 271 mil vidas, a Bradesco Saúde já soma 2,5 milhões de segurados. De acordo com Coriolano, a escala que o grupo Bradesco proporciona favorece nas negociações de tabelas, que por fazerem parte do mesmo grupo não podem ter custos substancialmente diferentes. "O trabalho desenvolvido, e aceito pelos estabelecimentos hospitalares, foi o de aproximar ao máximo as tabelas da Bradesco Saúde e da Mediservice e adotar pacotes já experimentados pelas duas. Foi fruto de diálogo com os hospitais, clínicas e laboratórios", explica. Além do trabalho de equiparação de custos, o presidente acredita que a adoção dos projetos de padronização de informações e nomenclaturas da ANS, a TISS e a TUSS, proporcionou ganho em eficiência para a equipe de gestão médica com a padronização de apresentação e análise de contas médicas, o que contribuiu para facilitar o relacionamento com a rede credenciada. "A TISS e a TUSS vieram para padronizar procedimentos administrativos e operacionais e, dessa forma, reduzir custos e burocracias", conclui. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76411

Coquetel de remédios reduz risco de transmissão de HIV de mãe para filho

Probabilidade de transmissão durante os testes foi reduzida em 50% Washington, 2 mar (EFE).- Cientistas americanos descobriram que um coquetel com vários remédios antirretrovirais reduz em mais de 50% a probabilidade de que uma criança cuja mãe é portadora de HIV seja infectada. A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira durante a 18ª Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, realizada nesta semana em Boston, Massachusetts. Pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH, na sigla inglês) realizaram um estudo em hospitais do Brasil, África do Sul, Argentina e Estados Unidos com 1.684 crianças nascidas de mulheres que não tinham tido o vírus diagnosticado até dar à luz. As mulheres grávidas com HIV podem receber tratamento prévio para evitar que o bebê seja contaminado, no entanto, aquelas mães que não sabem que estão infectadas até dar à luz perdem essa oportunidade. Nesses casos, os bebês costumam receber tratamento pouco tempo após nascer com zidovudina, o primeiro remédio antirretroviral aprovado em 1987, para evitar que a criança também seja contaminada. No entanto, segundo a nova pesquisa, se for acrescentada à zidovudina outros remédios como nevirapine, lamivudine e nelfinavir, as possibilidades de sucesso aumentam em 50%. "Para reduzir a transmissão do HIV de mãe para filho, o melhor é o tratamento antirretroviral durante a gravidez", assinalou Heather Watts, médico da área de aids do centro Eunice Kennedy Shriver National Insitute of Child Health and Human Development (NICHD). "No entanto, quando o tratamento durante a gravidez não é possível, nossos resultados mostram que acrescentando um ou dois remédios aos tratamentos atuais, a possibilidade do HIV ser transmitido de mãe para filho é reduzida drasticamente". Os médicos dividiram as crianças em três grupos aleatórios e deram a elas tratamentos diferentes. As primeiras receberam o tratamento habitual de zidovudina durante seis semanas; outro grupo, zidovudina mais três doses de nervirapine durante a primeira semana de vida; e o último, seis semanas de zidovudina mais duas de lamivudine e nelfinavir. O estudo mostrou que nos tratamentos com dois ou mais tipos de remédios, a transmissão do HIV se reduziu em 50%. A proporção de crianças infectadas aos três meses foi de 4,9% entre as que receberam apenas zidovudina; de 2,2% nas que receberam zidovudina+nervirapine; e de 2,5% nas que tomaram zidovudina+lamivudine+nelfinavir. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), uma em cada cinco pessoas nos Estados Unidos infectadas pelo HIV não sabe que é portadora do vírus. O Fundo da ONU para a Infância (Unicef) indicou que apenas 21% das mulheres de baixa renda e de países em desenvolvimento fazem teste de HIV durante a gravidez. Nos Estados Unidos, nascem anualmente entre 100 e 200 crianças com HIV, a maioria de mulheres que não fizeram o exame ou que não receberam tratamento durante a gravidez. http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,coquetel-de-remedios-reduz-risco-de-transmissao-de-hiv-de-mae-para-filho,686796,0.htm

Uso de analgésico na gravidez eleva risco de malformação, alertam EUA

Fernanda Bassette - O Estado de S.Paulo
O consumo de analgésicos opioides, como codeína, oxicodona ou hidrocodona, pouco antes do início da gestação ou no seu começo, aumenta em duas vezes o risco de que o bebê nasça com algum tipo de malformação congênita. As principais malformações são problemas cardíacos, espinha bífida, hidrocefalia (água no cérebro), glaucoma congênito e grastroesquise (quando a parede abdominal apresenta uma abertura pela qual os intestinos e o estômago podem sair). O alerta foi feito anteontem pelo Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, que estudou essas medicações. Os resultados serão publicados no American Journal of Obstetrics and Gynecology. A advertência nos Estados Unidos se estende a analgésicos que precisam de prescrição médica como o Vicodin, OxyContin e Tylenol-3, bem como a uma variedade de versões genéricas dos medicamentos. No Brasil, drogas como Tylex, Codein, Vicodil, Codex e Belacodid possuem codeína em sua composição e também são de venda restrita: só podem ser comercializadas com prescrição médica e retenção de receita. Embora exista um risco maior de graves tipos de defeitos congênitos em razão da exposição à substância, "o risco absoluto para a mulher é relativamente modesto", afirmou a epidemiologista Cheryl S. Broussard, do CDC, responsável pelo estudo dos medicamentos. As conclusões estão no Estudo Nacional sobre a Prevenção de Problemas Congênitos, o maior sobre o tema já realizado nos EUA. Patrocinado pelo CDC, o trabalhou analisou grávidas de dez Estados americanos e examinou somente o uso dos medicamentos de prescrição médica, e não seu uso ilícito. No Brasil. De acordo com o ginecologista Eduardo Borges da Fonseca, presidente da Comissão de Medicina Fetal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os opioides são medicamentos bastante usados no Brasil, mas têm indicação bem restrita para as gestantes. "São drogas analgésicas bastante potentes, normalmente usadas em pacientes após cirurgias. Para a mulher grávida, são indicadas apenas em casos de dor extrema, como uma crise de pedra nos rins, por exemplo, onde os benefícios superam os riscos", diz Fonseca. A ginecologista Fabiana Sanches, do setor de patologia obstétrica do Hospital Santa Marcelina, diz que ainda não se sabe em qual dose essas medicações podem causar problemas. "Mas elas aumentam o risco de algumas raras malformações. Isso não quer dizer que se tomar a medicação o feto terá o problema. Além disso, todo medicamento deve ser prescrito por médico, e ele deve avaliar a real necessidade do uso", alerta a ginecologista. Segundo o ginecologista Marco Antônio Borges Lopes, professor da USP, o maior problema para as gestantes é o consumo de anti-inflamatórios - drogas de venda livre, amplamente consumidas por conta própria. Os mais comuns são Voltaren, Nimesulida, Profenid e Indometacina. "O uso indiscriminado desses medicamentos durante a gestação pode causar problemas graves no coração do feto. A automedicação, nesses casos, é muito mais perigosa do que o uso dos opioides, que são contraindicados para grávidas", diz. Fonseca diz que esses anti-inflamatórios podem causar defeitos cardíacos em qualquer fase da gestação - defeitos mais graves quanto maior o tempo de gravidez. Os opioides, ao contrário, apresentam risco aumentado no primeiro trimestre, quando os órgãos e tecidos do feto estão começando a se formar. Malformações. Os defeitos cardíacos congênitos são o problema mais comum das malformações de nascença e afetam anualmente cerca de 40 mil crianças nos Estados Unidos. No Brasil, estima-se que 28 mil crianças nasçam todos os anos com esse tipo de doença. Muitas das crianças afetadas morrem no primeiro ano de vida e as que sobrevivem frequentemente precisam ser submetidas a cirurgias, internações prolongadas e a tratamentos ao longo de toda a vida. / COM LOS ANGELES TIMES http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110304/not_imp687480,0.php

Marca-passo no estômago ajuda a emagrecer

Patrick Hetzner já tentou quase tudo para perder peso e nada funcionou. Cinco meses atrás, tentou algo novo: um marca-passo no estômago que pode controlar o apetite. Desde que fez o implante do dispositivo, Hetzner, um carteiro de 20 anos de Munique, perdeu mais de 10 quilos. Hetzner faz parte de uma pesquisa clínica. Desde o mês passado, o dispositivo já é vendido em toda União Europeia. O marca-passo é parecido com o usado para o coração. É um estimulador que transmite impulsos elétricos para "enganar" o estômago e o cérebro e dar a sensação de saciedade. Hetzner diz que sente os impulsos poucos minutos depois de começar a comer ou a beber. Ele fica satisfeito com metade da comida que ingeria antes de colocar o aparelho. "Sinto como uma pressão no estômago ou um beliscão, mas não é ruim", disse ele. "É como um pequeno guia para me ajudar a mudar de vida." Até agora, cerca de 65 pacientes participantes de dois estudos receberam o dispositivo fabricado por uma empresa americana. Metade desses estão com o marca-passo há pelo menos um ano e a maioria perdeu, em média, 20% do peso. Já existem outros marca-passos para estômago no mercado, mas a maioria é usada para aliviar sintomas como náuseas e vômitos, e não para combater a obesidade. O apetite é em parte controlado por sinais enviados pelo estômago para o cérebro. O marca-passo interfere nesse sistema de comunicação, enviando a mensagem de que o corpo está satisfeito depois de uma quantidade relativamente pequena de alimento. "Se você pode estimular os nervos que se comunicam com o cérebro, isso deve ter de fato um efeito na redução da ingestão de alimentos", disse Stephen Bloom, especialista em obesidade do Imperial College, em Londres, que não tem ligação com as pesquisas. Bloom, no entanto, questiona se o dispositivo funcionaria a longo prazo. Segundo ele, as pessoas poderiam se acostumar com os impulsos elétricos e continuar comendo apesar deles. Médicos que são familiarizados com o aparelho dizem que sempre terá um jeito de regular o marca-passo e interferir na alimentação do paciente. Como um benefício adicional, o sensor marca quando o paciente come, bebe ou se exercita. O efeito colateral mais sério registrado até agora foi uma infecção relacionada à cirurgia. Na Grã-Bretanha, o marca-passo custa cerca de 15 mil euros (R$ 34 mil), incluindo a cirurgia. O fabricante Intrapace também pretende apresentar o dispositivo para aprovação nos EUA e espera que esteja disponível até 2014. Segundo a empresa, a bateria do aparelho dura cerca de cinco anos e cabe aos pacientes decidirem quanto tempo querem manter o dispositivo. "O problema desses dispositivos é que eles assumem que as pessoas são racionais e comem apenas porque estão com fome", disse Stephan Rossner, professor na unidade de obesidade no Karolinska University Hospital, em Estocolmo. "Muitos pacientes obesos comem porque estão deprimidos." Hetzner disse que pretende manter o marca-passo por cerca de quatro anos e que gostaria de recomendar o tratamento a outras pessoas. "Quero ter certeza que eu posso ficar com ele e que meu corpo vai se adaptar a essa nova forma de comer." http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/883849-marca-passo-no-estomago-ajuda-a-emagrecer.shtml

França realiza primeiro enxerto de brônquio em paciente com câncer

França anunciou nesta quinta-feira (3) o primeiro enxerto bem-sucedido de um brônquio artificial em um paciente com câncer de pulmão. A cirurgia foi feita em um paciente de 78 anos no dia 28 de outubro de 2009, no hospital Avicenne de Bobbigny, arredores de Paris. A operação permitiu tratar o câncer com uma boa margem de segurança sem que fosse necessária a retirada de todo o pulmão, o que aumentaria o risco de mortalidade no período pós-operatório. O brônquio artificial foi criado a partir de um tecido aórtico, conservado em um banco de órgãos, que foi revestido com uma estrutura metálica (um stent). Outra vantagem da operação é que o tecido usado para criar o brônquio não exige a dosagem de medicamentos antirrejeição, que são contraindicados no caso de câncer. Segundo o cirurgião Emmanuel Martinod, que fez a operação, foram necessários dez anos de pesquisas para realizar um procedimento como esse. Os resultados da cirurgia serão publicados no periódico "Annals of Thoracic Surgery", e um estudo com outros 20 a 30 pacientes deve começar ainda neste mês para confirmar o trabalho. http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/883830-franca-realiza-primeiro-enxerto-de-bronquio-em-paciente-com-cancer.shtml

Uso de anti-inflamatório reduz risco de desenvolver mal de Parkinson

Chances de ter a doença caem 27% para quem toma regularmente o ibuprofeno Os adultos que tomam regularmente o anti-inflamatório ibuprofeno têm 27% menos riscos de desenvolver o mal de Parkinson, segundo um estudo americano. O médico Alberto Ascherio, professor de epidemiologia e nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, é um dos coautores da pesquisa e comemorou seus resultados. - Não há remédio para a doença de Parkinson, então a possibilidade de que o ibuprofeno, um medicamento relativamente não tóxico, possa ajudar a proteger contra essa doença é apaixonante. O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que causa rigidez muscular, dificuldade para iniciar movimentos, falta de equilíbrio e lentidão nas ações voluntárias. Os neurologistas consideram que o ibuprofeno reduz a inflamação no cérebro que poderia contribuir para o desenvolvimento da doença. O estudo foi publicado na versão online da revista científica Neurology, da Academia Americana de Neurologia. Para esse estudo, os pesquisadores analisaram os dados sobre pacientes de 98.892 enfermeiras e de 37.305 homens, também profissionais de saúde. O mal de Parkinson tem origem na morte das células de uma parte fundamental do cérebro chamada substância nigra, que é responsável pela produção do neurotransmissor dopamina. O tratamento padrão é feito com levodopa, medicamento que o cérebro converte em dopamina. Copyright AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados http://noticias.r7.com/saude/noticias/uso-de-anti-inflamatorio-reduz-risco-de-desenvolver-mal-de-parkinson-20110303.html

Contaminação atinge 70% do leite produzido em três cidades de São Paulo

Segundo pesquisa, as maiores contaminações ocorrem no momento da ordenha Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) de Piracicaba avaliaram a qualidade do leite cru produzido por três laticínios dos municípios de Brotas, Pirassununga e Piracicaba, no interior do Estado, e descobriram que 70% do leite estava com elevada contaminação por coliformes fecais e totais. As informações são da Agência USP de Notícias. Os índices de coliformes fecais funcionam como indicadores da contaminação por fezes de animais ou do homem, de acordo com o orientador do estudo, o professor Ernani Porto, da Esalq (Escola de Agricultura Luiz de Queiroz). - Os coliformes significam uma poluição fecal, com potencial risco de doenças que atacam o sistema digestivo do consumidor. Segundo o estudo, o primeiro laticínio apresentava 86% de sua produção com uma quantidade de coliformes acima do aceitável. A segunda tinha 75% e a terceira contava com 72% acima. Além da análise do leite cru, também foram avaliadas as condições de higiene de 75 fazendas que abastecem os três laticínios. Os resultados mostraram que 77,3% das propriedades apresentavam condições insatisfatórias de produção de leite, higienização de equipamentos e infraestrutura. Ambiente de ordenha De acordo com normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o leite deve ser refrigerado a 4°C com o objetivo de impedir o desenvolvimento de microorganismos. Mas isso deve estar acompanhado pela higiene na ordenha, limpeza adequada dos equipamentos e mão de obra qualificada. Para Tarsila Mendes de Camargo, pesquisadora que coordenou o estudo, muitos fazendeiros conhecem as regulamentações do Ministério da Agricultura, porém não são cuidadosos na sua aplicação. - Muitos fazendeiros lavam o úbere [que secreta o leite] da vaca, mas, ou eles não secam ou fazem isso com panos sujos, ao invés de toalhas descartáveis. Muitos utilizam a ordenha mecânica e, depois, não a higienizam corretamente. Com isso, a higiene do local e do produto fica comprometida. Segundo a pesquisadora, “é no estábulo de ordenha que o leite recebe as maiores contaminações”. O estudo também indicou que algumas fazendas seguem as práticas do ministério e produzem um leite cru de alta qualidade. No entanto, embora o leite individual de alguns produtores tivesse contaminação muito baixa, o resultado final do conjunto de produtores é um leite insatisfatório. O mau produtor anula o trabalho do bom, segundo o coordenador do estudo. - Quando esse leite de alta qualidade chega nas usinas dos grandes laticínios, ele é misturado com o leite de outras fazendas que possuem um leite de baixa qualidade ou contaminado. O estudo também procurou identificar a bactéria Listeria monocytogenes, responsável por causar infecção severa no organismo e outras doenças, como meningite e encefalite. A análise do leite das 75 fazendas, no entanto, não identificou a presença desta bactéria. http://noticias.r7.com/saude/noticias/contaminacao-atinge-70-do-leite-produzido-em-tres-cidades-de-sao-paulo-20110303.html

Padilha lança campanha para distribuição de medicamentos a hipertensos e diabéticos

Da Agência Brasil São Paulo - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lança hoje (4) oficialmente em Santo André (SP) a Campanha Nacional de Distribuição Gratuita de Medicamentos para Hipertensos e Diabéticos. Os remédios poderão ser adquiridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em drogarias privadas conveniadas e em farmácias populares. Atualmente, 33 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão, sendo que 80% procuram a rede pública para atendimento. A hipertensão e o diabetes foram responsáveis por 34% das mortes no Brasil em 2009. De acordo com o Ministério da Saúde, em um primeiro momento 960 mil hipertensos e diabéticos devem ser beneficiados com a medida. Edição: Graça Adjuto http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3203493

Anvisa suspende implantação de selo de segurança em medicamentos

Paula Laboissière Repórter da Agência Brasil Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu hoje (3) a implantação do sistema de rastreabilidade de medicamentos por meio de um selo de segurança na embalagem dos remédios. De acordo com nota divulgada pelo órgão, foi instituído um grupo de trabalho com o objetivo de avaliar a eficiência e a efetividade de alternativas tecnológicas disponíveis em um prazo de 60 dias. A medida foi tomada após uma recomendação do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), composto pelos ministros da Saúde, da Casa Civil, da Justiça, da Fazenda, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O selo de segurança, reconhecido por leitoras óticas instaladas nas próprias drogarias, havia sido lançado em outubro de 2010. De acordo com a Anvisa, o objetivo era reduzir os riscos provocados por medicamentos falsificados, roubados, sem registro ou contrabandeados. Pelo menos cinco entidades do setor farmacêutico já haviam se manifestado contrárias à criação do selo. Elas classificaram a medida como equivocada e adiantaram que, se mantida, provocaria um aumento médio de 2,58% nos preços ao consumidor. Para os genéricos, a alta poderia variar de 6,3% a 23,1%. Edição: Lana Cristina http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3203415

Ministério diz que dados sobre visita de mulheres ao médico não conferem com cenário brasileiro

Paula Laboissière Repórter da Agência Brasil Brasília – A coordenadora da área de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, afirmou que parte dos dados divulgados hoje (3), pelo Ibope Mídia, sobre hábitos e comportamentos das brasileiras, não confere com o cenário brasileiro. A pesquisa aponta que 59% das mulheres buscam atendimento médico apenas quando já estão realmente doentes. A taxa, para os homens, é de 64%. De acordo com a coordenadora, os dados com os quais o ministério vem trabalhando nos últimos anos dão conta de que as mulheres têm como hábito ir ao médico desde a adolescência. “Às vezes, a percepção das mulheres não confere com as questões do dia a dia. As pessoas relacionam a saúde com uma ausência de doença”, disse, ao explicar que uma alimentação correta e um contato diário com os filhos, por exemplo, constituem cuidados com a saúde. “É preciso observar como a pesquisa foi feita e como as mulheres responderam a pergunta.” Para o professor da área de ginecologia e obstetrícia da Universidade de Brasília (UnB), Antônio Carlos Rodrigues da Cunha, a pequena diferença de percentual entre os dois sexos provocou surpresa. Em geral, segundo ele, as mulheres se submetem a um maior número de exames preventivos, como o papanicolau. O médico também defende um maior detalhamento dos resultados apresentados pela pesquisa. “A mulher tem uma frequência maior [no atendimento médico]. Essa é a nossa percepção”, afirmou. Já os dados do Ibope sobre o baixo uso de preservativo por mulheres em novos relacionamentos foram validados pelo Ministério da Saúde. Este ano, o foco da campanha de prevenção à aids, do ministério, no carnaval são mulheres de 15 a 24 anos. Para a pasta, o desafio ainda envolve as desigualdades de gênero, como a dificuldade para a mulher em negociar com o parceiro o uso do preservativo. Edição: Lana Cristina http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3203405

'Hibernação' salva recém-nascida ressuscitada após morte em parto

Tratamento reduz o funcionamento do corpo e evita danos cerebrais A história de Ella Claxton, hoje com nove meses de idade, é uma das mais dramáticas e bem-sucedidas que ocorreram na maternidade de Rosie, em Addenbrooke, que faz parte dos hospitais públicos da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha. A placenta da mãe rompeu durante o parto, interrompendo o fornecimento de sangue e oxigênio para o cérebro da menina. "Tudo o que lembro é de ver sangue escorrendo do nariz dela", contou a mãe, Rachel, segundo declarações reproduzidas no site do hospital. "Os próximos 45 minutos foram os mais longos da minha vida. Médicos, especialistas, parteiras por toda parte. Consegui ver de soslaio alguém fazendo massagem cardíaca na minha filha e bolsas de sangue passando de mão em mão, e ninguém me dizia nada." Só mais tarde, a mãe, de 32 anos, descobriu que a filha permanecera clinicamente morta por 25 minutos. Depois de ressuscitada, Ella foi levada para a UTI do Rosie Hospital, onde um cobertor térmico baixou a temperatura do seu corpo para 33,5 ºC - a temperatura normal é de 37,5 ºC - a fim de reduzir o dano cerebral. Os tratamentos de resfriamentos, que têm se tornado cada vez mais comuns, têm como objetivo reduzir o funcionamento do corpo. O efeito da hipotermia é semelhante ao da hibernação: funções como respiração, batimentos cardíacos, atividade cerebral e pressão sanguínea podem ser realizadas requerendo menos oxigênio e energia. Após 72 horas, a temperatura corporal da menina foi sendo gradualmente elevada em 0,5 ºC. Onze dias depois, Ella recebeu alta. "Hoje, acho que o tratamento de esfriamento salvou minha filha de um dano grave no cérebro ou até da morte. Ela tem quase dez meses agora e está crescendo muito bem", disse Rachel. "Ela faz fisioterapia regularmente porque ainda não começou a engatinhar direito e os médicos notaram que o lado direito é mais fraco. Mas isto não é nada, ela está conosco e isso é um milagre." Campanha Agradecida, a mãe endossou uma campanha para levantar 7 milhões de libras (cerca de R$ 19 milhões) para reformar uma ala da maternidade. Um contador no site da instituição indica que metade disso já foi arrecadada. A instituição diz que é o hospital neonatal da região leste da Inglaterra com as condições mais avançadas para lidar com casos graves. Entre 2008 e 2009, foram registrados 5,7 mil nascimentos na maternidade, ou cerca de 1.700 acima da capacidade da instituição. "Até 2020, a estimativa é que esse número chegue a 7,5 mil, portanto a expansão é essencial", afirma a instituição. Na rede social Facebook, a campanha para levantar fundos diz que "as novas instalações atenderão à demanda crescente, incluindo um serviço maior de maternidade e atendimento à saúde da mulher". "É o lugar perfeito, e serão o lugar perfeito para trazer ao mundo a nova geração dos bebês Rosie!" http://saude.ig.com.br/minhasaude/hibernacao+salva+recemnascida+ressuscitada+apos+morte+em+parto/n1238130129053.html

Terno e gravata induzem problemas de saúde

Roupa dificulta absorção de vitamina D e colarinho apertado pode resultar em desmaios As regras de etiqueta empresarial que exigem o terno e a gravata podem privar os homens do contato sadio com os raios solares, as principais fontes de vitamina D. O nutriente virou o queridinho da ciência e a deficiência dele já foi associada às mais variadas doenças, como osteoporose, problemas neurológicos, câncer, hipertensão e doença coronariana. Para garantir a dosagem mínima de vitamina D, a professora de reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Vera Lúcia Szejnfeld – expert em mapear as carências do nutriente na população brasileira – diz que bastam 15 minutos diários de banhos de sol sem proteção solar, mesmo que só nos braços e pernas. proteção poderia ser conseguida no caminho até o restaurante na hora do almoço ou no percurso entre o ponto de ônibus e o trabalho. Mas não são todos que se vestem de forma adequada para facilitar o contato solar. Privados deste “remédio natural”, diz Vera, estão os religiosos que usam burca (roupa que cobre praticamente todo o corpo), judeus ortodoxos que não deixam nenhuma parte da pele à mostra e também os engravatados (no grupo de risco estão ainda os obesos e também os negros, por causa do excesso de pigmentação na pele). “As mulheres teriam uma vantagem na exposição ao sol porque podem usar saias e blusas de manga curta, mesmo que usem protetor solar no rosto e nas mãos”, afirma Vera Lúcia. “Os homens de terno e gravata já não contariam com este benefício. Eles estariam em situação semelhante a dos grupos religiosos que não podem expor a pele. Uma pesquisa mundial identificou, por exemplo, que na Arábia Saudita, mesmo com o sol escaldante, o índice de deficiência de vitamina D encontrado foi de 81,8%, muito maior do que a taxa da Europa (57,7%), de clima mais frio.” Uma das explicações para esta diferença estatística é que a religião mulçumana que exige o uso da burca por mulheres é mais frequente na Arábia do que entre as europeias. Desumano Sem levantar a bandeira da absorção da vitamina D, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Rio de Janeiro (OAB/RJ), defende o uso facultativo do terno e gravata por seus associados em dias de termômetros acima dos 30ºC, também com argumentos de risco à saúde. Em Recife, os advogados também comseguiram a liberação. “Nestas condições, o paletó é desumano”, diz o presidente da Comissão de Justiça do Trabalho da OAB/RJ, Ricardo Menezes. No verão do ano passado, a Ordem protocolou no Conselho Nacional de Justiça um pedido para que a vestimenta seja opcional em audiências e nos fóruns até o término da estação mais quente do ano. Em 2011, o terno e a gravata também estão liberados até o dia 21 de março e voltam a ser exigidos no restante do ano. “Enfrentar o calor de terno e gravata, em dias em que a sensação térmica supera 40ºC, prejudica o desempenho do advogado e também pode fazer com que ele tenha a saúde afetada, desmaie ou fique com a pressão alterada”, avalia Menezes. Colarinho apertado O especialista em hipertensão do Hospital do Coração (HCor), Celso Amadeo, explica que não há nenhuma evidência de que o terno e a gravata são responsáveis por elevar a pressão dos usuários em dias quentes, mas existe um problema conhecido como “síndrome do colarinho apertado”. “Quem usa o colarinho muito apertado pode comprimir algumas terminações nervosas que existem no pescoço, o que provoca quedas ou desmaios”, explica Amadeo. Em dias quentes, acrescenta o cardiologista, é mais comum a ingestão de alimentos ricos em sódio – como cervejas, amendoins e outros petiscos de happy hour – o que elevaria a pressão arterial de indivíduos que já convivem com o problema. “Mas nestes casos não adianta culpar a gravata”, brinca o médico. Dica: Saiba evitar os desmaios de calor O cardiologista da Sociedade Paulista de Cardiologia, Luiz Antônio Machado César, já pesquisou a influência das altas temperaturas em problemas cardíacos. Ele atestou que em dias com mais de 27ºC o número de infartos é 11% maior do que em dias com termômetros na casa dos 22ºC. “Mas este fenômeno foi comprovado no Brasil e em pessoas com mais de 60 anos. Não temos nenhuma informação científica sobre o terno e a gravata. O que sabemos é que é um desconforto enorme”, afirma. Outro alerta para os engravatados é que não adianta acreditar que a solução para todos os problemas está na sala com refrigeração artificial. O ar-condicionado, alertam os especialistas, alivia o calor, mas pode aproximar problemas de saúde. http://saude.ig.com.br/minhasaude/terno+e+gravata+induzem+problemas+de+saude/n1238085713092.html