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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tipo 4 da dengue chega a SP e infecta uma pessoa

Número de Estados que confirmaram esse tipo de vírus chega a oito

O governo de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (4) o primeiro caso de dengue tipo 4 no Estado. Esse tipo de vírus não circulava no país há 28 anos , mas voltou ao Brasil em agosto de 2010.

Em São Paulo, o caso é de uma moradora de São José do Rio Preto. A paciente não viajou recentemente para outros Estados, já foi tratada e está curada, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

Com isso, chega a oito o número de Estados que confirmaram esse tipo de vírus. Os outro são: Roraima, Amazonas, Pará, Piauí, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Isso serviu de alerta para as autoridades de saúde, pois boa parte da população brasileira, pessoas abaixo dos 30 anos, em especial crianças e jovens, não tem imunidade contra esse vírus.

O vírus 4 da dengue atua como os demais em circulação (1,2, 3 ), que apresentam os mesmos sintomas - dores de cabeça, no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito – e devem ser tratados da mesma forma - repouso e hidratação.

A infecção pelo vírus 4 em uma pessoa que já foi infectada pela dengue aumenta as chances do doente adquirir a forma hemorrágica da doença, que pode matar. Isso acontece por um efeito do próprio sistema imunológico que não consegue combater o vírus.

Médicos conseguem separar as gêmeas siamesas Clara e Clarice

As meninas nasceram unidas pelo abdome

Uma cirurgia permitiu a separação das irmãs gêmeas siamesas Clara e Clarice, que nasceram unidas pelo abdome.

A família vive em Santa Quitéria, no sertão do Ceará, e viajou a São Paulo para que a cirurgia fosse feita no Hospital das Clínicas.

A equipe médica responsável decidiu dividir o fígado que era compartilhado pelas meninas em duas partes iguais. Depois, os médicos reconstruíram a parede do abdome com um material sintético.

Os pais ficaram muito apreensivos durante toda a cirurgia, que durou aproximadamente quatro horas, mas se tranquilizaram com a notícia de que as duas meninas passaram bem pelo procedimento.

Agora, as meninas ficam sob supervisão médica para que tenham uma boa recuperação. Elas devem voltar para o Ceará nos próximos dias.

Programa que distribui remédios para diabetes e hipertensão atinge 3,5 milhões de pessoas

Onze medicamentos estão disponíveis gratuitamente em mais de 15 mil estabelecimentos


Quase 3,5 milhões de pessoas usam remédios para diabetes e pressão alta fornecidos de forma gratuita pela rede. De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (4) pelo governo, os primeiros 45 dias após o anúncio do acesso gratuito desses medicamentos no programa Aqui Tem Farmácia Popular, o número representa quase o dobro do que era consumido quando os mesmos remédios eram disponibilizados a preços populares.

Os remédios para as duas doenças estão sendo distribuídos gratuitamente pelo ministério desde 14 de fevereiro pelos estabelecimentos públicos e nos privados que participam do programa Aqui Tem Farmácia Popular, em que drogarias comerciais oferecem os medicamentos com desconto por meio de uma parceria com o governo federal, que paga 90% do valor do produto.

Onze remédios para hipertensão e diabetes estão na lista dos medicamentos gratuitos disponibilizados pelo governo em mais de 15 mil estabelecimentos.

Para a presidenta Dilma Rousseff, o aumento na distribuição dos medicamentos indica que a campanha sobre a importância do tratamento está no caminho certo.

- Mais pessoas estão tendo acesso aos remédios e é exatamente esse o nosso objetivo. Queremos que todos os diabéticos e hipertensos possam fazer o tratamento direito, sem interrupção.

Em seu programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que, para fazer a retirada dos remédios, é preciso apresentar a receita médica, um documento com foto e o CPF. Ao todo, 15.097 farmácias credenciadas e 548 unidades do governo fazem a distribuição.

Segundo Dilma, médicos se referem ao diabetes e à pressão alta como doenças silenciosas, uma vez que o paciente nem sempre sente que está doente e, portanto, não toma os devidos cuidados.

- O problema é que essas doenças, se não forem tratadas, levam a complicações muito graves, que podem até matar. Daí a importância da prevenção, com uma vida saudável, uma alimentação saudável e exercícios físicos, desde que o médico controle e receite. E, além disso, o tratamento com os medicamentos corretos.

ANS aumenta período para portabilidade

Prazo para migrar de plano sem precisar cumprir novas carências vai passar de dois para quatro meses; órgão publicará determinação neste mês

Bruno Boghossian - O Estado de S.Paulo
Clientes de planos de saúde terão um prazo de quatro meses por ano para decidir se querem migrar para outros convênios sem a necessidade de cumprir novas carências - período dos novos contratos em que o atendimento é limitado.

A determinação será publicada neste mês pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como parte de uma resolução que amplia os direitos garantidos ao consumidor na portabilidade dos planos.

Hoje, a troca sem exigência de carência pode ser feita em 60 dias do ano - no mês de aniversário do contrato e no seguinte. A determinação, que deve ser aplicada a partir deste mês, beneficiará 16 milhões de clientes de planos individuais ou familiares e de coletivos por adesão.

A portabilidade de planos de saúde, regulamentada em 2009, permitiu que usuários de um convênio firmassem contratos com outras empresas sem cumprir um novo período de carência. A ampliação desse direito seria uma ferramenta para "estimular a concorrência no setor".

Os detalhes das novas resoluções de portabilidade serão anunciados em breve, diz a ANS. A ampliação do prazo de mudança de plano faz parte de um pacote submetido a consulta pública em outubro e novembro.

Outros itens apresentados na consulta pública estão em avaliação e ainda não foram confirmados pela ANS, como uma proposta de redução do tempo de contrato que o usuário deve cumprir antes de solicitar a portabilidade. Pelo projeto, a permanência mínima exigida a partir da segunda troca de plano passaria de dois anos para um. Seria mantido o tempo de contrato para a realização da primeira portabilidade, de dois ou três anos, dependendo da carência cumprida.

Procurada, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa um grupo de seguradoras, não comentou as mudanças que serão anunciadas neste mês, mas reconheceu que a portabilidade "é um benefício para os usuários".

Além das mudanças na portabilidade, a agência afirma que foi aprovada uma proposta que limita o reajuste aplicado à atualização dos contratos considerados antigos, assinados antes de 1.º de janeiro de 1999. Os clientes que desejarem migrar para planos novos, que dão um rol mais abrangente de serviços, poderão ter suas mensalidades aumentadas, no máximo, em 20,59%.

Para evitar que a taxa seja usada como padrão pelas administradoras, a ANS pretende fiscalizar os aumentos. Caso a variação de preço aplicada pela empresa não corresponda à ampliação da cobertura contratada pelo usuário, a agência poderá intervir e alterar o cálculo de reajuste.

PARA LEMBRAR

Agência desenha novo tipo de plano

A ANS trabalha atualmente no desenho de um novo tipo de plano de saúde que une assistência médica e previdência privada. A ideia é acumular parte do valor da mensalidade em um fundo de capitalização individual, que ajudaria a custear os gastos com saúde após os 60 anos, quando a necessidade de assistência aumenta e a renda, normalmente, diminui.
O tema foi incluído na agenda regulatória da agência - uma espécie de plano de gestão - e se tornou prioridade, conforme revelou o Estado em fevereiro. Segundo a ANS, o número de idosos, que hoje representam 10% da população e 25% dos gastos com saúde, deve triplicar até 2050.

Estudo descreve cannabis sem efeitos alucinógenos para uso medicinal

Deterioração psicomotora associada aos medicamentos atuais limita o uso como analgésico

Londres - Uma equipe de cientistas do Instituto Nacional de Saúde de Bethesda (Estados Unidos) analisou a possibilidade de criar uma variante do cannabis - planta que dá origem à maconha - para uso medicinal que anule as propriedades alucinógenas da substância original, mas que conserve a capacidade analgésica.

                                                                                            Nir Elias/Reuters

Em um estudo publicado na revista digital Nature Chemical Biology, os pesquisadores descrevem como é possível obter substâncias que minimizem os efeitos alucinógenos ao se modificar os componentes dos atuais remédios baseados em canabinoides.

O consumo deste tipo de medicamento se associa a uma significativa deterioração psicomotora, o que limita seu desenvolvimento como analgésico de uso clínico.

Tanto os efeitos psicoativos quanto os efeitos analgésicos da maconha são determinados pelo componente ativo o THC (tetrahidrocanabinol).

É conhecido que os efeitos alucinógenos da substância se devem à interação do THC com o receptor de canabinoides CB1R, mas o mecanismo pelo qual se produz o efeito analgésico se conhece com menos detalhes.

O grupo liderado pelo cientista Li Zhang constatou que os efeitos analgésicos da maconha são provocados pelo THC quando age sobre o canal iônico GlyR, um receptor do aminoácido neurotransmisor glicina.

Os pesquisadores observaram como o THC se une a alguns segmentos da transmembrana do GlyR e como se produzem interações entre os constituintes químicos do tetrahidrocanabinol e o receptor.

O estudo conclui que eliminar os grupos Hidroxilos do THC permite obter um composto do cannabis que não ative o GlyR.

Com esse conhecimento, o grupo de Zhang foi capaz de desenhar substâncias análogas ao THC que ativam o GlyR, mas que não aumentam a atividade do CB1R, por isso conservam suas propriedades analgésicas, mas não as psicoativas.

Dilma comemora distribuição de remédios gratuitos

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que o programa "Saúde Não Tem Preço" já atendeu quase 3,5 milhões de pessoas em menos de dois meses de funcionamento.

Dilma disse em seu programa semanal de rádio Café com a Presidenta que essas pessoas receberam de graça remédios para diabetes e hipertensão.

"É quase o dobro do que a rede 'Aqui Tem Farmácia Popular' distribuía quando os remédios tinham que ser pagos, mesmo que, naquela época, a preços baixos. Isso indica que a nossa campanha sobre a importância do tratamento está no caminho certo. Queremos que todos os diabéticos e hipertensos possam fazer o tratamento direito, sem interrupção", declarou.

O programa tem atualmente 15.097 farmácias credenciadas, além de 548 unidades do governo. Para receber gratuitamente os remédios de diabete e hipertensão o paciente precisa apresentar no posto autorizado a receita médica, o CPF e um documento com foto.

Durante o programa, Dilma também falou sobre o financiamento estudantil para alunos do ensino superior. Segundo a presidente, o prazo para início do pagamento foi esticado. "Agora o aluno só começa a pagar o financiamento um ano e meio após a formatura", afirmou.

De acordo com a presidente, mais de 34 mil alunos já contrataram o financiamento estudantil e outros 29 mil contratos estão em análise. "Mas ainda eu considero pouco. Com esse programa, o Fies, nós queremos que milhões de jovens que não têm renda suficiente para pagar a faculdade ou tenham dificuldade, a partir de agora tenham os estudos garantidos", disse.

Caminhada pela saúde atrai milhares de pessoas em SP

Na manhã nublada deste domingo, cerca de 10 mil pessoas --segundo a Polícia Militar-- acordaram cedo para fazer uma caminhada em comemoração ao Dia Mundial da Atividade Física. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deu início à caminhada do Agita Mundo, que saiu de uma rua atrás do Masp e seguiu até a Assembleia Legislativa.

"É muito importante a ginástica, o alongamento, a caminhada e o exercício físico. A melhor coisa para a saúde é mexer o corpo. No corpo humano, 70% é água e água parada estraga. Então, é muito importante esse hábito de se movimentar e de fazer boas caminhadas", disse o governador.

Segundo a Secretaria de Saúde, o objetivo do evento, que surgiu em São Paulo e que desde 2002 foi adotado pela Organização Mundial da Saúde como referência de promoção à saúde, é incentivar a população a fazer 30 minutos de atividades físicas por dia, cinco dias por semana.

"Estamos celebrando hoje um dia em benefício da atividade física e contra o sedentarismo. O sedentarismo mata, 3,2 milhões de pessoas em todo o planeta. E, antes de matar, é um inferno: deixa as pessoas diabéticas, hipertensas, com colesterol alto", disse Victor Matsuto, médico e coordenador do Agita Mundo.

Segundo ele, a atividade física diária ajuda a prevenir várias doenças, tais como a osteoporose, hipertensão, o infarto do miocárdio e, "principalmente, a falta de humor".

José Mário, de 45 anos, levou a família toda para participar da caminhada. Acompanhado por um dos filhos pequenos, a esposa, a cunhada e sobrinhas, ele disse que a prática de exercícios físicos é importante para a saúde e também para aliviar a tensão do trabalho. "Geralmente à tarde eu ando um pouquinho, quando chego do serviço e isso me distrai. Tira um pouco da tensão do trabalho."

Bastante animado, Pedro Gomes, de 72 anos, apitava para agitar os amigos na concentração da caminhada. "Essa caminhada é muito boa. É bom para incentivar a 'velharada' a caminhar", disse ele, rindo, à Agência Brasil. Gomes é da cidade de São Miguel Paulista (SP) e participa do Agita Mundo há seis anos.

A pensionista Maria José Sena Rosa, que há dois dias completou 74 anos, disse que a caminhada é boa para a autoestima. Ela diz fazer alongamento, ginástica e academia. Perguntada sobre como se sente após fazer tantos exercícios durante a semana, ela responde: "Dez, dez, dez".

Cientistas descobrem cinco novos genes de risco de Alzheimer

Ao pesquisar as causas genéticas do mal de Alzheimer, cientistas identificaram cinco novos genes, dobrando o número anterior de genes ligados à doença degenerativa.

Se medicamentos ou mudanças de estilo de vida puderem ser criados para combater essas variações genéticas, mais de 60% dos casos de Alzheimer poderão ser prevenidos, segundo os pesquisadores, cujo trabalho foi publicado na revista "Nature Genetics", no domingo.

Mas essas descobertas devem demorar pelo menos 15 anos, disseram eles.

O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência, uma doença cerebral fatal que afeta a memória, o raciocínio, o comportamento e a capacidade de realizar afazeres comuns do dia a dia. A doença vem afetando cada vez mais as sociedades e economias de todo o mundo.

"Estamos começando a juntar as peças do quebra-cabeça e a entender melhor" a doença, disse Julie Williams, do Centro de Genética e Genômica Neuropsiquiátricas da Universidade de Cardiff, que liderou o estudo.

"Se conseguirmos eliminar os efeitos colaterais dos tratamentos com genes, esperamos que possamos então reduzir a proporção de pessoas que contraem Alzheimer a longo prazo."

Os pesquisadores afirmam que as variantes genéticas encontradas destacam as diferenças específicas em pessoas que contraem Alzheimer, incluindo variações no sistema imunológico, no modo pelo qual o cérebro lida com o colesterol e lipídios, bem como um processo chamado endocitose, que remove proteínas tóxicas do cérebro.

FARDO PARA A SOCIEDADE

A entidade Alzheimer's Disease International prevê que, conforme a população envelhece, os casos de demência dobrarão a cada 20 anos, atingindo os cerca de 66 milhões em 2030 e 115 milhões em 2050. Boa parte das vítimas se concentra em países pobres.

"O interessante é que os genes que conhecemos agora - os cinco novos, além dos anteriormente identificados - estão agrupados em padrões", disse Williams em uma entrevista em Londres.

Os cientistas suspeitam que os genes podem explicar de 60 a 80 por cento do risco de Alzheimer de início tardio, o tipo que se manifesta na velhice.

Para encontrar novas variantes do gene, Williams e um grupo internacional de pesquisadores analisaram dados de 25 mil pessoas portadores do mal de Alzheimer e 45 mil pessoas saudáveis que foram usados como "controles".

Eles descobriram que variações comuns do gene chamadas ABCA7, EPHA1, CD33 e CD2AP e MS42A estavam relacionados a um risco maior de desenvolver a doença. "Estes cinco genes agora mostram evidência convincente de associação com o mal de Alzheimer", disse ela.

Estudos anteriores sobre as últimas décadas demonstraram que as variações do gene conhecidas como CLU, PICALM, CRI, BIN1 e APOE também estão relacionadas ao risco de contrair Alzheimer.

SP não encontra fornecedor em licitação de remédio

A Secretaria da Saúde de São Paulo não conseguiu comprar medicamentos com desconto por falta de interessados nas licitações e o governo diz que há boicote de laboratórios e distribuidoras.

As empresas da indústria farmacêutica dizem que desconhecem o boicote. O caso é investigado pelo Ministério Público Federal. As informações são de reportagem de José Ernesto Credendio e Angela Pinho. A íntegra está disponível para assinantes da Folha e do UOL.

Os remédios foram requeridos em ações judiciais por pacientes. Alguns foram requisitados mais de uma vez em diferentes apresentações (gotas, comprimidos e dosagens), mas receberam apenas uma menção. Com isso, são 430 itens que correspondem a 351 remédios.

Veja a lista:

Antidepressivos aumentam risco para o coração

Homens de meia idade que tomam antidepressivos têm mais risco de desenvolver estreitamento dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de infartos e derrames, segundo um estudo divulgado sábado (2).

Uma pesquisa feita com gêmeos achou evidências de aterosclerose associada a antidepressivos. Os remédios aumentaram a espessura dos vasos dos usuários, de acordo com o estudo, feito com 500 homens gêmeos com idade média de 55 anos. O trabalho foi apresentado em um encontro de cardiologistas americanos em New Orleans.

Os homens que tomavam antidepressivos tinham a espessura das carótidas maior que a de seus irmãos gêmeos.

Segundo os autores do estudo, é preciso levar em conta efeitos colaterais dos remédios que podem passar despercebidos.

Olho biônico é esperança para perda gradual de visão

Um olho biônico que permite ver a claridade devolveu a um homem a esperança de ver algum dia o rosto de seu neto.

Elias Konstantopoulos, um eletricista nascido na Grécia que emigrou para os Estados Unidos quando era jovem, percebeu aos 43 anos que tinha problemas de vista. Quando consultou o oculista, descobriu que sua visão periférica estava se deteriorando --nos últimos 30 anos, sua visão vinha se apagando lentamente.

Diagnosticado com uma doença incurável conhecida por retinite pigmentosa, que afeta uma em cada 3.000 pessoas nos Estados Unidos, dez anos depois Konstantopoulos já não exergava o suficiente para continuar trabalhando.

Em 2009, ele aceitou a oferta de seu médico para participar de uma pesquisa que incluía a aplicação de eletrodos em seu olho e a instalação de uma câmera sem fios.

Agora, quando está diante da janela e escuta o barulho de um carro passando, ele é capaz de perceber o movimento de um bloco de luz. Também pode distinguir objetos luminosos coloridos contra fundos negros, se deslocar sem ajuda por sua casa e distinguir se uma porta ou janela está aberta.

O olho biônico, chamado de Argus 2, é fabricado pela empresa californiana Second Sight. Recentemente aprovado na Europa e nos Estados Unidos, é a esperança para pacientes como Konstantopoulos.

"Sem este sistema, não posso ver nada; mas com ele existe alguma esperança", diz.

O Argus 2 é parte de uma área de conhecimento cada vez mais ampla chamada de neuromodulação, que ajuda as pessoas a recuperar capacidades perdidas como a visão, a audição ou o movimento por estimulação do cérebro, coluna vertebral e nervos.

Pacientes apontam falhas no cadastro de doadores de medula

Em cinco anos, o cadastro de doadores de medula óssea cresceu mais de 500%, mas os transplantes realizados com medulas doadas pelo sistema público de saúde não cresceram nem 15%.

A informação é da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia).

Esse foi um dos tópicos da reunião entre a ONG e o ministro da Saúde, realizada no sábado, em São Paulo.

A entidade levou as reivindicações a Alexandre Padilha e apontou falhas no diagnóstico e tratamento de cânceres de sangue (leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e mielodisplasia).

Em relação ao transplante, a Abrale diz que o principal problema não é conseguir doador -o Brasil tem o terceiro maior banco de medula do mundo, com 2 milhões de cadastrados, perdendo só para EUA e Alemanha.

A maior dificuldade é conseguir leito para o transplante. "Temos 122 pacientes que acharam doador compatível, mas não conseguem realizar a operação", diz Merula Steagall, presidente da Abrale.

OUTRO LADO

Segundo Alzira de Oliveira Jorge, diretora de atenção especializada do ministério, o sistema está se organizando para atender a demanda.

"Estamos mapeando os centros capacitados para avaliar onde colocar leitos."

Outra questão levantada pela Abrale é o acompanhamento de doadores. Se os dados não são atualizados, muitos doadores não são localizados na hora em que surge um receptor.

"Começamos a implantar mudanças para não perdermos doadores por falta de atualização de dados", afirma a diretora.

O transplante de medula é a opção de tratamento para pessoas com câncer de sangue que não respondem à quimioterapia, nos casos de leucemia agressiva e de pacientes jovens.

A cada ano, surgem 50 mil casos de câncer de sangue no país, causando 15 mil mortes. A leucemia é o principal câncer em crianças.

Ministério repassa R$ 18,5 mi para média e alta complexidade

por Saúde Business Web

01/04/2011

Recursos serão repassados anualmente, a partir de abril, a municípios de 24 estados e ao Distrito Federal

O Ministério da Saúde estabeleceu, nesta última terça-feira (29), o remanejamento de R$ 18,5 milhões do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC) para o Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade de estados, municípios e Distrito Federal. Os recursos serão repassados anualmente, a partir de abril, a municípios de 24 estados e ao Distrito Federal.

A portaria que estabelece a transferência foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira. O texto dá cumprimento à portaria 90, de 15 de março de 2011, que altera atributos, valor e tipo de financiamento na tabela de procedimentos, medicamentos e órteses, próteses e materiais especiais do SUS.

Santa Casa será transformada em fundação

por Saúde Business Web

01/04/2011

Mais transparência na gestão é o objetivo da mudança jurídica da entidade de Campo Grande

A Santa Casa de Campo Grande (MS) vai mudar a figura jurídica do hospital, passando de associação para fundação. O objetivo é promover a transparência das contas da instituição.

A decisão foi tomada na última quinta-feira (31) durante reunião que durou três horas no gabinete da Junta Interventora, entre a prefeitura, câmara de vereadores, governo do Estado, e Ministérios Públicos Federal e Estadual.

De acordo com o prefeito Nelsinho Trad, todas as ações administrativas de gastos e entrada de recursos serão enviadas para publicação em Diário Oficial. A Santa Casa também vai repassar o histórico de contratos repactuados com prestadores de serviços terceirizados.

Nelsinho prometeu a reabertura de oito leitos de UTI para a próxima segunda-feira (4), desafogando vagas ocupadas no centro cirúrgico. O prefeito adiantou que o fazendeiro Antonio Morais dos Santos irá adquirir aparelhos para reequipar outras 12 UTIs, e que o poder público também participará da compra de material permanente.

Com a abertura de novas vagas, o hospital deve ter as despesas elevadas, por isso o prefeito já determinou que seja feito "choque de gestão" para conter o aumento nos gastos. Uma reunião em Brasília com representantes do Ministério da Saúde está sendo pré-agendada para semana que vem, quando os gestores irão tentar buscar recursos federais para o hospital.

*Com informações do Midiamaxnews, do Mato Grosso do Sul

Confira temas prioritários para vigilância sanitária

por Saúde Business Web

01/04/2011

Documento apresenta a consolidação dos temas que devem ser priorizados pelos gestores de saúde na realização de estudos em vigilância

Quatro temáticas de estudo, abrangendo ao todo 119 linhas de pesquisa. Esse é o conteúdo final da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Vigilância Sanitária (ANPPVISA). O documento apresenta a consolidação dos temas que devem ser priorizados pelos gestores de saúde na realização e fomento de estudos em vigilância sanitária.

"A publicação da Agenda busca consolidar a produção de conhecimento e a busca de respostas aos inúmeros problemas relativos à saúde na atual sociedade. Realizar e fomentar estudos no âmbito de sua competência é uma das atribuições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), especialmente quando se depara com o progresso científico-tecnológico no setor saúde e com as necessidades de proteção e promoção à saúde da população", afirmou a Anvisa, em comunicado.

As quatro temáticas de pesquisa que compõem o documento final são: "Políticas, Organização e Gestão do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária", com 33 linhas de pesquisa; "Objetos de Intervenção", com 69 linhas; "Tecnologias ou Instrumentos de Intervenção", com quatro linhas e a temática "Visa e Sociedade" com 13 linhas de pesquisa.
Elaboração

Para elaborar a proposta sobre as linhas de pesquisa, a Anvisa baseou-se em seu Plano Estratégico de Pesquisa em Vigilância Sanitária e reuniu, em duas oficinas, pesquisadores e representantes da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) e da Camara Técnica de Educação e Pesquisa (Catepe) da Agência, além de técnicos do Ministério da Saúde.

A Anvisa informou que após a elaboração da primeira versão, o documento ficou aberto a Consulta Pública durante 30 dias, entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011. Neste período, foram recebidas 156 contribuições: duas propostas por Instituições de Ensino, duas de Associação ou entidade do setor regulado, sete de Entidades de Classe, 113 de órgãos ou entidades do Governo e 32 de profissionais de saúde.

Estudo mapeia pacientes SUS para tratamento de câncer

por Agência Fiocruz | Renata Moehlecke

01/04/2011

Resultados apontaram que atendimento está distribuído pelo território nacional, concentrado nos maiores centros

No combate ao câncer de mama, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado têm papel fundamental na sobrevivência do paciente, já que minimiza os impactos indesejados da doença. Para que o tratamento seja eficaz, o acesso geográfico a este precisa ser garantido. Cientes das dificuldades de distância enfrentadas por muitos pacientes, pesquisadores das universidades Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Nacional de Câncer (Inca) e Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) analisaram o fluxo de pacientes com câncer de mama atendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo país. Os resultados apontaram que o atendimento está amplamente distribuído pelo território nacional, com forte concentração nos maiores centros e indícios de escassez mesmo nas regiões onde a oferta de serviços é maior.

A redução das taxas de morbidade e mortalidade depende da identificação precoce, pois, uma vez identificado o caso, o tratamento adequado e ágil concorre pra reduzir os impactos da doença

"Observou-se que, embora a rede para atendimento ao câncer de mama alcance a maior parte do território nacional, há vazios sanitários, sobretudo no norte do país", afirmam os pesquisadores em artigo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz. Segundo eles, mais da metade do total de atendimentos se deu em algumas capitais, em especial Rio de Janeiro e São Paulo, responsáveis por um quinto das assistências nacionais. Além disso, grande porção das pacientes financiadas pelo SUS reside a mais de 150 km do local de atendimento.

"Sabendo que o tratamento é baseado em procedimentos frequentes, os resultados sugerem que grande parcela das mulheres que obtiveram atendimento enfrentou dificuldades adicionais à própria doença, em função do extenso deslocamento que necessitaram fazer".
Para fazer o estudo, os pesquisadores utilizaram dados disponibilizados pelo Inca e pelo Datasus a fim de verificar as cirurgias e os atendimentos ambulatoriais efetuados em hospitais públicos ou contratados pelo SUS nos anos de 2005 e 2006. Durante o período, foram feitas 37 mil internações, quase 21 mil cirurgias, 832 mil procedimentos ambulatoriais de quimioterapia e 44 mil de radioterapia em mulheres com diagnóstico de câncer de mama. Cerca de 40% do volume total de atendimentos estiveram concentrados em apenas sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Fortaleza.

"No Brasil, mais da metade do atendimento foi local, isto é, realizado no próprio município de residência: 56,5% das cirurgias, 54,6% dos atendimentos de quimioterapia e 48,7% dos atendimentos de radioterapia não configuraram deslocamento", comentam os estudiosos. No entanto, eles acrescentam que algumas capitais mostraram perfil de polo de atenção mais acentuado, com mais de 40% do atendimento a não residentes, como no caso de Recife (71,4%), Porto Alegre (60%), Belo Horizonte (53,7%) e Curitiba (50,7%).

Segundo os pesquisadores, é necessário verificar a configuração das redes de atenção, pois essas representam inúmeras possibilidades de conexão que podem favorecer, ou não, o acesso da população à assistência. "A identificação das redes constitui ferramenta com aplicação importante no planejamento e na melhoria da distribuição dos serviços, considerando que o acesso geográfico é relevante para o desfecho do tratamento", destacam os estudiosos. "A redução das taxas de morbidade e mortalidade depende da identificação precoce, pois, uma vez identificado o caso, o tratamento adequado e ágil concorre pra reduzir os impactos da doença".