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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Colaboradores da farmácia: oportunidade aos que não tem experiência Employees of pharmacy: chance for those who have no experience

Vale a pena dar oportunidade aos que não tem experiência?

Em conversa com colegas de outras áreas pude constatar que o problema que tinha com o nível/perfil dos colaboradores da farmácia e almoxarifado não era só meu. Muitos relatos da equipe de enfermagem e, principalmente do RH do hospital, dizendo praticamente as mesmas coisas:

- os funcionários vem cheios de vícios quee são difíceis de mudar.
- o baixo nível de qualificação dos colaboradores.

Pois bem! Foi justamente por esses dois problemas relacionados acima que um belo dia resolvi fazer uma mudança.

Como há uma escola de técnicos de farmácia próximo ao hospital, fizemos contato e pedimos para mandarem os nomes dos principais alunos que tinham o melhor desempenho durante o curso.

Aos poucos fomos mudando nosso quadro de colaboradores e fomos introduzindo técnicos de farmácia que estavam ou cursando ou haviam terminado o curso, mesmo que sem experiência; aliás, a preferência era pelos que não tinham experiência alguma, mas que se tinham o perfil que buscávamos: pessoas dispostas a aprender e crescer juntamente com a empresa. O nosso requisito principal passou a ser a formação na área e não experiência anterior, como é comum colocarmos no perfil do funcionário que queremos para preencher a vaga.

Porque pessoas sem experiência? A resposta é: justamente porque queríamos colaboradores sem vícios, além de que eles seriam treinados de acordo com o perfil e necessidades do hospital.

O resultado é que hoje, praticamente 90% do quadro da farmácia é composto por calaboradores que estejam cursando ou que estejam formados em técnico de farmácia. O rendimento aumentou juntamente com a qualidade dos serviços prestados, além de ter uma equipe profissionais estimulados a prosseguir nos estudos e estarem sempre atualizados.

Fica aí a minha sugestão para que oportunidades sejam dadas àqueles que batem em nossas portas procurando trabalho e crescimento profissional.


It's worth taking the opportunity that has no experience?

In conversation with colleagues from other areas I could see that the problem was with the level / profile of employees and the pharmacy storeroom was not mine. Many accounts of the nursing staff and especially the RH of the hospital, saying virtually the same things:

- The staff is full of vices queensize are difficult to change.- The low level of qualification of employees.

Well! It was precisely for these two problems listed above that one day I decided to make a change.

Because there is a school of pharmacy technicians near the hospital, we contacted and asked to send the names of top students who had the best performance during the course.

Gradually we are changing our workforce and we were introducing pharmacy technicians who were either attending or had completed the course, even without experience, indeed, the preference was for those who had no experience whatsoever, but who had the profile we were seeking: people willing to learn and grow with the company. Our main requirement is now training in the field and no previous experience as is a common practice in the employee profile that we want to fill the vacancy.

For people without experience? The answer is: precisely because we wanted employees without bias, and that they would be trained according to the profile and needs of the hospital.

The result is that today, almost 90% of the staff of the pharmacy comprises calaboradores who are enrolled or who are trained in pharmacy technician. Revenue increased along with the quality of services provided, in addition to having a professional team encouraged to pursue studies and be constantly updated.

Stay there for my suggestion that opportunities be given to those who knock on our doors looking for work and professional growth.
by Mauro Munhoz

Câncer: previna-se contra os tumores que mais ameaçam os brasileiros Cancer: arm yourself against cancers that most threaten the Brazilians

Saiba como afastar os riscos a partir de hábitos saudáveis
Learn how to remove risks from healthy habits

Ao longo dos anos, os avanços na luta de combate contra o câncer mostram que a doença pode ser tratada, controlada e curada. E, mais importante ainda, pode ser prevenida. Cerca de 60% dos casos de câncer podem ser evitados a partir de hábitos de vida saudáveis, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Em um estudo recente, O Inca mostrou que, entre todos os tipos de tumores, 19% poderiam ser evitados com uma vida mais saudável. A melhor estratégia para a prevenção do câncer é aliar um alimentação equilibrada, a prática de exercícios físicos regulares e manter o peso controlado., segundo consta na publicação Políticas e Ações para Prevenção do Câncer no Brasil: Alimentação, Nutrição e Atividade Física. Tais medidas são capazes de prevenir 63% dos casos de câncer de faringe, laringe e boca; 52% dos casos em que a doença atinge o endométrio (camada que recobre o útero internamente) e 60% dos tumores de esôfago.

O levantamento também concluiu que 41% dos tumores no estômago, 37% dos de cólon e reto (partes do intestino grosso) e 34% dos tumores de câncer no pâncreas não aconteceriam se houvesse a combinação desses três fatores. O controle do peso pode ser capaz de evitar 13% desses tipos de câncer. Entretanto, uma pessoa obesa que se alimenta bem tem menos riscos de desenvolver um câncer do que aquela que se alimenta mal.

Neste ano, o Inca estimou a incidência de quase meio milhão de novos casos de câncer no Brasil - sendo a predominância de casos para as mulheres, com quase 20 mil casos a mais que os homens. O câncer de pele do tipo não melanoma (114 mil casos novos) foi o mais comum na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (52 mil), mama feminina (49 mil), cólon e reto (28 mil) e pulmão (28 mil).

Uma boa alimentação é o remédio

Um estudo feito pelo Instituto Americano de Pesquisa do Câncer estimou que cerca de 1/3 dos 1,4 milhões de casos de todos os tipos de câncer que ocorrem anualmente nos Estados Unidos poderiam ser prevenidos se as pessoas adotassem uma dieta saudável, com menos gorduras e alguns antioxidantes poderosos.

Alimentos como as frutas vermelhas são capazes de evitar o aparecimento de diversos tipos de câncer, em especial os de cólon, esôfago, pele, bexiga, pulmão e mama. Já a uva contém um antioxidante chamado resveratrol, que impede que células cancerosas desenvolvam-se na mama, fígado, estômago e sistema linfático.

"O tomate possui licopeno, um antioxidante importante na luta contra o câncer de próstata, mama, útero e melanoma (o mais agressivo tipo de câncer de pele)", explica a clínica-geral Juliana Korth. Ainda, os vegetais crucíferos, da família da couve-flor, repolho, couve e couve de Bruxelas, são ricos em isotiocianatos, substâncias que regulam um complexo sistema enzimático que protegem as células no nosso corpo contra o câncer de estômago, boca, faringe e laringe (garganta) e esôfago.

Câncer de pele

O tipo de câncer mais comum no Brasil, o não-melanoma, tem como maior causa a exposição solar - influenciado pelo típico pensamento brasileiro de que bronzeado é um sinal de saúde. Proteger a pele do sol, previne o aparecimento de câncer de pele, além de mantê-la livre das rugas por mais tempo, pois previne o fotoenvelhecimento. Use protetor solar diariamente, mesmo nos dias nublados, para proteger a pele da radiação solar. A pele do rosto pede FPS de, no mínimo, fator 30.

Para manter-se longe do câncer de pele, vale ficar atento aos sinais que a pele dá e fazer um check-up médico pelo menos uma vez ao ano, no qual o profissional avalia sua pele e suas pintas. A maior parte é conferida a olho nu, mas algumas podem precisar de uma lupa especial que diferencia pintas normais de pintas cancerosas. Se houver uma pinta suspeita, ela é removida e enviada para exame de patologia.

De menor incidência, há ainda os melanomas, mais perigosos, que costumam invadir os tecidos sadios. "Os melanomas, em geral, crescem em locais onde existem pintas (escuras ou não). Além das pintas, são sinais: caroços brilhosos, claros ou que coçam, caroços avermelhados que sangram ou formam uma crosta, manchas avermelhadas ressecadas, ásperas e crostosas que não são resultado de machucados ou não desaparecem em até duas semanas", diz Juliana Korth.

Câncer de próstata

A melhor forma de se prevenir contra o tumor de maior incidência entre os homens é incluir os exames preventivos na rotina de check-up. "Por ser uma doença que não apresenta sintomas em muitos casos, a recomendação é que homens com mais de 45 anos façam os exames de rotina anualmente", alerta o urologista e diretor da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), André Cavalcanti.

Os exames de rotina compreendem o exame digital da próstata (mais conhecido como toque retal) e o associado à dosagem de uma proteína chamada PSA. No primeiro, o médico consegue apalpar a próstata através do reto e verificar eventuais alterações no tamanho e consistência da glândula. Já a dosagem é feita a partir de um exame de sangue: se a taxa da proteína estiver elevada, é mais um indício da presença do tumor. Para evitar desde já esse mal, mexa-se! Correr com frequência diminui as chances de ter a doença, de acordo com um estudo publicado na revista Medicine & Science in Sports & Exercise.

Além disso, o estudo identificou que o risco de tumor na próstata diminuí conforme a distância percorrida. Os pesquisadores observaram que, quanto maior o trajeto feito por semana e quanto melhor a performance em um teste de 10 quilômetros, menos chances de sofrer com o problema os participantes tinham. Entre os corredores, os mais rápidos diminuíram o risco em 32%, quando comparados aos praticantes mais lentos.

Câncer de mama

O câncer com maior incidência nas mulheres - e é também o que mais mata. A detecção precoce é fundamental para a sobrevivência da paciente. ?Para mulheres com mais de 35 anos, recomenda-se a mamografia anual, mas se abaixo dessa idade a mulher notar alguma alteração na mama, como secreção, retração ou feridas na pele, deve procurar um médico?, de acordo com o oncologista Edison Montoavani.

Um dos fatores de risco é a presença de familiares com câncer de mama ou de ovário ? e o risco é aumentado para quem já teve câncer em um dos seios. "A reposição hormonal também aumenta os riscos de desenvolver tumores na mama", diz Edison.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Boston University com mais de 51 mil mulheres e publicado no jornal American Journal of Epidemiology, mulheres que consomem vegetais com frequência estão menos propensas a desenvolver câncer de mama. Segundo os pesquisadores, alguns tipos de vegetais podem ter uma papel ainda maior na redução de chances de câncer de mama. Alimentos como brócolis, mostarda, couve e hortaliças verdes, são ricos em glucosinolatos, aminoácidos que tem um papel importante na prevenção e tratamento desse câncer.

Além deles, outros alimentos como alho, nabo, alface, abóbora e espinafre possuem menores quantidades de gluconisolatos, e devem fazer parte da dieta. Adicionar porções diárias de cenoura nas refeições é outra dica importante para combater a doença graças à presença dos carotenoides, substância antioxidante presentes nos vegetais alaranjados.

Outro estudo realizado por pesquisadores norte-americanos publicado no Journal of the National Cancer Institute apontou que adolescentes praticantes de exercícios físicos intensos diminuem as chances de sofrer com câncer de mama na fase adulta. A prática de atividade física deve começar por volta dos 12 anos e durar por dez anos para que a proteção contra a doença seja notada.

Cólon e reto Os principais fatores de risco para o câncer colorretal são: ter mais de 50 anos, histórico familiar de câncer de cólon e reto; histórico de câncer de ovário, endométrio ou mama; dieta com alto conteúdo de gorduras, carnes e baixo teor de cálcio; obesidade e sedentarismo. Também são fatores de risco doenças inflamatórias do cólon como retocolite ulcerativa crônica, Doença de Cronh e algumas condições hereditárias. A colonoscopia é o exame que detecta os tumores no cólon e no reto.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde esse exame é recomendado em pessoas com mais de 50 anos de idade, principalmente naquelas que têm histórico familiar da doença. No entanto, os casos de pessoas com apenas 30 anos que apresentam lesões no intestino delgado tem aumentado, especialmente em homens.

Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras, cálcio (leites e derivados), folato (fígado, espinafre, brócolis) e pobre em gorduras animais é considerada uma medida preventiva. A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcóolicas deve ser evitada.

Pulmão

O principal fator de causa é tabagismo, pois cerca de 85% dos casos ocorrem em fumantes. Nos últimos anos vêm ocorrendo um crescente número entre as mulheres assim como de pacientes tabagistas passivos.

Alguns sintomas do câncer de pulmão podem ser: dificuldade de respirar, tosse persistente, rouquidão e dor torácica e perda de peso ou de apetite. Recentemente, pesquisadores americanos descobriram uma associação entre a asma e o câncer de pulmão. De acordo com os cientistas, da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, observaram que 46,2% dos pacientes asmáticos também desenvolveram câncer no pulmão, enquanto que, dos pacientes sem a doença, 22,5% desenvolveram câncer no pulmão.

Um estudo recente da Chung Shan Medical University, em Taiwan, comprovou que o chá verde pode diminuir os riscos de câncer do pulmão em fumantes e o avanço da doença. Segundo a pesquisadora, os resultados são visíveis principalmente em fumantes que não são geneticamente suscetíveis ao aparecimento de câncer.

A diminuição dos riscos ocorre por conta dos antioxidantes presentes no chá, que impedem o desenvolvimento de células infectadas.

Exame é fundamental para detectar apneia do sono Examination is crucial to detect sleep apnea

Doença pode ser confundida com ronco e exige alguns cuidados

Nos últimos anos, houve um aumento de visitas no otorrinolaringologista de pacientes querendo solucionar o problema do ronco. Alguns vêem no ronco um problema social, que causa embaraço em viagens, ou com a (o) namorada (o). Outros sentem sintomas diurnos, tais como cansaço e dificuldade de concentração. Há, ainda, os que se preocupam se o ronco pode estar causando algum problema de saúde mais sério. Na verdade, todas estas questões são relevantes.

O ronco nada mais é do que o barulho originado pela vibração dos tecidos da garganta no momento da passagem do ar. Quanto mais esses tecidos vibram, mais a pessoa ronca. Essa vibração ocorre sempre que há um estreitamento no espaço por onde o ar deve passar, uma flacidez maior dos tecidos que formam as paredes por onde passa o ar ou ambas as coisas.

Se a pessoa tem uma "campainha" (úvula) muito comprida, por exemplo, a chance dela vibrar mais - causando ronco - é maior. O mesmo acontece com tudo o que ocupa muito espaço e diminui a passagem do ar pela garganta, como o aumento da base da língua, das adenóides (protuberâncias ou carnosidades que se encontram na parte interna superior do nariz) e das amígdalas.

Já em relação à flacidez dos tecidos, a obesidade é a maior vilã. Quando ganhamos peso, não acumulamos gordura apenas na barriga ou nos glúteos, mas também nos tecidos da garganta. Com isso, eles se tornam tanto mais espessos quanto mais flácidos, vibrando mais à passagem do ar e piorando o ruído. Portanto, excesso de peso é sim uma das causas de ronco, embora não a única.

Da mesma forma, com a idade, os tecidos ficam mais flácidos. Por isso, quanto mais envelhecemos, maior a probabilidade de roncarmos.

Aqueles que ingerem bebidas alcoólicas ou fazem uso de ansiolíticos (tranquilizantes) para dormir também roncam mais, devido novamente a um maior relaxamento da musculatura, tornando o arcabouço da garganta mais flácido e mais propenso à vibração quando o ar passa.

O ronco pode ocasionar enorme incômodo social e pode, por si só, desestruturar a arquitetura do sono, causar problemas diurnos de cansaço e dificuldade de concentração. Mas, seu barulho não é nem de longe uma ameaça tão grave quanto à apneia do sono.

A apneia do sono é a parada na respiração que ocorre quando o estreitamento ou flacidez na garganta chega a um ponto que impede, transitoriamente, a passagem do ar.

A pessoa literalmente para de respirar por alguns (ou muitos) segundos até que o cérebro emite uma ordem mais "vigorosa" e a pessoa puxe o ar com mais força para vencer a obstrução, "semi-acordando" para isso (o que os médicos chamam de microdespertar). Esse fenômeno repete-se várias vezes todas as noites, caracterizando a apneia obstrutiva do sono.

O corpo entende essas paradas respiratórias como uma situação de perigo, como se a pessoa estivesse realmente sendo sufocada. Isso leva a uma "descarga de adrenalina", que ocorre várias vezes todas as noites. Acredita-se que são essas "descargas de adrenalina" noturnas que trazem problemas em longo prazo para a saúde.

Já está mais do que comprovado que pessoas com apneia do sono moderada ou grave têm duas vezes mais chances de desenvolver problemas cardiovasculares - como infartos, hipertensão e derrames - do que a população em geral.

Esclarecendo uma pergunta freqüente: é extremamente improvável, no entanto, que uma pessoa com apneia do sono venha a morrer dormindo durante uma dessas paradas, a não ser que já tenha outra doença grave de saúde associada. O real problema está no desenvolvimento de doenças em longo ou médio prazo.

Quando recebemos um paciente com queixa de ronco, existem duas questões básicas que o otorrinolaringologista tenta responder:

1) O paciente ronca e tem apneia do sono (para de respirar) ou apenas ronca?

2) De onde vem o barulho do ronco (e possivelmente a apneia), isto é, qual o local da obstrução?

Para responder a primeira pergunta, procuramos identificar sintomas de sonolência diurna, dor de cabeça, cansaço e, até mesmo, impotência, que geralmente estão mais associados à apneia do que ao ronco simples. Mas, para ter certeza se há ou não apneia do sono (e graduar a sua severidade), é fundamental um exame chamado polissonografia. Neste exame, a pessoa passa a noite toda monitorada e podemos observar com exatidão quantas apneias ocorrem e quanto tempo duram.

A segunda pergunta será respondida pelo exame otorrinolaringológico, que identificará alterações anatômicas que propiciam o ronco e a apneia, tais como desvios de septo, alongamentos de palato e úvula, aumento das amígdalas e assim por diante. Quanto maiores as alterações anatômicas encontradas, maior a chance de uma abordagem cirúrgica beneficiar o paciente.

Com base nessa avaliação é que será então proposto um tratamento. Ele pode ser desde uma cirurgia até a utilização de uma máscara de CPAP (sigla em inglês para Pressão Aérea Positiva Contínua), que ajuda a pessoa a respirar melhor durante a noite.

Por fim, não acredite em propagandas que prometem melhorar ou acabar com o seu ronco com adesivos para o nariz ou pulseiras no braço. Não são produtos sérios.

Procure seu otorrinolaringologista e bons sonhos!

Humor - Saúde Humor - Health


Maternidade no congelador Motherhood in the freezer

Congelar óvulos está cada vez mais viável, mas técnica ainda não garante gravidez futura
Freezing eggs is increasingly viable, but technique does not guarantee future pregnancy

Na sala de espera da clínica de fertilização, um casal conversa, uma mulher folheia um livro sobre bebês e outra mexe compulsivamente no celular. Ao lado, na recepção, sentadas em um banco, outras duas mulheres, mãe e filha, roem as unhas, também à espera. A esperança e a ansiedade escancaradas nos gestos é comum a todas.


O fax emite um sinal, a enfermeira pega o documento enviado, não consegue se conter e o resultado ecoa pelas salas: “Positivo, deu positivo.” Mãe e filha pulam do banco, se abraçam, riem e choram ao mesmo tempo. Na sala de espera ao lado, o casal se cala e as mulheres tentam disfarçar as lágrimas.

Aos 30 anos, Emi Tahara passou pelas duas situações: a dor de não conseguir ter filhos e a alegria de descobrir que estava esperando um bebê. Depois de cinco anos tentando engravidar, ela decidiu procurar ajuda médica para realizar o sonho de ser mãe. Ao receber o diagnóstico de endometriose, logo optou pela fertilização in vitro. Durante o tratamento produziu uma grande quantidade de óvulos, mas apenas três seriam inseminados.

Foi então que surgiu a dúvida: o que fazer com os óvulos restantes? Emi tinha três opções, descartá-los, doá-los ou congelá-los e preferiu esta última. “Foi uma decisão acertada, já que eu só consegui engravidar na segunda tentativa de fertilização, com os óvulos congelados”, afirma. “Em geral, a mulher pode guardar metade para tentativas futuras ou até mesmo para preservar sua fertilidade”, avalia o médico Raul Eid Nakano, especialista em fertilização humana da clínica Ferticlin.

Assim como Emi, Flávia Martins, de 28 anos, engravidou na segunda tentativa da fertilização, da qual nasceu Laura, de 1 ano. Os três óvulos restantes estão congelados em uma clínica e a relações públicas paga R$700 por ano para mantê-los.

O congelamento de óvulos é uma opção comum entre mulheres que recorrem à fertilização in vitro, que em geral já sofrem com a infertilidade. “A grande maioria hoje, cerca de 60% - dependendo da estatística de cada clínica - ainda é de pacientes em tratamento que aproveitam e congelam”, avalia Claudia Messias, ginecologista da clínica de reprodução assistida Huntington.

O procedimento é uma esperança também para quem tem sintomas de menopausa precoce ou vai passar por tratamentos médicos agressivos, como quimioterapia. “Se uma mulher com câncer de mama, por exemplo, que tem um índice de cura considerado alto, precisar de quimioterapia, pode perder a possibilidade de ter filhos. Mas, congelando, pode ter sua fertilidade preservada”, diz Nakano. Embora não indicado, mas também possível, o congelamento tem sido uma forma de postergar a maternidade.

Vale a pena adiar?

No início deste ano, um estudo escocês assustou mulheres de todo o mundo ao identificar que a maioria delas perde 90% dos óvulos até os 30 anos. “Biologicamente o melhor momento para ter um filho é dos 20 aos 30 anos, é quando vai ter menos problema no pré-natal, na gravidez, e tem uma menor incidência de doenças como Síndrome de Down nos bebês. Depois disso, os índices começam a ficar desfavoráveis. A partir dos 37 a taxa de fertilidade cai rápido e a qualidade do óvulo aos 40, por exemplo, é metade ou um terço de um óvulo aos vinte e sete”, ponderiza Nakano. E os dados são mesmo preocupantes. Aos 25 anos, 75% das mulheres conseguem engravidar em seis meses. Aos 30, a taxa cai para 40% e aos 40 anos, para 25%.

Com o tempo correndo contra o sonho de ter um filho, o congelamento parece ser a opção mais indicada para quem acha que “ainda não é o momento”, seja em função da consolidação da carreira ou do adiamento do casamento, por exemplo. Porém, os especialistas em reprodução humana alertam que esse tipo de tratamento deve ser o plano B quando o assunto é gravidez. A Associação dos Embriologistas Clínicos e a Sociedade Britânica de Fertilidade emitiram recentemente uma nova diretriz médica contra-indicando o tratamento como opção de preservação da fertilidade.

“As mulheres acham que a ciência progrediu de tal forma que, enquanto elas menstruarem, podem ter filhos. A perda da fertilidade após os 35 é cruel”, alerta Arnaldo Schizzi Cambiaghi, especialista em reprodução humana e diretor do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia. A recomendação é que, com base nas informações, a mulher se programe para ter um filho naturalmente, até porque a técnica não garante uma gestação.

Eficiência técnica X corpo

São duas as técnicas utilizadas: congelamento lento e vitrificação. A primeira é mais antiga e leva três horas para congelar um óvulo. Como essa é uma célula com muita água, a formação de grânulos de gelo no interior danifica as estruturas, resultando em uma taxa de fertilização em torno dos 2%. A segunda é mais recente e congela a célula em apenas 3 minutos. A sobrevivência do óvulo é melhor, já que suas estruturas são mantidas, assim como a taxa de fertilização. Segundo clínicas do setor, essa porcentagem está em torno de 38%, mas os dados de 2007 do comitê da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva somam apenas 4%. O preço do tratamento ainda é considerado caro,

Apesar do progresso científico, a fertilização dos óvulos congelados não é garantida e depende muito da idade e da saúde da mulher. “É preciso lembrar que depois dos 45 anos, fisicamente, a mulher não está em condições ideiais de gerar ou gestar”, aconselha Cambiaghi. Para Nakano, o prazo é ainda mais curto: “O ideal é gestar no máximo até os 40.”

Mas antes disso, já a partir dos 30, a mulher deve estar preparada para possíveis problemas como diabetes gestacional, já que o corpo passou de seu estado perfeito para uma gestação. O aumento no número de prematuros, por exemplo, também tem sido apontado pelos especialistas como resultado de uma gravidez tardia.

Outro ponto deve ser levado em consideração: para utilizar o óvulo congelado, obrigatoriamente a mulher deverá passar por uma fertilização in vitro. Um estudo realizado na Dinamarca – e publicado em fevereiro na revista Human Reproductive, em Londres - acompanhou mais de 20 mil grávidas e constatou: mulheres em que a primeira gestação foi realizada por meio de uma fertilização in vitro têm quatro vezes mais chance de que o segundo bebê nasça morto do que aquelas que engravidaram naturalmente.

Cuidados especiais

Nem toda mulher pode se submeter ao tratamento de hiperovulação que precede o congelamento. Algumas não podem tomar hormônio, têm problemas hepáticos ou de coagulação, o que impossibilitaria a produção de muitos óvulos e, portanto, a sua aspiração. Esse, aliás, é um procedimento cirúrgico e, portanto, apresenta alguns riscos.

Além disso, durante o tratamento, a mulher pode responder excessivamente ao hormônio, causando a síndrome do hiperestímulo ovariano e retendo líquido na região abdominal. “É possível avaliar esse risco antes do tratamento”, ressalta a ginecologista Claudia Messias. O outro lado, uma resposta aquém do esperado, também pode ser igualmente ruim, porque a mulher terá de passar novamente por todo o processo se não tiver resultado com a fertilização inicial.

Entre a tentativa frustrada e a gravidez, Emi Tahara passou por uma fase que classifica como “delicada”. Ficou ansiosa, nervosa, preocupada e alterada e teve dúvidas com relação a eficiência do método. “A gente acha que assim que coloca o embrião, já está grávida. E não é assim que acontece”, conta. Flávia Martins se prepara para, no início do ano que vem, encomendar um irmão para Laura e pretende utilizar os óvulos congelados.

“Fico tranqüila em saber que eu estou envelhecendo, mas meus óvulos têm 25 anos hoje ou daqui a um ano. E também por saber que para o próximo bebê não terei que passar por todo o processo novamente”, avalia.

Tratamento simples reduz 45% dos partos prematuros Simple treatment reduces 45% of premature births

Gel de progesterona administrado durante a gravidez ajuda a prolongar a gestação
Progesterone gel administered during pregnancy helps to prolong pregnancy

Tratamento de gravidez de alto risco com progesterona reduz 45% dos partos prematuros e ajuda e diminuir os riscos de complicações respiratórias nos recém-nascidos, anunciaram nesta semana pesquisadores americanos.

O estudo sobre o gel vaginal fabricado pelas indústrias farmacêuticas Columbia Laboratories e Watson Pharmaceuticals aumenta a esperança de descoberta de uma forma simples de evitar partos prematuros em mulheres com encurtamento do canal cervical.


“O estudo que acaba de ser publicado oferece esperança às mulheres, famílias e crianças”, disse Roberto Romero, chefe do departamento de pesquisas de perinatologia do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

“Mais de 12 milhões de bebês em todo o mundo – 500.000 somente nos Estados Unidos – nascem prematuramente a cada ano, frequentemente acarretando resultados trágicos. Nosso estudo clínico mostra claramente que é possível identificar mulheres em risco e reduzir os casos de parto prematuro quase que pela metade, simplesmente tratando o problema de encurtamento do canal cervical com um hormônio natural – a progesterona”, disse Romero.

Bebês nascidos antes da trigésima terceira semana de gestação apresentam maiores riscos de morte e problemas de desenvolvimento e de saúde ao longo da vida. Nos Estados Unidos, um total de 12,8% dos partos ocorridos em 2008 foi prematuro, aumentando o risco de morte no primeiro ano de vida do bebê, que também pode apresentar dificuldades respiratórias, paralisia cerebral, deficiência de aprendizado, cegueira e surdez.

Gel hormonal

As descobertas, publicadas no periódico Ultrasound in Obstetrics and Gynecology, serão usadas para servir de apoio no pedido de aprovação nos Estados Unidos do gel hormonal Prochieve, fabricado pelas duas empresas, que deve ocorrer no segundo trimestre deste ano.

No estudo, pesquisadores da instituição de saúde americana e de 44 centros médicos em todo o mundo analisaram os efeitos do tratamento à base de progesterona em mulheres com encurtamento do canal cervical, parte do útero onde ocorrem as contrações durante o trabalho de parto.

Pesquisadores suspeitam que as mulheres que sofrem deste problema talvez tenham uma deficiência do hormônio, que administrado em forma de gel durante a gravidez pode ajudar a prolongar a gestação.

A equipe de pesquisa analisou 458 mulheres com encurtamento do canal cervical. Dividas em dois grupos, elas receberam o gel vaginal à base de progesterona ou um gel placebo entre a décima nona e vigésima terceira semana de gestação.

Apenas 8,9% das mulheres que receberam o gel deram à luz antes da trigésima terceira semana de gestação, em comparação aos 16,1% das mulheres no grupo placebo. O tratamento também foi benéfico aos bebês. Apenas 3% dos bebês de mulheres tratadas com progesterona apresentaram síndrome da angústia respiratória, em comparação aos 7,6% do grupo placebo.

“Há muito tempo já sabemos que o encurtamento do canal cervical está relacionado a um risco maior de parto prematuro”, disse Ashley Roman, do Langone Medical Center, que não participou do estudo.

Segundo Roman, estudos já haviam mostrado que a progesterona pode reduzir o risco de parto prematuro em mulheres com encurtamento cervical. Ela considera o novo estudo importante por mostrar que o tratamento também reduz os riscos de problemas respiratórios nos recém-nascidos.

“Além de uma redução nos casos de partos prematuros, observamos também uma diminuição de problemas de saúde relacionados à prematuridade”, ela declarou.

As ações da farmacêutica Watson subiram 1% na Bolsa de Valores de Nova York na tarde de ontem, enquanto que as ações da Columbia apresentaram queda de 2% depois de um período de alta de 52 semanas na Nasdaq.

* Por Julie Steenhuysen

A realidade choca, será? The shocking reality, is it?

Registro Eletrônico de Saúde é divisor de águas Is Electronic Health Records watershed

por Neil Versel InformationWeek

07/04/2011

Segundo Centro Prevenção de Doenças, intercâmbio de informações ajuda médicos, hospitais e autoridades a monitorar surtos de doenças
According to Center for Disease Prevention, exchange of information helps physicians, hospitals and authorities to monitor disease outbreaks
Os registros de saúde eletrônicos (EHRs) são incentivados pelo governo federal dos Estados Unidos como auxílio na melhoria da saúde pública. De acordo com um agente de TI do governo, a comunidade da saúde pública está contando com a grande adoção e interoperabilidade entre médicos e hospitais para ajudar a identificar a responder a futuros surtos de doenças.

"As agências públicas de saúde, desde as locais de cada estado até as federais, têm construído tecnologia de informação há anos, mas como não temos conexões com todos, não temos muitas informações para compartilhar", afirmou o diretor de informática da saúde pública e escritório do programa de tecnologia no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Seth Foldy. "No futuro, supomos que a maioria dos nossos aliados na saúde pública estarão assentados com seus EHRs".

Ao falar do Instituto para Transformação Tecnológica da Saúde, Foldy destacou alguns dos sucessos que a saúde pública teve com a troca de informações de saúde (HIE). Segundo Foldy - um médico de família, ex-chefe das agências de saúde pública para a cidade de Milwaukee e o estado de Wisconsin e cofundador do Wisconsin Health Information Exchange - os registros de imunização representam "o HIE original".

Ele afirmou que a resposta ao surto de pandemia de 2009 do vírus H1N1 representou o maior esforço de vacinação em massa na história dos Estados Unidos. Graças aos registros de imunização online, as agências públicas de saúde foram capazes de controlar a administração da vacina e colaborar com as companhias de seguros para identificar os inscritos de alto risco que ainda não haviam recebido a injeção.

Em 2003, enquanto era comissário do departamento de saúde da cidade de Milwaukee, Foldy ajudou a conceber e implementar rapidamente uma rede entre quatro estados para detectar potenciais casos da síndrome respiratória severa aguda (SARS), com base no relato de sintomas de departamentos de emergência hospitalar. Esse episódio demonstrou a Foldy o poder de "transformação" da comunicação eletrônica de dados de laboratório.

"Sabemos que esse é um divisor de águas em termos de relatórios eletrônicos sobre doenças transmissíveis", disse Foldy. Relatórios manuais são um processo lento e trabalhoso, a transmissão eletrônica dos resultados dos testes acelera enormemente a capacidade das autoridades de saúde pública para identificar as epidemias e pandemias. Segundo Foldy, também disponibiliza dados que os hospitais nem sabiam que eram reportáveis.

Ele também falou de um surto de Cryptosporidium no abastecimento de água de Milwaukee em 1993 - cerca de três anos após assumir o departamento de saúde - que afetou quase um quarto de população da região, apresentando diarreia, desidratação e febre.
Depois que os funcionários identificaram que a doença vinha da água e não era epidemiológica, a cidade construiu um "medidor de diarreia" eletrônico para acompanhar os casos relatados.

"Nosso sistema escolar inteiro foi assolado por esse vírus", relatou Foldy. O CDC recomendou que Milwaukee cancelasse as aulas, mas isso envolvia fechar 10% da capacidade da saúde pública, uma vez que as enfermeiras escolares e outros profissionais de saúde viam tantas crianças. O banco de dados da cidade ajudou a manter as escolas abertas.

"O objetivo da informática é agregar valor. A saúde pública é um dos casos mais utilizados no mundo para compartilhar informações de saúde".

Quando há uma mudança na política de saúde, tal como quando uma pesquisa mostrou que a aspirina era uma maneira efetiva e barata de prevenir e tratar ataques cardíacos, os médicos distribuem panfletos para pacientes se lembrarem de os entregar. "Essa não é a maneira mais eficiente de usar a informática", disse Foldy.

Médicos não têm tempo de ler alertas enviados por fax até que muitos casos tenham sido identificados, apontou Foldy, então por que as agências de saúde não deveriam mandar alertas eletrônicos diretamente nos EHRs, assim que fossem identificados como surtos?
Segundo Foldy "Há um grande negócio nos cercando" ao garantir que comunicação eletrônica tenha sucesso na aceleração de troca de dados.

Projeto de filantropia do HCor auxilia hospitais públicos do Brasil Project philanthropy HCor assists public hospitals in Brazil

por Saúde Business Web

07/04/2011

Já na terceira fase, instituição padroniza UTI’s e incentiva melhora de atendimento pelo país desde 2009

Como parte dos projetos filantrópicos dos hospitais junto ao Ministério da Saúde, o Hospital do Coração vem auxiliando alguns hospitais públicos do país padronizando o atendimento de suas unidades de terapia intensiva (UTI). Iniciada em 2009, esta ação atinge 18 UTI’s das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Conhecido como Qualidade em Terapia Intensiva (Qualiti), o Projeto é dividido em quatro fases e tem início com visitas técnicas, seguidas de diversas ações para melhoria de qualidade assistencial - incluindo videoconferências, cursos de especialização e pós-graduação promovidos por uma equipe do HCor aos profissionais da saúde que lidam diretamente com os pacientes de UTI.

A primeira fase do projeto foi composta por visitas aos hospitais e UTI’s dos participantes para uma avaliação das estruturas, processos e resultados trazidos pela UTI. Já na segunda fase, o Programa de Atualização interligou as 18 unidades participantes ao HCor. Por meio de videoconferências a cada 3 semanas, especialistas debateram temas relacionados à qualidade em UTI e de assistência em medicina intensiva.

Neste ano, a terceira fase do projeto prevê a realização dos cursos semipresenciais de pós-graduação/latosensu em medicina intensiva e em terapia intensiva para enfermeiros. O coordenador-médico responsável pelo Projeto Qualiti no HCor, Alexandre Biasi Cavalcanti, explica que neste mês de abril, o hospital irá receber 17 profissionais de 9 UTI’s. “Eles poderão interagir e conhecer de perto as ferramentas úteis de gestão que podem ser aplicadas em suas unidades para melhorar a qualidade assistencial”.

In the third stage, the institution encourages and standardize ICU care improves the country since 2009

As part of the philanthropic projects of the hospitals with the Ministry of Health, the Heart Hospital has been helping the country's public hospitals to standardize care for their intensive care units (ICU). Begun in 2009, this share reaches 18 ICUs in the North, Northeast and Midwest.


Known as the Quality in Intensive Care (qualitative), the Project is divided into four phases and starts with technical visits, followed by several actions to improve the quality of care - including video conferencing, specialist courses and graduate promoted by a team of HCor health professionals who deal directly with patients in ICU.


The first phase of the project consisted of visits to hospitals and ICUs of participants for an evaluation of the structures, processes and results brought by the ICU. In the second phase, the Upgrade Program has linked the 18 participating units to HCor. Through videoconferences every 3 weeks, experts discussed issues related to quality of care in ICU and critical care medicine.


This year, the third phase of the project foresees the realization of courses semi pós-graduação/latosensu of critical care medicine and intensive care for nurses. The medical coordinator in charge of the project Qualiti HCor, Alexandre Biasi Cavalcanti, explains that this April, the hospital will receive 17 professionals from nine ICUs. "They can interact and know more about the useful tools that management can be applied in their units to improve the quality of care. "

Padilha esclarecerá denúncias sobre o Ministério da Saúde

por Saúde Business Web

07/04/2011

Em audiência pública para a próxima terça-feira, o ministro da saúde esclarecerá as supostas fraudes e falta de fiscalização na Saúde

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle vai realizar audiência pública com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para esclarecer as supostas fraudes e falta de fiscalização na Saúde, apontadas pelo ministro-chefe da Controladoria-geral da União (CGU), Jorge Hage Sobrinho.

A audiência pública está prevista para a próxima terça-feira (12), em horário e local a serem definidos.

Na entrevista ao jornal O Globo, em março deste ano, Hage afirmou que as fiscalizações in loco nos municípios, realizadas pela CGU, têm revelado a incidência de irregularidades graves na Saúde, o que revela "fragilidades no controle por parte do Ministério da Saúde em relação aos recursos".

Combate à aids

Na mesma reunião, deverá ser discutida a falta de medicamentos de combate à Aids e de sua distribuição pelo Ministério da Saúde, o que estaria prejudicando o tratamento de milhares de pacientes em todo o País.

O debate foi solicitado pelos deputados Delegado Waldir (PSDB-GO) e Vanderlei Macris (PSDB-SP).

*Informações com a Agência Câmara

Gestão de pessoas é desafio para hospitais, diz Anahp People management is a challenge for hospitals, says ANAHP in Brazil

por Verena Souza

07/04/2011

Relação médico x hospital deve ser reestruturada. A questão, segundo presidente da instituição, passa pelo modelo de remuneração

Nos últimos seis anos houve um grande avanço na profissionalização dos hospitais. A constatação é do presidente do Conselho Deliberativo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Henrique Salvador. De acordo com ele, as entidades, impulsionadas pelos processos de acreditação e pela maior regulamentação do setor, identificaram a necessidade de melhorar a gestão. O desafio, agora, está na reorganização da relação médico x hospital.

A questão, segundo Salvador, passa pelo modelo de remuneração. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e instituições do setor, inclusive a Anahp, trabalham para desenvolver programa de monitoramento de qualidade para os hospitais brasileiros. A ideia é atrelar boas práticas em saúde a uma remuneração diferenciada.

Os critérios para a avaliação ainda estão sendo definidos. No entanto, quatro aspectos que vão nortear os indicadores que já foram traçados. São eles: infraestrutura, efetividade do cuidado, eficiência técnica e satisfação do usuário.

Depois da definição de um novo modelo, a relação entre o médico e as entidades vai mudar. "Haverá uma maior gestão maior da atividade do profissional, por meio de protocolos por exemplo. É importante que os profissionais que trabalham nos hospitais sejam capacitados para essa nova fase que os hospitais estão vivendo", explicou.

A mudança reflete nos negócios entre hospitais e fornecedores também. "As instituições vão ter que comprar melhor para poder sobreviver no mercado", disse.

Relação com operadoras

Na opinião do presidente da Anahp, a relação entre os hospitais privados e as operadoras tem avançado. "Sentamos na mesa buscando alternativas que visem um equilíbrio do setor. Acho que essa profissionalização e movimentos de acreditação são exemplos de avanços irreversíveis para a saúde", enfatizou.

Para Salvador, a paralisação dos médicos no dia 07 de abril é legítima pelo fato de pleitearam reajuste dos honorários. "Ao longo do tempo os honorários médicos tem sido reprimidos. Em algumas especialidades a situação é ainda pior, como é o caso dos pediatras".

Ainda de acordo com o representante da Anahp, a ação reguladora da ANS sobre os prestadores poderia ser mais incisiva pelo fato de terem menor poder de negociação do que os planos de saúde. "Mas a agência ensaia algumas ações nesse sentido. O programa de qualificação das operadoras é uma delas".

Médicos fazem manifestação em SP por reforma nos planos de saúde Doctors make a demonstration in São Paulo for reform in health plans

Paralisação atinge parte de consultórios e clínicas particulares

Centenas de médicos promoveram na manhã desta quinta-feira (7) passeatas no centro de São Paulo e na avenida Paulista para protestar contra os planos de saúde. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), um dos grupos ocupava uma faixa da avenida Paulista, perto do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Outro grupo saiu da rua Francisca Miquelina em direção à Praça da Sé, ponto de encontro dos manifestantes.

No Dia Mundial da Saúde, os médicos interromperam o atendimento para planos de saúde. A paralisação foi organizada pela Fenam (Fundação Nacional de Médicos), CFM (Conselho Federal de Medicina) e AMB (Associação Médica Brasileira). Os médicos que aderiram ao movimento afirmaram que os pacientes com consultas marcadas para hoje serão atendidos em nova data.

Entre as principais reivindicações estão reajustes no pagamento dos planos, regularização dos contratos com as empresas e aprovação de projeto de lei sobre a relação entre médicos e operadoras. Para os profissionais de saúde, há muita interferência dos planos no trabalho dos médicos.

Em entrevista ao R7, representantes das principais entidades médicas nacionais disseram que, se os planos de saúde não reajustarem os honorários médicos, os profissionais podem deixar de atender pelas operadoras.

De acordo com a AMB (Associação Médica Brasileira), existem 160 mil médicos atuando na saúde suplementar. Eles realizam cerca de 223 milhões de consultas por ano e acompanham 4,8 milhões de internações. Ainda segundo a AMB, os planos médico-hospitalares tiveram 129% de incremento na movimentação financeira entre 2003 e 2009, passando de R$ 28 bilhões para R$ 65,4 bilhões. O valor da consulta no mesmo período, diz a AMB, subiu apenas 44%.

Mas, segundo a Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar, que reúne 15 operadoras), o reajuste médio do valor das consultas médicas praticado por afiliadas da federação entre 2002 e 2010 variou entre 83,33% e 116,30%.

- Os índices são significativamente superiores à variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) no mesmo período, que foi de 56,68%.

Sindicato alerta para surto de superbactéria em Alagoas Union warns of superbug outbreak in Alagoas

Maceió - O Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) denuncia em seu site a situação de risco em quem se encontram os servidores que trabalham no Hospital Universitário (HU). Uma contaminação pela superbactéria Acinetobacter já fez, pelo menos, 18 vítimas na unidade. Oito pacientes morreram.

"Os técnicos do HU exercem suas funções em situação precária e sem os equipamentos necessários para se proteger de possíveis contaminações", alertou um dos coordenadores do Sintufal, Samuel Correia. "É evidente a negligência da direção do HU diante do grave quadro de contaminação pela superbactéria. A administração do hospital tenta a todo custo esconder da sociedade a realidade, enquanto o número de infectados só faz aumentar", acrescenta.

Segundo o sindicalista, pelo menos cinco das vítimas da superbactéria chegaram ao HU já contaminadas. "Elas vieram de outras unidades hospitalares já infectadas, tornando evidente que a superbactéria Acinetobacter está presente em vários hospitais alagoanos, tanto da rede pública como na rede privada", alerta.

O diretor técnico do HU, Alberto Fontan, pediu que o governo do Estado se empenhasse na luta contra a proliferação da superbactéria Acinetobacter. Mas ele descartou a possibilidade de um surto. O diretor também nega que funcionários do HU tenham sido infectados e disse que vai solicitar que à Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) que inspecione os hospitais da rede privada de Maceió para apurar a denúncia do sindicato.

A Sesau informou que vai criar uma Central de Informações para prevenir e administrar ocorrências de superbactéria na rede. "A central irá funcionar todos os dias, no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e estará interligada à Vigilância Sanitária Estadual, visando adotar medidas que possam solucionar eventuais surtos", diz a assessoria da secretaria.

Superbactéria já matou oito em hospital de Alagoas Superbug has killed eight in hospital Alagoas

A direção do Hospital Universitário de Alagoas (HU) confirmou ontem a morte de mais dois pacientes causada pela superbactéria Acinetobacter baumannii, elevando para oito - cinco adultos e três recém-nascidos - o número de mortos no hospital.

Embora confirmem a contaminação de outros dez pacientes pela bactéria, os diretores do HU dizem não haver risco de epidemia, o que contraria os funcionários do hospital, que faz parte da estrutura da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Com medo de contaminação, um grupo de servidores acusou a direção da unidade de negligência. "As poucas informações passadas pela direção sobre a superbactéria são insuficientes para garantir a integridade física dos servidores, familiares de pacientes e pessoas que circulam dentro do hospital", disse o funcionário Moisés Pereira.

Para o diretor médico do HU, Alberto Fontan, não há risco de a superbactéria se disseminar entre os funcionários da unidade. No entanto, ele alertou para possibilidade da contaminação de outros hospitais de Alagoas - apenas três pacientes foram contaminados no HU, os demais já chegaram infectados.

Suspeita

Após as mortes de três bebês e de um idoso, sob a suspeita de que tenham sido causadas pela superbactéria, a maternidade e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital foram fechadas por tempo indeterminado na última sexta-feira. A superbactéria que atinge o HU de Alagoas é diferente da que, desde o ano passado, preocupa as autoridades sanitárias brasileiras - a Klebsiella pneumoniae carbapenemases (KPC), que já causou mortes no Distrito Federal, Tocantins, Amapá, Pernambuco e Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE

OMS alerta que mau uso de remédios afeta combate a doenças WHO warns that misuse of drugs to combat diseases affecting

REUTERS

MANILA/WASHINGTON (Reuters) - O mau uso de antibióticos vem minando o combate mundial contra doenças infecciosas, como a tuberculose e a malária, e pode levar ao retorno dos dias que antecederam ao desenvolvimento dos medicamentos, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira.

No ano passado foram registrados em quase 60 países cerca de 440 mil novos casos de tuberculose resistente a diferentes tipos de medicamentos, de acordo com a agência.

"Ao mesmo tempo, outras doenças antigas estão em alta, e com o risco de não ter cura", disse o diretor regional da OMS para o Pacífico Ocidental, Shin Young-soo.

Shin convocou os 193 países membros da OMS a comprometer recursos e adotar políticas de combate ao crescente problema da resistência aos remédios.

"A resistência antimicrobiana é uma preocupação mundial não somente por que mata, mas também por aumentar os custos da saúde e ameaçar os cuidados com os pacientes."

Um gene que torna bactérias resistentes a quase todos os antibióticos conhecidos, ou "superbacterias", foi encontrado na bactéria nos suprimentos de água em Nova Délhi. O gene chamado NDM 1, surgiu primeiro na Índia há três anos e se espalhou pelo mundo. Ele também foi encontrado em bacilos da cólera e da disenteria.

O MRSA, estafilococo áureo resistente à meticilina, é uma superbactéria que, segundo estimativas, sozinha mata 19 mil pessoas a cada ano nos Estados Unidos - muito mais do que o HIV e a Aids.

A OMS aproveitou o Dia Mundial da Saúde, nesta quinta-feira, para lançar sua política intitulada "Vamos combater a resistência aos remédios. Se não atuarmos hoje, não teremos uma cura amanhã."

Nos EUA, a FDA (Administração de Drogas e Alimentos), órgão regulador nacional do setor da saúde, afirmou que vai baixar alguns processos de aprovação de medicamentos para combater o crescente problema das doenças resistentes a antibióticos.

A responsável pela FDA, Margaret Hamburg, defendeu o desenvolvimento de novas vacinas que possam reduzir a necessidade de mais antibióticos.

Há também a necessidade de testes rápidos para diagnóstico, que possam detector a natureza das infecções, a necessidade de antibióticos específicos e o padrão futuro de resistência aos antibióticos, disse ela.

De acordo com a Sociedade de Doenças Infecciosas dos EUA, as companhias GlaxoSmithKline Plc e AstraZeneca Plc são os dois únicos laboratórios fabricantes de medicamentos com forte presença em pesquisa e desenvolvimento de antibióticos.

Cientistas do órgão regulador da saúde nos EUA estão estudando áreas específicas como complicações por infecções no trato urinário e graves infecções bacterianas para orientar a indústria sobre como realizar novas pesquisas de drogas, disse Hamburg. O órgão espera concluir esse trabalho até o início de 2012.

(Reportagem de Manuel Mogato em Manila e Esha Dey em Washington)

Retina é produzida com células-tronco Retina is produced with stem cells

Linhagem obtida de embrião de camundongo gera membrana ocular in vitro; estudo pode permitir transplantes do tecido no futuro
Lineage obtained from mouse embryo generates ocular membrane in vitro; study may allow tissue transplants in the future

Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo
Cientistas japoneses conseguiram produzir retinas sintéticas in vitro utilizando células-tronco embrionárias (CTEs) de camundongo. É a primeira vez que as CTEs dão origem a uma estrutura tão complexa em testes de laboratório.

                                                                               Retina sintética criada in vitro     EFE

As células-tronco embrionárias podem, em tese, transformar-se em qualquer tecido do organismo. Por isso, são consideradas uma fonte promissora de terapias regenerativas.

Em no máximo dois anos, os autores do estudo, publicado na última edição da revista Nature, planejam adaptar a técnica para CTEs humanas e células de pluripotência induzida (iPS, na sigla em inglês). As iPS são células adultas reprogramadas para se comportar como CTEs.

Diversas doenças provocam a degeneração da retina e, como consequência, a cegueira. Os cientistas acreditam que células obtidas em sistemas in vitro poderão ser transplantadas em retinas doentes para restaurar o tecido danificado (mais informações nesta página).

video Vídeo mostra crescimento das células-tronco
http://www.guardian.co.uk/science/video/2011/apr/06/stem-cells-eye-structure-video

"É surpreendente", afirma Claudia Batista, neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em células-tronco. Ela explica que os pesquisadores japoneses utilizaram uma subcolônia de CTEs já predisposta a se diferenciar em células neuronais que dariam origem à retina.

De fato, os autores do trabalho não precisaram de protocolos complexos para induzir a transformação das células-tronco no cálice óptico. Simplesmente, dispuseram-nas em meios de cultura que permitiam sua livre organização no espaço, aponta Lygia da Veiga Pereira, chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (Lance), da USP. As células carregavam em si o dinamismo necessário para realizar a transformação. "O trabalho mostrou que não foram necessárias interações com tecidos adjacentes", afirma Lygia.

Debate. Segundo Yoshiki Sasai, do Centro Riken de Biologia do Desenvolvimento, em Kobe, no Japão, o grupo preferirá utilizar CTEs, em vez de iPS, em possíveis terapias de doenças da retina. "Há poucas chances de rejeição na retina", avalia o cientista japonês. "Por isso, consideramos mais apropriada a utilização de tecidos obtidos de CTEs."

Lygia considera sensata a escolha. Ela acredita que seria economicamente inviável utilizar iPS personalizadas para cada paciente. "O processo para induzir a pluripotência das células e garantir sua segurança é demorado, trabalhoso e caro", aponta. Ela se diz surpresa com a rapidez com que surgiram esperanças terapêuticas concretas. No ano passado, a empresa Geron anunciou o início dos testes clínicos de uma droga para tratar paraplegia baseada em CTEs.

Claudia afirma que os recentes avanços não alteram as objeções ao uso de CTEs. "Não há nenhum marco biológico que justifique um estatuto diferente para o embrião. O único marco é a fecundação. Depois dela, é o processo contínuo do desenvolvimento de uma pessoa." Ela advoga a necessidade de se esperar mais um pouco - e de se investir mais dinheiro - para que se estabeleçam técnicas que permitam a retirada de células-tronco embrionárias sem a destruição do embrião. "Já é possível, mas ainda não conseguimos garantir a segurança", pondera.

Água potável indiana contém gene ligado a bactéria resistente Indian drinking water containing gene linked to resistant bacteria

DA EFE

Análise de amostras de água potável de Nova Délhi, na Índia, revela a presença do gene NDM-1, que afeta as bactérias e as torna altamente resistentes à maioria dos antibióticos.

A notícia, publicada na última edição da revista "The Lancet" em um suplemento sobre doenças infecciosas, alude à necessidade urgente de uma ação global diante da proliferação mundial do NDM-1.

O governo indiano condenou a publicação do estudo nesta quinta-feira e emitiu um comunicado dizendo que o gene NDM-1 "não é um problema significativo no país".

Uma autoridade informou que as bactérias podem ser encontradas no ambiente de qualquer país e ressaltou que a Índia iniciará programas de investigação a longo prazo e tomará as ações apropriadas para combater o NDM-1.

"O potencial de proliferação é real e não deveria ser ignorado", adverte Mohd Shahid, do hospital Jawaharlal Nehru, na Índia, em um comentário que acompanha o estudo dirigido pelo professor Timothy Walsh, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido.

EM TORNEIRAS E PISCINAS

Os pesquisadores dirigidos por Walsh recolheram amostras de água potável da torneira e de água suja que se acumula em piscinas em um raio de 12 quilômetros em torno do centro de Nova Délhi, e encontraram o gene NDM-1 em duas das 50 amostras de água potável e em 51 das 171 amostras das piscinas.

Também descobriram diversos tipos de bactérias contaminadas pela enzima do gene que as torna mais resistentes aos antibióticos, entre elas a Shigella boydii e a Vibrio cholerae, causadoras da disenteria e da cólera, respectivamente.

A temperatura "ideal" em que o NDM-1 se transmite de uma bactéria para outra está acima dos 30 graus centígrados, condição que se reproduz facilmente na Índia durante sete meses do ano, especialmente na época das monções.

"Neste período se produzem inundações e os esgotos transbordam, o que poderia disseminar as bactérias resistentes", advertem os especialistas.

"A transmissão da bactéria por via fecal e oral é um problema global, mas seu risco varia de acordo com os padrões de higiene", acrescentaram os pesquisadores, que ressaltaram sua preocupação pela situação na Índia. O país tem pelo menos 650 milhões de cidadãos sem acesso a água potável ou a um vaso sanitário.

"A vigilância internacional destas bactérias resistentes (...) há de ser uma prioridade, especialmente no Paquistão e em Bangladesh, já que o problema pode chegar a estes países", concluíram.