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sexta-feira, 15 de abril de 2011

O médico que achou a "cura" na lanchonete The doctor who found the "cure" in the cafeteria

Moura se apaixonou pelo açaí e encontrou nele potencial terapêutico para hipertensão e enfisema pulmonar
Moura fell in love with acai and found it therapeutic potential for hypertension and pulmonary emphysema

Na lanchonete próxima à sua casa, no Rio de Janeiro, o médico Roberto Soares de Moura, encontrou uma nova linha de pesquisa. Congelado e adorado pelos surfistas cariocas, o açaí conquistou o pesquisador não pelo sabor e, sim, pelo potencial terapêutico.

“Uma fruta brasileira, não tóxica e muito consumida, e mesmo assim tão pouco pesquisada. Resolvi investir”, lembra ele agora, quase três anos após o primeiro encontro, e já com uma coleção de evidências sobre a utilização medicinal do produto vendido em quase toda esquina do Brasil.

O profissional especializado em farmacologia deu o pontapé em seu projeto com polpas congeladas de açaí, compradas na lanchonete perto de sua residência.

“No laboratório, encontrei dados bem contundentes de que a fruta poderia ser um anti-hipertensivo eficiente. Lembrei de um ex-aluno que morava em Belém e pedi que ele enviasse frutas in natura para mim. Meu passo seguinte foi desvendar o açaí inteiro. Da casca ao caroço.”

Moura sempre foi interessado em plantas medicinais e já estava habituado em encontrar aliados da saúde nas feiras e supermercados. Sua primeira experiência, nos anos 90, foi com a uva. Agora era a vez do açaí. Com auxílio das ferramentas laboratoriais, chegou a extratos concentrados retirados, separadamente, de casca, polpa e caroço.

Para uma população de camundongos diabéticos, hipertensos e obesos ofereceu os três compostos. Para sua surpresa, foi a substância extraída do caroço que mais deu resultados positivos. Rico em polifenóis e óxidos nítricos, o pó de açaí teve ação vasodilatadora, diminuiu o colesterol e controlou o diabetes dos animais pesquisados, comparado aos ratos também doentes que não receberam o composto.

Cigarro e curativo

Os achados do médico Roberto Soares de Moura foram publicados e a proposta dele é se aproximar da indústria farmacêutica para elaborar medicamentos à base de açaí.

“Já tinha atestado que o açaí tem propriedades antiinflamatórias e antioxidantes. Fui pesquisar se esta combinação poderia ser eficiente contra a fumaça do cigarro”, diz ele sem esconder o orgulho da ousadia do projeto. Mais uma vez, os ratos foram escalados para ajudá-lo.

Para um grupo de animais, ele ofereceu a fumaça de cigarros comuns. Para outra turma, a fumaça do tabaco foi misturada ao composto de açaí. Os animais que “fumaram” o bastão de açaí “tinham menos lesões pulmonares, tiveram os alvéolos mais preservados e tiveram menos registros de enfisema pulmonar”, diz o professor. O foco de pesquisa agora é testar a possibilidade de fazer uma pomada com a fruta, com o intuito de ser cicatrizante. As pesquisas continuam a todo vapor.

Pesquisar e não tomar

Apesar do entusiasmo com a fruta conhecida na esquina de sua casa, professor Roberto Soares de Moura diz que “não há nenhuma evidência de que comer a fruta ou o creme” vai trazer os resultados tão promissores como os atestados nos ratos.


“O que testei foram extratos em pó muito concentrados”, diz. Ele está satisfeito mas reforça: “atenção fumantes, não adianta tomar açaí depois. Cigarro nunca é bom”, aconselha.

http://saude.ig.com.br/minhasaude/historiasdemedico/o+medico+que+achou+a+cura+na+lanchonete/n1237999293668.html

Dispositivo diminui erro na administração de medicamentos Device reduces errors in medication administration

por Saúde Business Web
14/04/2011

Ferramenta é acionada no momento em que o médico gera a prescrição
Tool is activated when the physician generates a prescription

A MV - empresa de gestão de saúde - homologou recentemente um dos PDAs da Honeywell Scanning & Mobility, o Dolphin 9700hc. O equipamento é voltado para a administração de medicamentos em clínicas e hospitais.

A tecnologia é acionada no momento em que o médico gera a prescrição. Em seguida, é enviada uma solicitação ao estoque de medicamentos do hospital diretamente no Dolphin 9700hc. A demanda é identificada por meio de um código de barra que também aponta o lote e a validade do produto.

Ao administrar o remédio, o profissional pode confirmar a prescrição e o horário a ser ministrado na beira do leito, pois o paciente tem uma pulseira codificada, com todas as suas informações. Se o remédio não for prescrito, o dispositivo informa o engano ao profissional.

A empresa afirma que a solução também proporciona segurança para o hospital, uma vez que impede o desvio de medicamentos e possibilita que todos os itens sejam cobrados adequadamente. Isso porque quando o enfermeiro lança a medicação do PDA e faz a checagem no leito, o sistema lança, simultaneamente, a cobrança na conta corrente do paciente.

O dispositivo resiste aos efeitos nocivos dos produtos desinfetantes utilizados diariamente nos recintos hospitalares, já que possui revestimento para pronta esterilização.

http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=77407

A eficiência na utilização de leitos hospitalares

Certamente, nos dias de hoje, a eficiência dos ativos é um dos principais desafios e pilares de sobrevivência e sucesso das instituições modernas. E tratando-se de ativo, não podemos nos esquecer do gerenciamento efetivo dos leitos hospitalares.

Otimizar a produção dos leitos, através de uma maior rotatividade de pacientes e redução dos custos fixos, é sem dúvida, o cenário ideal objetivado por quase todas as instituições hospitalares. Porém, a grande dificuldade é saber qual a estratégia para alcançar este resultado, já que as instituições vivenciam um período de disputa acirrada no mercado de saúde.

Há pouco mais de 5 anos existiam aproximadamente 45 milhões de segurados em planos de saúde, e hoje este número praticamente alcança 37 milhões, ou seja, a redução de segurados impulsiona a competitividade no mercado de saúde, fazendo com que as instituições hospitalares busquem por melhorias constantes, como forma de destaque e possível escolha do paciente.

O número de leitos disponibilizados é um fator importante de sobrevivência no mercado, já que hospitais de pequeno porte e com deficiência na gestão de leitos, não conseguem absorver a demanda de pacientes, tampouco atender todas as especialidades necessárias para o tratamento completo do paciente. No Brasil, 70% dos hospitais possuem de 50 a 100 leitos. Estima-se que a estrutura ideal economicamente seja em torno de 200 leitos. Desta forma, as portas de entrada do hospital se tornam rapidamente permeáveis e os recursos estruturais bem aproveitados, sem esperas importantes por vagas, desde que bem gerenciados e com demanda de mercado.

Nos últimos anos, muitas instituições ampliaram sua estrutura para reduzir o tempo de espera por vagas, o que impactava diretamente na imagem do hospital e fazia com que os pacientes não retornassem em um próximo momento. Entretanto, apenas a ampliação dos leitos ofertados, não garante o sucesso da operação, pois incrementam ainda mais os custos e não dinamizam o atendimento, no médio e longo prazo.

A grande dificuldade encontrada pelos hospitais para gerenciar seus leitos se dá pela dificuldade da mudança cultural, sendo necessária para alinhamento dos processos e otimização dos recursos. É preciso equilibrar os interesses de todas as áreas envolvidas, como corpo clínico, enfermagem, hotelaria, manutenção, administração e o próprio paciente, para que os objetivos estratégicos sejam alcançados.

A gestão de leitos eficiente traz embasamento para que o resultado da produção planejado seja alcançado, por isso é tão importante como a formulação da estratégia. O primeiro passo para a implantação de uma gestão eficiente é saber exatamente qual é o negócio do hospital e como funciona cada setor. Em segundo, é entender qual o público atual e futuro, alinhado aos objetivos estratégicos. É muito importante analisar se a estrutura suporta a demanda e se são necessários ajustes em tipos de acomodações, ou se há possibilidade de negociações comerciais. Com isto, a instituição poderá analisar quais as fragilidades de seus processos, que geram tempo de espera alongado para internação, falta de vagas, atrasos nas cirurgias e outros. Sendo assim, a instituição poderá estruturar ações para correção destas fragilidades, resultando em maior ocupação dos leitos e maior rotatividade dos mesmos.

Não basta somente encontrar as fragilidades dos processos. É necessário agir e também medir. A gestão do hospital deve ter o controle da movimentação dos leitos e esta é a melhor forma para acompanhar os resultados e identificar rapidamente o foco para as próximas ações. Não se pode controlar o que não se mede, da mesma forma que é impossível gerenciar o quê não se controla. Como dito anteriormente, a gestão de leitos é uma cultura necessária e tão logo existe a mensuração, tão logo os resultados melhoram.

Colaboradora: Fátima Pinho

Anvisa adia prazo para que farmácias iniciem registro de antibióticos em sistema nacional

por Agência Brasil|repórter Carolina Pimentel

14/04/2011

A suspensão foi feita porque a diretoria da agência reguladora irá discutir alguns ajustes na norma de venda dos remédios

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu o prazo para que as farmácias iniciassem o registro da venda de antibióticos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. O prazo deveria encerrar-se no dia 25 deste mês.


A diretoria da agência reguladora decidiu suspender o prazo porque ainda irá discutir alguns ajustes na norma que tornou mais rígida a venda de antibióticos no país, válida desde outubro do ano passado.


Para comprar o remédio, o paciente precisa apresentar duas vias da receita médica, sendo que uma fica retida na farmácia.

 
A Anvisa também anunciou que vai promover um debate com especialistas internacionais sobre o uso de remédios emagrecedores. A agência quer banir a venda de remédios à base de sibutramina e de anfetamina (anfepramona, mazindol e o Femproporex), usados em tratamentos para perda de peso.

 
A Vigilância Sanitária argumenta que o uso dessas substâncias aumenta o risco de problemas cardíacos e do sistema nervoso, citando pesquisas feitas em outros países. Um dos estudos constatou que apenas 30% dos pacientes tratados com sibutramina tiveram redução de peso num período de três meses e apresentaram mais chances de sofrer derrame ou infarto.


Os especialistas brasileiros em obesidade são contrários à proposta. Em uma audiência pública promovida pela Anvisa há dois meses, os médicos alegaram que a retirada desses medicamentos do mercado poderá deixar pacientes sem alternativa de tratamento. Eles defendem fiscalização da venda do remédio, mas não a proibição.

 
Diante da polêmica, a agência disse não ter data para tomar a decisão final. A sibutramina, vendida no Brasil desde 2005, é proibida na Europa, no Canadá e nos Estados Unidos.

 

ANS ajustará lei de plano para demitidos e aposentados

por Saúde Business Web

14/04/2011

Devido às demandas recebidas pela ANS, foi constatada a necessidade de reavaliar a definição e elaborar nova regulamentação sobre o tema

Na próxima semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) irá iniciar uma consulta pública sobre a proposta de regulamentação dos artigos presentes na Lei 9656/98, que se referem ao direito de permanecer no plano de saúde, após a aposentadoria ou demissão sem justa causa.

Esses artigos já estão regulamentados. No entanto, devido às demandas recebidas pela ANS, foi constatada a necessidade de reavaliar a definição de alguns conceitos e elaborar nova regulamentação sobre o tema.

A lei garante aos ex-empregados demitidos ou exonerados sem justa causa e aos aposentados que contribuem com o pagamento de seus planos de saúde o direito de manutenção da condição de beneficiários, nas mesmas condições de cobertura assistencial que possuíam durante a vigência do contrato de trabalho. Desde que assumam o seu pagamento integral.

Discussão

Foram realizadas quatro reuniões, no período de julho a outubro de 2010, para debater os pontos que deveriam ser abordados pela Resolução Normativa. E contaram com a presença de representantes de operadoras de planos de saúde, empregadores e consumidores.

Entre os pontos que não estavam de acordo das Resoluções CONSU 20 e 21, que precisavam de análise e definição para assegurar a efetividade das garantias previstas nos artigos 30 e 31 da Lei 9.656/98, destacam-se:

1 - a definição de "contribuição" que torna os beneficiários demitidos ou aposentados elegíveis às garantias da lei;

2 - a definição da expressão "mesmas condições de cobertura assistencial" prevista no caput dos artigos 30 e 31 da lei;

3 - as condições de reajuste, preço, faixa etária e fator moderador nos planos durante o gozo dos benefícios assegurados nos referidos artigos;

4 - a garantia de oferecimento do benefício previsto no artigo 31 da Lei 9.656/98 ao beneficiário aposentado que continua trabalhando na mesma empresa;

5 - o pagamento da mensalidade dos demitidos ou aposentados nos planos em pós-pagamento;

6 - a aplicabilidade dos artigos 30 e 31 aos planos anteriores à Lei 9656/98;

7 - a contagem do tempo de contribuição para fins do disposto nos artigos 30 e 31 não depende de o empregador permanecer com a mesma operadora ao longo do tempo; e

8 - as condições de portabilidade de carências para os demitidos ou aposentados após o término do período de manutenção da condição de beneficiário garantida nos artigos 30 e 31 da Lei 9656/98.

IBM faz servidor ficar mais rápido para área de saúde IBM makes server becomes faster for health care

por McDougall InformationWeek EUA

14/04/2011

Empresa reforça linha Power 7 com atualizações que adicionam mais potência para o servidor campeão do Jeopardy
Power company reinforces line 7 with updates that add more power to the server Jeopardy champion

A IBM reforçou nesta semana sua linha Power 7 com atualizações que adicionam mais potência para o servidor campeão do Jeopardy. O Power 750 Express, o mesmo sistema que venceu uma série de oponentes no popular programa de televisão norte-americano - dando sinais do poder da inteligência artificial -, agora possui um processador mais rápido para as indústrias verticais como saúde, serviços financeiros ou pesquisa científica e desenvolvimento.

A Universidade de Massachusetts, em Dartmouth (Estados Unidos), está usando o sistema para estudar buracos negros. "Estamos processando bilhões de cálculos intensos com base na teoria da relatividade de Einstein no Power 7", afirmou o professor Gaurav Khanna. "Cálculos que levavam meses para serem concluídos, agora são finalizados em menos de uma semana".

A IBM cita dados da Standard Performance Evaluation Corporation, que mostra a nova arquitetura Power 7 32-core que é três vezes mais rápida do que os sistemas comparáveis da Oracle e duplica a velocidade do servidor Integrity da HP, o Integrity BL890c i2.

A empresa lançou sua linha de servidores Power 7 no ano passado. O Power 780, Power 770 e o Power 755 são sistemas corporativos, enquanto o Power 750 Express é voltado para clientes que não precisam da capacidade dos modelos de alta tecnologia.

Todos são baseados no novo processador Power 7. O resultado é que o chip do Power 7 pode executar 32 tarefas simultâneas, graças a uma arquitetura 8-core e quatro núcleos virtuais, ou threads por núcleo. Isso é quatro vezes o número máximo encontrado nos sistemas Power 6 e oito vezes o número de threads.

Também possui o modo TurboCore para banco de dados e ambientes transacionais, como o Wall Street.

O TurboCore desloca os recursos dos núcleos não ativos para os ativos, para aumentar a memória, largura de banda e velocidade de clock. A tecnologia "Intelligent Threads" do Power 7 também permite alocação dinâmica de recursos de acordo com as cargas de trabalho, enquanto a Memory Expansion utiliza a tecnologia de compressão duas vezes maior da quantidade de memória física disponível para um aplicativo.

(Tradução: Alba Milena| Edição: Adriele Marchesini)

Bradesco Saúde lança portal interativo para clientes

por Saúde Business Web

14/04/2011

Site contém relação completa de hospitais, clínicas e médicos referenciados

A Bradesco Saúde lançou novo portal na internet com relação completa de hospitais, clínicas e médicos referenciados. O clientes podem acompanhar o status e liberações de reembolsos de despesas médicas, bem como todos os detalhes do plano de saúde contratado.

Na página do Programa Juntos pela Saúde é possível encontrar testes virtuais de tabagismo, alcoolismo, obesidade e avaliações virtuais de risco cardiovascular e nutricional. Há também cartilhas de prevenção para download, com informações sobre câncer, pressão alta, doenças infecciosas, hábitos alimentares, estresse, postura, sexo seguro, entre outras. Outro destaque são os calendários de vacinação para crianças, adultos e idosos e os informativos especiais para gestantes e idosos.

O novo portal também facilita o acesso rápido via celular. O segurado pode localizar a rede referenciada pelo Google Maps, acessar as informações onde quer que esteja por meio do serviço WAP e acompanhar todo o processo de reembolso das suas despesas médicas via SMS e e-mail.

Unimed anuncia hospital de R$ 40 mi em Ribeirão Preto

por Saúde Business Web

14/04/2011

Intenção é erguer o centro de saúde por etapas em um terreno de 22 mil metros quadrados em cinco anos

A Unimed de Ribeirão Preto anunciou um investimento de R$ 40 milhões na construção de um hospital próprio. A intenção é erguer o centro de saúde por etapas em um terreno de 22 mil metros quadrados. A expectativa é que a construção do espaço seja completada em cinco anos.

O atendimento começará em dois anos, porém, a obra será entregue por etapas. O terreno foi adquirido em agosto de 2008, mas a construção só foi definida na segunda quinzena de março, quando os cooperados da Unimed Ribeirão aprovaram, em Assembleia Geral, a construção de um hospital próprio, uma reivindicação antiga de grande parte do corpo associativo. Tanto que a construção foi aprovada em clima cordial por 99,33% dos médicos presentes na Assembleia.

Etapas

A intenção da Unimed Ribeirão é construir o hospital por etapas, e os atendimentos serão iniciados no fim da primeira parte da construção. A primeira etapa tem um tempo estimado para a execução de 24 meses e contará com uma área construída de 13 mil metros quadrados. A expectativa, com o fim dessa parte da obra, é que seja possível realizar no hospital os serviços de pronto atendimento e de urgência e emergência, além do serviço de diagnóstico por imagem, exames gráficos, serviço de oncologia, laboratório, fisioterapia e reabilitação.

Também estão previstos a inauguração de 80 leitos de internação, 20 leitos de UTI e 10 salas cirúrgicas. Já na segunda etapa das obras será construída outra unidade de internação e a sede administrativa. A última etapa do empreendimento será a construção de um Medical Center. Juntas, as três etapas do projeto prevêem uma área construída de 23,8 mil metros quadrados, além de um estacionamento para 600 vagas.

Parcerias

Apesar da construção do hospital próprio, a Unimed não pretende cancelar os contratos com atuais prestadores de serviços. Segundo a diretoria da instituição, o Hospital é para ampliar a capacidade de atendimento.

Presidente da Beneficência Portuguesa é reeleito

por Saúde Business Web

14/04/2011

Rubens Ermírio de Moraes vai gerir a entidade até 2013

O empresário Rubens Ermírio de Moraes foi reeleito presidente da Diretoria Administrativa da Beneficência Portuguesa de São Paulo para o período de 2011-2013. Em assembleia realizada na quarta-feira, 06 de abril, os associados aprovaram, por unanimidade, o nome do executivo que está à frente da instituição desde 2009.

Rubens responde pela gestão dos hospitais São Joaquim e São José, que juntos formam um dos maiores complexos hospitalares da América Latina.

A Beneficência Portuguesa de São Paulo é um dos maiores complexos hospitalares privados da América Latina, com alcance de atendimento de 1,5 milhão de pessoas por ano.

Marinha abre 95 vagas para a área da saúde Navy opens 95 slots for the health in Brazil

por Saúde Business Web

14/04/2011

Os cargos são direcionados à pessoas com nível superior e engloba diferentes especialidades

A Marinha anunciou edital de concurso com 95 vagas para ingresso ao Corpo de Bombeiros. Do total, 27 são destinadas exclusivamente aos candidatos do sexo masculino.

Para participar, é necessário ter nível superior nas áreas de anestesiologia, cardiologia, cirurgia cardiovascular, cirurgia geral, cirurgia plástica, clínica médica, coloproctologia, dermatologia, gastroenterologia, geriatria, ginecologia e geriatria, ginecologia e obstetrícia, infectologia, medicina intensiva, medicina legal, neurologia, ortopedia e traumatologia, pediatria, pneumologia, psiquiatria e radiologia, no caso de médicos; cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, dentística, endodontia, implantodontia, odontopediatria, ortodontia, periodontia e prótese dentária, no caso de cirurgiões dentistas; e enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e psicologia, no quadro de apoio de saúde.

Além disso, é necessário que o interessado tenha menos de 36 anos de idade no 1º dia do mês de janeiro de 2012.

As inscrições poderão ser realizadas no Site da Marinha, entre 8h do dia 18 de abril e as 23h59 do dia 16 de maio. As inscrições poderão ser realizadas ainda nos dias úteis, das 8h30 às 16h30, nas organizações da Marinha listadas no edital. A taxa é de R$ 62,00.

A seleção inicial terá prova escrita objetiva de conhecimentos profissionais, prova de expressão escrita, seleção psicofísica, teste de suficiência física, verificação de dados biográficos - fase preliminar, prova de títulos e prova prático-oral de conhecimentos profissionais, apenas para cirurgiões-dentistas.

A prova escrita objetiva e prova de expressão escrita estão marcadas para o dia 3 de julho.



Quando quem decide não é o médico; nem mesmo o paciente Who decides when it is not the doctor, not even the patient

Prof. Dr. Pedro Puech*

14/04/2011

Especialista questiona resolução que orienta os médicos a não prescreverem OPMEs. Para ele, medida afeta o profissional e também o usuário

O Conselho Federal de Medicina (CFM), órgão que possui atribuições constitucionais de fiscalização e normatização da prática médica, publicou, em 25 de outubro de 2010, a Resolução CFM n° 1.956/2010, que orienta os médicos a não prescreverem próteses, órteses e outros materiais implantáveis pelo nome comercial. O profissional deve apenas "determinar as características (tipo, matéria-prima, dimensões), bem como o instrumental compatível, necessárias e adequadas à execução do procedimento", sendo "vedado ao médico assistente requisitante exigir fornecedor ou marca comercial exclusivos".

Esta medida, segundo o CFM, visa evitar acordos entre médicos e fabricantes de tais produtos, o que pode fazer sentido se considerarmos que há bons e maus profissionais em qualquer área, inclusive na classe médica. Entretanto, em minha opinião, quando se fala em reduzir o poder de decisão de alguém que tem conhecimento técnico e lida diretamente com a vida das pessoas, alguns aspectos devem ser analisados:

A marca, independente do produto em questão, é um atestado de qualidade e confere uma relação de confiança com o consumidor. Ela orienta nossas decisões de compra de eletrodomésticos, automóveis, telefone e tudo o que consumimos, porque pressupõe uma história e serve como indício de que aquilo que estamos comprando foi feito por alguém ou por uma empresa que construiu seu nome ao longo do tempo. Claro que há casos em que uma marca reconhecida pode oferecer produtos ou serviços de qualidade inferior, mas isso só faz deteriorar a própria marca, pois quebra a relação de confiança.

Quando o assunto é a escolha de próteses, órteses e materiais especiais implantáveis, não é diferente. E um fator a mais deve ser considerado: de quantas próteses um paciente vai precisar durante sua vida? Uma, talvez duas, o que significa que uma escolha inadequada terá consequências muito mais sérias se compararmos à aquisição de outros tipos de bens ou produtos. Assim como servem de referência ao paciente, as marcas também conferem credibilidade e confiança para embasar a decisão dos médicos.

Sem a determinação da marca, os planos de saúde terão mais chances de vetar a aprovação do uso de materiais mais caros, que geralmente são os mais recentes e os que oferecem os melhores resultados. Qual médico não optaria por oferecer a possibilidade de uma recuperação mais rápida ou de uma cirurgia menos invasiva, diminuindo o sofrimento de seu paciente? Vale lembrar que estamos falando sobre procedimentos médicos que muitas vezes oferecem risco de morte, como a colocação de válvulas cardíacas, além de situações que podem afetar seriamente a qualidade de vida de uma pessoa, como a implantação de uma prótese na perna ou na mama.

A Resolução prevê a possibilidade de o médico rejeitar um produto que considere inadequado, e neste caso, deve notificar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e indicar pelo menos três marcas ao plano de saúde ou ao gestor da saúde pública. Se mesmo assim ainda houver divergência, pode recorrer a um árbitro - um especialista da área que tem até cinco dias úteis para se pronunciar.
Com isso, a burocracia bate à porta do consultório e afeta não só o profissional como também o paciente, pois ambos ficam nas mãos dos planos de saúde, que ganham o poder de decidir qual produto será utilizado, muitas vezes considerando apenas o aspecto financeiro.

Assim, na realidade, houve uma troca do decisor: ao invés de um profissional que estudou no mínimo oito anos, deixamos nas mãos de uma empresa, que como qualquer outra, busca reduzir custos para lucrar mais. Do jeito que as coisas caminham, em breve nem mesmo o médico poderá ser escolhido pelo nome que, em última instância, é a marca do profissional.

Os pacientes terão que descrever apenas as características de quem procuram. Imagine: Ginecologista, que tenha consultório na zona sul, que atenda no período da manhã, que não atrase mais que 15 minutos, e com mais de cinco anos de prática. E o plano de saúde irá dizer a qual médico o paciente deve confiar sua saúde.

*Prof. Dr. Pedro Puech Leão é professor titular de Cirurgia Vascular e Endovascular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Hospital Brasil terá mais R$ 15 mi para ampliação

por Saúde Business Web

14/04/2011

População contará com PS infantil, consultórios de ortopedia, posto de coleta de análises clínicas e ambulatório de psiquiatria

A rede D"Or, grupo de saúde privada carioca, deu ontem o primeiro passo na expansão estrutural do Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André. A partir de agora, os usuários do complexo terão quatro novas áreas de atendimento. Com investimento de R$ 10 milhões (na compra de equipamentos e obras), a população contará com um pronto-socorro infantil, consultórios de ortopedia, posto de coleta de análises clínicas e ambulatório de psiquiatria e cirurgia plástica. As informações são do Diário do Grande ABC.

A instituição contratou 50 profissionais da área da Saúde. Para o segundo semestre está prevista reformas nas alas da maternidade, centro de diagnósticos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal e adulta.

As novas instalações junto aos investimentos que estão previstos para o segundo semestre somam total de R$ 25 milhões.

Prazo

Na segunda-feira (18) o posto de coleta de análises clínicas e o ambulatório de psiquiatria/cirurgia plástica já estarão em funcionamento.
Já o pronto-socorro infantil e a área de ortopedia iniciam os atendimentos na outra semana, a partir do dia 25, segundo o diretor técnico do hospital.

Grupo responde por três centros médicos da região

A rede D""Or chegou ao Estado de São Paulo ao adquirir, em abril, o Hospital Brasil, em Santo André. Em seguida, foram comprados os hospitais São Luiz e o Assunção, situados em São Paulo e São Bernardo, respectivamente. E está em construção unidade da bandeira São Luiz em São Caetano.

O grupo carioca é detentor de 20 unidades hospitalares no País - sendo que sete complexos estão localizados no Rio de Janeiro.
Em São Bernardo ocorrem obras de modernização da fachada, compra de equipamentos e ampliação de alas.

Laboratórios passam por certificação e treinamento Laboratories undergo training and certification

por Agência Brasil

14/04/2011

Intenção é melhorar sistema de qualidade e ampliar a competitividade da indústria nacional, segundo ABDI

O projeto de capacitação dos profissionais dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), que iniciou sua última etapa na última quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, vai melhorar o sistema de qualidade desses laboratórios e ampliar a competitividade da indústria nacional. A avaliação foi feita à Agência Brasil pela coordenadora do Departamento de Fármacos e Medicamentos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Cleila Pimenta.

Os técnicos dos Lacens estão sendo capacitados como parte do Projeto de Apoio à Inserção Internacional de Pequenas e Médias Empresas Brasileiras (PAIIPME), fruto de acordo de cooperação entre o Brasil e a União Europeia. O trabalho é uma iniciativa da ABDI, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até agora, já foram capacitados cerca de 170 profissionais.

Esse é o primeiro passo de um projeto mais amplo, de acreditação (sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços) dos laboratórios. O trabalho será desenvolvido pela ABDI, Anvisa e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). "Primeiro, a gente vai capacitar e ter um diagnóstico dos laboratórios quanto à ISO [norma internacional de qualidade] e, posteriormente, a gente vai traçar um novo plano para acreditação desses laboratórios, que fazem o monitoramento de produtos no mercado".

Cleila Pimenta explicou que a implantação do sistema ISO de qualidade nos laboratórios agiliza o processo de retirada de produtos fora de conformidade do mercado. "Você tem um laboratório confiável e qualificado, pronto para fazer esse tipo de análise. Assim, você viabiliza o controle do mercado com a ação dos Lacens".

A coordenadora informou que, indiretamente, o cidadão brasileiro será beneficiado pelo projeto que visa a implantar nos Lacens, a partir de agora, um sistema de gestão da qualidade. "Com isso, você pode confiar mais nos produtos que estão circulando, já que eles passam por um programa de monitoramento, de avaliação da qualidade".

Isso significa que os laboratórios poderão oferecer melhores serviços para a população, no que diz respeito ao monitoramento da qualidade de medicamentos, alimentos, produtos para a saúde, como próteses e órteses, água para hemodiálise e, inclusive, cosméticos, conforme destacou a especialista.

No caso do Rio de Janeiro especificamente, Cleila destacou a importância da melhoria da gestão da qualidade dos Lacens em relação aos alimentos, tendo em vista a realização de megaeventos esportivos no estado. "Nesse momento em que se pensa em Copa, em Olimpíadas, você ter um mercado que oferece produtos de qualidade é fundamental".

O programa de capacitação no Rio se estende até esta quinta-feira (14), beneficiando também profissionais das coordenações de vigilância sanitária da Região Sudeste. Em seguida, o projeto irá para o Sul, onde será desenvolvida a fase do projeto de avaliação do laboratório à norma internacional de qualidade ISO 17025, reconhecida internacionalmente para sistemas de gestão de qualidade de laboratórios.

Pesquisadores descobrem de que forma o sal aumenta a pressão sanguínea Researchers discover how salt increases blood pressure

Pessoas sensíveis ao sal controlam melhor a temperatura do corpo
Salt-sensitive people better control their body temperature

Cientistas americanos descobriram de que forma que o sal altera a pressão sanguínea do corpo. O estudo feito pela Case Western Reserve University e pela Universidade Estadual de Kent revelou que o consumo de sal torna mais difícil para o sistema cardiovascular equilibrar a pressão sanguínea e a temperatura corporal ao mesmo tempo.


O sistema cardiovascular é responsável por controlar a pressão sanguínea e também por ajudar a controlar a temperatura corporal. E essa tarefa se mostrou diferentes em dois grupos de pessoas: os “sensíveis”, que sofrem de pressão alta após consumo de sal, e os “resistentes”, que não aumentam a pressão.

Os pesquisadores avaliaram 22 homens saudáveis que não sofriam de pressão alta. Eles foram examinados em duas situações. Na primeira, beberam apenas água e, na segunda, consumiram sal e água.

Os cientistas, em seguida, avaliaram a pressão sanguínea, a temperatura do ânus, o volume de sangue bombeado pelo coração e a urina dos participantes. Esses testes foram feitos uma, duas e três horas depois de cada situação.

O estudo mostrou que a ingestão de sal e água abaixa a temperatura do corpo mais do que a ingestão apenas de água. Além disso, a temperatura corporal cai ainda mais em pessoas que são resistentes ao sal do que naquelas consideradas mais sensíveis, segundo um dos autores do estudo, Robert Blankfield.

- Isso mostra que os indivíduos sensíveis ao sal conseguem controlar a temperatura do corpo de forma mais eficiente que os resistentes, mas sofrem mais com pressão alta. Por outro lado, os resistentes controlam melhor a pressão sanguínea do que os demais.

Justiça garante tratamento em Cuba a seis pessoas Justice warrant treatment in Cuba to six people

Todo o tratamento será pago pelo governo brasileiro
All treatment will be paid by the Brazilian government

O STF (Supremo Tribunal Federal) garantiu a seis portadores de uma doença oftalmológica rara - a retinose pigmentar, que leva à perda progressiva da visão - o direito de fazer um tratamento em Cuba às custas do governo brasileiro União.

O STF começou a julgar o processo em 2008 e a votação foi interrompida duas vezes por pedidos de vista – para analisar o caso.

O debate foi centrado na discussão sobre se há ou não cura para a doença. É o que o explica o ministro Luiz Fux.

- Sou determinado na questão da esperança. Nunca acreditei na versão de que não havia cura. Eu entendo que, se eles são especialistas nisso, deve haver esperança.

Fenasaúde nega dar bônus para desestimular médicos a solicitar exames

ANS proibiu, nesta quarta-feira, operadoras de darem benefícios

Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que congrega 15 operadoras de planos de saúde, desconhece a prática de concessão de bônus ou outros meios para desestimular médicos na solicitação de exames complementares. Decisão da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), publicada nesta quarta-feira (13), impede essas empresas de pagar um bônus aos médicos que solicitam menos pedidos de exames a seus pacientes. A súmula prevê multa no valor de R$ 35 mil às operadoras que adotarem esse tipo de medida.

“A FenaSaúde [Federação Nacional de Saúde Suplementar], que representa 15 grupos de operadoras privadas de assistência à saúde, informa que suas afiliadas desconhecem a prática de inibição de procedimentos médicos que está sendo objeto da súmula da ANS”, diz nota da entidade, enviada à Agência Brasil.

Na súmula, a ANS diz que tomou a decisão diante do fato de que “algumas operadoras de planos privados de assistência à saúde vêm adotando política de remuneração de seus prestadores de serviços de saúde baseada em uma parcela fixa, acrescida ou não de uma parcela paga a título de bonificação” e que “a referida bonificação somente é paga aos prestadores de serviços de saúde que limitarem a determinado parâmetro estatístico de produtividade o volume de solicitações de exames e diagnósticos complementares”.

O vice-presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Aloísio Tibiriçá, aprovou a decisão da agência reguladora, que, segundo ele, reforça denúncias de interferência dos planos na autonomia médica.

- Saudamos a ANS por esse ato e queremos mais para que haja avanços na relação entre médicos e operadoras.

Caso os conselhos federal e regionais de medicina recebam denúncia de profissional que aceite o bônus, o caso é analisado e julgado pelos órgãos, segundo Tibiriçá.

Operação da polícia flagra irregularidades em alimentos e remédios de quatro hospitais do Rio Operation of the police busted irregularities in food and drugs from four hospitals in Rio

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Operação conjunta das delegacias do Consumidor e de Repressão a Crimes Contra a Saúde em seis hospitais da capital fluminense flagraram diversas irregularidades na alimentação servida aos pacientes e nos medicamentos estocados.

A situação mais grave, de acordo com a Polícia Civil, foi no Hospital Pediátrico Amiu, em Botafogo, na zona sul. Na cozinha havia carnes sem etiquetas de especificação do produto e, na farmácia, medicamentos com prazo de validade vencido. Os policiais também encontraram 12 embalagens de fios cirúrgicos vencidos desde dezembro de 2010. O farmacêutico do hospital foi preso em flagrante.

No Centro Pediátrico da Lagoa, no Jardim Botânico, também na zona sul, os agentes apreenderam dois pacotes de massa e uma lata de leite em pó também com data de validade vencida. No Hospital Pasteur, no Méier, zona norte, foram descobertos alimentos fora do prazo.

No Hospital Barra d’Or, na Barra da Tijuca, foram apreendidos produtos alimentícios sem etiquetas de identificação de origem e de validade. No hospital, a polícia apreendeu mais de 100 quilos de alimentos.

Os nutricionistas de quatro dos seis hospitais fiscalizados

Aparelho bioabsorvível para desobstruir artéria será testado no Brasil Bioabsorbable device to unclog the artery will be tested in Brazil

Os stents usados atualmente são feitos de metal e permanecem na artéria do paciente após a solução do problema
The stents used today are made of metal and remain in the patient's artery after the solution of the problem

Agência Brasil

SÃO PAULO - Um novo aparelho usado para desobstrução de artérias de pacientes com doenças cardiovasculares começará a ser testado no Brasil em duas ou três semanas. Trata-se de um novo tipo de stent, espécie de mola implantada dentro da artéria do doente para liberar o fluxo de sangue. A diferença é que o novo stent é feito de um material bioabsorvível, ou seja, é absorvido pelo organismo do paciente anos depois de sua implantação e solução do problema cardíaco. Os stents usados atualmente são feitos de metal e permanecem na artéria do paciente.

A nova tecnologia é uma das inovações apresentadas no Encontro Global de Inovações em Intervenções, que reúne, em São Paulo, cardiologistas de vários países. Eles são especialistas em tratamentos que envolvem cirurgias, geralmente, utilizando cateteres implantados em pessoas com problemas cardiovasculares.

O médico Fausto Feres, chefe do Departamento de Cardiologia Invasiva do Instituto Dante Pazzanese, é um dos participantes do evento. Segundo ele, a nova tecnologia de stents é importante porque pode minimizar efeitos colaterais do uso do aparelho, como inflamações. "Os stents são colocados, promovem a abertura da artéria e, um ano ou dois após o implante, eles são absorvidos", explicou Feres. "A obstrução não acontece mais e reduzem-se os casos de inflamação."

Feres disse que o novo stent já está sendo usado na Europa, mas, no Brasil, ainda precisa passar por testes para ser aprovado. Isso, entretanto, não deve acontecer em menos de um ano. "Normalmente, após os estudos clínicos, isso demora um ano ou dois anos para chegar à população", afirmou.

O médico Carlos Pedra, chefe da Seção Médica de Intervenções em Cardiopatias Congênitas do mesmo instituto, afirmou que outras inovações interessantes estão sendo debatidas no seminário. Entre elas, novas próteses para substituir válvulas do coração e outros aparelhos mais modernas para tratamento de problemas cardíacos de crianças.

Segundo Pedra, as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no país. Por isso, é necessária o desenvolvimento de novas técnicas de tratamento, principalmente, aquelas que permitem a solução de problemas sem a necessidade de cirurgias invasivas.

"O paciente submetido à terapia por cateterismo se recupera mais rápido, fica menos tempo no hospital, volta mais rápido para o trabalho, a família fica mais contente", disse o médico sobre as vantagens das pequenas cirurgias usando cateteres.

Feres ratificou as vantagens do cateterismo e das inovações no tratamento das doenças. Ele espera que os debates e os testes da novas tecnologias facilitem a incorporação dessas terapias no rol de procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Maior parte dos doadores de medula óssea no país é da Região Sudeste

De acordo com o Inca, 88% dos doadores têm menos de 45 anos e as mulheres representam 56% das pessoas cadastradas

Agência Brasil

BRASÍLIA - As mulheres e os cidadãos com menos de 45 anos de idade são os principais doadores voluntários de medula óssea no país. É o que mostra um levantamento feito pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) com base no cadastro dos 2 milhões de doadores voluntários. De acordo com o Inca, 88% dos doadores têm menos de 45 anos e as mulheres representam 56% das pessoas cadastradas.

O levantamento analisou também o número de doadores por região. O Sudeste lidera com 48% dos doadores . Em segundo lugar, fica a Região Sul com 25%, seguida pelo Nordeste com 14%. O Centro-Oeste e o Norte aparecem por último, com 8% e 5% dos doadores, respectivamente.

Apesar de o Sudeste estar em primeiro lugar, a tendência é diminuir a concentração de doadores na região. Há cinco anos, 57% dos doadores cadastrados estavam nos quatro estados do Sudeste - Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo -, segundo o instituto.

O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), administrado pelo Inca, é o terceiro maior banco de doadores do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos e da Alemanha.

O doador precisa ter de 18 a 55 anos de idade e boa saúde. Para se cadastrar, o interessado deve preencher um formulário e se submeter à coleta de uma amostra de sangue, que será testada. Se for constatada compatibilidade com algum paciente, é feita a doação, que consiste em um procedimento cirúrgico para a retirada da medula do interior de ossos da bacia, por meio de punções. A medula se recompõe 15 dias depois. Para se cadastrar como doador voluntário, o interessado deve procurar os hemocentros estaduais.

Mulher recebe indenização de hospital por sofrer risco de contaminação por HIV Woman gets compensation for suffering of hospital risk of HIV infection

Carolina Spillari, da Central de Notícias

São Paulo, 14 - O Hospital e Maternidade do município de Rancharia, no interior paulista, foi condenado a pagar R$ 50 mil por danos morais a uma paciente vítima de procedimento incorreto realizado pela equipe de enfermagem. A condenação partiu da 1ª Vara de Rancharia, informou o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.

Segundo a paciente, ela foi submetida a uma aplicação de injeção com a mesma seringa utilizada em paciente HIV-positivo. O procedimento levou a mulher a correr o risco de ser contaminada com a doença. Por sua vez, o hospital sustentou que não teve responsabilidade civil e alegou que agiu rapidamente, prestando todo o procedimento necessário.

A paciente contou que passou 18 meses angustiada por não saber se estava ou não com o vírus. Ela também recebeu um "coquetel" de remédios anti-retrovirais e foi impedida de amamentar a filha recém-nascida, motivo de sua internação na unidade hospitalar.

Na sua decisão, o juiz levou em consideração que "a alegria pelo nascimento do primeiro filho foi completamente absorvida pela angústia diante da possibilidade de ter contraído a doença, que hoje, ao lado do câncer, parece mais letal das enfermidades. A reparação do dano moral tem dupla finalidade: compensação para a vítima e punição para o ofensor."

ANS quer ampliar rol de cobertura; cirurgia por vídeo é principal demanda

Saúde. Agência abre hoje consulta pública para que a população, as operadoras e sociedades médicas apresentem sugestões à resolução; se proposta for aprovada, usuários dos planos de saúde terão 48 novos procedimentos cobertos pelas operadoras

Fernanda Bassette - O Estado de S.Paulo
Está aberta a partir de hoje uma consulta pública da Agência Nacional de Saúde (ANS) que propõe uma série de atualizações no rol de coberturas dos planos de saúde. Foram incluídos 48 procedimentos.

população, as operadoras de saúde e sociedades médicas terão 30 dias para apresentar sugestões à resolução. A expectativa da ANS é consolidar o documento e publicá-lo em julho. As novas regras devem passar a valer a partir de janeiro de 2012.
O rol contempla uma base mínima de procedimentos que as operadoras terão de oferecer obrigatoriamente, caso ele seja aprovado. "O fato de um procedimento ser incluído na lista dá ao usuário a certeza de que ele tem direito àquela cobertura. É também uma maneira de a ANS fiscalizar e multar as operadoras em caso de descumprimento", diz Marta Oliveira, gerente-geral de regulação assistencial da ANS.
Videolaparoscopia. O que mais chama a atenção na lista é a cobertura de 36 tipos de cirurgias por videolaparoscopia - técnica mais moderna, menos invasiva, que permite uma recuperação mais rápida do paciente - , substituindo de vez as cirurgias tradicionais feitas por via aberta.
Segundo Marta, a principal demanda em procedimentos por vídeo foi da cirurgia bariátrica. "Houve uma procura muito grande por parte dos pacientes, de órgãos de defesa do consumidor e das sociedades médicas. Após uma série de análises de segurança, concluímos que essa inclusão era importante", diz Marta.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em 2009 foram feitas 45 mil cirurgias - 25% delas feitas por meio do vídeo. No ano passado, das 60 mil operações, 35% foram por vídeo.
"A maior evolução da cirurgia bariátrica é sua realização por vídeo. Na técnica convencional, é feito um corte de 20 cm no paciente, enquanto que por vídeo são feitas 5 mini incisões. O tempo de internação cai de 5 dias para 36 horas", diz Ricardo Cohen, presidente da SBCBM.
Outras técnicas. E não é apenas a cirurgia bariátrica que será beneficiada. Várias cirurgias de intestino e do aparelho digestivo também foram incluídas na proposta de atualização do rol.
Segundo o cirurgião Fábio Guilherme Campos, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil), nos últimos seis meses as operadoras passaram a negar com frequência cirurgias laparoscópicas de intestino, para tratar hérnias ou fazer correção de refluxo.
"Provavelmente porque elas custam mais caro em termos de material e as operadoras poderiam oferecer a mesma cirurgia pela técnica aberta." Ele diz, porém, que os pacientes ficam menos tempo internados, o que gera economia. "A cirurgia por vídeo devolve o paciente muito mais rápido para a sociedade."
Outro procedimento incluído é o implante coclear bilateral. "Existia uma discussão muito grande sobre a segurança do implante bilateral. Como foi comprovado que é seguro, resolvemos incluí-lo", diz Marta. Antes, apenas o unilateral compunha a lista de procedimentos.
Outra novidade é a marcação pré-cirúrgica de câncer de mama guiada por ressonância magnética. Hoje, a marcação é feita por ultrassonografia ou tomografia, nem sempre tão precisas.
Além disso, o PET-Scan, um dos mais modernos exames de diagnóstico por imagem, passará a ter três coberturas obrigatórias: além do linfoma e do câncer de pulmão, também será indicado para câncer no intestino.
A ANS também propõe alterar o número de consultas com nutricionistas tornando ilimitado, por exemplo, o número de consultas para diabéticos que usam insulina. Marta diz esperar que a lista seja aprovada na íntegra.

Centro em SP terá banco com material genético Central bank will be in SP with genetic material

Mariana Lenharo - O Estado de S.Paulo

Os pesquisadores do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) querem popularizar o conceito de ciência translacional. A expressão se refere à integração de diversas frentes de pesquisa sobre câncer desenvolvidas pela Universidade de São Paulo (USP) e outras instituições em torno de um biobanco, um grande estoque de materiais biológicos de pacientes com câncer atendidos na instituição.

A ideia é trilhar um caminho de pesquisa rumo à medicina personalizada, com a qual será possível determinar por que cada paciente responde de modo distinto ao tratamento.

Com essa proposta, foi inaugurada ontem o Centro de Investigação Translacional em Oncologia do Icesp, que deve se estabelecer como o maior laboratório de pesquisa oncológica da América Latina. "O novo laboratório representa um avanço na busca de novos tratamentos oncológicos, integrando pesquisadores", disse o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri.

O banco deve ajudar a reconhecer padrões de resposta ao tratamento de acordo com a genética do paciente, explica o médico do Icesp Roger Chammas, comandará o centro. Em toda a USP, cem grupos de pesquisa serão integrados pelo novo Centro.

Equipamento destrói tumor com ondas Equipment destroys tumor with waves

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo começa a usar de forma experimental aparelho que elimina miomas e trata metástases ósseas
Cancer Institute of the State of Sao Paulo began to use on an experimental device that removes fibroids and treating bone metastases

Mariana Lenharo - O Estado de S.Paulo
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) está usando de forma experimental um novo equipamento capaz de destruir tumores por meio de ondas de ultrassom superpotentes. O High Intense Focus Ultrassound (Hifu) já foi usado com sucesso para eliminar miomas (tipo de tumor benigno) em seis mulheres na instituição no último mês.

O aparelho será usado também como tratamento para metástases ósseas. O câncer de mama, por exemplo, é o tumor em que há o maior risco de metástase óssea. Com a técnica, os pacientes não precisam receber anestesia, ficam livres dos riscos de infecção e recebem alta no mesmo dia do procedimento.
Segundo Marcos Menezes, coordenador do Serviço de Radiologia do Icesp, o instituto é o primeiro órgão público da América do Sul a adquirir o equipamento. A tecnologia, resultado de uma parceria entre a GE Healthcare e a empresa israelense Insightec, combina a ressonância magnética - que localiza com precisão o tumor - e um feixe de ultrassom intenso que consegue queimar as células cancerígenas.


"Com o Hifu, localizamos o tumor pela resson1ância e direcionamos o feixe de ultrassom apenas no ponto focal onde estão as células cancerígenas. Essa energia é acumulada nesse ponto e eleva a temperatura do tecido em 80ºC", explica Menezes. Assim, o tumor é queimado sem danificar os tecidos adjacentes.
Por enquanto, os pacientes que participarão dos testes estão sendo selecionados pelos próprios médicos dentro do Icesp e do complexo do Hospital das Clínicas (HC).O tratamento também está sendo realizado em caráter experimental nos EUA e em países da Europa. "Queremos estar no mesmo patamar dos grandes centros de pesquisa mundiais para que, quando isso se estabelecer como terapia padrão, possamos estar prontos para aplicar nos pacientes", diz Menezes. No Icesp, o Hifu será testado, a princípio, em miomas e metástases ósseas, mas em outros países a ferramenta está sendo usada para cânceres de mama e próstata e até para eliminar coágulos cerebrais.
Outra linha de pesquisa com o Hifu que deve ser desenvolvida no instituto no curto prazo é sobre a ativação de medicamentos nos exatos locais em que eles precisam atuar.
Funciona assim: uma nanopartícula da droga - que seria muito tóxica para ser aplicada diretamente - é encapsulada e injetada no paciente. Com a ajuda da imagem de ressonância magnética, o tumor é localizado e aquecido com o feixe de ultrassom. A cápsula, sensível ao calor, libera a droga somente na região aquecida. "Essa ideia casa com a tendência da personalização do tratamento. Cada vez mais vamos ter um tratamento individualizado - e não um tratamento de massa", diz Menezes.
O anúncio da aquisição do Hifu ocorreu simultaneamente à inauguração do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do Icesp, que tem o objetivo de trabalhar com a personalização da medicina.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110415/not_imp706486,0.php

Brócolis pode ajudar pessoas com problemas de pulmão Broccoli 'may help people with lung problems

DA EFE

Cientistas americanos descobriram que o sulforafano, composto encontrado nos brotos de brócolis, poderia ajudar a eliminar a bactérias que afetam os pulmões, segundo um estudo publicado na quarta-feira na revista americana "Science Translational".

O sulforafano está presente nas verduras da família da couve e se apresenta como um possível tratamento para prevenir ou reduzir as infecções que frequentemente afetam os fumantes e os pacientes com doenças pulmonares.

Um pulmão saudável se encarrega por si mesmo de expulsar as pequenas partículas de pó, os resíduos e as bactérias estranhas que entram através do aparelho respiratório junto com o oxigênio que respiramos.

No entanto, este sistema de "autolimpeza" é disfuncional nos fumantes, e as pessoas com um tipo de doença chamada enfermidade pulmonar obstrutiva crônica (Epoc), uma grave patologia respiratória.

As duas formas mais frequentes da doença são a bronquite crônica, definida por uma tosse prolongada com muco, e o enfisema, que ajuda a deterioração dos pulmões a longo prazo.

O Epoc, que afeta 24 milhões de americanos e 210 milhões de pessoas no mundo todo, é a terceira causa de morte nos Estados Unidos.

O médico Shyam Biswal, do Departamento de Ciências da Saúde Ambiental da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins analisaram os macrófagos (células do sistema imunológico) dos pulmões de pacientes com a enfermidade, assim como os de ratos expostos à fumaça do cigarro.

Os pesquisadores concluíram que o tratamento com sulforafano estimula a ativação da via de sinalização celular Nrf2 tanto nas células humanas dos pulmões com Epoc quanto as dos pulmões dos ratos expostos à fumaça.

A ativação da via Nrf2 restaura a capacidade dos macrófagos pulmonares para eliminar as bactérias dos pulmões, com o que uma dieta rica em sulforafano poderia ajudar aos doentes a melhorarem.

"Nossas descobertas sugerem que os macrófagos dos pulmões dos pacientes com a enfermidade têm uma falha no processo chamado fagocitose, que consiste na destruição de bactérias ou agentes nocivos para o organismo", disse Biswal.

Os pesquisadores descobriram que, ainda segundo o médico, "a ativação da via Nrf2 induzida pelo sulforafano restaurou a capacidade dos macrófagos pulmonares para se unir e combater as bactérias".

"O estudo poderá ajudar a explicar a relação entre a dieta e a doença pulmonar, e aumenta o potencial de novos enfoques para o tratamento da doença frequentemente devastadora", afirmou Robert Wise, professor de Medicina da Escola de Medicina de Johns Hopkins e co-autor da pesquisa.

Neurônios de esquizofrênicos são menos ativos, diz pesquisa Neurons of schizophrenics are less active, says survey

DA FRANCE PRESSE

Um grupo de pesquisadores americanos descobriu que as células epidérmicas podem se tornar poderosas ferramentas para tratar uma das mais enigmáticas doenças da mente, a esquizofrenia, segundo um estudo publicado na quarta-feira (13) pelo site da revista britânica "Nature".

Os cientistas coletaram amostras de células epidérmicas de pacientes esquizofrênicos e as fizeram "regredir" para um estado mais primitivo e versátil, no qual são chamadas de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs).

Uma vez convertidas nestas "páginas em branco", as células eram cultivadas quimicamente para se transformarem em células cerebrais. Assim, podiam ser estudadas e manipuladas para uma análise "individualizada" da esquizofrenia de cada paciente.

"Utilizando este método, podemos descobrir como um medicamento em particular vai afetar as células cerebrais deste paciente específico, tornando desnecessário que o paciente teste a droga e sofra os efeitos colaterais", explicou Gong Chen, especialista da Universidade Penn State, na Pensilvânia.

"O paciente pode ser sua própria cobaia para a definição de seu tratamento, sem precisar experimentar os medicamentos diretamente", acrescentou.

A esquizofrenia é um mal complexo, cujas causas são atribuídas tanto a fatores hereditários quanto ambientais.

Sua principal característica são delírios paranóicos e alucinações com vozes. Calcula-se que cerca de 1% da população mundial seja afetada pela doença em maior ou menor grau.

Exames descobriram que neurônios cultivados em laboratório de pacientes esquizofrênicos criam menos conexões entre si em comparação a células cerebrais de indivíduos saudáveis.

Os cientistas então aplicaram alguns dos medicamentos antipsicóticos mais usados atualmente no tratamento da esquizofrenia para observar se eles eram capazes de fazer com que o número de conexões aumentasse.

O único que gerou este efeito foi o Loxapine, embora seu uso tenha acarretado um efeito cascata inesperado sobre centenas de genes.

O uso das iPSCs em pesquisas médicas gera grande expectativa desde sua descoberta, em 2006. A ideia é usá-las como "piloto de testes" sem o peso do questionamento ético que normalmente acompanha o uso de células-tronco embrionárias.

Alguns cientistas, entretanto, indagam se as iPSCs são de fato uma fonte biológica confiável. Um estudo publicado pela própria Nature em fevereiro apontou que cadeias periféricas de seu código genético (conhecidas como epigenoma), apresentam alguns erros de reprogramação.

Limitar tratamento de fertilidade pode salvar vidas e dinheiro Limit fertility treatment can save lives and money

DA FRANCE PRESSE

Se as mulheres que se submetem a tratamentos de fertilização in vitro se limitassem a transferir um embrião por vez, vidas seriam salvas e dinheiro seria economizado, indicaram médicos canadenses nesta quinta-feira.

"Em todo o Canadá haveria 840 menos bebês internados na NICU (Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, sigla em inglês), 40 mortes seriam evitadas, teríamos menos 46 danos cerebrais e 42.400 dias a menos de hospitalização no NICU", disse Keith Barrington, principal autor do estudo publicado no US Journal of Pediatrics.

A NICU tem um custo diário de US$ 1.000 por bebê, o que significa que seriam economizados US$ 42,4 milhões por ano se a transferência de embriões fosse restrita, segundo dados reunidos pelos médicos da Universidade de Montreal.

As mulheres ou casais que têm dificuldades para procriar optam muitas vezes pela fertilização in vitro (FIV), que une o óvulo e o espermatozoide fora da matriz e depois implanta o embrião fertilizado no útero da mãe.

As pacientes podem optar pela transferência de vários embriões de uma só vez com a esperança de aumentar as chances de engravidar e para reduzir a quantidade de vezes que o procedimento é realizado, já que é muito caro --custa entre US$ 10 mil e US$ 15 mil.

Os pesquisadores de Montreal decidiram examinar os registros do Royal Victoria Hospital de Quebec para determinar o impacto da FIV na gestação de gêmeos, trigêmeos e outros múltiplos.

No ano passado, a província francófona de Quebec decidiu que pagaria três ciclos de FIV para as pessoas em tratamento, mas fixou a política de transferir um embrião por vez.

Os pesquisadores analisaram os registros entre 2005 e 2007, anteriores ao estabelecimento desta política.

Durante este período, 17% dos bebês internados na NICU --um total de 82-- eram de nascimentos múltiplos resultantes de tratamentos de fertilidade, e 75 deles provinham da transferência de vários embriões.

"Entre estes 75 bebês houve seis mortes, cinco que desenvolveram sangramento cerebral e quatro bebês que desenvolveram potencial cegueira", disse Barrington, médico da Universidade de Montreal.

Se o resto do Canadá seguir a mesma política de Quebec, os nascimentos múltiplos e suas complicações cairiam drasticamente, argumenta o estudo, que recomenda que toda a regulamentação seja acompanhada por uma política de reembolso por qualquer custo adicional que os futuros pais tenham.

Cirurgia cura câncer de próstata reincidente, indica pesquisa Surgery cures prostate cancer relapsed, research indicates

Um estudo publicado na edição de abril da revista "European Urology" mostrou que é possível curar o câncer de próstata mesmo após o retorno do tumor.

O trabalho, feito com pacientes que já tinham sido submetidos a radioterapia após o diagnóstico inicial, indica que a cirurgia de remoção da próstata é eficaz para eliminar o tumor.

Conduzida em oito centros oncológicos na Europa, nos EUA e no Brasil (na USP), a pesquisa acompanhou 404 homens com idade média de 65 anos, que fizeram cirurgia radical da próstata após recidiva do câncer tratado com radioterapia.

Os pacientes foram acompanhados por dez anos após a cirurgia. Dos 404 que participaram do estudo, 195 (75%) sobreviveram sem metástase. Em 64 deles, o tumor voltou e 40 morreram.

Segundo o urologista do HC e do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) Daher Chade, que liderou o estudo no país, é a primeira vez que uma pesquisa comprova essa possibilidade.

Hoje, doentes que fizeram radioterapia e voltam a ter câncer são tratados com hormonioterapia, um tipo de químio que controla o crescimento do tumor, mas não o elimina, e aumenta a sobrevida em cerca de dois anos.

No país, 20% dos homens diagnosticados com a doença fazem radioterapia. A outra opção é a cirurgia.

Após a radioterapia, o câncer volta em 20% a 40% dos pacientes. Antes, quando isso acontecia, a doença era considerada incurável. Sempre houve uma suspeita de que a cirurgia poderia eliminar o tumor, mas só agora confirmamos a hipótese, afirma Chade.

O procedimento é o mesmo aplicado nos diagnosticados com câncer de próstata que optam pela operação logo no início.

"Essa é outra vantagem, os urologistas já sabem fazer."

Segundo Chade, a cirurgia tem maior chance de cura mas, também, maior chance de complicações. "Muitos homens não querem correr o risco de ficar impotentes ou com incontinência urinária, mesmo sob o risco de não serem curados com a radioterapia. Por isso, cada vez mais está se indicando a radioterapia como primeiro tratamento."


RESTRIÇÕES

O urologista Miguel Srougi, professor da USP e coautor do estudo, explica que não são todos os doentes que podem ser submetidos ao procedimento.

"Se o tumor voltar de forma muito agressiva, como no caso do ex-governador Orestes Quércia, morto no ano passado, a cirurgia não pode ser feita. Também está descartada em pacientes com PSA [antígeno prostático específico] muito alto no começo, ou quando a radioterapia produziu muita aderência na região da próstata."

Para Miguel Srougi, embora cure um número razoável de casos, o procedimento tem mais complicações do que a cirurgia feita logo após o diagnóstico.

O urologista explica que a pesquisa tem um viés. Os pacientes do estudo foram tratados em centros de excelência, por cirurgiões mais experientes que a média.