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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sexo cada vez mais cedo e sem responsabilidade


Se há algumas décadas falar de sexo era tabu, hoje, porém, o assunto é necessário para entender mudanças do ponto de vista moral e social, principalmente na fase das descobertas: a adolescência.

Apesar de as diferenças entre meninos e meninas diante do assunto persistirem, abordar a sexualidade na adolescência é quesito básico para entender as influências que levam ao início da vida sexual cada vez mais cedo. Segundo dados do Ministério da Saúde, na média, os adolescentes brasileiros começam a fazer sexo com 14,5 anos de idade e as adolescentes com 15 anos.

"O mercado e os meios de comunicação aproveitam o adolescente como um consumidor em potencial, e o sexo faz parte do consumo, assim como sucesso e beleza, por exemplo", explica a psicóloga Shirley Rialto, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Ela revela que o adiantamento dessa fase é possibilitado pela ausência da repressão vivida pelas gerações anteriores. "O interesse pelo sexo nessa idade sempre existiu. A diferença é que hoje não é mais reprimido, existe espaço social para isso", revela. Além disso, segundo a psicóloga, os valores culturais encaminham para a iniciação sexual precoce. "Se não começam a vida sexual cedo, ficam fora do contexto social", complementa.

Eles x elas
O que se conserva, porém, são as diferenças do início da prática sexual entre meninos e meninas. Os fundamentos para a "primeira vez" têm origem histórica. O assunto embasou a pesquisa de mestrado da psicóloga. Ela enfatiza que os meninos sempre foram convocados a ter iniciação sexual cedo, dando notícias aos amigos sobre a perda da virgindade e, de preferência, sobre quantas mulheres conseguiam "levar para a cama". "Para eles, isso é prova de masculinidade", justifica. "A única diferença entre hoje e há 50 anos é que eles geralmente mantinham relações sexuais com prostitutas e 'empregadinhas', já que não tinham a figura do pai e dos irmãos na cidade para proteger sua reputação", explica. Havia, portanto, as meninas separadas para o casamento e aquelas somente para o sexo.

O sexo feminino, no entanto, conserva uma atitude paradoxalmente machista. Apesar das defesas em prol da liberdade e independência para as mulheres, elas, como constatou Shirley em sua pesquisa, conservam uma certa "dor-de-cotovelo" em relação aos homens, proveniente de muito tempo. "Há 50 anos, elas os invejavam porque eles podiam e elas não. Hoje, elas podem, mas têm posição masculinizada do sexo, como se fizessem também coleção de quantos homens beijaram ou fizeram sexo", conta. "Mas isso não é natural das mulheres. Perde-se a noção de cooperação entre os sexos, dando espaço para a competição."

Os tempos mudaram, mas a segregação ainda acontece em alguns casos. De acordo com a psicóloga, hoje os homens procuram para o casamento não mais necessariamente mulheres virgens, mas que de alguma forma tenham se "guardado", tendo poucos parceiros e intimidade preservada. "Iniciação sexual precoce não tem necessariamente relação com promiscuidade. O problema de começar a fazer sexo cedo é a responsabilidade. Eles são convocados a ter experiência sexual, mas ainda não têm experiência de vida para isso, não podendo responder por seu lugar no mundo como homem ou mulher", acredita a psicóloga.

Influência familiar
Para o hebiatra - médico de adolescentes - Walter Marcondes Filho, fatores familiares têm contribuído para as relações sexuais mais precoces. "Deixando de lado o moralismo religioso, o abandono dos pais na orientação dos filhos, por trabalho ou omissão, e a conseqüente ausência das figuras parentais e dos modelos familiares têm sido fundamentais para isso", acredita. O médico preside a Associação Brasileira de Adolescentes (Asbra), sediada em Londrina, que desenvolve trabalhos de estudos e divulgação de informações sobre questões da adolescência, promovendo congressos e palestras dentro e fora do Brasil.

Marcondes Filho constata em seus trabalhos que o adiantamento das fases seguintes à infância é também decisivo nesse sentido. "A penetração nociva e maciça da mídia televisiva coloca como normal o relacionamento precoce, a sensualidade em crianças, sedução com consumismo exagerado de produtos adultos em crianças. Cada vez mais vemos crianças adultizadas, encolhendo a infância e tornando precoce demais a adolescência." De acordo com o médico, "seria fácil desligar o aparelho, porém os pais não estão mais em casa, precisam trabalhar e têm receio da violência das ruas". A exposição desperta, como conseqüência, curiosidade acima do normal e antes do tempo pelo sexo. (LM)

Sem afeto e sem prazer, experiência traumática
Afinal, o sexo é vivido da mesma forma entre adultos e adolescentes? Para o hebiatra Walter Marcondes Filho, não. Isso porque os mais jovens nem sempre carregam na atividade sexual noções de responsabilidade e respeito ao parceiro. "Além disso, se feito também sem afeto e amor, traz conseqüências devastadoras para alguns jovens, que não sentem o prazer de um orgasmo maduro", explica o médico.

Ele afirma que muitas jovens, principalmente, dizem ter relações precoces por influência de amigos e por curiosidade, mas que sentem dor e desprazer pela inexperiência do parceiro, que quase nunca as respeita. "As meninas são as maiores vítimas deste destempero e despreparo. A curiosidade é um fator universal e imponderável, que ocorre através dos anos, porém, hoje, ter relação com 14 anos é uma premissa de coragem e permissão para se freqüentar grupos de amigos", conta Marcondes Filho.

O médico acrescenta que, emocionalmente, "as relações sexuais não acrescem em nada na vida cotidiana desses adolescentes, e muitas vezes são decepcionantes. Poucos jovens falam com prazer das primeiras relações sexuais". Além disso, os meninos, que quase sempre dão início à vida sexual mais cedo, geralmente não possuem conhecimento real de uma paternidade responsável. "Eles têm mais liberdade para desde cedo pensar em sexo como maneira de desafogar seus desejos, sem se preocupar com as parceiras. São conceitos que devem ser repensados pela sociedade e pelos pais", esclarece.

Questão levantada pela psicóloga Shirley Rialto é também a freqüente confusão estabelecida pelos adolescentes entre amor e sexo. "Quando se apaixonam e se fecham, podem criar uma reprodução do amor maduro - pai, mãe, bebê - logo no primeiro relacionamento. Surge um ciúme doentio", afirma. Nesses casos, de acordo com a psicóloga, apenas o fato de haver um só parceiro não garante relacionamentos saudáveis. "É preciso ter maturidade para responder pelas conseqüências físicas e emocionais que o sexo envolve." (LM)

Prefeitura promove educação sexual
O programa Adolescente Saudável é uma das iniciativas da Prefeitura de Curitiba para informar, desde cedo, sobre as conseqüências e responsabilidades envolvidas no sexo. O programa trata também de assuntos como saúde e drogas, mas possui uma vertente específica sobre educação sexual, inclusive com fornecimento de preservativos.

No programa, adolescentes e jovens de 10 a 20 anos são orientados sobre os aspectos físicos e afetivos do sexo. Este público é alcançado nas escolas pelos profissionais das unidades de saúde municipais, treinados para acolher o adolescente e promover atividades educativas, como oficinas e gincanas.
A médica Júlia Cordellini, que coordena o programa, lembra que recentemente foi lançado o ônibus "Adolescente Saudável", instrumento que considera importante na disseminação de informações para este público. "Nele fazemos jogos educativos que trabalham assuntos como puberdade, sexualidade, gravidez na adolescência, paternidade responsável, DSTs, anticoncepção e família", descreve. "Este ano pretendemos alcançar cerca de 20 mil adolescentes."

Com uma equipe multiprofissional, a Unidade de Saúde Bairro Novo é uma das 18 unidades capacitadas a atender grupos de adolescentes. Para eles, falar de sexo não é nenhum tabu. "A gente pergunta se dói, como é. Não tenho vergonha das palestras, não é nada rígido", conta uma das adolescentes, de 14 anos. Todos revelam receber orientação não apenas sobre gravidez e DSTs, mas também do envolvimento emocional do sexo. "Acho que deve ser bom, mas espero o momento apropriado, quando estiver um pouco mais velha e com a pessoa certa. Mesmo assim, acho que não quero casar virgem", diz outra adolescente, de 12 anos.

Os meninos também participam. Um deles, de 15 anos, confirma que a pressão dos amigos acontece, mas acredita que vale mais a orientação adequada e formação de opiniões próprias. "Acho que agora tenho consciência das responsabilidades. Não vale a pena ter a primeira vez com uma pessoa se não gostar ou não quiser ficar com ela", opina. (LM)

Adolescentes representam 21% das grávidas paranaenses
Uma das principais conseqüências vividas por jovens que praticam sexo é a gravidez precoce. O médico Fernando César de Oliveira Júnior, que coordena um ambulatório voltado para adolescentes grávidas no Hospital Vítor do Amaral, em Curitiba, vem desenvolvendo pesquisas especificamente sobre o tema e acredita que a escolaridade é um fator decisivo nesse ponto. "A Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) de 1996 revelou que, das adolescentes que tinham até três anos de estudo, 34% já tinham estado grávidas; entre as que tinham mais de onze anos de estudos, apenas 6%", cita. "Os anos de estudo também fazem diferença na proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)."

Em suas pesquisas, Oliveira Júnior constatou que a maior parte dessas jovens pertence a classes sociais baixas e, além de terem menor controle com métodos de prevenção, recebem exemplo de mães e irmãs que engravidaram antes do tempo desejado. "Entre as conseqüências disso estão abortos e abandono da escola", aponta. Ele comparou um grupo de adolescentes com idade entre 13 e 19 anos e um de adultas entre 20 e 29 anos, ambos de classe baixa, atendidos no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba. "As adolescentes tinham mais dependência econômica da família, renda mais baixa e só 25% trabalhavam. Metade delas não estudava antes de engravidar. A outra metade deixou a escola depois que descobriu a gravidez."

De acordo com o ginecologista, atualmente 21% de todas as grávidas do Paraná são adolescentes, enquanto a média nacional está em 25%. "Em Curitiba, as taxas têm caído, graças às políticas públicas. No ano passado registramos média de 16%; há dois anos, eram 18%."

Interior
Segundo o hebiatra Walter Marcondes Filho, de Londrina, os números no interior do Estado são altos. "Nos primeiros cinco meses de 2005, o Centro de Referência de Atenção ao Adolescente de Londrina (CRAAL) apresentou um número de 50 jovens grávidas, acompanhadas nos serviços, com uma média de 14 anos e meio." O médico lembra que, em 2000, foram registradas 127.740 internações por aborto no SUS, 59% delas com mulheres entre 20 e 24 anos , 39% entre jovens de 15 a 19 anos e 2,5% entre adolescentes na faixa de 10 a 14 anos. (LM)

Fonte parana-online.br

Entenda como é o processo de doação de medula

Tire suas dúvidas sobre como é feita a medula óssea e como ajudar

Voluntária faz o exame de sangue para se tornar doadora de medula óssea Alisson Gontijo / Futura Press Pedro Fernandes Carvalho

A doação de medula óssea é uma ação que ainda gera dúvidas, o que muitas vezes impede que um número maior de pessoas se tornem doadoras no Brasil. De acordo com a Ameo (Associação da Medula Óssea), mais de 60% dos pacientes não possuem pessoas compatíveis na família e precisam encontrar novos meios para obter uma doação 100% compatível.

Para falar sobre o assunto e tirar as dúvidas sobre como é feito todo o processo, o Portal da Band entrevistou a hematologista da Santa Casa de São Paulo e representante da Ameo, Ana Cyinira.

Segundo ela, a medula é um tecido encontrado no interior dos ossos, que tem a função de produzir células sanguíneas, como glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos (hemácias) e plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do organismo e protegem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

Algumas doenças do sangue, como a anemia aplástica grave ou a leucemia, são tratadas com um transplante de medula óssea. Confira abaixo as respostas da hematologista para esclarecer melhor o tema:

Band: Como é feita a doação de medula óssea?
Ana Cynira: A doação pode ser feita de dois modos: o primeiro deles pela coleta direta da medula óssea, que é feita por meio de uma agulha especial e uma seringa na região da bacia do doador. Com uma anestesia geral e uma pulsão na bacia é possível recolher a medula direto no osso.

A outra forma é através do separador celular. Nesse processo é aplicada uma medicação por cinco dias que estimula a produção das células-mãe, que migram da medula para as veias. Após a migração elas são separadas e colhidas pelo equipamento. Alguns doadores reclamam de dores no corpo, muito semelhante a uma gripe, mas nada que impeça o retorno da rotina em pouco tempo.

Mas antes da doação em si, os dados do doador são enviados para o Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), do Inca (Instituto Nacional de Câncer), para que sejam cruzados com os dos pacientes. Caso haja compatibilidade com alguém, o doador é convocado para realizar o processo de doação.

O que é preciso para se tornar um doador?
Todo doador é avaliado clinicamente antes para ver o seu estado de saúde, sangue e se ele tem condições de realizar o procedimento. O doador faz praticamente um check-up, que é possível ver qual doador é compatível com cada receptor. Geralmente o grau de compatibilidade é sempre maior quando a doação é feita por um familiar. O voluntário precisa ter entre 18 e 54 anos e estar em um bom estado de saúde.

Quais são as principais dificuldades do processo para doação?
A avaliação antes da doação é algo que mais assusta o doador, isso por ter que realizar uma série de exames, como doação de sangue, análise de pressão, etc. Claro que o centro cirúrgico e a anestesia também assustam, mas muito menos.

Quais são os cuidados após a doação de medula óssea?
O doador faz um acompanhamento de 48 horas após o processo. Algumas pessoas chegam a precisar de monitoramento por até uma semana, mas também existem aquelas que querem e estão dispostas a trabalhar logo no dia seguinte. Cada um tem um efeito diferente em relação à doação, como dor e emocional. Mas não há riscos à saúde do doador.

E o receptor, como recebe a transfusão de medula?
A transfusão da medula normalmente é tranquila. Após o procedimento, o paciente passa por um processo de aceitação e adaptação, sendo em um longo período de acompanhamento médico. Depois o receptor precisa ser acompanhado intensamente no primeiro ano, mas a frequência diminui com o passar do tempo.

Como incentivar a doação de medula óssea?
Ainda falta um pouco de estímulo para ver o que aconteceu com as pessoas que doaram medula óssea. Existe uma dificuldade de mostrar como o doador fica mais tranquilo, pois sabe que fez uma boa ação e ajudou a salvar uma vida. Se os depoimentos de quem passou pelo processo fossem amplamente divulgados, seria muito mais fácil conseguir novos doadores.

Como está a situação de doação de medula no Brasil?
A nossa estrutura ainda é muito recente e também ainda falta um pouco mais incentivo e investimento, como no caso leis e acomodações para quem recebe e doa a medula. Também precisamos que as campanhas para incentivar a doação sejam intensificadas, pois só dessa forma as pessoas vão entender o processo e vão perder o medo de ajudar.

Veja onde se cadastrar para realizar a doação de medula óssea
Entenda como é todo o processo
Fonte Band
 

Você sabe escolher e lavar frutas e legumes?

 

Cuidados simples garantem uma alimentação segura

Você sabe como escolher e como lavar corretamente as frutas, legumes e verduras? Cuidados simples garantem uma alimentação segura, livre de micróbios que podem causar doenças.

Na hora da compra deixe de lado os itens que apresentarem casca ou polpa amolecidas, manchadas, mofadas ou de cor alterada. Não compre nada com folhas, talos ou raízes murchas, mofadas ou deterioradas. Tome cuidado também com alterações na cor, na consistência ou no cheiro.

Na hora de lavar as verduras, retire as folhas deterioradas. Lave em água corrente os vegetais folhosos (alface, escarola, rúcula, agrião, etc.), folha a folha, e as frutas e legumes, um a um. Coloque de molho, por dez minutos, em água clorada, utilizando produto adequado para esse fim (água sanitária e outros produtos específicos). Para água sanitária a diluição indicada é de 200ppm (uma colher de sopa para um litro). Mantenha sob refrigeração até a hora de servir.

Fonte Zero Hora

Países sul-americanos criam rede de troca de dados para combater câncer

Os centros oncológicos dos 12 países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) contam a partir desta terça-feira (26) com uma rede de troca de dados e informações de combate ao câncer.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou da cerimônia de abertura dos primeiros trabalhos da Rinc (Rede de Institutos Nacionais de Câncer), o projeto pretende investir em programas regionais de controle do câncer.

"Vamos utilizar a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde [UnA-SUS] do Ministério da Saúde, de ensino a distância para os profissionais de saúde, para trocar informações, estudos e fazer programas de treinamento a distância para os profissionais da América do Sul."

O encontro, que teve a participação de ministros e membros da Unasul, aconteceu no Isags (Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde), que foi inaugurado ontem (25), no centro do Rio, para articular redes e parcerias para a região na área da saúde. O Brasil será o coordenador da rede, por meio do Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Na primeira fase dos trabalhos, a rede vai priorizar o desenvolvimento e o intercâmbio de informações a respeito de base populacional e hospitalar sobre câncer. A partir dessas informações, a entidade buscará criar estratégias conjuntas de controle da doença.

De acordo com relatório World Cancer, o número de mortes pela doença chegou a 589 mil em 2008, e a estimativa é de aumento nos próximos anos.

Fonte Folhaonline

Brasil negocia acordo com Argentina para produção de remédios


O Brasil negocia com a Argentina uma cooperação binacional para a produção de medicamentos biotecnológicos, afirmou nesta terça-feira o ministro da Saúde Alexandre Padilha durante cerimônia de abertura dos trabalhos da Rinc (Rede de Institutos Nacionais de Câncer), dos países membros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).


"A proposta do Brasil é fazer cada vez mais parcerias com a indústria farmacêutica internacional e fortalecer as parcerias com a América Latina. Temos interesse em fazer parcerias com a indústria da Argentina, a do Equador, que está surgindo agora, e de outros países da região e, assim, garantir acesso universal aos medicamentos", disse Padilha.

Os medicamentos biotecnológicos são definidos como produtos farmacêuticos fabricados por métodos de biotecnologia, com produtos de origem biológica, geralmente envolvendo organismos vivos ou seus componentes ativos.

O ministro afirmou ainda que uma empresa argentina já demonstrou interesse no projeto. Atualmente, o Brasil tem 28 parcerias público-privadas de produção de medicamentos, financiadas pelo Ministério da Saúde e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Essas parcerias permitem a produção de antirretrovirais e medicamentos contra doenças inflamatórias, mal de Parkinson, hepatite C e outras.

"O Brasil possui 147 centros de radioterapia e o governo pretende praticamente duplicar esse número. Não produzimos nenhum equipamento de radioterapia, que são importados. No mundo, existem cinco fornecedores desses equipamentos e nenhum é produzido na América Latina. Precisamos convocar esses produtores para virem para cá, não só para reduzir os preços, como também para garantir a disponibilidade desses equipamentos", destacou.

Fonte Folhaonline

Anvisa aprova venda de nova droga contra hepatite C no Brasil


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na segunda-feira (25) a comercialização do antiviral boceprevir, do laboratório MSD (Merck Sharp & Dohme), para tratamento da hepatite C.

O medicamento deve ser usado em terapia tripla, ou seja, em combinação com o tratamento disponível hoje, que usa as drogas peginterferon e ribavirina.

O novo medicamento impede a replicação do vírus causador da doença. É indicado para portadores do genótipo 1 do HCV que nunca foram tratados e para os que não tiveram sucesso com o tratamento atual.

O antiviral aumenta em duas a três vezes as chances de cura destes grupos, respectivamente.

Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, diz que "o remédio chega em um momento oportuno, mas ainda não será definitivo."

"O remédio precisa ser usado três vezes por dia, o que totaliza quase 20 comprimidos contando os outros remédios. O paciente precisa ser bem educado e motivado."

Paraná lembra que a droga pode potencializar os efeitos colaterais do peginterferon e da ribavirina, como anemia e distúrbios gastrointestinal. "Sozinho, ele já provoca mudança no paladar."
Segundo o laboratório MSD, a droga deve estar à venda em três meses, mas ainda não há data oficial.

Fonte Folhaonline

Hospital das Clínicas, em SP, reabre centro de reprodução assistida

Fechado desde o incêndio no Hospital das Clínicas, no Natal de 2007, o centro de reprodução humana do HC reabre nesta terça-feira já com uma fila de espera de 500 casais.

O centro foi inaugurado há oito anos na primeira gestão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a um custo de R$ 3 milhões. Agora, R$ 1,23 milhão foi investido na reforma, iniciada em 2009.

Segundo Edmundo Baracat, professor titular de ginecologia da USP, a reforma foi necessária porque o centro teve de ser adaptado para atender a novas determinações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "A fumaça do incêndio danificou equipamentos do laboratório", diz ele.

Para as novas candidatas à FIV (fertilização in vitro), o limite de idade será de 38 anos. A decisão foi aprovada pela comissão de ética do HC porque, a partir dessa idade, as chances de gravidez ficam abaixo de 5% em razão da má qualidade dos óvulos.

Quando o centro foi inaugurado, em 2003, não havia limite de idade, e mais da metade das 8.000 mulheres inscritas tinha mais de 40 anos.

Baracat diz, porém, que mulheres acima de 38 anos poderão ser atendidas em protocolos especiais. Mas não haverá fertilização com óvulos doados --alternativa que mulheres mais velhas têm nos centros de reprodução privados.

"Não vamos mandar ninguém embora. Vamos atender e ver o que dá para fazer em cada caso. Pode ser que o problema [de infertilidade] de uma mulher de 40 anos seja tubário [trompas obstruídas], e nem precise de uma FIV", afirma Baracat.

100% PÚBLICO
O atendimento será 100% público. Os casais devem ser encaminhados por unidades de saúde do SUS.

Todo custo será bancado pelo governo do Estado. Nas clínicas privadas, cada ciclo de FIV custa de R$ 10 mil a R$ 20 mil.

A previsão inicial será realizar de 20 a 40 ciclos de fertilização por mês, além de tratamentos menos complexos. A partir de 2012, a meta é atingir 80 ciclos mensais. Quando o centro foi fechado, havia mais de mil casais à espera de tratamento.

O ginecologista Paulo Serafini, diretor do centro, afirma que todos foram chamados para continuar o tratamento. "Mas muitos engravidaram em outros centros, outros se divorciaram, outros não foram encontrados porque mudaram de endereço."

LISTA DE ESPERA
A manicure Maria Noêmia Rodrigues, 36, espera desde 2004 a chance de fazer uma fertilização in vitro no HC. Mãe de uma filha de 22 anos, ela tem apenas uma trompa, que está obstruída.

Maria Noêmia diz que estava inscrita no centro de reprodução (tem documento que atesta isso), mas afirma que não foi chamada pelo HC. "Dá uma angústia de ver o tempo passando e não saber quando vai acontecer."

Baracat garante que as mulheres que já estavam na fila terão prioridade. Sobre o caso da manicure, diz que pode ter havido algum problema em contatá-la.
Editoria de arte/folhapress
Fonte Folhaonline

Morte trágica de menina gera campanha de doações

Rachel Beckwith, morta em acidente de trânsito, havia pedido que pessoas doassem a ONG em vez de lhe dar presentes no nono aniversário; doações já chegam a US$ 165 mil

A morte trágica de uma menina de 9 anos em Seattle, nos Estados Unidos, gerou uma campanha por doações que já arrecadou mais de US$ 165 mil para levar água a comunidades carentes na África.

Reprodução
Reprodução
Campanha de Samantha Beckwith já havia arrecadado US$ 165 mil até esta terça-feira
 
Rachel Beckwith havia pedido no mês passado, para seu nono aniversário, que familiares e amigos fizessem doações para uma organização não governamental em vez de lhe dar presentes. Seu objetivo era arrecadar US$ 300.

Na semana passada, porém, Rachel ficou gravemente ferida em um engavetamento envolvendo 13 carros numa estrada próxima à sua casa. No último fim de semana, sua família decidiu permitir o desligamento dos aparelhos que a mantinham viva artificialmente e doaram seus órgãos.

A notícia da tragédia chamou a atenção para a página que a menina havia criado no site da ONG charity:water para arrecadar doações. Em poucos dias, as contribuições superaram mais de 500 vezes sua meta inicial.

Celebração diferente
Em sua mensagem colocada no site no início de sua campanha, Rachel pedia doações em lugar de presentes em seu aniversário.

"No dia 12 de junho de 2011, vou fazer 9 anos. Descobri que milhões de pessoas não vivem até seu quinto aniversário. E por que? Porque elas não têm acesso à água limpa e segura", diz a mensagem.

"Por isso estou celebrando meu aniversário de maneira diferente. Estou pedindo para todo mundo que eu conheço que doem à minha campanha em vez de me dar presentes no meu aniversário", afirma.

Na segunda-feira, dois dias após a morte da menina, sua mãe, Samantha, postou uma mensagem para agradecer pelas doações à campanha da filha.

"Estou impressionada com o imenso amor para transformar o sonho de minha filha em realidade. Diante da dor inexplicável, vocês forneceram uma esperança inegável", disse ela. "Obrigado por sua generosidade. Eu sei que Rachel está sorrindo!", escreveu.

Segundo a ONG charity:water, as doações recebidas por meio da página de Rachel Beckwith já haviam ajudado até a manhã desta terça-feira a fornecer fontes de água potável para 8.290 pessoas.

Fonte Estadão

Hospital do Rio terá que indenizar casal pela morte de bebê


De acordo com desembargador, atendimento do hospital foi deficiente

A Justiça do Rio condenou nesta terça-feira, 26, a Associação de Caridade Hospital de Nova Iguaçu a pagar a quantia de R$ 102 mil, a título de danos morais, a um casal pela morte do seu bebê.

Segundo relato da mãe do bebê, Rosilene Penna, em 2005, foi submetida ao parto do seu primeiro filho nas dependências do hospital. No dia seguinte, ela teve alta e seguiu para sua residência.

Porém, um dia após a alta, retornou ao hospital alegando que o bebê chorava muito, e foi atendida por uma médica que disse que o problema do recém-nascido tratava-se de "fome". No atendimento, a médica receitou um leite especial e remédios para casos de cólicas e mandou que Rosilene retornasse para casa.

No caminho de volta, a autora foi comprar os remédios receitados para seu filho e notou que a mão da criança estava ficando roxa. Em sua residência, a mãe pôs o filho para dormir e, algumas horas depois, verificou que ele estava morto.

O hospital argumentou dizendo que a criança nasceu com boas condições vitais e que, quando retornaram ao estabelecimento, ambos foram prontamente atendidos, e, por este motivo, não poderiam ser culpados pela morte do recém-nascido.

Em sua decisão, o desembargador Fernando Fernandy Fernandes, da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, afirmou que o réu responde objetivamente pelos danos causados por seus agentes médicos, que, enquanto exerciam sua profissão, causaram a morte do paciente por terem prestado um atendimento deficiente.

Fonte Estadão

Distribuição de medicamentos gratuitos na Paraíba aumenta 383% em seis meses


Dados do Vigitel apontam que 6,3% da população têm diabetes e 25,4% tem hipertensão

A oferta de medicamentos de diabetes e hipertensão aumentou 383% para os moradores da Paraíba no primeiro semestre deste ano, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira, 26.


Em janeiro 5.669 pessoas retiraram esses tipos de fármacos nas drogarias credenciadas, enquanto que em junho foram 27.358.

Na Paraíba, o número de diabéticos beneficiados era de 1.468, em janeiro, e passou para 6.663, em junho. O crescimento foi de 354%. A distribuição dos medicamentos para a hipertensão que chegava a 4.859 pessoas em janeiro foi ampliada para 24.326 em junho, o que representou um aumento de 401%.

Em todo o País o número de beneficiados era de 853 mil, em janeiro, e chegou a 2,3 milhões, em junho. O aumento foi de 168% nos primeiros seis meses do ano.

A distribuição dos medicamentos faz parte do programa "Saúde Não Tem Preço" que integra as iniciativas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 2010, que considera o diagnóstico médico referido pelo entrevistado, a hipertensão arterial atinge 23,3% da população adulta brasileira (maiores de 18 anos).

O porcentual de hipertensos é de 25,4% da população adulta, em João Pessoa. Destes, 21,4% são homens e 28,7% são mulheres.

Já o diagnóstico de diabetes é acusado por 6,3% da população adulta. A incidência maior é nas mulheres, com 7%. O diabetes atinge 5,4% dos homens. Em João Pessoa, 4,6% da população possui diabetes. Desse porcentual, 4,7% são do sexo masculino e 4,4% são do sexo feminino, de acordo com o Vigitel.

Receita médica

Para fazer parte do programa, o usuário precisa apresentar receita médica, além de CPF e documento com foto. Mais informações pelo fone do Disque-Saúde (0800-61-1997) e pelo e-mail analise.fpopular@saude.gov.br.

Fonte Estadão

Proibida a venda de Dietmax


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica hoje no Diário Oficial resolução que proíbe a importação e a venda do Dietmax, produto para emagrecer que se autodenomina fitoterápico. No início do mês, a agência havia proibido a propaganda e a venda desse produto em sites. Como a propaganda continuou e a origem do produto ainda é desconhecida, a agência decidiu proibir a importação e a venda em qualquer loja física.

A Anvisa determinou que as vigilâncias sanitárias dos Estados e municípios recolham o produto, caso ele seja encontrado em lojas, e os envie para os laboratórios da rede Lacen. A agência quer saber qual é o conteúdo exato das cápsulas.

Fonte Estadão

Gravidez entre adolescentes paulistas cai 37% em 11 anos


Foram registradas 92.812 ocorrências em 2009; em 1998, o Estado teve 148.018 casos de gravidez na adolescência

SÃO PAULO - Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, produzido com base nos dados da Fundação Seade e divulgado nesta terça-feira, 26, mostra que a gravidez entre adolescentes paulistas, com idades entre 10 e 19 anos, caiu 37% em 11 anos.

Em 1998, foram 148.018 casos de gravidez na adolescência no Estado e em 2009, último dado consolidado, esse número caiu para 92.812 ocorrências. A queda nos casos se mostrou constante desde o primeiro ano do levantamento.

De acordo com o relatório, houve uma redução de 37,8% na faixa etária de 15 a 19 anos. Em 1998, foram 143.490 adolescentes nessa faixa etária grávidas no Estado. Em 2009 esse número caiu para 89.176 jovens. Entre as garotas com idades entre 10 e 14 anos, o indicador apresentou queda de 19,7%, com 4.528 casos de gravidez em 1998 e 3.636 em 2009.

Desde 1996 a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social, e que começou a mostrar resultados dois anos depois - por isso a Secretaria usa 1998 como base de comparação.

Além de informação e orientação, o trabalho busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. A Casa do Adolescente de Pinheiros, na capital, serviu como laboratório da nova política de saúde para jovens, oferecendo atendimento multidisciplinar, com médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores.

"A replicação do atendimento multiprofissional focado não apenas na prevenção mas nos aspectos emocionais e psicoafetivos dos adolescentes vem contribuindo não só para a diminuição dos índices de gravidez na adolescência, mas também na prevenção e tratamento de doenças", disse o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, em comunicado.

Atualmente, são 25 unidades da Casa do Adolescente na capital, Grande São Paulo e litoral do Estado. Uma delas, inclusive, instalada em Heliópolis, maior favela da cidade de São Paulo.

A Secretaria mantém um telefone, (11) 3819-2022, para tirar dúvidas dos adolescentes sobre sexo seguro, anticoncepcionais e relacionamentos afetivos, entre outros assuntos. Uma equipe formada por médicos, psicólogos e assistentes sociais atende jovens que ligam em busca de orientações. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 11h às 14h.

Fonte Estadão

Hospitais psiquiátricos são alvo do MPF


O atendimento inadequado de serviços de saúde em todos hospitais psiquiátricos do Estado de São Paulo é alvo de inquérito civil público (ICP), divulgou o Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira, 25.

A investigação apura também possível omissão do Ministério da Saúde na fiscalização das atividades realizadas pelas instituições.

O registro de 104 óbitos em 2010 em sete hospitais psiquiátricos paulistas, denunciados pela jornal Folha de S. Paulo, em 19 de julho de 2011, motivaram a abertura do inquérito. As mortes teriam sido ocasionadas por falta de atendimento adequado aos pacientes, segundo o jornal.

Segundo o autor do ICP, procurador Regional dos Direitos do Cidadão Jefferson, Aparecido Dias, a saúde é garantida pela Constituição Federal como um direito social (art. 6º), um direito de todos e dever do Estado (art. 196).

De acordo com o MPF, o ICP tem o objetivo de averiguar se a fiscalização das instituições psiquiátricas tem sido feita de maneira eficaz pelo Ministério da Saúde.

O MPF oficiou e questionou o Ministério da Saúde sobre os repasses aos hospitais da região de Sorocaba, em maio. A iniciativa foi do procurador da República Rubens José de Calasans Neto, mas o Ministério da Saúde ainda não respondeu.

Em Sorocaba, o MPF tem um procedimento específico para apurar se recursos públicos federais são repassados aos hospitais psiquiátricos da região e como esses recursos estão sendo aplicados.

Fonte Estadão

Minoria trata depressão em São Paulo


Apenas 37,3% dos paulistanos com episódios de depressão grave recebem algum tipo de tratamento.

Essa é uma das conclusões de um estudo mundial sobre a doença publicado ontem pela revista científica BMC Medicine. Na pesquisa, os dados referentes ao Brasil são representados exclusivamente por São Paulo e se referem a um período de coleta de dados compreendido entre 2004 e 2007. A falta de tratamento foi constatada nos 12 meses anteriores à aplicação dos questionários aos pacientes.

Numa lista de 18 países que tiveram seus índices de depressão avaliados, o Brasil apresentou a maior prevalência da doença, com 10,4%. Se comparado aos países que integram o grupo de pesquisa do País (formado por nações de baixa e média renda, como China e Índia), esse índice é altíssimo: a média de prevalência da depressão nessas nações foi de 5,9%. “Isso foi uma surpresa até mesmo para nós. Precisaríamos de um novo estudo para compreender essa prevalência”, afirma a professora Maria Carmen Viana, do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santos (Ufes), uma das responsáveis pelo estudo no País.

No Brasil, as informações foram coletadas pela pesquisa São Paulo Megacity Mental Health Survey, que também tem a coordenação da professora Laura Helena Andrade, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Exatamente 5.037 paulistanos foram entrevistados – eles responderam a um questionário idêntico àquele aplicado aos demais participantes do estudo. No mundo, 89 mil pessoas foram ouvidas pela pesquisa e o Japão apresentou a menor prevalência da doença, com 2,2%.

O mapa da depressão é uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde, com coordenação da Universidade de Harvard, nos EUA, e participação de órgãos parceiros. A ideia era estudar a classificação e o grau do transtorno psiquiátrico. Para ser classificada como paciente de depressão grave (caracterizada pela condição duradoura do transtorno, por pelo menos duas semanas), a pessoa deveria preencher cinco de nove critérios da doença.

No Brasil outra constatação que chamou a atenção dos pesquisadores foi a prevalência da doença na população jovem: pacientes com idade entre 18 e 34 anos têm, em média, de 3 a 5 vezes mais probabilidade de sofrer do quadro grave do transtorno – essa mesma situação se aplica aos maiores de 65 anos. Em países de baixa renda, ficou constatado que o início da depressão se dava dois anos mais cedo.

Dos diagnosticados com depressão grave e que tiveram acesso a algum tipo de tratamento (1.878 pessoas, no total), apenas 23% tiveram auxílio de um especialista em saúde mental. Outros 15% foram tratados por clínicos gerais e 0.3% por “serviços comunitários não médicos, como assistentes sociais e igrejas”, segundo a professora Maria Carmen.

A baixa taxa de tratamento nos pacientes depressivos segue o “padrão internacional”, afirma Sérgio Baxter Andreoli, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “São números parecidos aos registrados em outros países. E os que buscam tratamento, correspondem aos pacientes com grau mais avançado da doença.”

Para Evelyn Bromet, da Universidade de Nova York e responsável pelo estudo nos Estados Unidos, os números de prevalência do transtorno são um alerta. “Demonstramos que a depressão é uma preocupação de saúde pública. (Os dados) podem ajudar iniciativas globais para reduzir o impacto da depressão na vida dos indivíduos e reduzir a carga para a sociedade.”

Mulheres
O estudo também confirmou a maior suscetibilidade das mulheres à doença. A proporção é de duas mulheres com o transtorno para cada homem doente.

Fonte Estadão