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quinta-feira, 28 de julho de 2011

O legado farmacêutico e o primeiro boticário

As terapias com o uso de vegetais e minerais existem a tanto tempo quanto os seres humanos.

As doenças humanas e o instinto de sobrevivência têm levado a sua descoberta ao longo das épocas.

O uso de terapias, mesmo que bastante rústicas, começou antes dos registros históricos, graças ao instinto do homem primitivo de aliviar a dor de uma lesão colocando-a em água fria, empregando folhas frescas ou protegendo-a com lama. Por meio dessas experiências, os seres humanos aprenderam que determinadas terapias eram mais eficazes que outras e, a partir desses achados, surgiu a terapia medicamentosa.

Entre vários povos, acreditava-se que as doenças fossem causadas pela entrada de demônios e espíritos malignos no organismo. O tratamento naturalmente envolvia a retirada dos intrusos sobrenaturais.

A partir de registros antigos, sabe-se que os principais métodos de remoção de espíritos consistiam em encantamentos espirituais, aplicação de materiais repugnantes e administração de ervas e plantas.

O primeiro boticário

Antigamente, nas tribos, homens e mulheres que conheciam as qualidades curativas das plantas, habilidade adquirida com a experiência ou herdada de antepassados, eram chamados para tratar doentes e lesionados e preparar produtos medicamentosos.

Foi a preparação desses produtos que originou a arte do boticário.

A arte do boticário sempre foi associada ao mistério; acreditava-se que os práticos tinham alguma conexão com o mundo dos espíritos e, dessa forma, intermediavam o visto e o não-visto. A crença de que poções medicamentosas tinham poderes mágicos significava que sua ação, para o bem ou para o mal, não dependia unicamente das suas qualidades naturais. A compaixão de um deus, a realização de cerimônias, a ausência de espíritos malignos e a intenção do dispensador eram individual e coletivamente necessárias para torná-la eficaz sob o ponto de vista terapêutico. Por isso, o boticário tribal era temido, respeitado, acreditado, confiado, algumas vezes desconfiado, admirado e reverenciado. Por meio de suas poções, acreditava-se que os contatos espirituais fossem feitos, sendo a cura ou o fracasso da terapia dependente desse contato.

Ao longo da história, o conhecimento dos medicamentos e de suas aplicações era traduzido em poder.

No épico de Homero, o termo pharmakon (Gr.), que deu origem à palavra farmácia, conota uma poção, remédio* ou droga que po podem ser usados para o bem ou para o mal. Muitos dos fracassos dos boticários tribais ocorriam pelo emprego de remédios impotentes ou inapropriados, sub ou superdosagem, ou mesmo por envenenamento.

O sucesso poderia ser atribuído a experiência, mera coincidência, seleção adequada da terapia, poder curativo natural e efeitos-placebo não-relacionados à terapia, ou seja, efeitos obtidos em decorrência de fatores psicológicos e não biológicos. Mesmo nos dias de hoje, a terapia com placebo é empregada com sucesso no tratamento de pacientes, sendo rotineiramente empregada na avaliação clínica de novos medicamentos, em que a resposta dos indivíduos tratados com o medicamento real é comparada com aquela produzida após a administração do placebo.

Antigamente a arte do boticário combinava se com a função de sacerdote, e, nas civilizações antigas, o sacerdote-mágico ou sacerdote-médico era visto como o curador do corpo e da alma. A farmácia e a medicina eram indistinguíveis, pois sua prática foi combinada à função de líder religioso tribal.

Anvisa publica vocabulário de formas farmacêuticas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou em abril passado, o Vocabulário Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de Medicamentos. A publicação ficará  disponível no portal da agência, no link “Medicamentos”.

O livreto contém a padronização das nomenclaturas e conceitos relacionados às formas farmacêuticas, vias de administração e embalagens de medicamentos para serem utilizados como referência primária, principalmente no registro e pós-registro de medicamentos.

Outro aspecto importante são as abreviações das características técnicas, muito utilizadas em publicações oficiais. Quando não seguem um padrão, segundo a Anvisa, essas abreviações constituem um obstáculo para a comunicação.

Os conceitos e nomenclaturas também devem ser empregados  nas bulas e rótulos, nos sistemas de informações, na certificação de Boas Práticas de Fabricação e em outras atividades que exigem informações padronizadas. A falta de padronização dificulta a classificação correta dos medicamentos e o entendimento comum.

Consulte ou baixe o livreto aqui:


Falta de dinheiro para a Saúde pública não existe

A gente vive escutando que faltam recursos para a saúde pública,

… que os hospitais públicos ‘naturalmente’ assistem mal a população por causa disso;

… e por isso precisamos pagar o plano de saúde.

Não é verdade – dinheiro tem e muito: o problema é que não chega ao sistema de saúde.

Não é uma afirmação leviana, basta analisar os números que nos são apresentados o tempo todo.

Vamos começar com o orçamento público para a saúde: a constituição e as leis complementares exigem que pelo menos 10 % da arrecadação dos impostos sejam destinados no orçamento para a saúde.

Considerando os repasses do âmbito federal para o estadual (ou distrital), e do estadual para os municípios, de tudo que se arrecada 10 % deve ir para a saúde.

Parece ‘micharia’ quando falamos em 10 %, afinal pode-se pensar que 10 % de nada é nada !

Mas se você mora em São Paulo e alguma vez passou pela Rua Boavista, deve ter visto o impostômetro, que estima (por baixo) o quanto o governo arrecadou de impostos até o momento, e nesta semana chegou à ‘bagatela’ de R$ 800 bilhões.

Mesmo os mais pessimistas acreditam que em 2011 será arrecadado R$ 1,5 trilhão !!!!!

Fazendo ‘conta de padeiro’, o que deveria ser destinado à saúde são R$ 150 bilhões. Bem … é o que a lei diz.

A ‘pergunta que não quer calar’ é por que este dinheiro não chega à saúde ?

Tenho que acreditar que não chegou, porque:
  • Daria para construir pelo menos 150 novos hospitais por ano;
  • Daria para pagar salário digno para 1 milhão de médicos (1 médico para cada 200 habitantes !!!!!);
  • Poderia comprar medicamentos para curar a humanidade inteira;
… é dinheiro ‘a bessa’.

Se você trabalha em plano de saúde:
  • Daria para o governo pagar um plano de saúde para 200 milhões de habitantes com um prêmio mensal de 62,50 por mês;
  • Conhece alguma seguradora que recusaria uma proposta destas ? … 200 milhões de vidas com ticket de R$ 62,50 !!!!
Já passou da hora de parar de reclamar que não existe dinheiro – é mais do que evidente que o problema da saúde é a gestão pública que não o faz chegar onde deveria.

Nosso sistema de repasse dos impostos é tão confuso que ninguém consegue rastrear o que acontece entre a origem e o destino da receita – ficamos perdendo tempo com ‘formiguinhas’ como a necessidade de controlar o ponto dos servidores e não damos atenção ‘ao elefante’ do controle para que tenhamos nossos R$ 150 bilhões na saúde.

Vai construir estádio às custas de isenção de impostos ? Nenhum problema, desde que aumente de 10 % para x % a verba da saúde de modo a garantir nossos R$ 150 bilhões. Tire a isenção dos outros gastos do governo e preserve o que seria da saúde.

Nada contra a construção de estádios, PAC, ou qualquer ação governamental que resulte em beneficio à população e ao crescimento.

Desde que fique para a saúde o que é de direito … sem truques !

Enio Salu

Fonte SaudeWeb

Coren – SP e governo do Estado firmam parceria para cargo de técnico de enfermagem

Em reunião realizada na última segunda-feira (25), em São Paulo, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, Coren-SP, Cláudio Alves Porto, junto com o Secretário Estadual de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, recebeu a garantia de que o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin vai criar o cargo de técnico de enfermagem nos quadros do funcionalismo público do Estado de São Paulo.

O Projeto de Lei (PL) que cria o cargo foi promessa de campanha do governador e está previsto para ser votado em agosto.

Cláudio Porto recebeu também do Secretário de Saúde a garantia de que o programa Tecsaúde, desenvolvido pela Fundap, terá continuidade. O Tecsaúde oferece aos auxiliares de enfermagem do Estado de São Paulo, gratuitamente, o curso de complementação para a formação em Técnico de Enfermagem. O TecSaúde prevê ainda a especialização gratuita em diversas áreas para quem já é Técnico de Enfermagem.

Para o TecSaúde, o Governo prevê o investimento de mais de 50 milhões de reais. Segundo Porto, a proximidade com as autoridades de saúde do Estado de São Paulo, e o respeito que o COREN-SP conquistou perante os órgãos responsáveis pela saúde da população de São Paulo nos últimos anos, têm sido fundamentais para abrir novos caminhos para a Enfermagem paulista.

E ressalta que a categoria ainda tem muitas outras necessidades e pretende continuar, como representante da Enfermagem, lutando por elas

A criação da carreira de Técnico de Enfermagem e a manutenção do programa TecSaúde são medidas complementares e um ganho para a saúde da população.

Com a criação da carreira de Técnico de Enfermagem, o COREN-SP avalia que algumas das principais falhas da gestão de saúde serão sanadas: a delegação e o estabelecimento de competências, e o dimensionamento das equipes de enfermagem.

Para Porto, existe um hiato entre as competências e atividades do auxiliar de Enfermagem e de Enfermeiro. Um técnico de enfermagem, bem treinado e capacitado, pode assumir determinados cuidados na assistência à saúde que um auxiliar não pode, sob supervisão do Enfermeiro, dando mais coesão e qualidade ao serviço de saúde, e a população em geral ganhará com isso: haverá mais segurança para os pacientes e o Enfermeiro poderá assumir os procedimentos mais graves e de risco e gerir a equipe.

Fonte SaudeWeb

“Uso de telemedicina requer parceria entre tecnólogos e clínicos”


Em análise, o Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) constatou que a Telemedicina é um recurso que pode contribuir para satisfazer a crescente demanda demanda por acesso a serviços de assistência médica em nações em desenvolvimento e áreas remotas do mundo. Entretanto, o uso abundante da telemedicina precisará de maiores parcerias entre tecnólogos e clínicos para garantir que ela cumpra suas promessas no mundo real – alcançar a milhões de pessoas, com resultados significativamente melhores para tais pacientes.

De acordo com a Universidade de Washington, de redes sem fio mais rápidas, aplicativos de imagens de diagnósticos móveis a biossensores, as tecnologias para proporcionar serviços de telemedicina com certeza existem. Mas avançar a telemedicina somente através de inovações tecnológicas não é o bastante. E ressalta que é preciso facilitar para que os provedores de assistência médica adotem e apliquem essas tecnologias em vários ambientes médicos.

Segundo o IEEE, os provedores de assistência médica e tecnólogos precisam entrar em acordo sobre padrões para um desempenho mínimo do sistema de redes e plataformas de telemedicina, além do desenvolvimento de um vocabulário comum para descrever essas tecnologias.

E expõe um questionamento ao dizer que os provedores de assistência médica podem ver a descrição técnica de uma bomba cardíaca ou aparelho de raio X e entender se eles vão atender suas necessidades ao fornecer assistência de qualidade para um paciente. Mas com quanta facilidade os radiologistas podem, por exemplo, entender se a resolução de pixels ou a taxa de compressão de seu equipamento de vídeo permitirá com que eles vejam claramente os detalhes das imagens para darem diagnósticos precisos?

Diante dessa realidade, o órgão alerta que é preciso traduzir os critérios técnicos para o domínio clínico para que seja mais fácil para que os fornecedores de assistência médica os compreendam.

Pensando no futuro, o mercado espera que diversas tecnologias tenham um papel importante para avançar a adoção da telemedicina, incluindo smartphones, sensores e instrumentações portáteis.

Smartphones combinados com redes móveis de alta velocidade, por exemplo, podem ser usados para monitorar condições de saúde de maneira não invasiva, como níveis sanguíneos de glicose de pacientes diabéticos.

Outros avanços em biossensores, tais como sensores de eletrocardiogramas mais confiáveis e duráveis que monitoram remotamente o risco de ataque cardíaco dos pacientes, também melhorarão significativamente a qualidade e o acesso à assistência médica com custos mínimos.

De acordo com o instituto, essas inovações podem ser especialmente benéficas em países em desenvolvimento como a Índia, onde 70 por cento da população do país mora em áreas rurais, sendo que 90 por cento dos centros de assistência médica estão localizados nas áreas urbanas do país.

Fonte SaudeWeb

Hipnose é nova aliada em cirurgias e permite recuperação mais rápida do paciente


Método pode substituir anestesia geral em algumas operações

Uma nova técnica que pode substituir a anestesia geral em alguns tipos de cirurgia permite que o paciente, enquanto passa pelo procedimento, imagine estar em outro local e, posteriormente, se recupere com maior rapidez. A hipnose — aplicada juntamente com anestesia local — vem sendo utilizada em operações em hospitais da Bélgica e da França e é cada vez mais procurada por pacientes europeus.

A técnica da hipnose permite que a pessoa mesmo sedada, permaneça consciente durante a cirurgia e por evitar os efeitos da anestesia geral, os médicos afirmam que o período de recuperação é menor, assim como a necessidade de analgésicos. Contudo, o método só pode ser utilizado em alguns tipos de operações.

Enquanto os cirurgiões realizavam a retirada da tireoide de Marianne Marquis, de 53 anos, no hospital belga Cliniques Universitaires St. Luc, em Bruxelas, a paciente imaginou estar em uma praia, conforme sua anestesista descreveu sussurrando em seu ouvido alguns minutos antes do início da operação. Ela lembra-se de ter escutado os médicos conversando, mas afirma que teve a sensação de que eles estivessem muito longe dela.

— Imaginava o toque dos dedos na areia e a água cobrindo meus pés — conta.

Segundo ela, a única coisa que sentiu foi uma leve pressão no pescoço com a primeira incisão, mas disse não haver sentido dor.

Desde que os médicos começaram a oferecer a hipnose no hospital em 2003, centenas de pacientes têm escolhido a técnica. Em outra instituição belga, já foram realizadas mais de 8 mil cirurgias com o método desde 1992.

Os médicos defendem que praticamente qualquer cirurgia efetuada com anestesia local pode funcionar com hipnose e uma menor quantidade de analgésicos. Seus partidários afirmam que a técnica pode amenizar a sensação de dor e que também reduz a necessidade de anestesia. De acordo com alguns estudos, isso significa uma recuperação mais rápida e um gasto menor para os hospitais. Contudo, o método requer que o anestesista passe mais tempo com o paciente antes da operação para fazer a hipnose, e que este necessite uma vigilância mais minuciosa durante o procedimento.

A técnica se popularizou em alguns países europeus nos últimos anos. Alguns cirurgiões plásticos e faciais da Alemanha têm utilizado a hipnose, assim como alguns cirurgiões dentistas britânicos.

A Sociedade Francesa de Anestesistas considera a hipnose como um complemento válido da anestesia para reduzir a tensão, a ansiedade e a dor. Em razão da demanda, a organização criou, no ano passado, uma filial sobre o método.

A médica Fabianne Roelants, anestesista de Marianne, descreve a hipnose como um estado de consciência modificado:

— A mente do paciente vai para algum lugar agradável, mas o corpo permanece na sala de cirurgia.

Conforme a médica, se os pacientes sentirem alguma dor durante a operação, os anestesistas imediatamente lhe injetam um analgésico.

Alguns especialistas advertem, porém, que o uso da técnica não é possível em cirurgias maiores de coração e outros órgãos internos porque a dor seria insuportável.

— Se a hipnose não funciona e tens aberto o abdômen o peito de alguém, te encontrarás em grande dificuldade — explica o professor da universidade inglesa de Southampton.

A paciente Marianne, que pode realizar a cirurgia com o método, recomenda a hipnose para as pessoas que querem evitar a anestesia, mas adverte que não é para qualquer um.

— Você tem de estar no estado de ânimo adequado, estar bem preparado e confiar na equipe médica responsável. Se desconfia da hipnose e tem medo que não vai funcionar, provavelmente não vai ter um bom resultado — diz.
Fonte Zero Hora

Não é mito: as mulheres são mais suscetíveis aos efeitos do álcool



Questões afetivas induzem o consumo, segundo pesquisa do Ministério da Saúde

A morte de Amy Winehouse, no último sábado, trouxe o tema à tona. O consumo de bebida alcoólica entre o público feminino vem crescendo a cada dia.

No Brasil, a situação não é diferente. Em 2006, cerca de 8% das mulheres entrevistadas afirmaram que tomavam algumas doses a mais. Já em 2010, mais de 10% contou que exagera no álcool. A pesquisa foi feita pelo Ministério da Saúde.

Não é só crescimento do consumo que preocupa os médicos. Os efeitos das bebidas nas mulheres são mais nocivos do que nos homens. O álcool se mistura facilmente com a água do corpo, e como elas têm menos água do que os homens, a concentração e os efeitos da bebida acabam sendo maiores.

— Estudos científicos apontam que, nas mulheres, o uso de álcool está associado ao desenvolvimento de câncer de mama, principalmente quando combinado ao uso de reposição hormonal na pós-menopausa, por exemplo. Sob o efeito de bebida, as mulheres ainda podem ficar suscetíveis a abusos sexuais e fazer sexo desprotegido — explica a psiquiatra Camila Magalhães Silveira.

Os motivos que levam homens e mulheres a beberem também são diferentes. Em estudo realizado com universitários sugeriu que as questão afetivas estão relacionadas ao consumo de bebida entre as mulheres. Elas bebem para lidar com situações estressantes ou para aliviar sintomas depressivos.

Já para o público masculino, o uso de álcool estaria associado a motivações sociais. Eles bebem em festas ou na companhia de amigos para ser aceito pelo grupo.

Fonte Zero Hora

Mulheres que estão ovulando conseguem detectar melhor se o homem é gay

Pesquisa sugere que cérebro está evolutivamente preparado para acasalamento

Vontade de subir pelas paredes de tanto desejo e mudanças de humor são comuns no período fértil. Mas, o que cientistas canadenses descobriram é que o "gaydar" ( ou radar para gay) fica mais apurado durante a ovulação.

Instintivamente elas conseguem perceber melhor a orientação sexual de homens neste período, de acordo com o estudo publicado na revista Psychological Science. Fora do ciclo, a habilidade de "ver além do alcance" volta ao normal.

Segundo o autor do estudo, Nicholas Rule, as participantes não sabiam que tinham a capacidade. Durante o experimento, elas viram 80 fotos de rostos de homens, sendo que metade das imagens era de gays.

Quanto mais perto do pico de ovulação mais elas conseguiram adivinhar a orientação sexual dos homens. Só foram testadas mulheres heteros. O radar não "funcionou" quando elas foram expostas às imagens de mulheres homossexuais.

Na segunda parte do teste elas leram uma história erótica para "provocar o pensamento reprodutivo". As mulheres férteis novamente conseguiram detectar melhor, o que sugere que o cérebro está evolutivamente preparado para acasalamento durante a ovulação.

Fonte Zero Hora

Radioterapia aplicada durante cirurgia é mais eficaz no tratamento contra o câncer

Hospital de Clínicas realiza procedimento inédito na unidade de radioterapia da instituição

Clóvis Prates / Divulgação HCPAA aplicação de radiação durante a cirurgia de retirada de um tumor garante uma maior eficácia no tratamento contra o câncer, além de proteger os órgãos saudáveis dos raios. De acordo com o cirurgião do Hospital de Clínicas (HCPA), Alceu Migliavacca, a utilização da chamada radioterapia intra-operatória é uma tendência mundial.

— Durante a cirurgia, pode-se aplicar o tratamento no local onde o tumor nasceu, ou seja, ela é focada e seu poder de ação fica muito maior. A aplicação da dose de radiação que seria dividida em diversas sessões após a operação é concentrada em uma única vez — explica o médico.

Migliavacca realizou ontem pela primeira vez uma cirurgia deste tipo na unidade de radioterapia do HCPA, onde foi montada uma sala de cirurgia. O paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), que foi operado embaixo da máquina que emite radiação, sofria de sarcoma, um tumor que se localiza atrás das alças intestinais do abdômen. Este câncer atinge cerca de 8 mil brasileiros por ano e tem um grande potencial de reincidência, ou seja, tem tendência de voltar a aparecer no mesmo local de onde foi retirado.

— O sarcoma sempre é tratado com cirurgia e radioterapia exatamente para evitar que ele reapareça. Neste caso, a radiação durante a cirurgia é importante também para poupar os órgãos saudáveis como s intestino, os rins e o baço, que foram afastados e protegidos com chumbo — diz.

Segundo o médico, a técnica também pode ser utilizada e é bastante eficaz no tratamento de outros tipos de câncer, como o de mama. O objetivo da equipe é elaborar um plano para que o hospital monte uma sala especial para a realização de cirurgias com radioterapia intra-operatória.
Fonte Zero Hora

Pesquisa relaciona dor nas costas com causas genéticas

De acordo com estudo, genes desempenham um papel fundamental na dor lombar e na deterioração dos discos vertebrais da coluna

A dor nas costas é um problema bastante comum e pode ter diferentes causas, porém, é a primeira vez que ele é diretamente ligado à genética. Segundo um estudo israelense, os genes têm ligação com dores nas costas e cada tipo de dor pode ter diferentes origens genéticas.

A pesquisa liderada pelo professor de Medicina Gregory Livshits mostra que os genes desempenham um papel fundamental na dor lombar e na deterioração dos discos vertebrais da coluna. Segundo o médico, estes dois fenômenos não ocorrem necessariamente juntos e são causados por fatores genéticos distintos.

No estudo foram analisados 2,5 mil pares de gêmeas, entre eles casos de idênticos e não-idênticos. As irmãs não-idênticas , que compartilham metade dos genes, foram três vezes mais propensos a sofrer de dor nas costas, enquanto que os idênticos, que compartilham todos os genes, se mostraram seis vezes mais propensos a desenvolver doenças articulares quando o irmão tinha o problema.

O resultado da pesquisa, que contou com a participação de cientistas ingleses, pode ajudar a identificar os diferentes mecanismos envolvidos na complicação e levar a opções de tratamentos mais eficazes contra as dores nas costas.
Fonte Zero Hora

Com 26 casos, Vale do Rio Pardo é a região com maior número de casos de gripe A em 2011

O Rio Grande do Sul já registra 75 casos de gripe A este ano, incluindo nove mortes. A maior concentração de pessoas que contraíram a doença está na metade leste do Estado. A região com o maior número de casos é o Vale do Rio Pardo, onde 26 pessoas tiveram a doença confirmada. Em seguida vem a Região Metropolitana e a Região Sul.

Em mapa, Zero Hora registra a incidência de casos e os municípios dos infectados. O que mais chama a atenção é que a região Norte não apresenta nenhum caso e a região Noroeste apenas um. Já a Campanha, a Fronteira Oeste e a Região Central têm, somadas, apenas oito casos.
Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Sanitária do Centro Estadual em Vigilância em Saúde, Marilina Bercini, dois são os principais motivos para a maior incidência na metade leste: o menor índice de vacinação nessas regiões e o maior número de casos da doença registrados em 2009, ano em que ocorreu o surto mais grave da doença no Estado:

— Em 2009, quando o Estado registrou 2.051 casos da doença, grande parte foi na região Norte e Noroeste. Quem pegou gripe A, não pegará novamente. Como boa parte da população está imune, pois já teve a doença ou já foi vacinada, há menos casos. Já nas regiões Metropolitana e Sul tivemos menos casos em 2009, consequentemente, menos pessoas imunes — explica Marilina.

No entanto, ela reforça que a situação pode mudar ao longo do ano e essas regiões precisam estar alertas para prevenção e vacinação:

— Agora não temos casos no Norte e Noroeste, mas não quer dizer que não teremos.

Mapa da gripe A


Confira no mapa os municípios que já registraram gripe A em 2011. Os pontos azuis representam casos da doença e os pontos vermelhos são as mortes em decorrência da gripe A.


Visualizar Gripe A no RS em um mapa maior
Fonte Zero Horas

Metade dos homens terminaria com mulheres que ganham peso


NOVA YORK - Os homens se preocupam mais com o tipo de corpo de sua parceira do que as mulheres com o corpo de seu parceiro, mas também parecem valorizar mais a vida familiar, revelou uma pesquisa divulgada na terça-feira, 26. Quase metade dos homens entrevistados na pesquisa, conduzida com 70 mil pessoas, disse que terminariam com uma parceira que ganhasse peso, contra apenas 20% das mulheres que fariam o mesmo.

Dois terços dos homens disseram já ter tido fantasias com as amigas de suas parceiras. Apenas um terço das mulheres já fez o mesmo. "Ao mesmo tempo em que os homens ficam mais à vontade em encontrar suas namoradas online e menos ansiosos por saber com quem ela está fazendo amizade online, seus outros comportamentos românticos mostraram ser atemporais: para eles, o cavalheirismo não morreu, o tamanho do corpo tem importância e as mulheres perdoam, enquanto os homens esquecem", disse James Bassil, editor-chefe da AskMen, que fez a pesquisa em conjunto com a Cosmopolitan.com.

Símbolo de status
Embora apenas 18% das mulheres tenham dito que gostariam que seu parceiro fosse mais bem dotado, mais de 51% dos homens entrevistados revelam que gostariam de sê-lo.

Mas a pesquisa também revelou que 39% dos homens apontam a família como sua primeira opção em matéria de símbolo máximo de status. Já entre as mulheres, 43% citaram uma casa bonita, contra apenas 6,5% dos homens. Um quarto das mulheres citou um parceiro bem sucedido como seu símbolo máximo de status.

Mas os homens demonstraram mais tendência a mentir sobre o número de parceiras sexuais que já tiveram (50%) que as mulheres (35%).

Pílula masculina e quem paga a conta
Uma coisa sobre a qual homens e mulheres se mostraram de acordo foi a pílula anticoncepcional masculina, ainda não desenvolvida mas que mostrou ser popular entre todos.

Mais de metade das mulheres gostaria que seu parceiro a tomasse e mais de dois terços dos homens disseram estar dispostos a aderir à contracepção masculina.

Homens e mulheres divergiram quanto a pagar a conta em seus encontros, pelo menos na fase inicial de um relacionamento. Mais mulheres -- 38% -- acham que devem pagar por suas próprias despesas, contra 33% para quem é o homem quem deve pagar a conta. Mas 59% dos homens acham que devem pagar a conta, pelo menos enquanto o relacionamento não estiver consolidado.

Quase 80% dos homens disseram sentir-se prejudicados nos processos de divórcio. Porém mais mulheres acham que os dois sexos recebem tratamento igual do que o número de mulheres que concordam que os homens são prejudicados.


As mulheres se mostram muito menos à vontade com a ideia de seus parceiros continuarem a manter contato com sua ex. Mais de dois terços dos homens não se importam se sua parceira é amiga do ex dela no Facebook, contra 38% das mulheres.

Mas três quartos dos homens entrevistados disseram que, para eles, enviar mensagens de texto de teor sexual equivale a trair.

Fonte Estadão

Unicef anuncia vacinação de mais de 200 mil crianças no Quênia

Durante a operação, as crianças também receberam vitamina A e tratamento antiparasitário contra vermes

NAIRÓBI - O Unicef anunciou nesta terça-feira que, junto com o Ministério da Saúde queniano e a Organização Mundial da Saúde (OMS), iniciará nesta semana uma campanha de vacinação de sarampo e pólio para mais de 200 mil crianças menores de 5 anos que vivem em comunidades próximas do campo de refugiados de Dadaab, no norte do Quênia.

Efe
Efe
Refugiados aguardam atendimento médico no Quênia
 
Durante a operação coordenada as crianças também receberam vitamina A e tratamento antiparasitário contra vermes, assegura o Unicef em comunicado.

Unicef, a OMS e o Governo do Quênia pretendem assim "assegurar que as crianças que vivem nas regiões afetadas pela seca sejam vacinados contra doenças como o sarampo, que pode ser mortal em crianças desnutridas, e protegê-las contra a pólio".

Segundo números do Médicos sem Fronteiras (MSF), mais de 81 mil pessoas chegaram ao campo de refugiados de Dadaab desde janeiro por causa da seca do Chifre da África e o conflito da Somália, e só na semana passada mais de 5 mil chegaram até o centro de ajuda.

"As crianças não morrem apenas porque não têm comida suficiente. Nas diferentes fases de desnutrição, são mais propensos a doenças", assegura no comunicado o diretor regional do Unicef para o Leste e Sul da África, Elhadj As Sy, que acrescentou que "esta é uma crise de sobrevivência infantil".

A campanha no norte do Quênia, que continuará até na sexta-feira, terá como meta vacinar crianças nas zonas de Garissa, Fafi, Lagdera e sul de Wajir, e pretende estender no início de agosto aos refugiados do acampamento de Dadaab.

Segundo o comunicado do Unicef, o organismo da ONU necessitará US$ 300 milhões para os próximos seis meses para intensificar suas operações de assistência de emergência e de prevenção às crianças que sofrem as consequências da seca no Chifre da África.

Nações Unidas qualificou a atual seca que castiga ao Chifre da África como a pior na região nos últimos 60 anos e assegura que seus devastadores efeitos puseram em situação crítica cerca de 11 milhões de habitantes.

Fonte Estadão

Suspensão de calamidade em TO é cassada

A presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargadora Jaqueline Adorno, cassou a liminar que suspendeu o decreto de estado de calamidade pública nos hospitais e unidades de saúde do Estado publicado em abril. A liminar havia sido concedida na segunda-feira pela juíza Vanessa Lorena Martins, em ação civil impetrada pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Jaqueline, em decisão divulgada ontem no site do TJ-TO, declarou que, ao contrário do que defendeu a juíza, o estado de calamidade inclui situações criadas pela má gestão de administrador público. E citou que o Tribunal de Contas da União (TCE) recentemente decidiu aceitar a dispensa de licitação em caso de situação de emergência causada por falta de planejamento, desídia administrativa ou má gestão de recursos públicos.

A desembargadora também aceitou a justificativa do governo do Estado de que não houve prejuízo aos cofres públicos porque nenhuma ação nem contratação com base no decreto foi realizada. Considerou também "inegável que a situação da saúde pública no Estado está alarmante".

A tentativa de derrubar o decreto tem como motivo a intenção do governo do Tocantins de entregar o gerenciamento da saúde a entidades privadas sem fins lucrativos, sem realizar licitação. Ontem, em portarias publicadas no Diário Oficial, o secretário da Saúde, Arnaldo Nunes, qualificou como Organizações Sociais três entidades que poderão assumir os hospitais públicos: a Associação Beneficente de Assistência Social Pró-Saúde, o Instituto de Saúde Santa Maria (Idesma/OSS) e Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci).

Fonte Estadão

Informações sobre calorias alteram hábitos alimentares nos EUA

Após saberem o valor calórico dos alimentos, muitos americanos trocaram seus pratos

WASHINGTON - O pedido para que as cadeias de fast food de Nova York divulgassem as calorias dos alimentos no cardápio leva um a cada seis clientes a notarem as informações e comparem comidas com menos calorias, de acordo com um novo estudo.

Embora a ingestão de calorias de milhares de pessoas não tenha mudado, clientes do McDonald's, Aun Bon Pain e KFC fizeram modificações significantes nos hábitos alimentares, de acordo com estudo patrocinado pela cidade de Nova York e pela Fundação Robert Wood Johnson.

O relatório, publicado na revista British Medical Journal, é um dos primeiros a mostrar que a lei de 2008 mudou os hábitos de compras dos clientes.

Defensores da lei a encaram como uma forma de ajudar os americanos a perderem peso. Mais de dois terços dos cidadãos americanos estão acima do peso ou são obesos, condições ligadas a problemas de saúde como pressão alta e diabetes.

"Nós achamos que, no geral, estes resultados iniciais são positivos," disse Lynn Silver, diretora do departamento de ciência e política de Nova York e co-autora da pesquisa.

"Estamos otimista, a medida que as informações sobre as calorias se espalham pelo país, e os consumidores se acostumem a usá-las, as redes de fast food serão fortemente incentivadas a oferecerem opções menos calóricas," ela disse.

As cadeias de restaurantes começaram a incluir pratos leves nos cardápios para ajudar os clientes a cortarem o consumo de gordura, açúcar e sódio. O relatório citou exemplos da rede de sanduíches Cosi, que começou a usar maionese de baixa caloria nos molhos, enquanto a rede de cafés Starbucks tornou padrão o uso de leite com pouca gordura. A rede Applebee's também introduziu pratos com menos de 550 calorias no cardápio.

Todas estas mudanças ocorreram depois que a lei nova-iorquina entrou em vigor, informou o estudo. O McDonald's também informou que em breve irá diminuir as porções de fritas do Mc Lanche Feliz e adicionar pedaços de maçã em todas as refeições.

Cortando a gorduraO relatório foi baseado nas informações colhidas durante a hora do almoço em 11 cadeias de restaurante fast food, observando os recibos de mais de 7.300 pessoas nos 12 meses anteriores à lei e de quase 8.500 clientes nove meses depois dela ser implementada.

Nas três principais redes, os clientes reduziram em média o consumo de 44 calorias no McDonald's, 80 no Au Bon Pain e 59 calorias no KFC.

No início do ano, um estudo publicado no International Journal of Obesity informou que a lei nova-iorquina teve pouco efeito na escolha das crianças. Enquanto ambos estudos focam a lei de Nova York, pessoas em todo os Estados Unidos estão atentas aos resultados.

Em 2009, o Centro de Controle e Prevenção de Doença (CCPD) do país estimou que pelo menos 20% dos adultos em todos os estados, com exceção do Colorado, eram obesos. O CCPD também afirmou que o custo médico relacionado à obesidade foram estimados em mais de US$ 147 bilhões em 2008.

Fonte Estadão

Médicos não cumprem lei e ainda andam de jaleco pelas ruas

Há 2 meses, o 'JT' flagrou o descumprimento da regra em sete hospitais públicos e particulares

Prestes a completar dois meses, a lei que proíbe os profissionais da saúde de usarem jalecos ou aventais fora do ambiente de trabalho é ignorada na capital. Na última sexta-feira, a reportagem do Jornal da Tarde percorreu sete hospitais particulares e públicos e flagrou em todos eles o descumprimento da regra, que ainda está sem regulamentação. Pesquisas recentes no Estado de São Paulo indicaram a contaminação por micro-organismos relacionados a infecções respiratórias, cutâneas e gastrointestinais em 95% dos jalecos médicos.

Foram vistos fumando, comendo, falando ao celular e circulando no entorno dos estabelecimentos vestidos com os jalecos funcionários das seguintes instituições: Hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul; Hospital das Clínicas (HC), na zona oeste; Hospital do Mandaqui, na zona norte; e Hospital Santa Izabel, Hospital Sírio-Libanês e Santa Casa de Misericórdia, na região central. Procuradas pela reportagem, as instituições informaram que iniciariam campanhas para discutir o assunto com seus funcionários.

Quando a lei foi sancionada, em 8 de junho deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que seu objetivo era evitar que o vestuário agisse como fonte de contaminação em vez de funcionar como barreira de proteção e segurança. A justificativa divide as opiniões dos conselhos regionais de Medicina (Cremesp) e de Enfermagem (Coren-SP), ouvidos pelo JT.

Mas, enquanto a Secretaria de Estado da Saúde não define como será feita a fiscalização da norma, a “regra não é autoaplicável”, explica Sérgio Resende de Barros, professor de direito constitucional da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Essa foi, aliás, a justificativa usada pelos profissionais da saúde flagrados pela reportagem desrespeitando a norma.

“Conheço a lei, mas ela não tem fiscalização. É regra só no papel”, acredita Miguel Samarta Junior, de 36 anos, auxiliar de enfermagem. “Sei da existência e também estou ciente de que ainda não há controle”, diz um médico do HC, que preferiu não se identificar.

Punição de dez Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESP) – o equivalente a R$ 174,50 – é o que está previsto para médicos, enfermeiros ou auxiliares que usarem os ‘equipamentos de proteção individual’ fora dos ambientes hospitalares, clínicos ou de laboratórios. Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

“Tendo em vista que é uma lei punitiva, que agrava o patrimônio do autuado, é preciso definir alguns pontos indeterminados”, diz Barros. Segundo ele, a lei estadual nº 14.466 não especifica quais são os “ambientes fora do trabalho” proibidos para a circulação com jalecos e os “equipamentos de proteção individual” que não devem ser expostos. “Isso deve ser especificado por decreto.”

A regulamentação da lei, contudo, não tem prazo para ocorrer. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou apenas que “irá promover a normatização da lei, a fim de estabelecer a forma de fiscalização, bem como da aplicação de multas e locais fiscalizados. Atrelado a isso, a pasta irá promover campanhas educativas de conscientização junto aos hospitais, profissionais de saúde e entidades representativas do setor, ampliando o diálogo com a classe.”

Não há consenso sobre a lei entre Cremesp e Coren
A ‘lei do jaleco’ divide opiniões dos conselhos regionais de Medicina (Cremesp) e de Enfermagem (Coren-SP). "Acho completamente absurdo expor o paciente ao risco de contaminação", afirma Claudio Alves Porto, presidente do Coren-SP. Essa posição é questionada por Renato Azevedo Junior, presidente do Cremesp. "Não existe comprovação científica de que o jaleco ou qualquer outro objeto possa ser um canal de contaminação."

Para Junior, a lei é "alarmista e demagógica". "O que me espanta é como um governador, que é médico, tenha sancionado uma regra dessas", critica. Já Porto, acredita que a legislação "até demorou para ser sancionada". Segundo ele, "é uma discussão de cidadania."

O presidente do Coren-SP afirma ainda que, desde 2005, existe uma norma do Ministério da Saúde que orienta médicos, enfermeiros e auxiliares a não usarem seus equipamentos de proteção fora do ambiente de trabalho. "Mas como se trata de portaria, não tinha a força de lei no Estado de São Paulo", diz.

Mesmo o Cremesp, ainda que contrário à regra, ressalta que também não recomenda o uso das peças em ambiente público. "Mas por uma questão de higiene e não por comprovação de que possa causar mal aos pacientes", afirma Junior.

Os representantes dos dois órgãos defendem um trabalho de conscientização com os profissionais. "Para que a lei seja cumprida e não fique apenas no papel", diz Porto. Ou para ressaltar a importância da higienização das mãos. "Isso seria mais efetivo. Há comprovação de que as mãos são um canal de contaminação", defende o Cremesp.

Já o governador Geraldo Alckmin, ao falar sobre a lei, em junho, argumentou que a lavagem das mãos é complementar à ‘lei do jaleco’. "Além de lavar as mãos, toda a lógica do avental é preservar a saúde do paciente. Preserva o paciente, já que o profissional que vem da rua traz micróbios; preserva também o profissional, que tem contato com o paciente; e preserva a população. Não tem sentido alguém com jaleco, que está no laboratório, lancetando uma ferida purulenta, ir depois para um restaurante almoçar, com o mesmo jaleco."

Estudos apontam contaminação
O potencial da vestimenta médica como possível veículo de transmissão de micro-organismos foi apontado em pelo menos dois estudos recentes. Um deles foi divulgado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), câmpus de Sorocaba, no fim do ano passado.

Das 96 amostras de aventais analisadas, 95,83% apresentavam micro-organismos. Entre eles estava a bactéria staphilococcus aureus, considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar. No início deste mês, um outro estudo, feito pela Faculdade Veris, em Campinas, também apontou a contaminação nos aventais. Entre os micro-organismos frequentes estavam: estafilococos coagulase negativa, streptococcus sp, bacillus gram, diplococos gram negativos e bolores.

"Esses micro-organismos podem ocasionar infecções cutâneas, respiratórias, problemas gastrointestinais e até mesmo problemas mais graves se caírem na corrente sanguínea", diz a microbiologista Rosana Siqueira dos Santos, responsável pela pesquisa da Veris.

Hospitais prometem fazer campanhas de conscientização
Alertados pelo JT sobre o uso irregular dos jalecos por seus funcionários, hospitais citados pela reportagem informaram que terão ações de conscientização sobre a lei que proíbe o equipamento fora do ambiente de trabalho. O Hospital das Clínicas informou que uma campanha educativa e cópias da lei foram distribuídas aos profissionais. Já no Sírio Libanês, a nova legislação será discutida com os funcionários. A administração da Santa Casa de Misericórdia e do Santa Isabel afirma que seguirão as recomendações do Cremesp. A Secretaria de Estado da Saúde, que responde pelo Conjunto Hospitalar do Mandaqui, diz que aguarda a regulamentação da lei. Em nota, o Hospital da Unifesp argumenta que, como a lei pune apenas os profissionais, "não tem obrigação de orientá-los".

LEI Nº 14.466, DE 8 DE JUNHO DE 2011
Proíbe o uso, por profissionais da área da saúde, de equipamentos de proteção individual fora do ambiente de trabalho
Artigo 1.º - Ficam todos os profissionais de saúde que atuam no âmbito do Estado proibidos de circular fora do ambiente de trabalho vestindo equipamentos de proteção individual com os quais trabalham, como jalecos e aventais
Artigo 2.º - O profissional de saúde que infringir as disposições contidas nesta lei estará sujeito à multa de 10 (dez) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo
Parágrafo único - As penalidades decorrentes de infrações às disposições desta lei serão impostas, nos respectivos âmbitos de atribuições, pelos órgãos estaduais de vigilância sanitária
Artigo 3.º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias

Fonte Estadão

Jovem com câncer ósseo diz que viveu 'uma vida completa' em três anos

Um jovem americano que faleceu de câncer três anos após o diagnóstico dedicou-se a aproveitar ao máximo no tempo que tinha. Em seu último ano de vida, ele se apaixonou e casou-se com a namorada, que ficou ao seu lado até o fim.

Alex Lewis foi diagnosticado aos 17 anos com câncer nos ossos e passou por um tratamento intensivo contra a doença, sem sucesso. Ele faleceu pouco depois do seu aniversário de 22 anos.

Durante os últimos três anos, ele experimentou o que muitas pessoas levam toda a vida para conseguir, inclusive conhecer e casar com o amor de sua vida.

A história de Alex foi tema do documentário "Alex: A Life Fast Forward" (Alex: Uma Vida Acelerada, em tradução livre), do canal de TV britânico BBC Three.

O garoto foi diagnosticado depois de sentir dor no braço por meses. "Ele jogava muito tênis de futebol americano, por isso imaginou que havia distendido alguns músculos, mas a dor não desaparecia", disse o diretor do documentário, David Dugan, à BBC.

Quando finalmente recebeu o diagnóstico, o câncer já havia se espalhado para seus pulmões. Ele passou por uma intensa quimioterapia e um dos ossos em seu braço foi substituído por uma prótese de metal.
Mas apesar de cirurgias e radioterapia, os tumores continuaram a se espalhar. Segundo Dugan, quando começou a enfrentar a perspectiva de morrer, Alex jurou viver cada dia com o máximo de energia que pudesse.

"(A doença) Faz você compreender como a vida é preciosa. A vida é maravilhosa, na verdade, mas para aproveitar cada minuto você precisa olhar para tudo de uma maneira positiva", disse Alex, no documentário.

Enquanto realizava as diferentes etapas do tratamento, ele decidiu fazer viagens de aventura. Entre elas, como pular de pára-quedas na Nova Zelândia, andar de buggy nas dunas de Dubai e mergulhar após saltar de um penhasco na Cornualha.

'BEIJO INESPERADO'
Em seu último ano de vida, durante uma festa em Swansea, no País de Gales, Alex conheceu Ali Strain, uma garota que havia visto durante uma viagem para encontrar amigos na Austrália, e se apaixonou.

"Foi um beijo inesperado e depois disso, tudo foi muito rápido. Eu pensei que esta era a garota com quem gostaria de passar o resto da minha vida", disse o garoto ao diretor. O casal começou a namorar e Alex a pediu em casamento três meses depois.

"O apoio mútuo e carinho que eles compartilhavam um com o outro era, ao mesmo tempo, alentador e triste de assistir", diz Dugan.

Eles ficaram noivos e Ali se mudou para a casa da família em Oxfordshire para ficar com Alex.

"Apesar de estar piorando fisicamente, ele amava ter alguém com quem dividir sua vida, e descreveu o tempo que passou com Ali como um relacionamento de seis anos que foi acelerado e condensado em cerca de três meses", afirmou o diretor, que conviveu com o casal.

Dugan conta que, na época, o pai de Alex, Andy Lewis, disse que o relacionamento de seu filho "fez com que ele começasse uma vida nova. Ele anda com um sorriso no rosto quando não sente dor".

No entanto, já no outono de 2010, os tumores de Alex já se espalhavam por seus pulmões e ele tinha dificuldades para respirar.

"Ele tomava tanta morfina para controlar as dores que era surpreendente que permanecesse acordado, mas estava determinado a continuar fazendo festas e vendo seus amigos todos os fins de semana", diz Dugan.

'MOMENTOS FELIZES'
Com sua família, Alex chegou a comemorar três natais como se fossem seu último.

Em janeiro de 2011, o casamento com Ali foi realizado apressadamente, mas depois da festa, sua saúde deteriorou-se rapidamente.

No documentário, David Dugan registrou o apoio que o garoto recebia da namorada durante pior momento da doença.

"Ele estava sentindo tanta dor, então eu só dizia 'lembre-se de todos os momentos felizes...pense na noite em que ficamos juntos em Swansea e pense em todos os seus amigos maravilhosos'. E isso o ajudou muito", disse Ali ao diretor.

"Ele queria que sua família e amigos soubessem como havia gostado de sua vida e que não pensassem sobre o destino que ele teve. Alex também quis ressaltar a dificuldade de diagnosticar o câncer ósseo para que outros adolescentes não sofressem o mesmo que ele", afirmou Dugan.

"Pouco antes de morrer, Alex Lewis fez questão de dizer a sua família como acreditava que a vida que teve havia sido completa, apesar de ter acabado antes do tempo."

Fonte Folhaonline

Nova portabilidade de carência de planos de saúde entra em vigor

Termina nesta quarta-feira o prazo para as operadoras de planos de saúde se adaptarem às novas regras de portabilidade de carência definidas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A carência é o período no qual o usuário paga as mensalidades, mas ainda não tem acesso a coberturas previstas no contrato.

Com a resolução, publicada em abril, os beneficiários têm o direito de mudar de plano de saúde sem cumprir novos prazos de carência. Desde de abril de 2009 isso já era permitido para planos contratados a partir de 2 de janeiro de 1999. As mudanças só valerão para esses planos chamados novos --os anteriores a janeiro de 1999 não sofrerão alteração.

A agência estima que cerca de 12 milhões de pessoas sejam beneficiadas com a medida e informou que, entre os principais ganhos para o consumidor estão "a extensão do direito para os beneficiários de planos coletivos por adesão e a instituição da portabilidade especial para clientes de planos extintos".

Um dos critérios que deixam de ser exigidos para a portabilidade é a abrangência geográfica do plano --ou seja, não faz mais diferença para pedir a portabilidade se o plano é estadual, municipal ou nacional.

A permanência mínima no plano é reduzida de 2 anos para 1 ano a partir da segunda portabilidade. A operadora do plano de origem também deve comunicar aos beneficiários o prazo exato estabelecido para solicitar portabilidade de carências.

Com a norma, o direito à portabilidade também é estendido aos planos de saúde coletivos por adesão (contratados por pessoa jurídica de caráter profissional) e aos clientes de planos que foram extintos pela morte do titular.

VEJA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NA PORTABILIDADE:
- A abrangência geográfica do plano (área em que a operadora se compromete a garantir todas as coberturas contratadas pelo beneficiário) deixa de ser exigida como critério para a compatibilidade entre produtos. Dessa forma, o beneficiário não precisa mais se preocupar se o seu plano é estadual, municipal ou nacional para poder exercer a portabilidade;
- A permanência mínima no plano é reduzida de dois para um ano a partir da segunda portabilidade;
- O prazo para o exercício da portabilidade passa de dois para quatro meses, a partir do mês de aniversário do contrato;
- A operadora do plano de origem deverá comunicar a todos os beneficiários a data inicial e final do período estabelecido para a solicitação da portabilidade de carências. Essa informação deve constar do boleto de pagamento do mês anterior ao referido período ou em correspondência enviada aos titulares dos contratos nos casos em que não lhes seja enviado boleto;
- O direito à portabilidade é estendido aos beneficiários de planos coletivos por adesão novos. Entende-se por plano coletivo por adesão aquele que é contratado por pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou setorial, tais como: conselhos profissionais e entidades de classe, nos quais seja necessário o registro para o exercício da profissão; sindicatos, centrais sindicais e respectivas federações e confederações;associações profissionais legalmente constituídas, entre outras organizações;
- É instituída a portabilidade especial para beneficiário de operadora que não tiver efetuado a transferência de carteira após decretação de alienação compulsória pela ANS e para beneficiário de plano de saúde extinto por morte do titular.

GUIA DE PLANOS
A ANS disponibiliza em seu site um guia de planos de saúde que trata sobre a portabilidade de carências e contratação de um plano. O guia, segundo a agência, é um sistema eletrônico que permite o cruzamento de dados para consulta e comparação de mais de 5.000 planos de saúde comercializados por aproximadamente 1.400 operadoras em atuação no mercado brasileiro.

Fonte Folhaonline