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domingo, 31 de julho de 2011

Animais nas pesquisas científicas: até quando?

Cobaias científicas
Camundongos, cães e coelhos são exemplos de animais usados, em todo o mundo, como cobaias de experimentos científicos.
A falta de alternativas, em alguns casos, é apontada por pesquisadores como a principal causa do uso contínuo de seres vivos em experimentos laboratoriais.
Defensores dos direitos dos animais, ao contrário, afirmam que é falta de vontade política e interesses privados dos cientistas motivam a realização da prática que consideram criminosa.
Crueldade com animais
Esta é uma discussão polêmica em eventos científicos nacionais e internacionais, mas pouco conhecida pela sociedade civil, ainda distante desse embate acadêmico, político e social.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, capítulo VI, o poder público deve inibir e combater as práticas que provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.
Uma questão surge nesse contexto: Será que o uso de animais para pesquisas em laboratórios fere esse princípio legislativo? Este é um campo de conflito ainda não superado entre pesquisadores e defensores dos direitos dos animais.
A aprovação da Lei Arouca (nº 11.794), em outubro de 2008, regulamentou a criação e utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica no Brasil. A lei criou o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que obriga as instituições a constituírem uma Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua).
Ética na pesquisa com animais
Na Bahia, o Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz (Fiocruz-Ba) possui um comitê para regular os procedimentos científicos feitos no local.
"É preciso que as pesquisas e as pessoas que as desenvolvem sigam parâmetros éticos que possam garantir, na medida do possível, todas as condições experimentais para que os animais sofram o mínimo de impacto possível. Tudo isso tem que ser controlado por uma série de legislações que já existem aqui no Brasil", afirma a Coordenadora da Ceua da Fiocruz-Ba, Lourdes Farre.
Os projetos que, por algum motivo não atendem as exigências da comissão recebem notificações para que se adequem às normas que regem essa atividade.
Animais usados em pesquisas científicas
Ratos, hamsters e camundongos são os animais mais usados pelos pesquisadores da Fiocruz. Eles são mantidos no biotério e acompanhados por estudantes e cientistas em pesquisas de imunologia.
Outros animais também são aproveitados nas análises. Alguns cães, por exemplo, são acompanhados em estudos da leishmaniose. Eles normalmente são recolhidos em áreas endêmicas, como Jequié, no Sudoeste do Estado, depois da autorização dos donos.
Além disso, a instituição realiza a manutenção de ciclo da doença de chagas, através da criação de galinhas. A ave não apresenta a doença e, por isso, é a fonte ideal de alimento para o barbeiro.
Abolicionismo animal
"O sistema jurídico brasileiro não garante sequer o direito à vida desses animais, que continuam sendo capturados e mortos diariamente, legal ou clandestinamente, tornando letra morta à norma constitucional que proíbe as práticas que coloquem em risco a função ecológica dos animais, provoquem a sua extinção ou submeta-os à crueldade", afirma o professor de Direito Ambiental da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Heron Santana.
A frase, que foi retirada do artigo "Abolicionismo Animal", mostra que o uso de seres vivos em laboratórios enfrenta a resistência de grupos que defendem a dignidade dos animais.
Santana é também presidente do Instituto Abolicionista Animal (IAA), organização não-governamental que defende a libertação dos animais da exploração ou crueldade praticada por seres humanos.
Para amenizar esse conflito, o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, exige que todas as Comissões de Ética no Uso de Animais tenham um componente que atue em uma ONG que trabalhe com o assunto.
De acordo com Lourdes Farre, essa ação possibilita que os trabalhos sejam discutidos de forma mais intensa e realizados com maior eficácia. "É importante que haja um espaço de diálogo para isso. Às vezes há desconhecimento das duas partes. Quando as pessoas sentam para conversar e discutem essas necessidades todos ganham", afirma.
Fim da pesquisa com animais?
Rejane Menezes diz que há projetos que podem ser realizados in vitro, ou seja, em placas que possibilitam a cultura de células. No entanto, ela admite que o uso dos animais, na maioria das vezes é indispensável.
"Existem modelos que só podem ser feitos em animais e não há como fugir disso. A tendência é uma diminuição na utilização deles, mas a isenção do uso eu acho um pouco difícil," reconhece.
O resultado das pesquisas e a sua eficácia são preocupações dos grupos que defendem o direito animal. Entretanto, Lourdes Farre considera que esses resultados são de interesse de todos.
"O cuidado que se tem com o animal e as recomendações sobre o que se fazer são preocupações fundamentais, mas é preciso que haja envolvimento, também, da sociedade, dos pesquisadores e das instituições", conclui.

Fonte diariodasaude.com.br

Fármacos são cada vez mais inspirados em produtos naturais

Analgésico do caramujo
Quase 200 anos depois da descoberta da morfina - que foi isolada pela primeira vez em 1804 pelo farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Adam Serturner da Papaver somniferum - a indústria farmacêutica descobriu na toxina do caramujo marinho Conus magnum um peptídeo que, com apenas algumas modificações estruturais, tornou-se mais potente que o analgésico e alguns de seus derivados utilizados para aliviar dores crônicas.
Aprovado em 2004 pela Food and Drug Administration (FDA) - a agência regulatória de alimentos e fármacos dos Estados Unidos - e lançado sob a marca Prialt, a versão sintética do princípio ativo do molusco marinho é um exemplo ilustrativo de como a biodiversidade continua sendo uma fonte inesgotável de novas arquiteturas moleculares para o desenvolvimento de novas drogas e produtos cosméticos e agroquímicos.
A avaliação foi feita pela professora Vanderlan da Silva Bolzani, na palestra que proferiu no quarto encontro do Ciclo de Conferências do Ano Internacional da Química 2011 sobre "Biodiversidade & Química", realizado em 19 de julho, no auditório da FAPESP.
Produtos naturais
De acordo com Bolzani, nos últimos 15 anos, com o advento da era pós-genômica, começou-se a especular que os produtos naturais deixariam de exercer o interesse da indústria farmacêutica, devido ao fato de o setor passar a contar com novas técnicas para o desenvolvimento de drogas.
Porém, o vaticínio não se cumpriu e os produtos naturais continuam despontando como fontes de ideias em função de fornecerem modelos inéditos de estruturas químicas para o desenvolvimento de novas substâncias bioativas.
"A maioria das novas entidades moleculares existentes hoje é derivada ou inspirada completamente em produtos naturais. Os ambientes terrestre e marinho continuam sendo fontes inesgotáveis de estruturas químicas", disse.
Para referendar essa constatação, de acordo com um recente levantamento internacional, dos 847 fármacos de baixo peso molecular (micromoléculas) lançados no mercado entre 1981 e 2006, 43 eram produtos naturais, 232 produzidos por hemissíntese (parte de sua estrutura é derivada da natureza e a outra parte desenvolvida em laboratório) a partir de produtos naturais e 572 obtidos por síntese total, dos quais 262 eram inspirados em produtos naturais ou poderiam ser considerados análogos de produtos naturais.
Mirtáceas
Um deles é a nitisinona - um composto ativo descoberto por farmacêuticos suíços da planta Callistemon citrinus L. Myrtaceae, que está sendo usado para o tratamento de um raro distúrbio metabólico chamado tirosinemia hereditária tipo 1.
Lançado no mercado em 2002 sob a marca Orfadin, o medicamento também é bastante exemplar de como o Brasil perde oportunidade de explorar sua rica biodiversidade para o desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos, cosméticos e agroquímicos, apontou Bolzani.
"Com a quantidade de mirtáceas que nós temos na nossa biodiversidade seria possível o Brasil desenvolver muitos medicamentos como esse. Nós teríamos uma riqueza enorme se tivéssemos no país um ambiente favorável não só à pesquisa básica, como para o desenvolvimento e melhores marcos regulatórios", afirmou.
Martírio
A opinião da pesquisadora foi compartilhada pelo professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP, Carlos Alfredo Joly.
Na avaliação dele, a legislação brasileira é o maior obstáculo hoje para o aproveitamento econômico dos estudos e o desenvolvimento no país da química de produtos naturais.
"Apesar da nossa riqueza em biodiversidade, o Brasil produz pouquíssimos novos fármacos. Uma parte desse problema é estrutural e a outra da legislação que regulamenta o acesso aos recursos genéticos no país, que é uma medida provisória que está em vigor há 11 anos e tem uma série de exigências que tornam um martírio o processo de obtenção de licença e de todas as autorizações para se trabalhar na identificação de novas moléculas", afirmou.
De acordo com o pesquisador, esse entrave ao desenvolvimento da área de química de produtos naturais representado pela legislação foi uma das razões pelas quais aceitou o convite para assumir no início deste ano a diretoria do Departamento de Políticas e Programas Temáticos (DPPT) da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Desde que assumiu o cargo, o pesquisador diz que está empenhado na elaboração de uma legislação que regulamente o acesso aos recursos genéticos no Brasil que já incorpore as resoluções do Protocolo de Nagoya.
Protocolo de Nagoya
Aprovado durante a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada em outubro de 2010, no Japão, o protocolo estabelece a repartição de benefícios dos recursos genéticos provenientes da biodiversidade dos países.
"A convenção era muito tênue e o protocolo é muito mais incisivo no aspecto de dar proteção aos países detentores de biodiversidade. Com uma nova legislação brasileira sobre o acesso aos recursos genéticos baseada no Protocolo de Nagoya, se espera dar condições para a realização no Brasil de pesquisas que resultem na ampliação da possibilidade de utilização da nossa biodiversidade", avaliou.
Segundo Joly, a transformação de recursos da biodiversidade em valor também é um dos objetivos do programa BIOTA-FAPESP, que desde que foi iniciado, em 1999, vem inventariando sistematicamente a biodiversidade do Estado de São Paulo.
Para aumentar a possibilidade de se conseguir transformar o potencial econômico de recursos da biodiversidade paulista em algo concreto, o programa ampliará a área de bioprospecção, principalmente da biodiversidade marinha.
"Nós não estamos mais só olhando no BIOTA-FAPESP a parte de bioprospecção de plantas e vertebrados terrestres, mas também estudando, principalmente, algas e invertebrados marinhos. Essa é uma área nova extremamente promissora que se tem trabalhado com sucesso no mundo inteiro e que nós precisamos ampliar", disse.

Fonte diariodasaude.com.br

Projeto europeu quer criar Medicina do Futuro em 10 anos

Projeto europeu quer criar Medicina do Futuro em 10 anosUma enorme rede de programas de computador, que estão sendo criados por cientistas europeus, promete revolucionar os cuidados com a saúde em todo o mundo, salvando inúmeras vidas e bilhões em recursos.
Trabalhando com parceiros da iniciativa privada, os acadêmicos vão começar a receber recursos de um programa de pesquisas europeu para criar "pacientes virtuais".
Pacientes virtuais são modelos computacionais de pessoas individuais - uma espécie de simulador humano - o que poderá no futuro permitir que cada pessoa tenha seu próprio sistema de saúde individualizado, com base na sua genética e na sua fisiologia.
Programa Apolo da Medicina
Quando o novo sistema estiver pronto, os médicos terão de forma instantânea dados aprofundados das necessidades de um paciente individual, além de seu histórico médico.
Isto irá permitir o diagnóstico correto e rápido de inúmeras doenças e condições, poupando os pacientes de efeitos colaterais, de medicamentos prescritos erroneamente, e do gasto desnecessário com medicamentos com pouco efeito sobre sua fisiologia em particular.
Um consórcio de mais de 25 instituições acadêmicas e de parceiros industriais, com experiência em tecnologias da informação, ciências da vida, saúde pública e medicina já se reuniram para iniciar o processo de dar vida ao projeto.
Segundo os pesquisadores, à medida que o projeto avança, mais parceiros serão incorporados, tornando este um dos maiores esforços de colaboração desde o programa espacial Apolo.
Medicina do futuro
Mas uma vasta gama de desenvolvimentos deverão ocorrer para tornar realidade essa medicina do futuro.
Isso incluirá novas técnicas para a aquisição e avaliação rápida dos dados dos pacientes, armazenamento dinâmico e processamento de dados em tempo real em modelos matemáticos relevantes, e o desenvolvimento de novos sistemas informatizados capazes de aprender, prever e informar os profissionais de saúde.
Isto será necessário para dar aos profissionais de saúde e aos pacientes dados sem precedentes em matéria de saúde e tratamento.
O primeiro objetivo é dar a cada médico a capacidade de usar o genoma individual de uma pessoa para embasar todas as fases de cuidados com a doença, incluindo diagnóstico, tratamento e acompanhamento.
Os sistemas vão criar modelos matemáticos usando grandes quantidades de dados - na verdade, todo o nosso conhecimento até o momento sobre como os humanos funcionam.
O projeto também irá fornecer cenários - como o que aconteceria se o paciente tomasse uma determinada droga, o que aconteceria se ele começasse a correr três vezes por semana, etc.
Computação na Medicina
Através do sequenciamento do genoma e das informações clínicas coletadas, o modelo geral de paciente virtual será capaz de ser adaptado para atender às necessidades específicas de qualquer indivíduo, incluindo problemas como alergias, defeitos congênitos e tratamentos já em andamento.
O projeto, chamado ITFoM, foi criado pela constatação de que, enquanto a tecnologia da informação e a computação atualmente desempenham um papel crucial em muitas áreas, tanto científicas quanto comerciais, seu poder potencial de revolucionar a medicina ainda não foi explorado.
A ideia é fazer isto ao longo dos próximos 10 anos, que é o tempo previsto de duração do ITFoM (IT for Medicine: tecnologia da informação para uso na medicina).

Fonte diariodasaude.com.br

Dicionário de termos médicos F

Faringite
Inflamação da mucosa faríngea em geral de causa bacteriana ou viral. Caracteriza-se por dor, dificuldade para engolir e vermelhidão da mucosa, acompanhada de exsudatos (ver) ou não.
Fasciculação
Movimento involuntário rítmico, que traduz uma alteração na regulação do tônus muscular. Produzem-se pequenas contrações de diferentes grupos musculares de forma alternada e repetitiva. Associa-se ao hipertireoidismo, alcoolismo, doença de Parkinson, etc.
Febre
Elevação da temperatura corporal acima de um valor normal, estabelecido entre 36,7ºC e 37ºC, quando medida na boca.
Febre reumática
Doença inflamatória produzida como efeito inflamatório anormal secundário a infecções repetidas por uma bactéria chamada estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Caracteriza-se por inflamação das articulações, febre, inflamação de uma ou mais de uma estrutura cardíaca, alterações neurológicas, eritema cutâneo. Com o tratamento mais intensivo da faringite estreptocócica, a freqüência desta doença foi consideravelmente reduzida.
Febre tifóide
Infecção produzida por uma bactéria chamada Salmonella tiphy, adquirida através de alimentos contaminados e caracterizada por febre persistente, aumento do tamanho dos tecidos linfáticos (baço, gânglios linfáticos, etc.) e erupções cutâneas. Sem tratamento adequado pode ser muito grave.
Fibrilação Atrial (FA)
Ritmo cardíaco irregular no qual múltiplos impulsos se originam e se espalham através dos átrios. O ritmo é desorganizado, rápido, e irregular
Fibroadenoma
Tumor benigno derivado dos tecidos fibroso e glandular.
Fibroma
Neoplasia derivada do tecido fibroso. Incorretamente denominam-se assim os tumores benignos do músculo uterino, cujo nome correto seria mioma uterino.
Fimose
Estreitamento no prepúcio do pênis que impede sua exposição. Geralmente é congênita ou secundária a uma infecção.
Fissura
Solução de continuidade de origem traumática, caracterizada por um trajeto linear.

Exames laboratoriais


Periodicamente seu médico solicita alguns exames para que possa fazer uma análise mais completa de seu quadro de saúde.

Listamos alguns dos principais exames médicos com ilustrações e informações para ajudá-lo a entender melhor esses procedimentos de rotina.Os exames estão classificados em ordem alfabética (navegue através das letras iniciais abaixo):

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
A: (1 - 20 : 31) MAIS>
Acetona (código AMB: 4.03.01.05-2)
Acido lático – lactato (código da AMB 4.03.01.10-9)
Acido úrico no sangue (código AMB: 4.03.01.15-0)
ACTH (código da AMB 4.07.12.04-4)
Albumina (código AMB: 4.03.01.22-2)
Alfa-1-antitripsina, dosagem no soro (código da AMB 4.03.01.24-9)
Alfafetoproteína (código AMB: 4.07.12.06-0)
Alterações do ferro e de sua capacidade de fixação
Amilase na Urina (código AMB (antigo): 2.80.10.25-6)
Amilase no sangue (código AMB: Amilase 4.03.01.28-1 / Amilase ou alfa-amilase, isoenzimas 4.03.02.13-0)
Amniocentese e análise do líquido amniótico
Análise de Gases Arteriais
Análise de líquido sinovial – 4.03.09.52-5
Androstenediona (código da AMB 4.07.12.07-9)
Angiografia abdominal ou Arteriografia celíaca e mesentérica
Angiografia cerebral (código da AMB: 4.08.12.02-2)
Angiotomografia de aorta - abdominal e torácica (código da AMB 4.10.01.18-4 e 4.10.01.17-6)
Anticorpo anti-ilhota de langerhans – 4.03.06.20-8
Anticorpos anti-endomísio – 4.03.06.25-9
Anticorpos antiácido desoxirribonucleico (Código AMB:4.03.06.06-2)

Fonte boasaude.uol

Saliva do bebê pode prever risco de perda auditiva

Pesquisadores norte-americanos sugerem que a saliva de um recém-nascido é capaz de indicar a infecção por citomegalovírus, uma das principais causas de perda auditiva. Segundo Dr. Pablo Sanchez, pediatra no University of Texas Southwestern Medical Center, nos Estados Unidos, a descoberta é importante porque os bebes mostram poucos sinais clínicos da infecção por esse vírus.

“Bebês com resultado positivo devem ser monitorados para possível perda auditiva e, se necessário, a intervenção apropriada deve ser realizada o mais rapidamente possível", diz Sanchez.

A infecção por citomegalovírus é uma das mais comuns transmitida de mãe para filhos. Os bebês infectados com o vírus no nascimento estão em risco de desenvolver perda auditiva.

O estudo, publicado em uma edição recente do The New England Journal of Medicine, envolveu quase 35 mil crianças de creches e hospitais nos Estados Unidos e durou de junho de 2008 a novembro de 2009.

A maioria das amostras de saliva estudadas foi coletada quando as crianças tinham um dia de vida. Aquelas cujo teste deu positivo para a infecção por citomegalovírus foram incluídas em um programa de acompanhamento para monitorar a audição a cada seis meses até completarem quatro anos.

Fonte: UPI, 28 de julho de 2011.

Gestão de pessoas como diferencial competitivo


Um dos principais papeis de um líder se refere, principalmente, à preocupação de fazer uma análise correta e que possa ajudar as pessoas a serem melhores no que fazem. Penso que é um processo que deve ser estudado, aprofundado, exercitado em conjunto. Os programas de gestão não devem buscar uma mudança drástica de rumo, e sim, trazer mais uma ferramenta que nos ajude a evoluir ainda mais na gestão das pessoas.

Portanto, é necessário que se faça um trabalho com calma, bem pensado e bem analisado. Que possamos para o nosso liderado que estamos em um processo de evolução conjunta e que o processo de avaliação e feed back devem fazer parte do conteúdo da evolução. O processo ganha confiança e se tornará muito mais fácil de avançar.

Devemos insistir muito que a avaliação deve ser realista. Não se engane e mostre sempre a realidade aos seus liderados. Devemos passar aos nossos liderados a real dimensão que envolve sua atuação. Se falarmos o que precisa ser falado de maneira clara e sincera, estaremos dando um grande passo para consolidar um bom futuro para as pessoas e o nosso negócio.

“É muito importante eliminar barreiras, construir pontes para melhorarmos a integração das pessoas e equipes e obtermos melhores resultados.

As barreiras de gestão são eliminadas sempre que os líderes discutem e compartilham com as equipes as estratégias, missão, visão e os valores organizacionais e contratam o desempenho em função disso.

Apartir daí podemos estabelecer uma discussão extremamente salutar sobre desempenho de equipes.
Esse é um passo importante para uma mudança em modelo de gestão. Não tenhamos dúvida de que este é o público que exerce grande influência em tudo que acontece em dentro de uma organização.
 
Todos precisam ter a consciência de que um percentual significativo do público, que fazem parte de uma empresa (base), ainda não sãO contemplados diretamente no processo de avaliação e feed back. É necessário ter o cuidado para não tratar esse público de forma separada, pois todos são importantes para o processo.

As práticas de orientação, acompanhamento, feedback, justiça e coerência na tomada de decisão, a prática do reconhecimento devem ser adotadas em todos os níveis.

Diante disso devemos nos questionar, quantos problemas podem ser evitados pelos gestores e quantos poderiam ser evitados pelo piso de fábrica, se as pessoas fossem mais bem orientadas?
 
Quantas soluções são idealizadas por cada um desses públicos e quantas poderiam ser geradas?

Então fica com o desafio de fazer com que o processoa de avaliação nos ajude a aumentar o engajamento (direção, alinhamento e comprometimento) de TODOS os colaboradores. Ao executar com eficiência esta gestão, formaremos uma equipe de alto potencial e estará caminhando firmemente rumo a EXCELÊNCIA OPERACIONAL.”

O caminho do desenvolvimento de pessoas é um caminho sem volta e nunca será concluido. Será cada vez mais necessária uma consciência de que é um processo que necessitará de manutenção e aprimoramento constante.
 
Fonte lideratual.blogspot.com

Cirurgia plástica ajuda a turbinar a carreira

Número de pacientes que faz a intervenção por conta do trabalho cresce 15% ao ano

Jovial e dinâmico. Jovial e dinâmico. Jovial e dinâmico…

Essas duas palavras vêm martelando na cabeça de profissionais na faixa entre 40 e 50 anos. A importância da aparência, numa sociedade que exalta a juventude, se tornou fundamental para a permanência no mercado de trabalho e no jogo das promoções.
Tanta preocupação criou uma nova demanda nos consultórios de cirurgiões plásticos. Nos últimos cinco anos, começou a ser registrado um aumento de 15% ao ano no número de pacientes que aparecem com o objetivo de mudar algo para se manter no emprego e passar o recado de que ainda são capazes.
“As pessoas chegam dizendo que estão competindo com gente jovem e bonita pelas melhores colocações”, diz o cirurgião plástico Carlos Alberto Komatsu, presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC).
Entre os procedimentos mais pedidos estão a blefaroplastia (que levanta a pálpebra e retira bolsas de gordura abaixo dos olhos) e o mini-lifting de papada. As lipoaspirações também estão na lista, assim como os liftings faciais para amenizar rugas.
Parecer cansado, triste e bravo são as principais queixas dos profissionais. As mulheres são maioria. Mas os homens já são cerca de 30% dos clientes, que incluem executivos, advogados, dentistas, funcionários de banco e uma infinidade de posições nas quais é necessário lidar com o público.
“A jovialidade ajuda no networking e na vida social. E as empresas também relacionam boa aparência e saúde. Não é só ser bonito. Indica cuidado com alimentação, tempo para exercícios físicos, não beber e não fumar. Atitudes que não causarão prejuízos para o empregador no futuro”, diz o cirurgião plástico Alexandre Barbosa, sócio da Clínica de Cirurgia Plástica de São Paulo.
No primeiro semestre do ano passado, ele realizou 68 cirurgias em que os pacientes confirmaram querer mudanças físicas focando melhores colocações profissionais. Desde janeiro, o número já chega a 122 operações.
O cirurgião plástico Wagner Montenegro, dono da clínica que leva seu nome, em São Paulo, diz que uma parcela considerável dos pacientes se submete à plástica quando pretendem trocar de empresa. “Eles vão para as entrevistas de emprego com uma postura diferente, mais seguros.” Segundo o especialista, uma de suas pacientes mudou três vezes de empresa em um ano por receber propostas cada vez melhores após a plástica.
Mostrar apreço por si próprio, com uma imagem de energia e motivação, é saudável. Mas para a psicóloga Adriana Gomes, coordenadora acadêmica da área de pessoas e do centro de carreiras da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), afirmar que a empregabilidade depende de uma mudança física pode ser desculpa. “A dificuldade atual das pessoas em se reconhecer no envelhecimento é absurda. Dizer que a plástica é por causa do trabalho disfarça o real desejo que é ser parte do modelo estético que se consome hoje.”
Montenegro exige que os pacientes passem pela psicóloga em sua clínica para identificar aqueles que possam estar obcecados com a imagem. “Barramos os que querem resolver insucessos profissionais com modificações estéticas.” Já Komatsu insiste com os pacientes sobre os riscos da anestesia e o incômodo do pós-operatório. “Infelizmente, tem quem acredite que uma plástica é como ir ao salão de beleza. Uma banalização que deve ser combatida.”
Boa aparência
A bolsa debaixo dos olhos vinha incomodando o publicitário Adolfo Tolosa, 49 anos. Diretor comercial de uma editora, resolveu se submeter a uma cirurgia plástica em junho do ano passado para retirada dessa gordurinha. “Lido com público e clientes. Não queria passar uma imagem que não corresponde ao que sou.”
Tolosa diz que as bolsas passavam impressão de “cara de bêbado ou de sono”. Vaidoso, pensa em até o fim do ano levantar a pálpebra. Também frequenta academia, só usa roupa passada no mesmo dia e trata os pés com podóloga. “É importante se sentir bem e contagiar as pessoas com essa sensação. Ajuda até a melhorar o ambiente de trabalho.”
Ao escolher um profissional para uma vaga, o publicitário diz levar em consideração a aparência do candidato. “Não é discriminação. É uma questão do que será melhor para a empresa. Quem demonstra cuidado com a apresentação indica que sabe se organizar a ponto de ter tempo para si mesmo”, conta Tolosa. Para ele, quem está acima do peso, por exemplo, sempre vai parecer ter menos força de vontade.
Casos de preconceito com a aparência já foram presenciados pela secretária executiva Sandra Deco, 45 anos. “Em uma dinâmica de grupo, a coordenadora falou que a empresa se preocupava com o risco de um funcionário ficar doente. Ela falou olhando diretamente para uma moça obesa, que não foi selecionada”, afirma.
Ciente de que a discriminação existe, inclusive em relação à idade, Sandra se cuida. Há pouco mais de dez anos, fez uma cirurgia na pálpebra. “Minha satisfação aumentou, coloquei mais energia no trabalho e fui promovida”, diz. Em maio, tirou também a bolsa na parte inferior dos olhos “para tirar o ar cansado”. Para ela, boa aparência significa organização e autoestima. E dentes, unhas, cabelo, maquiagem e roupa devem estar sempre impecáveis. “Até nisso a competição é acirrada.”

Fonte Estadão

Governo recorre à revisão de estudos para inclusão de remédios no SUS

Ministério da Saúde encomendou 68 revisões sobre os mais diversos temas para centro especializado; em alguns casos resultado do trabalho permitiu economia de R$ 820 milhões; cientistas também apontam lobby da indústria e falhas nas pesquisas

O Ministério da Saúde tem recorrido a revisões científicas para definir a inclusão de novos medicamentos na lista do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é evitar que o governo invista em alternativas terapêuticas de benefício duvidoso e alto custo.
Uma revisão, por exemplo, mostrou que stents convencionais - um tipo de prótese para artérias, que custa R$ 3 mil - são tão efetivos quanto stents revestidos com medicamentos, de R$ 15 mil. O trabalho contribuiu para poupar R$ 820 milhões no ano passado.
Outro estudo mostrou que o uso de uma droga oncológica no tratamento de degeneração macular úmida - doença que afeta cerca de 30 mil pessoas no País - poderia substituir com igual eficácia o remédio aprovado especificamente para tratar a doença. Com uma diferença: a terapia alternativa custa R$ 600 por olho afetado, enquanto a oficial não sai por menos de R$ 15 mil.

Nenhum dos dois remédios está disponível no SUS. Mas, se o uso oftalmológico da droga para câncer fosse aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seria uma alternativa viável para inclusão no rol da rede pública, afirma Rubens Belfort Junior, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo. "A segunda não teria chance: o custo é muito alto."
Muitas revisões são feitas pelo Centro Cochrane do Brasil, braço nacional da Cochrane Internacional, entidade britânica fundada em 1993 que auxilia médicos a adotar condutas clínicas baseadas em evidências científicas. "Até agora, o centro realizou 68 revisões sobre os mais diversos temas para o ministério", recorda Álvaro Attalah, fundador do centro no País.
Importância. Todos os dias, revistas científicas publicam milhares de artigos na área médica. Revisões sistemáticas servem para reunir em um só local as evidências obtidas em diversos estudos (mais informações nesta página), devidamente expurgadas de resultados pouco confiáveis.
Em 2005, o Ministério da Saúde pediu ao Centro Cochrane do Brasil que respondesse à seguinte pergunta: "A drotrecogina alfa ativada é efetiva e segura no tratamento da sepse grave?" Recebeu como resposta: "Depende." Nos casos de pacientes "com alto risco de morte", sim. Nos demais, não. A revisão lamentava a inexistência de testes clínicos de melhor qualidade.
A mesma crítica já circulava nos Estados Unidos. Um artigo publicado no New England Journal of Medicine, em 2006, sublinhava a falta de testes clínicos robustos e questionava a campanha "Sobrevivendo à sepse grave", que promovia o uso do medicamento e era financiada pela própria empresa que o produzia.
Ou seja, revisões sistemáticas também servem para indicar casos em que ensaios clínicos - normalmente financiados pela indústria - apresentam lacunas.
Estudos mostram que farmacêuticas publicam preferencialmente trabalhos que confirmam a eficácia dos seus produtos.
O Centro Cochrane não realiza só revisões a pedido governo. Também produz estudos que mostram a efetividade de tratamentos baratos, mas que carecem de lobbies poderosos para lutar por sua inclusão no SUS.
Uma revisão mostrou, por exemplo, que um investimento anual de apenas R$ 6 milhões para oferecer suplementação de cálcio a gestantes evitaria 50 mil casos de complicações por pré-eclampsia. Estudos mostram que poucos obstetras da rede pública prescrevem cálcio às gestantes, medida indicada pela Organização Mundial da Saúde.
Críticas. Wanderley Marques Bernardo, professor da USP e um dos organizadores do Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina questiona o que considera um "uso seletivo" das revisões sistemáticas pelo governo federal.
"É uma forma de conseguir uma justificativa racional para uma decisão prévia de não gastar dinheiro com determinadas terapias", afirma Bernardo. "Para muitos remédios ainda não há revisões sistemáticas. Mesmo assim, sua inclusão é absolutamente racional."
Fonte Estadão

Medicinas da dor, do sono, tropical e paliativa se tornam especialidades

Conselho Federal de Medicina publica amanhã no 'Diário Oficial' uma resolução em que reconhece as quatro novas áreas como especialidades; para ter o título, médicos terão de cursar um ano extra; dos 350 mil profissionais do País, 48% são especialistas

Na ala destinada aos doentes terminais no Hospital de Apoio de Brasília, os quartos têm nomes de pássaros e flores. Não há placas para indicar que os pacientes ali têm doenças incuráveis. Tampouco há tristeza aparente nos cuidados do que se convencionou chamar de medicina paliativa, que será reconhecida como uma nova especialidade médica.
Andre Dusek/AE
Andre Dusek/AE
Alívio. Voluntária faz aplicação de reiki em paciente internado na unidade de assistência com cuidados paliativos do Hospital de Apoio do DF, em Brasília
"Há muito a ser feito pelos pacientes nessas condições, acompanhar o doente no final da vida é algo bastante complexo", argumenta a médica Maria Goretti Sales Maciel, primeira presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, uma das defensoras da nova área de atuação reconhecida oficialmente.
Amanhã, o Diário Oficial da União (DOU) publicará resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) com as novas áreas de atuação: medicina paliativa, medicina da dor, medicina do sono e medicina tropical. Serão como subespecialidades, abertas a médicos especialistas em outras áreas mediante um ano extra de formação.
Acréscimo. Atualmente, o conselho reconhece um total de 53 especialidades e outras 53 áreas de atuação. "A gente entende que médico precisa ser médico antes de ser especialista, as especialidades são um acréscimo", responde o cirurgião plástico e diretor do CFM Antonio Pinheiro, integrante da comissão que analisa os pedidos de novas especialidades.
O País tem cerca de 350 mil médicos e quase metade deles (48%) é especialista em alguma coisa, diz Pinheiro. "A nossa graduação é frágil e algumas especialidades requerem três, cinco anos extras de estudos", explica o diretor do Conselho Federal de Medicina.
As novas subespecialidades serão reconhecidas ao mesmo tempo pelo conselho, pela Associação Médica Brasileira e pela Comissão Nacional de Residência Médica. Por determinação do convênio entre as três entidades, cada médico só poderá se apresentar como especialista em duas áreas de atuação. Cada uma delas exige, como pré-requisito, outro tipo de especialidade.
O reconhecimento da medicina paliativa acontece menos de um ano depois de a Justiça reconhecer a prática da ortotanásia, a suspensão do tratamento para prolongar a vida de pacientes em fase terminal de doenças incuráveis, desde que autorizada pelo próprio paciente ou seu responsável. Mas o pedido de reconhecimento da área de atuação é mais antigo, de acordo com Maria Goretti Sales Maciel. A cada ano, estima-se que 650 mil pessoas no País precisam recorrer a cuidados paliativos.
Estudo da Dor. A clientela potencial da área de atuação da medicina da dor seria muito maior, segundo cálculo do médico Nilton Barros, ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor: "Cerca de 60 milhões de brasileiros sofrem de dores crônicas", calcula o especialista.
A área foi ampliada e está aberta como superqualificação a especialistas em acupuntura, anestesiologia, neurocirurgia, neurologia, ortopedia e reumatologia.
Dor crônica é aquela que ultrapassa o período de três meses. "A dor é ainda pouco valorizada entre os profissionais da saúde, mas deveria ser considerada como o quinto sinal vital, ao lado do pulso, pressão, respiração e temperatura", avalia Barros.
Especialistas em medicina do sono terão como pré-requisito a especialização em neurologia, otorrinolaringologia, pneumologia e psiquiatria.
A medicina tropical, outra nova área de atuação, exigirá especialidade em infectologia. O estudo de doenças dos trópicos já teve grande destaque entre os médicos no passado, mas acabou absorvida pela infectologia.
"A intenção é proporcionar um ano extra de formação em doenças como malárias, hanseníase, febre amarela e a dengue, que precisam de um olhar especial", defende Juvêncio Duailib, chefe do Setor de Infectologia do Hospital de Heliópolis (SP) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
"Serão tropicalistas, mesmo sem terem sido baianos ou tocado violão", disse o médico, sobre a denominação para os especialistas em medicina tropical. Ele lembra que antes do movimento tropicalista, que movimentou a cultura do País no final dos anos 60, o termo "tropicalista" já era usado pelos médicos.

Fonte Estadão

Saúde autoriza a construção de 53 UPAs em 15 Estados

Medida faz parte do PAC e do programa Saúde Toda Hora

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (29), que autorizou a construção de 53 novas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em 15 estados brasileiros.

Essas unidades, destinadas a urgências, deverão funcionar 24 horas.

Os Estados que serão contemplados com as unidades de atendiamento são: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Segundo o Ministério, o plano faz parte do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) e o programa Saúde Toda Hora, que reorganiza a rede de atendimento às urgências do SUS (Sistema Único de Saúde).

Por medo, pacientes fazem exames demais e descobrem falsas doenças

Médicos alertam para os riscos da prevenção em excesso e de diagnósticos errados

Exame de sangue, urina, teste ergométrico, mamografia, PSA (para câncer de próstata), biópsias. Para cuidar da saúde hoje, a medicina possui uma série de recursos à disposição. Mas a preocupação com a saúde, aliada à tecnologia, está criando outro problema: a prevenção em excesso.

Médicos consultados pelo R7 alertam que, por medo de terem alguma doença ou por incentivo dos profissionais de saúde, pacientes fazem exames demais e acabam descobrindo doenças e problemas que não possuem. Mas até chegarem ao diagnóstico certo, essas pessoas já passaram por cirurgias e até tratamentos desnecessários.

De acordo com o médico Gustavo Gusso, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Sociedade, os pacientes precisam saber que os exames não são 100% precisos, mas foram criados para detectar problemas. Por isso são mais eficazes quando usados na população certa, ou seja, quando existe uma suspeita.

- Se você faz o exame em uma população sem problema, o exame é ineficaz. Não que o exame seja ruim, mas ele dá errado quando é usado da maneira incorreta.

O risco de se fazer um exame desnecessário são as consequências que o resultado desse teste vai trazer, afirma Gusso.

- Pode ter falso positivo, pode dar o resultado não esperado, e isso não é raro acontecer. Daí a pessoa faz a biópsia e descobre que não era nada. Ela fica aliviada, num primeiro momento, mas depois percebe que passou por estresse, preocupação desnecessária e enfrentou o estigma de estar com uma doença. Só que, em geral, pecar por excesso é mais perigoso do que não fazer nada.

Um dos erros mais comuns dos testes são os chamados falsos positivos: quando a pessoa não possui a doença, mas o exame indica que sim. Nesse caso, um resultado errado leva a uma série de outros testes.

Segundo o patologista Fernando Augusto Soares, diretor de Anatomia Patológica do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, especializado em câncer, não é incomum encontrar casos de falsos positivos. Soares afirma que toda semana há pelo menos um caso de paciente diagnosticado com câncer, mas que, na verdade, não tem a doença. Isso ocorre quando o hospital recebe um novo paciente já diagnosticado, mas decide rever o diagnóstico antes de iniciar o tratamento.

No Brasil, não existe um levantamento sobre quantas pessoas morreram ou se prejudicaram por causa de ações dos médicos. Mas, para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, um estudo realizado pela médica Barbara Starfield, da Faculdade Johns Hopkins de Higiene e Saúde Pública, e publicado na revista científica Journal of The American Medical Association, mostrou que a atividade médica é a terceira causa de morte no país. Isso inclui erros médicos, cirurgias desnecessárias, reações a medicamentos, entre outras razões. A atividade médica fica atrás apenas de doenças cardíacas e infarto.

Culpa dos médicos x paranoia
Para o clínico médico Claudio Miguel Ruffino, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o principal culpado desse exagero de exames é a própria classe médica, “que se esqueceu da relação entre o médico e paciente”.

Ruffino afirma que a principal forma de se fazer um diagnóstico não é por meio de exames, mas a partir da anamnese – a entrevista que o médico faz com o paciente. É nesse teste que se descobrem o estilo de vida de cada pessoa e os sinais e sintomas de uma provável doença.

- Todo mundo tem que fazer teste ergométrico, por exemplo? Não necessariamente. A prevenção é algo mais individualizado, não em massa. Precisa de uma queixa, uma suspeita, para indicar um exame.

Ruffino aponta outro problema: ao não lidarem de uma forma mais individual com cada paciente, os médicos acabam dependendo exclusivamente dos exames para fazer o diagnóstico.

- O exame é para confirmar um diagnóstico já feito, é para confirmar o exame clínico. Ele não é esclarecedor de tudo. Quando bem solicitado, ele dá muitos parâmetros, ele soma a outros dados clínicos. Mas em excesso, como é feito hoje, prejudica muitas pessoas.

Para Gusso, esse exagero “faz parte da paranoia da vida eterna que a saúde e a medicina compraram”.

- Fala-se muito em prevenção, check-ups, e as pessoas passaram a acreditar que fazer uma série de exames pode ajudar. Mas a prevenção está se tornando uma indústria no país.

Segundo o médico, a população precisa aprender que a melhor forma de prevenção não são os exames, mas, sim, “fazer exercícios, comer bem, não fumar e não beber”. Além disso, ele diz que detectar uma doença e tratá-la nem sempre é o caminho mais indicado a seguir.

- Se você ficar fissurado com próstata ou mama, você acaba morrendo de infarto. E se chegar aos 80 anos e descobrir um câncer de mama, ótimo. Tem que comemorar porque chegou aos 80. As pessoas precisam aceitar que vão morrer de alguma coisa.

Fonte R7

Em hospital de câncer, 15% dos pacientes chegam com diagnóstico errado

Erros ocorrem por falta de experiência dos médicos ou falha nos exames

No Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, especializado em câncer, dentre todos os pacientes que procuram a instituição para fazer o tratamento, 15% deles chegam com o diagnóstico errado. Além disso, 3% dos casos são de falsos positivos, quando os médicos descobrem que o paciente não está com câncer.

De acordo com o patologista Fernando Augusto Soares, diretor de Anatomia Patológica do hospital, setor que faz o laudo dos exames, diariamente há um grande número de casos em que há mudança de diagnóstico.

- Em 15% das análises há mudanças, o que altera também o tratamento, como trocar a medicação.

Nos 3% dos casos onde há diagnósticos falsos, há mudanças radicais nas análises. Isto é, pacientes inicialmente diagnosticados com câncer descobrem que, na verdade, não estão com a doença. São os chamados falsos positivos.

- Tem um caso desses pelo menos uma vez por semana. No começo, os pacientes ficam felizes, porque descobrem que não estão com câncer. Mas depois eles se preocupam porque começam a pensar no risco que correram, nas cirurgias que fizeram sem precisar.

Segundo Soares, existem vários tipos de erros, como de amostragem, interpretação, ou porque o caso é realmente difícil. E a maioria deles ocorre, diz, por falta de experiência dos laboratórios que fazem os exames.

- Os hospitais especializados lidam com esses casos todos os dias. Já nos laboratórios, o volume de biópsias é menor, por isso eles têm menos experiência, o que pode levar a enganos.

O R7 entrou em contato com os principais hospitais de câncer de São Paulo para levantar mais número sobre erros em diagnóstico.

No Hospital Sírio Libanês, também em São Paulo, os exames são feitos fora da instituição, por laboratórios parceiros. No Icesp (Instituto do Câncer de São Paulo), os exames também não são feitos no hospital - os pacientes já vêm diagnosticados do Hospital das Clínicas, segundo a assessoria da instituição.

No Hospital São José, que é vinculado à Beneficência Portuguesa, entre os casos de tumor no pulmão descoberto após um exame de PET (tomografia por emissão de pósitrons, um teste de imagem nuclear), a biópsia revela que 25% dos casos têm o diagnóstico errado. A informação é do médico Riad Younes, chefe de Cirurgia Oncológica da unidade.

- E esse é um número comum. O médico precisa saber que o PET vai errar um quarto das vezes.

De acordo com Younes, o falso positivo não é um problema incomum. Esse erro pode ocorrer em qualquer exame e é ainda mais comum em casos de câncer.

- Depende de quem interpreta o exame. Por exemplo, se você acha um nódulo no pulmão, depende da descrição do radiologista.

Os erros ocorrem principalmente, segundo Younes, quando os médicos baseiam suas decisões apenas nos laudos dos exames sem antes verem as imagens.

- Às vezes o nódulo não tem nada a ver com a doença. Existem casos muito difíceis. Mas, se uma pessoa experiente olhar [o exame], você consegue reduzir as chances de errar.

Já o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital Pérola Byington (instituição estadual paulista especializada em câncer feminino) não informaram os números até a publicação desta reportagem.

Até o fim
Younes, do Hospital São José, explica, no entanto, que em alguns casos a intervenção cirúrgica é inevitável, mesmo que seja para descobrir que o paciente não tem nada.

- Em um fumante crônico, por exemplo, você faz chapa e acha um nódulo. Faz um PET e acha um nódulo. Então você faz a cirurgia e tira o nódulo. Esse é o procedimento correto, mesmo sendo um falso positivo.

Não existe um procedimento padrão diante dos casos suspeitos. A ação do médico vai depender de cada paciente, segundo o médico do São José.

- A gente vai atrás até provar, para ter certeza. Mas, dependendo do caso, a gente fica só olhando, esperando a evolução.

Falta de capacitação leva ao falso positivo
Para Younes, um dos problemas que podem acarretar nos falsos diagnósticos é a falta de mais capacitação dos profissionais que lidam com o câncer.

- O falso positivo é perigoso, pode fazer mal, por isso é preciso treinar os médicos para eles poderem identificar os casos e agir cautelosamente, levando em consideração o resultado de cada exame.

Já Soares, do A.C. Camargo, afirma ainda que, em casos de dúvidas de um diagnóstico, os médicos devem procurar outros profissionais mais experientes. E os pacientes também devem participar desse processo.

- Da mesma maneira que o paciente sabe quem é o seu médico, saiba também quem é o seu patologista. Uma segunda opinião num diagnóstico como esse nunca é demais. Nós mesmos, dentro do nosso laboratório, temos várias opiniões: primeiro o residente olha [o exame], depois um patologista, em seguida um segundo patologista. Todos os dias nós fazemos uma reunião no fim da tarde com os casos mais difíceis.

Fonte R7

Mulheres do Japão vivem mais, seguidas por Hong Kong e França

As mulheres japonesas ainda são as que mais vivem no mundo, embora a expectativa de vida tenha caído para 86,39 anos, anunciou o governo do Japão nesta quarta-feira. O levantamento foi baseado em dados de 2010.

A queda de 0,05 ano foi a primeira em cinco anos, após o recorde de 86,44 anos registrado em 2009, informou o Ministério de Saúde.

"A onda de calor do ano passado pode ter levado ao aumento do número de mortes", disse um funcionário do ministério.

As mortes causadas por hipertermia atingiram um recorde de 1.718. Cerca de 80% das vítimas tinham 65 anos ou mais, acrescentou.

O Japão ocupa o topo do ranking mundial de longevidade feminina, seguido de Hong Kong, com 85,9 anos, e França, com 84,8 anos, segundo o ministério. Já a expectativa de vida dos homens japoneses subiu pelo quinto ano consecutivo em 2010, para 79,64 anos.

O país ocupa a quarta posição mundial em longevidade masculina, atrás de Hong Kong, com 80 anos, Suíça, com 79,8, e Israel, com 79,7.

Fonte R7

Portugal: Acusa hospital de retaliações

Alice Moura acusa o Hospital Egas Moniz, em Lisboa, de a impedir de acompanhar o marido, Carlos Moura, fora do horários das visitas. Carlos Moura faz hemodiálise no Hospital de Santa Cruz (Carnaxide, Oeiras) e recebe tratamento oncológico no Hospital Egas Moniz e, desde terça-feira, não pode contar com o apoio da mulher.

Vasco Neves
Segundo Alice Moura, que em Fereiro também foi impedida de estar presente nas consultas do marido, estas medidas são "retaliações" do hospital. "Assisti a coisas que não gostei e protestei. Fiz várias queixas e eles agora estão a retaliar", acusa, reclamando o direito de acompanhar Carlos Moura nas refeições.

O CM contactou o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (que integra os hospitais S. Francisco Xavier, Santa Cruz e Egas Moniz), mas não obteve resposta. A Ordem do Médicos recebeu queixas de Alice Moura. "Serão devidamente analisadas para se elaborar um parecer", disse Jorge Espírito Santo, presidente do Colégio de Oncologia.

Sobre o acompanhamento de doentes fora dos horários de visitas "são os directores de serviços que dão essa autorização". "A lei não garante que o doente adulto possa ser acompanhado fora dos períodos estabelecidos", concluiu.

Fonte Correio da Manhã

Portugal: Doença rara sem apoio

Quando o Tiago nasceu, em Novembro de 2010, os médicos desvalorizaram o "sinal feio" que tinha na perna esquerda. Nada foi detectado durante a gestação: de início, os médicos diagnosticaram um angioma com proporções anormais. Mas, afinal, tratava-se de uma doença rara. O síndrome de Klippel-Trenaunay é uma malformação congénita dos vasos sanguíneos que pode afectar vários órgãos. A família do bebé, de Belas (Sintra), quer levar Tiago aos EUA, onde é possível um tratamento.

Jorge Paula
A mãe de Tiago, Carminda Gonçalves, trabalha como recepcionista no Clube de Golfe de Belas e queixa-se da falta de apoios e de informação. "Foi um choque, foi-nos dito de uma maneira violenta. Não me explicaram quase nada. Mais tarde, veio o pior, pois em Portugal não existem tratamentos para esta doença rara." Os pais de Tiago souberam que no Children’s Boston Hospital, nos Estados Unidos da América, há possibilidade de tratamento.  

Segundo Carminda, um especialista em cirurgia pediátrica de Lisboa "recusou-se a encaminhar o processo para Boston e disse que o Serviço Nacional de Saúde apenas garantia meias elásticas, para retardar o crescimento desproporcional da perna". Tiago tem uma inflamação no membro inferior esquerdo e uma mancha avermelhada na pele.

Os pais, por iniciativa própria, já enviaram o processo do bebé para Boston e aguardam resposta. No entanto, não têm condições financeiras para pagar os tratamentos do filho no estrangeiro: só a primeira consulta custa 1500 euros. Perante esta dificuldade, foi lançada uma campanha de recolha de donativos, com a abertura de uma conta solidária para angariar fundos. Foi também criada uma página no Facebook, para divulgar o caso.

Fonte Correio da Manhã

Portugal: 4300 euros para tratar a próstata

No espaço de um ano, 120 homens resolveram o seu problema urinário e deixaram de procurar, quase de hora a hora, uma casa de banho. Não só urinavam ‘às pinguinhas’ como não esvaziavam totalmente a bexiga. A solução terapêutica foi encontrada com a embolização da artéria prostática, uma operação realizada no Hospital Saint Louis, em Lisboa. Alguns dos pacientes têm menos de 50 anos.

A embolização é uma técnica de radiologia de intervenção que consiste no bloqueio de vasos sanguíneos e foi desenvolvida em Portugal pelo médico Martins Pisco, especialista em radiologia de intervenção.

Depois de ter apresentado, em Maio, num congresso nos Estados Unidos, o tratamento desenvolvido em portugueses, Martins Pisco tem recebido naquela unidade de saúde privada equipas de colegas europeus e americanos interessados em receber formação. Além de o procurarem médicos estrangeiros, também é solicitado por pacientes de várias partes do Mundo.

Uma operação recente contou com a participação de radiologistas italianos. Um dos especialistas, Cesare Massa Saluzzo, afirmou ao Correio da Manhã que a embolização da artéria da próstata é inovadora. "Até aqui, aplicávamos a embolização para tratar outros problemas, por exemplo, no cérebro. Martins Pisco mostra que é possível aplicar, com sucesso, a embolização em outras áreas da anatomia, como o caso do tratamento da próstata". Em Itália, estima--se que um milhão de homens sofra de problemas provocados pelo aumento da próstata.

Em Portugal, a prevalência de casos ronda os 50 por cento acima dos 50 anos de idade e 75 por cento acima dos 75 anos.

Na intervenção, Martins Pisco introduz, através de um cateter muito fino, partículas de álcool polivenil, que bloqueiam os vasos sanguíneos que irrigam a próstata, deixando, contudo, as artérias pudendas internas permeáveis para que o paciente mantenha a potência sexual.

A intervenção é suportada integralmente pelo doente e custa cerca de 4300 euros. Ao contrário da cirurgia à próstata por via aberta, a embolização não afecta a vida sexual do paciente.

VEIO DE HONG KONG PARA SER TRATADO
O jornalista James La-Giglia, de 48 anos, residente em Hong Kong, procurou vários urologistas, inclusive nos EUA, para tratar o seu grave problema urinário, causado pelo aumento da próstata, mas sempre recusou a proposta de operação. Procurou Martins Pisco para ser tratado.

"TÊM DE DETER OS SINTOMAS": Martins Pisco, Médico e radiologista de intervenção

CM – Quem são os doentes que podem submeter-se a este tratamento?
Martins Pisco – Não basta apenas terem aumento da próstata. É preciso haver sintomas, como urinar várias vezes ao dia, fazer força para urinar e não conseguir esvaziar a bexiga totalmente sempre que vai à casa de banho.

– Já aplicou a técnica a mulheres com fibromiomas que não conseguiam engravidar. Quantas já tratou?
– Largas centenas, e muitas crianças já nasceram. A técnica é parecida em homens e mulheres.

"SÓ URINAVA COM ALGÁLIA"
Alberto Bastos abre o sorriso quando lhe perguntam como se sente agora: "É a coisa mais linda do Mundo, estou como se nunca tivesse tido problemas para urinar." Já lá vão seis meses desde que se submeteu à embolização das artérias prostáticas para tratar a dificuldade urinária, de que sofria desde 1997, mas que tinha vindo a agravar-se cada vez mais. Ao CM recorda que, durante a última década, foram vários os tratamentos que experimentou, sem eficácia. "Com os comprimidos melhorava, mas depois voltavam os sintomas. Já quase não conseguia urinar. Cheguei a um ponto em que só urinava através de uma algália, é terrível", desabafa Alberto Bastos. Sempre recusou a cirurgia por "medo de que alguma coisa corresse mal". Mas quando leu uma notícia no CM sobre a técnica desenvolvida pelo médico Martins Pisco, não hesitou. "Era a solução, não implicava eventuais consequências, como a impotência", afirma.

PERFIL
Alberto Bastos tem 77 anos e está reformado. Durante toda a sua vida, trabalhou como soldador. É casado. Hoje, leva uma vida pacata, depois de anos a ‘correr’ para os hospitais devido aos problemas urinários.

Fonte Correio da Manhã

Portugal: Em Xiangzhou, na China: Chinês operado após usar garrafa no ânus para "curar constipação"


Um cidadão chinês com cerca de 60 anos teve de passar por uma complicada cirurgia de emergência no hospital de Xiangzhou, na China, porque, segundo o próprio, colocou uma garrafa no ânus para curar uma constipação.

Segundo o site 'G1', o objecto, com cerca de 16 centímentros, foi detectado através de um raio-x, numa altura em que já estava perto dos intestinos do homem.

Fonte Correio da Manhã

Ministério da Saúde começa a vistoriar hospitais psiquiátricos que atendem pelo SUS em todo o país

Uma força-tarefa instituída pelo Ministério da Saúde começa a fazer uma avaliação dos hospitais psiquiátricos em todo o país que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O grupo terá, a partir de 1º de setembro, 60 dias para entregar o relatório final, contendo recomendações para o pleno funcionamento desses hospitais.

A ação, que foi iniciada em abril, na região de Sorocaba (SP), agora se estende para as demais 201 unidades, em 123 municípios, em 23 Estados, para adequação à Reforma Psiquiátrica e incluir serviços contra o crack, com o objetivo de aperfeiçoar a assistência aos brasileiros com transtornos mentais atendidos na rede pública.

Durante as auditorias, serão avaliados, por exemplo, aspectos como a estrutura física dos hospitais, a relação de profissionais que atendem aos internados (médicos psiquiatras, médicos clínicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem e terapeutas ocupacionais) e a evolução do tratamento dos pacientes.

Atualmente, a rede de assistência hospitalar à saúde mental conta com 32.735 leitos disponíveis. A eles, somam-se outros 2.000 leitos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), nas Casas de Acolhimento Transitório (CATs) e nas Comunidades Terapêuticas. A análise será coordenada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), que conta com representantes em todos os Estados.

Fonte R7

Grávidas com câncer ganham ambulatório para tratamento especial em SP

A realização de um sonho para muitos casais é ter um filho. Durante a gravidez, a ida ao médico é fundamental não só para a saúde do bebê. Mas imagine, em uma dessas consultas, descobrir que a mãe tem um câncer. É um susto difícil até difícil de imaginar, uma mistura de emoções. Em São Paulo, foi criado um ambulatório no Instituto do Câncer justamente para cuidar desses casos.


Foi um turbilhão. No mesmo mês, a saladeira Marenize Gomes descobriu que estava grávida e também que tinha um câncer de mama. Ela teve medo de perder o bebê. “O médico já me despreocupou. Falou que eu não ia precisar tirar o bebê que dava para eu fazer o tratamento, dava para fazer a quimioterapia mesmo eu estando grávida e que a cirurgia seria feita depois. Aí eu já fiquei mais aliviada, graças a Deus”, conta.

Marenize Gomes foi encaminhada para um ambulatório do Instituto do Câncer, especializado em casos como o dela. O tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte das pacientes tem entre 35 e 40 anos, faixa de idade da saladeira, quando o risco de desenvolver a doença é maior. O tratamento é à base de quimioterapia.

“Tem algumas regras fundamentais que a gente tem de tomar cuidado. Uma delas é não administrar durante o primeiro trimestre da gestação. Tem que cuidar do tipo de medicamento que administra com a dose. A gente tem uma clinica separada, a gente tem mais tempo para dedicar para paciente. É uma clinica multidisciplinar, em que ela vai rodando os vários especialistas, especialmente o mastologista, o oncologista e o obstetra”, explica o oncologista do Instituto do Câncer, Max Senna Mano.

O tratamento do câncer de mama durante a gravidez tem uma série de restrições. Não dá para fazer muitos exames necessários como, por exemplo, a tomografia. Por causa da radiação, ela pode provocar a má formação do bebê.

Três semanas antes de dar à luz, a quimioterapia tem de ser suspensa para evitar baixa imunidade da mãe e da criança. Não há problema quanto ao parto normal ou à cesariana. Só não vai ser possível amamentar o bebê. “Não pode amamentar nesta gestação. Se ela tiver outra, sim, aí ela pode amamentar”, conta o chefe do setor de mastologia José Roberto Filassi.

Com o filho no colo, o tratamento se intensifica: mais quimioterapia, radioterapia, hormônios e vacina. A engenheira civil Elaine Lima Maciel está vivendo essa fase. Nada que abale a alegria de carregar nos braços a pequena Lucille. A menina nasceu saudável. Gulosa como ela só, fica mais forte a cada dia.

“Eu fiquei muito contente, porque ela não tem nenhum resquício, nada. Fez todos os exames está super bem e eu estou muito feliz”, comemora a engenheira civil.

Segundo os médicos, a incidência de casos de câncer de mama durante a gravidez é de um caso a cada quatro mil gestações. Imagine como ficam as emoções dessa mulher, preocupada com a criança e com a criança. É fundamental um atendimento especializado como isso.

Fonte G1