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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A receita para uma boa velhice

“Se quiser matar um idoso, jogue ele no canto e dê na mão dele água, comida, tudo. Não deixe ele fazer nada. Ele definha e morre.” O bancário aposentado César Martins Borba, 70 anos, não aceita ficar parado. Todas as quintas-feiras, ele vai ao encontro de outros idosos e participa das mais variadas atividades, que incluem jogos, teatro, palestras e workshops de trabalhos manuais. Para ele, os encontros do programa Curtindo a Vida com + de 60, iniciativa organizada pelos próprios idosos com a participação de voluntários, são uma forma de se distrair e, principalmente, escapar da solidão. “Em vez de ficar vendo televisão, venho me divertir, fazer amizades”, conta. Nos outros dias da semana, a rotina de César se divide ente as idas à Associação Brasileira dos Clubes da Melhor Idade (ABCMI), à Associação Brasiliense de Aposentados do Banco Central (Abace) e às aulas de dança de salão. “Você tem que se envolver com alguma coisa. É que nem bicicleta: parou, caiu”, compara.
 (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)


César é uma prova de que qualidade de vida para a terceira idade é sinônimo de movimento e interação. De acordo com o conceito adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida quer dizer “bem-estar físico, mental e social do indivíduo”. Porém, é difícil classificar um conceito tão abstrato. Várias pesquisas sobre o assunto apontam que conhecer pessoas novas, conversar, trocar experiências e sentir-se útil são condições indispensáveis para que os mais velhos não se sintam deixados de lado. Uma delas, feita recentemente pela Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó), analisou a opinião de 17 pessoas com mais de 60 anos sobre o que seria saúde para elas. Os pesquisadores, então, classificaram as respostas em três categorias, que, de certa forma, resumem as necessidades que os idosos têm para ter uma vida confortável: “autonomia, funcionalidade e liberdade”, “saúde é a globalidade da vida” e “família e rede de apoio”.

A primeira categoria está relacionada principalmente ao aspecto físico. Ter um corpo que proporcione autonomia é fundamental, segundo os pesquisadores. Nesse caso, problemas de coluna, articulações enrijecidas e limitações de movimentos foram os fatores citados pelos entrevistados como os mais incômodos da velhice. O segundo grupo de respostas diz respeito à saúde do idoso de maneira global, levando em conta fatores biológicos, psicológicos e/ou sociais — ou o ambiente e as relações interpessoais a que eles estavam expostos. A saúde, segundo os estudiosos, seria “um processo vivenciado ao longo da história de cada um”, ou a percepção de que, para se chegar a uma idade avançada e poder afirmar-se saudável, é preciso ter “cuidado com a saúde em seu aspecto integral”. Na terceira, os idosos manifestaram a importância de contar com uma rede de apoio (familiar e estatal) para garantir que suas necessidades sejam atendidas.

Sentir-se útilTer a família por perto ajuda a manter estável a autoestima dos mais velhos, uma vez que os parentes representam o apoio social, material e afetivo que eles dificilmente teriam de outra maneira. Por isso, a família e os entes queridos constituem um elemento essencial para a saúde mental e emocional dos idosos, sendo apontados, inclusive, como o principal significado de suas vidas.

Segundo Nanci Soares, assistente social e professora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), os fatores que influenciam a qualidade de vida dos idosos estão divididos em intrínsecos (referentes à subjetividade de cada um, como manter hábitos saudáveis e evitar estresse) e extrínsecos (políticas sociais que atendam às necessidades dos idosos). “Além dos fatores psicológicos, o envelhecimento depende acima de tudo da cultura e do momento do desenvolvimento socioeconômico em que se encontra o idoso em cada país”, explica a autora de um estudo intitulado Envelhecimento e qualidade de vida do idoso.

Para a especialista, após ter suas necessidades físicas e emocionais garantidas, o idoso precisa ter com o que ocupar o tempo livre, um passo fundamental para que a pessoa tenha, realmente, qualidade de vida. Nanci ressalta, porém, que simplesmente dar algo para o idoso fazer não é suficiente. É preciso que ele perceba a atividade como algo realmente útil. “É preciso oferecer serviços de qualidade, fazendo com que as atividades oferecidas ao seguimento idoso tenham relevância social e atendam ao interesse desse público, considerando suas trajetórias de vida”, detalha a pesquisadora.

Cacilda Rosa Berttoni, 92 anos, sabe bem o que é se sentir sozinha. “Os jovens têm trabalho, os netos têm escola, os bisnetos também. Então, o idoso fica em casa, com o cachorro?”, questiona. Assim como César Borba, a enfermeira aposentada participa das atividades do Curtindo a Vida Com + de 60. E só a possibilidade de ficar sem os encontros semanais já é suficiente para tirá-la do sério. Ela lembra que uma vez o grupo de 50 idosos foi impedido de usar a sala da Administração do Lago Sul onde acontecem as reuniões. Segundo Cacilda, houve uma verdadeira revolução. “Enquanto umas senhoras oravam, as mais valentes e briguentas procuravam os políticos para resolver o problema”, relembra. Parentes jornalistas ou advogados foram convocados para a batalha, que acabou vitoriosa para os idosos. “Quem é mais velho, se ficar sozinho, acaba. Qualidade de vida é continuar em contato com eventos sociais”, opina.

AcomodaçãoOutro inimigo da qualidade de vida na velhice é a crença de que a falta de saúde é algo inevitável depois de uma certa idade. Em um estudo feito recentemente pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), descobriu-se que muitos idosos acreditam que problemas de saúde são consequências da idade e nada pode ser feito para mudá-los. Desirée Haikal, dentista e uma das autoras do trabalho, conta que, dos 45 idosos pesquisados, 75% sofriam impacto na qualidade de vida devido às condições bucais — mas 67% classificaram a saúde dos dentes como boa ou satisfatória. Na análise, os pesquisadores concluíram que os idosos tendem a subestimar os sintomas. Apenas quando os problemas de saúde passam a limitar atividades do dia a dia, como mastigar ou engolir, é que os entrevistados relatavam estar realmente com complicações.

“Como a maioria não tinha acesso a tratamentos odontológicos e informação sobre os problemas, eles se acomodam. É um mecanismo de defesa”, explica Desirée. Mesmo com dores bucais de toda sorte, ela conta que muitos nem cogitavam a possibilidade de corrigir os problemas. Contudo, a pesquisa também mostrou que, com tratamento acessível, dificilmente os idosos recusavam ajuda. “Como eles tinham certeza de que não iam conseguir se tratar, diziam que não queriam”, conta a dentista. “Quando a opção estava próxima e gratuita, todos quiseram.”
 (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)



Participe
Curtindo a Vida Com + de 60Os encontros do grupo acontecem às quintas-feiras, das 14h30 às 17h, no auditório da Administração Regional do Lago sul (QI 11). Das 50 vagas, 20% são reservadas para idosos que não moram no Lago Sul. As inscrições podem ser feitas na administração do bairro ou pelos telefones 3366-8309 (Eliane Guedes) e 3366-8314 (Jane Rocha).


Dicas

Veja algumas dicas para manter a qualidade de vida na terceira idade:
» Produza, faça coisas novas, converse, movimente-se. Estar bem física e mentalmente é essencial para garantir o bem-estar

» Cuide da sua saúde. Na terceira idade, é comum aparecerem incômodos como dores articulares, diminuição do tônus muscular e problemas de coluna. Procure ajuda médica, pois nada atrapalha mais a qualidade de vida do que não estar em plenas condições físicas

» Não fume, não beba, mantenha uma dieta saudável com pouco sal, açúcar e gordura e pratique exercícios físicos frequentemente

» Tome cuidado com o estresse do dia a dia. Controle suas emoções e pensamentos para ter uma vida mais leve e evitar doenças futuras ocasionadas pelas preocupações em excesso

» Cative e mantenha uma rede de apoio. Além da família, amigos e até ajuda do governo fazem diferença na autoestima

» Invista em leituras e em programas culturais. O cérebro precisa ser constantemente estimulado, não importa a idade

» Procure atividades pela quais tenha real interesse, e não aquelas que servem apenas para “matar o tempo”. O intuito deve ser desenvolver uma nova habilidade e aprender coisas novas


Três perguntas para - Leonardo Pitta,
médico geriatra e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)
Quais são os fatores que mais influenciam a qualidade de vida dos idosos?Normalmente, tenta-se fazer uma definição do conceito de qualidade de vida. É difícil fazer isso, porque trata-se de um conceito amplo, que depende do ponto de vista histórico para que os fatores que o influenciam sejam entendidos. De maneira geral, se fosse para elencá-los, eu diria que o primeiro fator seria autonomia e independência para realizar atividades de gerenciamento da própria vida, como cuidados com a saúde e independência para gerenciar o convívio social e executar tarefas. Depois, ter acesso a cuidados de saúde de forma plena. Acesso ao lazer e à cultura e ter possibilidade de ter uma boa convivência social também são fatores importantes.

Qual é a importância da família e do ambiente em que o idoso está inserido?É muito difícil querer colocar tudo em um fator só, pois a qualidade de vida é um conceito amplo que envolve a sensação de bem-estar que a pessoa tem. A família presente e o acesso ao amparo social fazem com que a pessoa consiga ter uma sensação de que a vida é boa, porque ela vai se sentir protegida se passar por uma doença ou mesmo quando as consequências da velhice começarem, como uma perda na qualidade da visão, por exemplo. Em primeiro plano, vem a família ou quem tem vínculos afetivos com o idoso: eles fazem com que, apesar dos infortúnios, eles se mantenham fortes para lidar com as adversidades.

O que pode minar o bem-estar dos idosos?Tenho a impressão de que, quando a gente desmembra bem a questão de qualidade de vida individual, que é tentar aferir quanto a vida é boa, um grande fator para os idosos é a questão da permanência no convívio social. A sensação de desamparo quando o idoso está afastado da família ou quando não tem uma rede social que o faça se sentir protegido faz ele achar que a vida não é boa. As pessoas conseguem passar por situações adversas de diferentes formas, de acordo com a sensação de amparo que elas têm. Esse amparo pode ser uma sensação em relação à família presente, à prática da espiritualidade, enfim, qualquer rede que dê suporte.

Fonte Correio Braziliense

Consequências inesperadas provocadas pela cirurgia bariátrica

Poucas sensações são tão desagradáveis para um obeso quanto entrar em uma loja e, mesmo sem dizer uma palavra, ser prontamente informado pelos vendedores de que, “infelizmente, não há roupas que sirvam”.

Após a cirurgia bariátrica (a popular redução de estômago), contudo, desconfortos como esse dão lugar a elogios, autoestima elevada e uma nova vida, em que a balança não representa mais um pesadelo. Não é, contudo, sempre assim. Segundo uma pesquisa feita por médicos da Universidade de São Paulo (USP), do Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares (Proata) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), vários estudos feitos na última década apontam que, cada vez mais, pacientes que se submetem ao procedimento têm apresentado comportamentos compulsivos, depressão e, em casos extremos, chegam a cometer suicídio — mesmo estando magros como sempre sonharam.

Paulo Sallet, médico assistente do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e um dos autores do trabalho, conta que a compilação de informações sobre o acompanhamento psicológico pós-cirurgia surgiu a partir de 12 anos de observação dos pacientes operados. Segundo ele, embora grande parte deles tenha efetiva melhora de condições clínicas e funcionais, como menos risco de morrer por doenças cardiovasculares (-56%), câncer (-60%) e diabetes (-92%), alguns podem apresentar complicações psicossociais. “Fatores como autoimagem corporal, traços de personalidade e presença de compulsão alimentar prévios à intervenção, dentre outros, têm sido implicados na evolução e no prognóstico desses pacientes”, completa Sallet. Entre os problemas, está o aumento do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP), complicação mais recorrente nos pacientes da cirurgia.

Por outro lado, o médico diz que, em alguns casos, é possível que condições psiquiátricas prévias se agravem, ou até mesmo novas doenças surjam após a cirurgia. “Provavelmente, essas novas patologias são resultantes de fatores como necessidade de adaptação psicossocial à nova condição e de alterações psíquicas decorrentes de deficit nutricional”, detalha Sallet. Segundo o estudo, de 20% a 70% das pessoas que procuram a cirurgia têm histórico de transtornos mentais.

Qual seria, então, a ligação entre essas doenças e a obesidade? Seria o excesso de peso o responsável pelo sofrimento psicológico ou são os problemas psíquicos que induzem a um estilo de vida alimentar e comportamental que leva ao aumento de peso? De acordo com o médico, as duas coisas — e mais um pequeno, porém importante, detalhe: a genética. “Para que se tenha uma ideia, a taxa de concordância de obesidade em gêmeos fraternos é descrita como em torno de 20% a 30%, enquanto que em gêmeos geneticamente idênticos ela sobe para 70% a 80%”, exemplifica.

Preparação
Antes de se submeter à cirurgia bariátrica, além de meditar sobre as mudanças desejadas, Tulio Marcos da Cunha, médico-cirurgião do aparelho digestivo e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), explica que os aspirantes a pacientes devem passar por exames pré-operatórios fundamentais. Os testes consistem em avaliações nutricionais, cardiológicas e endocrinológicas. “E um deles é a avaliação psicológica, na qual os médicos avaliam e preparam o obeso para o procedimento”, complementa o médico. Ao todo, os pacientes precisam esperar de dois a seis meses até que todos os testes sejam concluídos.

Muitas vezes subestimado, especialmente após a cirurgia, Cunha salienta que o acompanhamento psicológico não é uma maneira de dar dicas sobre como ser magro. O objetivo principal, na verdade, é acompanhar o processo de adaptação da operação ao modo de vida do paciente. “É importante que fiquem claros os objetivos do tratamento e a parte do próprio paciente, ou seja, no que ele vai precisar colaborar”, acrescenta. Paula Luciana da Silva, psicóloga clínica que atua no acompanhamento de pacientes bariátricos, reforça: essa colaboração não pode ser deixada de lado um minuto sequer. “Não trabalho com expectativa de alta, porque, a partir do momento que estabelecemos um tempo, podemos negligenciar alguns dados”, completa.

Esses dados podem ser cruciais para que o ex-obeso, realmente, adapte-se à nova vida sem sofrimento. É no consultório do psicólogo que eles entenderão o papel da comida em suas vidas e, principalmente, como vencer eventuais frustrações sem precisar dela como muleta. “A pessoa está operando o estômago, não a história de vida”, comenta a psicóloga. Ainda que não volte a engordar, ela salienta que os conflitos continuam ali e precisam ser trabalhados. “Eles têm medo de errar e a cobrança fica maior. Aí vem a frustração, que pode desencadear compulsões.”

“Na cabeça”
Desde que fez a cirurgia bariátrica, há um ano e oito meses, Vanessa Steiner, 39 anos, não passa mais apuros quando precisa comprar roupas. Na verdade, agora ela se policia para acertar a própria numeração. “Sempre peço números maiores. Você emagrece e não se vê magra”, justifica. Se, antes, a engenheira era “ignorada” pelas outras pessoas, agora ela conta que a realidade é bem diferente: de repente, começou o assédio masculino — e até mesmo a desconfiança de amigas casadas ou compromissadas. “Antes, você era a gordinha simpática. Agora, você é uma ameaça.”

De todas as dificuldades que enfrentou para se adaptar ao novo corpo, Vanessa conta que as mais tortuosas se passaram dentro de sua própria mente. “Tudo de ruim que acontece comigo, desconto nos doces”, resume. “O sentimento que tenho é de estar viciada. Vejo reportagens sobre drogados e me enxergo neles.” Mesmo com o acompanhamento psicológico, ela reconhece que superar antigos traumas e novas obsessões é uma tarefa a ser cumprida a longo prazo. “As pessoas trocam comida por outras coisas, como comprar sem parar e ficar viciado em sexo. No meu caso, a compulsão continuou. Por isso, acho que a cirurgia deveria ser na cabeça”, brinca.

Ao contrário de Vanessa, Bianca Torres, 48 anos, conta que não teve problemas de adaptação, nem antes nem depois da cirurgia. “Isso só acontece com pessoas que não foram bem orientadas pela equipe médica”, sustenta. Para se preparar para a operação, Bianca leu sobre os prós e os contras por sete anos antes de se decidir. Se antes da operação a pedagoga já se considerava uma “gordinha bem resolvida”, quatro anos depois da intervenção ela é só autoestima. Sobre amigas que passaram a gastar o salário com lingeries e sapatos aos homens que se tornaram mulherengos, Bianca tem uma opinião forte: falta informação. “A cirurgia é apenas um coadjuvante no processo de emagrecimento”, ensina. “Passamos de obesos a pessoas normais, e elas também têm que se controlar para não engordar.”

Dados preocupantes

Os autores do trabalho brasileiro citam outro estudo, feito em 2007 por pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, que ilustra a incidência de mortes entre pessoas que passaram pela cirurgia. Segundo os americanos, mortes associadas a acidentes e/ou suicídio são 58% maiores em indivíduos no estágio pós-cirúrgico quando comparados aos que não fizeram a operação — isso sem contar os óbitos associados a comportamentos impulsivos, como bulimia e acidentes de trânsito. A maior parte dos suicídios se deu após apenas um ano da intervenção.

Mais e mais rapidamente
Como o próprio nome sugere, o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) caracteriza-se por episódios em que a pessoa passa a se alimentar compulsivamente, em quantidades significativamente maiores que indivíduos normais consumiriam. Além de comerem desenfreadamente, pacientes com o transtorno comem mais rápido que o normal e, geralmente, o fazem sozinhos, com vergonha do julgamento alheio. Após as crises, é comum sentir-se angustiado e frustrado. Sentir-se mal consigo mesmo, deprimido ou com culpa em excesso também é consequência comum — o que, obviamente, influencia no bem-estar psicológico dessas pessoas. Embora tenha sido observado principalmente em pessoas obesas, o transtorno também acomete indivíduos com peso normal.

Fonte Correio Braziliense

Dirigente da Cruz Vermelha defende que pequenos produtores cultivem comida

Ao redor do mundo, todas as noites, quase 1 bilhão de pessoas vão para a cama com fome. Ironicamente, grande parte desses indivíduos são pequenos agricultores, responsáveis pela produção de metade dos alimentos consumidos no planeta.
 
Cerca de 180 milhões de crianças de até 5 anos estão desnutridas e com retardo no crescimento e 925 milhões de pessoas sofrem de fome crônica. Ao mesmo tempo, no segundo semestre de 2010, os alimentos ficaram 30% mais caros, 10 milhões de hectares de terra foram inutilizados por conta da seca e 30% das sobras de alimentos foram perdidas. O orçamento do Banco Mundial utilizado para a agricultura caiu de 26%, em 1980, para apenas 10%, em 2000. Esses são apenas alguns números do Relatório Mundial sobre Desastres de 2010, divulgado em setembro deste ano.

No registro feito pela Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho sobre a situação da fome no mundo, os dados espelham a situação desesperadora de populações sem condições de se alimentar e a chamada “obesidade epidêmica” dos ricos. Em uma visita ao Brasil para acompanhar o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio à Cruz Vermelha Brasileira (CVB) — iniciativa do líder da bancada do Partido Popular Socialista (PPS), Rubens Bueno, e do presidente nacional da CVB, Walmir Moreira Serra —, o subsecretário geral para a Sociedade Nacional e Desenvolvimento do Conhecimento da Federação Internacional da Cruz Vermelha e Sociedades do Crescente Vermelho (FICV), Mukesh Kapila, falou ao Correio sobre a fome no mundo, iniciativas governamentais para driblar o problema e a responsabilidade de cada um na luta contra a desnutrição.

Como uma reconfiguração do sistema alimentar global pode ser feita?
Com investimentos primários, agricultores irão cultivar alimentos na comunidade local. A maioria dos alimentos já é produzida por pequenos agricultores ao redor do mundo e isso certamente é suficiente para alimentar os continentes mais famintos. Então, por que tanto dinheiro está indo para a indústria agrícola, incluindo aqui no Brasil? O fato é que o preço para produzir nas terras é maior para os pequenos fazendeiros.

Quais as principais dificuldades que países como o Brasil enfrentam? São as mesmas enfrentadas pelo resto do mundo?
O Brasil é um país muito importante agora. Os desafios são os mesmos, na verdade: como criar um sistema justo de distribuição de recursos? Todo cidadão precisa ter acesso aos direitos humanos básicos para sobreviver e para que possa se desenvolver, como comida, água, cuidados de saúde e assim por diante. Logo, essa é a questão principal, esse é o verdadeiro desafio. A vantagem de países como o Brasil, que exportam comida, é que eles enriquecem muito rápido. E você precisa enriquecer para ter recursos para distribuir. Países como o Brasil, com grande extensão de terras e economicamente fortes, têm uma posição de liderança. A pergunta para o governo do Brasil e para os brasileiros é a seguinte: vocês estão preparados? Ou ainda: quando vocês estarão preparados para assumir fortemente essa posição de liderança no mundo? O mundo sem a liderança brasileira é um mundo que se move em velocidade média, quando poderia ir à toda velocidade. A questão do Brasil, então, é nacional — fazer o que é certo pelos cidadãos — e internacional, já que precisa assumir um lugar apropriado em um mundo em que ainda está à parte.

Segundo o World Disaster Report, 27% da população dos Estados Unidos é obesa, enquanto 925 milhões de pessoas sofrem de fome crônica. Como a especulação financeira do mercado de alimentos se relaciona com esse dado? O preço dos alimentos é o principal motivo? Quais os outros?
Isso não é surpreendente, na verdade. Acho que se houvesse investimentos em diferentes formas de agricultura, o custo da comida cairia. Os fabricantes descobriram que a presença do açúcar e do sal em excesso na comida processada faz com que ela possa ser distribuída para locais mais distantes. E ela ainda é mais barata. Logo, as pessoas pobres à procura de algo para comer naturalmente irão em busca dos alimentos mais baratos, que tendem a ser menos saudáveis. Como resultado, elas se tornam obesas e doentes. Elas não consomem a quantidade necessária de vitaminas e outro elementos nutricionais que são necessários a todos. O fato de o país mais rico do mundo ser também o mais gordo é um reflexo de uma sociedade infeliz. Pode ser porque eles estão mais tristes e não têm condições de bancar alimentos mais saudáveis. É um paradoxo mental estranho. É por isso que é preciso uma abordagem social. As pessoas devem ser educadas a confrontar o problema que as está forçando a comer alimentos prontos — que só são consumidos por serem a única opção.

Como tornar a comida saudável mais barata, então?
Esse é um problema político para todos os governos. Tudo em relação à comida é político. Nenhum governo sobrevive se não abordar aspectos políticos relacionados à alimentação. O mundo inteiro tem se tornado mais rico, e os governos precisam fazer escolhas difíceis. Basta tomar como exemplo os alimentos que não são saudáveis, como os com excesso de sal, sódio e açúcar: ele (o governo) pode tentar tarifar esses alimentos ou esses ingredientes de forma diferente, reduzir os impostos sobre os alimentos saudáveis, enfim, há maneiras para se fazer isso. Contudo, muito mais importante que tributação é a parceria que os governantes devem fazer com a sociedade e com grupos como a Cruz Vermelha, que têm como objetivo educar a comunidade, fazer com que as pessoas entendam que cada um é responsável pela própria vida. Isoladamente, o governo não pode fazer muita coisa. Apenas quando os cidadãos comuns tiverem o controle de seu próprio comportamento é que a mudança poderá ser feita. Então, não é justo culpar apenas o governo o tempo todo, como também não é certo esperar que ele resolva todos os problemas. Os cidadãos é que precisam fazer isso.

O primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, da ONU, é reduzir pela metade o percentual de pessoas que sofrem de fome até 2015. Essa é uma meta viável? O que é preciso ser feito para que ela se torne realidade?
Bom, talvez. Acredito que seja possível e isso já foi alcançado em muitos países, mas acho que números como esse, estatísticas sobre quantos por cento estão melhorando ou piorando não nos dizem o suficiente sobre a questão humana que está por trás disso. As estatísticas escondem desigualdades. Na China, por exemplo, o chinês médio tem 50% mais calorias disponíveis que há alguns anos. Ao mesmo tempo, a pobreza tem aumentado. Isso significa que temos que ter muito cuidado ao interpretar esses números e estatísticas. Enquanto grande parte do mundo melhorou, uma parcela significativa da população em vários países tem ido para outra direção. A coisa mais importante para os que fazem as políticas, na minha opinião, é focar-se nos esforços mais valiosos — o que também é o trabalho da Cruz Vermelha. Os governantes precisam andar ao lado dessas organizações.
 
Fonte Correio Braziliense

Estudo sobre hipertensão acompanha pacientes por 18 meses no Hospital de Clínicas

HCPA coordena a pesquisa no país e vai orientar os pacientes a mudar o estilo de vida


Um estudo desenvolvido no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) está procurando homens e mulheres com idade entre 30 e 70 anos que desejam prevenir ou tratar a pressão alta. Os participantes serão orientados e terão consultas agendadas, medicamentos e acompanhamento médico durante 18 meses.

O Estudo PREVER — Prevenção de Eventos Cardiovasculares em Pacientes com Pré-hipertensão e Hipertensão Arterial — é promovido pelo Governo Federal, com a participação de 24 instituições em todo o país e coordenação do HCPA. Os participantes são orientados, em um primeiro momento, a mudar seu estilo de vida para, então, iniciar, se necessário, tratamento com medicamentos.

Os interessados em participar podem ter mais informações no site (www.estudoprever.com.br) ou pelo telefone (51) 3359.8449, entre as 8h e as 12h.
Fonte Zero Hora

Veja dez dicas para combater a celulite com alimentação adequada

Piotr Bizior / Stock.Xchng/Divulgação

Quem quer reduzir as celulites deve estar atento aos "três vilões" açúcar, gordura e sal, e evitar excessos


Estima-se que a celulite atinja cerca de 90% da população feminina, afetando todas as mulheres em geral, independentemente de idade ou peso. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 55 milhões de mulheres brasileiras convivem com os malditos furinhos. Os principais causadores da celulite são a predisposição genética, fatores hormonais, o sedentarismo, dieta desequilibrada, abuso de álcool e o fumo, além do estresse.

Conforme explica a nutricionista Flávia Morais, da rede Mundo Verde, não existe fórmula mágica para combater o problema. A combinação de uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos é, ainda, a mais eficaz estratégia para o tratamento — e o mais importante, para a prevenção.

Quanto à alimentação, de acordo com a nutricionista Aline Strunkis, quem quer reduzir as celulites deve estar atento aos "três vilões" açúcar, gordura e sal, e evitar excessos.

Confira as dicas das nutricionistas para combater a celulite por meio da alimentação:
1. Diminua a quantidade de toxina no seu corpo. A melhor forma é garantindo uma boa hidratação com o consumo de líquidos, principalmente água. Sucos de frutas, infusão de ervas e água de coco também podem ser boas alternativas.

2. Evite bebidas alcoólicas, pois elas favorecem o inchaço. Fique longe dos refrigerantes que, além de muitos calóricos, são conhecidos causadores de celulite. Fique atenta também aos leites de soja e aos sucos de caixinha: prefira os do tipo "zero", pois os normais também possuem  muito açúcar.

3. Reduza o consumo de sódio, causador de retenção hídrica, que pode agravar o quadro. Diminua o consumo de sal, enlatados, alimentos em conservas, embutidos e alimentos industrializados. Troque o sal comum pelo sal light, que tem 50% menos sódio em sua composição. Prefira usar nos alimentos os temperos naturais como orégano, salsa, cebolinha, manjericão e açafrão que, além de sabor, têm também antioxidantes.

4. Trate da saúde do intestino. A disbiose intestinal, quadro comum atualmente (devido ao uso indiscriminado de antibióticos, anti-inflamatórios, anticoncepcionais, exposição a alimentos alergênicos, entre outros fatores) aumenta a celulite. Exclua da alimentação alimentos alergênicos e o uso de suplementos de probióticos, bactérias boas que fortalecem a microbiota intestinal, como o glúten e o leite. Aumente o consumo de alimentos ricos em fibras como os cereais integrais, arroz integral, aveia, linhaça, frutas e verduras.

5. Aumente o consumo de frutas e legumes com bastante água. Eles ajudam na hidratação e desintoxicação do organismo: o abacaxi, melancia, frutas cítricas, pepino e salsinha.

6. Inclua na dieta alimentos fontes de silício, mineral envolvido na produção de colágeno. A aveia e o chá de cavalinha são boas fontes do mineral. Experimente incluir nos sucos, no lugar da água, a infusão da cavalinha e use a aveia em flocos em saladas de frutas.

7. Reduza o consumo de doces, gordura saturada e trans. Substitua, por exemplo, a margarina, a manteiga ou a maionese por requeijão light ou queijo cottage.

8. Inclua proteínas de qualidade na alimentação, como a clara de ovo, peite de frango e os peixes.

9. Os alimentos fontes de vitamina C, como frutas cítricas, morango, goiaba, caju, acerola estimulam a produção de colágeno, uma proteína que melhora a elasticidade e firmeza da pele.

10. Faça várias refeições por dia para acelerar o metabolismo. Ficar muito tempo sem comer faz com que a massa muscular diminua e a gordura aumente.
Fonte Zero Hora

Pessoas com depressão processam a raiva de forma diferente, diz estudo

Aparentemente, o cérebro de algumas pessoas com depressão processa o sentimento de raiva de forma diferente. É o que aponta um estudo, realizado pela Universidade de Warwick, no Reino Unido. A diferença viria de uma anormalidade no chamado “circuito da raiva”.

O autor do estudo, Jianfeng Feng, explica que normalmente a atividade cerebral é sincronizada em três regiões do cérebro – giro frontal superior, ínsula e putâmen do cérebro –, mas os pacientes depressivos não têm essas regiões sincronizadas.

“Esses diferentes níveis de atividade podem ser a resposta do por que pessoas com depressão não conseguem lidar com a agressividade e se isolam”, diz.

Os resultados foram obtidos por meio de exames de ressonância magnética funcional realizados em 76 voluntários – 39 diagnosticados com depressão e 37 saudáveis (grupo controle). Com essas informações, os pesquisadores criaram um mapa com as ligações cerebrais.

Apesar do resultado, o pesquisador ressalta que ainda não é possível definir se essa diferença encontrada é uma causa ou consequência da depressão.

“É necessário aprofundar mais o estudo. As pessoas não estavam fazendo nada específico na hora em que o cérebro foi observado, portanto, não há como associar os resultados aos sentimentos do momento”, conclui.

Fonte Bem Estar

Consumo de vegetais verdes melhora defesa imunológica, indica estudo

1165337 91419196 300x225 Consumo de vegetais verdes melhora defesa imunológica, indica estudo
Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, encontraram mais um motivo para acrescentarmos vegetais à nossa dieta. De acordo com um estudo publicado no periódico Cell, os vegetais verdes ajudam a fortalecer o sistema imunológico, pois garantem que as células imunes do intestino e da pele, conhecidas como intraepiteliais, funcionem corretamente.

Para chegar aos resultados, o autor do estudo, Marc Veldhoen, alterou a dieta de modelos animais para uma pobre em vegetais. Após um período de duas a três semanas, as células protetoras haviam diminuído em 70% a 80%.

Os protetores intraepiteliais linfócitos existem como uma rede debaixo da barreira de células epiteliais que cobrem superfícies do corpo interior e exterior, onde são importantes como uma primeira linha de defesa e no reparo de feridas.

O número de linfócitos intraepiteliais depende dos níveis de uma proteína da superfície celular chamada de receptor de hidrocarboneto aromático, que pode ser regulada por ingredientes dietéticos encontrados principalmente em vegetais crucíferos, como brócolis, couve-de-bruxelas, repolho ou couve-flor.

Como imunologista, Veldhoen espera que o estudo gere interesse na comunidade médica, já que algumas das características observadas nos ratos são consistentes com aquelas observadas em pacientes com doença inflamatória intestinal. “É tentador extrapolar o estudo para seres humanos. Mas há muitos outros fatores a serem analisados”, avalia.

Ainda assim, os resultados oferecem uma base molecular para a importância de vegetais crucíferos derivados de fitonutrientes como parte de uma dieta saudável. “Para nós, já é uma boa justificativa para se comer mais alimentos verdes”, finaliza.

Fonte Bem Estar

Alerta: “Paixão” por carro pode aumentar agressividade no trânsito, diz estudo

Quando o carro deixa de ser meio transporte e passa a ser enxergado como uma extensão da personalidade do condutor, o resultado pode ser o aumento da agressividade na direção. Esta é a conclusão de um estudo que buscou examinar como a personalidade, a atitude e os valores de uma pessoa podem contribuir para o comportamento agressivo no trânsito.

Dados apresentados no estudo feito pela Universidade de Temple, mostram que desejar dirigir um determinado modelo de carro é um dos comportamentos mais comuns de consumo, e que a agressividade no trânsito é responsável por um terço de todos os acidentes que envolvem lesões corporais e dois terços de todos os acidentes fatais nos EUA.

A pesquisa foi realizada com base em dois levantamentos feitos inicialmente em Israel. Em um deles, 134 homens e mulheres na faixa dos 23 anos responderam a perguntas gerais sobre seus valores, personalidade e atitudes. O outro, baseado no primeiro, foi feito com 298 pessoas, que falaram sobre atração pelo risco, impulsividade, prazer em dirigir e pressa.

Os resultados mostram que quanto mais uma pessoa se identifica com seu carro e vê nele um reflexo de sua personalidade, maior é a tendência de ser agressivo enquanto dirige e de infringir as leis de trânsito. Esse comportamento também é mais forte em pessoas materialistas e com tendências à compulsão.

Ainda segundo o estudo, jovens que ainda não têm sua identidade completamente formada tendem a ser mais hostis no volante, usando o veículo como forma de autoafirmação. Além disso, eles costumam ser mais confiantes do que o recomendado e subestimam os riscos da direção imprudente.

“Isto explica muito sobre este fenômeno. Por exemplo, quando classificamos um tipo de carro como ‘carro de mãe’ ou ‘carro de idoso’”, diz a pesquisadora Ayalla Ruvio, principal autora do estudo. Para ela, as implicações dos achados podem ser reiteradas em inúmeros contextos culturais, justamente por causa da ligação entre o carro e uma personalidade.

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Mudança de bairro pode impactar na saúde

Mudança pode ter impacto sobre saúde / Auremar/Shutterstock
Características da vizinhança podem influenciar positivamente ou negativamente

Um estudo publicado pelo "New England Journal of Medicine" relatou que quando mães solteiras se mudaram de bairros pobres para áreas mais nobres, além de ter acessos a empregos e serviços melhores, elas acabaram ganhando mais saúde. As taxas de diabetes e obesidade grave foram apontadas como cerca de um quinto menor nas mulheres que se mudaram do que naquelas que não o fizeram.

"As melhorias aparentes na saúde relacionadas a isto são comparáveis aos resultados de programas que incentivam a alimentação balanceada, exercícios físicos e fornecimento de medicamentos para pessoas com diabetes. Melhorias na saúde não eram o objetivo principal. Mas o fato de que nós estamos vendo efeitos", explica o Ph.D, Jens Ludwig, autor principal do estudo e professor de administração de serviço social, direito e política pública da Universidade de Chicago.

A idéia de que bairros podem ter impacto sobre a saúde não é nova. Estudos mais antigos sobre este tema tem data por volta de 1700, aponta o professor. Mais recentemente, um crescente corpo de pesquisa relacionou a obesidade e outros problemas de saúde às características da vizinhança, tais como o número de supermercados e restaurantes fast-food. Segundo os dados, o fator levado em consideração seria psicológico, pois é como estabelecer que pessoas que se mudam para lugares melhores estão mais dispostas a tomar decisões evolutivas.

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Alongamento e ioga ajudam com dores na lombar

Estudo revela que os dois exercícios são similares no combate ao tipo de dor

Pessoas que sofrem de dores crônicas na lombar sentiram os mesmos benefícios após a prática da ioga sob orientação de professores treinados em comparação com as que tiveram aulas de alongamento, destacou um estudo divulgado nos Estados Unidos.

As descobertas foram publicadas na edição desta segunda-feira dos Archives on Internal Medicine, periódico da Associação Médica Americana.

"Nós descobrimos que as aulas de ioga são mais eficazes do que um livro de auto-ajuda, mas não são mais eficazes do que aulas de alongamento", disse a chefe dos estudos, Karen Sherman, pesquisadora sênior do Group Health Research Institute em Seattle.

"Nós esperávamos que a dor dosse mais abrandada com o ioga do que com o alongamento, sendo assim nossas descobertas nos surpreenderam", afirmou.

O mesmo grupo de cientistas fez um teste menor em 2005 baseado em uma amostra aleatória de 101 adultos. O estudo sugeriu que o ioga era o melhor remédio para dores lombares porque as pessoas que praticaram esta atividade física usaram menos analgésicos e tiveram melhor desempenho físico.

Este estudo, mais aprofundado, foi feito com uma amostra de 228 pessoas em seis cidades do estado de Washington (oeste), e enquanto ficou demonstrada uma liderança sutil das aulas de ioga, a diferença não foi suficiente para ser estatisticamente relevante.

Os indivíduos assistiram a 12 aulas semanais com duração de uma hora e 15 minutos cada.

O ioga praticado foi do tipo conhecido como Viniyoga, no qual as posturas são adaptadas para a condição individual dos alunos. As aulas foram ministradas por instrutores com mais de 500 horas de treinamento.

As aulas de alongamento foram dadas por fisioterapeutas licenciados, e alguns exercícios de força foram incluídos.

O terceiro grupo recebeu um livro de auto-ajuda com dicas para aliviar a dor nas costas.

"A disfunção relacionada às costas diminuiu com o passar do tempo em todos os grupos", destacou o estudo, ressaltando que quando comparados com o livro, o grupo que praticou ioga relatou um desempenho melhor entre 12 e 26 semanas.

O grupo que praticou alongamento relatou performance superior em 6, 12 e 26 semanas. Em nenhum ponto do acompanhamento da pesquisa foi encontrada uma diferença significativa entre o grupo que praticou ioga e o grupo que fez alongamento.

"Nossos resultados sugerem que tanto o ioga quanto o alongamento podem ser opções boas e seguras para as pessoas que querem praticar atividade física para aliviar a dor moderada na lombar", disse Sherman.

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Anvisa suspende venda de antirretroviral

Lamivudina é utilizado no tratamento da Aids. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou, como medida de interesse sanitário, a suspensão da distribuição, do comércio e do uso do medicamento Lamivudina 10 miligramas, solução oral. A resolução foi publicada  no Diário Oficial da União.

O produto fabricado por uma indústria goiana é um antirretroviral usado no tratamento de pacientes com Aids. A medida foi adotada principalmente em função de notificações repassadas à Anvisa, relacionadas ao aspecto do medicamento.

Este ano, o primeiro antirretroviral produzido por um laboratório público brasileiro – o Tenofovir – entrou no mercado. O Brasil vem se notabilizando pelas ações de atendimento aos portadores da doença e é reconhecido internacionalmente por garantir o acesso universal e gratuito ao tratamento antirretroviral. Em 2008, o país conclui o processo de nacionalização de um teste rápido que permite detectar a presença do HIV no organismo em 15 minutos.

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Mãe estuda neurofibromatose há 20 anos

Enquanto luta contra uma doença rara, Priscila termina a pós-graduação, escreve o 2º livro sobre nutrição, faz palestras e trabalha em um hospital / Arquivo Pessoal
Lilian Manzalli descobriu o problema da filha há 20 anos, hoje, aos 31, Priscila é uma vencedora

Um diagnóstico médico mudou por completo a vida de Lilian Ventura Manzalli há 20 anos. Na ocasião, ela soube que a filha, Priscila, na época com 11 anos, era portadora de uma doença rara, a neurofibromatose.

A doença provoca diversos tumores nos nervos e é classificadas em dois tipos. “No tipo um, a doença é cutânea. Aparecem nódulos parecidos com verrugas na pele e também embaixo dela. Esses tumores têm 3% de malignidade. E a incidência é em aproximadamente uma em cada 2,5 mil pessoas”, conta Lilian, que acumula cargos em associações e fóruns como voluntária na luta contra o mal, entre ele o de vice-presidente da Associação de Neurofibromatose.

O tipo dois é “ainda mais raro e atinge cerca de uma em cada 40 mil pessoas. A neurofibromatose tipo dois afeta principalmente a cabeça”, diz a mãe de Priscila. “São os tumores auditivos, bilateral e na medula. Daí o tumor começa a crescer e pode levar à surdez, altera o labirinto – o que faz com que a pessoa tenha tontura, quedas..., entre outros. Normalmente são colados ao nervo, por isso a cirurgia é delicada”, completa.

Descoberta
O problema da filha começou a ser investigado a partir de um inchaço no pescoço. No início, a mãe pensou que era algum problema na tireoide, pois a filha estava começando a se desenvolver. “Fui ao pediatra e depois ao ginecologista. Eles pediram uma série de exames, como de sangue, e estava tudo normal”, relembra.

Nessa mesma época Priscila iria passar por uma cirurgia para correção do estrabismo. E foi nessa cirurgia que os médicos perceberam que havia algo a ser investigado. Os cirurgiões não conseguiram passar o tubo de oxigênio, pois Priscila tinha uma obstrução na epiglote. Eles recomendaram que a mãe procurasse um especialista, pois era um tumor.

“Começamos a procurar médicos na área. Fizeram um ultrassom e constaram que ela tinha vários nódulos no maxilar. Um médico quis abrir e tirar tudo. Então fui ao Hospital do Câncer e o especialista marcou uma cirurgia para tirar um nódulo na garganta, que poderia sufocá-la e outro na região do ombro”, conta Lilian. A partir daí, veio o resultado: era neurofibromatose.

“Estudava eu, estudava o médico”
Na época, sem conhecer a doença, a família se sentiu aliviada ao saber que o tumor não era maligno. “Até aí ela era tipo um. Quando completou 15 anos, começou a andar torto e caía muito. Fizemos uma ressonância e os médicos encontraram três tumores na cabeça”, diz ainda.

A partir daí, a doença da Priscila foi classificada como tipo dois e Lílian mergulhou ainda mais nos estudos sobre a doença e na luta para dar mais qualidade de vida à filha. “Em 1995 não existia publicação no Brasil. Poucos médicos conheciam o mal. Eu comecei a procurar artigos na internet, em alemão, inglês, russo... Pedia para uma amiga traduzir. Ia ao Hospital do Câncer, estudava eu, estudava o médico”, relembra.

“Hoje tenho 20 anos de estudo sobre a doença e ainda é pouco. Vira e mexe tem uma novidade. A doença é uma mutação. A da Priscila foi uma mutação, ninguém teve antes dela na família. Mas agora o filho que ela vier a ter, por exemplo, pode ter”, comenta a mãe.

Vontade de viver
Hoje, Priscila tem 31 anos e é uma verdadeira batalhadora. “Ela tem vontade de viver”, diz a mãe, sem hesitar, ao ser questionada sobre de onde vem a força da filha. Desde o início da doença, aos 11, Priscila já passou por 32 cirurgias de grande porte. “Cinco na cabeça, uma no olho, três de coluna, nove de abdome, nove de maxilar, quatro no braço, enfim, várias pelo corpo todo”, enumera.

Em 1995, quando Lilian começou a procurar informações sobre o mal, ela descobriu que pessoas acometidas pela neurofibromatose tipo dois viviam apenas até os 14 anos. “Hoje, graças aos estudos, estamos vendo uma sobrevida muito boa”, afirma Lilian.

Priscila não enfrentou só a doença, mas também a vida. Atualmente ela é nutricionista, trabalha em um hospital onde é responsável por três UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e mais a cozinha. Está terminando a pós-graduação na área, tem um livro publicado sobre nutrição e está escrevendo a segunda edição.

Força
Após uma cirurgia, ela ficou surda, “mas fez um curso de linguagem labial e hoje, se você está conversando com ela e diz uma palavra errada, ela te corrige”, orgulha-se Lilian. Ela também faz palestras sobre nutrição.

“Minha filha é bem forte. Ela lida bem com a doença, não se sente doente. Quando ela faz uma cirurgia corre o risco de ter uma sequela. Mas ela consegue aceitar a sequela e procura viver com isso cada vez melhor”, diz.

“Em uma das cirurgias, o médico disse que foi preciso cortar um nervo que serve para abrir e fechar o olho, uma semana depois ela piscou com os dois olhos. O médico não acreditou. Ele disse que não era possível, que ele mesmo tinha cortado. Daí eu falei para ele que foi Deus. Eu acho que é a força dela, é impressionante. Aparece alguma sequela e ela consegue reverter”, emociona-se a mãe.

Herança
A mesma força também está na mãe, que não se cansa de lutar pelas pessoas que sofrem da doença. Hoje, além de vice-presidente da Associação de Neurofibromatose, Lilian ainda é conselheira municipal de Saúde de São Paulo, membro da Associação de Doenças Raras, membro da Fopesp (Fórum dos Portadores de Patologias do Estado de São Paulo), da Geiser (Fundação e Investigação de Doenças Raras da América Latina) e membro do GT de Patologia e Doenças Raras.

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Conheça os principais benefícios da dança

Veja dicas de especialistas e histórias de alunos apaixonados por essa arte

O final do ano está se aproximando e chega a época em que as pessoas iniciam o projeto "Verão 2012", no qual fazem promessas para melhorar o corpo. Então, se você faz parte desse grupo que quer perder peso de uma vez por todas, saiba que a dança é uma das melhores opções, pois vai te ajudar a conquistar sua meta de uma forma prazerosa e proporcionar um ótimo condicionamento físico.

Se você não busca ganhar músculos, mas quer gastar calorias e se divertir ao mesmo tempo, dançar também é uma excelente alternativa, pois você vai gastar cerca de 400 e 500 calorias por hora/aula. Além disso, geralmente dinâmicas e animadoras, as aulas ainda te deixam preparado para dançar com alguém 'por aí' -pelas baladas-, servindo como uma terapia e aumentando a sua autoestima e o convívio social.

E, de acordo com o educador físico Everton José dos Santos, a dança também vai ajudar na melhora da postura e do equilíbrio, além de interferir positivamente até mesmo no desempenho sexual. O profissional fez uma lista dos principais benefícios:

1. Inclusão, não há restrições de idade para a prática, não há contra indicações;

2. Otimização do trabalho cardiovascular, por se caracterizar mais por uma atividade aeróbia, a dança produz a melhora do funcionamento do coração e da circulação sanguínea, além de poder ajudar na perda de tecido adiposo, dependendo da intensidade e do tempo da dança praticada;

3. Pode ajudar a prevenir a osteopenia (perda de tecido ósseo) e a sarcopenia (perda de tecido muscular) que acometem principalmente idosos. Dependendo do ritmo praticado os resultados podem ser muito positivos nesses aspectos;

4. Pela sequência de movimentos alternados e simultâneos entre cabeça, braços, tronco, quadril, pernas e pés ela provoca o sistema nervoso central com tantas informações, que num processo crônico tende a melhorar a coordenação motora;

5. Libera hormônios como a endorfina, conhecido pelo seu efeito sobre o humor da pessoa, associado ao bom humor e por consequência alívio de stress;

6. Ela traz a interação entre os praticantes, agindo diretamente no aspecto social. Ajudando inclusive alguns praticantes a vencer a timidez;

7. Melhora a expressão corporal, assim como ajuda numa melhora postural;

8. Ajuda na autoconfiança, pela soma na melhora de fatores como a timidez, expressão corporal e melhora a estética.

Everton ainda ressalta que em uma esteira, em média, você elimina pouco mais de 500 calorias em 1 hora. Ou seja, realmente será mais prazerosa uma aula de dança do que outro tipo aeróbico ou até mesmo a musculação, já que você gastará praticamente a mesma quantidade calórica.

Dicas e história de um professor
Formado em Administração com ênfase em hotelaria, o professor de dança de salão , Jemerson Silva, de 29 anos, largou seu trabalho em uma multinacional para dedicar-se somente a dança. Hoje, ele que dá aulas de forró e zouk, chega a ensinar 200 alunos.“ Trabalhava com contas à pagar. Ficava o dia inteiro naquele ‘negócio quadradinho’, sempre das 8h às 17h. Lá, eu não tinha prazer, a dança sim me dá prazer. Por isso, escolhi essa arte, é uma questão de amor e realização profissional”, confessa.

Jemerson alega que a principal função da dança é de integrar as pessoas. “ Aquele que é tímido, começa a praticar e logo se solta. A pessoa que não sabe dançar e depois aprende ao menos um passo, se sente bem mais realizada”.

O professor finaliza com dicas para as mulheres, dizendo que muitos homens tem buscado aulas para se aproximar delas. “Isso facilita para chegar com jeitinho”, conta. Além disso, segundo ele, a dança é a melhor opção para você que quer emagrecer com qualidade de vida, sem lesões corporais e o principal: sem sacrifício corporal, já que é uma prática que busca o prazer.

Apaixonada pela arte
A atriz Gabriela de Castro Rollemberg, 25 anos, faz academia há dois anos e desde pequena é adepta da dança. Apaixonada por essa prática aeróbica, ela apresenta musicais, e os ritmos que pratica são: ballet clássico, jazz, forró.

" A dança é prazeirosa, um modo de demonstrarmos sentimentos, sem precisarmos usar as palavras. Muitas vezes uma pessoa pode definir quem você é, apenas olhando você dançar. Ela estimula meu equilíbrio, concentração, deixa meu corpo alongado, desenvolve minha expressão corporal e também previne meus erros posturais", afirma ela.

A atriz é ex-aluna de dança de uma das coreógrafas mais famosas: Fernanda Chamma. Ela diz que nunca dançou para emagrecer, enrijecer ou outro motivo a não ser o puro prazer e pela arte de dançar. Gabriela ainda confessa que hoje, após a dança, seu corpo é alongado e também possui equilíbrio, flexibilidade e postura. "Fazendo dança você emagrece sem perceber, emagrece rindo. Já na musculação, o esforço é maior, e por isso muita gente desiste no meio", finaliza a jovem.

Fonte Bem Estar

Consultas foram remarcadas, dizem secretarias

Os médicos reivindicam mais financiamento para a saúde pública, reajuste salarial e melhores condições de trabalho / Terra Britto/Futura Press
Ministério da Saúde não se pronunciou sobre a paralisação dos médicos que atendem pelo SUS; profissionais pedem reajuste

A maioria das Secretarias de Estaduais de Saúde consultadas pelo Portal da Band informou que as consultas que estavam agendadas para esta terça-feira serão remarcadas por conta da greve dos médicos que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A paralisação havia sido confirmada em 18 Estados, que fariam a suspensão dos atendimentos eletivos – consultas, exames e outros procedimentos. Em todos os locais os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos, segundo informou a organização do movimento.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que não ia se pronunciar sobre a paralisação, programada para durar 24 horas na maioria dos Estados. No Piauí, a suspensão deve durar três dias. Em Santa Catarina e São Paulo, algumas unidades de saúde paralisaram o atendimento por algumas horas. No Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Tocantins e em Roraima, estavam previstas apenas manifestações e atos públicos.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou que, na rede pública estadual, somente o Hospital Emílio Ribas aderiu à greve. As consultas marcadas para terça-feira foram remarcadas em um prazo de dez dias. Os demais atendimentos foram mantidos, segundo reforçou a pasta.

Em Santa Catarina, a paralisação aconteceu entre 13h e 14h. A Secretaria de Saúde do Estado informou que todos os pacientes marcados para esta terça-feira seriam atendidos, mas que haveria atraso por conta do período de paralisação.

No Espírito Santo, o governo estadual também informou que as consultas foram remarcadas, mas não informou quando devem acontecer.

Em Minas Gerais, a Femig (Fundacao Hospitalar do Estado de Minas Gerais) informou que a paralisação não causou impacto nos atendimentos do dia. Cerca de quatro unidades de saúde aderiram à greve, mas as consultas agendadas foram remarcadas.

Movimento
O movimento nacional é liderado pela AMB (Associação Médica Brasileira), Fenam (Federação Nacional dos Médicos) e pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Os médicos reivindicam mais financiamento para a saúde pública, reajuste salarial e melhores condições de trabalho, como aumento no número de leitos nos hospitais.

Até o fechamento desta reportagem a AMB não tinha um balanço da paralisação e também não tinha informações se todas as consultas da rede pública – tanto de hospitais estaduais, municipais e filantrópicos – haviam sido reagendadas.

Fonte Band

Exames: Curva tensional diária

O que éExame que mede a pressão ocular diversas vezes ao longo de um dia.

Para que servePara observar a variação da pressão ocular durante o dia – ela pode ser alterada por condições de sono e luminosidade, entre outros. O exame auxilia no diagnóstico de alguns tipos de glaucoma, além de permitir monitorar o controle da pressão com medicamentos em casos de portadores de glaucoma.

Como é feitoO tonômetro é usado para fazer diversas medidas em horários diferentes (mini curva tensional) de um só dia. O médico posiciona um pequeno aparelho chamado tonômetro diretamente no globo ocular do paciente. O aparelho é encostado no olho para medir a pressão ocular.

PreparoNecessita introdução de colírio anestésico e de um colírio contendo fluoresceína (corante amarelo), alguns minutos antes da realização de cada medida feita com o tonômetro.

Valores de referênciaConsidera-se como valores de referência para normalidade a medida da tonometria entre 10 mmHg e 20/22 mmHg.

Fonte IG

Doença periodontal e obesidade

Um estudo recente também demonstrou que a obesidade eleva o risco de doenças periodontais.

Muitos médicos consideram que a obesidade é uma doença crônica. Sabe-se que os números relativos à obesidade estão aumentando nos Estados Unidos e que mais e mais jovens estão se tornando obesos devido à má-nutrição e hábitos pouco saudáveis. As pesquisas demonstram que obesidade aumenta o risco de hipertensão, diabetes tipo 2, artrite, doenças cardiovasculares, problemas respiratórios e câncer do endométrio, seios, próstata e cólon.1 Um estudo recente também demonstrou que a obesidade eleva o risco de doenças periodontais e que talvez seja a resistência à insulina que regula a relação entre a obesidade e as doenças periodontais.1 Descobriu-se também que os indivíduos com índice de massa corporal elevado produzem um nível mais alto de proteínas inflamatórias.1

Mais de 60% dos adultos americanos podem ser classificados como “acima do peso” ou “obesos”. Entre algumas populações de risco, como as mulheres afro-americanas, essa porcentagem é ainda maior, colocando essas pessoas entre aquelas com risco mais elevado em relação ao diabetes e doença cardiovascular. Algumas autoridades estimam que, de cada três americanos, dois estão acima do peso ou são obesos e mostram que as projeções futuras indicam um aumento na incidência da obesidade entre a população em geral.1

É muito importante que as pessoas entendam a epidemia de obesidade e tomem as medidas necessárias para tratar do problema, tanto em relação a si próprias e quanto em relação aos membros de sua família. Não é demais enfatizar a importância de uma boa nutrição e de exercícios físicos e esclarecer às pessoas o papel que a obesidade pode ter no desenvolvimento do diabetes, das doenças cardiovasculares e do câncer.

Os dentistas devem elaborar um histórico de saúde completo dos pacientes, examinar os problemas que indiquem as causas da obesidade e encaminhar o paciente a um médico para avaliação. Os dentistas devem também avaliar o estado da saúde bucal do paciente e propor um tratamento baseado no diagnóstico. É preciso também enfatizar a importância de reduzir a presença da placa bacteriana e a inflamação que ela provoca acima e abaixo da linha da gengiva. Além disso, é essencial reforçar os cuidados a serem tomados em casa e incentivar o paciente a usar regulamente o fio dental e a escovar os dentes duas vezes por dia com um creme dental com flúor que ofereça proteção antibacteriana.


Referência:
1. Grand Rounds in Oral and Systemic Medicine Vol.1, No 2, 2006, pp. 36 - 47

Fonte IG

Dente Dolorido: O Que Fazer?

Como saber se preciso de um tratamento?
Assim como qualquer trauma na boca, você deve consultar seu dentista imediatamente para saber se um tratamento é necessário. O dentista examinará a área afetada e poderá fazer uma radiografia.

Se a dor é causada por um dente fraturado, trincado ou lascado, você poderá tomar um analgésico simples. Se possível, guarde a parte fraturada do dente e leve-a ao seu dentista.

Se um dente for totalmente arrancado da boca devido a um trauma, leve-o ao seu dentista o mais rápido possível. Talvez possa ser possível recolocar seu dente novamente na boca, um procedimento chamado reimplante.

Como um dentista trata um ...?
- Dente lascado - Se não sentir dor e a lasca for pequena, fica ao seu critério decidir quando e como o dente deverá ser tratado. Dependendo do tamanho da lasca, ela pode ser suavizada ou corrigida cosmeticamente. Outras opções podem ser o uso de facetas, coroas e restaurações. Peça ao seu dentista para lhe explicar sobre cada uma delas. Se uma restauração ou dente artificial for lascado, estes deverão ser substituídos.

- Dente fraturado ou trincado - Dentes fraturados ou trincados devem ser restaurados assim que possível, para se evitar danos posteriores. Pode ser necessário um tratamento de canal ou fazer a extração do dente. Se a fratura atingir o esmalte e a dentina do dente, uma coroa em geral, é o melhor tratamento. Lembre-se de que as fraturas nem sempre são visíveis, mesmo por meio de radiografias. Os sintomas podem ser dor durante a mastigação e sensibilidade a alimentos e bebidas frias, em alguns casos até as bebidas quentes, bem como ao ar, e estes sintomas podem se intensificar com o tempo.

- Dente arrancado da boca - O segredo para o sucesso na recolocação de um dente é reimplantá-lo no local de onde saiu o mais rápido possível. A cada minuto que passa, um número maior de células da raiz do dente morrerão. Se possível, lave o dente com água apenas, e então o recoloque no local, e corra para o dentista imediatamente. O dente deve ser segurado pela coroa, apenas, e não deve secar. O êxito do reimplante é maior durante os primeiros 30 minutos, com boas chances ainda até duas horas após o trauma. Pode ser necessário que seu dentista faça um tratamento de canal uma ou duas semanas após o dente ter se estabilizado.

Dentes irremediavelmente perdidos, ou seja por uma extração realizada por um dentista ou acidentalmente arrancados, devem ser substituídos. Isto evita problemas como dificuldade de mastigação e de fala, alteração de posição entre os dentes remanescentes, disfunção da articulação temporomandibular (ATM), causados pela mastigação no lado onde há mais dentes, e um enfraquecimento do maxilar. As opções para a substituição dos dentes podem ser próteses fixas, próteses removíveis e implantes.

- Mandíbula quebrada - Se suspeitar que você ou qualquer outra pessoa esteja com a mandíbula quebrada, não a movimente. A mandíbula deve ser mantida em posição com um lenço, gravata ou toalha amarrada em volta do queixo e por cima da cabeça. Compressas frias devem ser utilizadas para reduzir o inchaço, se houver. Dirija-se imediatamente à sala de emergência de um hospital e chame seu dentista.

Foto: Colgate
Exemplos de dentes fraturados

Fonte IG

Chás terapêuticos protegem a saúde

Além de aquecer o corpo nos dias frios, os chás feitos com ervas medicinais combatem diversos males

Prisão de ventre, insônia, osteoporose, gripe, asma, estresse, obesidade, colesterol alto... Esses são só alguns dos inúmeros problemas que podem ser amenizados com a ajuda de ervas medicinais. Conhecido como fitoterapia, esse tipo de tratamento ganha um número cada vez maior de adeptos, já tem grande parte de seus benefícios comprovados cientificamente e pode ser associado às terapias tradicionais.

Outro atrativo da fitoterapia é que as plantas podem ser utilizadas de diversas maneiras, inclusive em forma de chá, tornando o momento de cuidar da saúde bastante prazeroso – principalmente nas épocas mais frias do ano.

Cuidados importantes
De acordo com André Resende, fitoterapeuta e autor do livro “O poder das ervas”, recorrer aos poderes da natureza para cuidar do bem-estar é uma prática que vem dos tempos mais primitivos. Mas, apesar de todo o histórico animador, ele ressalta: “As ervas medicinais fazem muito bem desde que usadas corretamente”.

Quem endossa o alerta é Vanderlí Marchiori, nutricionista da capital paulista e professora do curso de pós-graduação em Nutrição Funcional e Fitoterapia da PUC de Curitiba (PR). “Algumas plantas podem fazer muito mal. O chá verde, por exemplo, tem uma lista enorme de contraindicações, mas muitas pessoas não sabem disso”, comenta. Portanto, nem pense em montar uma farmácia natural sem antes consultar um fitoterapeuta, médico naturalista ou nutricionista especializado no assunto.

Modo de fazer
Vanderlí conta que há dois métodos básicos de preparo dos chás: por infusão ou decocção. No primeiro, deve-se jogar a água fervendo sobre a planta, tampar o recipiente e esperar alguns minutos antes de tomar a bebida. No segundo processo, por outro lado, a planta é fervida junto com a água. “O especialista deve indicar qual é a melhor opção”, avisa.

Confira, a seguir, sete tipos de chás terapêuticos que proporcionam benefícios ao organismo:

* Rooibos
Essa erva, conhecida por dar origem ao chá vermelho, apresenta boas doses de antioxidantes, substâncias que combatem os maléficos radicais livres. Possui um papel importante nos processos de emagrecimento e rejuvenescimento. Ao contrário dos chás verde e preto (da mesma família), afirma Resende, a bebida feita com Rooibos contém quantidades mínimas de cafeína. Sendo assim, não atrapalha o sono e nem provoca quadros de ansiedade.

* Oliveira
Muito usada em rituais religiosos, ela é conhecida como “a árvore da vida”. De acordo com o fitoterapeuta da capital paulista, “suas folhas têm muitas propriedades terapêuticas. Para se ter ideia, são ótimas para tratar a hipertensão, apresentam propriedades antioxidantes e rejuvenescedoras, ajudam a emagrecer e combatem o estresse e a fadiga crônica”. Rica em fibras e minerais, a oliveira não tem contraiindicações.

* Xaxim
Trata-se de uma erva da família da samambaia. Segundo Resende, é muito indicada para auxiliar no tratamento de asma e bronquite. Já o uso tópico é eficaz no combate de psoríase, caspa e micose.

* Cavalinha
O chá feito com essa erva é altamente desintoxicante. “Ela é ótima para reduzir todos os tipos de inflamações. Mas sua ação parece ser mais poderosa na luta contra a celulite”, conta Vanderlí. Quem experimentou confirma os efeitos maravilhosos, como é o caso de Maria Lúcia Gabrielli, técnica têxtil, 52 anos: “Eu tinha muita retenção de líquido e, por isso, minha nutricionista indicou a cavalinha. Ao usá-la, passei a fazer mais xixi e logo percebi que o problema diminuiu bastante. Houve uma redução significativa de celulite e até de gordura localizada”, conta.

* Camomila e amora
A combinação é excelente para ser consumida durante a tensão pré-menstrual (TPM), já que tem efeito fitoestrogênico, como explica a professora do curso da PUC de Curitiba: “elas agem como se fossem hormônios, normalizando os níveis desregulados dessas substâncias. Dessa forma, os sintomas típicos do período são amenizados”.

Para a biológa Clara Maciel Cavalcanti, 31 anos, o pior sintoma da TPM sempre foi o inchaço exagerado. Para se livrar do incômodo, ela foi orientada por sua nutricionista a apostar no extrato das folhas de amora. “Além de o inchaço ter diminuído, fiquei menos irritada”, lembra.

* Hortelã e damiana
Essa é outra dupla muito útil para as mulheres, pois ajuda no controle dos sintomas característicos da menopausa. “A hortelã reduz bastante a sensação de calor. Já a damiana tem importante papel na regulagem dos hormônios”, explica Vanderlí. Segundo a especialista, as duas ervas podem até driblar a necessidade de realizar uma reposição hormonal.

* Hortelã-pimenta, capim cidreira, gengibre e cúrcuma
A terapeuta Cristiane Ayres, do Ayur Elements, do Rio de Janeiro (RJ), diz que a associação de todas essas ervas resulta em um chá de grande poder desintoxicante. A hortelã-pimenta tem propriedades analgésicas, anti-sépticas, antiinflamatórias, calmantes, digestivas e expectorantes; além de diminuir a ansiedade, o capim cidreira é analségico, expectorante, bactericida, digestivo, diurético e sudorífero; o gengibre é anti-séptico, antiinflamatório, conservante, digestivo e expectorante; a cúrcuma, por sua vez, combate a diarreia e exerce funções antimicrobianas e antitóxicas. É capaz de melhorar a digestão e ajudar no desenvolvimento da flora intestinal.

Seguro e eficaz
Para garantir os efeitos benéficos dos chás, confira algumas recomendações:

* Procure por um especialista antes de iniciar o consumo de chás terapêuticos, pois muitas ervas apresentam contraindicações
* Não beba mais de um litro por dia
* Depois de pronto, o chá tem 12 horas de validade
* Nunca adquira ervas de origem desconhecida, como aquelas vendidas em feiras de rua, pois podem estar contaminadas por fungos e bactérias. Procure o produto em lojas especializadas ou farmácias de manipulação
* Fique atenta em relação às quantidades: em altas doses, as ervas podem causar intoxicação

Fonte IG

Chá: receita natural que ajuda a dormir

A infusão de algumas ervas pode ser uma ajuda a tanto para cair no sono

Quem passa pelo menos três noites por semana com dificuldade para dormir, por mais de um mês seguido, provavelmente sofre de insônia crônica e precisa de tratamento médico. Mas se o problema não é tão grave assim, pode ser que um empurrãozinho de plantas naturais já resolva a situação.

Como é sabido há tempos pela tradição popular, existe uma série de chás relaxantes que podem ajudar a dormir. Agora, médicos e nutricionistas têm estudado o efeito dessas plantas para melhorar a forma de prescrição delas.

“Existem plantas, como a valeriana, que só devem ser tomadas com indicação médica”, alerta a nutricionista e farmacêutica Lucyanna de Jorge Kalluf, da Asbran (Associação Brasileira de Nutrição).

A recomendação existe porque a planta, embora natural, interfere no metabolismo e provoca diversas reações no organismo. “Há risco de interação com antidepressivos, ansiolíticos e qualquer outra medicação que atue no sistema nervoso central”, explica Vanderlí Marchiori, nutricionista da Apan (Associação Paulista de Nutrição). Para grávidas, a substância não é indicada.

A regra da interação com medicamentos vale para qualquer tipo de chá, embora o risco seja bem menor nos demais casos.

Calmantes
A valeriana age sobre os neurotransmissores e induz o sono, tendo efeito também na manutenção de estágios mais profundos do sono. Mas existem outras plantas que atuam de forma diferente, como calmantes.

“Isso é importante para dar início ao processo do sono, que começa com o relaxamento”, esclarece a médica Lilian Takeda, especialista em medicina tradicional chinesa.

Além da camomila, já bastante conhecida, há também a passiflora, a melissa e o capim-limão, todos classificados como calmantes.

Eles devem ser tomados por infusão. O preparo é com duas colheres do chá para cada xícara de água. Deixe em infusão por cinco a 10 minutos e beba”, recomenda Lucyanna.

Outra dica é comer banana com mel e aveia antes de dormir. “Isso ajuda a liberar triptofano, que é um precursor da serotonina e melatonina (substâncias ligadas ao sono). Assim, a qualidade do sono é maior e a ação das plantas pode ser potencializada”, recomenda Vanderlí.

Fonte IG

Pesquisa associa insônia a risco maior de infarto

Pessoas com problemas para conciliar o sono tiveram quase o dobro do risco de ter um infarto quando comparadas a quem dormia bem

Um estudo norueguês, publicado esta segunda-feira, sugere que pessoas com problemas de sono correm um risco de 27% a 45% maior de sofrer um ataque cardíaco.

Cerca de um terço das pessoas reclamam de problemas para dormir e precisam recorrer a ajuda médica, informaram os autores do estudo, publicado na revista Circulation, publicação da prestigiada Associação Americana de Cardiologia.

"Problemas de sono são frequentes e bastante fáceis de tratar", afirmou Lars Erik Laugsand, principal autor deste estudo e pesquisador do Departamento de Saúde Pública da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, em Trondheim.

"Por isso, é importante que as pessoas sejam conscientes desta relação entre a insônia e os ataques cardíacos e falem com seu médico se estão com sintomas", acrescentou.

Os dados foram coletados com 52.610 adultos noruegueses que responderam a uma pesquisa nacional sobre sintomas de insônia entre 1995 e 1997.

Fonte IG

Risco invisível: o assédio moral nas relações de trabalho

Dados da Organização Internacional do Trabalho apontam que 42% dos brasileiros já sofreram assédio moral

Vivemos em uma sociedade que se transforma a cada dia. Com os avanços tecnológicos, as pessoas passaram a se comunicar por meios eletrônicos, minimizando a comunicação pessoal. Para entender todo esse processo de mudança, um olhar mais atento para as relações interpessoais é urgente e necessário.

O problema da deterioração da qualidade das relações humanas muitas vezes aparece no trabalho. Um ambiente por vezes opressor, sem respeito, com diálogos ásperos e brincadeiras humilhantes, ferindo a dignidade e o respeito pelo outro. Está instaurado nesse ambiente um grave problema do século XXI: assédio moral. Ele provoca danos muitas vezes irreversíveis à saúde física e mental dos trabalhadores.

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o assédio moral já é considerado um grave problema para a saúde pública. O levantamento revela, ainda, que 42% dos brasileiros disseram ter sofrido algum tipo de assédio moral.

Um estudo de caso publicado no site da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que, na Bulgária, o assédio moral e sexual é muito comum no local de trabalho. O principal aspecto para esse fato baseia-se no papel do homem e da mulher na sociedade, sendo que, tradicionalmente, a mulher sempre foi vista como objeto sexual.

No Brasil, na última década foram registrados avanços a respeito desse tema. O debate sobre os princípios éticos no trabalho ganhou destaque nas discussões parlamentares, empresariais e em diversos sindicatos.

É importante ressaltar que devem ser tomados cuidados para não se criar um clima de histerismo a respeito do tema e evitar que situações pontuais no ambiente de trabalho sejam tabuladas como assédio moral. Esclarecendo: um ato isolado não é assédio moral. Para que uma conduta equivocada no ambiente de trabalho seja entendida como assédio, alguns aspectos são importantes, como repetição sistemática, intencionalidade, direcionalidade, temporalidade e degradação deliberada das condições de trabalho.

No entanto, práticas constantes de violação ao respeito, dignidade humana, cidadania, imagem, honradez e autoestima devem ser tratadas como coação moral, pois ferem o direito à igualdade previsto na Constituição federal. O trabalho não se restringe à mera dependência econômica subordinada, mas prevê o respeito ao outro, a cooperação e reconhecimento, autonomia do saber-fazer, justiça e afetividade ética.

Em um período de constantes avanços científicos e tecnológicos, temos de voltar a atenção aos princípios básicos de convivência humana. As relações de trabalho devem priorizar a dignidade humana e a ética profissional.

É preciso rever as práticas e os valores sobre as relações humanas e tentar impedir que esse risco invisível no mundo do trabalho prejudique o dia a dia e o desenvolvimento profissional dos de trabalhadores e trabalhadoras do nosso País.

Fonte IG

Portugal: Genéricos: Saúde dos doentes em risco

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) disse esta quarta-feira estar contra a troca de genéricos nas farmácias, alertando que estes medicamentos têm diferentes substâncias e impurezas que podem por em risco a saúde dos doentes.

 
Cumprindo a lei "os genéricos com o mesmo princípio activo podem ter variabilidades grandes entre si", afirmou José Manuel Silva, comentando a proposta de lei do Governo de prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI) que será votada sexta-feira no Parlamento

Segundo o bastonário, "os genéricos podem não ser bioequivalentes entre si: têm diferentes métodos de fabrico, têm diferentes excipientes [substâncias sem actividade terapêutica], têm diferentes impurezas e por isso muitos doentes sentem o efeito dessas modificações".

"O que está em causa nesta proposta de lei não é a alteração de um original por um genérico, nem é sequer aumentar a taxa de genéricos em Portugal. O que está em causa nesta lei é induzir a substituição de um genérico prescrito por um médico por outra marca do mesmo genérico escolhida pela farmácia", explicou.

O que os médicos pedem para "estimular a prescrição de genéricos é que, quando um médico prescreve um genérico, essa marca não seja substituída na farmácia", justificou.

Por outro lado, como varia o aspecto e a cor dos comprimidos e as embalagens são diferentes, há doentes que tomam duas e três marcas do mesmo princípio activo e, muitas vezes, acabam nas urgências com situações potencialmente graves, alertou.

José Manuel Silva recordou o caso, que "se repete diariamente pelo país", de uma doente com insuficiência cardíaca que "descompensou" porque estava a tomar duas marcas de uma determinada substância activa e duas de outra por causa das trocas das farmácias.

Considerou ainda inaceitável que "a estabilidade clínica e a saúde dos doentes possa ser posta em causa apenas para favorecer os interesses comerciais dos farmacêuticos, que são legítimos mas não se podem sobrepor ao tratamento adequado dos doentes".

Fonte Correio da Manhã