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sábado, 29 de outubro de 2011

Na véspera do Dia Mundial de Combate ao AVC, profissionais conscientizam população

A área em frente à administração da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, transformou-se ontem (28) em local para vários consultórios médicos improvisados.

Profissionais de diferentes áreas de saúde se revezavam para medir a glicose e a pressão arterial, além de fazer exames de colesterol e avaliar a circunferência abdominal de quem passasse pelo local. O objetivo é prevenir o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Os especialistas advertem que o AVC é mais comum entre as pessoas sedentárias com hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, doenças do coração, além de fumantes e de quem consome bebidas alcoólicas. Depois dos testes, os profissionais orientaram sobre como pessoas com uma rotina corrida podem ter uma vida mais saudável.

Os principais sintomas que devem servir de alerta à ameaça de um Acidente Vascular Cerebral são fraqueza, sensação de formigamento em um dos lados do corpo, dificuldade súbita para falar, enxergar e caminhar. Há relatos ainda de pessoas que tiveram visão dupla e perda de equilíbrio, assim como tonturas e dor de cabeça intensa.

O aposentado José Gadelha, de 67 anos, aproveitou para fazer todos os exames. “Está tudo bem como minha saúde”, disse ele, demonstrando alívio. “O atendimento foi muito bom, rápido e com muitas explicações. Isso deveria ocorrer mais vezes. Acho que esses exames são caros e fazer assim, de graça, é maravilhoso até porque eu não teria dinheiro para pagar.”

A coordenadora do Setor de Neurologia da Secretaria de Saúde, Mirian Moura, alertou que é necessário estar atento a todos os sintomas que podem levar a um AVC. “É muito importante detectar os sintomas o quanto antes. Hoje as pessoas que sofrem um AVC podem ter um tratamento adequado e têm condições de se recuperar totalmente, mantendo a qualidade de vida”, disse ela.

Apenas nas primeiras horas do dia de hoje mais de 1.000 pessoas foram atendidas. O presidente da organização não governamental (ONG) Saúde até Você, Cláudio Rafael da Silva, lembrou que o AVC é uma doença silenciosa e que pode levar à morte.

“[O AVC] hoje é a doença que mais mata no Brasil. A cada seis segundos, alguém morre de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esse dado é preocupante, devemos dar mais atenção a nossa saúde”, disse Rafael.

No domingo (30), a partir das 9 horas, a campanha de prevenção ao AVC estará no Parque da Cidade, em Brasília, para promover a Caminhada Nacional do AVC. A concentração será em frente ao Quiosque do Atleta. As ações contam com o apoio de diversas entidades relacionadas à saúde, entre elas, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Rede Brasil AVC, equipes de neurologia de diversos hospitais do DF e o Programa de Educação e Controle da Hipertensão Arterial do DF.

Fonte Agência Brasil

Cientistas debatem o que o Brasil poderia fazer se fosse assolado por epidemia mortal

Um vírus letal que se espalha rapidamente por todo o planeta, causando pânico e caos entre a população. O tema do filme Contágio, em cartaz nos cinemas brasileiros, foi debatido  por especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio. A iniciativa do debate foi da Foundation for Vaccine Research, uma fundação dos Estados Unidos.

De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, Marcio Garcia,o Brasil tem experiência e conhecimento em vigilância e investigação, que faz do país capaz de dar resposta razoável contra um vírus letal.

“Temos uma rede nacional de alerta e resposta que, inclusive, é conectada com a sala dos CDC Centers for Disease Control and Prevention [Centros de Controle de Enfermidades dos Estados Unidos], que aparece no filme, em uma rede internacional. Também temos um programa especializado em investigação de surtos, que é o Epsus, com mais de 100 pesquisadores formados,” disse ele.

A infectologista Patrícia Brasil, da Fiocruz, discorda da análise. Ela disse que um país que não consegue conter o avanço de doenças já conhecidas e que podem ser combatidas, como a tuberculose e a dengue, e sequer tem condições de responder a um vírus como o do filme.

“Na verdade, ninguém está preparado para um vírus como esse [do filme Contágio]. E nós temos nossos próprios pesadelos, como a tuberculose. Na epidemia de dengue de 2008, foram mais de 300 mil casos, mais de 40% de mortes de crianças. Temos a reintrodução da malária. São muitos os desafios de saúde pública ainda. Nosso sistema de saúde já é caótico, não só o público, com emergências lotadas. Imagine com uma epidemia de vírus letal?”, pergunta a pesquisadora.

O pesquisador Mauro Schechter, da UFRJ e membro da entidade que promoveu o debate, lamentou que se invista tão pouco em pesquisa de novas vacinas. Ele defendeu o financiamento de organismos multilaterais em estudos nessa área “Vacina não dá dinheiro. A não ser que seja para algumas patologias, como HPV, cuja vacina é muito cara. Mas criar uma vacina para tuberculose ou malária não é rentável, por exemplo. O Estado tem outros problemas para resolver, como garantir saúde, educação, segurança e transporte para a população. Por isso, há a necessidade de esforços internacionais conjuntos”.

De acordo com Schechter, especialista em HIV, para desenvolver uma vacina contra a aids em dez anos seriam necessários investimentos adicionais de U$ 5 milhões a U$ 10 milhões por ano sobre o que já se investe hoje em pesquisa. “O que é feito hoje é insuficiente”, lamentou o pesquisador.

Fonte Agência Brasil

Anvisa aprova medicamento para o tratamento da hepatite C

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Telaprevir no tratamento da hepatite C tipo 1. Combinado com outros remédios, o antiviral aumenta em 79% as chances de cura. A Anvisa já havia aprovado no início do ano o antiviral Boceprevir, que também funciona como inibidor e eleva a chance de cura dos pacientes.

A transmissão da hepatite C ocorre pela transfusão de sangue, pelo compartilhamento de material perfurante e cortante (seringas, agulhas, lâmina de barbear ou alicate de unha) e de mãe para o filho durante a gravidez. A contaminação pode ocorrer também pela relação sexual sem preservativo.

Os sintomas são cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Dados do Ministério da Saúde mostram que, de 1999 a 2010, foram identificados 307.446 casos de hepatites virais no Brasil. Do total, 56,5% foram hepatites dos tipos B e C.

Fonte Agência Brasil

Estimulação ovariana aumenta risco de tumor

A estimulação hormonal em mulheres com problemas de fertilidade aumenta o risco de tumores "borderline" (com baixo potencial de malignidade) de ovário, segundo um estudo divulgado na "Human Reproduction", publicação da Sociedade Europeia de Reprodução.

A equipe da professora Flora van Leeuwen, do Instituto Holandês do Câncer, analisou dados de mais de 25 mil mulheres com diagnóstico de infertilidade na Holanda entre 1980 e 1995. Entre elas, 19.146 receberam pelo menos um tratamento de estimulação ovariana, contra 6.006 não tratadas.

Esse é o primeiro estudo que inclui uma comparação com um grupo de mulheres que não receberam tratamento hormonal para estimular a produção de ovócitos. "Isso é particularmente importante, porque a dificuldade de conceber uma criança, ou o fato de nunca ter engravidado, são fatores conhecidos por aumentarem o risco de câncer de ovário", assinalam os autores.

Entre a média de 25 mil mulheres estudadas, foram encontrados 77 tumores malignos de ovário, enquanto o risco de desenvolver esse tipo de tumor é muito reduzido entre a população em geral.

Depois de ajustar diferentes fatores (número de filhos, causa da infertilidade, etc.), as pesquisas apontam um risco duplicado de desenvolvimento de tumores malignos de ovário em mulheres que foram estimuladas, em comparação com o grupo não tratado.

"De forma surpreendente, entre as 61 mulheres com tumores malignos de ovário no grupo submetido à estimulação hormonal, 31 tinham um tumor borderline, e 30, um câncer invasivo. Uma proporção anormalmente alta de tumores borderline", indicou a professora.

Os tumores borderline de ovário têm um baixo potencial de malignidade, e raramente são fatais, porém requerem um tratamento cirúrgico.

Fonte Folhaonline

Terapia genética inédita tenta salvar visão de britânico

O advogado Jonathan Wyatt, 63, que sofre de uma condição genética conhecida como "choroideremia", que afeta a visãoPesquisadores de Oxford, no Reino Unido, usaram uma terapia genética inédita para tratar um paciente britânico e evitar que ele perca a visão. O procedimento é uma versão avançada de um outro desenvolvido há quatro anos em Londres.

Pela primeira vez, cientistas tentaram compensar um problema genético nas células que captam a luz, posicionadas no fundo do olho, com injeções de células saudáveis.

O paciente é um advogado de Bristol, Jonathan Wyatt, 63, que sofre de uma condição genética conhecida como "choroideremia". Wyatt foi o primeiro de 12 pacientes submetido à técnica experimental, que deve se prolongar pelos próximos dois anos no Hospital John Radcliffe, de Oxford.

O médico de Wyatt, professor Robert MacLaren, acredita que só dentro desse período será possível ter certeza se a degeneração da visão do paciente parou de avançar. Se isto ocorrer, a visão do advogado terá sido salva.

"Se isto funcionar, então vamos querer tratar pacientes muito mais cedo, na infância, quando eles ainda tem visão normal (...) para evitar que eles percam a visão", afirmou.

MacLaren disse que, se a terapia funcionar, poderá ser usada também para outras doenças da visão, incluindo a forma de cegueira mais comum entre idosos, a degeneração macular.

"Esta é uma doença genética e não tenho dúvidas de que, no futuro, vai haver um tratamento genético para ela", disse.

VISÃO PREJUDICADA
Jonathan Wyatt enxergava normalmente até os 19 anos, quando começou a ter problemas para ver em ambientes escuros. Médicos disseram que a visão dele iria piorar e que ele poderia ficar cego.

Há dez anos ele começou a ter dificuldades para ler declarações durante julgamentos, em salas com menos iluminação.

"A pior ocasião foi quando eu estava lendo uma declaração para a corte e cometi um erro. O juiz me perguntou 'O senhor não sabe ler, sr. Wyatt?'. Então decidi abandonar a advocacia", disse.

Atualmente ele trabalha em casa e, sem o tratamento, aguardava ficar cego dentro de poucos anos. O advogado espera que a nova técnica permita que ele continue em sua profissão.

A doença de Wyatt, a choroideremia, é rara e é causada por uma versão defeituosa do gene chamado REP1. O problema faz com que as células do olho que detectam a luz, localizadas no fundo do olho, morram.

Os portadores da doença têm uma visão normal, mas, no final da infância, começam a deixar de ver durante a noite.

A partir daí a visão entra em fase de gradual degeneração. Os médicos afirmam que os pacientes podem perder totalmente a visão quando estão por volta dos 40 anos. Não havia tratamento para este problema.

A nova terapia genética testada em Oxford é simples: o processo de morte das células detectoras de luz é suspenso quando cópias sem defeito do gene REP1 são injetadas nestas células.

EM DEZ ANOS
A pesquisa de Oxford foi feita depois de um teste com terapia genética que começou há quatro anos no Hospital Moorfields, em Londres. O objetivo principal destes testes é demonstrar que a técnica usada em Londres é segura.

O tratamento, que adota um procedimento um pouco diferente, foi experimentado primeiro em adultos que já tinham perdido quase toda a visão e depois em crianças.

De acordo com o professor Robin Ali, que liderou a pesquisa, os testes mostraram que a terapia genética é segura e que houve uma melhora significativa em alguns pacientes.

O presidente da Academia de Ciências Médicas do Reino Unido, John Bell, afirmou que estes testes de terapias genéticas em Oxford e Londres sugerem que vários problemas de visão sem cura poderão ter um tratamento "dentro dos próximos dez anos".

Fonte Folhaonline

Aspirina diminui incidência de câncer colo-retal

Tomar aspirina diariamente e por longos períodos diminui em cerca de 60% a incidência de câncer colo-retal em pessoas com risco hereditário de desenvolver a doença, noticiou nesta sexta-feira a revista científica "The Lancet".

As conclusões partiram de um estudo feito com pacientes que sofrem de síndrome de Lynch, uma falha genética vinculada com o reparo celular que provoca câncer colo-retal e de outros tipos. A Síndrome de Lynch ocorre com uma em mil pessoas e responde por cerca de um em 30 casos de câncer de intestino.

Para a pesquisa, 861 pacientes escolhidos ao acaso tomaram duas aspirinas por dia, uma dose de 600 mg, ou um placebo, por pelo menos dois anos. Depois, fizeram regularmente exames de cólon.

Em 2007, quando os dados deste estudo foram examinados pela primeira vez, não havia diferenças na incidência de câncer colo-retal entre os grupos.

Mas as coisas mudaram quando os cientistas voltaram a checá-los alguns anos depois.

Na época, foram registrados 34 casos de câncer colo-retal no grupo que ingeriu o placebo e 19 no grupo que tomou a aspirina, uma redução de incidência de 44%.

Posteriormente, os médicos analisaram aqueles pacientes --60% do total-- que tomaram a aspirina ou o placebo além do prazo mínimo de dois anos.

Neste subgrupo, os números foram ainda mais impressionantes.

Foram registrados 23 casos de câncer no grupo que tomou o placebo, mas apenas dez no da aspirina, o que correspondeu a uma queda de 63%. As diferenças começaram a ser vistas após cinco anos.

À luz desta descoberta, foi lançada uma nova pesquisa para ver qual é a melhor dosagem e duração do tratamento da aspirina.

"Enquanto isso, clínicos devem considerar a prescrição da aspirina para todos os indivíduos considerados em risco elevado de câncer, mas tomando medidas apropriadas para minimizar os efeitos colaterais", destacou o artigo, chefiado por John Burn, professor de genética clínica da Universidade de Newcastle, na Inglaterra.

Muitos médicos recomendam o uso regular de aspirina para diminuir o risco de ataque cardíaco, derrames relacionados com coágulos e outros problemas circulatórios. Um efeito indesejado do uso diário e prolongado da aspirina é o risco de desenvolver problemas de estômago.

No ano passado, um estudo também publicado na "The Lancet" demonstrou que as taxas de câncer de cólon, próstata, pulmão, cérebro e garganta foram todas reduzidas pela ingestão diária de aspirina. No caso do cólon, o risco depois de 20 anos diminuiu em 40%.

Fonte Folhaonline

Clamídia atinge 9,8% das jovens entre 15 e 24 anos, diz estudo

Um estudo nacional revelou que 9,8% das jovens entre 15 e 24 anos atendidas em unidades do SUS (Sistema Único de Saúde) foram diagnosticadas com infecção por clamídia e 4% delas também tiveram resultado positivo para gonorreia.

O estudo foi feito pelo Centro de Referência e Treinamento em CRT/DST-Aids, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e abrangeu 2.071 jovens, das cinco regiões do país.

A clamídia é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres. Pode também ser transmitida da mãe para o bebê na passagem pelo canal do parto.

Atinge a uretra os órgãos genitais, podendo chegar à região anal, à faringe e causar doenças pulmonares. Pode ainda causar infertilidade masculina e feminina, além de aumentar de três a seis vezes o risco da infecção pelo HIV.

De acordo com o coordenador do estudo no CRT/DST-Aids, Valdir Monteiro Pinto, a infecção pode não apresentar sintomas em até 80% das mulheres e em 50% dos homens. Quando existem sintomas, os mais comuns são dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, presença de secreção fluida em homens e mulheres e, somente nas mulheres, perda de sangue nos intervalos do período menstrual, dor durante as relações sexuais, dor no baixo ventre e doença inflamatória pélvica.

"A mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de transmissão vertical, na hora do parto, o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite e pneumonia", disse o médico.

De acordo com as informações do médico, não há vacina contra a clamídia e a única forma de prevenção é o sexo seguro com o uso de preservativos. O tratamento é feito com antibióticos específicos e deve incluir o tratamento do parceiro ou parceira para garantir a cura e evitar nova infecção.

Fonte Folhaonline

Robôs ajudarão população que envelhece no Japão

Num momento em que o mundo se prepara para viver com 7 bilhões de seres humanos sobre a Terra, o Japão está enfrentando uma diminuição e o envelhecimento de sua população, que deverá contar cada vez mais com a ajuda dos robôs.

Uma ampla gama de empresas, das que oferecem cuidados médicos às que fabricam automóveis, estão desenvolvendo robôs capazes de ajudar as pessoas mais velhas ou seus cuidadores.

Yoshikazu Tsuno/France Presse
Emiko Tsunematsu, 84, à esquerda, usa robô desenvolvido pela Universidade de Tsukuba
Emiko Tsunematsu, 84, à esquerda, usa robô desenvolvido pela Universidade de Tsukuba

Entre as últimas invenções está uma cama, projetada pela Panasonic, que se transforma em uma cadeira de rodas elétrica, e um robô programado para lavar o cabelo de pessoas que têm dificuldade para levantar os braços.

"Nossa ideia é oferecer uma solução completa para a sociedade que envelhece, não apenas no Japão, mas também no mundo", disse Yukio Honda, diretor do centro de desenvolvimento de robôs da Panasonic.

Os japoneses têm uma das mais altas taxas de longevidade no mundo, com uma vida útil média de 80 anos para os homens, e de 86 para as mulheres, e contam com um grande número de pessoas centenárias.

No entanto, a taxa de natalidade japonesa, cronicamente baixa, está apagando o "baby boom" do pós-guerra.

Atualmente, o arquipélago conta com 127,7 milhões de habitantes, dos quais 23,2% têm mais de 65 anos.

A população deve cair para 89 milhões no ano 2055, com uma proporção de quatro japoneses idosos em dez, segundo o Instituto Nacional de Pesquisa sobre a População e a Segurança Social.

Alguns analistas pensam que uma população menor não é um problema em si, como demonstram os êxitos econômicos e diplomáticos conquistados por muitos países europeus menos populosos que o Japão.

No entanto, um envelhecimento da população conduz a todo tipo de dificuldades, em particular para as finanças do país, já esgotadas por duas décadas de estancamento econômico.

Um maior número de aposentados significa, inevitavelmente, um aumento no gasto em proteção social, quando a dívida pública do Japão, que equivale a duas vezes o PIB do país, já é uma das mais altas do mundo industrializado.

Por outro lado, a sociedade japonesa não incentiva as mulheres a ter mais filhos: as ajudas familiares foram reduzidas, os gastos escolares elevados e as licenças maternidade não são bem vistas pelos empregadores.

O resultado é que as japonesas têm uma taxa média de fecundidade de 1,39 filho, longe dos 2,07 necessários para manter a população em seu nível atual e dos 3,65 por mulher em idade fértil em 1950.

"Muitos países enfrentam problemas similares, mas o Japão está na vanguarda desta tendência", afirmou Hitoshi Suzuki, pesquisador do Instituto Daiwa. "Se conseguir resolver esta crise, pode ser um modelo que pode inspirar outras nações", indicou.

Cyberdyne, que integra as empresas tecnológicas japonesas que tentam tirar proveito do "iene grisalho", desenvolveu em particular as pernas robóticas, impulsionadas por sinais cerebrais, que ajudam idosos e feridos a recuperar a massa muscular e a voltar a caminhar.

Por sua vez, a montadora Toyota estuda "robôs companheiros", capazes de realizar tarefas do lar e de ajudar médicos ou enfermeiras.

Neste campo, o conforto moral das pessoas sozinhas não é esquecido.

A empresa de serviços de saúde Pip está prestes a lançar "Unazuki Kabochan", uma boneca que fala e é capaz de se mover de forma interativa com o proprietário para fazer companhia.

Além disso, a empresa Vstone projetou um panda vermelho, "Torero", que dirige com gestos e com a voz o treinamento físico das pessoas idosas.

Os robôs não vão resolver necessariamente a crise demográfica no Japão, mas os avanços tecnológicos que estão proporcionando podem ajudar as pessoas mais velhas a trabalhar por mais tempo, indicam os especialistas.

Fonte Folhaonline

Estudo aponta que anticoncepcionais aumentam risco de trombose

Um novo estudo divulgado pela FDA (agência que regula remédios e alimentos nos EUA) na quinta-feira (27) mostra que existe um risco maior de trombose venosa em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, em comparação às que tomam contraceptivos mais antigos, à base de levonorgestrel.

As pílulas mais vendidas pelo grupo farmacêutico alemão Bayer, a YAZ e a Yasmin, contêm drospirenona. Ambas são vendidas no Brasil.

A pesquisa analisou o histórico médico de mais de 800 mil mulheres norte-americanas que usavam diferentes métodos contraceptivos, entre 2001 e 2007.

Em média, aquelas que tomavam Yaz tinham uma chance 75% maior de sofrer trombose do que as que tomavam anticoncepcionais mais antigos.

No entanto, estudos recentes chegaram a conclusões diferentes sobre os riscos das novas pílulas anticoncepcionais.

Uma pesquisa publicada no início desta semana, com mais de um milhão dinamarqueses, descobriu que mulheres que tomavam Yaz e outras medicações mais novas tinham o dobro de risco de trombose em relação às que tomavam o hormônio levonorgestrel. As descobertas foram divulgadas na terça-feira (25) no "British Medical Journal".

Outros dois estudos publicados em 2007, realizados como parte das exigências pós-comercialização da FDA e de reguladores europeus, não encontraram diferença no risco de trombose entre os dois grupos.

O presidente da comissão de contracepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Rogério Bonassi, disse que as mulheres que tomam Yaz ou Yasmin não devem necessariamente interromper o uso da pílula.

"Numa população de jovens que não tomam pílula, há cinco casos de trombose venosa para cada 100 mil mulheres. Entre as que tomam anticoncepcionais à base de levonorgestrel, esse risco sobe para entre 15 e 20 casos para cada 100 mil. Já entre as jovens que tomam Yaz e Yasmin, esse número sobre para de 25 a 30 casos para cada 100 mil, segundo estudos. O número é muito parecido."

O especialista ainda explica que entre as grávidas, há 60 casos de trombose para cada 100 mil mulheres.

Os resultados precisam de comprovação científica para saber se a trombose venosa é um efeito desses anticoncepcionais ou se é igual a todos os outros, disse Bonassi.

"Qualquer pílula pode aumentar o risco de trombose, porém o risco absoluto é muito baixo."

Mulheres com histórico familiar de trombose, trombofilia, obesidade, sedentarismo e tabagismo têm risco aumentado.

OUTRO LADO
Procurada pela Folha, a Bayer informou que está avaliando o conteúdo do estudo dinamarquês publicado no "BMJ" e, por isso, ainda não pode comentá-lo.

Em nota, a empresa declarou que "dados clínicos de um período de mais de 15 anos e os resultados de estudos de segurança realizados pós-comercialização de até dez anos dão suporte à conclusão da Bayer de que os contraceptivos orais combinados que contêm drospirenona em sua formulação são seguros e eficazes quando utilizados conforme indicação médica. A companhia entende que o risco de trombose relacionado a eles é similar a qualquer outro contraceptivo de baixa dose".

Fonte Folhaonline

Fabricantes terão que reduzir substância cancerígena em refrigerantes

Um acordo entre o Ministério Público Federal em Minas Gerais e fabricantes de refrigerantes determina que as bebidas de baixas calorias ou dietéticos cítricos terão redução de benzeno no prazo de cinco anos. O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado com a Ambev, Coca-Cola e Schincariol prevê que a quantidade máxima deverá ficar em 5 microgramas por litro.

 
A presença do benzeno nos refrigerantes foi detectada em 2009 pela ProTeste, entidade de defesa do consumidor, ao realizar testes em 24 amostras de diferentes marcas.

O TAC foi assinado dois anos após o Ministério Público instaurar inquérito civil público para apurar o caso.

Ao analisar 24 amostras de diferentes marcas, a ProTeste detectou a presença do benzeno em sete delas: Fanta Laranja, Fanta Laranja Light, Sukita, Sukita Zero, Sprite Zero, Dolly Guaraná e Dolly Guaraná diet. Em duas das amostras --Fanta Laranja Light e Sukita Zero-- a concentração estava acima dos limites considerados aceitáveis para a saúde humana.

De acordo com o Ministério Público, a legislação brasileira, em especial o Código de Defesa do Consumidor, estabelece que os produtos colocados à venda no mercado não podem trazer riscos à saúde ou à segurança dos consumidores. Os fornecedores, em qualquer hipótese, devem fornecer as informações necessárias e adequadas a respeito.

Como as bebidas testadas traziam ácido benzoico, era possível que algumas também tivessem benzeno, uma substância cancerígena que resulta da combinação dos ácidos benzoico e ascórbico, mais conhecido como vitamina C. Estas duas substâncias juntas, sob certas condições de exposição à luz e ao calor, podem reagir e formar o benzeno.

As análises apontaram benzeno em sete bebidas. Em duas, Fanta Laranja Light e Sukita Zero, o limite estava acima do recomendado para um consumo saudável. Na Sukita Zero foi detectado limite quatro vezes superior ao aceitável. Como não existe um limite fixado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para refrigerantes, a ProTeste utilizou o parâmetro de água potável, que é de 5 microgramas por litro.

O limite permitido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para a água potável, é de 10 ppb (partes por bilhão). Nos Estados Unidos esse limite é de 5 ppb, e na União Europeia é de 1 ppb.

No Brasil, a portaria da Anvisa nº 518/04, que estabelece o padrão de potabilidade da água, determina o limite máximo permitido para benzeno de 5 microgramas por litro.

Como a OMS e as autoridades sanitárias estrangeiras e nacionais não estabeleceram um limite de benzeno para refrigerantes e sucos, considera-se que, no mínimo, deve ser adotado o mesmo limite utilizado para a água potável. As marcas reprovadas estavam acima desse limite.

Foram encontrados limites aceitáveis de benzeno no guaraná tradicional e light Dolly, na Fanta Laranja tradicional, Sukita tradicional e na Sprite Zero.

O Ministério Público também expediu recomendação para que a Agência Nacional realizasse os estudos necessários para determinar a concentração máxima, tolerável, da substância nos refrigerantes comercializados no país.

Os fabricantes informaram que a formação do benzeno decorre de um processo químico geralmente desencadeado nos refrigerantes light e diet, já que a presença do açúcar inibe a formação da substância.

Disseram ainda que "a eventual identificação de traços mínimos de benzeno em determinado produto pode se dar por razões diversas e alheias aos esforços da empresa, como, por exemplo, em decorrência da quantidade de benzeno pré-existente na água".

Fonte Folhaonline

Sede frequente pode ser sinal de doença

Com o calor é normal ter sede com mais frequência. Veja quando o excesso de sede pode indicar problemas de saúde

Beber bastante água é importante, mas sentir sede o tempo todo pode ser sinal de um problema de saúde. A Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos menciona estas possíveis causas de sede excessiva:

- Diabetes

- Consumo excessivo de alimentos muito salgados ou condimentados

- Hemorragia (que causa perda significante de sangue)

- Alguns medicamentos de uso contínuo

- Perda de líquidos e sais minerais, resultante de vômitos, diarreia ou de não beber água suficiente

- Infecção ou queimadura grave

- Problemas de rins, fígado ou coração


 
Fonte IG

Paraplégico volta a andar na BA após tratamento inédito

Tratamento já foi aplicado em outras 5 pessoas e todas tiveram algum nível de melhora, mas resultados não foram iguais para todos

Nove anos após sofrer uma violenta queda durante uma viagem em família, que lhe causou um trauma raquimedular – lesão que causa comprometimento da função da medula espinhal –, que tirou a sensibilidade e os movimentos das duas pernas, o major da Polícia Militar Maurício Borges Ribeiro está andando novamente.

Por enquanto, Ribeiro ainda precisa ser amparado por um andador e por uma órtese no tornozelo, por causa da atrofia muscular sofrida em suas pernas em nove anos de imobilidade. Mas as perspectivas são boas.

"Estamos fazendo um trabalho de fortalecimento muscular, para que o paciente possa, futuramente, se sustentar em pé e andar sem a ajuda de aparelhos", afirma Claudia Bahia, a fisioterapeuta e pesquisadora da Clínica de Atenção à Saúde (Casa), do Centro Universitário Estácio da Bahia (Estácio-FIB) – onde o policial realiza as sessões de fisioterapia uma vez por dia.

"Há pouco tempo, ninguém acreditava que seria possível que um paciente paraplégico com lesão completa pudesse voltar a andar. É uma conquista imensurável".

Ribeiro foi o primeiro homem a participar de um tratamento experimental, desenvolvido por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia (Fiocruz-BA), com o apoio dos hospitais Espanhol e São Rafael e de universidades baianas, para melhorar a qualidade de vida de pacientes que, como ele, tiveram ruptura total da medula espinhal por causa de traumas – e, com isso, perderam completamente a sensibilidade, o controle e os movimentos de quadris e pernas.

O tratamento consiste na aplicação de células-tronco mesenquimais, retiradas da medula óssea da bacia dos próprios pacientes, diretamente na região onde ocorreu o trauma. O procedimento começou a ser estudado em 2005 e foi testado inicialmente em animais domésticos, a partir de 2007, com melhorias em graus diferentes em todos os casos. Depois de Ribeiro, mais cinco pacientes foram submetidos ao tratamento – e outros 15 devem passar pelos mesmos procedimentos até o fim do primeiro semestre do ano que vem.

"Até agora, todos os pacientes tiveram algum nível de melhora e não houve nenhuma intercorrência médica", comemora um dos coordenadores da pesquisa, o neurocirurgião Marcus Vinícius Mendonça.

"Em alguns, por enquanto, há apenas melhoras de sensibilidade, em outros, há avanços na parte motora. Um dos objetivos desta pesquisa é saber por que um paciente responde melhor que outro", disse.

Mendonça afirma que, depois que os 20 primeiros pacientes passarem pelo procedimento, serão colhidos os dados relativos aos testes para que sejam realizados mais estudos sobre o tratamento.

"O período estimado de pesquisas é de cinco a dez anos", explicou. Para o policial militar, porém, o tratamento já pode ser visto como bem-sucedido.

"Depois de nove anos, você perceber que pode se sustentar sobre as próprias pernas é uma sensação muito boa", afirma.

"Já estou muito feliz, mais ainda porque meu progresso traz esperança para outras pessoas que passam pelo mesmo problema", acrescentou.

Fonte IG

Pré-eclâmpsia


Foto: ADAM
Pré-eclâmpsia

 

Definição

A pré-eclâmpsia é uma doença gestacional em que, após a 20ª semana (fim do 2º ou 3º trimestre), a gestante desenvolve hipertensão e desenvolve proteína na urina.
É o desenvolvimento de inchaço, pressão sanguínea elevada, aumento rápido e repentino de peso e proteína na urina durante a gravidez.
A causa exata é desconhecida, mas ocorre em cerca de 5% da população

Nomes alternativos

Toxemia; hipertensão induzida pela gravidez

Causas, incidência e fatores de risco

A causa exata da pré-eclâmpsia ainda é desconhecida. As possíveis causas incluem:
A pré-eclâmpsia ocorre em uma pequena porcentagem das gestações. Os fatores de risco incluem:
  • Primeira gestação
  • Gestação múltipla (gêmeos ou mais)
  • Obesidade
  • Idade superior a 35 anos
  • Histórico anterior de diabetes, hipertensão ou doença renal

Sintomas

Geralmente, as mulheres diagnosticadas com pré-eclâmpsia não se sentem doentes.
Possíveis sintomas da pré-eclâmpsia:
  • Inchaço nas mãos e rosto/olhos (edema)
  • Ganho de peso
    • Mais de um quilo por semana
    • Ganho de peso súbito em um ou dois dias
Observação: apresentar um pouco de inchaço nos pés e tornozelos é considerado normal durante a gravidez.
Sintomas de pré-eclâmpsia mais grave:
  • Dor de cabeça constante ou latejante que não desaparece
  • Dor abdominal, sentida principalmente no lado direito, abaixo das costelas. Também é possível sentir dor no ombro direito ou confundi-la com azia, dor na região da vesícula biliar, vírus estomacal ou chutes do bebê
  • Agitação
  • Diminuição da quantidade de urina, não urinar com muita frequência
  • Náusea e vômito (sinal preocupante)
  • Alterações na visão, como perda temporária da visão, sensação de luzes piscando, auras, sensibilidade à luz, manchas e visão embaçada

Sinais e testes

O médico realizará um exame físico e solicitará testes laboratoriais. Possíveis sinais de pré-eclâmpsia:
  • Hipertensão, geralmente maior do que 140/90 mmHg
  • Proteína na urina (proteinúria)
O exame físico também pode indicar:
  • Inchaço nas mãos e no rosto
  • Ganho de peso
Também serão realizados exames de sangue e de urina. Os possíveis resultados anormais incluem:
  • Proteína na urina (proteinúria)
  • Nível de enzimas hepáticas mais alto do que o normal
  • Contagem de plaquetas inferior a 100.000 (trombocitopenia)
O médico também solicitará outros testes para verificar a coagulação do sangue e monitorar a saúde do bebê. Alguns testes que monitoram o bem-estar do bebê incluem ultrassom de gravidez, teste sem estresse e perfil biofísico. Os resultados desses testes ajudarão o médico a decidir se o parto do bebê precisa ser realizado imediatamente.
As mulheres que, no início da gestação, tinham pressão arterial muito baixa, mas apresentaram um aumento significativo, precisam ser monitoradas cuidadosamente para verificar a ocorrência de outros sinais de pré-eclâmpsia.

Tratamento

A única forma de curar a pré-eclâmpsia é realizar o parto do bebê.
Se o bebê já estiver bem desenvolvido (geralmente com 37 semanas ou mais), o médico pode optar pelo parto para que a pré-eclâmpsia não piore. A gestante pode receber diferentes tratamentos para ajudar a iniciar o trabalho de parto ou pode ser necessário realizar uma cesariana.
Se o bebê não estiver totalmente desenvolvido e a pré-eclâmpsia não for grave, a doença geralmente pode ser controlada em casa até que o bebê tenha uma boa chance de sobreviver após o parto.
As possíveis recomendações médicas para isso são:
  • Repouso absoluto, deitada sobre o lado esquerdo o tempo todo ou a maior parte do tempo
  • Beber bastante água diariamente e reduzir o consumo de sal
  • Realizar consultas mais frequentes com o médico para garantir que você e o bebê estão bem
  • Tomar medicamentos para diminuir a pressão arterial (em alguns casos)
Procure o médico imediatamente se você ganhar mais peso ou apresentar novos sintomas.
Em alguns casos, a gestante com pré-eclâmpsia é internada em um hospital para que a equipe médica possa monitorar cuidadosamente a mãe e o bebê.
O tratamento pode incluir:
  • Medicamentos administrados por via intravenosa para controlar a pressão arterial e evitar convulsões e outras complicações
  • Injeções de esteroide (após 24 semanas) para ajudar a acelerar o desenvolvimento dos pulmões do bebê
Você e o médico continuarão discutindo o melhor momento para realizar o parto do bebê, levando em consideração:
  • A proximidade da data prevista para o nascimento. Quanto mais avançada estiver a gravidez antes do parto, melhor será para o bebê
  • A gravidade da pré-eclâmpsia. A pré-eclâmpsia pode causar muitas complicações graves para a mãe.
  • A situação do bebê dentro do útero
O parto do bebê deve ser realizado se você apresentar sinais de pré-eclâmpsia grave, como:
  • Exames (ultrassom, perfil biofísico) que mostram que o bebê não está se desenvolvendo bem ou não está recebendo a quantidade adequada de sangue e oxigênio
  • O valor mais baixo de pressão arterial apresentado pela mãe for superior a 110 mmHg ou for maior do que 100 mmHg continuamente durante 24 horas
  • Exames alterados da função hepática
  • Dor de cabeça intensa
  • Dor abdominal
  • Eclâmpsia
  • Líquido nos pulmões da mãe (edema pulmonar)
  • Síndrome de HELLP
  • Baixa contagem de plaquetas (trombocitopenia)
  • Diminuição da função renal (pequena quantidade de urina, grande quantidade de proteína na urina, aumento no nível de creatinina no sangue)

Evolução (prognóstico)

Geralmente, a hipertensão, a proteína na urina e os outros efeitos da pré-eclâmpsia desaparecem por completo em até seis semanas após o parto. Entretanto, em alguns casos a hipertensão piora nos primeiros dias após o parto.
Uma mulher com histórico de pré-eclâmpsia corre o risco de apresentar a doença novamente em futuras gestações. Geralmente, ela não é tão grave como na primeira gravidez.
As mulheres que apresentaram problemas de hipertensão em mais de uma gravidez têm mais chances de apresentar hipertensão ao envelhecer.
A morte da gestante por pré-eclâmpsia é rara nos Estados Unidos. O risco de morte do bebê depende da gravidade da doença e da prematuridade do bebê quando ele nasce.

Complicações

A pré-eclâmpsia pode se transformar em eclâmpsia se a mãe tiver convulsões. Podem ocorrer complicações para o bebê se o parto for realizado de forma prematura.
Outras possíveis complicações graves para a mãe:
  • Problemas de hemorragia
  • Separação prematura da placenta e do útero antes do nascimento do bebê (descolamento da placenta)
  • Ruptura do fígado
  • Morte (raramente)
Entretanto, essas complicações não são comuns.
A pré-eclâmpsia grave pode causar a síndrome de HELLP.

Ligando para o médico

Consulte seu médico se você apresentar sintomas de pré-eclâmpsia durante a gravidez.

Prevenção

Embora não exista uma forma conhecida de evitar a pré-eclâmpsia, é importante que todas as gestantes comecem o pré-natal cedo e continuem realizando os exames até o fim da gravidez. Isso permite que o médico descubra e trate doenças como a pré-eclâmpsia o mais cedo possível.
Um pré-natal adequado é essencial. Em todas as consultas, o médico examinará seu peso, pressão arterial e urina (por meio de um teste com fita reativa) para verificar se você apresenta pré-eclâmpsia.
Assim como em qualquer gestação, uma boa dieta pré-natal com vitaminas, antioxidantes, minerais e os grupos básicos de alimentos é muito importante. Também é essencial diminuir a ingestão de alimentos processados e açúcares refinados e cortar completamente a cafeína, o álcool e todos os medicamentos não receitados por um médico. Converse com seu médico antes de tomar qualquer suplemento, incluindo fórmulas fitoterápicas.


Fonte IG

SUS: oito em cada 10 grávidas têm problemas dentários

Higiene bucal mal feita é uma das causas de parto prematuro e nascimento de bebês com baixo peso

A cada 10 gestantes atendidas nos postos de Saúde do Estado de São Paulo, oito apresentam algum tipo de problema bucal. Gengivites, cáries e placas são as ocorrências mais comuns relatadas no balanço da Secretaria de Estado da Saúde.

A pesquisa teve como base os dados de atendimentos de pré-natal realizados ao longo de 2010 no Hospital e Maternidade Interlagos, a maior maternidade pública da zona sul de São Paulo.

Segundo estimativa do programa “Boca Saudável, Gravidez Saudável”, aproximadamente 7% das pacientes examinadas apresentam problemas mais graves, como o granuloma, uma espécie inchaço que se forma na gengiva.

O chefe do Serviço de Odontologia da Maternidade Interlagos, Francisco Barata Ribeiro, alerta que a higiene bucal mal feita pode ser uma das causas de um parto prematuro e responsável pelo o nascimento de bebês com baixo peso.

“As mudanças hormonais que ocorrem na grávida durante o período de gestação fazem a mulher ficar mais propensa a problemas bucais. Por isso, a atenção deve ser dobrada em todo o período, principalmente a partir do segundo trimestre de gestação”, aconselhou Ribeiro.

O especialista aponta cinco dicas essenciais para auxiliar as gestantes a manter a saúde bucal durante toda a gravidez:

- Substitua alimentos ricos em carboidratos e açúcares por frutas e vegetais

- Reforce o corpo com vitaminas B, C e Cálcio

- Após vômito por enjôo de gravidez, faça bochecho com água oxigenada ou algum antiácido antes de escovar os dentes

- Escove os dentes mais vezes ao dia e não esqueça de passar o fio dental

- Aumente a freqüência de visitas ao dentista

Fonte IG

Cálcio na gravidez tem benefícios limitados

Suplementos de cálcio não evitam o nascimento prematuro nem aumentam a densidade dos ossos da gestante, conclui estudo

maioria dos médicos estimula as mulheres a aumentarem o consumo de cálcio durante a gravidez a fim de reduz o risco de complicações no parto e de diminuição da densidade óssea devido à perda do cálcio para o desenvolvimento do bebê.

Contudo, o cálcio adicional não evita o nascimento prematuro nem aumenta a densidade dos ossos da gestante, de acordo com um novo estudo. Ele apenas pode ser útil para diminuir o risco de hipertensão.

Os pesquisadores reuniram dados de 21 testes aleatórios controlados envolvendo aproximadamente 17 mil gestantes. Os estudos comparavam se, para a gestação e o parto saudáveis, a ingestão de suplementos traz mais benefícios do que o placebo ou nenhum tratamento.

De modo geral, os pesquisadores descobriram que os suplementos de cálcio não diminuíam os riscos de parto prematuro ou o peso baixo ao nascer. Não foram verificados benefícios para a saúde ou para a densidade óssea das mães, afirmou o doutor Pranom Buppasiri, principal autor da análise, do departamento de ginecologia e obstetrícia da Universidade Khon Kaen, Tailândia.

O estudo descobriu que o consumo de cálcio está associado a um ligeiro aumento de peso no nascimento. Porém, havia incertezas quanto ao projeto ser significativo estatisticamente. O relatório foi publicado este mês no banco de dados de revisões sistemáticas da Cochrane.

Segundo Buppasiri, embora os suplementos de cálcio pareçam fornecer poucos benefícios na prevenção de complicações, eles parecem ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia, um problema marcado pela elevação da pressão arterial durante a gravidez e a presença de proteína na urina e que pode pôr em perigo a mãe e o bebê.

Buppasiri mencionou que em uma extensa análise publicada no ano passado, pesquisadores britânicos reuniram dados de 13 estudos diferentes envolvendo 15.470 mulheres e descobriram que os suplementos de cálcio diminuíam pela metade o risco de pré-eclâmpsia.

Fonte IG

Pesquisas criam artérias a partir de cana e porco

Equipes formadas por médicos, biomédicos e veterinários de universidades públicas do país desenvolvem há oito meses testes com dois tipos de prótese de artéria, ambas de origem biológica.

Enquanto pesquisadores de Pernambuco realizam implantes em cães com vasos derivados da cana-de-açúcar, especialistas do Rio usam uma artéria animal remodelada em ovelhas.

"O objetivo é diminuir a progressão da doença vascular e restabelecer a circulação onde haja obstruções e até risco de amputação ou infarto", afirma o cirurgião vascular Esdras Marques, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), autor da nova técnica com base na cana.

Ele explica que, para criar a artéria, a cana-de-açúcar é moída para retirar o melaço. Nele se coloca uma bactéria, cultivada em laboratório, que "come" o melaço e gera, como subproduto, um biopolímero, espécie de membrana.

A partir dessa membrana, a artéria é construída por pesquisadores da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco).

Depois de esterilizada, ela é introduzida nas artérias e veias femorais de cachorros, no Núcleo de Cirurgia Experimental da UFPE. "A prótese se mostrou muito resistente, adaptando-se perfeitamente ao organismo. Até agora, não tivemos problemas de rejeição", afirma Marques.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, Guilherme Pitta, há três itens importantes nesse estudo: a possibilidade de substituir os vasos sanguíneos, a tecnologia brasileira e o baixo custo. "É um grande estudo feito com metodologia adequada. É algo único no mundo e uma ideia brasileira", diz Pitta.

Editoria de Arte / Folhapress

VERSÃO SUÍNA
Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) desenvolvem um trabalho com o mesmo objetivo, mas com material de origem suína. A artéria é retirada do porco e, por meio de técnicas de bioengenharia, as células do animal são eliminadas. Restam só as moléculas que constituem os vasos, minimizando a rejeição.

Na primeira fase da pesquisa, células humanas obtidas de placentas doadas foram adicionadas ao material, reconstituindo as artérias suínas. A etapa seguinte foi testar a prótese em ovelhas.

"Agora queremos saber se a artéria é resistente o suficiente", diz o cirurgião vascular André Marchiori, que lidera a pesquisa desde 2003 e investe no tema para seu doutorado na UFRJ.

Desde março, três ovelhas receberam os transplantes na carótida (artéria que passa através do pescoço), feitos na faculdade de Veterinária da UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense).

"A primeira [artéria] entupiu em dois dias por falta de anticoagulante. Já o transplante das outras duas foi um sucesso porque aplicamos anticoagulante antes e depois da operação", disse Marchiori, que também é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular.

Fonte Folhaonline