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sábado, 12 de novembro de 2011

Um sachê de tempero pronto tem 70% do sódio máximo para o dia

Temperos naturais são mais saudáveis
 do que os temperos prontos
Pesquisa avaliou as principais marcas do mercado. Excesso da substância eleva risco cardíaco

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) avaliou a quantidade de sódio – um dos nutrientes mais associados à hipertensão – existente nos principais temperos prontos disponíveis no mercado.

Foram testadas as 10 principais marcas (de alho, sal e caldos de galinha) e a constatação dos pesquisadores é que em três delas, em um único sachê, há concentração de 70% do sódio recomendado para ser consumido em todo dia.

Pelos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), seguidos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, o ideal para não comprometer a saúde do coração e da circulação é de 2.400 mg/dia.

“No caso dos temperos de sal e alho, Kitano, Sabor a Mi e Arisco ficam na faixa dos 70% da quantidade diária de sódio recomendada. O menos prejudicial é o Knorr Tok (32%)”, informou material de divulgação da Proteste.

“Entre os caldos de galinha, o Kitano é o que contém mais sódio (54% da quantidade diária recomendada), seguido por Jurema (48%) e Arisco e Sazon (47% cada)”, acrescentou a entidade. Os com menos sódio são Goodlight e Etti (37% cada). Já entre os temperos para aves, peixes e arroz, o Maggi Fondor (também indicado para temperar legumes e saladas) foi o que se saiu pior (55% da dose diária) e o Kitano, melhor (25%).

Além do sódio, estes temperos também contêm grande quantidade de gorduras trans, uma das inimigas do coração. A indicação dos especialistas é buscar os temperos naturais que, além de gosto na comida, também têm potencial terapêutico.

Um outro alerta da entidade é: a alta dosagem de sódio em uma porção de tempero industrializada é potencializada pela concentração também excessiva deste nutriente em outros produtos que estão mais presentes no cardápio do brasileiro. Uma pesquisa feita pelo IBGE, por exemplo, alertou que o arroz e feijão perderam espaço para os embutidos e salgadinhos – duas comidas cheias de sódio. Um outro estudo evidenciou que enquanto faltam fibras e cálcio na dieta do Brasil, sobram sal e açúcares.

Para ajudar a conciliar temperos naturais e alimentos, as nutricionistas colaboradoras da Proteste orientam os consumidores:

Para o queijo: Utilize Cebolinha, alho, manjericão, manjerona, orégano, salsa, sálvia, tomilho.

As opções são: Anis, canela, coentro, cravo-da-índia, gengibre, hortelã, cebolinha, estragão, manjericão, manjerona, hortelã, salsa, pimenta, tomilho.

Utilize alho, salsa, pimenta.

As opções são Coentro, cominho, alho, gengibre, pimenta, sálvia, tomilho.

Fonte IG

Alimentos integrais e fibras reduzem risco de câncer no intestino, diz estudo

Segundo pesquisa, colocar 90g por dia de grãos integrais na dieta está ligado a uma redução de 20% no risco de câncer colorretal


Um estudo realizado por pesquisadores da Grã-Bretanha e da Holanda sugere que o consumo de mais cereais e grãos integrais pode reduzir o risco de câncer colorretal, ou câncer do intestino grosso.

Segundo os cientistas do Imperial College de Londres, para cada dez gramas de aumento no consumo de fibras, ocorreu uma queda de 10% no risco deste tipo de câncer.

Já se sabia que o consumo destes alimentos ajuda a proteger contra problemas cardiovasculares, mas os especialistas afirmam que qualquer ligação com câncer colorretal era menos clara, pois as pesquisas não tinham dado resultados consistentes.

Os cientistas britânicos e holandeses analisaram 25 estudos relativos ao assunto, que envolveram cerca de 2 milhões de pessoas, e concluíram que o consumo de alimentos como arroz integral, aveia e outros cereais são os responsáveis por esta diminuição de risco.

Dagfinn Aune, uma das autoras do estudo e pesquisadora associada no Departamento de Epidemiologia e Bioestatísticas do Imperial College, afirmou que a análise realizada ajudou a encontrar uma associação linear entre a fibra na dieta e o câncer colorretal.

"Quanto mais fibras como estas você come, melhor é. Até quantidades menores tem algum efeito", afirma. O estudo foi publicado na revista especializada British Medical Journal.

Outros benefícios
Os pesquisadores informaram que a adição de 90 gramas por dia de grãos integrais na dieta está ligada a uma redução de 20% no risco de câncer colorretal. Eles dizem ainda que os benefícios para saúde do consumo destes grãos não se limitam apenas à diminuição do risco deste tipo específico de câncer.

"Também pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, excesso de peso e obesidade e, possivelmente, mortalidade geral", afirmaram.

No entanto, o último estudo afirma que não há provas de que as fibras presentes em frutas ou vegetais tenham a mesma importância neste resultado.

Uma pesquisa anterior que mostrou a redução do risco devido ao alto consumo de frutas e vegetais sugere que outros compostos presentes nas frutas, ao invés das fibras, podem ser os responsáveis. Yinka Ebo, da organização de caridade britânica de combate ao câncer Cancer Research UK, afirmou que esta pesquisa dá mais credibilidade às afirmações de que fibras protegem contra o câncer no intestino.

"Comer fibras é apenas uma das muitas coisas que você pode fazer para diminuir o risco de desenvolver a doença, junto com manter um peso saudável, uma vida ativa, diminuir o consumo de álcool, de carne vermelha e industrializada, e não fumar", afirmou.

Fonte IG

Ecstasy, cocaína e crack formam o coquetel da morte precoce

Além de coibir o uso, sociedade de cardiologia quer capacitar médicos para o atendimento do usuário que infarta por uso de droga

O estresse e o estilo de vida não saudável têm mais uma companhia para impulsionar os casos de infarto em jovens com menos de 30 anos. Segundo os números apresentados no Congresso Brasileiro de Cardiologia de Belo Horizonte, três em cada dez pessoas que infartam antes de completar trigésimo aniversário usaram drogas no dia da pane cardíaca.

“Não conseguimos contabilizar quantas acabam com danos no coração, mas não vão ao médico. Pelos dados internacionais, o que sabemos é que 15% dos usuários de cocaína convivem com seqüela cardíaca”, afirmou o cardiologista Rui Ramos.

“Quando eles chegam ao hospital estão em um quadro muito grave e é preciso conhecimento de quem atende estes pacientes no pronto-socorro porque a conduta é diferenciada e nem todos os medicamentos podem ser aplicados”, completou o especialista ao ressaltar que este tipo de infartado quase nunca admite que usou droga. “É um uso envergonhado. Eu, em minha carreira, cansei de atender pacientes com quadro clássico de overdose, mas só três admitiram o uso.”

O médico da Sociedade Brasileira de Cardiologia Dikran Armaganijan afirmou que a cardiologia de todo o País precisa estar atenta a este fenômeno. Fizemos um levantamento com estudantes de 14 a 16 anos e 17% deles afirmaram já ter usado. Hoje, temos uma variação de drogas letais ao coração. Além da cocaína, há o ecstasy, o crack e as dorgas para emagrecer. Relatório divulgado este ano pelo Observatório de Drogas da União Europeia chamou ainda atenção para outros comprimidos entorpecentes, sintéticos, produzidos em laboratório e vendidos pela internet que são ainda mais nocivos para o músculo cardíaco e aparelho circulatório.

Fonte IG

Pequenas doses de monóxido de carbono acalmam os nervos

O gás tóxico emitido pelo escapamento dos carros tem efeito narcótico, capaz de combater o estresse, diz pesquisa israelense

O monóxido de carbono (CO), um gás tóxico e potencialmente mortal, tem paradoxalmente um efeito calmante se aplicado em pequenas doses, revela um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv.

"Os testes efetuados com transeuntes em Tel Aviv mostraram que o gás tem um efeito narcótico que combate o estresse provocado pelo barulho e pelas multidões", garantiu o professor Itzhak Schnell.

Os pesquisadores pediram a 36 pessoas, entre 20 e 40 anos, que passassem dois dias em Tel Aviv percorrendo as ruas, restaurantes, mercados e centros comerciais monitorados por sensores que registravam ritmo cardíaco e o nível de poluição ao qual estavam submetidos.

Os investigadores chegaram à conclusão de que a poluição menos suportável é a sonora, e que pequenas doses de monóxido de carbono parecem reduzir a tensão.

O estudo, publicado pela revista internacional "Environmental, Monitoring and Assessment", busca avaliar o impacto de quatro fatores ambientais: temperatura, monóxido de carbono, multidões e ruído.

Ao contrário de numerosos gases, o monóxido de carbono não tem odor nem efeito irritante, o que o torna muito difícil de detectar, aumentando seu risco para a saúde.

Fonte IG

Sutiã e câncer de mama: a história de uma farsa

A verdade sobre a pesquisa que circula na internet e está assustando as mulheres

Tudo começou quando o pesquisador americano Sydney Ross Singer e sua mulher, Soma Grismaijer, escreveram um livro chamado "Dressed to kill: the link between breast cancer and bras" ("Vestida para matar: a ligação entre câncer de mama sutiãs"), assegurando que o uso da peça comprime os seios, impedindo a drenagem linfática e provocando o acúmulo de líquidos, o amolecimento do tecido mamário e a formação de cistos nas mamas.

Rapidamente, a afirmação ganhou fôlego na internet, principalmente com a divulgação de uma campanha contra o uso do sutiã, assinada por um médico mexicano chamado Pablo Camacho Ferman. Nela, o especialista fala sobre uma pesquisa chamada “Bra and breast cancer study” ("Sutiã e o estudo do câncer de mama"), que não traz assinatura de qualquer instituição.

No site da Sociedade Americana do Câncer www.cancer.org), por exemplo, o aviso é claro: não existe nenhum estudo que comprove essa teoria. No da Sociedade Canadense do Câncer (www.cancer.ca), há uma seção sobre mitos e verdades que ressalta: “Não existe nenhuma evidência científica confiável que mostre a ligação entre o uso do sutiã e o desenvolvimento de câncer de mama”.

O mastologista Joel Rososhansky, especialista em câncer de mama da Unesp, esclarece que são a exposição prolongada ao sol, o tabagismo, o consumo de álcool e a alimentação rica em gorduras e pobre em fibras que contribuem para o desenvolvimento do câncer e não o uso do sutiã.

A psiquiatra Egle Campus, especialista no atendimento e acompanhamento de mulheres com câncer de mama do Instituto Nacional do Câncer (INCA), concorda e alerta: “Toda mulher precisa ficar atenta ao que existe de científico. Informações imprecisas causam um desserviço à sociedade, confundindo e afugentando mulheres que poderiam participar de campanhas de rastreamento precoce de câncer de mama”.

Estudos (sem fundamentos) à parte, é importante lembrar que, a cada ano, cerca de 50 mil novos casos da doença são descobertos por meio das campanhas e mutirões. “A melhor forma de combate ao câncer de mama é a detecção precoce, feita com mamografia e complementada, quando necessário, por um ultrassom das mamas”, conclui a psiquiatra.

De qualquer forma, é importante, sim, tomar certos cuidados ao escolher um sutiã. Ele deve ser, preferencialmente, de tecido natural (algodão ou linho) e não deve conter elásticos, arames de sustentação ou rendas que machuquem o corpo. O conforto é muito importante e a peça não deve ser apertada. Isso evita que as mamas fiquem inchadas no decorrer do dia.

Fonte Delas

Cancerofobia, uma inimiga da prevenção

Especialistas alertam: lendas sobre o câncer espalham o medo e afastam as pessoas do tratamento adequado

Tão variados como os sintomas do câncer – que vão desde pequenas feridas na pele à dor de cabeça sem fim – é a lista de causas da doença que mais cresce no mundo.

Vira e mexe chega um e-mail trazendo a descoberta de mais um vilão capaz de aumentar em minutos o número de pacientes com câncer. Desodorante roll-on, água oxigenada e ondas emitidas pela rádio do Vaticano, pela antena do celular e pela tela do computador são só alguns exemplos de “causadores de câncer” que foram espalhados pelo mundo como verdades absolutas.

A maior parte da associação do uso do objeto e/ou substância com a doença não tem o respaldo de pesquisas sérias.

Na disseminação de lendas cancerígenas, afirmam os especialistas, nasce o fenômeno da “cancerofobia”, que pode afastar a população dos comportamentos seguros, de fato, e impedir as complicações dos tumores malignos.

“Qualquer comportamento fóbico (medo exagerado) provoca um efeito contrário daquele que esperamos”, afirma Maria Teresa Veit, psicóloga especializada em câncer, coordenadora da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).

“O maior problema da fobia é que ela leva para postura irracional. Já vi casos de pessoas que pensam: ‘então, se tudo provoca câncer, eu nem preciso me cuidar’, o que não é adequado muito menos lógico.”

Outro efeito colateral creditado às correntes que espalham inverdades sobre o câncer é que o excesso de informações falsas faz com que as pessoas se preocupem com o que não é prioritário nem científico. Se por acaso alguém aderir ao hábito de tomar água oxigenada todos os dias por acreditar que a técnica previne tumores – conforme sugeriu um e-mail com as declarações de um suposto médico israelense – pode dar menos peso às orientações de parar de fumar e comer mais frutas e legumes, estas táticas sim já comprovadamente preventivas da doença, conforme endossa o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Boca a boca virtual
Orkut, Twitter, Facebook e e-mails são hoje um terreno fértil para espalhar as pesquisas “sem dono” sobre o câncer. Mas mesmo antes da internet, o boca a boca já era suficiente para criar teorias conspiratórias e perigosas, que comprometiam o tratamento e o combate à doença.

O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Luiz Antônio Teixeira, que trabalha na Casa Oswaldo, fez um levantamento sobre como eram as propagandas contra o câncer entre 1920 e 1950. Já nesta época as autoridades de saúde enxergavam a necessidade de desmentir as correntes sobre a doença. “Cancerofobia! Só os ignorantes e nervosos têm medo de tudo na vida”, dizia um dos cartazes de 1940.

Segundo o pesquisador, nestes tempos, a população leiga acreditava que o câncer era doença contagiosa, que passava de pessoa para a pessoa. Existia ainda a figura do curandeiro e do charlatão, muito mais presente do que hoje, que exigia das autoridades de saúde uma estratégia de coibir as magias e simpatias tidas como infalíveis para afastar a doença.

“Hoje, embora existam estes mitos virtuais com o câncer, a população tem mais acesso à saúde, o que diminui muito o espaço do charlatão”.

“O que acontece é que, via internet, as pessoas têm acesso a muitas informações. Mas nem toda informação agrega conhecimento. Pelo contrário”.

Nome de muitas coisas
A psicóloga Maria Teresa Veit acredita que são duas as explicações principais para o câncer permanecer no alvo dos mitos e lendas durante tantos anos. Primeiro, a palavra câncer é um nome genérico para muitas doenças, que se manifestam de formas diferentes e têm tratamentos em nada parecidos. Exemplo de antagonismos é o câncer de mama e o de próstata. O primeiro é majoritariamente feminino e tem como arma preventiva o autoexame e a mamografia. O segundo é um tipo masculino e prevenido com visitas ao urologista e com exame de toque.

O outro motivo é o fato do câncer ser uma doença diversificada e muitas vezes até misteriosa para a medicina. Como as pesquisas sobre as causas da enfermidade estão em constante andamento, o campo composto por descobertas diárias dá margem para os mitos florescerem.

Informação útil
Separar o “joio do trigo” é a dica para não cair nas informações errôneas sobre o câncer. A doença exige, sim, cuidados e a internet é um bom território para conseguir informações sobre o problema de saúde que só este ano deve fazer 489.230 novas vítimas, segundo o Inca

“Os médicos têm de estar preparados para responder as dúvidas que nascem no meio virtual. Além disso, é fundamental para as pessoas que recebem informações checarem muito bem quem são os autores e a veracidade do que está escrito”, completa Veit. “Quanto mais educação sanitária, menos espaço para os mitos”, completa o pesquisador Teixeira.

Para não cair nos mitos sobre o câncer

- Sempre procure qual é o instituto, universidade, centro médico responsável pela informação sobre o câncer

- Se aparecer um nome de um autor da pesquisa, procure o currículo virtual (disponível nas instituições que se dizem vinculados)

-Não deixe de procurar os conselhos profissionais (conselho de medicina, enfermagem, psicologia, fisioterapia, nutrição) para checar as informações fornecidas ou creditadas pelo autor

-Se ficar com dúvidas, leve a informação para o seu médico de confiança e discuta onde conseguir mais dados sobre o assunto

Fonte Delas

Como fazer o autoexame das mamas

Identificar alterações precocemente aumenta as chances de sucesso no tratamento de qualquer doença, seja ela câncer de mama ou não

O autoexame mensal pode ajudar a identificar mudanças ou anormalidadades nos seios de forma precoce, o que aumenta as chances de sucesso em qualquer tratamento para qualquer que seja o problema detectado.

A Sociedade Americana do Câncer oferece as seguintes orientações para fazer o autoexame:

1) Deite em uma superfície confortável e plana (pode ser na cama ou até mesmo sobre um tapete de ioga) e coloque o braço direito atrás da cabeça

2) Com os três dedos do meio da mão esquerda faça pequenos movimentos circulares na mama direita, em busca de qualquer anormalidade

3) Alterne esses movimentos usando uma pressão de dedos leve, média e firme

4) Continue o exame passando os três dedos de cima para baixo, fazendo linhas imaginárias por todo o seio, para ter certeza de que está examinando toda a superfície da mama, a área do peito e o interior do braço

5) Repita o exame na mama esquerda, colocando o braço esquerdo atrás da cabeça e fazendo os movimentos com os três dedos médios da mão direita

6) Em pé, examine os seios no espelho, levantando os braços para examinar as axilas e a parte de dentro dos braços

7) Procure por qualquer mudança no tamanho, no formato ou na cor da pele, incluindo vermelhidão, escamações ou ondulações

8) Caso perceba alguma característica que fuja do normal, marque uma consulta com o ginecologista e informe-o sobre as alterações observadas

Fonte Delas

Gestantes têm risco duplo com automedicação

Pesquisa mostra que 60% delas não recebem orientações sobre efeitos colaterais dos remédios que tomam na gravidez

O risco da automedicação e da ingestão de comprimidos sem avaliação médica vem em dose dupla para as grávidas: tanto a mulher quanto o feto podem ser vítimas dos efeitos colaterais das medicações, que vão desde uma simples alergia até má formação fetal.

Apesar das sequelas possíveis, uma pesquisa acaba de identificar que 60% das futuras mães não são orientadas por médicos e farmacêuticos sobre os possíveis riscos dos remédios tomados durante a gravidez. E o pior: três em cada 10 recorrem a comprimidos e xaropes sem o respaldo de um profissional da medicina e sem ter a mínima noção dos problemas podem surgir com o uso de um remédio para cólica, por exemplo.

O estudo que atesta o perigo duplicado da falta de orientação clínica sobre as medicações às grávidas foi feito com 699 mulheres, com mais de 30 semanas de gestação, estudadas por pesquisadores da Faculdade de Ciência Farmacêuticas de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP).

“Nas mulheres pesquisadas, encontramos a ingestão de 3.200 medicamentos diferentes”, diz a farmacêutica e autora do estudo Andrea Fontoura. “Independentemente se a medicação foi prescrita ou não, a falta de orientação sobre os possíveis riscos dos remédios foi marcante, o que reforça a importância de conscientização dos médicos, dos farmacêuticos e também das próprias mulheres”, afirma.

As normas internacionais – utilizadas no Brasil – dividem os medicamentos em cinco classes. As drogas que fazem parte da categoria A e B não acarretam danos à saúde de gestantes e seus fetos. Na classe C, os riscos ainda não foram mensurados e não há pesquisas clínicas que comprovem a segurança. Já na D e X os perigos em gestantes já foram atestados cientificamente e são contraindicados.

Cláudia Marques Maximino, 47 anos, carrega no corpo as marcas do efeito colateral de uma medicação contraindicada para gestantes. Enquanto era gerada, a mãe tomou talidomida. Na época o medicamento era muito usado para tratar enjôos, um uso que só foi proibido depois de atestado o dano da má formação fetal. Hoje, a droga ainda é vendida, mas encontra-se na categoria X.

Segundo a pesquisadora Andrea Fontoura, 14% dos medicamentos utilizados pelas grávidas estudadas faziam parte da classe C, o que indica que uma parcela delas teve contato com terapêuticos sem a segurança estimada.

“Uma delas tomava medicamento da categoria X, no caso um anticoncepcional”, afirma a farmacêutica, lembrando que se trata de um hábito comum entre mulheres que descobrem a gestação tardiamente. “Trata-se de uma das falhas da política de pré-natal, que não consegue captar a mulher no início da gestação”.

Segundo os dados oficiais brasileiros, 30% das mulheres não passam por nenhuma consulta no ginecologista durante os nove meses de gestação. Outra estatística que compõe o cenário é do Sistema de Informações Toxicológicas e Farmacêuticas (Sinitox), ligado à Fundação Oswaldo Cruz: são os remédios os líderes de envenenamento entre os brasileiros, responsáveis por 40% do total de intoxicações. A automedicação e os acidentes de consumo são responsáveis pela liderança dos terapêuticos no ranking. No último levantamento, foram 34.068 vítimas de intoxicações por medicamentos.

Riscos e benefícios
O presidente da Comissão de Urgência e Emergência da Federação Nacional das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Eduardo Cordioli, pondera que a utilização de medicamentos durante a gravidez às vezes é necessária e por isso não pode ser encarada sempre como maléfica.

O segredo entre o mau e o bom uso está no diálogo franco e esclarecedor com o médico. “É preciso que a mãe saiba que o bebê não é de cristal e que é possível usar alguns medicamentos, sempre após consultar um médico e pedir informações sobre a droga”, afirma Cordioli. “Depois da 12º semana de gestação, o bebê já está formado e os riscos de má formação por uso de medicamento são diminuídos. Só não pode utilizar a vizinha na hora de escolher o remédio”. A referência do especialista é ao hábito, já bem inserido na cultura brasileira, de perguntar à mãe, ao vizinho e ao colega quais remédios eles tomaram para algum mal e depois usar a mesma droga para sanar um problema de sintoma parecido. A receita usada para as grávidas com relação às medicações é a mesma para qualquer pessoa. “Vale quando os benefícios superam os riscos dos possíveis efeitos colaterais”, orienta.

Fonte Delas

Mulher com diabetes não deve usar pílula

Recomendação foi definida pela OMS e vale quando a doença estiver descontrolada

As mulheres que sofrem de diabetes, e estão com a doença descontrolada, serão orientadas pelos médicos ginecologistas a não tomar pílula anticoncepcional até que os índices de glicemia voltem à normalidade.

A nova diretriz foi definida no final do ano passado por uma junta médica da Organização Mundial de Saúde (OMS). Pela primeira vez, todas as contraindicações da indicação da pílula foram reunidas em um manual. O guia será adotado pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), afirmou o presidente da entidade, Nilson Melo.

“A entrega do material aos profissionais brasileiros começa em maio”, informou. Segundo Melo, além das diabéticas em situação de descontrole da doença, as portadoras de lúpus também figuram no grupo de contraindicação para o uso da pílula. Não há nenhuma referência à idade e ao tempo de uso.“O uso prolongado (por mais de 10 anos da pílula) não traz prejuízo à fertilidade ou organismo”, diz ele.

O diabetes e a mulher
O diabetes é uma doença em ascensão no Brasil - ocupa o 10º lugar no ranking de mortalidade da população feminina em idade fértil (10 a 49 anos), de acordo com estudo divulgado ano passado pelo Ministério da Saúde. No País, 11% da população têm este problema de saúde.

Uma outra característica da doença é que o controle é difícil, o que reforça o alerta da contraindicação do uso do anticoncepcional. Um estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que 76% dos portadores não conseguem manter os níveis seguros de glicemia, o que aumenta o risco de complicações como cegueira, hipertensão e até amputação de membros em casos mais extremos.

Ruy Lyra, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, explica que os anticoncepcionais orais são compostos de hormônios esteróides que podem piorar o controle da doença. Até então, afirma ele, não existia a diretriz de proibição de uso, trazida agora com o novo manual da Febrasgo. Ainda segundo Lyra, se forem feitos os ajustes necessários para o controle glicêmico, as pílulas podem ser usadas pelas mulheres com diabetes.

Enquanto a doença não estiver controlada, orientam os médicos, a indicação para a mulher evitar a gravidez são métodos como as camisinhas masculina e feminina, além do DIU.

Fonte Delas

Gordinhas engravidam três vezes mais sem desejar do que magras

Estudo: gravidez não planejada em obesas alcançou
 43,5%. Entre as magras a taxa ficou em 13,3%
Saúde sexual em xeque aproxima das obesas problemas na gestação e mortalidade materna

Não é só a saúde cardíaca e metabólica das obesas que apresentam piores indicadores quando comparados aos das mulheres com peso normal. Uma pesquisa recém publicada mostra que a vida sexual das gordinhas também é prejudicada pela obesidade.

Pesquisadores franceses entrevistaram 5.535 mulheres e as conclusões foram publicadas na edição de maio do Britsh Medical Journal, uma dos mais importantes veículos do meio médico.

Os dados mostram que entre as obesas que engravidaram, 43,5% não haviam desejado a gestação. Já nas mulheres com peso em acordo com a altura a taxa de gravidez não desejada foi de 13,3%, uma diferença comparativa de 3,2 vezes.

A incidência de abortos realizados nos últimos cinco anos também apresentou abismo numérico entre os dois grupos: 22.4% das obesas declararam já ter interrompido a gestação no período, estatística que cai para 6,1% no grupo com peso normal.

Tudo misturado
O médico ginecologista Jorge José Serapião, especializado em sexualidade e sócio da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana, recorre a uma mescla de fatores para explicar a maior vulnerabilidade das obesas à gravidez não planejada.

“A sexualidade fica contaminada porque a mulher obesa sofre muito mais preconceito, não se sente desejada, acaba sofrendo mais depressão e uma maior dificuldade de negociar a camisinha com o parceiro”, explica. “Se já não bastasse tudo isso, existem os prejuízos na sexualidade reprodutiva. Elas sofrem mais de ovários policísticos, apresentam mais irregularidades na menstruação e têm um leque menor de oferta de contraceptivos hormonais. É muito comum elas terem problemas metabólicos que as impedem de usar algumas pílulas por exemplo”, completa.

Desde abril deste ano, os ginecologistas brasileiros passaram a receber uma diretriz da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) de não recomendar o uso de pílulas anticoncepcionais para pacientes com diabetes, quando a doença estiver descontrolada. O diabetes é doença comum entre as obesas e controlar os níveis glicêmicos quando há excesso de peso, afirmam os endocrinologistas, é ainda mais difícil.

O menor uso de anticoncepcionais, de fato, foi mostrado pela pesquisa francesa. O uso de algum método contraceptivo é de 78,7% entre as magras, contra 58% nas que ficam na categoria da obesidade. O último grupo também apresentou quase cinco vezes mais queixas sobre problemas sexuais, desde falta de libido até rejeição.

Serapião acrescenta que estas particularidades da saúde sexual na obesidade são agravadas pela invisibilidade que o assunto ganha dentro dos próprios consultórios clínicos. Não há o debate sobre sexualidade com os profissionais de saúde e não há nenhum espaço para este tipo de discussão.

Mais mortes
Este conjunto de problemas que ameaça a saúde sexual das gordinhas já coloca os médicos do mundo todo em alerta. Isso porque o aumento expressivo dos casos de elevado Índice de Massa Corpórea (IMC) no sexo feminino pode ser acompanhado por gráficos não apenas de maior incidência de gravidez indesejada ou disfunção sexual, como também uma alta de mortalidade materna e infantil.

Em 2006, pediatras e ginecologistas do Centre of Maternal and Child Enquiries, da Inglaterra, publicaram um estudo chamado Investigação Confidencial sobre Morte de Mães. Dos 295 casos de mortes maternas investigados, 35% das gestantes estavam acima do peso, sendo 15% delas obesas mórbidas, o maior fator de risco detectado.

Desde o ano passado, os responsáveis pelo inquérito inglês atualizam os dados sobre a morte de mães. Os próximos resultados só ficaram prontos em 2011, mas não há dúvidas para os organizadores de que as obesas continuam no topo do ranking das preocupações.

Dados nacionais
No Brasil, o mesmo problema foi identificado. Uma análise do Ministério da Saúde feita em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz calculou que entre 1990 e 2007 dobrou o número de crianças menores de 1 ano que adoeceram de problemas negligenciados durante o período em que estavam na barriga de suas mães. Hipertensão, diabetes e eclampsia são só algumas delas, todas mais comuns em mulheres obesas e gestantes.

O maior risco das grávidas com obesidade – e a necessidade de respostas de políticas públicas eficientes – já havia sido calculado pela obstetra da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Ana Cristina Tanaka, em 1981. Naquele ano, na Revista de Saúde Pública de São Paulo, ela publicou um estudo e mostrou que enquanto 11,8% das grávidas obesas tinham doenças gestacionais graves, sendo que nas gestantes com peso normal o índice era de 2,4%. A morte de mulheres após o parto chegou a 106,4 por mil entre as obesas e 12,7 por mil entre as magras.

Fonte Delas

Abortos de repetição podem ter origem na genética do casal

Excesso de semelhança entre pai e mãe pode provocar falha imunológica durante a gestação

O desafio de ter um filho é enorme para casais com problemas de compatibilidade imunológica. Até que essa falha no organismo da futura mãe seja descoberta, a mulher pode sofrer diversos abortos.

O desgaste emocional é duplo nestes casos. Ele acontece pelas gestações interrompidas e também porque o diagnóstico é feito por exclusão. Isso significa que a mulher passará por diversos exames, em busca de problemas mais frequentes e simples de identificar, até chegar às causas imunológicas.

São feitos testes para infecções, deficiência hormonal e falhas anatômicas, por exemplo. Mas os resultados mostrarão que tudo está em ordem. “Isso é muito angustiante para mulheres e médicos”, comenta Silvia Daher, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e membro da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia).

Uma forma de identificar o problema imunológico é por um exame chamado cross-match. Ele investiga se o sangue da mãe tem anticorpos contra o sangue do pai, mais especificamente contra um elemento do sangue, os glóbulos brancos.

Diferente ou muito parecido?
Os problemas de compatibilidade imunológica são causados quando há muita semelhança entre o casal, e não quando há muita diferença. O ideal é que os dois sejam bastante incompatíveis, do ponto de vista genético.

Os componentes genéticos do casal formam o feto, sendo parte da mãe e parte do pai. Essa combinação gera uma formação imunológica diferente, que é identificada como um corpo estranho dentro do organismo da mãe. É algo semelhante à reação do corpo ao implante de um órgão em pessoas transplantadas.

O organismo reage para se proteger. Ele cria anticorpos, instrumentos naturais de defesa, para atacar o corpo estranho. No caso dos transplantados, medicamentos são dados para agir sobre a resposta imunológica.

Já no caso das grávidas, o próprio organismo cria mecanismos para impedir que a resposta imunológica leve a um aborto. Quando há falha neste processo, a gestação é interrompida. "Quando o organismo rejeita a gravidez, esse tipo de aborto se chama alo-imune, e o problema deve ser identificado e tratado antes da mulher engravidar", alerta o ginecologista Joji Ueno, diretor da Clínica Gera e do Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

Abortos e mais abortos
Quando uma mulher tem a gravidez interrompida, a chance disso acontecer outra vez é de 15%. “O risco sobe para 24% no caso de dois abortos, e cresce mais ainda para 30%, no caso de três abortos”, revela o obstetra e imunologista Leandro Gustavo de Oliveira, professor da Unifesp.

Para se configurar um quadro de aborto de repetição, a mulher precisa ter sofrido três ou mais perdas. “Isso acontece com pouco menos de 5% das mulheres que engravidam”, afirma Oliveira.

Vacina personalizada

Uma das formas de tratar o problema de compatibilidade do casal é com a chamada terapia imunológica, ou imunoterapia. Ela consiste na aplicação dos linfócitos do pai no organismo da mãe, antes da gestação, para forçar uma resposta imunológica adequada.

É como criar uma vacina personalizada, produzida com os glóbulos brancos do pai, para que o embrião seja reconhecido quando chegar ao útero materno.

“Estudos mostram que o procedimento tem resultados positivos em 80% dos casos”, ressalta Oliveira.

Fonte Delas

Silicone: errar no tamanho prejudica os seios


Foto: (Arquivo Pessoal)
Sheyla Hershey corre risco de morrer
por conta de uma infecção nos seios
Plásticas exageradas causam assaduras e estrias, atrapalham a mobilidade e podem aumentar o tamanho da cicatriz

Sabe quando uma coxa fica raspando na outra e as duas acabam avermelhadas, com aquela sensação desagradável de assadura? Pois bem, agora imagine ter a pele dos seios machucada pelo atrito com os braços. É isso que acontece quando algumas mulheres exageram no tamanho do silicone.

“A escolha da prótese deve ser uma decisão conjunta entre paciente e médico”, recomenda o cirurgião plástico Rodrigo Federico. Ele explica que cabe ao médico especializado ponderar os pedidos das pacientes, para que o resultado não se transforme em algo desastroso.

“Se o silicone for muito grande, a pele não suporta e aparecem estrias”, alerta Federico. É justamente o resultado oposto de quem estava buscando seios mais bonitos."

O peso exagerado da prótese traz ainda outras consequências. A pele pressionada logo após a cirurgia pode prejudicar o processo de cicatrização, gerando uma marca maior do que o esperado. “A cicatriz fica grossa, com quelóide”, afirma o cirurgião.

“Há risco de até alguns pontos estourarem durante a cicatrização”, alerta Luciana Pepino, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Influência das celebridades
A médica comenta que muitas pacientes buscam informações na televisão e na internet, onde encontram relatos de pessoas famosas, e chegam ao consultório com uma medida. “Elas dizem que tal atriz colocou 600ml, por isso elas querem colocar o mesmo”, exemplifica.

Mas não é essa a lógica dos implantes. O volume da prótese é medido em centímetros cúbicos (cc), que equivalem aos mililitros (ml) e têm um valor pouco superior aos gramas (g). Por exemplo, um implante de 300ml pesa cerca de 250g.

Para definir o peso ideal para cada paciente, são considerados fatores como o tamanho do tórax, das glândulas mamárias, a consistência da pele, a altura e peso da paciente. “Não basta chegar com a medida, tem que saber o que cada medida representa para aquela paciente especificamente”, explica Luciana.

Nem sempre levanta
O implante de silicone para levantar os seios pode ter um resultado realmente desastroso se a pele da paciente não for devidamente avaliada. “Até um certo grau de queda, o silicone levanta. Depois disso, a mulher terá seios caídos e grandes, gerando um aspecto menos atraente do que antes da operação”, alerta Luciana.

Mulheres que já tiveram filho e amamentaram ou que sofreram uma redução de peso acentuada têm a pele mais flácida. O médico deve verificar a consistência da pele por meio do tato. “É beliscando a mama mesmo”, conta a cirurgiã plástica. Para contornar a flacidez, é preciso retirar um pouco de pele. O procedimento pode ser realizado junto ao implante de silicone.

Pele esticada
Enquanto algumas mulheres sofrem de flacidez, outras podem ter problemas com a pele muito rígida. “Há risco da prótese forçar a pele e aparecerem estrias”, diz Luciana. A solução pode ser um implante menor e, depois de um ano, trocar por outro um pouco maior.

Quando a glândula mamária é muito pequena, a pele pode esticar demais e deixar um aspecto muito artificial nos seios. “Existem mulheres que até preferem este efeito, mas para evitá-lo é melhor implantar a prótese embaixo do músculo”, afirma Federico.

Já se o tórax for estreito demais, os seios podem ficar muito aproximados, gerando um aspecto igualmente artificial. Outra consequência é ter seios tão grandes que prejudicam a mobilidade – além do risco de assaduras, como dito no início da reportagem.

Nada de varrer a casa
“Tive uma paciente que reclamou por ter estourado alguns pontos nos seios. Mas também ela foi varrer a casa dois dias após a operação”, recorda Federico. Cirurgia plástica é uma cirurgia como outras: requer descanso e um período de recuperação. “As pessoas pensam que por ser um procedimento estético, ele tem recuperação imediata. Não é bem assim”, afirma o cirurgião.

Federico recomenda pelo menos dois dias sem trabalhar, para evitar o risco de alguém esbarrar nos seios. Para dirigir, atividade que requer um certo esforço da musculatura do peito, é recomendado esperar de 15 a 20 dias. Após 30 dias, a recuperação é quase total. Mas ainda será preciso esperar três meses para fazer exercícios para o músculo peitoral na academia.

Risco de morte
A modelo capixaba Sheyla Almeida Hershey, de 30 anos, se tornou conhecida mundo afora por suas investidas na construção de seios descomunais. Foram nove plásticas para aumentar os seios, apesar de ter sido alertada por médicos e pessoas próximos sobre o risco disso.

Sheyla está com uma infecção gravíssima nos seios e deve passar hoje (16) por uma nova avaliação médica. Na terça-feira (13), a modelo passou por uma cirurgia para tentar conter o avanço das bactérias.

Os médicos queriam retirar as próteses, mas ela não deixou. Mas se a infecção persistir, não haverá outra saída. Há risco das bactérias caírem na corrente sanguínea, o que pode ser fatal.

Os problemas surgiram após o último implante, feito no Brasil, em junho, quando a modelo colocou 3,5 litros em cada seio. A operação teve de ser realizada no Brasil -- e não nos Estados Unidos, onde ela vive -- porque a marca de 3,5 litros é superior ao que é permitido pela legislação norte-americana.

A modelo está se recuperando nos Estados Unidos e se diz arrependida de não ter dado ouvidos aos alertas médicos.

Fonte Delas

Recall de silicone nos seios deve ser feito a cada 15 anos

Material da prótese sofre alterações que representam riscos à saúde da mulher

As técnicas são múltiplas e as proteses cada dia mais seguras. Implantar silicone nos seios tornou-se uma cirurgia acessível e bastante comum.

Os avanços, porém, não eliminaram o prazo de validade do material usado nos implantes. Além do acompanhamento ginecológico, os médicos recomendam que o recall do silicone seja feito a cada 15 anos.

Eduardo Luiz Nigri dos Santos, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica que as próteses, após 10 anos, começam a sofrer alterações na estrutura física. O polímero, membrana que envolve o gel, fica irregular e muda de cor. Para elucidar o processo, o médico compara o silicone a um papel. “É como uma folha de papel, que perde textura e sua coloração natural, fica amarelado ao longo do tempo. Todas as próteses sofrem esse processo e precisam ser trocadas.”

Os riscos, embora raros, não são nulos. Além da possível deformação visual – o silicone pode perde a forma, a membrana que envolve o gel, após esse período, tem um défict de resistência e pode romper com maior facilidade. “O silicone gel é um corpo entranho que vai percorrer o organismo. A contaminação não é imediata, como ocorria nas proteses antigas, mas o gel pode se encostar à membrana das células lentamente e, por osmose, trocar de substâncias com elas.”

A cirurgia é muito semelhante à de colocação do implante. Na avaliação do médico, o procedimento é simples, mas requer cuidados. Ele explica que é preciso considerar o histórico de vida da mulher nesses 15 anos. A prótese não necessariamente deve ser maior que a anterior. Aumento ou perda de peso, gravidez e idade são fatores que influenciam no tamanho do material.

“Dependendo da idade, da etapa de vida, a mulher perde elasticidade. Após a gravidez, amamentação, o seio muda de tamanho. A pele cai. Muitas vezes é preciso remanejar a mama, levantar o seio para que o resultado da troca seja positivo.”

Não há contra-indicação tampouco recomendações específicas para o recall do silicone mamário. Os especialistas afirmam que os custos e a recuperação também tendem a ser semelhantes aos da primeira cirurgia. A técnica usada, geralmente, é mantida pelos médicos para não deixar uma nova cicatriz.

Luis Carlos Garbosa, Diretor da Sociedade Paulista de Cirurgia Plástica, revela que o procedimento mais recorrente é o inframamário (corte na curva do seio). Segundo o médico, a técnica permite uma visão direta da prótese e não interfere no tecido mamário. Além de deixar a cicatriz escondida, quase imperceptível

Fonte Delas

Malhação e silicone: o que pode e o que não pode

Logo após a colocação da prótese de mama, a mulher deve restringir um pouco a atividade física. Depois, a rotina deve ser normal

Corpo sarado, curvas no lugar e... seios pequenos? Como não há maneira de turbinar as mamas com malhação, muitas mulheres acabam recorrendo às próteses de silicone para harmonizar o conjunto corporal.

“Mama não tem a ver com músculo. Ela apenas está em cima dele. Você pode fazer a musculação que for que não vai aumentar ou melhorar a qualidade da mama”, explica o cirurgião Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada, de São Paulo.

Mas seria preciso cuidados especiais na hora da atividade física após aumentar o tamanho das mamas? Sim, alguns. Nada, no entanto, que impeça de voltar ao ritmo habitual em pouco tempo.

Consultamos os cirurgiões plásticos Alexandre Mendonça Munhoz, membro especialista e titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), e Ruben Penteado, que a seguir esclarecem as principais dúvidas sobre malhação e silicone.

Como se programar para colocar silicone? É necessário parar com a atividade física antes e depois da cirurgia?
Antes não há qualquer restrição para a atividade física. É possível manter o exercício até a véspera do procedimento. Normalmente o retorno para malhação é feito depois de três semanas após a cirurgia, com caminhadas leves sem impacto e exercícios de musculação para as pernas. “Pedimos repouso completo dos braços por pelo menos um mês, que é o período de cicatrização”, diz Penteado.

“Com 30 a 40 dias pode-se iniciar a musculação para braços com atuação apenas da musculatura do bíceps e tríceps, evitando a atividade da região dos ombros, peitoral e costas”, completa Munhoz. Logo, todos os exercícios em que os braços estão posicionados junto ao tronco estarão liberados. Os especialistas alertam ainda que no retorno às atividades é preciso usar carga leve e ir aumentando aos poucos até que se alcance os volumes pré-operatórios.

Quem tem silicone deve pegar mais leve na musculação, especialmente nos exercícios peitorais?
As restrições são temporárias. Nos primeiros 40 dias, para implantes subglandulares (ou seja, abaixo da glândula mamária e acima do músculo peitoral maior) e subfasciais (abaixo da fáscia do músculo peitoral) deve-se evitar toda a atividade física que envolva a região muscular peitoral, ombros e costas. “Isso porque atuam direta e indiretamente na região operada e desta forma aumenta a probabilidade de deslocamento da prótese e até sangramentos”, explica Munhoz.

Já para implantes submusculares (abaixo do músculo peitoral) este período pode chegar a 60 dias, uma vez que a manipulação muscular é maior.

Em pacientes que foram submetidas à suspensão de mama (correção da ptose, flacidez das mamas pelo excesso de pele em relação ao conteúdo das mesmas) associada com a colocação do implante de silicone orienta-se um repouso da região peitoral por um período de 60 a 90 dias com intuito de evitar alargamento da cicatriz ou mesmo deslocamento do implante e recidiva da ptose.

Quem tem silicone nos seios precisa de proteção ou sustentação extra para praticar exercícios aeróbicos, como a corrida?
“Habitualmente liberamos a paciente para o exercício com impacto depois de 45 dias pós-cirurgia e orientamos uma sustentação extra com intuito de evitar sobrepeso na pele, distensão excessiva e flacidez tardia. Estes fatores em um pós-operatório recente podem também favorecer o desenvolvimento de estrias uma vez que o peso do implante é sustentado exclusivamente na pele da mama”, diz Munhoz.

Segundo os especialistas, é prudente após o retorno das atividades de impacto o uso de sutiã justo ou mesmo o uso conjunto de dois tops para promover uma sustentação adequada do seio e, sobretudo do implante, com objetivo de diminuir a mobilidade da mama.

É arriscado para quem tem prótese de silicone praticar esportes como boxe ou lutas?
Segundo o cirurgião Alexandre Munhoz, terminado o período de recuperação após a colocação da prótese, não há qualquer risco para a realização desses esportes. “Os implantes de última geração apresentam alta resistência a impactos externos e a probabilidade de ruptura é praticamente nula nesta situação de exercício físico. Além disso, há implantes que apresentam um revestimento especial que promove uma aderência aos tecidos (gordura, mama), evitando deslocamentos e/ou rotação, mesmo após traumas externos”.

Em algumas situações físicas como em lutas marciais, pode eventualmente ocorrer traumas na região mamária como hematomas ou equimoses, como ocorreria em qualquer impacto externo independente da presença do implante de silicone.

O aumento de seios pode levar a problemas posturais na malhação?
Sim, mas é mais comum em pacientes que já apresentavam problemas posturais no pré-operatório. Além disso, mulheres submetidas à colocação de implantes muito volumosos podem apresentar alterações posturais caso não sejam orientadas adequadamente ou submetidas à terapia de reposicionamento postural após o implante. “É fundamental uma avaliação cuidadosa no pré-operatório e o bom senso na escolha do volume do implante”, adverte Munhoz.

Fonte Delas