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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Estudo defende limite de 2 embriões para uso em fertilizações in vitro

Equipe britânica acredita não haver vantagem com 3 óvulos fecundados.Pesquisa analisou 124.148 ciclos, que geraram 33.514 no Reino Unido.

Um estudo conduzido por cientistas britânicos defende um limite de, no máximo, 2 embriões a serem usados nas tentativas de gravidez por fertilização in vitro -- a técnica que gera os "bebês de proveta". O trabalho foi divulgado na revista médica "The Lancet", umas das principais publicações científicas do mundo.

Na pesquisa, foram analisadas 124.148 ciclos de fertilização, que geraram 33.514 nascimentos. Os cientistas compararam as taxas de gestações, o número de gêmeos, se os bebês nasceram prematuros (menos de 37 semanas de gestação) ou com pouco peso -- menos de 2,5 quilos. As mães foram divididas em dois grupos: um com mulheres abaixo de 40 anos e outro com gestantes acima desta faixa etária.

Nos dois grupos, o uso de apenas um embrião tornava as chances de nascimento menores quando comparadas com a implantação de dois embriões. Mas transferir 3 embriões se mostrou menos eficiente que utilizar somente dois em mulheres mais novas e não apresentou diferenças para mães acima desta idade.

O risco de adversidades perinatais era maior em fertilizações com dois e três embriões. Já o risco de parto prematuro com menos de 33 semanas de gestação foi muito maior em fertilizações com três óvulos fecundados, segundo os autores do estudo.

Como estudos anteriores já haviam mostrado, mulheres mais velhas apresentaram mais dificuldade para engravidar do que as mães abaixo de 40 anos. Mas quando dois embriões eram utilizados durante a fertilização, o risco de nascimento de gêmeos, peso baixo e partos prematuros era menor no grupo de mulheres mais idosas.

Para os pesquisadores, o trabalho mostra que o número ideal de embriões a serem usados para mulheres mais velhas que querem engravidar é 2. Apesar de definirem que o limite para fertilizações em qualquer idade deve ser de 2 embriões, os autores pedem por maior liberdade aos médicos para analisarem caso a caso se a fertilização assistida deve ser conduzir com um ou dois óvulos fecundados.

Um comentário publicado junto ao artigo ressalta que a decisão sobre o número de embriões a serem usados deve ser um consenso entre as pacientes, embriologistas e médicos, que devem levar em conta casos especiais como mulheres com restrições para partos de gêmeos.

Fonte G1

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