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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Por que mulheres fingem uma gravidez?

Gestação psicológica é doença, mas caso da falsa grávida de quadrigêmeos pode ter outra explicação

Nos primeiros dias do ano, uma moradora de Taubaté, cidade do interior de São Paulo, afirmou estar grávida de quatro meninas. O fato gerou interesse instantâneo, já que a gravidez de quadrigêmeos univitelinos é bem rara. Os pais e o marido de Maria Verônica dos Santos, 25 anos e dona de uma escola infantil, demonstraram muita satisfação com a gestação e emissoras de televisão exibiram as imagens do exame de ultrassom dos quatro bebês e os preparativos para o nascimento. Mas o caso sofreu uma mudança radical esta semana. Maria Verônica não está grávida. O advogado Enilson de Castro, que representa a dona da escola, admitiu, em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (20), que a gravidez era uma farsa.

Wilson Vieira de Souza, médico ginecologista de Maria Verônica, confirmou que na última consulta da falsa gestante, no final de outubro de 2011, ela apresentou um ultrassom que não condizia com o exame de uma mulher grávida. “Ela não estava grávida quando se consultou comigo. Não tem possibilidade do exame estar errado”, afirma.

A Polícia Civil também entrou no caso e pediu, na última terça-feira (17), um exame para comprovar a suposta gestação, já desmentida. O pedido foi feito após o marido da pedagoga registrar boletim de ocorrência contra uma emissora de TV.

Gravidez psicológica
Mas, afinal, o que leva uma mulher a mentir uma gravidez? De acordo com Joel Rennó Jr., médico psiquiatra diretor do ProMulher – Programa de Saúde Mental da Mulher – desenvolvido pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é prematuro emitir opiniões específicas sobre o caso de Taubaté, mas ele explica que algumas mulheres apresentam a condição de pseudociese, mais conhecida como gravidez psicológica.

“Antes de pré-julgar a mulher que se disse grávida de quadrigêmeos, precisamos estabelecer que não conhecemos o histórico, tanto de saúde quanto psíquico, dela”, aponta o médico. Para ele, se este fosse um caso de gravidez psicológica, Maria Verônica acreditaria mesmo estar esperando quatro bebês. “Mulheres com gravidez psicológica têm uma crença efetiva, quase delirante, de que estão realmente grávidas. Pode ser uma mulher com muito desejo de engravidar ou o contrário, um medo enorme de passar por uma gestação”.

A médica psiquiatra Renata Camacho atende gestantes com depressão no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Ela explica que a mulher em uma pseudogravidez chega a ter aumentado o volume abdominal e das mamas e é capaz de produzir leite. “Mesmo confrontada com exames, essa mulher dificilmente vai aceitar que não está grávida. Ela vai precisar passar por um trabalho psicoterapêutico intenso. A gravidez psicológica é uma patologia”.

Fonte Delas

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