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segunda-feira, 26 de março de 2012

Estudo investiga interferência de fatores biológicos e sociais na ocorrência de transtornos mentais

Pesquisa será realizada simultaneamente em 14 países, incluindo o Brasil

Um consórcio de pesquisadores brasileiros e europeus vai estudar, de forma ampla e integrada, as causas sociais e biológicas da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos (EOP). A proposta, segundo os pesquisadores, é estimar a incidência de esquizofrenia e outros transtornos psicóticos na região de Ribeirão Preto e investigar possíveis relações de fatores sociais e biológicos na ocorrência destes transtornos mentais.

O estudo está sendo realizado, simultaneamente, no Reino Unido, Holanda, França, Espanha, Turquia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Irlanda, Itália, Suíça, China/Hong Kong e Austrália, por intermédio de centros integrantes do European Network of National Schizopçhrenia Networks Studiyng Gene-Environment Interactions (EU-GEI).

No Brasil, a coordenação da pesquisa é dos professores Paulo Rossi Menezes, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e Cristina Marta Del-Bem, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Serão avaliados possíveis fatores relacionados com a incidência de EOP, como a urbanicidade e migração interna; fatores relacionados à história de vida do indivíduo, fatores familiares e de área geográfica; alterações anatômicas cerebrais, genéticas e imunológicas. Portadores de EOP serão comparados com controles saudáveis e população em risco de EOP (irmãos de pacientes).

Segundo os coordenadores, a escolha da cidade de Ribeirão Preto se deve à possibilidade de acesso a uma rede organizada de serviços de saúde mental, além de possuir características demográficas específicas, como variação de densidade demográfica entre municípios componentes da região e processos migratórios internos.

— Esses fatores possibilitarão testar algumas hipóteses já identificadas em estudos europeus, como fatores de risco para o desenvolvimento de EOP, e também permitirão compreender os fatores e mecanismos determinantes de grande variação de incidência de EOP entre populações — aponta Cristina.

Os pesquisadores estimam uma amostra de 300 casos incidentes, 150 irmãos e 300 controles. Os resultados podem levar ao desenvolvimento de ações e políticas de prevenção efetivas, para a melhoria da vida daqueles que estão direta ou indiretamente afetados por esses transtornos, por meio de ações terapêuticas mais eficientes.

Fonte Zero Hora

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