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domingo, 8 de janeiro de 2012

Reino Unido não recomenda retirada generalizada de prótese PIP

O governo britânico anunciou nesta sexta-feira que não há provas que justifiquem a retirada generalizada das próteses mamárias da marca francesa PIP (Poly Implant Prothèse), que foram fabricadas com silicone industrial e apresentam maior probabilidade de ruptura. Há 42 mil mulheres com os implantes no Reino Unido, segundo as autoridades locais.

O comunicado oficial salientou, porém, que as mulheres que receberam as próteses PIP pelo sistema de saúde pública e estão preocupadas com a ruptura podem extraí-las sem qualquer custo por indicação de um médico.

Na França, a cirurgia de troca também será gratuita, mas só poderá ser feita em próteses colocadas para fins médicos e não estéticos. Nesse país, cerca de 30 mil pessoas têm o implante.
A nota afirma ainda que espera que as instituições privadas ofereçam um acordo semelhante a suas pacientes.
O problema das próteses que podem romper não se restringe às francesas. O produto também foi comercializado em países da Europa e da América Latina e Brasil.

A decisão sobre a remoção do implante tem variado de governo para governo. Além da França, Colômbia e Venezuela vão cobrir a retirada.

No Brasil, a troca é defendida para quando houver uma ruptura. A cirurgia preventiva, com a troca imediata do silicone, é desnecessária na opinião da Sociedade de Cirurgia Plástica.

Aqui, 24,5 mil próteses PIP foram usadas e há mais 10 mil que serão descartadas.

A França alerta que os cinco tipos de óleo identificados nas próteses --material diferente do registrado para uso em saúde-- podem provocar irritação se vazados. Descarta, no entanto, associação com a maior incidência de câncer ou toxicidade.

A recomendação do governo brasileiro é para que as pacientes procurem seus médicos e que as decisões sejam tomadas caso a caso.

Editoria de arte/folhapress
Fonte Folhaonline

República Tcheca recomenda retirada de próteses mamárias PIP

O Ministério da República Tcheca está recomendando a 2.000 mulheres que receberam a prótese mamária PIP (Poly Implant Prothèse) para que façam a cirurgia de remoção.

O porta-voz do órgão, Vlastimil Srsen, disse nesta sexta-feira que o ministério chegou a essa decisão depois de uma consulta a especialistas.

Na França, o governo vai cobrir a retirada do produto, fabricado com silicone industrial, de aproximadamente 30 mil mulheres, depois de registrar a ruptura de pelo menos mil produtos.

Nesta sexta-feira, o Reino Unido não endossou a retirada generalizada para suas cidadãs.

Na América Latina, um dos grandes mercados da PIP, a cirurgia de remoção será paga na Venezuela e na Colômbia. No Brasil, a Sociedade de Cirurgia Plástica recomenda que as implantadas façam uma consulta a seus médicos para ver o estado da prótese.


Editoria de arte/folhapress

Fonte Folhaonline

Próteses de silicone da PIP são apreendidas no Paraná

A Vigilância Sanitária do Paraná apreendeu nexta sexta-feira (6) 10.680 próteses de silicone para seios da Poly Implants Protheses (PIP) na sede da empresa EMI, única importadora e distribuidora da marca francesa no Brasil.

O material equivale ao estoque restante da empresa, com sede em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba. De acordo com a Vigilância Sanitária do Paraná, a empresa não funciona desde a semana passada.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia determinado o recolhimento das próteses estocadas. Agora, a vigilância sanitária paranaense aguarda orientação da Anvisa para o descarte dos implantes. Equipe da Anvisa e representantes da EMI estão reunidos hoje, em Brasília, para definir o processo. O método mais usado de descarte é a incineração.

O chefe da Vigilância Sanitária do Paraná, Paulo Costa Santana, disse que 30 amostras do material recolhido foram encaminhadas para análise laboratorial da Anvisa, a fim de verificar se estão fora do padrão de qualidade.

Ao todo, a EMI importou mais de 34,6 mil próteses da PIP, sendo que 24.534 foram vendidas. Estima-se que 12 mil mulheres têm implantes da marca. Desde abril de 2010, está proibido o uso dos implantes de seio da PIP.

Depois das autoridades sanitárias da França declararem que as próteses da marca têm silicone não autorizado e risco maior de romper ou vazar, a Anvisa cancelou o registro do produto no Brasil.

Fonte Folhaonline

Centro médico militar desenvolve vacina que reduz recorrência do câncer

O Centro Médico Militar de San Antonio (Texas) desenvolveu uma vacina que reduz as taxas de recorrência do câncer de mama, informou nesta sexta-feira a Assessoria de Imprensa das Forças Armadas dos Estados Unidos.

O diretor e pesquisador principal do Programa de Desenvolvimento de uma Vacina para o Câncer, George Peoples, disse que a vacina, denominada E-75, "passará em breve à fase final de testes para obter a aprovação da Direção de Alimentos e Remédios".

O câncer de mama, explicou George à assessoria, é o tipo de câncer mais frequente entre as pessoas que recebem serviços do hospital militar em San Antonio.

"Temos o compromisso de cuidar do pessoal em serviço ativo, seus cônjuges e os aposentados", acrescentou.

A vacina, segundo explicou George, aponta para uma proteína que aparece, comumente, expressada em excesso nas células de câncer de mama chamada "receptor 2 do fator de crescimento epidérmico".

As vacinas contra o câncer apontam a uma proteína ou antígeno expressado nas células do câncer, e George explicou que "a ideia é 'treinar' o sistema imunológico para que reconheça essa proteína, ou porção de proteína, que aparece em excesso nas células do câncer, mas não nas células normais".

"Dessa forma o sistema imunológico pode diferenciar o normal do anormal", acrescentou. "Se o sistema de imunidade pode reconhecê-lo, basicamente, o marca para matá-lo".

Esse conceito de vacina contra o câncer se manteve por longo tempo, mas a equipe de George tomou um caminho diferente.

A grande maioria das vacinas, no passado, foi testada com pacientes cujo câncer estava nos períodos finais, mas uma vacina tem a intenção de estimular o sistema de imunidade, que é algo que não se encontra habitualmente nas pessoas com câncer terminal.

"Não é para se surpreender com o fato de que muitas das vacinas testadas com pacientes na etapa final do câncer não tivessem bom resultado", disse George.

A equipe em San Antonio decidiu que testaria a vacina entre pacientes com um sistema de imunidade robusto, ou seja, sobreviventes do câncer que estão livres do mal, mas com risco de uma recorrência.

Os pesquisadores prepararam a proteína, que se expressa em variados níveis de excesso nas mulheres com câncer de mama, e focaram nos 60% dessas mulheres nas quais ela aparecia em níveis baixos ou intermediários.

A vacina consiste em uma mistura do peptídeo E-75 da proteína HER-2, e um estimulante do sistema imunológico.

Os testes começaram em 2001 com 220 pacientes e os pesquisadores fizeram um acompanhamento das mulheres durante cinco anos. A metade das mulheres recebeu a vacina, que é uma injeção mensal por seis meses, e a outra metade foi o grupo de controle.

O resultado foi muito promissor, segundo George. A taxa de recorrência do câncer foi de 20% entre o grupo de controle e de 10% entre as mulheres que receberam a vacina.

Este sucesso levou à nova etapa de testes que começará este ano e envolverá de 700 a 1.000 pacientes.

Mas, ao contrário dos períodos anteriores, esta fase será por conta da companhia comercial Galena Biopharma que buscará a aprovação do governo para o uso público da vacina.

Fonte Folhaonline

Satisfação sexual feminina aumenta com a idade, diz pesquisa

A maioria das mulheres com mais de 60 anos está satisfeita com sua vida sexual, segundo estudo americano publicado nesta semana. E mesmo aquelas que declararam não praticar sexo também se dizem satisfeitas.

O trabalho analisou 806 questionários de mulheres com em média 67 anos. Foram feitas perguntas sobre atividade sexual, reposição hormonal, dor, lubrificação, desejo sexual e orgasmo durante a relação.

"Embora existam pesquisas sobre satisfação sexual, poucos estudos falam sobre idosas", escrevem os autores do artigo, pesquisadores da Universidade da Califórnia e da San Diego School of Medicine. O estudo foi publicado na revista "The American Journal of Medicine".

Do total de voluntárias, metade (49,8%) disse ter feito sexo no último mês. A maioria (64,5%) declarou ficar excitada, 64,5% disseram ter lubrificação normal e 67,1% afirmaram que têm orgasmo.

"No geral, dois terços das que eram sexualmente ativas estavam satisfeitas, assim como metade das sexualmente inativas." Para a surpresa dos pesquisadores, as mulheres mais velhas do estudo (com mais de 80 anos) relataram maior satisfação.

Por outro lado, 40% de todas as voluntárias disseram que nunca ou quase nunca sentem desejo sexual. Segundo Elizabeth Barrett-Connor, médica e pesquisadora da Universidade da Califórnia, esse resultado sugere que o desejo não é essencial para que a relação sexual aconteça. "Elas podem se envolver em uma atividade sexual por múltiplas razões, como a manutenção de um relacionamento", disse a pesquisadora para o site de divulgação científica EurekAlert!.

Outra conclusão do trabalho é que a relação sexual nem sempre é necessária para a satisfação. Aquelas que são sexualmente inativas podem conseguir se satisfazer só com a intimidade do relacionamento ou com a masturbação.

Para o psicoterapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Júnior, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade, várias pesquisas já demonstraram que, muitas vezes, o mais importante para as mulheres é a troca de afeto e a proximidade com o parceiro. "Nem sempre para se satisfazer é preciso ter orgasmo."

Ele aponta, porém, dois problemas de metodologia na pesquisa americana: a dificuldade de saber o que é satisfação e o fato de as perguntas se referirem apenas às últimas quatro semanas. "O questionário acaba sendo limitado. A satisfação envolve muitos aspectos subjetivos."

De acordo com o psicólogo, o lado bom do estudo é que dá para perceber que essas mulheres estão mais dispostas a comentar sobre o tema. "Elas estão se sentindo mais livres para falar de assuntos delicados como orgasmo e lubrificação. Isso é sinal de uma mudança cultural. Há 30 anos, mulheres dessa idade dificilmente falariam sobre isso."

Segundo ele, não tem como saber se o que elas estão falando é o que realmente acontece. "Elas demonstraram um esforço para mostrar que estão satisfeitas. Isso pode ser verdade como pode ser uma forma de autoafirmação, para expressar o contrário de uma ideia que elas mesmo tinham sobre mulheres mais velhas."

Fonte Folhaonline

Anvisa recebeu 94 queixas sobre silicone desde 2010

Desde que foi proibida a comercialização no país das próteses de silicone francesas PIP, em abril de 2010, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) registrou 94 consultas ou queixas relacionadas a próteses mamárias em geral, disse ontem o diretor-adjunto da agência, Luiz Roberto Klassmann.

Ele afirma que as situações de rompimento relatadas não chegam a dez. "Em algumas, a pessoa identificou como PIP, mas são pouquíssimas."


A Anvisa havia informado em dezembro não ter registros de problemas específicos com a marca. Klassmann afirma que só houve informação clara sobre rompimentos na marca PIP após a retomada do assunto, no final de 2011.

Uma mulher ouvida pela reportagem, no entanto, afirma ter feito uma reclamação específica sobre o implante francês em julho de 2010.

FRANÇA
A agência teve ontem mais uma conversa com sua correspondente francesa, a Afssapas, que informou não haver consenso entre países europeus sobre a necessidade da retirada do silicone de forma ampla -o que foi orientado pela França, mas não pelo Reino Unido.

A França alerta que os cinco tipos de óleo identificados nas próteses --material diferente do registrado para uso em saúde-- podem provocar irritação se vazados. Descarta, no entanto, associação com a maior incidência de câncer ou toxicidade.

A recomendação do governo brasileiro é para que as pacientes procurem seus médicos e que as decisões sejam tomadas caso a caso.

A Anvisa já sabe para quais serviços foram vendidas as próteses francesas. Klassmann afirmou que o material foi usado para fins estéticos e para reconstrução da mama, também em centros de referência contra o câncer. O Instituto Nacional de Câncer, procurado pela Folha, informou não ter adquirido próteses dessa marca.

Falta agora, disse Klassmann, decidir se as vigilâncias sanitárias e serviços de saúde locais vão, de forma ativa, ligar para todas as pacientes que usam a prótese. A questão é medir se o risco para as pacientes justifica tal ação, o que vai ser discutido com entidades médicas na próxima semana.

Está em andamento um inquérito administrativo sanitário que pode apontar responsabilidade no caso. Quando concluído, segue para o Ministério Público Federal.

A EMI, distribuidora e responsável pela circulação do material no Brasil, deve ser recebida hoje pela Anvisa.

Dirceu Freitas Filho, advogado que representa a EMI em ações judiciais, disse à Folha que a empresa vai defender junto à Anvisa que não há prova de que o produto apresentou problemas, para evitar o descarte do material ainda armazenado.

Freitas Filho diz que a empresa vendeu a prótese no país respaldada em pareceres internacionais e seguindo a legislação nacional, que, diz ele, permite o uso do silicone não medicinal, afirmação negada pela Anvisa.

"Não houve caso de problema efetivo com o produto. Você teve uma venda de 12 mil [pares]e só dez [mulheres] entraram com ação. Só ficou provado que houve rompimento, o que pode ocorrer [com outras marcas]."

Fonte Folhaonline