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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

EUA: Pílula do dia seguinte em máquina automática causa polêmica

A mesma máquina que vende pílulas do dia seguinte também oferece camisinhas e testes de gravidez (Foto: AP Photo/Shippensburg University)
A mesma máquina que vende pílulas do dia
seguinte também oferece camisinhas e testes de
gravidez (Foto: AP Photo/Shippensburg University)
Medicamento à venda em pátio de faculdade irritou grupos religiosos.Pela lei, maiores de 17 anos podem comprar a pílula sem receita.

A venda de pílulas do dia seguinte em uma máquina automática virou motivo de polêmica nos Estados Unidos. O medicamento está disponível por U$ 25 (cerca de R$ 43) no pátio de um centro de saúde na Universidade de Shippensburg, no estado da Pensilvânia.

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo alternativo para os casos em que o casal deixa de usar a camisinha ou ela falha. Deve ser usada como um plano B, já que reduz em 89% a chance de gravidez – e funciona melhor se tomada nas primeiras 24 horas.

Grupos religiosos que consideram o uso dessa pílula uma forma de aborto protestaram contra sua venda no pátio da faculdade. A Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês), órgão do governo que regula a venda de remédios, afirmou que vai a Shippensburg apurar o caso.

Pela lei americana, a pílula pode ser vendida sem receita para qualquer pessoa com 17 anos ou mais. Segundo a reitoria, todos que têm acesso ao prédio – e esse acesso é controlado – estão nessa faixa etária. Para o Departamento de Estado da Pensilvânia, o uso da máquina por um menor de 16 “poderia ser potencialmente uma violação” da lei.

máquina passou a vender pílulas do dia seguinte depois que um levantamento entre os alunos mostrou que 85% apoiavam a ideia. “É uma maneira que os estudantes têm de conseguir o suporte de que precisam”, afirmou o estudante Matthew Kanzler, lembrando que Pittsburgh e Filadélfia, principais cidades do estado.

Alexandra Stern, professora de história da medicina na Universidade de Michigan, se preocupa com a facilidade de acesso aos remédios. “É parte da tendência geral que as drogas se tornem disponíveis para consumidores sem a participação de farmacêuticos ou médicos. Essa tendência tem armadilhas perigosas”, alertou a especialista.

Fonte G1

Adoçante não dá saciedade e deve ser usado com orientação médica

Produto é recomendado principalmente para diabéticos e pré-diabéticos.Calcule o quanto você pode consumir por dia, com base no seu peso.

Se você se identifica com 61% das pessoas que responderam à enquete aqui no site sobre adoçantes, você usa o produto para economizar calorias, com o objetivo de perder peso ou se manter nele.

O adoçante é indicado para pessoas diabéticas, com pré-diabetes ou que precisam emagrecer, desde que com recomendação de um médico ou nutricionista.

Adocante valendo (Foto: Arte/G1)





Cinco gotas do produto equivalem, em geral, a uma colher de chá de açúcar. E um sachê corresponde a duas colheres de chá de açúcar. Um sachê de aspartame, sacarina, sucralose ou ciclamato (800 mg) tem 3 kcal, um de estévia tem 0,81 kcal, e um de açúcar (6 g) tem 24 kcal.

Calcule o quanto você pode consumir por dia, com base no seu peso. Veja também qual é o seu índice de massa corporal (IMC).

A sucralose adoça 600 vezes mais que a sacarose, a sacarina adoça 500 vezes mais e o aspartame tem capacidade de adoçar 200 vezes mais.

Segundo o endocrinologista Alfredo Halpernx e a engenheira de alimentos Ana Maria Giandon, o adoçante não satisfaz nossa necessidade de glicose. Agrada ao paladar, mas o cérebro não interpreta a ingestão como a de um doce. Ele entra e sai do organismo sem ser metabolizado – com exceção do aspartame.






Os adoçantes podem ser usados por diabéticos porque não necessitam de insulina para serem metabolizados. Pessoas com a doença têm deficiência na absorção de insulina ou não produzem esse hormônio no pâncreas.

A função da insulina é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia aproveitada por todas as células.






Uma boa dica do Bem Estar é tentar se acostumar ao gosto natural dos alimentos, seja um suco de frutas ou um cafezinho.

E a redução de calorias não ocorre apenas com o uso de adoçantes não calóricos. Uma alimentação rica em fibras, cereais integrais, vegetais e carnes magras, além de atividade física regular, são os maiores aliados para manter o peso e a glicemia no nível ideal.






Metabolização
Alguns adoçantes não são metabolizados pelo organismo e são eliminados diretamente pela urina. É o caso da sacarina, da sucralose e da estévia.

Já o ciclamato é absorvido parcialmente no intestino e depois eliminado pela urina. O aspartame, por ser uma proteína, é metabolizado.

Dicas





- O açúcar não é um vilão e pode ser consumido também por indivíduos acima do peso, desde que em quantidades adequadas

- Preste atenção aos açúcares e achocolatados light. Como são mais doces, ingira uma quantidade menor que o normal para economizar calorias

- Leia sempre o rótulo, pois alguns produtos light só garantem economia de calorias se for usado leite desnatado. Um bolo normal tem 127 kcal, enquanto um light pode ter até 100 kcal

Fonte G1

Transmissão de superbactéria pode ocorrer sem contato com infectados

Análise das fezes de 15 mil pacientes foi conduzida em estudo inglês.Micro-organismo 'C. difficile' é capaz de levar idosos à morte.

A maior parte das infecções de pessoas pela superbactéria Clostridium difficile em hospitais acontece sem o contato direto com pacientes infectados, segundo um estudo conduzido por médicos ingleses da Universidade de Oxford. Os dados da pesquisa foram divulgados na publicação científica de livre acesso “PLoS Medicine”.

A descoberta é importante, já que aponta como as atuais estratégias hospitalares para evitar o contágio pelo micro-organismo podem ser falhas. A infecção pelo micro-organismo C. difficile pode causar casos graves de diarreia em pacientes. e é capaz de levar idosos à morte.

Durante o trabalho, os ingleses analisaram 30 mil amostras de fezes colhidas de 15 mil pacientes, dos quais 4,4% carregavam a superbactéria C. difficile. Eles detectaram 69 tipos diferentes do micro-organismo e demonstraram que quase dois terços dos casos de infecções (66%) não eram ligados a casos anteriores de contágio.

Para os autores, até 75% dos casos estudados não eram explicados pelas teorias atuais de transmissão de superbactérias mesmo em ambientes bem preservados contra este tipo de infecção.

Um artigo que acompanha o estudo inglês na publicação afirma que o trabalho não conseguiu detectar a proporção de pacientes já contaminados com C. difficile antes de entrar no hospital.

Os médicos ingleses acreditam que as estratégias de controle contra o micro-organismo podem estar mirando no lugar errado, mas afirmam que estudos complementares são necessários.

Fonte G1

Senado aprova projeto que regulamenta profissão de médico

Texto prevê como ato exclusivo do médico os procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos, biópsias e endoscopia

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (08) projeto de lei que regulamenta a profissão de médico no País. Os senadores fizeram uma série de alterações no texto aprovado pela Câmara para, segundo o relator Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), preservar as atividades de outras ocupações como assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico e fisioterapeuta.

Valadares destacou que o texto apresentado na CCJ foi consenso entre praticamente todas as categorias. Já a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que também atuou na elaboração do acordo, destacou que, apesar de não ser o texto ideal, “o relatório é o possível”. Ela acrescentou que o projeto do Ato Médico não retira qualquer direito adquirido de outras profissões.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) manifestou restrições ao texto que, para ela, inviabilizará avanços tecnológicos alcançados por pesquisas odontológicas, por exemplo. Ela entende que o projeto do Ato Médico interferirá em outra profissão, o que seria inconstitucional.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que o Ato Médico não resolverá a crise pela qual passa a profissão. Segundo ele, o problema do exercício da medicina está na “degradação profissional”, além da proliferação de faculdades que, muitas vezes, formam médicos desqualificados.

O parlamentar paulista, adepto da acupuntura, disse que a regulamentação pode prejudicar o exercício das demais profissões da área. O texto prevê como ato exclusivo do médico os “procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos, biópsias e endoscopia”, o que inclui a “invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo da pele para injeção”.

Aprovada na CCJ, a matéria agora vai à apreciação nas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS). Caso seja aprovado nas duas comissões, o projeto de lei do Ato Médico será apreciado em plenário e, depois, seguirá para sanção presidencial.

Fonte SaudeWeb

Governo fixa regras para transplantes em estrangeiros não residentes no País

Residentes poderão ser submetidos a transplantes desde que o doador seja vivo - cônjuge ou parente consanguíneo até o quarto grau, em linha reta ou colateral

Os estrangeiros não residentes no Brasil que esperam por uma doação poderão ser submetidos a transplantes de órgãos, tecidos ou partes do corpo humano no país desde que o doador seja vivo – cônjuge ou parente consanguíneo até o quarto grau, em linha reta ou colateral.

A portaria regulamentando o procedimento foi publicada nesta quarta-feira (08) no Diário Oficial da União e vale para as cirurgias realizadas na rede privada. A realização desses transplantes com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) só é possível com prévia existência de acordos internacionais em base de reciprocidade.

De acordo com o Ministério da Saúde, a medida atende principalmente a população de fronteira que por vezes não conseguia ter acesso à cirurgia por falta de uma lei que regulamentasse o procedimento.

Pela legislação em vigor, estrangeiro não tem acesso ao banco de órgãos coordenado pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

Fonte SaudeWeb

Projeto de eletrocardiograma do HCor chega a 8 mil laudos

Parceria tem como objetivo identificar os riscos cardíacos em vítimas atendidas pelo SAMU e repassar um posicionamento sobre a saúde do paciente em poucos minutos, evitando assim riscos

Lançado em janeiro de 2010 e implantado desde novembro de 2009, o sistema de Tele-eletrocardiografia Digital – parceria entre o Hospital do Coração (HCor) e Ministério da Saúde já passa dos seus oito mil ECG’s (eletrocardiogramas) realizados.

De acordo com a instituição, todos os estados já aderiram ao projeto e foram feitos 8429 laudos no período entre 18 de novembro de 2009 a 18 de novembro de 2011.

O sistema, implantado em 337 ambulâncias do Serviço de Atendimento de Urgência e Emergência (SAMU) do país tem como principal objetivo identificar, de forma rápida, os riscos cardíacos em vítimas atendidas pelo SAMU e, por meio da tecnologia e corpo clínico do HCor repassar um posicionamento sobre a saúde do paciente em poucos minutos, evitando assim riscos de infartos, morte súbita, entre outros.

O Projeto faz parte de uma parceria firmada em 2008 entre Ministério da Saúde e HCor com os Hospitais de Excelência a Serviço do SUS com o objetivo de humanizar e melhorar o atendimento aos pacientes do SUS.

O convênio com esses hospitais envolveu a aquisição de novas tecnologias, capacitação profissional, pesquisas e consultorias na área de gestão com a cooperação de hospitais do país de reconhecimento nacional e internacional.

O cardiologista Enrique Pachón diz que os usuários do SUS têm à disposição nas ambulâncias do SAMU um sistema que, por meio de sinais sonoros emitidos para um telefone comum ou sinais digitais transmitidos por um telefone celular, repassa o eletrocardiograma do paciente para uma central que codifica esses dados e os envia para o HCor. E diz ainda que o hospital por sua vez, por meio do uma equipe de cardiologistas e enfermeiros, analisa os traçados do usuário e retorna o laudo para a equipe do SAMU nas ambulâncias. A partir daí os socorristas avaliam os procedimentos que devem ser aplicados no paciente no momento do resgate. Em situações mais complexas, os médicos do HCor entram em contato com o médico da ambulância e discutem as alternativas de tratamento mais adequadas.

De acordo com um dos responsáveis pelo projeto no HCor, Hélio Penna Guimarães, o projeto de Tele-eletrocardiografia Digital está ajudando a salvar muitas vidas graças à agilidade no fornecimento do laudo e a técnica aplicada pelos socorristas do SAMU no atendimento a pacientes com riscos cardíacos. E ressalta que a tecnologia facilita o posicionamento do quadro cardíaco do paciente, o que permite o momento do resgate e o direcionamento da vítima para a unidade de saúde mais adequada.

Fonte SaudeWeb

Remédios antigos: Vitaminas da Roche

Empresas de saúde preveem crescimento em 2012 sem temer a crise

Diante do cenário externo de crise, empresas continuam investindo. Uma delas é o Fleury, que pretende seguir expandindo organicamente e via aquisições

Na onda das profecias chegou 2012, muito mais alarmado pela zona do euro, do que por previsões apocalípticas de fim do mundo. Considerando o cenário nebuloso no velho continente europeu, ainda é difícil traçar um panorama do que acontecerá na economia brasileira em 2012. Primeiro, porque é difícil prever. A situação está muito atrelada às notícias daquela região. Até o fechamento desta edição, por exemplo, a Standard & Poor’s havia rebaixado a nota do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, o triplo A da França e as notas das dívidas de um grupo de países incluindo Itália, Áustria e Espanha.

Segundo, porque, como diz o ditado, “alegria de uns é a tristeza de outros”. Se por um lado, a economia parece estar indo de mal a pior, os emergentes se mostram mais atrativos do que nunca. A boa notícia também está presente na recuperação da economia norte-americana que, segundo economistas, colabora para que a situação no continente europeu não esteja ainda pior. Enquanto isso, no Brasil, a crise ao que parece não tem abalado, ao menos de forma significativa, o mercado interno.

Houve alguns ajustes em relação à previsão de crescimento como a redução de 5%, no começo do ano, para algo próximo a 3% de crescimento do PIB 2011, sobretudo, após a estagnação do indicador entre segundo e terceiro trimestre. Mesmo assim, as expectativas para 2012 são boas, e, para o setor de saúde, enquanto não houver grandes abalos nas taxas de emprego e queda no consumo das famílias, o segmento ainda tem muito a conquistar e a desenvolver. Se o câmbio continuar valorizado, as más notícias são para a indústria, que perde sua competitividade, mas, de maneira geral, as fontes ouvidas para esta reportagem continuarão investindo e manterão o orçamento previsto para 2012, e acreditam que o cenário econômico externo requer atenção, mas está longe de enviar sinais para pisar no freio.

Cenário
Para o economista-chefe da Austin Raiting, Alex Agostini, com a projeção de avanço de cerca de 3% do PIB para este ano, o Brasil não tem condições de crescer fortemente por mais de dois anos consecutivos, tendo em vista capacidade instalada pequena. “No início do ano passado, as previsões eram mais otimistas, mas era necessário desacelerar a economia para segurar um pouco a inflação”, explica Agostini.

A estagnação do indicador entre o segundo e o terceiro trimestre rendeu avaliação do Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA), que justificou a desaceleração econômica com os seguintes fatores, occorridos em 2011: “prosseguimento da apreciação da taxa de câmbio ; aperto monetário; características da política fiscal em relação a 2010; acúmulo de estoques; e a crise econômica na Europa”, aponta o estudo.

Agostini explica que a falta de capacidade instalada também influencia a taxa cambial. “O câmbio médio do ano passado se valorizou na comparação do ano anterior. Não é só em 2011 que a indústria vem sendo prejudicada, em 2010, esse câmbio desvalorizado tirou a competitividade”, avalia.

Analisando o mercado de saúde, mesmo com este cenário desfavorável, o mercado de equipamentos e produtos médico-hospitalares e de diagnósticos fechará 2011 com um crescimento estimado de 19% – atingindo um faturamento R$ 13,5 bilhões – superior à média da economia brasileira, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico Hospitalares (Abimed).

Tal crescimento é apontado pela entidade como fruto do pleno emprego e migração nas classes sociais. “A ascensão das classes C e D traz diferentes perfis de usuários, mas os investimentos próprios da saúde seguem – e automaticamente – essas novas tendências também”, explica Reynaldo Goto, diretor da entidade.

O executivo analisa o momento com dois cenários. Em um deles enxerga uma demanda interna forte e até um “otimismo exagerado”. “As instituições brasileiras estão captando dinheiro e isso mostra que existe demanda e otimismo nacional”, pontua. Do outro lado, um dos impactos ocorreria no câmbio e na disponibilidade de crédito. “Isso afeta diretamente o mercado nacional, 48% da demanda nacional é atendida com equipamentos importados e com a volatilidade do câmbio. Como em 2010, pode se atrasar investimentos ou mudar prioridades. O câmbio do jeito que está desfavorece.”

Para as exportações, o mercado é animador. A previsão da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex- Brasil), que atua em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), é de que as exportações da área de saúde cheguem a US$ 696 milhões em 2011, crescimento de 11% contra 2010.

De acordo a gerente de projetos internacionais da Abimo, Paula Portugal, os negócios da Abimo/Apex não sofrem impactos com a situação internacional. “Na crise, as empresas europeias olham mais para o Brasil. As importações no Brasil têm aumentado e as empresas querem vender para o País como alternativa desse mercado estagnado”, explica.

O cenário contrário, das exportações, não tem enfrentado grandes mudanças, pois a Europa, segundo a executiva, não é um mercado prioritário. “O Brasil, tradicionalmente, não vende para a Europa e a crise entra como uma oportunidade, pois o produto entra com o custo mais baixo”, calcula, e acrescenta que a relação entre Brasil e Europa tem se dado nesse mercado na oportunidade de parcerias, seja de transferência de tecnologia e conhecimento.

Reflexos
Quem também vê oportunidades nos desdobramentos da crise internacional é a Hapvida, operadora que atua no norte e nordeste do Brasil. Presente em 11 estados brasileiros, em 2011, a companhia reforçou sua atuação em Salvador, construindo o primeiro hospital na capital baiana, o Tereza de Lisieux, com 80 leitos e investimento de R$ 60 milhões. Apesar da aposta recente, a companhia já tem planos de aumentar o empreendimento com uma nova torre, totalizando 320 leitos. A empresa que se beneficiou da migração de classes sociais no Brasil e atende, sobretudo, a classe C, não vê a situação externa como ameaçadora.

“Na minha visão, a crise do euro pode ser positiva para o Brasil. São duas questões que considero interessantes: o formato no Brasil hoje, tanto na idade da população quanto na classe de consumo é um losango. Se analisarmos, a maioria dos brasileiros está entre 28 e 55 de idade, uma população mais produtiva. Além disso, temos as classes B e C, considerando o formato losango, que hoje são as que mais consomem e que, cada vez mais, são responsáveis pelo aumento da migração de D e C para B e C. Então, vejo um momento muito positivo”, explica o superintendente comercial da Hapvida, André Rosas.

Se depender de novos usuários, o cenário parece positivo mais para a Hapvida e outras grandes operadoras do segmento do que para o mercado
de saúde privada no geral. Isso ocorre devido à concentração do segmento. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os usuários aumentaram. Ainda sem dados totais do mercado em 2011, atualmente, a saúde suplementar representa aproximadamente 47 milhões de usuários, sem contar com os planos odontológicos, que somam 16 milhões. Em crescimento, isso representa 2,9% comparando setembro de 2011 com dezembro de 2010. De 2009 para 2010, o crescimento foi de 8, 6%.

A má notícia é que as falências, em 2011, somaram 78 empresas até novembro. “A consolidação da saúde suplementar tem ocorrido desde que apareceu a ANS e com algumas empresas maiores e mais bem administradas comprando menores”, comenta a coordenadora do GV Saúde, Ana Maria Malik.

A situação europeia também não parece afetar a Beneficência Portuguesa de São Paulo. O hospital continua executando as obras do plano diretor 2009/2013. O planejamento prevê investimento de R$ 160 milhões só na parte física da instituição. O balanço de 2011 ainda não está fechado, mas o superintende geral do hospital, Luiz Koiti, afirma que o ano de 2011 foi bom e 2012 tende a continuar promissor.

“Estamos bastante otimistas e prevendo crescimento do faturamento. Não haverá modificação no plano diretor de obras, não temos motivos para reduzir o ritmo”, garante. Entre os aportes está o investimento de R$ 7,2 milhões para reforma e ampliação da Unidade de Terapia Intensiva Neurológica, que agora oferece 33 leitos da especialidade.

No segmento de medicina diagnóstica, a história parece se repetir. Mesmo com o capital aberto, o Fleury não percebeu mudanças nos investimentos, ao menos por enquanto. “Não diminuímos nosso ritmo de crescimento em 2011. Mas, de qualquer maneira, o reflexo da instabilidade lá fora, tanto nos Estados Unidos como no mercado europeu, desperta a nossa atenção e isso vale para toda a macroeconomia brasileira. Mas, até agora, não fomos impactados e isso é muito explicado por conta da estabilidade econômica e controle inflacionário mais sólido, além da indicação de empregos formais que é um indicador importante para o nosso setor. O indicador diminuiu um pouco no segundo semestre, mas, ainda assim, houve uma geração de empregos formais, o que é relevante”, analisa o presidente da empresa, Omar Hauache.

Previsões
Para 2012, Agostini projeta um PIB de 4,2% e um cenário econômico mais tranquilo. “Esperamos o cenário internacional mais equilibrado ou não tão negativo. Não enxergamos uma deterioração forte, as notícias negativas devem ser mais brandas, atingindo menos os ouvidos dos consumidores”, explica.

A expansão será puxada pelo mercado interno, pelo consumo das famílias e aumento do crédito. “O setor de saúde tende a ser beneficiado com o aumento de clientes de saúde suplementar e com investimentos, como é um setor que importa muitos equipamentos e máquinas, isso contribui para a movimentação de investimentos”, analisa Agostini.

Se depender de más notícias, os ruídos serão menores. Pelo menos é o que aponta o Índice de Expectativas das Famílias de dezembro, do IPEA. O indicador subiu para 67,2 pontos em dezembro de 2011. Em 2010, o número fechou em 64,6 pontos. Tal índice, de acordo com o instituto, reflete os seguintes fatores: melhor expectativa no mercado de trabalho, ampliação da renda associado ao aumento do salário mínimo e previsões de redução das taxas de juros e diminuição do grau de endividamento, ou seja, os entrevistados acreditam que estão com dívidas menores.

Fenômeno ocorrido no início da crise global, em 2008 e 2009, quando os ruídos começaram a impactar o emprego, o usuário passou a utilizar mais os serviços de saúde temendo o desemprego. Segundo Ana Maria da GV Saúde, tal acontecimento não tem sido percebido no atual cenário econômico. “Esse foi um fenômeno ocorrido na crise anterior, podendo acontecer agora, caso ocorra redução da economia – e isso demora um pouco para surtir efeito -, e mudança cambial, refletindo na incorporação de tecnologia”.

Paula, da Apex, planeja atingir US$ 766 milhões em exportações até o final de 2012. O objetivo é seguir a crescente até alcançar US$ 1 bilhão em 2015. “Vamos fazer um trabalho do setor 2012-2013 com foco nos mercados México, Angola, Arábia Saudita, Peru, Índia, Rússia, Estados Unidos e Chile. Definimos que estes são os mercados alvos, a Europa é para a troca de tecnologia, até porque eles têm fabricantes lá.”

Para o Grupo Fleury será um ano de desafios. Após a total aquisição da Labs D´OR, 2012 será o ano de integração dos 57 centros de atendimento, 21 hospitais , 3 mil colaboradores e 500 médicos no Rio de Janeiro. Somando essa nova rede com os hospitais que já contam com os serviços da marca, o modelo de serviço dentro de instituições passa a ser representativo no faturamento da marca, o equivalente a 11% em 2011 e a expectativa é que o modelo de negócio represente entre 15% a 16% em 2012.

“Temos um know-how acumulado de vários anos com atuação em hospitais conhecidos. Esse é um negócio que traz rentabilidade”, acredita Hauache. Mas esse ganho sempre vai depender do modelo de contrato com o hospital. Por exemplo, há hospitais onde o acordo engloba imagem e análises clínicas, em outros, é composto por um determinado mix de exames, podendo ser, ainda, composto por exames que atendam só a alta complexidade.

“É uma situação ganha – ganha , o core business do hospital, no geral, não é a atividade diagnóstica, e o nosso, é. Então, somos grandes provedores de serviços e, para nós, isso é um volume crescente, pois os hospitais têm expandindo muito e pegamos uma carona nesse crescimento. Dependendo do caso é comparável a uma unidade de rua”, analisa Hauache.

Quanto ao crescimento, o executivo garante que a expansão orgânica ainda é responsável por dois terços do negócio. Em 2011, foram 14 mil metros quadrados novos e 30, 8 mil metros quadrados vindos de aquisições, no caso, o Labs D´Or.

As incorporações não ficam de fora dos planos da companhia. “O mercado é pulverizado e temos negociações em curso. Miramos novas aquisições, mas de forma muito seletiva”, diz.

Por enquanto, André Rosas, da Hapvida, não fez revisão dos investimentos para 2012. No momento, a empresa trabalha com diferentes consultorias de mercado, estruturando um processo de governança corporativa e mirando, até o final de 2012, em um possível IPO ou na entrada de um fundo.

“Entendemos que o mercado é de concentração, existem grandes operadoras de saúde e precisamos ser grandes. Crescemos 22% em 2011, se comparado ao ano anterior, e nosso objetivo para 2012 é avançar entre 20% a 25%. Todo o planejamento estratégico e investimentos estão voltados para isso, de maneira orgânica e até por aquisição.” Rosas não revela o nome das empresas que estão na mira da companhia, mas garante que existem seis em avaliação.

Lições
Apesar das boas expectativas, o início da crise mundial em 2008 e todas suas consequências nos anos seguintes, inclusive os abalos na zona do euro, ainda estão frescos na memória dos executivos. Hauache, do Fleury, diz que seria imprudente não dar atenção ao cenário externo. “Lembro de 2008, foi preocupante e chegamos a revisar tanto orçamento quanto investimento. Mas, ao longo de 2009, percebemos o contrário, investimos mais do que o previsto. Isso é muito dinâmico, temos que estar atentos para ter uma reação imediata.”

Para Agostini, da Austin Rating, o início da crise em 2008 e 2009 deixa a experiência de não apostar todas as fichas no mercado externo. “A primeira coisa é a diversificação, com os olhos mais focados no Brasil, que tem uma economia em constante mudança.” Segundo o economista, o Brasil estando bem cria-se oportunidades aos países da América Latina, principalmente, aos mais estáveis em termos políticos como, por exemplo, a Colômbia.

Fonte SaudeWeb

Hospitais públicos: projeto isenta imposto para remédios e equipamentos

Proposta prevê ainda a isenção do IPI e do Imposto de Importação na compra ou importação de equipamentos e medicamentos para esses hospitais

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2919/11, do deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que reduz a zero as alíquotas do PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a receita bruta da venda de equipamentos e medicamentos utilizados por hospitais da rede pública.

A proposta prevê ainda a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Importação na compra ou importação de equipamentos e medicamentos para esses hospitais.

Segundo o autor, a proposta tem como objetivo pôr fim à controvérsia sobre o alcance da imunidade tributária concedida a hospitais da rede pública em relação a impostos e contribuições sociais federais incidentes sobre produtos adquiridos.

Nilson Leitão lembra que a Constituição proíbe a União, os estados e os municípios de cobrar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros.

“Entendemos que, além de apoiar o aperfeiçoamento dos serviços públicos de saúde oferecidos à população, a proposta contribui para aproximar nossa legislação do significado almejado pelo constituinte originário ao instituir aquela imunidade”, afirma o parlamentar.

O projeto está apensado ao PL 1871/11, que tem caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte SaudeWeb

SC: Hospital São José investe R$ 12 mi em ampliação

Projeto incluirá oito novas salas cirúrgicas, 20 leitos de UTI, uma Central de Material Esterelizado (CME), 24 leitos clínicos e Serviço de Métodos Gráficos

Com um investimento total de R$12 milhões, o Hospital São José, em Santa Catarina, vai fazer uma ampliação de 3,5 mil metros quadrados. A execução do projeto é iniciada por meio de convênio com o Governo do Estado, no valor de R$ 3 milhões. De acordo com a instituição, esse recurso é suficiente para as duas primeiras fases: demolição, fundação e estrutura de concreto, seguidas de estrutura metálica, que deixará o esqueleto pronto.

Segundo a diretora geral do HSJosé, Irmã Cecília Martinello, o hospital tem a esperança de que o Governo do Estado contemple a instituição com as demais etapas da obra estrutural. A parte de equipamentos para o Centro Cirúrgico, CME e UTI, mais mobília é pleiteada pela instituição junto ao Governo Federal. Projetos já foram protocolados no Ministério da Saúde e contam com o empenho de lideranças políticas da região para serem aprovados.

O projeto incluirá oito novas salas cirúrgicas, 20 leitos de UTI, uma Central de Material Esterelizado (CME), 24 leitos clínicos e Serviço de Métodos Gráficos.

A obra será a sequência da construção erguida em 2008, com a inauguração da UTI Cardiovascular. O projeto é assinado pela arquiteta Isabel Ienczak Zanette, que atua no segmento de arquitetura hospitalar.

Fonte SaudeWeb

Instituto de Psiquiatria do HC busca voluntários para pesquisa

Entre as pesquisas, estão incluídos os temas “Ciúme patológico”, “Memória e envelhecimento”, “Fobia de exame de ressonância magnética” e “Transtorno bipolar”.

O Instituto de Psiquiatria (IPq), do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), dispõe de vagas para participação de pacientes voluntários em diferentes grupos de pesquisa, nos quais também serão oferecidos tratamentos.

Entre as pesquisas, estão incluídos os temas “Ciúme patológico”, “Memória e envelhecimento”, “Fobia de exame de ressonância magnética” e “Transtorno bipolar”.

Segundo o IPq, “Ciúme patológico” está aberto a homens de 18 a 60 anos, que mantenham um relacionamento heterossexual há mais de quatro meses e que apresentem ciúme excessivo – especificamente aquele ciúme direcionado ao parceiro amoroso e que esteja prejudicando o relacionamento do casal. Não serão aceitos voluntários com sintomas psicóticos e usuários de drogas.

A pesquisa “Memória e envelhecimento” aceita voluntários de três faixas etárias: de 18 a 25 anos, de 40 a 55 anos e de 65 a 75 anos. Devem ter ensino superior completo ou incompleto e o estudo visa entender o impacto da idade no funcionamento cerebral e na memória.

Os participantes passarão por duas avaliações que incluem entrevista com o médico e exame de ressonância magnética. Para participar é necessário: ser destro, não apresentar problemas neurológicos, transtornos mentais ou psiquiátricos, não ter problemas com uso de álcool ou outras drogas, não fumar, não ter claustrofobia e não ter objetos metálicos no corpo. Inscrições e informações: pesquisacerebro@gmail.com.

“Fobia de exame de ressonância magnética” está aberto a homens e mulheres de 18 a 60 anos que tenham dificuldade ou recusa em realizar exame de ressonância magnética (fobia de espaços fechados), para participar de estudo no qual será oferecido tratamento baseado em novo modelo de terapia comportamental.

O estudo “Transtorno bipolar” aceita voluntários de ambos os sexos de 18 a 35 anos, com suspeita de transtorno afetivo bipolar (apresentando sintomas como depressão, mania ou estado misto), sem tratamento psiquiátrico prévio e sem história de uso de drogas. Os interessados devem residir em São Paulo.


Fonte SaudeWeb

Musculação pode ajudar no controle da pressão tão bem quanto à medicação

Aos 75 anos, Aparecida deixou completamente de lado, com o auxílio da musculação, os medicamentos inicialmente indicados para a hipertensão (Fotos: Breno Fortes/CB/D.A. Press)
Aos 75 anos, Aparecida deixou completamente de lado,
com o auxílio da musculação, os medicamentos inicialmente indicados para a hipertensão
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram que exercícios de força — essencialmente, musculação — realizados por portadores de problemas moderados de pressão arterial obtêm resultados benéficos semelhantes aos registrados pela medicação contínua. A descoberta derruba o mito de que apenas as atividades aeróbicas (como natação e caminhada) surtiam efeitos positivos para o controle do mal. Outro benefício constatado é que, mesmo quatro semanas após a suspensão do exercício, a redução da pressão se manteve estável.

O coordenador do estudo, o biólogo molecular Ronaldo Araújo, explica que na literatura médica já tinham sido comprovados os benefícios dos exercícios aeróbios no controle da hipertensão, embora não houvesse uma justificativa plausível para a não indicação da musculação para esses pacientes. “Essa parte era muito confusa. Apenas dois estudos pesquisaram os efeitos da musculação nesses pacientes e, mesmo assim, nada foi comprovado”, recorda. Foi isso que levou o biólogo molecular Milton Rocha de Morais a escolher o tema para a sua tese de doutorado em fisiologia do exercício.

Morais conta que reuniu 15 homens hipertensos com idade média de 46 anos e os acompanhou por seis semanas antes de iniciar o treino. Esses indivíduos tiveram os medicamentos para controle da pressão retirados gradativamente com acompanhamento de cardiologistas. Durante 12 semanas depois do período de preparação, esses pacientes treinaram musculação convencional — ou seja, cada exercício repetido três vezes, com carga moderada — e trabalharam sete grupos musculares: abdômen, pernas, parte interna e externa das coxas, ombros, bíceps e tríceps. “O treino foi realizado três vezes por semana em dias alternados, para que os músculos pudessem descansar”, atenta.

Os resultados foram animadores. A média anterior da pressão era de 153 milímetros sistólica e 96 milímetros diastólica. Com o treino, essa taxa caiu para 137/84, e os pacientes obtiveram também aumento da força física e da flexibilidade. Morais acredita que vários mecanismos podem ter influenciado no resultado final, entre os quais a vasodilatação ou o aumento de força. “Um outro estudo, que acompanhou hipertensos por 27 anos, comprovou que quanto mais massa muscular o hipertenso tem, mais tempo ele vive”, ressalta. Morais explica que o aumento de músculo permite que o paciente execute as tarefas diárias sem precisar fazer muito esforço.

Embora o estudo não tenha avaliado o benefício da prática em idosos, Morais acredita que os resultados podem não ser tão satisfatórios, pois as artérias já teriam sofrido tempo demais com o mal. “Mas isso não quer dizer que a musculação não tenha efeito positivo nesses pacientes. Acredito que o resultado varia de acordo com o método aplicado nessas pessoas”, especula.

Depois de se divorciar, a artista plástica Aparecida Abdalla, 75 anos, deu sinais de hipertensão. Ela conta que passou um período de tanto nervosismo que a pressão subiu, fazendo com que ela buscasse ajuda. O cardiologista dela foi enfático, prescrevendo medicação concomitante à atividade física. “Já se passaram seis anos. Os resultados foram ótimos, tanto que hoje não tomo mais remédio”, comemora. As vantagens das atividades foram tantas que, atualmente, Aparecida pratica os exercícios como tratamento para artrose no joelho. “Fui indicada para cirurgia, mas sei que esse procedimento não é garantia de sucesso. Estou reforçando os meus ligamentos e já percebo os benefícios”, diz.

Fonte Correio Braziliense

Campanha do GDF vai distribuir 1,8 milhão de camisinhas durante o Carnaval

Começou ontem (07/02) a campanha promovida pelo Governo do Distrito Federal para incentivar o uso de preservativos durante o Carnaval.

A campanha educativa, que tem o slogan "Neste carnaval seja qual for o seu parceiro use sempre camisinha”, irá distribuir aproximadamente 420 mil unidades extras de preservativos durante os dias de folia, somadas às 1,4 milhão unidades que são distribuídas mensalmente. A campanha educativa também estará no rádio, busdoors, painéis em pontos de ônibus, folders, cartazes, leques e outras mídias.

De acordo com o último boletim epidemiológico da SES/DF divulgado em outubro pela Gerência de DST/Aids e Hepatites Virais, os casos acumulados desde o início da epidemia, na década de 1980, até outubro de 2010, são de 255 pessoas infectadas. A taxa de incidência da Aids (número de casos novos) manteve o índice de 13,6 casos por 100 mil habitantes, o mesmo registrado em 2008.

Os jovens com práticas homossexuais de 15 a 24 anos são o principal foco da campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval deste ano. Isso porque, de 1998 a 2010, o percentual de casos entre a população homossexual inserida nessa faixa etária subiu 10,1%, conforme boletim epidemiológico de 2011.

Em todo o país, no ano passado, para cada 16 jovens com prática homossexuais portadores do vírus HIV, haviam 10, na mesma situação com práticas heterossexuais. Em 1998, esse número era de 12 jovens para cada grupo de 10.

O sexo sem preservativo continua sendo a mais importante forma de transmissão do HIV. Registrou-se o aumento do número de casos (tanto absoluto como percentual) na transmissão heterossexual e declínio dos casos provocados por uso de drogas injetáveis.

Entre pessoas do sexo masculino, observa-se uma estabilização na proporção de casos nas categorias homo e bissexual. A transmissão via sexual em mulheres vem representando quase a totalidade dos casos: 94,8%, em maiores de 13 anos.

Vale lembrar que o uso persistente da camisinha previne também contra a gravidez não desejada, contribuindo para a redução de Hepatites a Sífilis e outras formas de Doenças Sexualmente Transmissíveis

Informações da Secretaria de Saúde do DF

Fonte Correio Braziliense

Gestão das UPAs será terceirizada para melhorar condições de atendimento

UPA de Samambaia: com a terceirização, o governo espera resolver problemas como a falta de pessoal (Breno Fortes/CB/D.A Press - 11/5/11)
UPA de Samambaia: com a terceirização, o governo espera
resolver problemas como a falta de pessoal
Gestão das quatro unidades de média complexidade que estão prontas e de outras 10 ficará por conta de uma organização social

Para resolver as falhas de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Samambaia e conseguir abrir outras 13 até o fim do ano, o governo decidiu terceirizar a gestão das UPAs. A Secretaria de Saúde lançou ontem um edital para convocar empresas interessadas em construir e gerir 10 novos pontos de atendimento de média complexidade, além de 30 clínicas de família. Nos próximos dias, o GDF também vai abrir um processo de concorrência para escolher uma organização social que ficará responsável pelas quatro UPAs que já estão prontas.

A empresa vencedora fará a gestão das unidades do Recanto das Emas, do Núcleo Bandeirantes e de São Sebastião, além do centro de atendimento de Samambaia, que já está de portas abertas há um ano. A expectativa do governo é que os quatro centros comecem a funcionar no começo de abril, nos moldes da terceirização. As 10 UPAs que ainda não têm estrutura pronta devem ser inauguradas até dezembro.

A decisão de terceirizar as unidades foi divulgada pelo governo um dia depois que o Conselho Regional de Medicina ameaçou interditar o centro de Samambaia, por condições precárias de trabalho. Em inspeção no local, o CRM e o Sindicato dos Médicos do DF constataram que faltam profissionais, ambulâncias, remédios e segurança para as equipes. Sob o risco de desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Secretaria de Saúde está impedida de contratar novos funcionários. Assim, a terceirização foi a única saída encontrada pelo governo para acabar com os problemas no local.

Fonte Correio Braziliense

Justiça obriga SUS a fornecer alimento especial a bebê alérgico

Família do Paraná diz não ter condições de arcar com os gastos

A União, o Estado do Paraná e o município de Campo Mourão devem fornecer alimento especial para um bebê de três meses que sofre de alergia a todos os tipos de leite.

A determinação da obrigação solidária, confirmando liminar expedida aos pais da criança, partiu do desembargador federal Vilson Darós, da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A decisão é do dia 3 de fevereiro.

Alguns dos sintomas causados pela alergia alimentar são coceira na boca, dor estomacal, vômito, diarreia, queda de pressão arterial, choque anafilático, irritação na pele e falta de ar.

A dieta especial, segundo os médicos, deveria ser à base do suplemento em pó Pregonin Pepti ou Alfaré. A fórmula seria o único alimento possível para a criança. Como cada lata custa R$ 85 e, em um mês, são consumidas dez latas, a família, cuja renda mensal era de R$ 1.257, não conseguiria arcar com o valor.

Ao pedir na Justiça que o SUS (Sistema Único de Saúde) custeasse o alimento, os pais da criança obtiveram decisão liminar. A União, então, recorreu ao tribunal, alegando não ser responsável pelo pagamento, e sim o governo estadual.

Mas o desembargador Vilson Darós manteve a decisão. Segundo ele, a participação solidária dos três entes federativos é regrada pela Constituição Federal, que estabelece a gestão tripartite do SUS.

- É importante considerar que a requerente, de apenas três meses, encontra-se em estágio de vida que inspira cuidados mais intensos com a saúde, diante da maior fragilidade apresentada pelos bebês. Nessa fase, a ingestão de todos os nutrientes necessários é fundamental para o adequado desenvolvimento físico e mental do ser humano.

Entretanto, o desembargador determinou que fosse realizada perícia médica, a fim de averiguar a real indispensabilidade do medicamento, com a busca de uma alternativa entre os produtos inscritos na lista de fornecimento gratuito do SUS.

Fonte R7

Atletas explicam como lidam com a TPM durante as competições

Avanços da medicina trouxeram mais conforto e segurança às esportistas

Mulheres atletas precisam vencer os limites do corpo. E quando o esporte é coletivo nada pode dar errado. Neste caso, ficar de TPM não é permitido. O esporte pode ser coletivo, mas o tratamento é individual, como você vai ver na segunda reportagem da série "Cuidado: a TPM vem ai”, do Jornal da Record.

Por conta dos benefícios da atividade física no corpo humano a incidência de tensão pré-menstrual entre atletas mulheres é bem menor do que entre mulheres comuns. Poderia ser uma boa noticia se os efeitos da TPM para elas não interferissem tanto na rotina, nos treinos, nas grandes competições. Basta uma atleta, uma TPM daquelas pra desequilibrar o time inteiro.

Há pouco mais de uma década, os novos métodos pra lidar com a TPM eram vistos por muitas atletas com uma certa preocupação.

O conhecimento e os avanços na medicina com remédios e implantes de ultima geração trouxeram mais conforto e segurança a quem precisa do corpo em plena forma o tempo todo.

Veja abaixo matéria completa do Jornal da Record.

Assista:

  Fonte R7

Hospital do Mandaqui (SP) amplia 70% do atendimento

Complexo ganha 150 leitos e dobra capacidade da UTI adulto

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo entregou nesta terça-feira (7), as obras de reforma e ampliação do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, maior hospital público da zona norte da capital paulista. O número de leitos passa dos atuais 300 para 450.

Com investimentos de R$ 65 milhões em reformas, obras e novos equipamentos, o hospital agora terá sua capacidade de atendimentos de urgência e emergência à população ampliada em 67%, além de dobrar o número de leitos de UTI adulto e aumentar o número de cirurgias de 4,8 mil para 7,2 mil por ano.

Além da reforma para modernização de antigos pavilhões, também foi construído uma nova área no complexo, com 8,4 mil m², que inclui áreas de internação geral com 150 leitos, auditório para 104 pessoas, salas administrativas e um heliponto para recebimento dos resgates aéreos que proporcionará maior agilidade para os casos de traumatologia encaminhados para a unidade.

Mais de 20 mil m² de área passaram por obras em todo o complexo hospitalar. No Pavilhão Miguel Pereira, edifício principal do complexo que abriga em seus sete andares as unidades de internação geral, diagnósticos, pronto atendimento, pronto-socorro e centros cirúrgicos e obstétricos, além da modernização das áreas já existentes, foram criados mais nove consultórios para atendimento, oito salas cirúrgicas e oito boxes de para atendimento a traumas. As áreas de internação e os quartos de trabalho de parto também foram ampliados.

No edifício principal ainda foi implantada uma moderna área para a realização de exames de endoscopia, colonoscopia e broncoscopia e uma unidade de diagnósticos por imagem que poderá aumentar a capacidade de produção de exames internos e externos do hospital em até 40%.

Com a reforma, os leitos de UTI adulto passam de 22 para 44, além de mais sete leitos de UTI infantil, totalizando 13. O centro cirúrgico também foi ampliado, e de 6 passa a ter 10 salas modernas e equipadas.

A ampliação do Mandaqui, juntamente com a contratação de novos profissionais, que está em andamento, permitirá aumentar o número de consultas de pronto-socorro de 15 mil para 25 mil por mês.

A área infantil também foi reformulada e agora conta com enfermarias exclusivas para crianças, com até 15 anos, vítimas de trauma, uma sala de aula e uma brinquedoteca destinada à realização de atividades lúdicas.

Além do Pavilhão Miguel Pereira e da nova área construída, a portaria principal, os alojamentos dos funcionários e o sistema de geradores também foram reformados.

“O Conjunto Hospitalar do Mandaqui é um serviço de grande importância para a cidade de São Paulo, sendo referência, principalmente, nos atendimentos de urgência e emergência para vítimas de acidentes graves. Esta reforma é fundamental para modernizar e ampliar a assistência prestada à população”, afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.

Fonte R7

Campanha amputa perna no Photoshop e causa polêmica nos Estados Unidos

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Uma campanha impactante contra o açúcar provocou polêmica nos Estados Unidos ao amputar, no Photoshop, a perna de um ator. Tudo isso com o intuito de dizer que ele perdeu o membro por ter exagerado no açúcar e ter acabado com sérios problemas oriundos do diabetes. Acima, você pode ver o cartaz da campanha, dizendo que a quantidade dele de açúcar aumentou - e o diabetes também. Ao lado, a foto original, em que ele tem as duas pernas.

Confira outros comerciais tão chocantes e polêmicos, contra as drogas, quanto este:

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O "pai" delas é este aqui. Campanhas fortes como essa já fazem parte do histórico norte-americano. Uma das primeiras do gênero foi a do ovo, usada há mais de 20 anos. Um homem colocava um ovo em uma frigideira e dizia: "esse é o seu cérebro com as drogas". Veja o vídeo

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Contra o tabagismo: este homem, chamado Rolando Martinez, mostrava o buraco permanente em sua garganta que o fumo provocou. Ele tem que limpar diariamente - e sua vida não é mais a mesma. Dá para dizer que é impressionante e repulsivo. Porque é exatamente este o intuito do comercial. Afastar as pessoas do cigarro chocando-as. Veja o vídeo

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Esse aqui também é contra o cigarro. Marie, uma mulher do Bronx, em Nova York, teve os dedos amputados por conta de doenças relacionadas ao cigarro. Ela dá seu testemunho no comercial e mostra o que sobrou dos dedos.

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O projeto contra metanfetamina é bem forte - e extenso. Um dos vários comerciais mostra a história de um jovem que deixa outros homens dormirem com sua namorada em troca de dinheiro, para que ele possa bancar o vício nas drogas. Veja o vídeo

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A imagem acima, também publicada no jornal New York Times, como as anteriores, é de um anúncio sobre heroína, mostrando os efeitos devastadores que ela pode ter.

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Mais um do projeto contra metanfetamina. Neste, a garota entra no chuveiro para tomar banho e se depara com sua versão do futuro, após o uso das drogas, "acabada" no chão do box. Veja o vídeo

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Como resumir o que é o consumo de cocaína? Neste comercial, o homem vai ao banheiro de uma balada, abre o próprio cérebro, tira um pedaço e cheira com uma nota de dinheiro. Você está consumindo seu cérebro, basicamente. Esta é a mensagem. Veja o vídeo

Reprodução

Mais um pesado: nesta cena, o homem está morto no chão do banheiro, enquanto sua mulher chora sobre ele... Veja o vídeo

Fonte R7

SP tem recorde de radiação e calor

Madrugada foi a mais quente do ano e o índice de radiação chegou ao topo; tempo seco deixou cidade em atenção

SÃO PAULO - O calor do verão finalmente chegou para valer a São Paulo. Depois de uma semana com temperaturas máximas acima dos 30ºC, a capital paulista atingiu nesta segunda-feira, 6, o nível máximo de radiação ultravioleta (UV), no início da tarde, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). A previsão para os próximos dias é de que a radiação continue alta pelo menos até domingo.

Em excesso, os raios UV podem causar queimaduras de pele e até câncer. Para se prevenir, o mais indicado é evitar o sol entre 10h e 16h, horário em que a radiação atinge o pico. O uso de protetor solar com alto fator de proteção é recomendado, além de bloqueios naturais à luz do sol, como chapéus e óculos escuros.

Os cuidados devem ser dobrados caso a exposição ao sol se repita por vários dias. Em uma escala de 1 a 14, a previsão do CPTEC é de que a radiação chegue a 14 em todos os dias desta semana por causa da grande incidência da luz do sol. Esse fenômeno tem garantido temperaturas recordes nos últimos dias. A madrugada de ontem, por exemplo, foi a mais quente do ano. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 22ºC de temperatura mínima na região do Mirante de Santana, na zona norte da capital. O recorde anterior na madrugada havia sido de 21,2ºC, em 5 de fevereiro e 14 de janeiro.

A temperatura à tarde também foi alta e atingiu 32ºC no pico, mas ainda foi mais baixa do que a máxima registrada no dia 4: 33,3ºC. O calor levou muita gente aos parques da cidade, como a modelo Letícia Birkheuer, que foi ao Parque Ibirapuera com o filho, João Guilherme, e a babá.

Tempo seco. Outra mudança meteorológica dos últimos dias foi a queda na umidade relativa do ar. Ontem, a cidade entrou em estado de atenção por causa do tempo seco. A marca atingiu 27% no fim da manhã, segundo a Defesa Civil - o ideal é acima de 30%. Em épocas de chuva, como o verão, não é comum que a umidade do ar fique assim baixa. Além de causar aumento nos níveis de dióxido de enxofre e material particulado, ela propicia surgimento ou agravamento de doenças respiratórias, cardiovasculares e oculares.

Como lidar com a radiação UV
- Quando o nível de radiação chega a 14, como ontem, a necessidade de proteção é intensa. Use filtro solar de alto fator de proteção para evitar exposição excessiva à radiação ultravioleta, que pode causar queimaduras de pele e câncer.

- Proteção física que bloqueie a luz solar também é essencial. Chapéus e bonés são ideais, além de óculos escuros para evitar lesões oculares.

- Evite sair de casa entre 10h e 16h. Nesse período, com o sol a pico, a radiação ultravioleta chega à sua intensidade máxima.

- Hidratação é essencial, principalmente quando o tempo também está seco. Beba muita água (pelo menos 2 litros por dia), para evitar ressecamento das mucosas.

- Grande altitude requer cuidados extras. Se for viajar para algum lugar alto, os cuidados devem ser redobrados.

Fonte Estadão

Marialva sem dengue!

Efetividade do Xgeva é posta em dúvida para tratamentos contra câncer

Remédio já está aprovado para prevenção de fraturas em ossos cancerosos

A Administração de Alimentos e Remédios dos EUA (FDA, na sigla em inglês) informou que ainda não sabe se aprovará o uso do remédio Xgeva, usado para impedir fraturas e em tratamentos de câncer.

O uso de Xgeva já está aprovado em injeções para a prevenção de fraturas em ossos cancerosos sob uma formulação diferente, chamada Prolia, em casos de osteoporose.

Um estudo realizado pela Amgen - empresa de biotecnia americana que produz o tratamento - em 1.432 pacientes de câncer de próstata e que tinham deixado de responder ao tratamento com hormônios, revelou que o remédio adiou em mais de quatro meses a disseminação do câncer nos ossos em relação aos pacientes que receberam um placebo.

A FDA indicou em comunicado que deve determinar se esse atraso representa "uma medida adequada de benefício clínico", já que o remédio não contribui para alongar a vida dos pacientes ou a atrasar o progresso do câncer de próstata.

Além disso, 5% dos pacientes que usaram o Xgeva sofreram de osteonecrose, morte do osso por falta de irrigação sanguínea, na mandíbula.

Um comitê assessor deverá se pronunciar na quarta-feira sobre se considera conveniente recomendar o uso do remédio para impedir que o câncer se estenda aos ossos. A FDA se pronunciará depois da decisão do comitê.

Fonte Estadão

Programa antitabagismo tem índice de sucesso acima da média

Após 13 meses, 35% dos fumantes conseguiram permanecer longe do cigarro; média é de 27%

O alto índice de sucesso alcançado pelo Programa Antitabagismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Presidente Prudente foi destaque na última edição do Congresso Europeu de Pneumologia, realizado na Holanda.

Como outras iniciativas do gênero, o programa coordenado pelas professoras Ercy Ramos e Dionei Ramos, do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Ciências e Tecnologia, alia terapia de grupo, medicamentos e acompanhamento multidisciplinar.

Após 13 meses de tratamento, 35% dos fumantes inscritos conseguiram permanecer longe do cigarro. A média de programas semelhantes, segundo a literatura científica, é de 27%. No caso de pacientes que fazem apenas tratamento com remédios, de 6% a 12% conseguem abandonar o vício. Entre aqueles que tentam parar sozinhos, o índice de sucesso é de 2%.

“Acredito que nossos resultados são melhores porque passamos mais tempo com o fumante no início do processo, que é quando ele mais precisa de apoio”, disse Ercy.

Nos primeiros dois meses, explicou, o fumante participa de dois encontros semanais, com uma hora de duração cada. “Nos outros programas, as sessões costumam ocorrer apenas uma vez por semana”, contou.

Essas reuniões são uma espécie de terapia de grupo, em que os fumantes falam sobre suas dificuldades e os psicólogos e demais profissionais dão dicas para driblar a vontade de fumar. “A dependência química pode ser resolvida com terapia de reposição nicotínica, mas o fator psicoemocional é muito difícil de vencer”, disse.

Antes de começar o programa, os pacientes passam por avaliações físicas e psicológicas. “Fisioterapeutas fazem testes para avaliar as condições do sistema respiratório, capacidade física, nível de ansiedade, depressão e qualidade de vida. Com isso, calculam o grau de motivação para largar o cigarro. Isso nos permite identificar quem necessita de abordagem diferenciada”, explicou Ercy.

O sexto encontro, na terceira semana, é a data estipulada para o abandono do cigarro. “Os dias seguintes são os mais difíceis por causa da síndrome de abstinência. Quanto mais próximos estivermos, melhor”, afirmou. No terceiro mês, as reuniões passam a ocorrer a cada 15 dias e, a partir do quinto mês, tornam-se mensais.

Pesquisas
Embora o objetivo principal do programa seja ajudar os fumantes a abandonar o vício, a equipe da Unesp realiza paralelamente diversas pesquisas relacionadas ao processo de parar de fumar.

Em um desses estudos - intitulado "Transporte mucociliar nasal e função pulmonar de indivíduos fumantes e abstêmios de um programa de orientação e conscientização Antitabagismo" e financiado pela FAPESP -, os pesquisadores conseguiram mostrar, pela primeira vez, que o transporte mucociliar de indivíduos fumantes volta ao normal 15 dias após o último cigarro.

O transporte mucociliar é o principal mecanismo de defesa das vias respiratórias. Esse sistema é responsável por levar bactérias, vírus, alérgenos e poluentes em direção à orofaringe, onde são engolidos. Quando ele não funciona adequadamente, aumenta a suscetibilidade a infecções respiratórias.

“Sabíamos que nos fumantes o transporte mucociliar fica mais lento, mas queríamos descobrir se quando a pessoa para de fumar o sistema se recupera e quanto tempo isso demora para ocorrer. Em artigo que publicamos na revista Respirology, mostramos a reversibilidade do transporte mucociliar em indivíduos que estão num programa antitabagismo”, disse Ercy.

Em outro artigo, publicado na Revista Portuguesa de Pneumologia, os pesquisadores demonstraram o efeito imediato e em curto prazo do cigarro no transporte mucociliar.

“Verificamos que logo após fumar o sistema fica tão rápido quanto o de não fumantes. Mas, quando os voluntários eram avaliados oito horas depois do último cigarro, o funcionamento dos cílios estava muito mais lento”, contou a pesquisadora.

Para medir a velocidade do transporte mucociliar, os cientistas colocam 2,5 microgramas de sacarina na narina direita dos voluntários e observam quanto tempo eles levam para sentir o gosto do adoçante. Esse teste é chamado Tempo de Trânsito de Sacarina (TTS).

“Um não fumante leva entre 12 e 15 minutos para sentir o gosto. Os tabagistas levam, em média, 20 minutos”, disse Ercy.

A equipe iniciou um novo projeto financiado pela FAPESP, "Resposta aguda do transporte mucociliar de tabagistas frente ao exercício aeróbio moderado ", que tem como objetivo testar a hipótese de que atividade física desempenha papel protetor para fumantes e portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

“Sabemos que exercícios físicos moderados melhoram o transporte mucociliar em pessoas saudáveis. Agora, vamos avaliar se tabagistas reagem da mesma forma ao estímulo físico”, explicou Ercy.

Fonte Estadão