Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 12 de março de 2012

Entenda os riscos de adotar uma dieta "detox" por conta própria

Dietas que prometem desintoxicar o organismo e eliminar peso em pouco tempo podem ser prejudiciais se feitas sem orientação

As dietas desintoxicantes, conhecidas como "detox", permeiam a medicina chinesa há milênios, mas caíram no gosto popular depois que estrelas como a atriz Gwyneth Paltrow e a cantora Beyoncé enxugaram os quilos extras à base de sucos, água mineral e chás de efeito laxante. A partir daí, o perigo passou a rondar a saúde de milhares de ocidentais que, por conta própria, buscam o corpo perfeito em um cardápio hipocalórico (com menos calorias do que o exigido pelo ritmo normal de cada pessoa) e absolutamente pobre do ponto de vista nutricional.

Médicos nutrólogos que indicam os métodos de desintoxicação orgânica alertam que o objetivo deles é eliminar as substâncias nocivas que entram no organismo pela ingestão de alimentos não saudáveis. Esses especialistas são unânimes: as detox devem ser bem indicadas e fazem parte de um planejamento detalhado, que avalia necessidades individuais.

O médico naturalista Augusto Vinholis diz que a expressão "detox" é apenas um modismo. A verdadeira desintoxicação orgânica demanda um programa no qual a restrição alimentar é apenas o primeiro passo para se tratar doenças nem sempre percebidas e educar o organismo para a ingestão de produtos benéficos, conquistando qualidade de vida.

Segundo ele, todos os dias as pessoas entram em contato com elementos venenosos para a máquina humana. Entre os vilões estão o açúcar, o sal, o álcool, as gorduras, o ar poluído, o cloro da água tratada, os conservantes, os resíduos da carne vermelha, as noites maldormidas, o estresse e tudo o que prejudica corpo e mente.

— A simples ingestão de líquidos não traz benefícios. A dieta deve ser feita por cinco dias, com acompanhamento médico — pontua.

Vinholis explica que práticas terapêuticas como shiatsu, massagem linfática, ginástica, hidroterapia, ventosaterapia, acupuntura auricular, hidrocolonterapia e massagem ayurvédica são essenciais para o tratamento. São elas que facilitam a faxina, a retirada das toxinas nos órgãos.

— Com a dieta orientada, o corpo entra em repouso, fica limpo. As terapias complementares proporcionam a revitalização. Feito em clínicas, o programa de desintoxicação é uma UTI natural. O paciente tem atenção 24 horas por dia. O corpo reage às mudanças e isso deve ser acompanhado — reforça.

Nos três primeiros dias do tratamento, são oferecidos sucos variados. A partir do quarto dia, frutas, saladas e alimentos cozidos e crus.

— Depois, o organismo deve ser reconstituído com vitaminas e sais minerais. Primeiro o livramos dos radicais livres, depois oferecemos a ele os antioxidantes. A perda de peso é natural, mas vem com saúde — garante.

Ela aprovou
A advogada Mariana Niquel, 27 anos, é adepta da dieta "detox" oferecida pela empresa Substância, uma das mais tradicionais do Estado no ramo de congelados light. Ela não se importa de, eventualmente, investir cerca de R$ 500 no kit de produtos que dura uma semana, para colher os benefícios da desintoxicação alimentar. O cardápio possui seis refeições diárias de baixa caloria e gordura, mas não restringe nutrientes e conta com apenas um dia só de líquidos.

Mariana conta que não recorre ao artifício porque quer emagrecer, mas, sim, para se sentir melhor e ficar mais disposta.

— Uso pela saúde e para controlar o peso, mas também para renovar o organismo, o que proporciona uma sensação de bem-estar. A pele fica linda, lisinha — diz Mariana.

Segundo a diretora da Substância, Helena Tonetto, a procura pelo "SPA Detox" cresceu 65% em relação aos programas de emagrecimento tradicionais da casa, desde que foi lançado, em outubro do ano passado. A promessa é desintoxicar, hidratar e auxiliar no emagrecimento.

—Uma cliente nossa perdeu três quilos, mas varia bastante — revela Helena.

Para quem tem curiosidade em saber no que consiste o "cardápio detox", vale saber que ele é farto em hortaliças, castanhas e sementes. As frutas também são bem-vindas. Mas o limão é o queridinho da dieta.

— Apesar do sabor ácido, essa fruta tem ação alcalinizante, o que melhora o funcionamento do organismo como um todo. Além disso, é rico em terpeno, substância que ajuda o fígado a eliminar as toxinas — afirma Isabel Jereissati, nutricionista do Spa Casas Brancas, em Búzios.

O objetivo, segundo os especialistas, é eliminar substâncias químicas e alimentos que sobrecarregam o organismo, livrando-o de toxinas e restabelecendo seu equilíbrio.

Em busca do reequilíbrio
O médico José Humberto Gebrimm, nutrólogo pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), garante que o segredo é o equilíbrio e que a desintoxicação é importante para preparar o corpo a receber os alimentos saudáveis.

— As restrições não devem ser absolutas e são feitas por um curto período de tempo, três dias no máximo, que podem ser repetidos periodicamente. Depois disso, o paciente aprende a moderar sal, açúcar, farinha de trigo e gorduras. Não é preciso tomar somente líquido para atingir resultados significativos — acredita.

Gebrimm revela que atende diariamente homens e mulheres que passaram por falsas dietas desintoxicantes, maus exemplos capazes de debilitar e produzir efeitos desastrosos no organismo.

— É claro que se perde peso. Mas esse é um comportamento de risco e os quilos perdidos voltam revigorados. O interessante é conquistar os bons hábitos e se exercitar sempre. O equilíbrio vem nas duas esferas: corporal e emocional — afirma o médico.

Fonte Zero Hora

Sindicância do Cremers para apurar mortes de bebês em Canguçu deve ser concluída até final do mês

Sindicância do Cremers para apurar mortes de bebês em Canguçu deve ser concluída até final do mês Nauro Júnior/Agencia RBS
Foi aberta na manhã desta segunda-feira, pelo Conselho Regional de Medicina (Cremers), uma sindicância para apurar a morte de bebês que estiveram internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital de Caridade de Canguçu, no sul do Estado — interditada pela Secretaria Estadual da Saúde no final de fevereiro.

A previsão do presidente da instituição, Rogério Wolf de Aguiar, é de que até o final do mês de março seja concluída a sindicância.

Nesta segunda-feira, foram disparados uma série de ofícios pedindo explicações sobre o caso: para o hospital, secretaria de Saúde do Estado e Ministério Público. Nos três meses de funcionamento, morreram 12 dos 45 recém-nascidos que receberam atendimento no local, número seis vezes maior do que a média em outras unidades do gênero no Estado.

Durante esta semana uma equipe do Conselho fará inspeção no local. De acordo com Wolf de Aguiar, a investigação vai tratar somente sobre a atividade médica e deverá esclarecer se as mortes ocorreram em função de falhas cometidas pelos profissionais que trabalhavam na UTI Neonatal.

- Não podemos antecipar punições. Essa sindicância tem dois caminhos: o arquivamento, se nada ficar provado, ou a abertura de um processo, que aí sim irá julgar a conduta médica - esclarece o presidente da instituição.

Além do Cremers, o caso é investigado também pelo Ministério Público Estadual. Um inquérito conduzido pela promotora de Canguçu, Camile Balzano de Mattos, foi instaurado na semana passada.

Estão sob análise, entre outras questões, as condições médico-sanitárias, higiene, equipamentos utilizados, tecnologia para diagnóstico e tratamento, além da equipe.

O superintendente do Hospital de Caridade de Canguçu, Fernando Gomes, e o chefe da UTI Neonatal, Benhur Batista, não foram encontrados para se manifestar sobre as investigações.

Fonte Zero Hora

Britânico paralisado ganha direito de pedir à Justiça para morrer


Tony Nicklinson (Foto: PA/BBC)
Tony Nicklinson (Foto: PA/BBC)
O britânico Tony Nicklinson, que está completamente paralisado e se comunica apenas através de movimentos dos olhos, ganhou nesta segunda-feira (12) o direito de pedir à Justiça o suicídio assistido.

Um derrame em 2005 deixou Nicklinson, de 58 anos, com a chamada 'síndrome de encarceramento', incapaz de realizar qualquer movimento à exceção dos olhos -- e incapaz de se suicidar sem ajuda.

Ele quer que a Justiça britânica dê proteção legal a algum médico que o ajude a encerrar sua vida.

O Ministério da Justiça argumenta que uma decisão favorável a Nicklinson significaria mudar as leis em relação aos assassinatos.

A decisão da Suprema Corte significa que Nicklinson poderá levar seu caso adiante e que a Justiça poderá analisar em audiência as evidências médicas em relação ao seu caso.

A 'síndrome do encarceramento' deixa as pessoas com corpos paralisados, mas mantém o funcionamento do cérebro e a capacidade de raciocínio intactos.

'Atitudes do século 20'
Após a decisão da Justiça nesta segunda-feira, a mulher de Nicklinson, Jane, leu à BBC um comunicado de seu marido.

'Estou satisfeito com o fato de que as questões relacionadas à morte assistida possam ser discutidas no tribunal. Os políticos e outros não podem reclamar de os tribunais serem fóruns de debate se os políticos continuarem a ignorar uma das mais importantes questões que a nossa sociedade enfrenta hoje', afirmou.

'Não é mais aceitável que a medicina do século 21 seja governada pelas atitudes do século 20 em relação à morte', completou.

Nicklinson, que se comunica por meio do movimento dos olhos, com a ajuda de um quadro eletrônico ou de um computador especial, afirmou anteriormente que sua vida era 'sombria, miserável, humilhante, indigna e intolerável'.

Sua mulher afirmou que o marido 'somente quer saber que, quando o momento chegar, ele tem uma saída'.

'Se vocês soubessem o tipo de pessoa que ele era antes, saberiam que a vida assim é insuportável para ele', disse.

Ela afirmou ainda não saber quando o marido quer realmente morrer. 'Suponho que seja quando ele não suportar mais', comentou.

Fonte G1

Remédio inibe reprodução do vírus do herpes e pode evitar lesões na pele

O herpes faz pelo menos 640 mil novas vítimas todo ano no Brasil. Para ser transmitido, o vírus precisa apenas de alguns segundos de contato entre uma pessoa e outra. Depois do contágio, não tem mais volta: você vai carregá-lo pelo resto da vida.

Diferente do vírus HIV, que não é transmitido apenas pelo contato, o do herpes pode ser passado apenas através de um beijo. A doença não tem cura, mas se a pessoa tiver o sistema imunológico forte, consegue evitar novas crises e lesões.  Além disso, o medicamento na hora certa pode evitar também o surgimento das feridas.

Na primeira vez que o herpes aparece, a lesão vem com muito mais força porque pega o sistema imunológico despreparado. O vírus é uma ameaça que o corpo não conhece, portanto não consegue impedir e demora a se defender, deixando o organismo mais vulnerável. Nas próximas infecções, o corpo se acostuma e consegue amenizar as lesões com uma defesa mais eficaz.

info Bem Estar herpes (Foto: arte/G1)
A doença também pode ser transmitida da mãe com herpes genital para o bebê no caso de um parto normal. Nesse caso, é fundamental a cirurgia de cesária para evitar o contágio.

Segundo o infectologista, Dr. Caio Rosenthal, o vírus pode ser transmitido mesmo que a pessoa não tenha a lesão aparente, mas no caso das lesões, é mais perigoso e é preciso cuidado.

Quem tem o vírus, é importante cortar do cardápio alimentos salgados e ácidos, como batata, pipoca, laranja, suco de limão e vinagre. Esses alimentos podem irritar ainda mais a herpes e aumentar a dor. Há três tipos da doença: o herpes labial, o genital e o zoster.

Herpes labial
O sol aumenta o risco de lesões da doença, portanto é importante utilizar protetores labiais para evitar as crises. Se você já está com a ferida, evite passar os protetores porque eles podem irritar ainda mais os lábios, aumentar a lesão e até espalhar o vírus.

Herpes genital
A camisinha pode ajudar a evitar a transmissão do herpes genital. Ela não é 100% segura porque protege apenas o pênis e a vagina, enquanto o vírus pode se espalhar pela virilha. O ideal mesmo evitar sexo quando há lesões, até porque pode causar ardor e incômodo no local.

Herpes zoster
É um tipo mais raro de manifestação da doença e acontece quando há uma reativação do vírus da catapora, o vírus varicella-zoster (VVZ). Isso acontece porque, depois de ter a catapora, o vírus não é completamente eliminado do corpo e fica em estado de latência. Quando adulta, a pessoa pode ter a eclosão do herpes zoster.

Por algum motivo como estresse, mudança hormonal ou imunossupressão, o vírus da catapora se reativa, levando ao aparecimento de vesículas em zonas muito dolorosas -- alguns pacientes não aguentam nem o vento nessas áreas. Além de coceira e ardor, esse vírus também pode causar dor de cabeça, febre e mal-estar.

Quando o herpes zoster surge, fica concentrada em um lado do corpo e não chega a ultrapassar o meridiano central do corpo. Os locais mais comuns em que ela aparece são: a região torácica (53% dos casos), cervical (20%), do trigêmeo (15%) e lombossacra (11%).

Tratamento
O aciclovir é o principal remédio para evitar o aparecimento das lesões causadas pelo vírus da herpes. O medicamento não mata o vírus, apenas impede sua reprodução. A hora certa de passar o remédio é quando a pessoa começa a sentir aquela sensação de coceira, calor e incômodo localizados. Se aplicado em tempo, o remédio inibe a reprodução do vírus e evita a criação de ferimentos na camada mais superficial da pele.

Muita gente aplica o remédio quando já está com a lesão e isso é errado porque, depois de 72 horas da fase do comichão e da coceira, o remédio já perde quase que completamente sua eficácia.

No caso da herpes zoster, também podem ser aplicadas vacinas imunoestimulantes que diminuem a frequência e intensidade da doença. É importante procurar o médico logo quando surge a doença.

Fonte G1

Circuncisão pode proteger contra câncer de próstata, diz pesquisa

Homens circuncidados tiveram 15% menos chance de desenvolver doença.Prática diminuiria infecções, que criam ambiente para células cancerígenas.

A circuncisão antes da primeira relação sexual masculina pode ajudar a proteger contra o câncer de próstata, segundo estudo publicado na revista científica da Sociedade Americana de Câncer.

A relação foi encontrada através da observação de 3.400 homens, dos quais cerca de metade tinha a doença.

De acordo com a pesquisa, os homens circuncidados antes da primeira relação sexual tiveram 15% menos chance de desenvolver câncer de próstata do que os não circuncidados. Para o autor do estudo, Jonathan Wright, do Centro Hutchinson, ainda serão necessárias pesquisas que comprovem a relação.

A circuncisão dificultaria o desenvolvimento de processos infecciosos e inflamatórios, que poderiam levar ao câncer. Um dos vetores dessas infecções são doenças sexualmente transmissíveis que, de acordo com pesquisas científicas anteriores, podem ser prevenidas com a circuncisão.

Inflamações crônicas provocadas por DSTs criariam ambiente propício para o desenvolvimento de células cancerígenas. Assim, ao eliminar o espaço sob o prepúcio que pode contribuir para a proliferação de patógenos, a circuncisão preveniria estas infecções e consequentemente o câncer de próstata.

Fonte G1

EUA: 'Como ele coube?', pergunta mulher após dar à luz bebê de 6,3 kg

Dois dias antes do parto na Califórnia, médico previu bebê com 5 quilos. Jayden Sigler teve quase o dobro do peso da irmã mais velha ao nascer

Um bebê nascido na semana passada em um hospital da cidade de Vista, na Califórnia, chamou a atenção da equipe médica e até da própria mãe. Cynthia Sigler deu à luz Jayden, um menino de 6,3 quilos.

Ao ficar sabendo do tamanho e do peso da criança após a cirurgia cesárea, a reação da mãe foi perguntar: "Como ele coube?", de acordo com o site do "North County Times".

Recuperada após o parto, ela contou que passou então a entender por que a gravidez vinha sendo tão incômoda. Dois meses atrás, o médico havia previsto que o bebê teria pouco mais de 4 quilos. Já em 6 de março, dois dias antes do nascimento, a previsão subiu para quase 5 quilos.

Jayden nasceu com quase o dobro do peso de sua irmã mais velha. A menina Jailyn nasceu com pouco mais de 3,2 quilos em 2009.

O bebê Jayden nasceu com 6,3 quilos em uma cidade da Califórnia' (Foto: Reprodução/North County Times)
O bebê Jayden Sigler nasceu com 6,3 quilos em uma cidade da Califórnia' (Foto: Reprodução/North County Times)

Fonte G1

Entrei em trabalho de parto durante um parto

  arquivo pessoal
Quando descobri que estava grávida, decidi trabalhar até o final da gestação. Sou obstetra e tinha pacientes com bebês para nascer, não iria deixá-las na mão. Era 22 de junho, estava com 39 semanas e quatro dias de gravidez... e um parto para fazer. Por volta das 23 horas, já na sala de cirurgia, comecei a sentir algumas dores. Pela minha experiência, sabia que eram contrações. Sim, entrei em trabalho de parto durante o parto de uma paciente.

As dores eram intensas e tinham ritmo. O doutor Julio Alzeier, obstetra-chefe, até falou: “Hoje você não está me ajudando tão bem, está acontecendo alguma coisa?”. Não tinha jeito. Quando as contrações vinham, acho que ficava diferente, e ele percebia. Mesmo assim, respondi que estava tudo bem. Primeiro porque sabia que um trabalho de parto é demorado, ou seja, ainda tinha tempo até o meu filho nascer. Depois porque quis deixá-lo tranquilo para terminar o parto da paciente. E tinha também outro fator importante. Quando estava na sexta semana de gravidez, o Julio, que era meu obstetra, brincou que o bebê iria nascer no dia do aniversário dele, 23 de junho – e eu não estava acreditando que isso fosse mesmo acontecer.

No final do parto da paciente, as contrações vinham a cada 10 minutos. Meia-noite saí do hospital e fui para casa, a 50 metros dali, de carro. Nesse pequeno trajeto, só conseguia pensar que ainda faltavam algumas coisas na mala do bebê e na minha. Cheguei, organizei tudo, tomei um banho e só então liguei para o Julio e acordei o meu marido, que é cirurgião cardiovascular. Fiz isso porque não queria deixá-lo agitado – não adiantou muito, porque aí ele ficou espantado de saber que eu não tinha avisado antes.

Então, duas horas depois, a mesma equipe com quem eu tinha feito o parto da paciente estava ajudando no nascimento do meu primeiro filho. Todos me perguntaram por que não tinha contado. Não falei nada porque não queria afobar ninguém. Cheguei no hospital com quatro centímetros de dilatação e, durante a madrugada, a bolsa estourou e evoluí para dez. Queria e tentei muito o parto normal, mas a equipe chegou à conclusão de que a criança era grande para a minha pelve. Pedro nasceu com quatro quilos às 10h15 do dia 23. Ao mesmo tempo que estava consciente, por ser obstetra, era a primeira vez que tinha a emoção de sentir na pele o que é ter uma criança. Posso dizer que me tornei uma médica melhor depois de ter vivido as sensações do parto.

O tempo que permaneci na maternidade foi de festa – no meu quarto nunca tinha menos do que 15 pessoas. Havia todo um contexto: os meus colegas de profissão estiveram presentes no parto, tive o Pedro no local onde trabalho e era também aniversário do Julio (atualmente somos sócios). Até hoje, todo 23 de junho, ele liga lá em casa para cumprimentar o Pedro. Aí já aproveito e dou os parabéns para ele também.

Ah, aquela paciente do dia 22 perguntou por que eu não tinha passado na visita do dia seguinte – ela e o marido não perceberam o que estava acontecendo. Os meus colegas disseram que era porque eu havia entrado em trabalho de parto e tido o meu filho horas depois. Ela quase não acreditou!

Fonte G1

Pesquisa aponta que 40% das brasileiras querem interromper fluxo menstrual

Belo Horizonte — Sempre rodeada de medos e mitos, a contracepção contínua já não é mais o bicho de sete cabeças que durante muitos anos levantou polêmicas. Se, antes, pensava-se que se livrar dos transtornos “daqueles dias”, parando de menstruar, seria um risco para a saúde feminina e uma afronta à natureza da mulher, hoje a história tomou outros rumos.

Grande corrente de médicos já recomenda, em seus consultórios, que pacientes que sofrem com a menstruação — sofrem com cólicas, inchaços ou mesmo tensão pré-menstrual (TPM) e não se adaptam ao sangramento — interrompam de vez o ciclo regular. Mesmo com o respaldo dos doutores, as brasileiras não estão tão convencidas disso e, apesar de sonharem com o “fim daqueles dias”, ainda têm um pé atrás para se livrar do sangramento de todo mês.

Essa vontade freada pela desconfiança foi mostrada em uma pesquisa do Instituto Resulta, feita em 2011, em quatro capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. Foram entrevistadas 340 mulheres de 18 a 30 anos, e o resultado surpreendeu: a cada 10, quatro declararam que gostariam de não menstruar, para se livrar das cólicas, desconfortos e todos os sintomas da TPM. No entanto, mesmo que 40% se mostrem incomodadas, apenas 19,3% revelaram já ter feito uso do método de contracepção contínua, que existe há 10 anos no país. A pequena porcentagem se justifica quando os pesquisadores apontam que 71,9% das voluntárias afirmaram desconhecer tratamentos que interrompem a menstruação.

Fonte Correio Braziliense

Governador Agnelo Queiroz reinaugura Centro de Saúde 1 em Brazlândia

O Centro de Saúde 1 em Brazlândia foi reinaugurado na manhã desta segunda-feira (12/3) pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Apesar da reinauguração ter acontecido apenas nessa segunda, o hospital vinha funcionando desde o início do ano. Ele foi interditado em abril de 2011. A reforma custou cerca de R$ 945 mil.

O governo investiu na parte elétrica, hidráulica e no saneamento do local. Também foi renovada toda a pintura do prédio e os móveis ainda serão trocados. O centro abrange uma região com população de 20 mil pessoas e atende diariamente quatro mil pacientes, a maioria vinda das cidades do Entorno.

No discurso, o governador disse que a reforma no Centro de Saúde 1 é mais uma etapa concluída de várias que o governo está fazendo para organizar a saúde no DF, além de diminuir as filas e a espera nos hospitais.

Fonte Correio Braziliense

Fórum Mundial da Água começa com alertas sobre escassez de água doce

Marselha - O Sexto Fórum Mundial da Água foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (12/3) em Marselha, no sul da França, com milhares de delegados que discutirão como encontrar soluções para garantir o acesso à água doce em condições sanitárias decentes para todos no mundo. Sob o lema "É hora de soluções", o Fórum, que reúne durante seis dias chefes de Estado e de governo, ministros e representantes de empresas e da sociedade civil de 140 países, foi inaugurado pelo primeiro-ministro francês François Fillon.

Esta reunião sobre a água, realizada a cada três anos, foi aberta com chamados de advertência das Nações Unidas de que a mudança climática e o crescimento demográfico provocaram um aumento da pressão sobre a água, o que obriga a repensar como satisfazer esta galopante demanda do líquido.
Manifestantes expõem faixa com os dizeres 'Fórum Mundial da Água, o mercado da sede' (Boris Horvat)
Manifestantes expõem faixa com os dizeres "Fórum Mundial da Água, o mercado da sede"
Declarando que "os desafios são imensos e os números são tenazes", o chefe de Governo francês lembrou que "o número de seres humanos que não têm acesso à água salubre são contabilizados em bilhões". E "o número de mortos a cada ano devido aos riscos sanitários é contado em milhões", acrescentou Fillon. "Esta situação não é aceitável", declarou o primeiro-ministro, que é também titular do ministério de Ecologia da França.

A reunião deverá ser concluída com propostas sobre como aliviar a crescente pressão sobre este valioso recurso e como repartir melhor a água potável, já que cerca de 800 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a ela. O alarmante estudo da ONU apresentado nesta segunda-feira diante do Fórum de Marselha ressaltou que as mudanças climáticas, com suas consequentes secas e inundações, estão agravando a situação da água, ao derreter as geleiras e provocar mudanças nos padrões de chuva, o que impacta seriamente nas fontes de água.

Fonte Correio Braziliense

Estudo relaciona saúde mental ao uso da camisinha

Dificuldade de lidar com o estresse seria característica de quem usa o preservativo

Uma pesquisa vem causando polêmica e repercussão em todo mundo. De acordo com um estudo da Universidade da Escócia (Reino Unido), pessoas que fazem sexo sem camisinha têm, em geral, uma saúde mental melhor do que aquelas que se protegem.

O estudo contou com a participação de 99 mulheres e 111 homens. Os voluntários responderam perguntas sobre o prazer obtido na hora do sexo, sobre o tipo de método contraceptivo que usavam e sobre o comportamento de cada um em relação às tarefas cotidianas. De acordo com os pesquisadores, ficou claro que aqueles que usavam camisinha apresentavam grandes problemas na hora de lidar com o estresse.

Segundo os cientistas, as pessoas que não usam camisinha nas relações sexuais conseguem manter uma postura mais madura diante de problemas do dia a dia e não se deixam levar por situações estressantes. Fatores que indicariam uma saúde mental melhor, quando o grupo foi comparado com os outros participantes.

"O uso de camisinha é fundamental para proteger a saúde. As DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são facilmente transmitidas e o uso da camisinha é a única proteção. Sem contar com o número de pessoas que são portadores de HIV", explica a ginecologista Rosa Maria Leme. "Não existe nenhuma ligação aparente entre a camisinha e a saúde mental. É preciso de tempo para afirmar qualquer coisa, por isso é imprescindível não deixar de se proteger jamais".

Fonte Minha Vida

Esterilização pode ser feita sem internação ou anestesia

Método essure de microimplantes é um dos mais modernos do mercado

Por Barbara Murayama

Estive em Barcelona, na Espanha, para o Congresso Europeu de Endoscopia Ginecológica. Lá participei de um curso na Universidade de Córdoba, para aperfeiçoamento da técnica de colocação do dispositivo em forma de "molinha", que é inserido dentro de cada uma das tubas por histeroscopia (através da vagina), para esterilização definitiva - uma alternativa excelente para a laqueadura, já que não requer nenhum corte, nem mesmo anestesia ou internação.

Infelizmente, aqui no Brasil, este dispositivo ainda tem um custo alto, mas ainda assim é uma excelente opção para quem já está com a família completa.

Lá na Espanha e em outros países da Europa, o microimplante já é mais utilizado que a laqueadura, até porque, em boa parte dos países, já está disponível na rede pública.

Só para se ter ideia, em Portugal, de 2006 para cá, 2.800 mulheres já se submeteram à esterilização definitiva por esse método. Para realizar a colocação desse dispositivo é preciso, em primeiro lugar, ser médico ginecologista com especialização em histeroscopia.

E também ter realizado um treinamento específico. Já havia feito treinamento em simuladores, no Brasil, e fui convidada a conhecer o serviço espanhol, acompanhando a rotina junto ao professor doutor Arjona e sua equipe, da Universidade de Córdoba, no sul da Espanha, onde participei ativamente do processo.

Método não requer internação ou anestesia
Essa experiência foi importante não só para ter contato com profissionais de altíssimo gabarito internacional, mas, também, para ver como a população espanhola é beneficiada pela colocação desse dispositivo em ambiente ambulatorial, que não requer internação nem tampouco anestesia.

Diferentemente do Brasil, lá não há lei que regulamente a esterilização definitiva. Por isso, todas as mulheres que desejam a esterilização definitiva passam por um processo de seleção em que, durante palestras e reuniões, são apresentadas a todos os métodos anticoncepcionais disponíveis no país - do preservativo até esse par de "molinhas" que é colocado dentro das tubas.

Após essa seleção, as que optam pelo método são encaminhadas para o ambulatório específico. Nos dias que passei lá, em uma única manhã, puderam ser colocados até 11 dispositivos.

Ou seja, o procedimento é muito rápido e prático. Essas mulheres irão retornar em três meses, tendo feito uma radiografia simples da pelve, para certificação de que os dispositivos estão no local correto.

Neste período de três meses, elas devem permanecer utilizando um método anticoncepcional complementar (preservativo, por exemplo).

E, depois de o raio X ser avaliado, estarão liberadas em definitivo, podendo manter relações sexuais sem proteção - do ponto de vista de risco de gestação, obviamente.

Lembrando sempre que as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) só podem ser prevenidas com o uso de preservativo. Vale ressaltar que o método dos microimplantes é irreversível, sendo um dos métodos contraceptivos permanentes mais modernos disponíveis no mercado.

Quando inseridas nas trompas, as "molinhas" de titânio se estendem, bloqueando-as através de uma fibrose que se desenvolve ao redor delas. Essa cicatrização vai impedir que os espermatozóides cheguem ao óvulo.

Prática mais utilizada no Brasil é laqueadura tubárea
No Brasil, a principal técnica utilizada para a esterilização definitiva é a laqueadura tubárea por suas diversas vias, como a laparotomia (cirurgia aberta) e a laparoscopia (cirurgia por vídeo).

A laqueadura tubárea exige, invariavelmente, internação hospitalar de pelo menos um dia, anestesia (e presença de médico anestesista), além de dois médicos ginecologistas, no mínimo, e uma equipe de enfermagem. Aqui, a colocação das "molinhas" está disponível apenas na rede particular, e a preços "salgados".

A introdução dos microimplantes pode ser realizada em ambiente ambulatorial, não requer anestesia nem tampouco internação, na maioria dos casos - ou seja, a mulher pode, muitas vezes, voltar às suas atividades cotidianas no mesmo dia -, e é realizada por apenas um médico, com o auxílio de uma funcionária da enfermagem. É necessário apenas que o serviço médico disponha da aparelhagem para a realização de histeroscopia ambulatorial.

Na minha opinião, o planejamento familiar no Brasil é um assunto de importância prioritária e deve ser discutido levando-se em consideração não apenas o fácil acesso ao método e sua segurança, mas, principalmente, o bem-estar físico e social da mulher e de seus familiares.

Fonte Minha Vida

Dores durante o sexo são um sinal de que há algo errado

Desconforto pode indicar desde doenças cervicais a distúrbios psicológicos

Infelizmente, nem sempre as relações sexuais são sinônimo de prazer. Para algumas mulheres a penetração, que deveria ser um ato gostoso partilhado pelo casal, é extremamente dolorida e desconfortável. E a dor varia de mulher para mulher, podendo ser de diversas intensidades e se manifestar até na região anal. Mas atenção: sentir dor durante o sexo é um forte indício de que há algum problema, seja físico ou psicológico.

A especialista em sexualidade do Setor de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Tereza Barroso, explica que o incômodo pode estar apenas relacionado a posições sexuais pouco confortáveis. Porém, também é sintoma de doenças vaginais provocadas por bactérias ou fungos. "Em alguns casos indica patologias vulvares e doenças cervicais, como mioma e endometriose", afirma.

De acordo com Barroso, as patologias que podem provocar dor durante a relação sexual são infecções na vagina e vulva, como a candidíase, tumores benignos e malignos, doenças do aparelho urinário, como as cistites, lesões dermatológicas causadas por doenças sexualmente transmissíveis e traumatismos. Nesses casos, a dor costuma desaparecer após o tratamento da doença que provoca o desconforto.

Segundo a especialista, outra razão para sentir dor ou ardência durante a penetração é a falta de lubrificação. Esse problema pode acontecer, entre outros motivos, porque não houve estimulação suficiente nas preliminares. Por isso é tão importante que os parceiros tenham liberdade para conversar sobre o assunto.

"Outra recomendação, nesses casos, é usar lubrificantes à base de água. Eles ajudam bastante e não prejudicam o preservativo", diz. Ela lembra ainda que essa lubrificação insuficiente é uma das características bastante prevalentes nas mulheres que entram na menopausa.

Por fim, a ginecologista ressalta que a mulher precisa conhecer intimamente sua anatomia. E essa é uma dica que vale para todas elas, não importa a idade. "Durante a masturbação ou a própria relação sexual, ela aprende como obter prazer e quais as posições mais gostosas, além de descobrir formas de transformar a penetração em um momento inesquecível", afirma.

Vaginismo
Mas, para algumas mulheres, a dor na relação sexual nada tem a ver com infecções ou patologias cervicais. Nesses casos mais raros, a dor é provocada por fatores psicológicos como o vaginismo. Trata-se de uma síndrome psicofisiológica que tem como característica fundamental a contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes à vagina. Isso acontece sempre que há tentativa de penetração.

"Por conta da dor, a mulher acaba evitando manter relações sexuais, o que não é natural. Em decorrência disso, muitos relacionamentos afetivos ficam fortemente abalados", esclarece.

De acordo com os especialistas, o vaginismo é um problema mais comum em mulheres jovens e naquelas que apresentam história de abuso ou traumas sexuais. Em algumas, o quadro chega a ser tão severo que impede inclusive a realização de exames ginecológicos. Para quem sofre desse distúrbio, o tratamento deve ser individualizado, dependendo das causas do problema. Por isso, a orientação geral é procurar primeiramente o ginecologista.

Fonte Minha Vida

Menino que não pode comer fritas receberá rim da avó

menino transplante 450x300
Seu corpo não consegue processar certos alimentos

O menino britânico Stevie Plavecz-Maples, de 4 anos, nunca comeu batatas fritas, nunca foi a uma piscina e não pode nem mesmo tomar um banho de banheira.

Seu corpo não consegue processar certos alimentos e ele precisa usar um cateter para diálise que o impede de entrar na água.

Mas sua vida pode ser completamente mudada graças à ajuda da avó, Tracy, de 48 anos, que se prontificou a doar um de seus rins ao neto.

Stevie nasceu com um bloqueio na uretra que levou a uma doença renal crônica (DRC) em estágio avançado. Seus rins pararam de funcionar, e sua única esperança de uma vida normal é um transplante.

O menino atualmente é obrigado a passar por seis sessões semanais de diálise. Ele fica ligado à máquina por dez horas em cada sessão.

Stevie já havia passado por um transplante de rim em janeiro de 2011, mas o novo órgão parou de funcionar por causa de um coágulo sanguíneo.

Compatibilidade

Quando a mãe de Stevie, Gemma, de 28 anos, e seu pai, John, de 31, foram a uma clínica para verificar se poderiam doar seus rins ao filho, Tracy, mãe de Gemma, pediu para ir junto.

Ela também foi testada e descobriu a compatibilidade de seu órgão com o neto.

Segundo médicos, é uma prática comum testar os membros mais velhos de uma família primeiro para verificar a compatibilidade para um transplante.

Se o rim transplantado falhar no futuro, os membros mais jovens da família ainda estarão em condições de doar se tiverem compatibilidade.

Normalmente, os transplantes de rim duram apenas entre dez e 15 anos, então é provável que Stevie necessitará de vários transplantes ao longo de sua vida.

A avó comentou o problema do neto.

- Eu somente pensei que poderia dar ao meu neto uma melhor qualidade de vida. É uma sensação muito boa pensar que posso fazer isso por ele.

Os médicos esperam que o transplante seja realizado em maio.

"Um monte de batatas"

Os pais de Stevie dizem que o menino está ansioso pelo transplante, como conta a mãe.

- Ele sabe que tem rins que não funcionam e entende quando eu digo a ele que não pode comer algumas coisas. Ele também sabe que vai ganhar o rim da avó. Ela é realmente brilhante. É fantástica. Mas o que ele realmente não pode esperar para fazer é tomar um banho de banheira. Por causa do cateter, ele só pode tomar duchas. Ele também quer ir à piscina e comer batatas fritas. Ele também sabe que quando isso acontecer há muito mais coisas que ele poderá comer e que ele não ficará tão cansado e poderá correr e brincar com os amigos.

O menino parece animado.

- Você sabe quantas batatas fritas vou comer quando ganhar o rim da vovó? Um monte de batatas fritas.

Fonte R7

Empresas de Telecom estão de olho na Saúde

A Telefônica se lançou no setor por meio de sistemas para sincronização de agendas de médicos e operadoras e equipamentos de saúde na casa de pacientes. Tim e Oi também estão atentas a este mercado

Quando resolveu os problemas que geraram processos contra seu principal produto de banda larga, o Speedy, em 2009, a Telefônica dava um passo rumo à possibilidade de vender o valor agregado à disponibilidade de sua rede. Alguns anos depois do mal-estar em relação à imagem da empresa, a companhia espanhola aproveitou a aquisição da Vivo para avançar sobre o mercado de saúde, e mais: sobre a possibilidade de rentabilizar sua infraestrutura de dados em um mercado que somará, no Brasil, R$ 72 bilhões neste ano, segundo o IDC.

Alinhado à tendência global de verticalização do negócio, a Telefônica ensaia no País uma potente entrada no mercado de saúde com produtos que visam atender tanto o consumidor direto quanto clientes corporativos. O Brasil é um dos três países onde a companhia deve investir mais fortemente nos negócios em verticais. Além daqui, Inglaterra e Espanha já abrigam parte da equipe de 50 funcionários dedicados ao desenvolvimento de produtos e estratégias para o setor.

O piloto desta estreia já está em andamento e atinge serviços, considerados pela empresa, de menor criticidade. Mas o diretor de produtos e serviços financeiros da Telefônica/Vivo, Maurício Romão, diz que não é o único que está satisfeito com os primeiros resultados. Ele e os 20 mil clientes do serviço Vivo Ligue Saúde têm auxiliado a empresa avançar neste sentido. O serviço, que custa R$ 3,50 para os clientes dos estados do Paraná, Santa Catarina e algumas cidades do interior de São Paulo, coloca à disposição um grupo de enfermeiras para sanar dúvidas de primeiros socorros.

O número de adesões é considerado pela empresa bastante expressivo, tendo em vista que o investimento foi apenas na divulgação via SMS e o programa está no ar há dois meses.

Além desta iniciativa, mais voltada para o público final, o projeto da companhia, que é viabilizado pela mais nova empresa do grupo, a Telefônica Digital, atende também às demandas corporativas. Romão conta que está em teste, com duas empresas parceiras, um produto sincronizador de agendas, que deve atender às exigências da Agência Nacional de Saúde (ANS) de que os planos de saúde disponibilizem consultas num prazo máximo de sete dias úteis.

O sistema é uma ferramenta multicanal que funciona na nuvem (cloud computing), onde os médicos de uma determinada operadora colocam suas agendas para que Call Center e pacientes tenham acesso, a fim de que os planos possam gerir melhor estes recursos.

“E o mais importante é que tem todo um sistema de relatórios por trás do produto, que é um alerta para a operadora quando um paciente não encontra uma consulta dentro do prazo estipulado pela regulamentação da ANS”, explica Romão. “Além desta solução, temos mais duas que devem estar disponíveis no mercado ainda neste semestre e que já estão em teste também.”

Outro produto em teste no País é uma solução de auto-atendimento para Call Center com reconhecimento de voz. Nela, o paciente pode fazer agendamentos diretamente na URA.

Infraestrutura
Para estar em toda a cadeia de valor do mercado de saúde, a Telefônica investe em presença e qualidade. O motivo disso é que a verticalização não é mais uma tendência no mercado de telecom, hoje é necessidade. A demanda por investimento das teles cresceu no ritmo alucinante com que cresceu a demanda por acesso à internet, multiplicado pelo crescimento do poder de processamento dos dispositivos. Agregar valor a uma estrutura que antes era usada apenas para serviços de voz passou a ser mais que um diferencial competitivo, mas uma questão de sobrevivência.

“Sabemos que, quanto mais presentes estivermos na vida dos nossos clientes, mais fiéis eles vão ser, porque vamos oferecer mais diferenciais. E nosso diferencial é dominar a infraestrutura para fornecimento destes serviços”, diz Romão.

A mobilidade dos equipamentos é um jogador a mais no time. Em parceria com quatro fabricantes nacionais de dispositivos de saúde móveis, a companhia deve entrar também na casa dos doentes crônicos com equipamentos que avisam a uma central sobre os parâmetros anormais de saúde do paciente.

O passo em direção à verticalização, por um lado, denota a maturidade do mercado para atender uma demanda por disponibilidade do tamanho da necessidade por assistência. O outro lado é que o Brasil começa a figurar entre os principais países em relação à tecnologia de ponta, mas sem uma infraestrutura proporcional.

“Nossa rede ainda é muito fraca em termos de número de pontos e força de sinal, por exemplo, em relação aos EUA”, afirma Fernando Belfort, analista sênior de Mercados da Frost & Sullivan.

Segundo o analista, as novidades não devem chegar ao mercado de maneira maciça no curtíssimo prazo. As iniciativas devem começar como pilotos e crescer ao longo dos próximos anos. Uma tendência é que cresça bastante o número de acessórios para smartphones nos próximos dois ou três anos, para suportar a interação destes novos serviços com a mobilidade.

Concorrência
Por mais que as iniciativas da Telefônica sejam consideradas pioneiras no sentido de usar a infraestrutura para suportar negócios na vertical de saúde, as concorrentes não estão menos alvoroçadas para atender a estas demandas e abraçar o filão que passa a consumir mais produtos neste setor. Oi e TIM também se mobilizam e trazem ao mercado produtos que, por enquanto, ainda são tímidos para o grande público – assim como o projeto-piloto da Telefônica -, mas que juntos compõem um avanço expressivo neste sentido.

A TIM se prontificou a dar suporte para a demanda por mobilidade de médicos e outros colaboradores da saúde. A operadora lançou uma oferta de iPhone 4S e iPad 2 para profissionais da área.

“A TIM chega com ofertas e soluções específicas para esse segmento, vislumbrando hospitais, pequenas clínicas e o próprio profissional liberal”, explica Arnaldo Basile, gerente sênior de Marketing Business da operadora. “Depois de algumas pesquisas, na escolha dos aparelhos e tablets, por exemplo, compramos um lote de iPhone 4s e iPad 2.”

Além de hardwares a operadora tem oferecido aos clientes um produto chamado MobileCare Edição TIM, que serve para envio de lembretes de consultas e confirmações via SMS.

A tecnologia caminha pela estrutura do mercado de saúde à medida que o governo desburocratiza e abre mão de alguns controles por um lado, e, por outro, ao passo que as companhias conseguem delinear uma demanda compatível com estes investimentos. Uma conclusão bastante evidente é que as teles estão mais próximas dos clientes e consumidores diretos das tecnologias móveis. E que o crescente acesso de profissionais e pessoas físicas a equipamentos de mobilidade tende a ampliar a capacidade e a segurança deste ambiente.

Fonte SaudeWeb

Como Usiminas e TAM reduzem a sinistralidade e absenteísmo?

Em um mercado cava vez mais competitivo, investir em programas de qualidade de vida e reduzir índices de absenteísmo tem se tornado estratégia das empresas

Investir em programas de qualidade de vida e adotar políticas de prevenção a doenças crônicas reduz significativamente o índice de absenteísmo e sinistralidade de uma empresa. No entanto, mesmo com tantos exemplos no mercado, nem todas as companhias conseguem aplicar corretamente estes programas, o que as leva a resultados insatisfatórios ou a uma baixa relação custo benefício.

Dados do Ministério da Previdência Social do Brasil mostram que, em 2008, o INSS desembolsou cerca de R$11,6 bilhões para o pagamento de benefícios referentes a acidentes e doenças do trabalho e aposentadorias por invalidez. Além dos custos elevados para o governo, as empresas também pagam a conta, tendo que substituir esses profissionais e onerar mais ainda sua folha de pagamento.

Para combater os altos índices de absenteísmo, a Usiminas criou, há cerca de dois anos, um programa de gestão e promoção de saúde e qualidade de vida para seus 80 mil funcionários.

A implementação das estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças da Usiminas, promovida pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), entidade filantrópica de direito privado fundada pela mineradora, é uma das iniciativas para melhorar a qualidade de saúde dos colaboradores da empresa. O programa foi estruturado a partir de um levantamento do perfil epidemiológico dos colaboradores, apontando as doenças mais comuns entre eles, e os hábitos que elevam o risco dos problemas de saúde.

A partir desse diagnóstico, a FSFX criou o “Atitude rima com Saúde”. O programa está dividido em 12 projetos que abordam diversos temas, como o projeto “Gerar”, destinado às gestantes, o “Inspirar”, voltado ao combate ao tabagismo e o “Respirar”, com o objetivo de reduzir os índices de doenças respiratórias infantis entre outros.

Esse serviço é prestado por meio da UsiSaúde, uma operadora de planos de saúde, que possui um núcleo de promoção formado por cerca de 20 profissionais responsáveis por todas as iniciativas que abrangem saúde e bem estar dos colaboradores da empresa, desde a elaboração de protocolos clínicos, até a avaliação de resultados. “Para obtermos resultados eficientes, acreditamos que estes programas precisam ser consistentes, com uma base técnica extremamente sólida, integrada por equipes multiprofissionais formadas por médicos, enfermeiros e psicólogos muito bem preparados”, completa o diretor executivo da FSFX, Luís Marcio Araújo Ramos.

Segundo Ramos, é vital para uma empresa que tenha a intenção de implantar um programa de qualidade de vida e prevenção traçar um perfil epidemiológico de seus trabalhadores, para que se possa elaborar um programa adequado para cada população identificada na companhia. “Outro ponto importante a ser considerado é que esse programa deve estar alinhado à estratégia da empresa e tenha o reconhecimento da alta liderança e sua participação como forma de incentivo”.

Atualmente, a fundação investe cerca de R$60 per capta na Usiminas, o que significa um investimento de aproximadamente R$6 milhões ao ano, abrangendo os 12 projetos que pretendem reduzir o índice de absenteísmo, melhorar o ambiente corporativo e ter impacto direto na segurança do trabalho.

Ramos afirma que um dos maiores desafios dos programas de promoção à saúde é a identificação dos resultados conquistados. “Para os projetos aplicados na Usiminas, temos uma série de indicadores que monitoram a eficiência desses programas. Como implementamos isso há cerca de dois anos, não temos ainda um resultado fechado do Retorno sobre inventimento (ROI). Nos preocupamos nesse primeiro instante em consolidar e estruturar os programas”.

No primeiro ano, as iniciativas de prevenção da Usiminas tiveram uma adesão de 4,5 mil funcionários. “Já conseguimos colher os primeiros frutos desse projeto. Tivemos uma redução no índice de tabagistas e cortamos pela metade o índice de internação pediátrica por doenças respiratórias no Hospital Márcio Cunha, pertencente à fundação”.

Ausência nos ares
Com 30 mil funcionários, sendo 20 mil em terra e cerca de 10 mil embarcados em aeronaves, a TAM Linhas Aéreas estabeleceu uma série de programas para reduzir o absenteísmo entre os aeronautas. “Entendemos que hoje o absenteísmo é um grande problema, não só para nós, mas para qualquer empresa de aviação no mundo inteiro”, afirma o gerente de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente da TAM linhas aéreas, Marco Antonio Cantero.

De acordo com ele, o estilo de vida das equipes que trabalham nas aeronaves é diferente de qualquer outro, pois são times de alta performance, em que não são toleráveis erros, assim como em outros setores, como saúde e petroquímico, exemplifica. “Portanto, ter pessoas doentes ou desmotivadas é muito perigoso para o negócio da companhia”.

Atualmente, dos 10 mil aeronautas que atuam na TAM, cerca de 550 estão afastados por motivos de saúde. Tendo em vista esse número de afastamentos, que envolve desde a licença maternidade, que atinge cerca de 49 % dos profissionais afastados, até licenças por problemas psiquiátricos, que gira em torno de 19%, a preocupação com a segurança do trabalho e da própria sustentabilidade do negócio motivou a companhia a criar, há alguns anos, um comitê de gestão do absenteísmo dos aeronautas.

“Na área de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente contamos com 140 profissionais, responsáveis por todos os programas de saúde que envolvem os 30 mil colaboradores da companhia, distribuídos por todo o mundo”, explica Cantero ao falar sobre a estrutura de sua área.

A equipe é formada por cerca de 70 profissionais destinados a área de engenharia da segurança do trabalho, 20 profissionais de saúde divididos entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e psicólogas que são responsáveis pelos projetos de promoção de saúde, qualidade de vida de todos os colaboradores.

Cantero diz que para atingir um resultado eficiente e com impacto direto na saúde dos funcionários, os programas de promoção à saúde são desenvolvidos de acordo com o perfil epidemiológico da população de cada região onde a empresa atua.

Na área de qualidade de vida, os projetos podem variar de um clube de corrida, que estimula a prática do exercício físico e abandono do sedentarismo até o incentivo à prática esportiva da preferência de cada funcionário. “O que importa não é a prática em si, e sim o conceito que está por trás do esporte, que envolve disciplina e educação nutricional desse esportista, por exemplo. Se as pessoas estiverem saudáveis, não se machucarem e estiverem com a saúde preservada, elas, automaticamente, faltarão menos ao trabalho, estarão mais motivadas e valorizarão mais a empresa”, ressalta Cantero.

Em 2011, a TAM investiu cerca de R$13 milhões em programas de saúde e prevenção, qualidade de vida e equipamentos de proteção individual (EPI). “Na verdade, se comparado aos resultados, este investimento é muito menor do que o retorno que temos com a redução no absenteísmo e Seguro de Acidente do Trabalho (SAT)”.

Por meio de projetos de segurança e parcerias, a TAM estima economizar cerca de R$3,5 milhões apenas com o SAT e outros R$7 milhões com a redução do absenteísmo. “Em absenteísmo, salários extras e SAT, vamos economizar cerca de R$10 milhões, sem contar com gastos intangíveis como turnover e headcount (tamanho das equipes)”, completa Cantero. Os cases da TAM e da Usiminas foram apresentados durante o evento “Gestão Estratégica da Saúde Corporativa”, realizado pelo IQPC entre 7 e 9 de fevereiro em São Paulo (SP)

Fonte SaudeWeb

Falta de médicos em plantão pode ser amenizada com TI

T-Systems aposta em solução de telemedicina para diagnóstico à distância quando faltam especialistas

Quem já foi em algum hospital público no Brasil sabe que em dias de plantão é comum faltar profissionais para um atendimento rápido. Em algumas unidades, mesmo em dias úteis a situação é complicada quando se trata de alguma especialidade, como ortopedia. Problema causado ora por falta de profissionais contratados ou, simplesmente, por não comparecimento do médico ao local de trabalho. Mas a telemedicina por, em algumas situações, amenizar essa realidade.

Como explicou o presidente da T-Systems do Brasil, Dominik Yves Maurer, em conversa com jornalistas na Cebit 2012, em Hannover, na Alemanha, hospitais – de uma mesma rede obviamente – podem compartilhar o quadro de médicos em momentos complexos. Tomamos como exemplo uma instituição com cinco unidades espalhadas pelo Brasil. No caso de chegar um paciente em uma delas e o médico especializado para atendê-lo não estiver, é possível acionar um especialista em outra localidade para prestar um atendimento à distância.

“Nesse caso, ele verá o paciente e ajudará ou, em outros casos, encaminhará para outra unidade”, comenta Maurer. Existe também a possibilidade de acionar o médico que não está presente e pedir que vá ao local por se tratar de uma emergência.

A analogia feita por Maurer é ao de uma sala de teleconferência, mas com serviços agregados. Primeiro pela possibilidade de acesso móvel, ou seja, o especialista não necessariamente precisa estar em uma sala de telepresença. Além disso, há a integração com o sistema de prontuário eletrônico e ele terá à disposição todas as informações do paciente.

“Na Alemanha tem hospitais que usam e já apresentamos a solução no Brasil. Mas a rede de dados ainda não está madura para isso”, avalia.

Fonte SaudeWeb

Projeto piloto vai testar novo modelo de remuneração da saúde suplementar

Cada associação integrante do Grupo da ANS, que discute mudanças na remuneração, irá indicar três duplas de operadores e hospitais que podem ser escolhidos para a execução do trabalho, que durará 12 meses

Apesar de ainda estar longe de uma definição, o novo modelo de remuneração hospitalar das fontes pagadoras privadas será testado em um projeto piloto, coordenado pelo grupo de trabalho (GT) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) , composto pelas entidades Abramge, Fenasaude, Unidas, Unimed, Anahp, CMB, CNS, FBH, AMB.

Criado em janeiro de 2010, o GT começa a dar os primeiros resultados. Atualmente na segunda fase, que é a de definição de conceitos, o grupo deve, assim que aprovar o documento que compreende o escopo do projeto piloto, iniciar a terceira e penúltima fase dos trabalhos. A informação foi revelada por Jair Monaci, presidente da Abramge e integrante do grupo, durante evento para discutir o assunto organizado nesta sexta-feira (09/03) pela Câmara Britânica no Brasil, em São Paulo. Segundo ele, o piloto está previsto para durar 12 meses, mas ainda não tem data para começar.

Para o projeto, cada associação integrante do GT irá indicar três duplas de operadores e hospitais que poderão ser escolhidos para a execução do trabalho. Destes, será escolhida apenas uma dupla indicada por cada integrante. “As boas empresas estão doidas para participar do projeto piloto”, afirma o coordenador e diretor da Diretoria de Desenvolvimento Setorial da ANS, Bruno Sobral.

Monaci contou que o projeto piloto terá três fases. A primeira envolve a implantação da diária compacta. Em seguida, a implantação de 20 procedimentos gerenciados (eventos cirúrgicos previamente definidos) e do modelo de avaliação de desempenho. A última será o monitoramento da implantação do trabalho. Para participar, tanto os hospitais quanto as operadoras que serão selecionadas pela ANS terão que cumprir uma série de exigências e requerimentos estipulados pela agência.

Fonte SaudeWeb

Albert Einstein implanta prontuário eletrônico em unidades públicas

Novo sistema tem o objetivo de agregar mais agilidade e segurança ao paciente. Estima-se que vai beneficiar cerca de 250 mil pessoas atendidas pelas AMAs e UBSs

O Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein (IIRS) implantou um sistema de prontuário eletrônico em cinco Unidades Básicas de Saúde e uma unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) na cidade de São Paulo (SP)

De acordo com a instituição, em meados de 2012, o novo sistema entrará em operação em mais 10 unidades, sob a gestão do IIRS por meio de sua parceria com o município e em apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O novo sistema tem o objetivo de agregar mais agilidade e segurança ao paciente. Estima-se que vai beneficiar cerca de 250 mil pessoas atendidas pelas AMAs e UBSs.

Segundo o presidente do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Claudio L. Lottenberg, essa medida tem o intuito de complementar todo o trabalho de desenvolvimento da gestão das unidades públicas de saúde. E afirma que toda tecnologia médica está à disposição da sociedade, mas é preciso saber escolher o que utilizar e saber como gerenciar adequadamente toda a gama de recursos: esse é o segredo da boa gestão em saúde.

O novo sistema foi selecionado com base em princípios de avaliação tecnológica e análise de efetividade técnica coordenados pelo hospital paulistano. O treinamento para a utilização adequada do novo recurso tecnológico é uma das tarefas do processo de implantação, pois o sistema depende da aderência de todos os profissionais das unidades.

Em 2011, o Hospital Israelita Albert Einstein completou 40 anos e foi eleito o melhor hospital da América Latina (ranking América Economia Intelligence 2009 e 2010).

A empresa escolhida para a implantação do sistema nas unidades públicas foi a Diebold Brasil que atua no segmento de prestação de serviços de TI no modelo Everything as a Service (EaaS), em parceria com a Alert Brasil, desenvolvedora de softwares para gestão clinica

Fonte SaudeWeb

Conselhos profissionais são contra novas faculdades de medicina

Entidades médicas são contra iniciativa do governo e as classificam como “falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde”

O governo federal pretende estimular a criação de novas faculdades públicas de medicina e ampliar as vagas dos cursos já existentes em instituições federais. O anúncio foi feito esta semana, pelo Ministério da Educação (MEC), seis meses após a presidenta Dilma Rousseff ter determinado que os ministérios da Educação e da Saúde apresentassem, em outubro, um “plano nacional” para estimular a formação de novos médicos e interiorizar a profissão no país. No entanto, representantes dos 27 Conselhos Regionais de Medicina e do Conselho Federal de Medicina classificam as iniciativas anunciadas – citando também a eventual atuação de médicos estrangeiros sem a revalidação de seus diplomas, obtidos em seus países de origem – como “falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde”.

Para as entidades, o problema da saúde brasileira não está no número de médicos, mas sim em sua má distribuição pelo território nacional. “Para combater esse dilema, espera-se a implementação de políticas públicas – como a carreira de estado para o médico – que estimulem a fixação dos profissionais nessas regiões, oferecendo-lhes condições de trabalho, apoio de equipe multiprofissional, acesso à educação continuada, perspectiva de progressão funcional e remuneração adequada à responsabilidade e à dedicação exigidas”, afirmaram em nota.

O MEC garante que enfrentará o problema da distribuição dos médicos pelo território nacional, “outro desafio a ser superado”. Alguns estados da federação – como o Maranhão – têm menos de um médico por mil habitantes, enquanto o Distrito Federal tem taxa de 3,8.

O Ministério da Saúde já desenvolve ações para incentivar os médicos a se fixarem fora dos grandes centros urbanos, como o abatimento das dívidas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) dos profissionais que trabalhem em uma das 2.282 cidades com carências na atenção básica à saúde; o Programa Nacional de Valorização do Profissional da Atenção Básica e o Programa Pró-Residência, que possibilita a formação profissional nas especialidades mais necessárias a cada região.

Embora o programa discutido pelos dois ministérios ainda não esteja pronto e os detalhes não tenham sido divulgados, o MEC adiantou que também planeja estimular as universidades estaduais e particulares cujos cursos de medicina estejam bem-avaliados a abrir novas vagas. O estímulo se dará principalmente por meio de convênios de assistência ou parcerias técnicas. Outra medida prevê o aumento da oferta para residência médica por meio de parcerias com hospitais de excelência que não tenham ligação com instituições de ensino.

Plano do Governo
A meta do programa é ampliar, até 2020, a quantidade de médicos no país para 2,5 profissionais para cada grupo de mil habitantes, o que implica na ampliação das instalações hospitalares e do número de profissionais de saúde como um todo. Segundo a assessoria do MEC, o atraso na elaboração do plano é consequência da complexidade do tema e do envolvimento de vários setores.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), adotados pelo MEC, o Brasil conta com 1,8 médico para cada mil habitantes. Já uma pesquisa divulgada no ano passado pelos conselhos Federal de Medicina (CFM) e Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) indica a existência de 1,95 médico para cada mil brasileiros. Os dois índices são inferiores aos de outros países latino-americanos, como a Argentina, que, segundo a OMS, tem três médicos por mil habitantes, Uruguai (3,7) e Cuba (6,7).

O MEC garante que o aumento da oferta de vagas não será feito em detrimento da formação de qualidade e que somente as instituições públicas e privadas de excelência farão parte da iniciativa. Ainda assim, entidades que representam os profissionais de saúde são contrárias à proposta do governo de ampliar o número de vagas e de cursos de formação médica.

Fonte SaudeWeb

SP: Hospital São José inaugura serviço de segunda opinião em oncologia

O programa, de médico para médico, é importante na determinação de um diagnóstico preciso, na discussão de opções de tratamento e na segurança maior da decisão terapêutica

O Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José iniciou neste ano Serviço de Segunda Opinião (SSO), recentemente bastante difundido em instituições norte-americanas. Segundo a entidade, o programa, de médico para médico, é importante na determinação de um diagnóstico preciso, na discussão de opções de tratamento e na segurança maior da decisão terapêutica.

“A oncologia está em constante mudança, com novas técnicas cirúrgicas e de radioterapia, e medicações inovadoras. A ‘cesta’ de opções tem sido cada dia maior e a decisão por escolher uma técnica ou outra é uma atitude, na maioria das vezes, solitária do especialista. O SSO trará a possibilidade de discussão e escolha coletiva para o que de fato poderá ser melhor ao paciente”, esclarece o diretor do Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José, Fernando Maluf, em comunicado.

O SSO, dependendo da complexidade do caso, pode ser feita entre o médico local do paciente e uma junta médica no Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José, composta por oncologista clínico, cirurgião e radioterapeuta.

“Nos Estados Unidos, solicitar segunda opinião em oncologia é uma atitude já incorporada do dia-a-dia das clínicas, e os SSOs estão presentes nos principais centros de tratamento do câncer”, conta o coordenador do SSO, Marcelo Rocha Cruz.

O oncologista Fernando Maluf explica que, muitas vezes, as dificuldades de locomoção de pacientes impedem uma segunda avaliação, pelo próprio estado de saúde ou pelo fato do caso estar distante de grandes centros. O programa trará conforto nesse sentido com menos custos operacionais, como viagem, hospedagem e outras despesas. “Já recebi pacientes que vieram de Manaus e outros países da América Latina para obter uma segunda opinião, que poderia ter sido feita a distância com o SSO”, diz Maluf.

O hospital pretende difundir o conhecimento do programa para regiões mais carentes do país.

Como pedir o Serviço de Segunda Opinião ?
A avaliação poderá ser solicitada diretamente ao especialista escolhido pelo médico, ou de acordo com o tipo de câncer. Casos de câncer de mama, por exemplo, serão direcionados aos especialistas neste tipo de câncer.

A interação médico-médico será feira pelo Programa de Telemedicina em Oncologia do Hospital São José. Esse programa permite a apresentação do caso com detalhes das imagens e discussão em tempo real. O conteúdo da reunião é gravado e enviado posteriormente ao médico solicitante.

O SSO também estará disponível na rede pública, mas para os casos de maior complexidade. Os pacientes serão selecionados também de acordo com a gravidade do caso. “Como o Hospital São José pertence à Beneficência Portuguesa, um dos maiores prestadores de serviços do SUS, iremos estender o SSO para essa unidade”, finaliza Rocha Cruz.

Fonte SaudeWeb

Humor: Pesquisa do SUS

Dilma vai monitorar hospitais do SUS através de câmeras em seu gabinete

"Vou ter também em meu gabinete, monitores ligados a câmeras para que eu, e meus assessores, possamos ver como está o atendimento nos principais hospitais e como vai o andamento das grandes obras"

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta última quinta-feira (08) que vai monitorar pessoalmente o funcionamento dos principais hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) por meios de monitores instalados em seu gabinete. A presidenta considerou que as mulheres, como ela, gostam de cuidar das coisas de perto “sabendo todos os detalhes”.

“Vou ter também em meu gabinete, monitores ligados a câmeras para que eu, e meus assessores, possamos ver como está o atendimento nos principais hospitais e como vai o andamento das grandes obras. É assim que nós mulheres gostamos de cuidar das coisas, sabendo todos os detalhes”, disse a presidenta em pronunciamento de rádio e TV em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje.

Dilma disse também que pediu ao Ministério da Saúde que telefone para cada mulher que fizer o parto pelo SUS para avaliar o atendimento e prometeu ampliar os canais de ouvidoria de seu governo. “Pedi ao Ministério da Saúde que, a partir de agora, telefone para todas as parturientes que forem atendidas pelo SUS e perguntem o que elas acharam o atendimento. Quero saber de tudo para melhorar, para estimular o que está bem e corrigir o que está mal”.

De acordo com a presidenta, o governo pretende ampliar neste ano os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência. A meta, de acordo com a presidenta é chegar a 1,1 mil unidades de atendimento, dentro dos moldes exigidos pela Lei Maria da Penha.

“Ainda neste ano vamos ampliar para 1,1 mil unidades o serviço de atendimento à mulher em situação de violência e vamos reforçar o pacto nacional de enfrentamento da violência contra a mulher que já articula, com êxito, ações nos 27 estados brasileiros”, disse a presidenta, que usou um tom sentimental e disse que elas são os “olhos e coração” do governo.

“A mulher brasileira merece cada vez mais justiça, amor e paz. Isso tem que começar em cada lar. Desde 2006, temos na Lei Maria da Penha um instrumento poderoso para coibir a violência doméstica familiar contra a mulher”.

Fonte SaudeWeb

Lucro da Merck quase triplica e chega a € 135,6 milhões no 4° tri

De acordo com a companhia, a significativa melhora foi impulsionada pelo aumento das vendas em países emergentes e menor recolhimento de taxas em razão de medicamentos descontinuados

O lucro líquido da alemã Merck, empresa farmacêutica e de produtos químicos, quase triplicou no quarto trimestre, em comparação com igual período de 2010, para € 135,6 milhões. Um ano antes, o ganho havia sido de € 46,5 milhões.

De acordo com a companhia, a significativa melhora foi impulsionada pelo aumento das vendas em países emergentes e menor recolhimento de taxas em razão de medicamentos descontinuados.

As receitas trimestrais do grupo avançaram 3,1% na mesma base de comparação, para € 2,626 bilhões, enquanto o resultado operacional subiu 126%, para € 291,7 milhões.

No acumulado de 2011, a Merck registrou receita de € 10,27 bilhões, com alta de 10,6% contra o exercício anterior. Segundo o grupo, todas as divisões contribuíram para o desempenho, bem como a aquisição da Millipore Corporation, que foi sacramentada em julho de 2010. O lucro líquido anual, por sua vez, totalizou 617,5 milhões de euros, o equivalente a queda de 2,3%.

Em relatório que acompanha o balanço financeiro, o presidente do conselho de administração da Merck, Karl-Ludwig Kley, destaca que o grupo entregou “bons resultados” em 2011, a despeito do cenário desafiador, e afirma que essa é a primeira vez que a Merck registra vendas anuais superiores a dez bilhões de euros.

“Nos empenhamos para entregar nossa meta de rentabilidade apesar da desaceleração econômica e da mudança significativa de ambiente. Contudo, reconhecemos que a maior concorrência deve aumentar a pressão sobre nosso mercado nos próximos anos”, diz o executivo.

Fonte SaudeWeb

GE Healthcare fabrica o primeiro mamógrafo em território nacional

Equipamento foi doado ao Hospital Santa Marcelina, de São Paulo, em parceria da empresa com a Oscip Américas Amigas

Após ter produzido o primeiro mamógrafo Alpha ST, na fábrica da companhia em Contagem (MG), a GE Healthcare, em parceria com com a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Américas Amigas – que atua na promoção de ações que combatam a mortalidade por câncer de mama no Brasil – doou o equipamento ao Hospital Santa Marcelina, de São Paulo. O equipamento será instalado no próximo dia 12 e beneficiará as cerca de 500 mulheres por mês atendidas pelo hospital.

A nacionalização da produção de equipamentos é uma das apostas da GE Healthcare com a abertura da primeira fábrica na América do Sul, em Minas Gerais. Com investimentos de US$ 50 milhões em 10 anos, a unidade vai exportar produtos para países da América Latina e em todo o mundo. A região é um dos mercados mais promissores para a empresa.

De acordo com a empresa, desenvolver soluções para a detecção precoce de câncer de mama é uma prioridade. A companhia criou o primeiro aparelho de em 1966. Recentemente a companhia anunciou investimento de US$ 1 bilhão em Pesquisa e Desenvolvimento, nos próximos cinco anos, para expandir suas capacidades de diagnóstico por imagem e molecular do câncer, bem como as suas tecnologias para a fabricação de produtos biofarmacêuticos e pesquisa do câncer.

Fonte SaudeWeb