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sábado, 21 de julho de 2012

Consumo de poucas calorias pode não ajudar na perda de peso

Dieta que prevê baixos níveis de açúcares tem bom desempenho sem prejudicar a saúde, aponta estudo

A dieta que apresenta melhor desempenho para o emagrecimento foi a de baixo consumo de carboidratos, mas alto nível de gorduras, conforme uma pesquisa divulgada em junho pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

Muitas pessoas que perdem peso têm dificuldade em não recuperá-lo depois que a dieta acaba. Isso acontece, frequentemente, pela baixa motivação e comprometimento com a dieta e exercícios. Para piorar, o baixo consumo de calorias também torna mais difícil a queima das mesmas.

Portanto, uma equipe de pesquisadores coordenada pelos médicos Cara Ebbeling e David Ludwig avaliou os efeitos de diferentes dietas para a queima de calorias. A pesquisa foi feita com 21 adultos, entre 18 e 40 anos, que já haviam perdido peso inicialmente. Depois disso, três tipos diferentes de dieta foram aplicadas durante quatro semanas, respectivamente.

Os cardápios tinham o mesmo número calórico, mas variavam as proporções de carboidratos, gorduras e proteínas. A de baixa gordura era composta por 60% de carboidratos, 20% de gorduras e 20% de proteínas. A de baixo teor de açúcares previa a dieta de 40% de carboidratos, 40% de gorduras e 20% de proteínas. E a de nível muito baixo de carboidratos consumiria 10% de carboidratos, 60% de gorduras e 30% de proteínas.

A pesquisa apontou que os participantes queimaram o maior número de calorias durante a dieta que previa o consumo muito baixo de carboidratos. No entanto, notou-se também o aumento de fatores de risco para diabéticos e pessoas com risco cardíaco, além do aumento do cortisol, hormônio responsável pelo estresse. Já o baixo consumo de açúcares apresentou um resultado similar, porém sem comprometer a saúde.

— Além de não criar riscos para a saúde, a dieta de nível de açúcares é mais fácil de manter, já que não elimina grupos inteiros de alimentos — explica Cara.

Fonte Zero Hora

Saiba mais sobre: HPV

Desvende mitos e verdades sobre transmissão, prevenção e tratamento do HPV

Vacina pode ser incluída no programa nacional de
imunização e ser oferecida gratuitamente em meninas
e meninos de nove a 14 anos em todo o Brasil
Ligado ao câncer de colo de útero, papilomavírus humano pode ser prevenido com vacina

O câncer de colo do útero é um dos tumores mais comuns em mulheres. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que, neste ano, surgirão quase 18 mil casos no Brasil e que metade das pacientes não vai sobreviver. Para evitar que o número de mortes continue alto, especialistas apostam na vacina contra o papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, indicada para meninos e meninas de nove a 14 anos. O governo já estuda incluí-la no programa nacional de imunização, mas, por enquanto, a vacina está disponível apenas na rede privada.

De acordo com a pesquisadora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer Luisa Lina Villa, estudos indicam que a vacina é totalmente eficaz na população que ainda não se expôs ao HPV, que é um vírus sexualmente transmissível. No Brasil, a vacina quadrivalente, que protege contra quatro tipos de HPV, incluindo os que provocam a erupção da pele, é comercializada desde 2006. A bivalente foi aprovada dois anos depois.

Apesar de ser mais indicada para crianças e adolescentes, a vacina quadrivalente contra o HPV pode oferecer benefícios para mulheres entre 26 e 45 anos, incluindo as que já foram infectadas pelo vírus.

A seguir, desvende alguns mitos e verdades sobre o HPV:

:: O HPV pode ser curado.
Mito. Não há nenhum tratamento específico que elimine a infecção viral. Portanto, a pessoa infectada será sempre um vetor de contágio. Em geral, a maioria das infecções por HPV é controlada pelo sistema imune e eliminada naturalmente pelo organismo, mas algumas persistem e podem causar tumores.

:: A infecção não apresenta sintomas.
Verdade. Como é assintomático, a maioria das mulheres descobre que tem HPV por intermédio de um resultado anormal do Papanicolau: por isso, a importância do exame.

:: Os homens não desenvolvem doenças relacionadas ao HPV.
Mito. Nos homens, assim como nas mulheres, as manifestações clínicas mais comuns são as verrugas genitais, mas alguns tipos de HPV de alto risco, como o 16 e o 18, também causam câncer de pênis, de ânus, de cabeça e de pescoço.

:: O HPV pode ser transmitido por meio de contato com toalhas, roupas íntimas e até pelo vaso sanitário.
Verdade. Toalhas, roupas e até a tampa do vaso sanitário podem ter o HPV e ser uma fonte de infecção, apesar de rara.

Fonte Zero Hora

Confira dicas para comer menos açúcar

Para a vontade de comer doces não chegar, não fique mais de três horas sem se alimentar. A primeira opção do cérebro é o açúcar por ser uma fonte rápida de energia

A reeducação do paladar não ocorre de uma hora para outra. O primeiro passo é a conscientização — a pessoa precisa se convencer de que deve reduzir o consumo de açúcar, afirma a nutricionista Claudia Martins Mallmann.

Fique por dentro das dicas:
- Não fique mais de três horas sem se alimentar. Isso porque o primeiro alimento que vem à mente quando se está com fome é o açúcar, já que ele é uma fonte rápida de energia. A chance de não resistir é muito maior.

- Consuma frutas secas. Por estarem desidratadas, concentram os sabores e costumam ser bem doces.

- Coma frutas cozidas, como maçã, pêra e pêssego.

- Beba bastante água — ela dá maior sensação de saciedade.

- Um pequeno pedaço de chocolate amargo bem saboreado sacia a vontade de comer doces.

O excesso de açúcar pode causar...
- Depressão

- Diabetes

- Baixa imunidade

- Cárie dentária

- Câncer

- Obesidade

- Celulite

- Rugas

- Falta de energia, fadiga

- Mau humor

- Alterações na pele, como espinhas

- Destruição das bactérias benéficas do intestino

- Inibição da produção de enzimas digestivas

Acrescente no seu cardápio diário
- Peixes, como sardinha, atum e salmão

- Castanhas e nozes

- Verduras em geral

- Brotos de alfafa, de arroz e de girassol

- Carnes brancas, como frango

- Cereais integrais baseados em aveia e arroz integral

- Quinoa

- Chia

- Ovo

- Especiarias, como canela

Preste atenção
- O açúcar modula o paladar humano. Portanto, quanto mais tarde for ofertado às crianças, melhor. A nutricionista Claudia Mallmann sugere que os pais evitem que os filhos consumam alimentos doces ao menos no primeiro ano de vida. Ela salienta que as comidas ingeridas pela mãe durante a gestação irão influenciar as preferências alimentares do bebê no futuro.

- Muitas vezes, os pais colocam açúcar ou achocolatado na mamadeira das crianças, pensando no próprio paladar. Com isso, criam hábitos difíceis de modificar mais tarde. O açúcar não é um alimento natural e não é necessário para ela — acrescenta o endocrinologista Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Fonte Zero Hora

Capital com mais fumantes no país, Porto Alegre investe em grupos de apoio para quem quer largar o cigarro

Apenas 3% dos fumantes conseguem parar de fumar por conta própria

Se você é fumante, tente ficar longe do cigarro pelas próximas 24 horas. Após as primeiras duas horas, não haverá mais nicotina circulando no seu sangue. Oito horas depois, o nível de oxigênio na corrente sanguínea estará normalizado. No dia seguinte, seus pulmões já funcionarão melhor.

O desafio é proposto pelo Dia Mundial sem Tabaco, fixado em 31 de maio pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de alertar para os males decorrentes do cigarro à saúde e à sociedade. A campanha nacional, coordenada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), tem como tema "Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta", enfocando os danos causados ao longo da cadeia de produção do tabaco, como o uso agrotóxicos que agridem ecossistemas e fumicultores, desmatamento, trabalho adolescente e infantil. Mas os danos à saúde da população, como a dependência química à nicotina, o fumo passivo e, por consequência, o aumento do risco para o desenvolvimento de doenças crônicas ganham destaque nas ações pela passagem da data.

Na Capital, líder em número de fumantes no país conforme o último levantamento Vigitel, pesquisa do Ministério da Saúde feita por telefone para mapear o estilo de vida da população, profissionais estarão distribuindo material informativo e realizando exames preventivos, como o teste de nível de dependência da nicotina, das 10h às 13h, na Esquina Democrática. Postos de saúde da cidade também terão ações semelhantes ao longo do dia.

— O teste de dependência da nicotina é usado nos grupos de apoio como ferramenta para identificar se o paciente precisa de algum medicamento para ajudar a abandonar o vício — explica a pneumologista Elaine Ceccon, da Secretaria Municipal de Saúde.

Poucos conseguem parar por conta própria
Porto Alegre é a capital brasileira com mais fumantes: 24,6% dos homes e 20,9% das mulheres porto-alegrenses fumam — 10,7% do total de fumantes consome mais de 20 cigarros por dia. Para tentar mudar essa estatística, mais de 60 grupos de apoio a quem quer parar de fumar estão espalhados pela cidade.

Os grupos seguem a metodologia indicada pelo Inca, baseada na terapia cognitiva comportamental, e conta com suporte do Ministério da Saúde para a distribuição de fármacos, como gomas e adesivos de nicotina, e a bupropiona, remédio de uso oral. A prefeitura de Porto Alegre investe recursos próprios para reforçar os estoques do medicamento, de modo a garantir a continuidade do tratamento.

De acordo com a médica Irma Rossa, especialista em dependência química, somente 3% dos fumantes conseguem largar o hábito sozinhos.

— É preciso desvendar as razões que levam a pessoa ao vício e fazer com que elas se motivem a enfrentar o desafio — explica Irma, que coordena grupos de tabagismo na Casa Bem-estar, mantida pela Unimed Porto Alegre.

Com ajuda de adesivos de nicotina e reuniões semanais no grupo, Ary Bueno, 64 anos, fumante há 45, está há 25 dias sem fumar.

— Tenho enfisema pulmonar. Depois de várias internações resolvi procurar ajuda para tentar largar o cigarro mais uma vez — conta Ary, que já tentou parar sozinho outras vezes, mas sempre acabava se rendendo novamente ao vício.

O exemplo de Ary mantém a jovem Helenice Thomaz, 29 anos, fumante desde os 14, firme no propósito de parar de fumar.

— Ver os estragos do cigarro na vida das pessoas mais velhas e conversar sobre as dificuldades no grupo é muito importante para não ter uma recaída — comenta.

A pessoa que fuma fica dependente da nicotina, que é considerada uma droga. Por isso é tão difícil parar. Normalmente, a abstinência deixa o potencial ex-fumante ansioso, com dificuldade de concentração, irritado, com dores de cabeça. Tudo isso torna intensa a vontade de fumar. Beber água gelada, manter as mãos ocupadas e não ficar parado são algumas das recomendações para não fraquejar.


Efeitos do tabagismo em números
:: A produção do fumo reponde por 5% do total de florestas desmatadas nos países em desenvolvimento

:: Para cada 300 cigarros produzidos, uma árvore é queimada

:: A fumaça do cigarro contém mais de 4,7 mil substâncias tóxicas

:: Pontas de cigarro correspondem a até 50% de todo o lixo coletado em ruas e rodovias

:: 48% dos familiares dos agricultores de lavouras de fumo sofrem de problemas de saúde associados ao uso de substâncias químicas, como dores de cabeça persistentes e vômitos

:: 25% de todos os incêndios são provocados por pontas de cigarros acesas, tanto domésticos quanto em matas e florestas

:: Fumantes passivos têm risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão, 30% mais chance de sofrerem doenças cardíacas e 25% a 35% mais riscos de terem doenças coronarianas agudas
Fonte: Inca


Fonte Zero Hora

Especialistas lançam novas diretrizes médicas para o rastreamento do câncer de pulmão

A taxa de mortalidade para o câncer de pulmão
 foi de aproximadamente 26% em 2011
Devido ao alto custo, implantação das medidas enfrenta entraves operacionais, mas poderia gerar economia a longo prazo

Especialistas da American Association for Thoracic Surgery publicaram, na edição de julho da revista científica The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, novas diretrizes médicas para a triagem de pacientes com câncer de pulmão para uso na prática clínica.

De acordo com os pesquisadores, o exame de RX e a citologia do escarro falham em identificar casos com câncer de pulmão em estágios iniciais, tornando necessária uma nova abordagem, com exames mais complexos.

Os cientistas constataram também que os fumantes, a longo prazo, requerem maiores cuidados e exames preventivos. Os pesquisadores estimaram ainda que apenas 16% dos pacientes com câncer de pulmão sobrevivam mais de cinco anos, em parte, porque o diagnóstico é realizado tardiamente.

Mudança de conduta
O médico Stephen Stepani, oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus, comenta que essas novas diretrizes significam uma mudança de conduta médica para a detecção precoce do câncer de pulmão.

— Essas medidas abolem os exames tradicionalmente realizados, que se mostram ineficazes em detectar a doença em estágios precoces, e recomendam que exames de tomografia computadorizada sejam efetuados em pacientes com maior risco dessa modalidade de câncer — explica.

O médico complementa que, inicialmente, essa nova abordagem requer mais investimentos em um exame mais sofisticado.

— Como o custo de tomografias ainda é alto para os padrões nacionais, e a demanda é muito maior do que a oferta no sistema público, a implantação da tomografia computadorizada de rotina passa por uma série de dificuldades operacionais — avalia.

Contudo, além de poder salvar muitas vidas, uma maior eficácia na detecção precoce do câncer de pulmão pode trazer uma economia significativa aos cofres públicos em médio prazo, mas cálculos devem ser feitos para equacionar e definir a estratégia orçamentária.

Conforme dados do Ministério da Saúde, no Brasil, foram gastos mais de R$19 milhões com o tratamento do câncer de pulmão em 2011 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse mesmo período, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, os valores gastos foram mais de R$ 1, 3 e 4 milhões, respectivamente. Já a taxa de mortalidade para o câncer de pulmão foi de aproximadamente 26%, só sendo superado, no país, apenas pelo câncer de pâncreas, com 29%.

Fonte Zero Hora

Saiba o impacto do excesso de açúcar no organismo e como diminuir o consumo

Pesquisadores das universidades norte-americanas comprovaram que o consumo sistemático de açúcar leva à compulsão e à síndrome de abstinência

Quindim, torta de limão, chocolate, merengue e brigadeiro. Se você salivou só ao ler essas palavras, tem grandes chances de fazer parte de uma legião de aficionados por doces. É o caso da estudante de engenharia ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Mayara Correa Lima, 24 anos, que não se contenta apenas com as guloseimas prontas: gosta mesmo de uma colher de açúcar puro.

Pode parecer incomum, mas casos com o de Mayara estão espalhados não só pelo Brasil, como pelo mundo. Nos últimos anos, pesquisas têm apontado este carboidrato cristalizado comestível como um grande vilão da alimentação. O efeito de dependência que o açúcar provoca seria semelhante ao de outras drogas, como tabaco, álcool e cocaína. Até a forma de extração da natureza é parecida: o princípio ativo de uma planta é transformado em um pó fino e branco que vicia e dá energia.

Por não conter nenhum nutriente, o açúcar é rapidamente digerido pelo organismo e transformado em glicose, que libera energia para as células trabalharem. Se consumido em excesso, gera, portanto, uma quantidade desnecessária de combustível. É quando um sistema de regulagem entra em ação: o pâncreas produz insulina para regular a taxa de glicose no sangue. E a liberação deste hormônio além do necessário gera aumento de peso.

As explicações para o vício
O açúcar vicia porque interage no cérebro com neuropeptídeos, substâncias que levam a um sistema de dependência. O órgão central do sistema nervoso registra que este tipo de carboidrato é uma fonte rápida de energia e torna a requisitá-lo quando há falta de alimentos.

Cientistas já identificaram as áreas do cérebro ativadas pela ingestão de doces e descobriram que são as mesmas relacionadas ao vício em drogas, o que prova a real capacidade viciante do açúcar. Pesquisadores das universidades de Princeton e Minnesota, nos Estados Unidos, comprovaram que o consumo sistemático de açúcar leva à compulsão e à síndrome de abstinência.

O excesso de açúcar branco é considerado um destruidor da flora intestinal boa e, além disso, diminui a barreira protetora intestinal, explica a nutricionista e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Gilberti Hübscher. Com isso, diminui a capacidade de gestão de quebra das moléculas dos alimentos, a capacidade de absorver os nutrientes e os mecanismos de imunidade do corpo.

Segundo a especialista, é preciso desmistificar a ideia de que o açúcar causa apenas diabetes ou obesidade, mas diversos outros problemas. A própria deficiência de nutrientes na célula é uma das causas que provoca o desejo por doce. A introdução de alimentos ricos em nutrientes que produzem o hormônio do prazer (serotonina) é importante. Entre eles, estão cereais integrais, carnes brancas, vegetais e peixes como sardinha, atum e salmão.

— O consumo diário deveria ser zero. Não precisamos de açúcar branco porque ele não tem valor nutricional, apenas valor energético, que podemos encontrar em outros alimentos — afirma Gilberti.
 
 
Luta diária para fugir da compulsão
Os efeitos causados pelo consumo exagerado de açúcar são conhecidos de perto pela estudante Mayara Lima: o pai é obeso e a família tem histórico de diabetes. Por isso, desde os 14 anos se consulta com um endocrinologista para alterar os hábitos alimentares. A colher de açúcar foi trocada pelo mel, mas ela confessa que eventualmente escorrega na dieta.

— Sempre tinha a sensação de que se eu não comesse um doce depois da refeição, nem tinha almoçado. Antes, ia ao bufê de sobremesas duas vezes. Agora, troco a sobremesa por uma gelatina diet ou por fruta. Mas é uma luta diária — afirma Mayara, que considera o fato de ter de almoçar diariamente em restaurantes um agravante na melhora da alimentação.

Acostumada a praticar esportes, a estudante encontrou no vício em açúcar um impedimento para seus planos: correr a Meia Maratona do Rio de Janeiro. O excesso desta substância freava a melhora do rendimento nos treinos. Entrou para um grupo de corridas, que se encontra semanalmente, desde o ano passado. Há duas semanas, a estudante atingiu a meta estabelecida: percorreu o trecho de 21 quilômetros em duas horas e 13 minutos.

A encarregada da sobremesa
Nos encontros de família ou com os amigos, uma parte da divisão de tarefas é de comum acordo: a sobremesa fica a cargo da tecnóloga em radiologia Raquel Machado Fernandes, 35 anos. A habilidade na cozinha se tornou uma obrigação para sanar o vício por doces — normalmente consome 100 gramas de chocolate por dia. Entre as guloseimas gastronômicas que está acostumada a fazer, estão bolos, tortas, pavês, pudim e brigadeiro de panela.

No verão, desconta a vontade de comer alimentos adocicados nos sorvetes. O freezer da casa tem sempre à disposição ao menos dois sabores, que são consumidos com coberturas.

Frequentadora assídua de cafeterias, Raquel tem um destino certo quando está no shopping: o espaço de restaurantes e lanchonetes.

— Eu não entro em uma praça de alimentação sem pegar um doce, mesmo que seja em horário de almoço. Quando vou servir a comida, levo a sobremesa junto. Não consigo separar o almoço da sobremesa. Para mim, eles formam uma dupla — justifica.

Ela lembra que, na adolescência, chegou a substituir as refeições por uma fatia de torta ou uma barra de chocolate. Apesar de não ter tendência a engordar, ela tem um histórico de diabetes na família materna, por isso realiza exames de saúde periódicos.

O único momento em que parou de consumir doces industrializados foi durante a gestação de Marina, hoje com quase dois anos. A sobremesa passou a ser banana com canela ou com raspas de chocolate. O vício por guloseimas, no entanto, Raquel não quer transferir para a filha. Evita ao máximo oferecer açúcares a ela, consciente dos riscos do hábito.

Traços da dependência
- Se você tenta diminuir a dose de açúcar e sente sintomas de abstinência, como dor de cabeça, desconforto, falta de motivação, cansaço, alteração do sono, inapetência (falta de vontade de comer) e hiperfagia (vontade de comer demais), há fortes indícios de que você é dependente do açúcar.

- Outro traço é que outras pessoas, como familiares e amigos, reclamem do consumo abusivo das guloseimas, afirma a psiquiatra Carla Bicca, especialista em dependências químicas e terapeuta cognitiva.

Fonte Zero Hora

Distrito Federal passa a usar formulário digital para doação de órgãos

Brasília – A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) informou que vai passar a utilizar um formulário digital para agilizar a doação de órgãos de pacientes com morte cerebral. O formulário já está disponível no site www.saude.df.gov.br. Até então, o documento precisava ser retirado na Central de Transplantes.

De acordo com a coordenadora de Transplantes, Daniela Salomão, a ideia é facilitar o procedimento e ampliar o aproveitamento de órgãos. “Antes, a gente tinha que pegar o formulário e ir onde a família estava, às vezes, bastante distante do local onde o paciente estava. Mesmo com a família nos dizendo que queria efetuar a doação, a gente não podia fazer o procedimento porque precisava da assinatura e perdíamos esse tempo todo de deslocamento”, explicou.

Daniela lembrou que, em casos de doação de órgãos, a legislação atual exige a assinatura de dois parentes de até segundo grau e de duas testemunhas, além da comprovação da identidade de cada um por meio de documento oficial com foto. Sendo assim, o formulário digital deverá ser impresso, assinado em uma delegacia ou hospital mais próximo e encaminhado via fax para a secretaria de saúde, acompanhado de cópias dos documentos dos parentes e testemunhas.

Segundo a coordenadora, a quantidade de pacientes internados em hospitais do DF e com família provenientes de estados do Norte e Nordeste é grande, o que dificultava a assinatura do formulário para autorizar a doação de órgãos. “Isso imposibilitava a doação, porque a gente não tinha como ir [até os estados]”, disse.

Dados da secretaria de Saúde indicam que, nos primeiros três meses deste ano, 60 pacientes com morte cerebral foram considerados potenciais doadores, mas apenas em 14 casos houve a doação de órgãos. A expectativa é que o formulário digital contribua para melhorar os índices de doação.

Fonte Agência Brasil

Hospitais habilitados para transplantes de rim recebem autorização para usar medicamento contra rejeição

Brasília – Portaria publicada ontem (20) no Diário Oficial da União autoriza, em todos os hospitais habilitados para transplante de rim, o uso do medicamento imunoglobulina em pacientes que apresentarem rejeição do órgão transplantado.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que o remédio possibilita rápida recuperação do paciente e auxilia na melhora da qualidade de vida dele. A imunoglobulina deverá estar disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de agosto.

Outra medida anunciada trata da incorporação, na tabela de procedimentos, do exame C4d, que possibilita a identificação de rejeição aguda provocada por anticorpo no organismo do transplantado. A detecção aumenta as chances de o órgão se adaptar ao organismo do paciente.

A pasta informou que vai destinar, anualmente, R$ 10 milhões a mais para aquisição do medicamento e para realização do exame. A estimativa é que cerca de 30% dos transplantes de rim realizados possam apresentar rejeição.

A previsão do ministério é que sejam realizados este ano 5.236 transplantes de rim pelo SUS – 15% a mais que os 4.553 registrados no ano passado. O cálculo é que 1.571 pacientes possam apresentar rejeição aguda ao órgão recebido.

Fonte Agência Brasil

Entidades do Rio formalizam adesão ao Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública

Rio de Janeiro - A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Arquidiocese do Rio anunciaram ontem (20) adesão ao Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública. A campanha quer obrigar a União a destinar 10% da sua receita corrente bruta para o setor.

Com esse objetivo, cerca de 40 entidades parceiras, entre órgãos de classe, centrais sindicais, além da União Nacional dos Estudantes (UNE), organizam um abaixo-assinado. A meta é coletar 1,5 milhão de assinaturas para transformar o documento em um projeto de lei de iniciativa popular. Assim que o número for atingido, o abaixo-assinado segue para a Câmara dos Deputados.

De acordo com o Cremerj, o abaixo-assinado pretende recompor projeto de lei apresentado no Senado para regulamentar a Emenda Constitucional 29, mas que, por uma manobra do governo, não ampliou os investimentos em saúde. Segundo o secretário-geral da entidade, Pablo Vazquez, o país tem o dever de ampliar os investimentos no setor ao mesmo tempo em que melhora a gestão do gasto.

"O Brasil destina para saúde cerca de 3,5% do PIB [Produto Interno Bruto, somas das riquezas e bens do país]. Já o Chile e a Argentina investem 4%. No Uruguai, o valor é de 9%. Estamos muito defasados em relação à própria América do Sul", concluiu Vazquez. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que esse investimento seja de 8%.

O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Aloísio Tibiriçá, explica que, ao resgatar a proposta de investir 10% dos recursos correntes em saúde, o movimento está sendo "realista" com a capacidade do governo. "Esse montante equivale a R$ 35 bilhões por ano, sendo que para alcançar o que preconiza a OMS deveríamos colocar R$ 45 bilhões", informou.

Para facilitar a coleta de assinaturas, a OAB no Rio vai pedir assinaturas em seu site e nos veículos de comunicação próprios. A ideia é chegar a 150 mil subscrições entre seu público, segundo o representante na ação, Felipe Santa Cruz. "Entendemos que nossa função não é apenas atuar na área jurídica, mas de cidadania, priorizando a saúde e a educação", disse o advogado, durante o anúncio da adesão.

No Rio, onde o movimento conta ainda com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio (Cosems-RJ), o Cremerj alerta para a necessidade de se ampliar a rede pensando nos atendimentos que serão feitos durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. "Assim como o setor de transporte e infraestrutura, temos que estar preparados [na área de saúde]", acrescentou Vazquez.

Lançado em Brasília em março deste ano, o movimento recolheu em todo o país, até o momento, cerca de 400 mil assinaturas. Não há previsão para se alcançar a meta de 1,5 milhão de apoios, número mínimo para que a proposta seja apresentada em forma de projeto de lei de origem popular.

A aplicação do percentual de 10% sobre a receita corrente bruta da União proposta pelo movimento inclui no cálculo os valores das transferências constitucionais e legais para estados e municípios, além das contribuições previdenciárias e do PIS-Pasep pagas pelos servidores.

Fonte Agência Brasil

Projeto Doutores da Alegria dá continuidade a programa de visitas a pacientes de hospitais do Rio

Rio de Janeiro – Com um sorriso estampado no rosto, pacientes dos setores de pediatria, enfermaria e ambulatórios do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na zona norte do Rio de Janeiro, receberam ontem (20) a Trupe do Nariz Solidário. O grupo de palhaços, que pertence à organização não governamental (ONG) Fabricando Empresários, faz parte do projeto Doutores da Alegria e desenvolve um trabalho de “risoterapia” com a finalidade de elevar a autoestima de pacientes e acompanhantes, estimulando a cura das enfermidades por meio do riso.

De acordo com a coordenadora da ONG, Elza Lopes da Silva, o projeto teve início há aproximadamente um ano, com o objetivo de alegrar os pacientes nos momentos mais difíceis de sua vida. Para ela, que trabalhou durante 20 anos cuidando de pacientes acamados, é um prazer poder ajudar na recuperação dos enfermos. "Eu gosto. É coisa muito boa lidar com as pessoas que, naquele determinado momento, precisam de uma palavra amiga ou de um gesto e não tem como, porque estão em cima de um leito, e ver abrindo um sorriso, não tem preço. Eu creio que a recuperação das pessoas começa daí", disse.

A turma do riso conta com dez integrantes, a maioria deles enfermeiros, que percorrem os leitos dos hospitais que solicitam a presença do grupo. Ela conta que, em certa visita, um paciente reagiu bem à abordagem e interagiu com o grupo mesmo impedido de falar. "A gente interage com os pacientes para que eles se sintam melhor. Já tive com a trupe em um hospital em que tinha um senhor entubado e não podia falar. Quando nós chegamos, os olhos dele começaram a brilhar, gostando da nossa apresentação. Isso é muito legal. Fazer o bem para quem precisa de um apoio".

O presidente da ONG Fabricando Empresários, André Luis da Costa, disse que, para ser um integrante do grupo, o candidato precisa passar por um curso de três meses, para aprender as técnicas e as vestimentas do palhaço, que são diferentes do picadeiro convencional. "Eles [os candidatos] aprendem a trabalhar dentro de hospitais. Precisam fazer a troca de roupa dentro do hospital, em função da poeira da rua. No curso, há ainda o trabalho emocional, porque o palhaço precisar levar a alegria e não a tristeza", completou.

A publicitária Carolina Magalhães, de 24 anos, que lutou e venceu a batalha contra um tumor no cérebro, afirmou que o trabalho dos Doutores da Alegria é fundamental para a recuperação dos pacientes, independentemente da idade e da enfermidade. "Eu tinha um cabelo enorme e, no final do tratamento, tinha perdido ele todo. Ia para a seção de radioterapia com um lencinho na cabeça. Acho muito importante alguém de fora trazer um pouco de alegria para as pessoas que ficam no hospital tratando uma doença", relatou.

A ONG Fabricando Empresários já visitou os hospitais Rocha Faria em Campo Grande, na zona oeste e o Souza Aguiar, no centro da cidade. A próxima unidade a receber os integrantes da trupe será o Hospital D. Pedro II, em Santa Cruz, também na zona oste.

Para participar do curso de palhaço da ONG, é necessário ser maior de idade, ou, caso seja menor, o candidato, deve ter uma autorização dos pais, além de e levar documento de identidade e CPF. O contato do grupo é feito diretamente com a direção do hospital.

Fonte Agência Brasil

Primeiros Socorros: Intoxicação (por medicamentos, produtos químicos e drogas)

A intoxicação causa alterações no funcionamento do organismo e pode levar à morte. A primeira medida a ser tomada é verificar se realmente houve envenenamento.

Como reconhecer:
- hálito com cheiro estranho

- mudança na cor dos lábios

- dor

- sensação de queimação na boca, garganta ou estômago

- sono

- confusão mental

- vômitos

- diarréia

- paralisia

- convulsões

Como agir:
- Procure perto da vítima frascos ou remédios para informar o socorro e procure ver nos rótulos ou bulas se existe alguma indicação de antídoto

- Observe atentamente o acidentado, pois os efeitos podem não ser imediatos

- Não faça respiração boca a boca caso o acidentado tenha ingerido o produto

- Se o contato com produtos químicos for pelos olhos, lave-os com bastante água durante pelo menos 15 minutos e procure com urgência atendimento especializado

- Se houve ingestão de substância tóxica ou venenosa, provoque o vômito na vítima, verifique o pulso e a respiração dela e chame imediatamente o atendimento

ATENÇÃO: Não provoque o vômito quando o envenenamento for por: ácido, veneno que cause queimadura, soda cáustica, alvejantes, tira-ferrugem, água com cal, amônia, desodorante e derivados de petróleo (querosene, gasolina, fluido de isqueiro, benzina, lustra-móveis)

Como prevenir:
- Mantenha medicamentos, produtos de limpeza e cosméticos fora do alcance das crianças, em armários trancados

- Não se automedique

- Siga as orientações do médico

- Leia a bula atentamente

- Não guarde medicamentos vencidos

- Fique atento para as dosagens dos remédios

- Não armazene produtos de limpeza fora do recipiente original

Fonte iG

Redução de estômago não é procedimento estético

Cirurgia bariátrica só deve ser feita
por quem tem indicação médica
Especialistas alertam: cirurgia bariátrica é tratamento para obesidade grave e deve ser encarado como um recurso extremo

Nos últimos 30 anos, a obesidade dobrou em todo o mundo. No Brasil, 60% da população adulta está acima do peso ou é obesa, segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O reflexo dessa epidemia vai além do espelho: em 2010 o número de cirurgias bariátricas triplicou no País, em comparação com 2005, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

Especialistas não cansam de reforçar que o procedimento é um tratamento cirúrgico para uma doença grave, a obesidade. A cirurgia bariátrica não deve ser encarada pelo paciente como uma forma rápida de se livrar dos quilos a mais sem muito esforço.

“Quem quer fazer a cirurgia pensando no que vai poder comer depois de operar, não deve fazê-la”, alerta a endocrinologista Claudia Cozer, da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso).

“A quantidade de comida será reduzida a um terço ou um quarto. Se a pessoa vai ficar infeliz porque não conseguirá comer, esse tratamento não é o indicado”, conclui.

Para o presidente da SBCBM, Ricardo Cohen, o obeso precisar ter em mente que a cirurgia é apenas o início de uma mudança de vida, que inclui comer corretamente, de forma mais saudável, inserindo no cardápio frutas, verduras, legumes, carnes, pães integrais, sucos. E que o exercício físico deverá fazer parte da rotina.

Hercio Azevedo Cunha, professor de gastroenterologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), e membro da SBCBM, completa: “Nenhum procedimento faz milagres. As cirurgias bariátricas implicam reeducação e manutenção alimentar e física, para que os resultados sejam alcançados e efetivos no longo prazo.”

Para garantir que o paciente entenda a dimensão real dessa cirurgia, suas consequências, seus benefícios e riscos, e esteja seguro dessa opção, é importante que uma equipe multidisciplinar acompanhe o caso. Ela é composta por um endocrinologista, um psicólogo, um nutricionista e um cirurgião bariátrico. Juntos, eles poderão avaliar o paciente, amadurecer a decisão e encontrar a melhor técnica para aquela pessoa.

"O paciente precisa ter toda a informação, pensar bastante e até conversar com pessoas que já foram operadas, para saber melhor como será o dia a dia após a operação", aconselha Cozer.

Hoje, no Brasil, o Conselho Federal de Medicina reconhece quatro diferentes tipos de cirurgia bariátrica: bypass gástrico, banda gástrica ajustável, derivações bíleo-pancreáticas (duodenal switch e Scopinaro) e gastrectomia vertical. “Todas podem ser feitas por videolaparoscopia, método menos invasivo e mais confortável para o paciente”, afirma Cohen.

O indicador utilizado hoje para definir quem pode ser submetido à operação é o Índice de Massa Corporal (IMC), resultado da divisão do peso pela altura ao quadrado. Quem tem o peso ideal apresenta índices entre 18 e 25. De 25 a 30, a pessoa está acima do peso e acima de 30 é considerada obesa. As cirurgias, no entanto, são indicadas somente para quem tem IMC igual ou superior a 35 (quando associado a outros problemas, como hipertensão ou diabetes) ou igual ou superior a 40 (sem doenças associadas).

Além disso, para ser considerado apto para a cirurgia o obeso já precisa ter tentado tratamentos anteriores sem sucesso, estar estabilizado naquele peso há dois anos e não ter contraindicações clínicas para ser operado.

Fonte iG

As escolas que transformam ex-dependentes em terapeutas

Bruno Zanardo/Fotoarena
Mauro na clínica onde trabalha como terapeuta há sete meses
Cursos utilizam a experiência com as drogas em técnicas de reabilitação. “Do fundo do poço nascem exemplos bons”, diz Mauro, que venceu o crack

Os dois heróis de Mauro estão mortos. O primeiro, um tio traficante, foi assassinado bem ao seu lado e deixou o cheiro de pólvora nas narinas do jovem por muitos anos. O segundo, um dependente químico em recuperação, perdeu a vida num acidente de carro antes de poder conviver com Mauro limpo, longe das drogas. Esta morte deixou vazio.

O fato de ter testemunhado os dois óbitos quando não tinha nem 19 anos também aparece entre os motivos para Mauro, hoje com 42, ter procurado formação específica para virar terapeuta. Hoje, ele ajuda a tratar pessoas que, assim como ele, tentam diariamente ficar longe do crack, da cocaína e do álcool.

Os três vícios o acompanharam por quase três décadas (desde os 14 anos) e, depois de uma coleção de perdas acumuladas no período, ele sonha um dia ser apontado como herói por ao menos um dos inúmeros pacientes que agora ajuda. Um herói que não vende mais drogas e que quer estar vivo para ver a transformação daqueles que passou a acompanhar.

"Eu quero ser exemplo de que é possível renascer, mesmo após anos de uma vida anulada pela dependência química", diz antes de começar as nove horas diárias de trabalho que exerce na Clínica Maia, há sete meses.

Os serviços de tratamento psiquiátrico passaram a enxergar em ex-dependentes como Mauro uma ferramenta importante para tratar pessoas que ainda estão envolvidas com drogas. Hoje, as clínicas utilizam esta mão de obra como "coringa" na terapia que mescla medicamentos, abstinência e abordagens psicológicas.

A Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract) detectou esta estratégia e criou cursos de capacitação específicos para a formação de ex-usuários em terapia holística.

Até o final do ano, devem ser capacitados para a função 900 ex-dependentes. Em 2011, foram 705 formados na instituição e, no ano anterior, 500. Outros centros acadêmicos, como o da Universidade Federal de São Paulo, também atuam nesta formação.

“Em média, 95% das pessoas que nos procuravam para a capacitação já haviam tido envolvimento com as drogas”, afirma Juliano da Silva Marfim, coordenador administrativo da Febract, e ele próprio uma confirmação da tendência.

“Eu mesmo, até virar terapeuta, fui paciente. Sou alcoólatra e estou limpo há 5 anos e 11 meses”, conta Marfim, 29 anos.

“Trabalhava em uma multinacional e depois que terminei o tratamento fui demitido. Atuar com os dependentes, após o treinamento específico, foi uma forma de voltar ao mercado e também ajudar os profissionais de saúde a traçar estratégias mais efetivas de recuperação. Por isso, o treinamento é tão importante.”

Segundo os médicos, os ex-dependentes fazem da vivência um “medicamento” importante para ampliar os índices de recuperação de viciados. As taxas que mensuram este renascimento ainda são modestas e não superam a casa dos 30%, de acordo com os levantamentos catalogados pelo Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psciotrópicas (Cebrid).

Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou em seu último boletim que o consumo de drogas, especialmente a cocaína, é crescente no mundo todo. No Brasil, a Previdência Social também mapeou que as licenças trabalhistas para tratar a dependência, de profissionais de todas as áreas, está em ascensão.

O trabalho deles
A psiquiatra Ana Cecília Marques, conselheira da Associação Brasileira de Estudos sobre Drogas e Álcool (Abead), explica que a relevância da atuação dos ex-dependentes é expressada já no início do tratamento dos novatos.

“A motivação dos dependentes é instável nos primeiros meses. Tal recurso pode ser aplicado para ajudar a manejar uma doença tão complexa.”

A complexidade do tratamento, explica o coordenador Juliano Marfim, é que não existe um “tratamento universal” para o problema das drogas.

“Este é o grande desafio da capacitação dos ex-dependentes. O que mostramos nas aulas e nos estágios monitorados é que o que funcionou para eles pode não ter o mesmo efeito em outros. Por isso, eles precisam ter um conhecimento integral das técnicas. Para apresentar este leque de possibilidades às pessoas que chegam à reabilitação”, afirma.

Fundo do poço
Mauro confirma que uma das grandes dificuldades é constatar que a fórmula que o tirou da “vida miserável”, muitas vezes não se aplica aos jovens, tão parecidos com ele, que chegam à clínica.

“Às vezes dá raiva, sensação de impotência. Porque um cara cheio de potencial não segura, com todas as forças, a corda que você oferece a ele. Mas talvez ele precise de outra forma de resgate. É um trabalho longo e nos ajudamos os psiquiatras e os psicólogos nisso”.

Nestes sete meses em que virou terapeuta, ele diz que ainda se surpreende sobre como “o fundo do poço pode ser terreno fértil para nascer exemplos bons”.

“Eu estudei nos melhores colégios, tinha casa na praia, roupa de marca. Ganhei meu primeiro carro zero aos 18 anos e troquei por dois quilos de cocaína duas semanas depois. Deixei o conforto da minha casa para morar em um barraco na favela só para ficar mais próximo das drogas. Quem apostaria fichas em mim?”, questiona.

“Até eu duvidava. Mas estou aí. Mostrando que a vida não precisa acabar na dependência.”

A favela da zona sul paulistana onde Mauro morou e presenciou a morte de seus dois heróis ainda é frequentada por ele.

“Volto sempre lá com meu filho, que está com 8 anos, para conversar com as crianças e com os adolescentes. Gosto do que sou agora. E quero mostrar que não é preciso se espelhar no homem que eu já fui.”

Fonte iG

Para queimar calorias e ganhar músculos

Boa alimentação combinada com muitos exercícios fará com que você alcance seu objetivo.Quatro pesquisas dão pistas sobre como trocar gorduras por músculos mais rapidamente

Tomar leite desnatado com chocolate logo após os exercícios
E se os médicos garantissem que tomar um copo de leite desnatado com chocolate depois dos exercícios físicos pode ajudar a queimar calorias? Parece desculpa de quem quer furar a dieta, mas não é. Dois estudos divulgados pela American College of Sports Medicine concluíram que a mistura pode ser uma ótima pedida para o período pós-exercício. Em uma primeira pesquisa, foi descoberto que o leite com chocolate contribuiu para a síntese de proteína muscular e esquelética depois da corrida.

Oito corredoras em boa forma completaram duas corridas (45 minutos cada) em duas semanas de dieta balanceada. Depois de cada corrida, as participantes bebiam um copo de leite com chocolate ou uma bebida rica em carboidratos, as duas com quantidades calóricas semelhantes. Amostras colhidas durante as três horas de recuperação dos músculos mostraram que aquelas que beberam o leite tinham mais marcas de proteína reparadora muscular do que as demais.

O segundo estudo demonstrou que o leite desnatado com chocolate contribui para restituir as provisões de glicogênio nos músculos, uma fonte de combustível durante o exercício prolongado. Os níveis dessa substância foram testados 30 e 60 minutos depois da ingestão das duas bebidas. A quantidade de glicogênio muscular era melhor para as bebedoras de leite em todos os momentos.

Carboidrato na boca, força nos músculos
Pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, provaram pela primeira vez que a simples presença do carboidrato na boca pode aumentar imediatamente a força muscular, antes mesmo dele ser engolido. Os resultados sugerem que uma série de reações químicas neurais antes desconhecidas são ativadas quando os receptores da boca detectam o carboidrato, estimulando partes do cérebro que controla as atividades musculares, produzindo e aumentando a força.

“Parece ter uma série de reações químicas no cérebro que diz aos nossos músculos que a energia está a caminho”, diz o coordenador da pesquisa, Nicholas Gant, do departamento de Ciência do Esporte e do Exercício. “O tamanho do efeito não está relacionado à quantidade de glicose no sangue ou ao cansaço.”

No primeiro experimento, 16 mulheres saudáveis tomaram uma solução de carboidratos enquanto faziam exercícios. A força do músculo foi medida antes e imediatamente depois, assim como a atividade cerebral.

Um segundo após engolir a bebida, as atividades neurológicas aumentaram 30% e a força muscular 2%. O efeito durou em média três minutos. E como esperado, 10 minutos depois, quando o carboidrato caiu na corrente sanguínea, houve um segundo aumento de força

Leite, leite, leite
Dois copos de leite desnatado ao dia são o suficiente para fazer uma mulher perder mais peso e ganhar um corpo mais definido. Esse é o resultado de um estudo da Universidade de McMaster , do Canadá, que reforça a pesquisa realizada pelo American College of Sports Medicine. Como exercícios de força não são os preferidos das mulheres,

O estudo demonstrou que a ingestão de leite aumentou a massa muscular e a perda de gordura. “Nós esperávamos que o ganho de massa fosse maior, mas a quantidade de gordura perdida nos surpreendeu”, afirmou Stu Phillips, professor da universidade e coordenador do estudo. Agora os cientistas estudam se a combinação de proteína de alta-qualidade, cálcio e vitamina D é a responsável pelo resultado.

Caminhada antes de encarar a feijoada
Quanto maior a quantidade de lipídios no corpo, maior a propensão a criar tecido adiposo, os famosos pneuzinhos. Para diminuir a quantidade de lipídios, cientistas descobriram que exercitar-se até um dia antes de cair de boca naquela feijoada pode fazer com que o nível dessa substância no sangue seja até 30% menor.

Fonte iG

Os benefícios da água termal

Saiba o que a água nutritiva e 100% pura pode fazer pela sua pele

Quando a umidade relativa do ar chega em torno de 30%, coloca a cidade e a pele de muita gente em alerta. Para a saúde em geral a indicação é ingerir muita água e, para a pele, a regra não muda. Mas o líquido em questão é de um tipo ainda mais especial: a água termal.

O ideal é não esperar que o clima fique seco ou muito quente para usufruir de seus benefícios. Segundo especialistas, bastam algumas borrifadas para hidratar, acalmar e até equilibrar o pH da pele. "Por ter propriedades terapêuticas e conter nutrientes e oligoelementos, seu efeito geralmente é imediato, mesmo após um peeling, queimadura ou outra ação irritante", diz a dermatologista Flávia Addor, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A dermatologista Carolina Ferolla, especialista em clínica médica, explica que a água termal é indicada até para as peles mais sensíveis, podendo ser aplicada inclusive nas assaduras de bebês. "O produto também é indicado para o ano todo. Além de evitar aquele ressecamento característico do inverno, ameniza os males do verão, como queimaduras de sol, sem contar que as borrifadas em dias de calor refrescam muito", indica Carolina. A especialista ainda acredita que o maior benefício é o equilíbrio da hidratação da pele. "Ela hidrata as mais ressecadas e diminui a oleosidade das mais oleosas. O produto, inclusive, auxilia no tratamentos médicos desses dois problemas", esclarece.

A dermatologista Carla Vidal explica que a água termal é um importante coadjuvante em tratamentos estéticos, sobretudo por que, além de suas propriedades calmantes e minerais, não tem efeitos colaterais. "Nesses casos, borrife antes de aplicar o cosmético em questão. E, se possível, converse com o médico sobre a melhor forma de uso", sugere.

O produto, além de ser encontrado em spray, também pode estar nas composições de alguns cremes hidratantes faciais e corporais. "Neste caso, vai estar descrito no rótulo. As empresas têm apostado muito neste componente. A água termal ainda pode reforçar o efeito dos ativos presentes nos cosméticos", avalia Carla.

Dicas de uso
Pode ser usada a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. Ela pode, inclusive, ser levada na bolsa. "Apesar de não ter nenhum cuidado específico em relação ao seu armazenamento, deve ser abrigada do calor e da pressão, por estar contida em lata", alerta Flávia Addor, da SBD.

- Borrife pela manhã, ao acordar. Pode ser antes da maquiagem e de outros cosméticos.

- À noite, borrife novamente, após limpar a pele e antes de aplicar outro hidratante.

- No verão, deixe o frasco na geladeira para conferir ainda mais refrescância ao aplicar.

- Na praia, borrife após ou durante a exposição solar.

Saiba mais
O QUE É: Para ser termal a água deve ser pura, subterrânea e enriquecida pelos minerais contidos nas rochas. Ela contém até 2.000 mg de sais minerais provenientes do solo, sendo rica em selênio e zinco. Outra característica do líquido ainda na fonte é a temperatura elevada ( de 37 a 50 graus).

O QUE FAZ: Rica em nutrientes, tem ação calmante, anti-inflamatória, suavizante, antioxidante, cicatrizante e hidratante e ainda renova as células, devido ao gás sulfídrico.

Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Mezzo de Cosmetologia e Estética, Paschoal Rossetti Filho afirma que todos os benefícios estéticos da água termal já foram comprovados cientificamente, mas, para chegar ao consumidor com estas vantagens, o líquido precisa ser extraído por meio de uma tecnologia especial. "A água precisa ser extraída de forma intacta para chegar ao consumidor de forma pura e com seus minerais preservados", diz.

Fonte iG

Os mosquitos preferem picar homens ou mulheres?

Mosquito: na hora da picada, o que conta mesmo é a superfície corporal
Pesquisas mostram que, na hora da refeição, o gênero é mais um detalhe

Os mosquitos acham algumas pessoas mais saborosas que outras. Mas existe uma ideia de que as mulheres, pelo menos para os mosquitos, são o sexo mais doce, supostamente porque o estrogênio é um forte atraente.

Na realidade, o gênero influencia, mas não da forma como a maioria das pessoas pensa. Como apontou um relatório publicado no “Annals of Internal Medicine”, os homens têm maior probabilidade de serem atacados, basicamente devido ao seu tamanho corporal.

“Pessoas maiores tendem a atrair mais mosquitos”, disse o estudo, “talvez por causa de seu maior calor relativo ou dióxido de carbono”.

Um efeito similar pode ser visto entre as mulheres. Quando os cientistas compararam mulheres grávidas com suas colegas que não estavam grávidas em um estudo publicado na “Lancet” em 2000, eles descobriram que as grávidas atraíram duas vezes mais mosquitos. O estudo observou que as grávidas expiravam mais dióxido de carbono e tinham temperatura corporal mais alta, permitindo que os mosquitos a detectassem mais facilmente.

Além do dióxido de carbono, o ácido lático é um forte atrativo, por isso as pessoas são mais atacadas quando estão ao ar livre e suando, disse o Dr. Clifford W. Bassett, do Allergy and Asthma Care, em Nova York.

“Os mosquitos podem sentir esses químicos até 30 metros de distância”, disse Bassett.

Para pessoas que apresentam fortes reações a picadas de mosquitos, ele recomenda usar repelente e tomar um anti-histamínico oral não sedativo – que pode diminuir a coceira depois de uma picada – antes de passar um tempo ao ar livre.

Conclusão: pesquisas sugerem que os homens têm maior tendência a serem atacados por mosquitos do que as mulheres.

Fonte iG

Massagem contra dor nas articulações da mandíbula

Dor de cabeça é sintoma da DTM
Estudo da Unicamp revela que técnica tem 90% de eficácia para tratar a Disfunção Temporo Mandibular

Uma técnica de massagem se mostrou eficaz no tratamento de DTM (Disfunção Temporo Mandibular) e já está sendo utilizada como alternativa terapêutica na clínica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O método é conhecido como mulligan e consiste em pequenos movimentos nas articulações da mandíbula, realizados com o objetivo de reposicioná-la. “São micro movimentos de deslizamento, que vão acertando a posição das articulações”, explica a fisioterapeuta Renata Di Grazia.

A DTM é uma disfunção óssea ou muscular das articulações temporo mandibulares (ATM), que pode provocar dor de cabeça, estresse e tensão muscular, além de dor nos dentes, na face e no pescoço. “Cerca de 80% dos pacientes são mulheres”, revela Heitel Cabral Filho, consultor da Associação Brasileira de Odontologia.

Para comprovar a eficácia do tratamento, uma pesquisa foi realizada na Unicamp. A fisioterapeuta Renata Di Grazia reuniu cerca de 40 mulheres que passaram por sessões de 30 minutos de mulligan, duas vezes por semana.

Após dois meses, cerca de 90% das pacientes relataram que estavam livres dos incômodos sintomas. Todas as pacientes tinham diagnóstico fechado de DTM e apresentavam pelo menos três sintomas típicos da doença.

Saga em consultórios
O paciente muitas vezes passa por uma verdadeira saga em consultórios médicos até descobrir que está com DTM. Isso por causa dos sintomas, que nem sempre parecem estar diretamente ligados à mandíbula.

A dor de cabeça, por exemplo, gera muita confusão em pacientes e médicos. O primeiro impulso da pessoa com o problema é procurar um neurologista. Mas os exames que geralmente são feitos não revelam nada. Então, o paciente busca a opinião de outro médico e corre o risco de continuar sem respostas. Com sorte, alguns acabam chegando ao dentista, que é capaz identificar e de tratar o problema.

Massagem ou manipulação manual
Existe uma diferença entre massagem e manipulação manual, que é o nome preciso do método utilizado para tratar DTM. “A massagem serve para tecidos moles, como músculos, enquanto a manipulação manual é aplicada em articulações e regiões internas do corpo”, esclarece a fisioterapeuta Renata Di Grazia.

Fonte iG

Os benefícios da massagem para a terceira idade

Quem gosta de receber massagem só deve ter cuidado com o profissional a ser escolhido e a técnica empregada

Uma vez por semana, Maria Eugênia Pinto pega o carro e passa na casa de três amigas para o que chama de “uma das melhores horas da semana”.

Há um ano e meio, ela começou a fazer massagem no salão de beleza que frequenta todas as quartas.

“Vou lá, faço a massagem relaxante e já me sinto nova. Depois, faço as unhas, o cabelo, e fico batendo papo com as amigas. É o dia que reservei para me cuidar”, relata a aposentada de 75 anos.

“Virou rotina. Acho que minha pele melhorou e tenho sentido menos dores quando acordo. Até meu marido elogiou”, comemora.

A massagem relaxa, alivia dores nas costas e na cabeça e traz bem-estar. Na terceira idade, os benefícios vão além.

“Aumenta a nutrição da pele e dos músculos e auxilia na mobilidade”, explica a fisioterapeuta do hospital Samaritano Lilian Moraes Grecco.

“É ótima para lubrificar, porque nessa idade a pele é mais seca e fica menos flexível, podendo levar a infecções. E também ativa a circulação”, aponta Silvia Pereira, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

A partir dos 60 anos, o desgaste natural dos músculos – algo intrínseco à idade – faz com que eles aguentem uma carga menor, causando dores mais intensas e frequentes. Além disso, há a perda de massa muscular própria do envelhecimento. Todos esses sintomas podem ser amenizados com sessões de massagem.

“No inverno, eu tinha muitas dores, só pelo fato de estar frio. Hoje já não tenho e sinto meus músculos menos duros, me mexer ficou mais fácil”, conta Maria.

Entre as vantagens da massagem na terceira idade Lilian ressalta ainda o aumento da consciência corporal.

“É o que chamamos de propriocepção, ou seja, como posicionar melhor ombro, braço, perna, e distribuir melhor o peso do corpo. Isso leva também a uma melhora no equilíbrio”, reforça. A massagem também pode ter caráter preventivo: “A grande maioria dos idosos procura esse serviço quando tem dor. Nessa idade, as dores são incapacitantes”, relata Lilian.

O simples toque do terapeuta também ganha importância. “O idoso recebe pouco afago”, avalia Silvia. A pessoa sabe que, pelo menos naquela hora reservada para ele, vai receber atenção e carinho.

Cuidados
Apesar dos inúmeros benefícios, a massagem exige cuidados especiais na terceira idade. A pressão exercida deve ser mais suave a fim de não machucar a pele ou causar hematomas. Também é preciso ficar atento ao quadro de saúde do idoso.

“Se a pessoa chega com dores nas pernas e inchaço, por exemplo, o profissional deve desconfiar de uma possível trombose e pedir uma avaliação mais detalhada. Fazer massagem em quem tem trombose, por exemplo, pode piorar o quadro. Por isso, é essencial saber as doenças existentes ou até mesmo se há alguma razão para a queixa dessa dor”, enfatiza Lilian.

A massagem é contraindicada para quem tem doenças vasculares como a trombose ou para pacientes com osteoporose ou osteopenia. Quem faz uso de medicamentos como a aspirina, a fim de afinar o sangue, deve ter cuidado redobrado porque a formação de hematomas é mais frequente. Outra preocupação é procurar um profissional especializado.

“Fisioterapeuta, fisiatra ou professor de educação deve saber como manipular o corpo de um idoso, porque as articulações são menos lubrificadas e a mobilidade é menor”, alerta Silvia.

Fonte iG