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domingo, 22 de julho de 2012

Você sabe o que é o efeito nocebo, o inverso do efeito placebo?

Enquanto o efeito placebo é alvo de inúmeras pesquisas, faltam informações científicas sobre o efeito nocebo e como ele afeta a prática clínica, indicam pesquisadores alemães em novo estudo.

O efeito nocebo, ao contrário do efeito placebo, é quando uma pessoa sente a piora de sintomas específicos ao ingerir um fármaco inerte, ou placebo – um comprimido de açúcar, por exemplo. Esta resposta, sublinham pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, pode ser provocada por sugestão negativa não intencional por parte dos médicos ou enfermeiros ao informar o paciente sobre as possíveis complicações de um tratamento. “Os eventos adversos em tratamento com medicamentos, por vezes, acontece por um efeito nocebo”, apontam.

As conclusões foram feitas com base em uma metanálise – uma revisão de estudos. Foram pesquisados todos os estudos que continham como palavras-chave “efeito nocebo” e “nocebo” publicados no PudMed até 2011. O PubMed é um banco de dados que contém mais de 17 milhões de referências de artigos médicos publicados em cerca de 3,8 mil periódicos.

Só recentemente o efeito nocebo recebeu maior atenção dos pesquisadores. Em um dos resultados, os autores mostram que em cinco de outubro de 2011 haviam 151 publicações sobre o tema “nocebo”, em comparação com mais de 150 mil em “placebo”. E destas 151 publicações, apenas pouco mais de 20% eram estudos empíricos: o resto eram cartas ao editor, comentários, editoriais e opiniões.

Mecanismos psciológicos e neurobiológicos
No estudo, eles levantaram que os mesmos mecanismos psicológicos por trás do efeito placebo são também responsáveis pela resposta nocebo, que seriam a aprendizagem por condicionamento e reação às expectativas da informação verbal ou por sugestão dos possíveis efeitos colaterais.

Em um estudo experimental pesquisado, 50 pacientes com dor lombar crônica foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Antes de um teste de flexão de perna um dos grupos foi informado que o teste poderia levar a um ligeiro aumento da dor, enquanto o outro grupo foi informado de que o teste não tinha efeito sobre o nível de dor. O grupo com informações negativas, realizou menos flexões e relataram sentir dores mais fortes em comparação ao outro grupo.

Os autores descobriram também que os “mensageiros” químicos centrais responsáveis pelo efeito placebo estão envolvidos na resposta nocebo, no entanto eles agem de forma inversa. Enquanto a secreção de dopamina e os opióides endógenos é aumentada no grupo do placebo gerando a analgesia (fim da dor), no efeito nocebo, esta reação é diminuída gerando a hiperalgesia (sensibilidade à dor).

Porque o agravamento dos sintomas, por exemplo, aumento da sensibilidade à dor é frequentemente associado com a ansiedade, outros processos centrais estão envolvidos na dor. Até à data, uma predisposição genética para resposta ao placebo foi demonstrado apenas para a depressão e ansiedade social; tal predisposição para uma resposta nocebo até agora não foi mostrado.

E quais são as consequências para a prática clínica? “Os médicos encontram-se em um dilema ético entre a sua obrigação de informar o paciente sobre os possíveis efeitos colaterais de um tratamento e seu dever de minimizar o risco de uma intervenção médica e, portanto, para evitar que que se desencadeie o efeito nocebo”, respondem os autores em artigo publicado no periódico Deutsch Arztebl Int. “Como uma estratégia possível para resolver este dilema, sugere-se enfatizar a tolerância de medidas terapêuticas. Outra opção, com a permissão do paciente, seria a de não se discutir os efeitos indesejáveis”, finalizam.

Fonte O que eu tenho

Pessoas mais “viajadas” solucionam problemas mais facilmente

Pessoas com vivência fora de seus países de origem ou que tiveram contato próximo, durante algum tempo, com pessoas que falem outras línguas, resolvem melhor os problemas relacionados com negociação.

O resultado é de um estudo feito Willian Maddux, pesquisador do Kellogg School of Management, que entrevistou 210 alunos universitários em um teste para medir a criatividade através de um exercício de negociação. Os resultados foram publicados no Journal of Personality and Social Psychology.

Maddux utilizou testes – também chamados de jogos de laboratório – que envolviam “exercícios de negociaçãos”. Esse tipo de teste é composto por uma situação hipotética onde se busca uma resolução que satisfaça ambas as partes envolvidas.

De um lado desse jogo estavam os estudantes, agindo como “negociadores”, e do outro lado atores treinados que deveriam dar determinadas respostas e aceitar ou não os termos da negociação.

Com base nesses testes os pesquisadores descobriram que pessoas com experiência fora do seu país de origem são mais abertas a novas experiências e portanto novas formas de negociar ou solucionar um problema.

Além disso os participantes do teste com algum tipo de experiência com outras culturas são mais maleáveis nos tratos pessoais (descritas como mais “simpáticas”) e são menos suscetíveis a “impasses”, ou seja, situações limite onde nenhuma das partes admite dar continuidade a uma negociação (seja ela qual for).

Os dados mostram que 60% dos entrevistados “mais viajados” conseguiam soluções para os problemas contra 42% dos “menos viajados”.

Fonte O que eu tenho

Inverno: tempo seco piora saúde respiratória, explica especialista

Especialista em alergias do Hospital-Sírio Libanês, em São Paulo, explica como prevenir as alegrias respiratórias mais comuns durante o inverno.

No inverno aumentam a incidência de dias mais secos. Poeira e poluição ficam suspensas no ar que respiramos e as pessoas tendem a ter sua saúde respiratória piorada. A situação se agrava mais para quem tem maior tendência à alergias.

“Pacientes com algum tipo de alergia normalmente têm as vias respiratórias mais sensíveis à inflamação. E se os dias secos causam problemas em pessoas saudáveis, nos alérgicos o quadro é agravado. Agentes externos – que são normalmente a causa dos eventos alérgicos – ficam mais tempo no ar e é também nessa época do ano que os ácaros acabam se proliferando mais também. Isto pela falta da luz do sol – menos incidente nas casas – e pelo fato de que roupas de cama e de frio guardadas há muito tempo voltam a circular pela casa”, explica Ana Paula Moschione Castro alergista do Núcleo Avançado do Tórax do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Entre os quadros mais comuns, explica a alergista, está a rinite alérgica (40% de toda a população infantil sofre desse problema, por exemplo), a asma (uma alergia que ataca e inflama os brônquios, também conhecida por bronquite) e a conjuntivite alérgica, que não ataca as vias aéreas mas também é piorada pelos alérgenos suspensos no ar.

Controle dos fatores ambientais
A melhor forma de se proteger e diminuir os quadros associados às alergias, diz Ana Paula, é começar pelo controle ambiental.

“Controlar a limpeza do ambiente já é meio caminho andado para diminuir as crises alérgicas. Partindo-se do pressuposto que a casa não tem carpete – um pecado no caso dos alérgicos – é preciso deixá-la sempre limpa. Cortinas são um dos piores locais para se acumular estes alérgenos, então atenção redobrada com estes itens”, alerta a especialista. O bolor também é um desencadeador de alergias. Então, este é outro ponto importante.

E para quem usa aspirador de pó, uma dica importantíssima da alergista: os filtros tradicionais não livram a casa dos ácaros. “Existem no mercado filtros especiais, os chamados ‘filtros HEPA’, que são ideais para conter os ácaros. Do contrário, o aspirador de pó só vai filtrar a poeira e espalhar os ácaros por onde passar”, diz.

Já os esterilizadores de ar, que são indicados para o controle dos ácaros e mofos, são eficientes, mas não acompanham o ritmo de vida das pessoas. Eles ajudam a fazer a limpeza do local onde se vive, mas normalmente, quando se muda de ambiente (escola, trabalho, academia ou outros locais) a pessoa volta a sofrer com a alergia. “O custo de se manter dois ou mais esterilizadores em todos os locais por onde o alérgico transita é alto”, aponta Ana Paula

Bichos de pelúcia e colchões
No caso das crianças, os bichos de pelúcia são um dos principais problemas a serem controlados. E aqui outra dica da especialista: manter estas pelúcias durante um dia no freezer ajuda a acabar com os ácaros presentes. A mudança para uma temperatura muito baixa acaba com a praga.

“Há também a questão dos colchões e travesseiros. Quando ficam velhos eles passam a soltar fuligens por causa da degradação do material com o qual são fabricados. Os colchões, por exemplo, têm data de validade indicada pelo fabricante. Mas para se ter um número de cabeça é só lembrar que a média dessa validade é de cinco anos. Depois disso, o colchão precisa ser renovado. Para os travesseiros, que são itens mais baratos, o ideal é trocar de ano em ano”, diz Ana Paula.

Dicas
Abaixo oito dicas para controlar os fatores que podem desencadear as crises alérgicas:

1. Troca anual de travesseiro;

2. Lavar e passar muito bem roupas de cama e principalmente fronhas, pelo menos uma vez por semana;

3. Exposição ao sol dos colchões, edredons e almofadas;

4. Aspiração semanal da casa e principalmente quartos;

5. Remoção de carpetes;

6. Higiene ambiental è fundamental: procure manter a casa sempre limpa e bem arejada;

7. Lavagem usual dos bonecos de pelúcia e cortinas;

8. Trocar o colchão se já estiver com mais de cinco anos de uso.

Fonte O que eu tenho

Correndo sem tênis: ponta dos pés diminui impacto no calcanhar

Quem acompanha o atletismo e conhece os principais esportistas da categoria não deve ficar chocado quando se fala em correr descalço. Grande campeões mundiais já ganharam maratonas sem usar nenhuma tecnologia nos pés.

Há alguns anos, entretanto, o movimento mais natural da corrida vem ganhando espaço entre os amadores também. O principal medo a ser vencido é o perigo de pisar em algo que possa machucar a planta do pé. Em segundo lugar está o medo de deixar de correr com o calcanhar e aprender uma nova pisada.

Para a proteção dos pés, já há diversos equipamentos desenvolvidos. Alguns bem inusitados, outros muito similares aos tênis comuns. Já quanto à pisada, o movimento da passada parece ser o mais natural possível e correr com o calcanhar é algo que se aprende. Modificar este padrão é algo relativamente rápido.

“O barefoot running, ou corrida descalça em tradução livre, não me pareceu algo confiável no primeiro momento. Por isso botei a hipótese da corrida sem tênis à prova. Fiz uma série de testes com um equipamento de uma das marcas disponíveis no mercado. Depois de algum tempo recrutei alguns alunos e montei um grupo focal para trocar impressões sobre esse tipo de exercício, também chamado de ‘corrida minimalista’”, explica Giulliano Esperança, conselheiro da Sociedade Brasileira de Personal Trainners.

As impressões obtidas com o grupo vem sendo colhidas nos últimos seis meses, explica Esperança, que soma quase 500 quilômetros treinados com uma sapatilha do tipo “FiveFingers“. “A adaptação ao movimento foi natural e o mesmo foi observado pelo grupo focal. A musculatura da parte da frente e meio do pé e das pernas substituem o impacto no tornozelo. Essa combinação parece diminuir o impacto como um todo, absorvendo melhor o peso do corpo. Em testes em esteira, notamos, por exemplo, uma diminuição drástica no barulho decorrente das passadas. O barulho é sinônimo de impacto e, portanto, é sensível essa modificação no padrão”, observa o especialista.

Outro fator interessante, diz Esperança, é a chamada “plantificação dos dedos”, ou seja, notou-se uma maior extenção dos desdos após o treino. A hipótese de Giulliano é que as falanges, que se contraiam pelo uso do tênis, começaram a ficar mais alongadas.

“Por causa dessas modificações nas estruturas do pé e no novo padrão de pisada, todos os participantes também observaram um incômodo muscular maior – dores leves – nos primeiros dias de treino. Mas em menos de uma semana isso já estava superado.”

Em compensação, aponta o especialista em exercício, houve uma maior sensação de alívio no cansaço nos dias seguintes aos treinos. “Isso talvez porque os músculos se recuperem mais rapidamente com o tempo, já que é um conjunto muito utilizado no dia a dia e que deve ter uma taxa de recuperação mais refinada”, diz.

Mudança da corrida para o calcanhar
A mudança da passada da corrida para o calcanhar é recente. Foi somente na década de 1970 que os primeiros tênis com amortecimento começaram a ser desenvolvidos. Antes disso, basta buscar fotos históricas, e até mesmo esportes como o basquete utilizavam tênis planos, como o popular AllStar, que figurava nos pés das grandes estrelas da época.

Os novos tênis aumentaram o conforto, é verdade, mas podem ter contribuído com uma mudança que jamais foi imaginada pela natureza. Esse novo paradigma nas mudanças de pisadas mereceram até mesmo a criação de um grupo de pesquisa na Faculdade de Medicina de Harvard, nos EUA.

“Os tênis ainda são classificados com o tipo de pisada. Mas é a pisada no calcanhar, vale observar. Supindo, pronado e neutro são termos que não se aplicam quando você move essa pisada para a parte posterior do pé”, afirma Giulliano. “Essa modificação também melhora o equilíbrio durante os treinos”, completa o especialista que agora vai testar o novo padrão de exercícios em uma maratona completa.

“Os testes com o grupo focal, até o momento, trouxeram dados bastante interessantes. Analisamos treinos em esteira, em terrenos diversos e com durações variadas. A maratona é uma modalidade a ser observada também”, finaliza o especialista em exercícios.

Fonte O que eu tenho

Dieta pode influenciar no controle de condições neurológicas, aponta pesquisa

A restrição calórica acentuada – comer menos ou apenas o suficiente para os gastos calóricos diários – pode contribuir para que o cérebro fique protegido contra problemas neurológicos.

Esse tipo de restrição calórica, que foca diminuir as calorias de forma extrema, cortando qualquer tipo alimentos com as chamadas “calorias vazias” (deixando de lado, por completo, doces e alguns tipos de gordura) e concentrando o consumo alimentar apenas em comidas altamente saudáveis, pode não somente contribuir para um melhor controle do peso, mas também retardar a oxidação de algumas células no corpo.

De acordo com os defensores desta hipótese, este tipo de dieta diminui os efeitos do envelhecimento e também, aponta uma nova pesquisa, protege contra os efeitos do processo natural do envelhecimento no cérebro .

O estudo, feito por pesquisadores da Universidade do Texas,nos EUA, e publicada no periódico Aging Cell, partiu de dados gerados com modelos animais. Moscas modificadas geneticamente para simular os efeitos da doença de Parkinson e cuja dieta foi restrita ao mínimo, conseguiram interromper o processo de degeneração neuronal e, em alguns casos, reverter o processo.

Hipótese testada em modelos animais confiáveis
As moscas drosófilas são um modelo animal barato, de crescimento rápido, cuja população observada pode ser de milhares, é normalmente usada para pesquisas em neurociências. Este tipo de pesquisa é usada como ponto de partida para testar diversas hipóteses, pois, apesar minúsculos, o funcionamento de algumas de suas estruturas neuronais guardam certas semelhanças com o cérebro humano.

Benjamin Eaton, principal autor do estudo, aponta que as descobertas podem ajudar em futuras estratégias para diminuir as perdas neuronais que ocorrem com condições como o Parkinson, Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.

“Em modelos animais o processo de restrição intensa do consumo calórico resultou, em alguns casos de reversão completa do processo de neurodegeneração. Justamente as células que carregam os sinais elétricos entre os neurônios que foram mais afetadas”, diz o autor.

Em humanos, entretanto, é preciso fazer mais pesquisas para determinar com grande certeza que o mesmo pode acontecer. Em hipótese a resposta é bastante positiva, mas somente com testes e acompanhamento de pesquisadores de outras áreas será possível indicar um controle calórico rigoroso como alternativa para a saúde do cérebro.

Fonte O que eu tenho

Pós-menopausa: estratégias simples ajudam a emagrecer

Recente pesquisa com foco nas mulheres que já passaram da menopausa mostra que algumas dicas simples funcionam para perder peso – até 10% do peso em um ano: mantenha um diário alimentar – mas seja sincera, não vale mentir – , evite pular refeições e tente não comer fora com muita frequencia.

O estudo, publicado no periódico Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, é o primeiro a examinar o impacto de uma ampla gama de comportamentos de automonitoramenteo, além de padrões de refeições na mudança de peso entre mulheres com sobrepeso ou obesidade que já estão na menopausa. Outras pesquisas demonstraram que a restrição das calorias totais é mais importante que a composição da dieta, como dietas de baixa gordura ou de baixos carboidratos, o que levou a líder da pesquisa, Anne McTiernan, a se perguntar quais hábitos e comportamentos ajudam em uma redução do consumo de calorias.

O acompanhamento de 123 mulheres sedentárias e obesas ou com sobrepeso com idades entre 50 e 75 anos durante um ano revelou que aquelas que registravam tudo que comiam perdiam em torno de 2,7 quilos a mais em comparação àquelas que não mantinham um diário. A dica para não perder o controle nas anotações é manter um bloquinho na bolsa ou algum aplicativo no celular que permita o controle das calorias. Seja qual for a opção, as orientações são:

• Seja honesta – registre tudo que você come.

• Seja precisa – meça as porções, leia as etiquetas.

• Seja completa – inclua detalhes sobre como o alimento foi preparado, além da adição de coberturas, molhos e condimentos.

• Seja consistente – leve seu diário sempre consigo ou, caso tenha um smartphone, use uma aplicativo de registro de dieta para não deixar de registrar as calorias das refeições.

Seguindo estes conselhos, é mais fácil controlar a ingestão de calorias. Além disso, a perda de peso é maior se a alimentação se der em intervalos regulares, sem “pular” nenhuma refeição – principalmente o almoço. Não está bem claro como funciona este mecanismo, mas o estudo apontou que quem “pula” uma refeição perde em um ano 3,6 quilos a menos que quem faz todas as refeições. Além disso, comer frequentemente em restaurantes faz com que se perca 2,26 quilos a menos por ano.

No fim do estudo, as participantes que seguiram as indicações emagreceram até 10% do peso inicial, que era o objetivo da intervenção.

“Nós acreditamos que estes achados são promissores, porque mostram que estratégias básicas, quando seguidas pelas mulheres após a menopausa – um grupo conhecidamente em risco para o ganho de peso –, pode ajudá-las a emagrecer”, conclui.

Fonte O que eu tenho

Bullying no trabalho é uma bomba relógio para as empresas

Um ambiente de trabalho onde o bullying é algo recorrente, mesmo quando o profissional não é o foco das agressões, aumenta as chances dos profissionais saírem para outras empresas. E isso independe de outros benefícios que a empresa onde ocorre o bullying forneça aos empregados. O mais interessante, diz uma pesquisa canadense, é que a repulsa pelo ambiente é menor entre aqueles que são agredidos.

O resultado é de uma pesquisa canadense, publicada no periódico Human Relations, e que acompanhou profissionais de saúde em ambientes onde o bullying ocorria contra colegas de trabalho. Os profissionais que trabalhavam junto com esses alvos de bullying eram, de acordo com seus relatos, tão ou mais impactados por esse tipo de violência.

“As empresas, quando não coíbem ou fazem de conta que o problema não existe, têm muito a perder pois o número de pessoas impactadas pelo bullying não se limita àquelas que são agredidas por colegas ou chefias”, explica Marjan Houshmand, um dos autores do estudo feito pela Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.

O estudo partiu da análise de dados coletados em mais de 350 profissionais da área de saúde em 41 hospitais diferentes, o que indica também que o problema não é algo pontual e mais comum nos ambientes de trabalho do que se imagina.

De acordo com os pesquisadores os alvos das agressões tem pensamentos constantes em sair da empresa e irem para outros locais, assim como aqueles que presenciam os bullies – quem comete o ato de agressão – também são mais propensos a isso. Mesmo empregados que trabalham em outras áreas longe de onde o bullying ocorre – e ficam sabendo dos atos por meio de terceiros – também engrossam as fileiras do chamado turnover (um jargão usado para indicar alta rotatividade de empregados dentro de uma empresa).

Turnover custa caro
O turnover é custoso, já que os investimentos feitos no empregado (ajustes às escalas e métodos de trabalho, cursos, integração à nova equipe) são altos e acabam aumentando ainda mais quando há necessidade de retomar a formação de um novo empregado. Além disso, um ambiente de trabalho onde o bullying ocorre acaba sendo visto por novos candidatos como um local negativo, o que afasta bons profissionais ou atrai o tipo de trabalhador que precisa apenas de um local de trabalho temporário enquanto procura lugares melhores para se trabalhar.

“O índice de turrnover pode ser previsto pelo nível de episódios de bullying no ambiente profissional. E o mais interessante é que os administradores preferem acreditar que um bom ambiente de trabalho é aquele que traz boas experiências pessoais para o trabalhador. Mas nosso estudo mostra que, mesmo que o empregado não seja alvo de agressões, ele tende a simplesmente esquecer tudo de bom que a empresa possa ter oferecido de bom anteriormente. Isso é muito ruim para as empresas e administradores”, diz Houshmand.

Os trabalhadores não impactados indiretamente pelo bullying, em hipótese, se sentem indignados com o que ocorre com os outros e também tendem a achar que o que ocorre não é justo, responsabilizando a empresa pela situação (o que não está errado).

Isso, dizem os pesquisadores, pode se tornar um círculo vicioso e apenas os profissionais com menos empatia por outras pessoas acabam se estabilizando no emprego. No longo prazo o ambiente de trabalho acaba sendo formado apenas por profissionais com pouco ou nenhum trato pessoa, pouco empáticos – não se propõem a ajudar problemas alheios e não se envolvem com os companheiros de trabalho – e que tendem a trabalhar de forma individual em detrimento do grupo.

“Aqueles com maior senso de justiça e que ficam nesse tipo de organização também podem se tornar um problema, já que podem passar a desafiar constantemente as ordens que lhe são passadas, não se sentindo na obrigação de cumprir metas e mesmo trabalhar contra a empresa como forma de ‘vingar’ seus colegas agredidos”, finaliza o pesquisador.

Fonte O que eu tenho

O que nos faz gostar de música?

A percepção da música é uma habilidade evolutiva. Conseguir identificar ritmos e tonalidades de sons é algo que nosso cérebro faz naturalmente e, portanto, essa é a provável origem da música.

As alegações são de um estudo feito pela Universidade de Amsterdã, na Holanda, e que afirma que reconhecer tons relacionados – identificar uma música mesmo quando tocada em tons diferentes, como acontece quando ouvimos uma frase dita por pessoas com vozes pouco similares – e reconhecer um padrão de ritmo – algo que é importante para caçadores, por exemplo – é determinante para que nós, humanos, gostemos de uma música.

Pesquisas anteriores, que tentavam entender a música do ponto de vista evolutivo, indicavam que esse tipo de habilidade estaria relacionada com uma questão sexual. A música seria uma habilidade que destacaria outras habilidades – inteligência ou habilidade manual fina para fazer ferramentas, por exemplo – e facilitaria encontrar um parceiro.

Mas Henkjan Honing e Annemie Ploeger, os dois autores do estudo publicado o periódico Topics in Cognitive Science, afirmam que a musicalidade e musica são duas coisas diferentes. A musica é uma expressão cultural e social baseada na musicalidade, uma habilidade cognitiva de identificar e replicar padrões sonoros.

Com isso, dizem os pesquisadores, a hipótese é que a musicalidade – e portanto, a música – seja o indicativo de uma estrutura neuronal que, assim como outras, nos fez evoluir de forma diferente da de outros animais.

Fonte O que eu tenho

Tendências/Debates: O rumo das farmácias brasileiras

O setor farmacêutico é atualmente um dos mais pujantes do mundo. No Brasil, a situação não é diferente. Há uma evolução vigorosa desde 2008 e possibilidade real de o setor dobrar de tamanho até 2017.

Uma estimativa da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) aponta que o Brasil caminha para ser, ainda em 2015, o quinto maior mercado mundial --hoje, é o sétimo. Para isso, é necessário planejar o futuro.

O mercado brasileiro de medicamentos movimentou, em vendas, R$ 24 bilhões em 2008, passando para R$ 43,9 bilhões no ano passado, uma evolução de 82,91%.

As grandes redes associadas à Abrafarma também cresceram acima da média nos últimos cinco anos. Em 2011, a evolução foi de 21%. Em 2012, as vendas avançam com o mesmo vigor e estão 20,85% acima do ano passado.

Esse forte crescimento tem sido influenciado por vários fatores:
- Expansão econômica brasileira, com estabilidade nos principais índices, como inflação e PIB;

- Aumento do emprego formal;

- Melhoria na distribuição de renda e ascensão social;

- Envelhecimento da população;

- Queda de patentes;

- Migração de volumes do institucional para o varejo pelo programa Aqui tem Farmácia Popular.

Há ainda a inovação, criando novos formatos de lojas que atendem às características de cada região.

Para o setor, os próximos anos são extremamente promissores. A expansão da classe C criou um segmento responsável por 42% do movimento de vendas no setor.

A perspectiva de aumento no volume de negócios nos anima. Em 2017, devem ser comercializadas 135 bilhões de unidades de doses, impulsionando o faturamento do mercado brasileiro para R$ 87 bilhões.

Para garantir o crescimento, o grande desafio é explorar melhor os pontos de vendas, principalmente as categorias de higiene e beleza.

Os executivos devem prestar atenção nas necessidades dos clientes, considerando que a maioria opta por farmácias e drogarias que, além da assistência farmacêutica, funcionam 24 horas, entregam em domicílio e oferecem serviços ambulatoriais.

Além disso, 75% dos consumidores percebem a farmácia como um local de conveniência e oferta de serviços de utilidade pública, até mesmo de correspondência bancária --realidade muito comum em pequenas cidades do interior.

Também precisamos cuidar do entorno do negócio. Uma das iniciativas é aprofundar a discussão para a desoneração dos impostos sobre medicamentos. É inconcebível que incida sobre bens essenciais uma carga tributária de 36%, enquanto diamantes, linguiças e cavalos puro-sangue contribuem com módicas alíquotas de até 7% ou simplesmente são isentos de impostos.

O mercado farmacêutico se expande a passos largos e agora passa a conviver com fusões e aquisições, consequência da atividade econômica nacional e, mais do que isso, fruto de uma estratégia certeira do segmento. Com demanda maior, grandes redes buscam formas de se capitalizar e ampliar sua visibilidade.

As recentes fusões deixam claro que o setor está em amadurecimento e enxerga a sua grande importância para a economia brasileira.

A evolução deverá estar sustentada em três pilares: viabilidade econômica, capacidade de operação e marcos legais claros. Mas, acima de tudo, precisamos avançar na eficiência da cadeia, unindo os representantes do setor de todo o Brasil.

SERGIO MENA BARRETO, 44, é presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)

Fonte Folhaonline

Ministro da Saúde anuncia repasse de R$ 50 milhões para HC e Incor

Recursos permitirão a ampliação do número e da qualidade dos transplantes realizados e o aumento de cirurgias eletivas, entre outros procedimentos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira o repasse de R$ 50 milhões para o Hospital das Clínicas e para o Incor (Instituto do Coração), da USP (Universidade de São Paulo).

A verba será repassada anualmente aos órgãos, sendo R$ 31,6 milhões para o hospital e R$ 18,6 milhões ao instituto, que é ligado ao HC. Os recursos serão destinados à qualificação e a ampliação do número de transplantes realizados, o aumento de cirurgias eletivas e de implantação de marca-passos cardíacos, além de reforço nas cirurgias neurológicas e ortopédicas.

"Ao repassar recursos a esses hospitais, o Ministério da Saúde estabelece uma meta de número de cirurgias a serem realizadas, buscando reduzir o tempo de espera por cirurgias para tratamentos mais complexos", disse o ministro.

Os novos aportes, segundo o ministério, ampliarão o atendimento em diversas especialidades de alta complexidade. De 65 mil internações realizadas ao ano, cerca de 1.800 são de usuários de outros Estados, que buscam tratamento para tratamentos complexos.

O anúncio desta sexta soma-se aos investimentos federais que já são repassados aos órgãos. De acordo com o ministério, em 2011 foram repassados R$ 250 milhões ao HC e R$ 109,5 milhões ao Incor.

Fonte Folhaonline

Mulheres superam homens em testes de QI pela primeira vez na história

Pela primeira vez, mulheres superaram os homens em testes de QI feitos em vários países do mundo.

A pesquisa foi coordenada pelo cientista americano James Flynn, que mora na Nova Zelândia e é pesquisador da Universidade de Otago.

Ele estuda há décadas a variação de QI da população mundial e foi quem formulou a tese de que há um aumento progressivo da inteligência a cada geração --o que ficou conhecido como "efeito Flynn".

Há pelo menos um século são feitos testes de QI pelo mundo e, historicamente, as mulheres sempre ficaram, em média, cinco pontos atrás dos homens.

Flynn já tinha observado que essa diferença estava diminuindo pouco a pouco e, no último levantamento, feito em países da Europa Ocidental, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Argentina e Estônia, as mulheres alcançaram pontuações mais altas.

"Nos últimos 100 anos, o QI de homens e mulheres têm aumentado, mas o das mulheres têm aumentado mais rápido. É uma consequência da modernidade", disse o pesquisador em entrevista ao jornal "Daily Mail".

Uma das hipóteses levantada por Flynn é a de que hoje as mulheres são mais exigidas por acumularem papéis da vida profissional e pessoal.

As descobertas serão publicadas em um livro, mas, segundo o pesquisador, ainda são necessários mais testes e pesquisas para explicar totalmente o fenômeno.

Fonte Folhaonline

Chip da USP flagra malária e mal de Chagas

Um chip de poucos centímetros, mas que pode fazer o trabalho de um laboratório inteiro, é a aposta de cientistas brasileiros para o diagnóstico rápido e barato de três doenças que afetam principalmente a população pobre do país e do mundo: malária, leishmaniose e Chagas.

Basta uma gota de sangue para que o dispositivo, criado por cientistas do Instituto de Física da USP de São Carlos, consiga detectar se alguém está infectado. O resultado sai em poucos segundos.

Hoje, os testes laboratoriais são a principal forma de diagnóstico dessas moléstias.

Editoria de arte/Folhapress
Além de não ficarem prontos na hora, esses exames necessitam de uma boa infraestrutura laboratorial. Algo que, em regiões isoladas e endêmicas, pode se tornar um grande obstáculo.

O novo chip elimina esses inconvenientes.

Para funcionar, o dispositivo se vale de impulsos elétricos. É o mesmo princípio dos velhos testes de glicemia -aqueles aparelhinhos geralmente usados por diabéticos para verificar a quantidade de açúcar no sangue.

Mas, em vez de açúcar, o exame brasileiro considera os impulsos elétricos gerados pela reação de uma proteína com os anticorpos que combatem as doenças.

Método
Os anticorpos são uma resposta do sistema de defesa do organismo à doença e só são produzidos por quem já foi infectado por um parasita.

"O chip tem várias nanopartículas [minúsculas esferas] que contêm uma proteína específica. Em contato com o sangue, essa proteína se liga ao anticorpo. O exame se vale das medidas elétricas causadas por essa reação", explica o coordenador do estudo, Valtencir Zucolotto, do Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicologia da USP de São Carlos.

Para cada uma das doenças testadas é usada uma nanopartícula específica.

"O exame conseguiu detectar as doenças até em estágios bastante iniciais", afirma Zucolotto, que tem a colaboração de um time de cientistas: Osvaldo Oliveira Júnior, Fernando Paulovich, Cristina Oliveira e Pietro Ciancaglini, também da USP, e Rodrigo Stabeli, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) de Rondônia.

O grupo já deu início ao processo para patentear o microchip do teste.

Por conta de seu princípio de ação, o método poderia ser usado ainda para detectar outras doenças que também geram uma resposta do sistema imune, como a dengue.

"Ainda é complicado falar em valores, mas ele certamente seria mais barato do que os exames laboratoriais", avalia Zucolotto.

Segundo o cientista, hoje seria possível produzir os circuitos que verificam os impulsos elétricos por algo em torno de R$ 100 e R$ 200.

Os chips, que são descartáveis após o uso, sairiam por cerca de US$ 1 (aproximadamente R$ 2,10).
"Nós desenvolvemos o protótipo, mas, para chegar ao mercado, é preciso que haja indústrias interessadas", completa o pesquisador.

Ressalvas
Na opinião de Fernando Tobias Silveira, pesquisador responsável pelo laboratório de leishmanioses do Instituto Evandro Chagas, do Pará, a ideia do teste é "muito interessante", mas deve-se levar em conta as especificidades de cada doença.

"É preciso estar atento para o fato de que esses chips devem ser impregnados com antígenos altamente específicos. Por exemplo, se a suspeita é de leishmaniose visceral, é preciso que um desses chips esteja impregnado com antígeno de Leishmania infantum chagasi, que é o agente da leishmaniose visceral nas Américas", diz.

"Não adianta impregnar antígeno, por exemplo, de L. amazonensis, porque essa espécie é agente de leishmaniose cutânea no Brasil. Portanto, é preciso considerar que ocorrerão reações sorológicas cruzadas, reações falsas, se essas especificações não forem previstas", completa.

Fonte Folhaonline

Droga para o coração vira vacina contra tumores

Uma classe barata de drogas, usada há décadas para arritmia cardíaca, pode ter uma nova aplicação: potencializar o efeito da quimioterapia e aumentar a sobrevida de pacientes com câncer.

Segundo pesquisadores de diversas instituições da França, entre eles Laurie Menger, do Inserm, os chamados glicosídeos cardíacos, quando combinados com a químio, agem de modo similar a uma vacina e estimulam o sistema imunológico a matar as células do tumor.

Editoria de arte/Folhapress

Ou seja, a droga para o coração transforma os restos das células cancerosas já mortas pela químio em sinais para que o sistema imune seja ativado contra o câncer. O efeito foi descrito em estudo publicado na revista "Science Translational Medicine".

"É uma boa avenida que pode ter grande implicação, já que a droga é de uso amplo e barata", afirma Victor Piana de Andrade, patologista e pesquisador do Hospital A.C. Camargo.

Esse não é o primeiro trabalho a relacionar essas drogas a efeitos antitumorais, mas, desta vez, os pesquisadores foram além e demonstraram os efeitos dos glicosídeos cardíacos in vitro, em camundongos e observaram o efeito dessa combinação de drogas em pacientes tratados para o câncer.
Na etapa in vitro, os autores quantificaram, por meio de um tipo de microscopia que deixa as moléculas fluorescentes, três alterações das células tumorais quando são usados certos quimioterápicos que estimulam uma resposta imunológica capaz de causar a morte do tumor.

Os pesquisadores então usaram uma biblioteca com medicamentos aprovados pela FDA (agência reguladora de medicamentos nos EUA) e encontraram quatro drogas da classe dos glicosídeos cardíacos, entre elas a digoxina, de uso mais amplo, com esse efeito imunogênico. E testaram essa ação em linhagens celulares de diferentes tumores, com sucesso.

O segundo passo foi validar esses achados em camundongos. Em um dos experimentos, o câncer dos bichos foi tratado com quimioterapia e digoxina, e não foi observado crescimento do tumor posteriormente.

Por último, os pesquisadores usaram dados obtidos com pacientes que receberam tratamento para diferentes tumores e observaram que aqueles que usaram quimioterapia e a droga para o coração ao mesmo tempo tiveram uma sobrevida 13% maior em cinco anos do que aqueles que não usaram o remédio para arritmia.

O benefício, porém, foi observado apenas nos tumores de mama, cólon, fígado e cabeça e pescoço e nos pacientes que usaram quimioterápicos diferentes dos que já têm como efeito estimular o sistema imunológico.

Dúvidas
Segundo Andrade, ainda é necessário saber qual é a dose necessária de digoxina para que ela tenha esse benefício extra -algo importante, já que em excesso a droga pode causar a arritmia, em vez de tratá-la- e seus efeitos em pacientes que não têm problemas cardíacos.

Mas, segundo o patologista, há boas chances de o remédio ser implantado mais rapidamente para esse fim porque a substância é antiga e seus efeitos, conhecidos.

"É um conhecimento novo com algum nível de evidência, mas, para isso atingir a população, falta um estudo randomizado e desenhado para essa finalidade", afirma.

Fonte Folhaonline

Detentos ajudam na produção de plantas medicinais no Distrito Federal

Brasília - Técnicos da Farmácia Viva, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, contam com a ajuda de dez detentos do Complexo Penitenciário da Papuda para o cultivo de guaco, boldo nacional e erva baleeira, plantas medicinais usadas no tratamento fitoterápico. O projeto, coordenado pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), abastece a rede pública de saúde, oferecendo matéria-prima para tratamentos alternativos de doenças que podem ser curadas com medicamentos fitoterápicos.

O chefe do Núcleo de Suporte à Assistência Farmacêutica em Terapias Não Convencionais, Nilton Netto, ressalta a importância do cultivo de plantas medicinais para abastecer a rede pública de saúde. "O consumo de plantas fitoterápicas é um meio alternativo para a cura de muitas doenças, e é preciso explorar isso. O empenho tanto dos técnicos quanto dos detentos garante a produção de fitoterápicos de qualidade, que ajudará a população, além de ser muito mais econômico que um remédio tradicional", disse.

A diretora executiva da Funap, Verlúcia Cavalcante, explica que projeto é importante não só para o abastecimento de plantas fitoterápicas para a rede de saúde pública do Distrito Federal, mas também para a ressocialização dos detentos, além de garantir a redução de suas penas. "Eles plantam, colhem e garantem a continuidade de produção [das plantas]. A cada três dias de trabalho, eles [detentos] têm um dia a menos nas penas", disse.

O xarope de guaco, usado no tratamento de excreção de muco, é o medicamento fitoterápico mais prescrito na rede pública no DF. Desde a implantação do projeto, em 2009, já foram produzidos 64.657 frascos do xarope. O boldo nacional é utilizado no tratamento para auxiliar a digestão, e a erva baleeira para dores associadas aos músculos e tendões.

A Farmácia Viva também produz outros seis tipos de plantas medicinais reconhecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em seu Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, como alecrim, babosa e confrei.

Os dez presos que participam do projeto cumprem regime semi-aberto, ou seja, durante o dia trabalham no cultivo das plantas e à noite retornam para a Papuda. O Programa Farmácia Viva abrange 21 unidades de saúde: 17 centros de saúde; um Núcleo de Atenção à Saúde da Família; dois Hospitais e uma unidade especializada. De 2001 a 2011, foram produzidos 182.217 fitoterápicos.

Fonte Agência Brasil

Farinha de frutas em favor da saúde

Maracujá, uva, banana verde e laranja viram pó na luta contra o excesso de peso e as doenças associadas à obesidade

Nas lojas de produtos naturais ou até mesmo nas prateleiras das farmácias, as farinhas de frutas ganham espaço.

Maracujá, uva, banana verde e laranja são as mais conhecidas e também as mais vendidas este ano, embora já sejam comercializadas há algum tempo.

O consumo desse tipo de suplemento vem aumentando em busca de seus propagandeados efeitos emagrecedores. Alguns deles realmente comprovados, como é o caso do maracujá.

Uma pesquisa conduzida pelo químico Armando Sabaa Srur, da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), concluiu que a pectina, substância presente na casca da fruta, causa saciedade precoce. Isso porque a pectina é uma fibra solúvel e, ao entrar em contato com os líquidos estomacais, vira um gel, evitando que o estômago se esvazie rapidamente. Com esse funcionamento, a substância vira aliada também de quem precisa controlar os picos de insulina, como os diabéticos.

“A farinha de maracujá é hipoglicemiante, ou seja, melhora a tolerância à glicose. Mas ela atua apenas como um coadjuvante no tratamento”, alerta a nutricionista Ariane Pereira, da DNA Nutri.

A grande sacada desses produtos é concentrar a quantidade de fibras contidas nos alimentos ou aproveitar partes que normalmente serão descartadas, como a casca de maracujá.

“No entanto, é preciso saber qual comprar: algumas contêm fibras solúveis, portanto mais indicadas para quem tem prisão de ventre; outras são ricas em fibras insolúveis, que melhoram a motilidade intestinal”, explica Ariane.

As fibras prontas são consideradas eficazes, porém é importante que a quantidade e modo de uso sejam orientados por um nutricionista, já que existem recomendações diárias, salienta a nutricionista Gabriela Paschoal, da VP Consultoria Nutricional.

Para ter o efeito desejado e ajudar a manter a saúde, a ingestão de fibras deve ser acompanhada de um aumento no consumo de água, ou o resultado pode ser o contrário do desejado. Em uma dieta balanceada, é indicado que uma pessoa coma diariamente de 25g a 35g de fibras.

Os suplementos, no entanto, são recomendados para quem não come muita fruta ou legume e, portanto, não consegue alcançar a quantidade saudável. A seguier, conheça as principais farinhas existentes no mercado e veja como elas agem no corpo.

Farinha de Laranja
Produzida a partir da casca de laranja desidratada, é rica em fibras, principalmente a pectina – fibra dietética solúvel em água, encontrada em maior quantidade na laranja. Alguns trabalhos científicos mostram que esta fibra está relacionada com a redução dos níveis de colesterol e triglicérides. Além disso, retarda o esvaziamento gástrico, tornando-o mais lento, aumentando a saciedade. A consequência desse efeito seria a redução da ingestão alimentar, o que contribuiria para a perda de peso.

Farinha de Banana
Produzida a partir do fruto inteiro da banana verde (biomassa da casca e da polpa), a farinha dessa fruta é rica em vitaminas A, B1, B2, ácido nicotínico, sódio, potássio, magnésio, manganês, cobre, fósforo, enxofre, cloro, iodo. Ela contém apenas 2% de açúcares e uma grande quantidade de amido resistente, que não é absorvido pelo intestino em indivíduos saudáveis devido à impossibilidade de ser digerido.

O produto ainda fortalece e aumenta o número de bactérias intestinais benéficas, facilitando o trânsito intestinal e dificultando a absorção de gorduras e glicose, sendo, portanto indicado aos diabéticos, aos que têm colesterol elevado e altamente recomendável aos celíacos – a farinha é isenta de glúten podendo ser adicionada em diversas preparações, tais como sopas, pães, biscoitos, salgados, etc.

Farinha de Uva
Produzida a partir dos resíduos que são descartados em processos industriais dos derivados de uva, a farinha de uva é riquíssima em quercetina (substância fotoquímica encontrada naturalmente em diversos alimentos), antocianina (substância polifenólica responsável pelo pigmento roxo característico da casca da uva) e resveratrol (polifenol produzido em diversas plantas, encontrada principalmente na casca da uva). Devido a estas características, essa farinha é conhecida por sua ação antioxidante, anti-inflamatória e protetora do coração. Esse alimento também previne o estresse oxidativo da célula, ajudando a prevenir tumores.

Fonte iG

11 perguntas sobre menstruação

Três médicos explicam o que é a menstruação, ajudam a lidar com ela e mostram que não é preciso se desesperar com absorventes, cólicas e TPM

Vovós dizem que mulheres menstruadas não devem lavar os cabelos. Há também quem acredite que durante o período menstrual as mulheres não devem cozinhar, porque o bolo, por exemplo, não vai crescer. Algumas culturas até consideram destrutivas as mulheres que estão “naqueles dias”.

Mas o que há de tão sinistro e obscuro na menstruação? De acordo com os médicos, nada. Tudo bem lavar o cabelo, entrar na piscina e até ter relações sexuais durante esse período do mês. Para explicar melhor, os ginecologistas Renata Gebara, do Hospital Santa Catarina (SP), Nicolau D Amico, do Hospital Samaritano (SP) e Ângela Maggio esclarecem 11 dúvidas sobre menstruação.

1 - O que é a menstruação?
“A menstruação é a descamação do endométrio, que é a parte de dentro do útero”, explica Renata. De acordo com a médica, todo mês a mulher é preparada para receber uma gestação, para que o óvulo fecundado seja colocado adequadamente no endométrio. “Quando não há fecundação acontece a descamação”, afirma.

O ciclo menstrual, ou seja, o período que começa no primeiro dia da menstruação e vai até um dia antes do sangramento seguinte, dura em média 28 dias. Mas esse número pode variar. “O ciclo pode ter de 25 a 34 dias”, diz Renata.

2 - Existe uma idade certa para começar a menstruar?
“Normalmente a menstruação começa a acontecer entre os 10 e os 14 anos. Se não ocorrer dentro desse período, é bom procurar um médico”, afirma Nicolau.

3 - Atraso na menstruação é sinal de gravidez?
Não necessariamente. “A menstruação começa a ser regular aos 17 anos. Antes disso ocorre um processo de amadurecimento que pode causar atraso ou adiantamento”, explica Nicolau. Além disso, “estresse, má alimentação, poucas horas de sono e o uso de alguns medicamentos, como anticonvulsionantes e antidepressivos, podem alterar o ciclo menstrual”, afirma Renata.

De acordo com Ângela, só é possível considerar que a menstruação está atrasada se ela não chegar até 35 dias depois do início do último sangramento. “Uma mulher normal menstrua com intervalos de 25 a 35 dias”, explica a médica.

4 - É normal sentir cólicas antes e durante a menstruação?
Sim. “Na maioria dos casos, com um analgésico simples a dor melhora. Mas algumas meninas sentem mais dor, e para elas é necessário um analgésico mais potente”, afirma renata. No entanto, cólicas crescentes merecem atenção. “Não é normal ter cólicas que aumentam mês a mês e a causa delas precisa ser pesquisada”, diz Nicolau.

5 - Como escolher o absorvente?
“Os ideais são os externos”, afirma Nicolau. “O interno pode ser usado em casos de necessidade, como uma ida à praia, por exemplo”. Segundo Ângela, o uso constante de tampões vaginais pode causar infecções. “O absorvente interno não deve ser utilizado com frequência porque ao usá-lo o sangue fica parado e as bactérias da vagina podem ‘pegar’ o ferro da menstruação e levar a processos infecciosos”, explica.

De acordo com Nicolau, meninas virgens também podem usar absorvente interno se tiverem necessidade, mas devem passar por um exame médico para saber se o hímen vai comportá-lo.

Renata explica que os absorventes devem ser trocados a cada três ou quatro horas. “O ideal é o que tem menos cheiro e a cobertura mais natural possível”, diz a médica. “Cheirinhos e cores podem causar reação alérgica”, orienta.

6 - Existe alguma restrição para meninas menstruadas?
Nenhuma. “Pode lavar o cabelo e ter relações sexuais, desde que se sinta bem”, diz Nicolau. No entanto, o período menstrual também exige o uso de preservativo. “A chance de ter uma infecção pélvica é um pouco maior porque o útero está mais aberto”, alerta Renata.

7 - É possível diminuir o fluxo menstrual?
“Se a menina precisar tratar o fluxo intenso da menstruação, sim. É possível fazê-lo com alguns medicamentos antinflamatórios, anticoncepcionais e remédios que aumentam a coagulação”, diz Nicolau.

8 - É possível mudar a data da menstruação?
Não exatamente. “É possível mudar a data do sangramento”, diz Nicolau. Mas não é a mesma coisa? Não! “O que a pílula anticoncepcional faz é um sangramento artificial. E tomando anticoncepcional é possível especificar uma data para o sangramento”, afirma o médico. “Se tomar a pílula continuamente, a menina fica sem sangrar. E é só parar de tomar quando quiser que o sangramento aconteça”, explica Renata.

Mas o procedimento não deve ser adotado com frequência. “Não é muito bom porque o equilíbrio do organismo é alterado. Mas uma vez ou outra não tem problema”, afirma Ângela.

Portanto, antes de tomar duas cartelas continuamente, é bom procurar um médico. “As mudanças podem fazer o anticoncepcional falhar”, alerta Renata.

9 - As meninas param de crescer depois da primeira menstruação?
“Param, em média, dois anos depois”, afirma Nicolau. “Existe um crescimento residual. Mas antes da menstruação esse crescimento é mais rápido”, explica Renata.

10 - O que é a tensão pré-menstrual?
“Não é uma doença, mas uma manifestação da ovulação”, tranquiliza Nicolau. “Quando a menina ovula aumenta a produção do hormônio progesterona, e isso faz o corpo acumular líquido”, explica o médico. “Devido a isso, pode ocorrer dor na mama, irritabilidade e vontade de comer chocolate”. De acordo com Nicolau, a TPM começa 14 dias antes da menstruação, em média, e pode durar até 14 dias.

11 - Meninas menstruadas podem entrar na piscina e no mar?
“Não há contra-indicação”, afirma Nicolau. “Se a garota puder usar um absorvente interno, pode entrar na piscina ou no mar sem nenhum problema ou constrangimento”, diz. Mas Ângela avisa que o absorvente precisa ser retirado logo que a garota sair da água. “Pode causar infecção”, alerta.

Fonte iGirl