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domingo, 30 de setembro de 2012

Doença de Ménière prejudica audição e equilíbrio corporal

Zumbido, perda de audição, vertigem e sensação de ouvidos tampados são algumas sensações da Doença de Ménière, um distúrbio que afeta a audição e o equilíbrio do corpo. A enfermidade foi descrita em 1861, pelo médico Prosper Ménière e é denominada doença quando não há uma causa definida e síndrome quando é possível diagnosticar a causa.
 
“A patologia pode afetar indivíduos de qualquer idade, mas é mais comum entre os 30 e 50 anos”, afirma a otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cássia Cassou Guimarães.
 
As características da doença são bem marcantes – episódios de vertigem, precedidos de zumbido e diminuição da audição. As alterações auditivas variam, ou seja, em alguns momentos podem piorar ou melhorar. “Nem sempre o paciente relata a presença de todos os sintomas ao mesmo tempo. Em muitos casos, a pessoa percebe um ou mais sinais de maneira isolada. As crises podem durar de 30 minutos a algumas horas e podem ser acompanhadas de náuseas e vômitos”, explica a especialista, coordenadora do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba).

No início da doença, as crises podem apresentar somente sintomas auditivos (zumbido e perda de audição) ou só os vestibulares (vertigem e desequilíbrio). Rita ressalta que dentro do ouvido há várias estruturas, entre elas a cóclea, responsável pela audição, e o vestíbulo, relacionado ao equilíbrio corporal. “A cóclea e o vestíbulo formam o labirinto, que funciona como um conjunto de canais ósseos que são preenchidos por um líquido, a endolinfa. Quando a cabeça se movimenta, este líquido se move nos canais e estimula as células sensoriais, informando a posição do corpo no espaço”, esclarece.
 
Na Doença de Ménière, a pressão da endolinfa aumenta e as células sensoriais são estimuladas sem necessidade. O aumento da pressão também lesiona as células do labirinto e da cóclea. “O comprometimento destes componentes provoca os sintomas que caracterizam a doença. Normalmente apenas um dos ouvidos é afetado, mas há possibilidade do problema ser bilateral”, destaca a especialista, responsável pelo Setor de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
 
Apesar de nenhuma teoria científica ter comprovado a origem da enfermidade, vários fatores estão ligados ao surgimento da Doença de Ménière. Entre eles estão alterações do metabolismo, mudanças bruscas da pressão barométrica, doenças auto-imunes, estresse, problemas psicológicos, traumatismos na cabeça e alterações anatômicas vasculares. “Hipertensão, diabetes, reumatismo, otosclerose, inflamações e infecções são outras causas que podem desencadear a patologia”, aponta a médica, mestre em clínica cirúrgica pela (UFPR).
 
O diagnóstico é feito com base no histórico clínico do paciente e avaliações otoneurológicas, como a audiometria, impedanciometria e otoemissões acústicas evocadas e eletrococleografia. A investigação é enriquecida com a videonistagmografia, um sistema de análise computadorizada usado para analisar as alterações do equilíbrio corporal. “É feita uma análise dos movimentos oculares e todos os dados são registrados em vídeo. Com este exame é possível localizar a lesão e identificar a causa do problema mais rapidamente, já que todos os cálculos são feitos automaticamente”, enfatiza.
 
O aparelho que realiza a vídeonistagmografia não é encontrado em qualquer lugar. No Paraná, existe apenas um dispositivo, utilizado por Rita para avaliar os distúrbios que afetam o equilíbrio corporal de seus pacientes. “Este exame dá mais segurança ao médico para determinar qual é a doença que está prejudicando o equilíbrio do paciente”, acrescenta. O tratamento da Doença de Ménière é feito com medicamentos, para aliviar os sintomas, prevenir as crises e eliminar a causa quando ela é identificada. A cirurgia tem indicação limitada.
 
Fonte Corposaun

Nova York disponibiliza pílula do dia seguinte para jovens

Programa do Departamento de Saúde de Nova York disponibiliza pílula do dia seguinte nas escolas públicas. A ação foi projetada com o objetivo de combater a incidência de gravidez não planejada entre os adolescentes.
 
Centenas de estudantes do ensino médio da cidade já receberam as pílulas do dia seguinte desde o lançamento do programa que iniciou no ano de 2011, e que fornece a contracepção de emergência por meio das enfermeiras de distintas instituições de ensino público.
 
Segundo informações da Reuters, nas escolas de todo o país, há muito tempo, já são disponibilizados preservativos para os estudantes, porém segundo informações das autoridades públicas de saúde de Nova York, a cidade é a primeira a fornecer contraceptivos hormonais.
 
O programa, que teve seu início no ano de 2011 e que agora foi instituído em 13 escolas de ensino médio, permite que as enfermeiras das escolas providenciem aos alunos, as pílulas anticoncepcionais de emergência destinadas a evitar a gravidez após uma relação sexual desprotegida ou com possível falha do método contraceptivo (e que só fazem efeito se forem tomadas dentro de 72 horas). Nas escolas também já são fornecidos preservativos, pílulas anticoncepcionais e testes de gravidez.
 
As autoridades do Departamento de Saúde de Nova York afirmam que o projeto tem como objetivo combater o problema da gravidez não planejada entre os adolescentes. Segundo a porta-voz do Departamento de Saúde de Nova York, Alexandra Waldhorn, mais de 7 mil mulheres jovens de Nova York engravidam aos 17 anos de idade, sendo que 90% das gestações não são planejadas. “Temos o compromisso de tentar novas abordagens, como este programa piloto, para melhorar uma situação que pode ter consequências ao longo da vida”, aponta.
 
Segundo Alexandra Waldhorn, os pais dos alunos foram informados do programa desde o início e em grande parte apoiam os objetivos e meios do projeto.
 
As autoridades acreditam que o programa Connecting Adolescents to Comprehensive Healthcare (CATCH) informa e equipa enfermeiras escolares e outros funcionários, qualificando-os a serem responsáveis para fornecer informações adequadas e corretas além de assistência médica aos adolescentes.
 
Fonte Corposaun

Pílula anticoncepcional: quando ela é um problema para a saúde?

Combinação do estrogênio e do progestágeno aumenta risco de trombose e AVC
 
"A pílula anticoncepcional é o medicamento mais estudado no mundo", afirma o ginecologista Hugo Miyahira, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Isso porque ela é usada por milhões de mulheres anos a fio e afeta todos os órgãos com receptores hormonais. Seu uso previne não só a gravidez como ainda garante um ciclo menstrual regular.

A evolução do método atingiu seu ponto mais alto com a combinação de dois hormônios, o estrógeno e o progestágeno (a pílula combinada), em níveis baixíssimos e mais eficazes do que nunca, mas, como todo medicamento, ela possui efeitos colaterais. Por isso, hábitos de vida, condições de saúde e histórico familiar de doenças são determinantes na adoção ou não da pílula. Em caso negativo, outros métodos podem ser usados sem riscos à saúde feminina.
 
Confira abaixo quando a pílula combinada é contraindicada:
 
Mulher fumando - Foto Getty ImagesTabagismo
"A associação da pílula com o cigarro, especialmente por mulheres acima dos 35 anos, eleva - e muito - o risco de doenças cardiovasculares", explica o ginecologista Hugo Miyahira. Diversos estudos mostram que as substâncias do cigarro afetam diversas funções do sistema vascular arterial, mesmo quando a fumaça já não está mais no ar. Isso porque essas substâncias continuam circulando no corpo, favorecendo o acúmulo de placas de gordura e colesterol nas artérias, problema conhecido como aterosclerose. Some isso ao fato de que a pílula combinada favorece a coagulação do sangue e o resultado pode ser desastroso, levando a um AVC, infarto ou trombose.
 
Mulher medindo a pressão em consulta médica - Foto Getty ImagesHipertensão
A hipertensão costuma apresentar sintomas apenas em estágio muito avançado e, por isso, é fundamental medir a pressão arterial da mulher antes de recomendar o uso de uma pílula anticoncepcional. Segundo o ginecologista e obstetra Pedro Awada, do Hospital e Maternidade Brasil, mulheres hipertensas já apresentam risco elevado de doenças cardiovasculares. Isso porque o coração fica hipertrofiado devido ao grande esforço para bombear o sangue nas artérias e, com o tempo, as artérias perdem a elasticidade, favorecendo o entupimento e rompimento das mesmas. Junto com a pílula, a probabilidade de sofrer um AVC ou outros problemas ligados aos vasos sanguíneos, como a trombose, é muito maior.
 
Coágulo causando trombose - Foto Getty ImagesTrombose
A trombose é decorrente de três fatores principais: lesões nos vasos sanguíneos, propensão a formar coágulos e diminuição da velocidade da circulação. "Como a pílula favorece a formação de coágulos, seu uso é proibido para mulheres que já sofreram o problema ou apresentam histórico de trombose na família", explica a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, diretora da clínica Gergin, em São Paulo. O trombo geralmente se forma em uma veia localizada nas pernas, mas ele pode se desprender e subir para os pulmões, causando embolia pulmonar, colocando a vida da mulher em risco.
 
Lúpus - Foto Getty ImagesLúpus
"O lúpus é uma doença autoimune extremamente complexa que afeta, inclusive, os vasos sanguíneos", afirma o ginecologista Hugo. Além disso, a doença também pode estar relacionada a anticorpos que favorecem a coagulação sanguínea e, portanto, a formação de trombos. A associação com a pílula combinada eleva o risco de AVC, infarto e trombose, sendo, assim, contraindicada para os pacientes de Lúpus.
 
Mulher com obesidade - Foto Getty ImagesObesidade
A mulher com obesidade tem um risco maior de sofrer eventos cardíacos e, em geral, ainda é vítima de problemas como colesterol alto e hipertensão, aponta o ginecologista Hugo. Segundo o especialista, o tecido adiposo em excesso produz mais de 15 substâncias que interferem no funcionamento do organismo como um todo, inclusive nos níveis hormonais. Assim, o caso precisa ser bem avaliado para determinar o custo benefício do uso desse método anticoncepcional. Em alguns casos, apenas a exclusão do estrogênio, que exerce maior influência na coagulação, pode ser eficaz.
 
Fígado - Foto Getty ImagesDoenças hepáticas
"Todo medicamento utilizado via oral é metabolizado no fígado", explica a ginecologista Bárbara. Por isso, se a pessoa apresenta lesões hepáticas, como hepatite e cirrose, o uso da pílula pode ser contraindicado por sobrecarregar o órgão. Além disso, mesmo com o uso do contraceptivo é possível que aconteçam irregularidades menstruais. "O hormônio não metabolizado não inibe a produção de hormônios pelo ovário, o que não diminui a efetividade do medicamento, mas pode desregular os níveis hormonais do corpo", complementa o ginecologista Hugo.
 
Câncer de mama - Foto Getty ImagesTumores hormônio-dependentes
Alguns cânceres, como o câncer de mama de mama, têm receptores hormonais. Em outras palavras, eles são hormônio-sensíveis, podendo ter seu desenvolvimento estimulado pelos níveis hormonais no organismo. "Isso significa que indicar o uso de uma pílula pode agravar a situação do tumor", explica o ginecologista Pedro. Como tumores costumam apresentar sintomas apenas em estágio avançado, exames de detecção preventivos são fundamentais para não deixar que o problema se agrave.
 
Varizes - Foto Getty ImagesVarizes
"Varizes por si só já denunciam uma mulher com problemas de circulação sanguínea", alerta a ginecologista Bárbara. Dilatadas e deformadas, as veias indicam que o sangue não está conseguindo seguir seu curso normal, favorecendo, assim, a formação de coágulos. Durante a consulta, portanto, deve ser avaliado se o problema é isolado ou se ainda está associado a outros fatores de risco para problemas cardiovasculares, como a obesidade. Por isso, o uso da pílula combinada nem sempre é seguro.
 
DNA - Foto Getty ImagesFator V de Leiden
"O Fator V de Leiden é uma mutação genética que pode aumentar em até 100% o risco de a mulher sofrer um evento cardiovascular", explica a ginecologista Bárbara. A variação interfere diretamente na coagulação do sangue e pode ser identificada pelos laboratórios em mais uma etapa do teste de papanicolau. De acordo com a especialista, a ação do Fator V de Leiden se dá junto às plaquetas, que podem aglutinar e formar um trombo. Identificado o problema, devem ser pensados outros métodos contraceptivos.
 
Fonte Minha Vida

Tire sete dúvidas relacionadas à suspensão da menstruação

Emendar a cartela de pílulas anticoncepcionais e injeções hormonais estão entre os métodos

Ao longo da história, as mulheres já conquistaram muitas coisas. O direito ao voto, ao estudo, ao prazer e, recentemente, algumas delas tem descoberto outro: o de não menstruar. Tida como difícil e dolorosa para uma parcela das mulheres, a suspensão deste período pode significar alívio e até mesmo o tratamento males da saúde feminina, como miomas e cistos de ovário.

A medida divide opiniões. Há mulheres se sentem mais femininas durante a menstruação. Também há profissionais que alegam que a menstruação pode ser um bom canal para saber como está a saúde feminina, já que o sangramento irregular pode significar problemas nas glândulas tireoide e suprarrenal.

Hoje, segundo o ginecologista Rogério Bonassi Machado, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) não vê prejuízos orgânicos em suspender a menstruação. No entanto, vale ressaltar que não existe a necessidade de bloqueá-la em todos os casos, cabendo à mulher e ao seu ginecologista de confiança a livre escolha, independente do critério utilizado para a decisão.

Para esclarecer as muitas dúvidas que rondam o processo de suspensão da menstruação, chamamos os ginecologistas Ângela Maggio da Fonseca, do Hospital das Clínicas da USP, Antônio Júlio Sales Barbosa, do Hospital Santa Catarina, Carolina Abrogini, da Unifesp, e Rogério Bonassi Machado, ginecologista e presidente da comissão de anticoncepção da Febrasgo.

1. Qualquer mulher pode suspender a menstruação?
Qualquer mulher que se sente incomodada com a menstruação, de alguma forma, pode procurar o seu ginecologista e expor seu desejo. "Tem pacientes com menstruação muito desconfortável, que sangram muito, têm muita cólica [a chamada dismenorreia], TPM forte. Para elas, por que não? Minimiza muito esses desconfortos e sintomas", diz Antônio, entusiasta.

Outras podem, ainda, ter anemias. Com o fluxo intenso, nem sempre elas conseguem repor o sangue perdido até o próximo ciclo. Nesses casos, a sugestão pode vir do próprio médico e, se não vier, a paciente tem o direito de conversar com o ele sobre o assunto, lembra Ângela.

Até mesmo quem acabou de ter filhos pode dar tchau para os sangramentos. Por causa da grande quantidade de progesterona, mulheres que estão amamentando ficam, naturalmente, com o seu período suspenso. Antônio conta que esse pode ser um dos períodos mais propícios para suspender a menstruação, já que a mulher, naturalmente, não menstrua nessa época. Com uma pílula a base de progesterona, a mulher prolonga o período sem sangramento.

No entanto, algumas devem tomar cuidado. Mulheres com problemas de coagulação, por exemplo, devem ter cuidado com a pílula, que pode agravar os problemas de circulação. Quem tem pouco fluxo de menstruação também deve repensar. "O hormônio já está inibindo demais o endométrio [membrana que reveste o útero], então o ideal é não interromper a menstruação", aconselha Ângela.

2. Há restrição de idade?
A idade varia muito, mas, segundo Barbosa, a partir do momento em que a moça já faz uso de anticoncepcionais por via oral, já é possível parar a menstruação. Ângela acrescenta, dizendo que é aconselhado que apenas utilize os métodos aquelas que já estão com seu sistema reprodutor amadurecido, o que acontece, geralmente, após a puberdade. É importante frisar que, antes de iniciar qualquer método contraceptivo, o ginecologista deve ser procurado para indicar o mais adequado, caso o corpo da adolescente esteja pronto.

3. Quem tem mioma, endometriose ou cisto no ovário pode se beneficiar com a suspensão?
Não só pode, como o tratamento dessas doenças, muitas vezesm envolve a suspensão da menstruação. No caso do mioma, onde há problemas de sangramento intenso, pode-se utilizar a pílula anticoncepcional sem pausas. Atenção: para o tratamento dessa doença, a pílula não pode ser de hormônios combinados (estrogênio e progesterona), mas só de progesterona, já que o mioma é uma condição que depende de estrogênio para sobreviver. Quando ele é muito grande, também se usam injeções de análogos.

Mulheres portadoras de endometriose podem usar pílulas que combinam os hormônios femininos, assim como injeção. A ginecologista Carolina Ambrogini, da Unifesp, explica que a endometriose é uma condição onde o endométrio da mulher se encontra fora de seu útero, podendo estar na tuba uterina e até no intestino. Quando o endométrio descama (ou seja, o processo da menstruação), a mulher sente dor. Por isso a interrupção representa uma alternativa para a portadora dessa doença.

Para aquelas que têm cistos no ovário, diz Ângela, o cisto murcha e pode até sumir com o tratamento com base na suspensão da menstruação. Lembrando sempre que o processo deve ser acompanhado de perto pelo seu ginecologista de confiança.

4. Quais são os métodos disponíveis para realizar a suspensão?
Em geral, eles funcionam de maneira parecida. A administração contínua de hormônios - alguns apenas de progesterona, outros com a combinação dele com o estrogênio - interrompe a menstruação, que só virá caso haja pausa do método. Para decidir qual é o melhor para você, consulte o seu médico. Juntos, vocês decidirão qual melhor se encaixa em seu perfil. Conheça os métodos disponíveis:

- Pílulas anticoncepcionais sem interrupção: é o método mais barato de todos, mas seu uso, assim como os demais, depende do acompanhamento médico. Para suspender a menstruação, você pode usar tanto pílulas comuns quanto especiais - a escolha dependerá de como o seu organismo reage a cada opção. Por isso, mais uma vez, a presença de um médico de sua confiança é fundamental. Esse método, como já dito, não pode ser utilizado por mulheres com problemas de coagulação, alerta a ginecologista do HC, já que as pílulas podem levar à trombose.

"Há pessoas que acham que é preciso fazer a pausa a cada três meses. Isso não existe", defende Barbosa, que explica que, na verdade, o sangramento da pausa da pílula é meramente artificial. O sangramento só acontece porque, enquanto a mulher recebe a carga hormonal vinda da pílula, o endométrio vai se espessando. Quando há a retirada dos hormônios (estrogênio e progesterona), há o descamamento do endométrio e, logo, o sangramento. Mas isso é um processo artificial, já que o hormônio vem da pílula.

Ao contrário do que pode se pensar, o endométrio não continuará se espessando com o tempo de uso do método hormonal. Segundo Carolina Ambrogini, a progesterona acabará atrofiando o endométrio, e a única consequência disso é a diminuição do fluxo menstrual.

Assim, conclui Antônio Júlio Sales Barbosa, para uma mulher que já faz uso de anticoncepcionais por via oral, não há grandes alterações em simplesmente deixar a pausa de lado.

- Injeção: esse método consiste em injeções mensais ou trimestrais de análogos dos hormônios liberadores de gonadotrofinas (que são hormônios que estimulam a produção de estrógeno, progesterona e testosterona). As aplicações inibem demais a produção de hormônios e, como efeito colateral, podem diminuir a massa óssea. Por isso, Ângela não aconselha que sejam utilizadas por muito tempo e lembra que não é o método mais indicado para mulheres jovens. No entanto, é frequentemente usado no tratamento de miomas, cistos de ovário e endometriose. Seu preço varia de 400 a 500 reais.
 
- Implantes subcutâneos: é colocado um pequeno implante no antebraço, próximo ao cotovelo - região com pouca irrigação sanguínea. Ele libera quantidades de hormônio continuamente, durante três anos. Após esse período, lembra Barbosa, deve ser trocado. O procedimento é feito em consultório com anestesia local. Suas contraindicações são as mesmas de qualquer outro método contraceptivo hormonal, que incluem tabagismo e problemas de coagulação.
 
 - DIU com progestógenos:o DIU, assim como o implante subcutâneo, libera doses contínuas de hormônios, mas durante cinco anos. Em geral, é colocado em consultório, mas, da mesma forma que o DIU de cobre (que tem apenas ação espermicida), o procedimento pode ser um pouco doloroso. "Em algumas pacientes mais sensíveis a dor, pode ser necessário colocar em hospital, com anestesia, mas a maioria suporta", explica o ginecologista do Hospital Santa Catarina. Depois dos cinco anos, completa Ângela, o DIU é retirado e, após a realização de alguns exames, colocado novamente, se a paciente desejar. No entanto, esse é um procedimento mais caro: em média, varia de 1500 a 2000 reais.

O ginecologista Rogério Bonassi Machado também lembra que esse método não é tão indicado para mulheres com mioma no útero e infecções uterinas, já que o DIU poderá agravar os casos de infecção e, no caso de algum mioma, é tecnicamente impossível colocá-lo. Mas, mais uma vez, a avaliação médica é necessária para determinar a viabilidade do método.

- Ablação do endométrio: indicada para mulheres já próximas da menopausa e com prole constituída, que possuem hemorragias de causa indefinida. Essa técnica remove por completo o endométrio, o que elimina, de vez, a menstruação. Apenas o médico pode recomendar a ablação do endométrio, já que seus efeitos são irreversíveis: a mulher que é submetida a esse método não poderá mais engravidar.

5. Esses métodos são seguros?
Embora não ofereçam riscos à saúde, a garantia de que a menstruação será suspensa não existe, independente do método escolhido. "Existe uma margem de 10 a 15% de mulheres que não conseguem se adaptar e, mesmo usando algum método, continuam menstruando", explica Barbosa, que lembra que existem os chamados "spots", menstruações ocasionais que podem acontecer.
 
Além disso, no caso do uso da pílula, o sucesso depende da disciplina da paciente. "A paciente com problema é a que toma cada dia em um horário ou esquece de tomar. A pílula pode falhar quando não existe controle", comenta Ângela.


6. Quais são os possíveis efeitos colaterais?

O uso de alguns métodos implica em efeitos colaterais, como é o caso da pílula. Para quem já está acostumada com ela, são os mesmos possíveis incômodos: retenção de líquido, possibilidade de aumento de peso e da oleosidade da pele, espinhas, diminuição da libido etc. Esses três últimos efeitos, explica o ginecologista do Hospital Santa Catarina, estão relacionados aos efeitos androgênicos dos hormônios masculinos, que podem se manifestar com algumas pílulas.

A boa notícia é que, hoje, há muitas pílulas disponíveis no mercado. A ginecologista do Hospital das Clínicas conta que, quando uma apresenta tais efeitos na paciente, o médico faz a mudança, trocando para alguma que, por exemplo, tenha efeitos antiandrogênio, para combate às espinhas, ou com progestógeno mais diurético, caso a paciente engorde muito. Mas tudo isso depende do acompanhamento profissional.

Há especialistas que associam a inserção de hormônios femininos vindo destes métodos e o aumento da possibilidade de câncer. Barbosa garante que não há relação comprovada entre o uso de anticoncepcionais e câncer. No entanto, alguns estudos já mostram a relação do câncer de mama com o aumento de estrogênio. "Mas isso é um fator isolado, só para quem tem predisposição genética", afirma o profissional.

7. Quem resolve parar de menstruar pode, mais tarde, ser mãe?
Sim. O uso de métodos contraceptivos serve para, justamente, bloquear a ovulação. Isso acontece porque eles deixam o ovário em repouso, sem ovular, o que impede a gravidez. Assim, quando o método é suspenso, o ovário retorna a seu trabalho, que é ovular.
 
Quando uma mulher usa algum método anticoncepcional por muito tempo, seu ovário fica um longo período em repouso. Para que ele volte ao normal, estima a dupla de especialistas, é necessário de dois a quatro meses. "Pode haver a dificuldade em alguns casos raros, mas com tratamento à base de hormônios ou indução de ovulação, se resolve", arremata Ângela, que lembra que, geralmente, as que não tiveram problemas na suspensão não terão problemas posteriores de ovulação.
 
Fonte Minha Vida

Saiba mais sobre cistos no ovário

Entenda a doença e descubra como ela altera a fertilidade
 
Um dos principais achados em ultrassonografias na mulher em idade reprodutiva é o cisto no ovário. Essa notícia frequentemente gera dúvidas, angústias e preocupações na paciente, familiares e até mesmo no médico.
 
A maioria dos cistos não traz qualquer risco à paciente e desaparece espontaneamente em algumas semanas. São principalmente cistos funcionais, como folículos ovulatórios e cistos de corpo lúteo. Traduzindo: cistos que se formam normalmente em mulheres que não usam pílula anticoncepcional e que se renovam a cada ciclo menstrual. Geralmente não são grandes, podendo chegar até aproximadamente cinco centímetros.
 
Os anticoncepcionais hormonais, como a pílula, evitam a formação desse tipo de cisto. Porém uma vez já existente, a pílula é pouco eficaz para reduzi-lo. Caso se observe a persistência do cisto por mais que dois ou três meses, muito provavelmente não se trata de um cisto funcional, e sim de um outro tipo de cisto.
 
Abaixo estão outros tipos frequentes de cistos benignos:

- Cistoadenomas: podem ser serosos ou de muco, têm grande potencial de crescimento. Os maiores cistos abdominais já descritos fazem parte desse grupo, podendo passar de 30 cm.

- Endometriomas: cistos de endometriose, comumente causam muita dor e podem estar associados à infertilidade.

- Teratomas: são cistos complexos, que podem conter vários tipos de tecidos humanos, como cabelo, dente e gordura. São de maior risco para torção do ovário.
 
Os cistos não-funcionais (que não estão relacionados ao ciclo menstrual) geralmente precisam ser retirados cirurgicamente, por diversos motivos: tamanho, risco de torção do ovário, dor, infertilidade ou suspeita de câncer de ovário.
 
A cirurgia é preferencialmente realizada por laparoscopia, e em pacientes que desejam engravidar o objetivo é retirar somente o cisto, mantendo o resto do ovário o mais intacto possível para permitir uma gestação futura. Isso, porém, nem sempre é possível.
 
Para as pacientes que não desejam engravidar ou àquelas que estejam na menopausa, pode ser considerada a retirada do ovário doente. Essa decisão é individualizada e precisa ser avaliada pelo médico ginecologista. É importante ressaltar que há sempre o risco de recidiva do cisto. Portanto o acompanhamento é mandatório mesmo após realizada a cirurgia.
 
Não se inclui nesse grupo as pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos. Essa é uma doença totalmente diferente, em que raramente formam-se cistos volumosos. Os microcistos na verdade são folículos responsáveis por gerar os óvulos. Essas pacientes são inférteis pois não ovulam espontaneamente. A cirurgia é indicada somente em casos excepcionais.
 
Portanto, quando fizer um ultrassom pélvico e souber da presença de um cisto, procure a orientação de um ginecologista. Muitas vezes trata-se de um cisto fisiológico e benigno.
 
Fonte Minha Vida

Reconheça sete sinais inusitados para problemas cardíacos

Inchaço nas pernas, calvície e ganho de peso podem indicar alterações no coração
 
Se o coração falhar, todo o resto imediatamente sentirá as consequências. Por isso o coração é o órgão mais nobre do corpo humano. Ele manda sangue para os tecidos do organismo, nutrindo, oxigenando e permitindo o bom funcionamento de todos eles. Mas os deslizes do dia a dia, mesmo que você nem perceba, geram uma sobrecarga ao coração e ele pode sentir as consequências do esforço em excesso.

Segundo dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por, aproximadamente, 30% dos óbitos no Brasil, o que as torna a primeira causa de morte entre a população brasileira. Alguns fatores de risco como hereditariedade, doenças crônicas (obesidade, tabagismo) e maus hábitos, como sedentarismo e uma alimentação rica em gordura, favorecem as doenças do coração. Mas muita gente pensa que os sintomas de um problema cardíaco se resumem a dor no peito e falta de ar. Pelo contrário, uma lista de sinais inusitados pode indicar que algo não vem com o seu coração.
 
Veja quais são eles:
 
Inchaço nos pés - foto: Getty ImagesInchaço nas pernas e pés
"O enfraquecimento do músculo do coração, causado por uma insuficiência cardíaca, pode gerar o inchaço, principalmente nas pernas e nos pés", explica o cardiologista José Luiz Ferreira dos Santos, diretor de coordenação de Pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). O retorno de sangue das pernas e pés é dificultado pela gravidade, por isso esses membros costumam ser os mais acometidos. "O inchaço acontece porque o coração perde a força necessária para bombear o sangue adequadamente, o que acaba gerando a retenção de líquido", conta o especialista. Entretanto outras doenças como a insuficiência hepática, síndrome nefrótica (perda de proteína pelos rins), também podem causar inchaço.
 
Homem com as mãos nos olhos - foto: Getty ImagesXantelasmas
Xantelasmas são depósitos de colesterol que aparecem com maior frequência nas pálpebras. O cardiologista José Luiz explica que essas pequenas bolsas amareladas podem estar associadas com anormalidades no metabolismo das gorduras, que acabam sendo depositadas na pele e na parede arterial. Assim, caso você tenha xantelasma, checar as taxas de colesterol é fundamental. "Níveis aumentados de colesterol são importante fator de risco para a doença das artérias do coração, chamadas de coronárias", explica.
 
Calvície - foto: Getty ImagesCalvície
O cardiologista José Luiz Ferreira explica que já existem algumas publicações que relacionam a calvície com o risco cardíaco. A pesquisa de maior repercussão foi publicada em 2000 no periódico The Archives of Internal Medicine. O estudo analisou homens que estavam entre as idades de 40 e 84 anos de idade, seguindo-os por um período de 11 anos. Os homens portadores de calvície do tipo coroa (perda de cabelo no topo da cabeça) tinham risco de infarto maior e proporcional à evolução da calvície, ou seja quanto maior a progressão da calvície maior o risco para problemas nas artérias coronárias (os responsáveis por infartos). Mas o especialista afirma que é preciso cautela ao relacionar calvície e doença do coração, já que existem outros fatores que podem estar associados à perda de cabelo, como a própria genética.
 
Dentista - foto: Getty ImagesGengivite
Alguns estudos têm sugerido que a doença periodontal pode causar inflamação em todo o organismo, relacionando-se com o aparecimento da aterosclerose, o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos. "Porém, no momento, a consideração a ser feita é que alguém descuidado com sua saúde bucal, provavelmente também se descuida da sua saúde no geral", explica José Luiz. "A presença de fatores de risco como obesidade, alteração do colesterol, diabetes, pressão alta, sedentarismo e tabagismo, acabam por causar uma doença cardíaca".
 
Homem acordando durante a noite - foto: Getty ImagesFazer mais xixi do que o normal durante a noite
Quem sofre com insuficiência cardíaca, cirrose ou qualquer outra doença que cause inchaço nas pernas, pode apresentar aumento da vontade de urinar a noite. "Isso acontece porque, ao se deitarem, a tendência é que o líquido em excesso nas pernas retorne ao sangue e esse excesso de água seja então eliminado pelos rins", explica José Luiz Ferreira. O cardiologista Luiz Castanho, do Spa Sorocaba, lembra que o aumento da frequência da micção também pode estar relacionado a problemas na próstata, desordens metabólicas - como diabetes - e até mesmo ao uso de medicação diurética.
 
Ganho de peso - foto: Getty ImagesGanho de peso injustificado
"Os indivíduos portadores de cardiopatias graves - como a insuficiência cardíaca - sofrem retenção líquida, pois seus corações não conseguem manter o bombeamento de sangue adequado", explica o cardiologista Luiz Castanho, do Spa Sorocaba. Essa deficiência do músculo cardíaco dificulta a chegada normal do volume de sangue a ser filtrado pelos rins, o que causa o acúmulo de líquidos no corpo e, consequentemente o ganho de peso. Uma das maneiras de acompanhamento da doença para esses pacientes é a pesagem diária.
 
Tosse noturna - foto: Getty ImagesTosse noturna
"O aparecimento de tosse no período noturno ocorre porque, se o coração não trabalhar direito, na posição horizontal, que tomamos ao nos deitar, haverá um aumento do retorno de sangue para os pulmões, o que aumenta a congestão pulmonar e estimula a tosse", explica o cardiologista José Luiz. Entretanto, não é só o coração que pode causar a tosse: alterações pulmonares, refluxo gastroesofágico e outras doenças também podem causar tosse.
 
Fonte Minha Vida

Casos de tuberculose resistente aos tratamentos alcançam níveis alarmantes

Os casos de tuberculose resistentes aos tratamentos, muitas vezes mortais, alcançam níveis alarmantes em certos países, que precisam de tratamentos cada vez mais caros e complexos, segundo um novo estudo publicado nesta quinta-feira pela revista médica britânica Lancet.
 
Realizado em oito países (Estônia, Letônia, Peru, Filipinas, Rússia, África do Sul, Coreia do Sul e Tailândia) entre 2005 e 2008, o estudo mostra que 43,7% dos pacientes que sofrem com tuberculose não reagem diante de pelo menos um medicamento de segunda intenção (ou seja, administrado após o fracasso de um primeiro medicamento antituberculoso clássico).
 
Esta taxa de prevalência da tuberculose multirresistente (TB-MR) é muito superior ao adiantado pela OMS, que era da ordem de 5% para o período estudado.
 
"Estamos enfrentando prevalências até 10 vezes superiores em certos lugares", comentou Sven Hoffner, do Instituto sueco de controle de doenças infecciosas, em um comentário apresentado junto ao estudo.
 
Mais grave ainda, a taxa de prevalência da tuberculose ultrarresistente (TB-UR), uma forma que responde a um número ínfimo de medicamentos de segunda intenção, alcançou 6,7% nos oito países estudados.
 
"Até agora, haviam sido observados casos de tuberculose ultrarresistente em 77 países, mas a prevalência exata é desconhecida", comentou Tracy Dalton, do centro norte-americano de controle de doenças infecciosas de Atlanta, que dirigiu o estudo.
 
Cerca de 8,8 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose em 2010, e destas, 1,4 milhões morreram, segundo a OMS, estimando que a tuberculose multirresistente afeta anualmente 500 mil pessoas, das quais 150 mil falecem.

Fonte R7

EUA advertem para intoxicação por chumbo na medicina ayurvédica

As autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram esta quinta-feira a descoberta de riscos de contaminação por chumbo em mulheres grávidas que tomaram medicamentos ayurvédicos e advertiram para a segurança destes produtos da medicina tradicional indiana.
 
No ano passado, funcionários de saúde pública da cidade de Nova York investigaram seis casos de pacientes, cinco dos quais tinham nascido na Índia, com alto risco de contaminação por chumbo por terem ingerido compostos ayurvédicos, informaram os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
 
Ayurveda é um método empregado na medicina tadicional desenvolvido há milhares de anos na Índia.
 
Os pesquisadores concluíram que estes produtos ayurvédicos foram contaminados durante sua fabricação, fora dos Estados Unidos, mas alguns são do tipo "Rasa shastra", prática indiana que consiste na elaboração de compostos que combinam ervas e minerais, alguns considerados tóxicos como o mercúrio.
 
Esses compostos são apresentados como medicamentos que auxiliam as mulheres grávidas e pelo menos uma das mulheres pesquisadas disse que aumentariam suas chances de ter um filho ao invés de uma filha, segundo o relatório dos CDC.
 
Embora as seis mulheres não tenham apresentado sintomas específicos, os cientistas descobriram que tinham um alto risco de contaminação por chumbo, que pode causar danos em cérebro, rins ou afetar o sistema nervoso e reprodutor.
 
"As mulheres grávidas nos preocupam especialmente, pois a exposição ao chumbo pode afetar tanto a saúde da mãe quanto a do filho. A exposição do feto ao chumbo aumenta o risco de baixo peso ao nascer, atraso no desenvolvimento, redução da inteligência ou problemas de comportamento", destaca o informe.
 
Os produtos ayurvédicos continham até 2,4% de chumbo, enquanto outros apresentaram rastros de mercúrio e arsênico, também perigosos para o consumo.
 
A FDA, agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, já tinha advertido em 2008 para os riscos potenciais destes produtos, principalmente os vendidos na internet, que em geral não foram verificados pelas autoridades sanitárias.

Fonte R7

Fumar maconha na adolescência reduz capacidade intelectual

Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira nos Estados Unidos sugere que fumar maconha de forma regular na adolescência reduz a capacidade intelectual de forma permanente na fase adulta.
 
Os pesquisadores compararam o quociente intelectual (QI) de mil neozelandeses aos 13 anos e aos 38, incluindo fumantes regulares de maconha e não usuários.
 
Os resultados foram surpreendentes: registramos uma queda de oito pontos (no QI) entre os que começaram a fumar quando adolescentes e mantiveram o hábito de forma persistente aos 20 e 30 anos, afirmou a principal encarregada da pesquisa, Madeline Meier, psicóloga da Universidade de Duke.
 
Isto constitui uma grande diferença, explicou Meier à AFP. "Em média, o QI deve permanecer estável a medida que a pessoa envelhece".
 
Entre os que participaram do estudo e não fumaram maconha o QI subiu até um ponto.
 
"Sabemos que o QI é determinante no acesso da pessoa à educação universitária e ao mercado de trabalho", destacou Meier. "Alguém que perde oito pontos de QI em sua adolescência, aos vinte (anos) deve estar em desvantagem em relação a seus companheiros da mesma idade na maioria dos aspectos da vida".
 
A queda do QI não foi atribuída a diferenças na educação ou por abuso de outras substâncias, como álcool e outras drogas, destacou Meier.
 
Os que começaram a fumar maconha quando eram adolescentes e mantiveram este hábito também registraram piores resultados em testes de memória, concentração e raciocínio rápido, inclusive quando se ajustavam os resultados às habilidades naturais de cada indivíduo.
 
Os que abandonaram a maconha ou reduziram seu uso até um ano antes do teste dos 38 anos apresentaram os mesmos déficits intelectuais.
 
A pesquisa revelou ainda que os fumantes habituais de maconha que iniciaram a prática na idade adulta não tiveram sua capacidade intelectual reduzida, o que revela "uma diferença chave", disse Meier.
 
"A adolescência é um período particularmente vulnerável no desenvolvimento do cérebro", destacou a pesquisadora. Os jovens que começam a fumar cedo "podem estar interrompendo processos normais chave para o cérebro", e de forma permanente.
 
Um estudo mais profundo pode ajudar a determinar se abandonar a maconha por mais de um ano permitiria "recuperar a capacidade" intelectual. "Não estudamos isto, mas é definitivamente possível", concluiu Meier.
 
Fonte R7

EUA aprova comprimido único diário contra Aids

Uma nova pílula única diária para combater a Aids - que combina duas drogas já autorizadas - foi aprovada para adultos portadores do vírus HIV, informou nesta segunda-feira a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA).
 
Chamado de Stribild, este comprimido único diário proporciona um tratamento completo contra a Aids e faz parte de opções cada vez mais simples contra o HIV, destacou a Administração de Drogas e Alimentos (FDA, sigla em inglês).
 
"Através da pesquisa continuada e do desenvolvimento de medicamentos, o tratamento para os infectados com o HIV tem evoluído de múltiplas pílulas para apenas um comprimido" diário, destacou Edward Cox, diretor do Bureau de Produtos Antimicrobiais da FDA para avaliação de medicamentos.
 
"Novas combinações de medicamentos para o HIV, como o Stribild, ajudarão a simplificar os tratamentos".
 
O novo remédio, fabricado pela Gilead Sciences na Califórnia (oeste), foi testado em mais de 1.400 pacientes em dois testes clínicos e os resultados mostraram que o Stribild é tão eficaz ou mais que outras duas combinações de tratamentos, reduzindo o HIV a níveis indetectáveis em nove entre dez pacientes após 48 semanas de ingestão.
 
Stribild combina Truvada - emtricitabina e tenofovir contra uma enzima que o HIV usa para se reproduzir - ao Elvitegravir, outra substância que combate uma enzima, associado ao Cobicistat, que potencializa os efeitos do Elvitegravir.
 
O medicamento foi testado em pacientes adultos não previamente tratados de Aids. A FDA afirma que serão necessários mais estudos para determinar a segurança entre crianças e mulheres e se há interação com outras substâncias.
 
Stribil tem alguns efeitos colaterais, que incluem problemas no fígado e nos rins, acúmulo de ácido láctico no sangue e enfraquecimento dos ossos, mas a Gilead afirma que durante os testes "a maioria dos efeitos adversos foi leve ou moderada".
 
O medicamento provoca enjôos e diarreia entre os pacientes.
 
"As terapias que atendem às necessidades individuais dos pacientes são fundamentais para melhorar a manutenção do tratamento e seu potencial de sucesso", afirmou o presidente da Gilead, John Martin.
 
Para que o medicamento chegue aos pacientes com HIV nos países com menos recursos, onde milhões de pessoas não têm opções efetivas de tratamento, estão sendo desenvolvidos genéricos com a autorização e a ajuda da Gilead, em parceria com várias empresas indianas e com a Medicines Patent Pool, organização sem fins lucrativos que promove a fabricação de medicamentos genéricos.
 
Fonte R7

Risco de autismo ou esquizofrenia nos filhos aumenta com idade do pai

Uma paternidade tardia aumenta o risco de crianças desenvolverem problemas de autismo ou esquizofrenia, segundo um estudo que pela primeira vez dá explicações sobre as causas.
 
Segundo o estudo publicado na revista científica britânica Nature, as mutações genéticas espontâneas (não herdadas dos pais), algumas das quais estão relacionadas a estas doenças, aumentam rapidamente com a idade do pai no momento da concepção.
 
As mutações espontâneas são as principais causas da evolução das espécies, mas também podem gerar várias doenças.
 
Para avaliar a importância das mutações, a pesquisadora islandesa Augustine Kong e seus colegas estudaram o genoma de 78 crianças com problemas de autismo e esquizofrenia, bem como seus pais.
 
Eles descobriram que a maioria das mutações espontâneas encontradas nas crianças provinha do genoma transmitido pelo pai e que a idade do progenitor, no momento da procriação, desempenhou um papel primordial em seu aumento.
 
Cada ano adicional do pai no momento da concepção se reverte em duas mutações espontâneas adicionais, o que significa um índice de mutações paternas que aumenta 4,28% por ano.
 
Para resumir, explica Kari Stefansson, um dos autores do estudo, "um pai de 40 anos transmite duas vezes mais mutações ao seu filho do que um pai de 20 anos", o que pode ser "uma coisa boa" para a "diversidade", mas não quando se trata de mutações que acarretam doenças genéticas.
 
Estudos epidemiológicos já tinham estabelecido uma relação estatística entre a idade do pai no momento da concepção e o risco do filho sofrer de autismo e esquizofrenia, enquanto outros estudos relacionaram estas doenças a algumas mutações genéticas.
 
Consultado pela AFP, Stefansson considerou que uma "parte substancial" dos novos casos de autismo diagnosticados nos últimos anos poderia estar ligada à idade dos pais no momento da concepção que, após ter diminuído até a década de 1970, voltou a crescer depois.
 
"Extrair o esperma de homens jovens e congelá-lo para poder utilizá-lo mais tarde poderia ser uma solução individual prudente", acrescentou em um comentário Alexey Kondrashov, da Universidade de Michingan.
 
Fonte R7

Familiares que cuidam de vítimas de tumor cerebral sofrem esgotamento

Viena, 29 set (EFE).- Esgotamento, ansiedade e tristeza são alguns dos principais sintomas de quem cuida de parentes com um tipo muito avançado de tumor cerebral, segundo um estudo apresentado neste sábado no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), que acontece até a próxima terça-feira em Viena.
 
De acordo com a pesquisa sobre doentes com glioblastoma multiforme - um dos tumores cerebrais mais agressivos - 60% de seus cuidadores sofrem da síndrome de "burnout" ou esgotamento, e 69% deles de ansiedade, especialmente na semana anterior à morte do familiar.
 
 "Esses alarmantes resultados ressaltam a urgente necessidade de apoio e programas especiais de formação", declarou Birgit Flechl, uma das responsáveis pelo estudo.
 
Tristeza, frustração e a perda de contatos sociais são outros dos problemas que o estudo detectou nos parentes que cuidam de pessoas com esse tipo de tumor.
 
Fonte R7

Conheça a dieta da humilhação

O novo regime que virou moda entre os americanos não saiu do consultório de nutricionistas, mas das redes sociais
 
Perguntar a uma pessoa qual seu peso pode ser tão ofensivo quanto o pior dos palavrões. A informação é tratada como um assunto tipicamente privado, do qual homens e mulheres – elas ainda mais! – tendem a fugir.

Justamente pelo caráter delicado do assunto, a mania que começou entre os americanos, de postar o próprio peso e os hábitos alimentares no Twitter sob a hashtag #tweetyourweigth (em português, algo como #tuiteseupeso), ficou conhecida como a Dieta da Humilhação.
 
Diariamente, milhares de usuários expõem detalhes íntimos de seu dia a dia como quantos quilos ganharam, quantos perderam, o que comeram ou deixaram de comer, se praticaram ou não atividades físicas. E tem funcionado. Mas o que essa estratégia tem a ver com dieta? Para quem está seguindo, tudo.
 
“A dieta é toda sobre prestação de contas. A vergonha que pode vir dessa exposição na internet, o local mais público de todos, é o que me move e o que me mantém na linha”, afirma Grady Thomas Stack, um dos praticantes mais fervorosos da dieta. A ideia é justamente essa. Por medo da vergonha pública, a pessoa passa a comer corretamente, falta menos na academia e acaba entrando em forma.
 
Grady conta que passava o dia atrás da mesa do escritório e estava há anos querendo emagrecer. Quando decidiu começar a dieta, adotou novos hábitos como reduzir o consumo de doces, se movimentar mais e tuitar as próprias medidas. Desde que adotou a tática, no início do ano, este norte-americano já perdeu 14 quilos e hoje pesa 85.

A tática tem fundamentos antigos, mas ganhou ares modernos ao alcançar as redes sociais. Grupos que trocam informações sobre alimentação saudável e perda de peso e onde um vigia o outro não são propriamente uma modernidade – o Vigilantes do Peso é um dos exemplos mais famosos. No microblog, no entanto, a vigilância se torna maior e mais ampla, o que causa certo desconforto e apreensão nos nutricionistas.
 
“Nós não sabemos quem está do outro lado e como se dá essa interação. Pode ser perigoso para um obeso, por exemplo, se ele falhar. Acaba sendo uma experiência frustante, prejudicial a quem pode já estar com a autoestima abalada”, alerta a nutricionista Roseli Rossi.
 
“Ninguém é gordo porque quer, há questões multifatoriais comprometedoras que levam a esse peso, muita delas ligadas ao estado psicológico”, completa.
 
Grady diz que só recebeu mensagens de incentivo. “Não recebi críticas, a maioria das mensagens foi de pessoas legais dando apoio, foram respostas positivas. Ver o meu progresso me ajuda a justificar essa atitude”, afirma.
 
Para a Roseli, o meio permite também a troca de conselhos, o que pode ser perigoso. “Acho mais comprometedor do que benéfico. A nutrição funcional caminha para a individualidade. Generalizar ou indicar receita do vizinho é perigoso. A experiência de um não vale para todos e nada substitui a consulta com o nutricionista”, frisa.
 
Fonte iG

Sucos para perder a barriga

Combinação de alimentos e chás tem efeito diurético, além de ajudar a desinchar e a regular o intestino
 
Qualquer ajuda é válida na hora de mandar embora os pneuzinhos da barriga. Se ela vier de uma receita fácil de fazer e simples de incluir no dia a dia, melhor ainda. O ingrediente certo na hora adequada pode ser a diferença entre fechar ou não o botão da calça.

Para secar essa região do corpo, frutas com propriedades antioxidantes e misturas que podem ajudar a reduzir a gordura corporal, eliminar gases e facilitar o trânsito intestinal são as mais indicadas.
 
“O chá verde é uma ótima pedida, porque ajuda na queima de gordura, além de ser diurético. O abacaxi também tem essa propriedade e ainda é anti-inflamatório”, exemplifica a personal diet Luciana Harfenist, diretora da clínica de nutrição que leva seu nome.
 
Para fazer o intestino preguiçoso funcionar, a nutricionista Gabriela Paschoal, da VP Consultoria, aconselha: “Aproveitar o bagaço de algumas frutas, como laranja, ou folhas verde-escuras, como a couve, são duas propostas que podem ajudar.”
 
Se o objetivo é desinchar a região abdominal, alguns alimentos intereferem na modulação dos níveis de prolactina, principalmente durante o período pré-menstrual, e auxiliam na diminuição de água acumulada, explica Paschoal. Melancia, limão, abacaxi, farelo de aveia e água de coco são as indicações da nutricionista.

Confira as receitas:
 
Diuréticos e reguladores do intestino
Suchá verde (mistura de chá verde com fruta)
Ingredientes:
2 colheres de sopa de chá verde (erva)
260 ml de água
1 xícara de água fervente
1 fatia de abacaxi
hortelã a gosto
 
Preparo:
Faça primeiro o chá verde. Ferva 260 ml de água. Desligue o fogo, coloque as duas colheres de chá verde e tampe a panela. Deixe esfriar por aproximadamente 15 minutos. Bata no liquidificador com o abacaxi e a hortelã e sirva.

Suco de melão, hortelã e biomassa de banana verde
Ingredientes:

1 colher de sobremesa de biomassa de banana verde
100g de melão
3 folhas de hortelã
240ml de água filtrada
 
Preparo:
Biomassa de banana verde: lave uma unidade de banana verde e coloque, com casca, em uma panela de pressão com água. Deixe cozinhar até formar pressão. Após quinze minutos sob pressão, desligue o fogo e retire, com cuidado, as bananas da panela. Amasse até ficar na consistência de uma massa.
Bata a colher de biomassa de banana verde, juntamente com o melão picado, as folhas de hortelã e a água no liquidificador. Sirva.
 
Para desinchar a região abdominal
Suco de abacaxi com água de coco e chá de erva-cidreira
Ingredientes:

100g de abacaxi
140ml de água de coco
10g de erva-cidreira
 
Preparo:
Faça a infusão da erva-cidreira em 100ml de água fervida e leve à geladeira. Depois que estiver gelado, coloque o chá, juntamente com o abacaxi picado e a água de coco. Bata tudo e sirva.
 
Detox
Suco verde com maçã e gengibre
Ingredientes:

1 folha pequena de couve-manteiga orgânica
½ maçã com casca
Raspas de gengibre
240 ml de água filtrada
 
Preparo:
Higienize bem os alimentos. Rasgue a couve, pique a maçã, raspe o gengibre e coloque tudo no liquidificador junto com a água. Se quiser, pode acrescentar uma colher de sobremesa rasa de açúcar demerara. Sirva.
 
Para acelerar o metabolismo
Suco de chá verde com limão e gengibre
Ingredientes:

200ml de infusão de chá verde
100ml de suco de limão
Raspas de gengibre
 
Preparo:
Coloque tudo no liquidificador e bata. Se quiser, pode acrescentar 1 colher de sobremesa de açúcar demerara. Sirva.

Fonte iG

Como evitar o ganho de peso da idade

Saiba por que perder peso fica mais difícil com o passar dos anos e como se manter em forma
 
Conforme envelhecemos, manter o mesmo peso e o mesmo corpo parece ficar cada ano mais difícil.

Aquele prato de macarrão de todo domingo, que antes não pesava na dieta, começa a fazer diferença na hora de abotoar o jeans.
 
No entanto, ganhar peso e envelhecer não andam necessariamente juntos. O peso extra não é resultado apenas do processo de envelhecimento, mas é principalmente fruto de mudanças de hábitos como exercitar-se menos e comer a mesma quantidade mesmo quando o ritmo do metabolismo diminui. Portanto, os motivos, além de fisiológicos, são também comportamentais.
 
"O que faz o corpo das pessoas mudar da fase dos vinte e poucos anos em diante são os hábitos de vida. Numa fase mais madura, a pessoa torna-se menos ativa, cessa ou reduz o nível de atividade física que praticava quando era mais jovem", diz o endocrinologista Alex Leite, do Hospital São Luiz.
 
A máquina
O declínio das habilidades físicas começa quando a mulher vira balzaquiana. Aos 30 anos, o metabolismo basal – valor de referência do quanto o corpo gasta de calorias para se manter funcionando – começa a ficar mais lento. O corpo passa a funcionar em outro ritmo, que vai diminuindo gradativamente até os 60 ou 70 anos, quando tende a estabilizar. Fica mais difícil não acumular gordura, não perder músculos e nem massa óssea.
 
"A diminuição de massa magra propicia o maior acúmulo de tecido adiposo, que, por sua vez, pode ocorrer sem mesmo ter havido uma mudança significativa no padrão alimentar. Esse declínio no metabolismo decorrente na mudança da composição corporal é progressivo e potencializado pela a diminuição dos hormônios sexuais e do crescimento que acontece com o envelhecimento", afirma Leite.
 
A redução do ritmo do metabolismo fica evidente e ganha potência com a chegada da menopausa, quando as alterações hormonais podem fazer com que a gordura se acumule mais facilmente na barriga do que nos quadris e nas coxas.
 
A genética, nesse caso, tem um papel fundamental. Se a família tiver tendência a acumular gordura nessa região, é bem capaz que seu corpo passe a fazer o mesmo.

“Nosso corpo vai ficando mais desgastado com o uso e temos mais limitações. Há uma diminuição nos hormônios, assim como no metabolismo”, afirma o endocrinologista Alfredo Cury.
 
Vitalidade em baixa
Com a idade, a responsabilidade e as atribuições – como casa, família, filhos, amigos e trabalho – passam a ser maiores e o tempo dedicado ao exercício diminui. A vitalidade também perde terreno e quem ganha espaço é o sedentarismo.
 
Alfredo Cury destaca ainda a chegada dos filhos. “A vida muda. A mulher engorda, tem menos tempo para ela, dorme menos. É normal que passe a acumular o peso a partir dessa fase”, afirma.
 
Mexa-se!
Driblar o ganho de peso, no entanto, é possível. Entre os especialistas, o exercício físico é uma unanimidade. Além de melhorar a condição cardiorrespiratória e contribuir para uma vida mais saudável, a ginástica pode evitar a redução do metabolismo com a idade.
 
De acordo com o endocrinologista do Hospital São Luiz, o exercício físico ajuda a manter e aumentar o tecido muscular, promovendo uma composição corporal com maior teor de massa magra, que irá auxiliar na queima da energia obtida através dos alimentos.
 
O Departamento de Cinesiologia (o estudo dos movimentos) da University of Colorado, nos Estados Unidos, pesquisou a taxa de metabolismo basal e o ganho de peso com o passar dos anos.
 
Os pesquisadores descobriram que o declínio no metabolismo basal não é observado em pessoas que se exercitam regularmente.

Foram avaliadas 65 mulheres divididas em quatro grupos: pré-menopausa e pós-menopausa e sedentárias e ativas. Entre as ativas, o metabolismo manteve-se o mesmo antes ou depois da menopausa, o que, segundo os pesquisadores, levou ao baixo peso observado no grupo.
 
Os exercícios mais recomendados são a musculação, que evita a perda de massa muscular decorrente do envelhecimento, aliado à caminhada. Os músculos ajudam a manter o metabolismo funcionando por um tempo prolongado, além de serem importantes em áreas como equilíbrio, flexibilidade e estabilidade.
 
A caminhada, por sua vez, aumenta o gasto calórico. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, descobriram que apenas 30 minutos andando por dia podem evitar o aumento de peso. Durante 15 anos, eles acompanharam a rotina de cinco mil pessoas entre 18 e 30 anos. O grupo que caminhava diariamente deixou de ganhar 450 gramas por mês.
 
Mas não basta se movimentar. Também é preciso cuidar da alimentação. Para a nutricionista Flávia Ferazzo Figueirêdo, não é preciso reduzir a quantidade de comida, apenas apostar em trocas inteligentes.
 
“A minha recomendação é fazer inversões no cardápio. Reduzir a farinha e o açúcar e, em contrapartida, aumentar o aporte de proteína, que ajuda na queima de gordura”, aconselha.

Fonte iG

Dieta: algumas mudanças não duram o suficiente para gerar perda de peso

Estudo analisou hábitos alimentares que ajudam mulheres a perder ou manter o peso após a menopausa e descobriu que nem todos duram em longo prazo
 
As mulheres maduras que desejam evitar o ganho de peso – e isso não é pouca coisa para quem já entrou na menopausa– devem considerar quatro comportamentos aliementares específicos, aponta uma recente pesquisa.
 
“Perder peso e manter o que foi eliminado é extremamente difícil”, explica Bethany Barone Gibbs, professora-assistente de Educação Física e Saúde da Universidade de Pittsburgh (EUA).
 
Ela analisou mudanças de curto e longo prazo feitas por cerca de 500 mulheres com sobrepeso ou obesas, todas com 50 anos ou mais, e identificou hábitos alimentares específicos relacionados à perda de peso e à manutenção do padrão para a idade, ou seja, o ganho de peso.
 
No longo prazo, aquelas que diminuíram a quantidade de sobremesas, bebidas doces, queijos e carnes (elas foram agrupadas), e aumentaram o consumo de frutas e vegetais se saíram melhor. O estudo foi publicado na edição de setembro do Jornal da Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos.
 
Barone Gibbs observou as mulheres em dois momentos: aos seis meses e aos quatro anos de pesquisa. Curiosamente, na marca dos seis meses as alterações de comportamento ligadas a alterações no peso corporal não foram mesmas relacionadas com o controle do peso na marca dos quatro anos.
 
Nos seis meses, consumir menos sobremesas, frituras e bebidas açucaradas, comer menos fora de casa e aumentar o consumo de peixes culminou na perda de mais peso. No entanto, na marca dos quatro anos, nem todos esses comportamentos permaneciam ligados à perda de peso.
 
A descoberta sugere que alguns hábitos não são normalmente mantidos em longo prazo, diz a pesquisadora. Por exemplo, a ligação entre a redução frituras e controle de peso caiu por terra na marca dos quatro anos. Em longo prazo, as mulheres que comiam mais frutas e verduras e menos carnes e queijos eram mais propensas a manter a perda de peso.
 
“Se você aumentou o consumo de frutas e vegetais em duas porções diárias [além do que já comia antes], isso foi associado a uma perda 3kg ao final de quatro anos”, afirma a pesquisadora. O mesmo ocorreu com as que diminuíram o consumo de bebidas doces em 450ml por dia.
 
As estratégias que funcionaram na marca de quatro anos parecem interessantes de adotar, se o desejo é perder peso e manter o que foi reduzido, diz Barone Gibbs. Ela extraiu os dados de um estudo anterior sobre mulheres, atividade e nutrição. No trabalho original, os pesquisadores avaliaram como intervenções no estilo de vida afetavam a saúde do coração. Barone Gibbs pegou a informação recolhida e determinou quais hábitos alimentares estavam relacionados com mais perda de peso.
 
No estudo anterior, 481 mulheres foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos: mudança hábitos e educação para a saúde. As do primeiro se reuniram com especialistas ao longo de toda a pesquisa e focaram em seguir hábitos saudáveis, como aumentar o consumo de frutas e verduras. Os segundo grupo participou de seminários sobre saúde da mulher, mas não teve orientações sobre como perder peso. Barone Gibbs encontrou uma associação entre os hábitos alimentares e o controle de peso, mas a pesquisa não comprovou causa e efeito.
 
Mais de um terço dos americanos são obesos, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Entre as mulheres mais velhas, o declínio natural na produção de energia – ou seja, muitas se torname sedentárias – poderia tornar a perda de peso mais difícil em longo prazo, aponta Barone Gibbs.
 
Algumas mulheres mais velhas culpam o ganho de peso a um metabolismo mais lento, mas o processo é bem mais complicado do que isso. Conforme as pessoas envelhecem, a massa muscular diminui e a quantidade de gordura corporal aumenta, fazendo com que o corpo queime menos calorias.
 
Em última análise, não é a velocidade do metabolismo que determina o aumento de peso, dizem os especialistas, mas a quantidade de calorias ingerida e o total de calorias gastas – o quanto de atividade física você faz.
 
“Este estudo fornece dicas de porque mudanças nos hábitos alimentares precisam ser fácies de manter para que a perda de peso seja sustentável”, afirma Connie Diekman, diretora da Faculdade de Nutriçao da Universidade de Washington, em St. Louis (EUA).
 
Fonte iG