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terça-feira, 9 de abril de 2013

Equipe identifica novos genes associados à obesidade infantil grave

Estudo sugere que uma série de variantes genéticas tanto raras quanto comuns é responsável pela obesidade em crianças
 
Pesquisadores do Wellcome Trust Sanger Institute, no Reino Unido, identificaram quatro novos genes associados à obesidade infantil grave. Eles também encontraram um aumento dos encargos de raras variações estruturais sobre crianças gravemente obesas.
 
Os resultados mostram que variações estruturais podem excluir seções de DNA que ajudam a manter os receptores de uma proteína envolvida na regulação do peso. Estes receptores são alvos promissores para o desenvolvimento de novos medicamentos contra a obesidade.
 
Segundo os pesquisadores, crianças com obesidade severa são mais propensas a ter uma forte contribuição genética. Este estudo reforçou o entendimento de como ambas as variantes raras e comuns em torno de genes e regiões genéticas específicas estão envolvidas na obesidade infantil grave.
 
"Sabemos há muito tempo que mudanças em nossos genes podem aumentar nosso risco de obesidade, por exemplo, o gene FTO tinha sido inequivocamente associado ao IMC, obesidade e outras características relacionadas à obesidade. No nosso estudo de crianças com obesidade grave, verificou-se que as variações em ou perto de dois genes recentemente associados, PRKCH e RMST, parecem ter um efeito comparável ou maior sobre a obesidade do que o gene FTO", afirma a autora da pesquisa Eleanor Wheeler.
 
A equipe descobriu que genes diferentes podem estar envolvidos na obesidade infantil grave, em comparação com a obesidade em adultos.
 
Raras alterações genéticas em um dos novos genes associados, LEPR, são conhecidas por causar uma forma grave de obesidade de início precoce. A equipe identificou uma variante mais comum neste gene, encontrada em 6% da população, que pode aumentar o risco de obesidade. A equipe afirma que este achado é um exemplo de onde as variações raras e mais comuns em torno do mesmo gene ou região podem influenciar o risco de obesidade grave.
 
Algumas das crianças neste estudo tiveram um maior número de variações estruturais do seu DNA que eliminaram os receptores da proteína G, que são importantes na regulação do peso. Esses receptores são alvos-chave para o desenvolvimento de medicamentos atuais e podem ter potenciais implicações terapêuticas para a obesidade.
 
"Algumas crianças serão obesas porque eles têm mutações graves, mas nossa pesquisa indica que alguns podem ter uma combinação de mutações graves e variantes de atuação mais leves que, em combinação, contribuem para a obesidade. À medida que descobrimos mais variantes e mais ligações genéticas, ganhamos uma melhor compreensão básica da obesidade, que por sua vez vai abrir portas para áreas de pesquisa clinicamente relevantes", destaca o coautor Sadaf Farooqi.
 
A equipe agora está explorando todos os genes de 1 mil crianças com obesidade grave nas quais uma mutação de diagnóstico não foi encontrada. Este trabalho irá encontrar novas mutações graves que podem explicar as causas da obesidade em outras crianças.
 
"Nosso estudo acrescenta evidências de que uma série de variantes genéticas tanto raras quanto comuns é responsável pela obesidade infantil grave. Este trabalho nos leva um passo mais perto de compreender a biologia subjacente a esta forma grave de obesidade infantil e proporcionar um diagnóstico potencial para as crianças e seus pais", conclui a pesquisadora Inês Barroso.
 
 
Fonte isaude.net

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