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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Hospital procura pacientes que já tiveram infarto do miocárdio para pesquisa

A participação na pesquisa clínica é gratuita
 
O Instituto de Medicina Vascular do Hospital Mãe de Deus está selecionando pacientes que já tiveram infarto do miocárdio a participarem de programa de pesquisa clínica gratuito.
 
Os interessados devem entrar em contato pelos telefones (51) 3230-2541 ou 3230-6205, de segundas a sextas-feiras, entre 8h e 16h.
 
Fonte Zero Hora

Especialista desvenda mitos e verdades sobre a enxaqueca

Cerca de 95% das pessoas terão, no mínimo, uma crise
de enxaqueca ao longo da vida
Conheça causas, manifestações e tratamentos do problema
 
Cerca de 95% das pessoas terão, no mínimo, uma crise de enxaqueca ao longo da vida. No entanto, há muitas dúvidas sobre o que realmente desencadeia esse mal. O médico neurologista e pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein, André Felicio, lista dez mitos e verdades sobre as causas da enxaqueca. Confira:
 
1) A enxaqueca melhora durante a gravidez?
Verdade:
caracteristicamente, a enxaqueca é muito mais frequente em mulheres do que homens, justamente porque nelas as flutuações hormonais, em uma pessoa suscetível, servem como fator desencadeante e agravante da dor. Durante a gestação, entretanto, a maioria das mulheres experimenta um alívio das suas crises, em particular, no segundo e terceiro trimestres.
 
2) A enxaqueca é sempre hereditária?
Mito: embora existam casos de enxaqueca claramente familiares, como a conhecida e rara síndrome da enxaqueca hemiplégica familiar, é comum que indivíduos desenvolvam episódios de enxaqueca, esporádicos ou crônicos, sem que existam membros na família com uma dor semelhante.
 
3) Toda dor de cabeça que pulsa ou lateja é uma enxaqueca?
Mito:
de acordo com os critérios diagnósticos para enxaqueca, o fato de a dor ser pulsátil ou latejante reforça tratar-se desta síndrome. Entretanto, é perfeitamente possível que um indivíduo tenha enxaqueca e sua dor não seja pulsátil, apresentando, porém, outras características da enxaqueca, por exemplo, sintomas de um lado só da cabeça, intensidade da dor moderada a forte e piora com exercício ou atividade física.
 
4) Existe uma dieta para enxaqueca?
Verdade:
existem alimentos que caracteristicamente estão associados à enxaqueca, por exemplo, queijos amarelos e outros derivados do leite, produtos enlatados, molho vermelho, bebidas alcoólicas, etc. Cabe ressaltar que esta lista de alimentos pode desencadear dor em alguns indivíduos, mas não em outros, ou seja, existem variações individuais.
 
5) A enxaqueca só acontece em adultos?
Mito:
a enxaqueca pode aparecer em qualquer faixa etária e pode ocorrer pela primeira vez em indivíduos acima de 60 anos. Entretanto, esta não é uma situação comum e, normalmente, o médico responsável sugere investigação complementar por imagem, a fim de excluir outras causas potencialmente mais graves e que iniciam na terceira idade.
 
6) Uso excessivo de remédios para dor de cabeça podem provocar ainda mais dor?
Verdade:
existem diversas estratégias para tratar a enxaqueca, mas uma das principais é cortar o uso excessivo, muitas vezes abusivo, dos analgésicos. Isto perpetua um ciclo vicioso de sensibilização periférica e central, leva a efeito rebote e auxilia a perpetuar a enxaqueca.
 
7) Existe enxaqueca sem dor?
Verdade:
esta é uma situação incomum e curiosa. Sabemos que uma minoria dos indivíduos com enxaqueca pode desenvolver um tipo especial, conhecida por enxaqueca com aura. Este fenômeno nada mais é que um sinal neurológico focal que normalmente antecede a dor como, por exemplo, a aura visual, na qual o indivíduo tem alterações visuais e só depois de 10 a 15 minutos desenvolve a crise propriamente dita. Ocorre que pouquíssimos indivíduos que têm enxaqueca com aura podem desenvolver algumas crises com aura, mas sem a dor. Este fenômeno é conhecido como aura sem enxaqueca, uma situação na qual só existem os sintomas neurológicos focais (escotomas cintilantes, por exemplo), sem dor.
 
Fonte Zero Hora

Conheça os alimentos que ajudam a manter a saúde no inverno

Conheça os alimentos que ajudam a manter a saúde no inverno Scott Lidell/Morguefile
O alho está entre os alimentos que ajudam a prevenir
 as gripes comuns no inverno
Dieta balanceada ajuda na prevenção de doenças comuns na estação
 
As baixas temperaturas estimulam a fome, ao mesmo tempo que tiram a motivação para a prática de exercícios físicos. Por isso, a atenção ao valor calórico e nutricional dos alimentos consumidos deve ser redobrada no inverno.
 
Alguns nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e fitoquímicos, também não podem faltar na dieta, porque eles estimulam o sistema imunológico e ajudam a prevenir doenças comuns na estação.
 
— E apesar de ser mais difícil, deve-se procurar evitar exageros nas refeições. Manter a dieta balanceada, repleta de cereais integrais, verduras, legumes e frutas, é importante para fornecer os nutrientes e fitoquimicos que fortalecem a defesa do organismo, além de ajudar a manter a forma — afirma a nutricionista da rede Mundo Verde, Flávia Morais.
 
A especialista indica os alimentos que não podem faltar no cardápio durante o inverno:
 
Acerola: fruta riquíssima em vitamina C de ação antioxidante que estimula a resistência, sendo responsável pelo aumento da atividade imunológica do corpo. A vitamina C age na reconstituição dos leucócitos em períodos de queda de resistência. Pode ser consumida in natura, na forma de sucos ou em cápsulas.
 
Alho: fonte de aliina e alicina, substâncias de potente ação antioxidante, estimula a resposta imunológica, prevenindo as gripes comuns no inverno. Atua no combate a infecções e inflamações. Use amassado no feijão, sopas, em temperos de saladas ou se preferir, cápsulas de óleo de alho.
 
Chás verde e branco: ricos em catequina e epicatequina, poderosos antioxidantes que atuam no combate aos radicais livres. Possui ação imunoestimulante, fortalecendo o sistema imunológico.
 
Cogumelo shiitake: esse cogumelo possui lentinan, uma substância que aumenta a produção das células de defesa do organismo. Acrescente o shiitake em receitas como arroz integral, molhos para massas e saladas.
 
Gengibre: é imunoestimulante, possui ação expectorante, reduz a inflamação e a dor. Com a raiz, faz-se os chás e em pó, pode ser adicionado em sucos e receitas diversas.
 
Mel: tem ação bactericida e anti-séptica. É um bom coadjuvante no tratamento de problemas pulmonares e da garganta. Contém substâncias que agem como antibióticos naturais. Não deve ser fervido para que não perca suas propriedades. Pode ser consumido puro, em sucos, vitaminas, frutas.
 
Óleo de coco: rico em ácidos láurico e caprílico, o óleo de coco possui atividade antiviral e antibacteriana. Diversos estudos mostram seu efeito imunomodulador. Use em sucos, shakes, vitaminas ou como substituto da manteiga em pães.
 
Fonte Zero Hora

Mobilização na próxima semana vai parar atendimento médico no País

Apenas serviços de emergência e urgência serão mantidos; médicos querem protestar contra degradação de condições de trabalho e vinda de médicos estrangeiros ao Brasil

Os médicos brasileiros prometem fazer uma grande mobilização no dia 3 de julho, a partir das 10 horas e em todas as regiões do País. De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Gilberto Ferreira, os serviços de urgência e emergência serão mantidos, mas exames e consultas agendadas serão suspensos. "Vamos para a rua mostrar para a população o caos do sistema de saúde", disse.
 
Embora as associações médicas afirmem que a paralisação tem o objetivo de mostrar a degradação das condições de trabalho, a motivação está ligada ao anúncio do Ministério da Saúde de trazer médicos estrangeiros para o Brasil. "Depois da infelicidade do anúncio de trazer médicos aos milhares como se fossem commodities não podemos ficar parados", disse.            
 
Roberto D'Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina, afirma que a vinda de médicos estrangeiros não vai solucionar o problema da saúde. "Ficamos ofendidos porque a incompetência administrativa do governo está sendo maquiada, mascarada pela utilização de um critério que não tem valor que e o número de médicos", disse.
 
D'Ávila afirma que cidades onde há mais de dois médicos por habitante, como Vitória e Rio de Janeiro, não têm sistemas de saúde exemplares por exemplo. "Falta um atendimento decente porque falta leito, equipamento, esparadrapo, falta tudo", disse.
 
Durante coletiva de imprensa na sede da Associação Médica Brasileira, em São Paulo, as entidades médicas do País criticaram o modo como o governo está gerindo a saúde. "Identificamos vários grandes problemas na gestão da saúde, principalmente o subfinanciamento. Precisamos que o Alexandre Padilha (inistro da saúde) diga para a população porque deixou de usar 17 bilhões de reais no ano passado, o que representa 20% dos recursos", disse o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso.
 
Gilberto Ferreira também criticou o ministro e o plano de trazer médicos cubanos. "Padilha disse que vai usar 1,5 bilhão de reais para reformar as unidades para os médicos estrangeiros trabalharem. Isto e um absurdo. Porque não é feito isso para os médicos brasileiros?", perguntou.
 
Ferreira afirma ainda que caso os médicos estrangeiros venham trabalhar no Brasil sem revalidar seus diplomas, as entidades irão recorrer à Organização Internacional do Trabalho (OIT) . "Se vierem sem o diploma revalidado e correndo o risco de serem repatriados, caso não sigam a conduta determinada por Cuba, isto significa em mais de 100 anos a ressurreição da escravidão no Brasil", disse.
 
Sobram vagas
Os médicos reconheceram que estão mal distribuídos no País, mas que embora haja oferta não preenchida em hospitais e postos no interior, falta condições de trabalho. "Temos vários concursos que não são preenchidos, assim como tem concurso que o salário é de mil reais, 900 reais. Imaginem um médico bem formado trabalhar 20 horas por 1.500 reais?", questionou Cardoso.
 
Sobre as vagas que oferecem salários de 10 mil reais, Roberto D'Ávila afirma que elas estão na maior parte dos casos ligadas a motivos eleitoreiros. "Sabemos que nestes casos o médico recebe o primeiro mês, o segundo e depois o prefeito diz que não pode pagar mais. Nestes casos, o médico é submetido a trabalhar em época eleitoral na media de 100 ou 150 atendimentos por dia", disse.
 
Fonte Último Segundo

Médicos substituem cirurgia por "radiação pesada" para tratar câncer de mama

Mastectomia câncer de mama
Para se submeter ao teste, mulheres devem ser maiores de 60 anos e ter um "tumor localizado"
 
Para evitar a realização de cirurgias, um centro médico do Japão começou a fazer testes clínicos de irradiação de "partículas pesadas" no tratamento do câncer de mama, método que até agora só era utilizado para tratar outros tipos de tumor, explica a médica Kumiko Karasawa, diretora de tratamentos do Instituto Nacional de Ciências Radiológicas do Japão (NIRS, sigla em inglês), em Tóquio.
 
— Antes de tudo, muitas mulheres não querem submeter seus seios a operações para a retirada de tumores.
 
Normalmente, os tratamentos para o câncer de mama são feitos através de uma "combinação" entre um período de radioterapia convencional e/ou quimioterapia, seguido de uma cirurgia. Mas, há duas semanas, o centro japonês realizou o primeiro teste clínico da história com raios de íons de carbono para tratar uma paciente com câncer de mama.
 
A mulher se submeteu ao que deverá se tornar o procedimento padrão para a doença: quatro sessões de radioterapia de partículas pesadas durante quatro dias consecutivos. A instituição responsável acompanhará, durante cinco anos, a evolução de qualquer paciente que se submeta ao tratamento experimental, assim como tem feito com a mulher que já recebeu o novo tipo de radioterapia, afirmou a diretora do NIRS, Kumiko Karasawa.
 
Para realizar o teste, o NIRS utilizou seu acelerador hospitalar de íons pesados (HIMAC, em inglês), que foi a primeira máquina deste tipo fabricada no mundo, em 1994. No total, mais de 7.300 pacientes do mundo todo se submeteram desde então a radioterapias com o HIMAC para tratar diferentes tipos de tumores. A vantagem deste tipo de tratamento é a baixa agressividade da radiação quando atinge a superfície do corpo. No entanto, ao chegar ao tumor, ela ganha intensidade e age de uma maneira muito mais precisa e localizada, ao contrário de outros tipos de radioterapia, que causam mais danos aos tecidos adjacentes.
 
Para receber esse tipo de tratamento, o paciente deve permanecer recostado até que o feixe radioativo seja calibrado com total precisão antes de ser aplicado durante um ou dois minutos. Ele é muito comum no combate ao câncer nos ossos, pulmões, fígado, cérebro, pescoço e próstata.
 
Para se submeter a estes testes clínicos no NIRS as mulheres devem ser maiores de 60 anos (uma idade na qual um processo cirúrgico apresenta mais complicações) e ter um "tumor localizado" (sem metástases) com um tamanho inferior a dois centímetros. Embora seja gratuito na fase experimental, um tratamento com partículas pesadas não é barato.
 
Os pacientes que utilizam esta sofisticada tecnologia, que depende de um dispositivo que ocupa um espaço equivalente à superfície de um campo de futebol, gastam em média 3,14 milhões de ienes (cerca de R$ 72 mil), já que a previdência japonesa não cobre os tratamentos de "medicina avançada".
 
Para os estrangeiros, os custos podem chegar a quase R$ 115 mil (5 milhões de ienes). Além do espaço necessário para o acelerador de partículas, "a principal desvantagem deste tipo de radioterapia é alto custo para construir e manter as instalações", afirmou Kumiko.
 
O HIMAT custou R$ 757 milhões (33 bilhões de ienes) e demorou dez anos para ser construído. Por isso, não é surpresa que só existam sete aceleradores médicos de íons de carbono no mundo todo.
 
Quatro estão no Japão e os outros três se encontram em Heidelberg (Alemanha), Pavia (Itália) e Lanzhou (China). No entanto, novas unidades já estão sendo construídas no Japão, China, Taiwan e Coreia do Sul. Também terão outros quatro na Europa: dois nas cidades alemãs de Marburg e Kiel, um em Lyon (França) e outro em Viena (Áustria).
 
Fonte Efe/R7

Desativação de via cerebral ligada à memória impede recaída do alcoolismo

Uma das principais causas da recaída é o desejo, desencadeada pela memória por certos sinais, como entrar em um bar ou o cheiro ou gosto do álcool
Uma das principais causas da recaída é o desejo, desencadeada
pela memória por certos sinais, como entrar em um bar
ou o cheiro ou gosto do álcool
Descoberta pode levar a novas opções de tratamento para pessoas que sofrem de transtornos de abuso de álcool e outros vícios
 
A desativação de uma via no cérebro ligada à memória do álcool pode impedir a recaída do alcoolismo. É o que mostra estudo de pesquisadores da University of California em San Francisco, nos EUA.
 
A descoberta pode um dia levar a uma opção de tratamento para pessoas que sofrem de transtornos de abuso de álcool e outros vícios.
 
No estudo, os pesquisadores foram capazes de evitar que os animais viciados buscassem álcool e bebessem, o equivalente a uma recaída.
 
"Uma das principais causas da recaída é o desejo, desencadeada pela memória por certos sinais, como entrar em um bar ou o cheiro ou gosto do álcool. Aprendemos que quando os ratos foram expostos ao cheiro ou sabor de álcool, houve uma pequena janela de oportunidade para atingir a área do cérebro que estabiliza a memória do desejo por álcool e enfraquecer ou até mesmo apagar a memória e, assim, o desejo", afirma o principal autor da pesquisa Segev Barak.
 
O estudo foi publicado na revista Nature Neuroscience.Na primeira fase do estudo, os ratos tiveram a escolha para beber livremente água ou álcool, ao longo de sete semanas, e durante este tempo, desenvolveram uma elevada preferência pelo álcool.
 
Na fase seguinte, eles tiveram a oportunidade de acessar álcool durante uma hora por dia, o que eles aprenderam a fazer, pressionando uma alavanca. Eles foram, então, submetidos a um período de 10 dias de abstinência de álcool.
 
Após este período, os animais foram expostos por cinco minutos apenas ao cheiro e ao gosto do álcool, que os lembrava o quanto eles gostavam de beber. Os pesquisadores então mapearam os cérebros dos animais, e identificaram o mecanismo neural responsável pela reativação da memória do álcool, caminho molecular mediado por uma enzima conhecida como mTORC1.
 
Eles descobriram que apenas uma pequena gota de álcool apresentado aos ratos ativaram mTORC1 especificamente em uma região selecionada da amígdala, estrutura ligada a reações emocionais e retirada do álcool, e as regiões corticais envolvidas no processamento da memória.
 
Eles mostraram ainda que, uma vez que mTORC1 foi ativada, a memória do álcool se estabilizou e os ratos tiveram recaídas nos dias seguintes, ou seja, neste caso, começaram novamente a empurrar a alavanca para obter mais álcool.
 
"O cheiro e o gosto do álcool eram sinais tão fortes que poderiam direcionar a memória especificamente, sem afetar outras lembranças, como o desejo por açúcar", afirma Barak.
 
Os investigadores decidiram verificar se poderiam impedir a reconsolidação da memória do álcool inibindo mTORC1, evitando assim a recaída. Quando mTORC1 foi inativado usando uma droga chamada rapamicina, administrada imediatamente após a exposição ao aroma e sabor do álcool, não houve nenhuma recaída ao álcool no dia seguinte.
 
Surpreendentemente, o efeito da droga permaneceu suprimido durante até 14 dias, o ponto final do estudo. "Estes resultados sugerem que a rapamicina apagou a memória de álcool por um longo período", concluem os pesquisadores.
 
Os autores disseram que o estudo é um primeiro passo importante, mas que é necessária mais investigação para determinar como mTORC1 contribui para a reconsolidação da memória do álcool e se desligar mTORC1 com rapamicina poderia prevenir a recaída por mais de duas semanas.
 
Fonte isaude.net

Composto sintético amplia efeitos de medicamentos antidepressivos

Neurotransmissores
Descoberta aponta para novos alvos que podem ser usados no tratamento de sintomas da depressão no futuro
 
Equipe de pesquisadores University of Texas Health Science Center San Antonio, nos EUA, descobriu um composto sintético capaz de aumentar os efeitos antidepressivos no cérebro de ratos.
 
A pesquisa aponta para novos alvos que podem ser usados no tratamento de sintomas da depressão.
 
 
A serotonina, neurotransmissor que transporta sinais químicos, está associada com sensações de bem-estar. Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs) são antidepressivos comumente prescritos que bloqueiam um específico "aspirador de pó" para a serotonina (o transportador da serotonina, ou SERT) de segurar serotonina, resultando em mais oferta do neurotransmissor em circulação no líquido extracelular do cérebro.
 
"A serotonina é liberada pelos neurônios no cérebro. Muita ou pouca quantidade pode ser uma coisa ruim. Muito pouca serotonina está ligada à depressão. É por isso que acredito que drogas SSRIs, tipo Prozac, trabalham parando o transportador da serotonina de reter serotonina do líquido extracelular no cérebro", explica a pesquisadora Lyn Daws.
 
Um problema com os SSRIs é que muitos pacientes deprimidos experimentam benefício terapêutico modesto. Acontece que, enquanto SSRIs bloqueia a atividade do transportador da serotonina, eles não bloqueiam outros "aspiradores". "Até agora nós não confirmávamos a presença de produtos de limpeza para a serotonina. Nós não fomos os primeiros a mostrar a sua presença no cérebro, mas estamos entre os primeiros a mostrar que eles limitam a capacidade dos SSRIs de aumentar a sinalização da serotonina no cérebro. O estudo é o primeiro a demonstrar o reforço do efeito antidepressivo de um SSRI por meio do bloqueio destes " aspiradores" ", afirma Daws.
 
Mesmo se a atividade SERT é bloqueada, os aspiradores (chamados transportadores de cátions orgânicos) mantém um teto sobre o quão alto os níveis de serotonina podem subir, o que limita a probabilidade de benefício terapêutico ideal para o paciente.
 
"Neste momento, o composto que temos, decynium-22, não é um agente que queremos dar às pessoas em ensaios clínicos. Nós ainda não estamos lá. Somos capazes de usar este composto para identificar novos alvos no cérebro para a atividade antidepressiva e criar químicos medicinais para desenhar moléculas para bloquear esses aspiradores secundários", concluem os autores.
 
Fonte isaude.net

Ferramenta de realidade virtual fornece treinamento a cirurgiões cerebrais

Tela exibe uma cirurgia no cérebro usando o NeuroTouch Cranio simulator
Foto: Elizabeth Howell
Tela exibe uma cirurgia no cérebro usando o NeuroTouch
 Cranio simulator
Software permite aos médicos notar sensações semelhantes às que ocorrem durante procedimento no cérebro real
 
Equipe de cientistas da McGill Universit, no Canadá, criou uma nova ferramenta de simulação de cirurgia que permite que os cirurgiões desenvolvam suas habilidades sem a necessidade de envolver um paciente real.
 
O NeuroTouch Cranio, que se acredita ser uma das ferramentas de cirurgia de cérebro mais avançadas do mundo, torna possível aos médicos sentir sensações semelhantes às que ocorrem durante uma cirurgia no cérebro real, enquanto que utilizam os instrumentos cirúrgicos.
 
O dispositivo também inclui uma tela que mostra uma simulação de alta definição de um tumor no cérebro e o efeito que as ferramentas e cirurgia têm sobre o tumor e o cérebro circundante.
 
Segundo os pesquisadores, o principal objetivo é melhorar a formação de médicos residentes. Anteriormente, eles estavam recebendo o treinamento diretamente na sala de operação.
 
O simulador está sendo usado em estudos de treinamento e ainda vão levar alguns anos antes que possam ser usados para treinar os neurocirurgiões.
 
A equipe acredita que a ferramenta poderia, eventualmente, permitir a detecção muito mais precoce de quais cirurgiões estagiários terão sucesso e quais não.
 
Durante o próximo teste, os alunos irão operar em uma simulação de um tumor cerebral que está sangrando incontrolavelmente. O paciente vai morrer conforme os alunos trabalham, mas eles serão capazes de monitorar a atividade cerebral do paciente e a frequência cardíaca.
 
Segundo os cientistas, isso permitirá que os alunos aprendam quais pressões estão envolvidas na realização de operações como esta, e como lidar com elas.
 
Fonte isaude.net

Genes envolvidos em defeitos congênitos podem causar doença mental

Equipe descobriu que os interneurônios geneticamente alterados pareceram normais e tinham conseguido encontrar sua posição correta em circuitos do cérebro
Ilustração: Sebastian Kaulitzki
Equipe descobriu que os interneurônios geneticamente alterados
 pareceram normais e tinham conseguido encontrar sua posição
 correta em circuitos do cérebro
Mutações genéticas que levam a defeitos no nascimento também estão envolvidas em transtornos como esquizofrenia e autismo
 
Mutações genéticas que levam a defeitos congênitos graves também podem causar perturbações sutis no cérebro que contribuem para transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia, autismo e transtorno bipolar, de acordo com pesquisa feita por cientistas da University of Califofornia em San Francisco, nos EUA.
 
Nos últimos anos, os pesquisadores têm mostrado que mutações em um gene chamado Dact1 levam as redes celulares de sinalização a funcionarem errado durante o desenvolvimento embrionário. Os investigadores observaram que os ratos com mutações em Dact1 desenvolvem uma variedade de malformações graves, incluindo espinha bífida.
 
O novo estudo foi projetado para explorar se mutações em Dact1 exercem efeitos mais sutis no cérebro que podem levar à doença mental.
 
Para isso, os pesquisadores Benjamin Cheyette e John Rubenstein usaram uma técnica genética em camundongos adultos para apagar seletivamente a proteína Dact1 apenas em interneurônios, grupo de células do cérebro que regula a atividade no córtex cerebral, incluindo os processos cognitivos e sensoriais. Má função de interneurônios tem sido implicada em uma série de condições psiquiátricas.
 
A equipe descobriu que os interneurônios geneticamente alterados pareceram normais e tinham conseguido encontrar sua posição correta em circuitos do cérebro durante o desenvolvimento. Mas as células tiveram significativamente menos sinapses, locais onde a comunicação com os neurônios vizinhos ocorre.
 
"Quando você exclui esta a função do gene depois do desenvolvimento inicial, apenas eliminando-o em neurônios depois que eles se formaram, eles migram para o lugar certo, e seus números estão corretos, mas sua morfologia é um pouco atípica. E isso é muito semelhante com o tipo de patologia que as pessoas identificam na doença psiquiátrica", afirma Cheyette.
 
A equipe ressalta que só porque um gene desempenha um papel importante no embrião, não significa que também não seja importante no cérebro posteriormente, e pode estar envolvido na patologia psiquiátrica. "Quando estes genes são mutantes, alguém pode olhar bem, desenvolver bem e não ter problemas médicos óbvios no nascimento, mas eles também podem desenvolver o autismo na infância ou ter um surto psicótico na idade adulta e desenvolver esquizofrenia", concluem os autores.
 
 
Fonte isaude.net

Terapia inédita melhora qualidade do sangue usado em transfusões

Descoberta tem potencial para reduzir drasticamente os efeitos nocivos das transfusões de sangue
Descoberta tem potencial para reduzir drasticamente os
efeitos nocivos das transfusões de sangue
Tratamento que restaura níveis óxido nítrico aumenta fluxo sanguíneo no tecido e transporte de oxigênio após transfusão
 
Pesquisadores da Case Western Reserve University of Medicine, nos EUA, desenvolveram uma abordagem capaz de restaurar o óxido nítrico (NO) no sangue doado.
 
A descoberta tem potencial para reduzir drasticamente os efeitos nocivos das transfusões de sangue. Segundo os pesquisadores, a restauração dos níveis sanguíneos de NO em animais antes da transfusão melhorou o fluxo sanguíneo no tecido, o transporte de oxigênio e a função renal.
 
Os resultados foram publicados na revista PNAS.
 
A transfusão de sangue é muitas vezes usada para substituir o sangue perdido por um trauma, mas também pode completar carências do próprio doente para produzir sangue devido ao câncer e outras doenças.
 
Cada vez mais, as publicações de pesquisas médicas associam transfusões com consequências prejudiciais, incluindo ataques cardíacos, insuficiência renal e morte. A explicação convincente apresentada na literatura é que a quantidade de NO diminui rapidamente após a doação, porque tem uma vida útil curta. Normalmente, NO dilata os vasos sanguíneos e permite que as células vermelhas do sangue acessem o tecido e entreguem oxigênio.
 
No sangue, NO existe em uma forma bioativa chamada S-nitrosohemoglobin (SNO-Hb).
 
Agora, Jonathan Stamler e seus colegas desenvolveram um processo único para restaurar SNO-Hb, chamada terapia renitrosylation, que poderia ter benefícios significativos para milhões de pacientes.
 
"Na medida em que a oferta mundial de sangue é deficiente em SNO-Hb, os esforços para restaurar seus níveis podem ser uma grande promessa terapêutica. Um aspecto importante do nosso estudo é a percepção de que o conhecimento do estado de SNO-Hb no sangue depositado pode ser utilizado para avaliar a eficácia de uma transfusão", afirma Stamler.
 
Segundo os pesquisadores, esta informação permitiria aos médicos distinguir entre doações de sangue que podem causar daquelas que terão efeitos restauradores.
 
A equipe sugere que a perda de NO compromete a capacidade de dilatar os vasos sanguíneos e, assim, fornecer oxigênio aos tecidos, o que é crítico para a sobrevivência. Os glóbulos vermelhos sem NO se ligam a pequenos vasos sanguíneos e causam ataques cardíacos e insuficiência renal. Em contraste, a restauração de NO garantiria a oferta de oxigênio.
 
O estudo demonstrou que camundongos, ratos e ovelhas que receberam sangue depositado sem tratamento tiveram menores níveis de oxigênio no músculo esquelético e outros tecidos, exatamente o oposto do que teria sido previsto. Em contraste, nos animais transfundidos com células sanguíneas tratadas, apresentaram melhor oxigenação dos tecidos.
 
Além disso, os investigadores aplicaram o mesmo tratamento com os animais anêmicos e notaram melhora do fluxo sanguíneo, oxigenação dos tecidos e na função renal.
 
Os resultados demonstram que a recuperação dos níveis de NO no sangue pode ser útil no tratamento e prevenção de uma grande variedade de condições, incluindo acidentes vasculares cerebrais, ataques cardíacos e danos nos rins após a cirurgia, além de doença falciforme, malária e outras doenças do sangue.
 
Fonte isaude.net

Quantidade total de exercício é mais importante que frequência semanal

Pesquisadores demonstraram que a quantidade total de exercícios é mais importante que a frequência com que as atividades são realizadas
Pesquisadores demonstraram que a quantidade total de exercícios é
mais importante que a frequência com que as atividades são realizadas
Adultos que acumulam 150 minutos de exercício em alguns dias da semana são tão saudáveis quanto os que se exercitam diariamente
 
Pesquisadores da Queen' s University, no Canadá, demonstraram que a quantidade total de exercícios é mais importante que a frequência com que as atividades são realizadas.
 
O estudo mostra que adultos que acumularam 150 minutos de exercício em alguns dias da semana não eram menos saudáveis do que os adultos que se exercitavam com mais frequência durante a semana.
 
Ian Janssen e seus colegas estudaram 2.324 adultos de todo o Canadá para determinar se a frequência de atividade física ao longo da semana está associada a fatores de risco para diabetes, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral.
 
"Os resultados indicam que não importa como os adultos optam por acumular os 150 minutos semanais de atividade física. Por exemplo, alguém que não realiza qualquer atividade física de segunda-feira a sexta-feira, mas é ativa por 150 minutos ao longo do fim de semana obtém os mesmos benefícios para a saúde de alguém que acumulou 150 minutos de atividade ao longo da semana, fazendo 20 a 25 minutos de atividade física diariamente", afirma Janssen.
 
A atividade física foi medida continuamente durante toda a semana em participantes que usaram acelerômetros em suas cinturas. Acelerômetros são pequenos dispositivos elétricos que registram o quanto uma pessoa se move a cada minuto.
 
Janssen dividiu os adultos que seguiram as diretrizes de atividade física (mais de 150 minutos por semana de atividade aeróbica) daqueles que eram frequentemente ativos (de cinco a sete dias por semana) e raramente ativos (um a quatro dias por semana).
 
De acordo com Janssen, a mensagem importante é que os adultos devem procurar acumular pelo menos 150 minutos de atividade física semanal em qualquer padrão que funcione melhor de acordo com sua programação.
 
 
Fonte isaude.net

Robôs utilizam luz UV para matar 99,9% dos germes em áreas hospitalares

Robôs de desinfecção eliminam o Clostridium difficile (C. dif) em menos de quatro minutos
Foto: Loyola University Health System
Robôs de desinfecção eliminam o Clostridium difficile (C. dif)
em menos de quatro minutos
Robôs utilizam luz UV para matar 99,9% dos germes em áreas hospitalares
 
Pesquisadores do Loyola University Health System, nos EUA, demonstraram que o uso de robôs futuristas pode matar 99,9% dos germes presentes em ambientes clínico e hospitalar.
 
A tecnologia é usada como o toque final na desinfecção de consultórios e quartos. A cabeça telescópica rotativa emite raios ultravioleta (UV) por 15 minutos em ambientes fechados e desocupados para eliminar os germes, incluindo as superbactérias.
 
"Loyola é um líder mundial em controle de infecção e, agora, a adição da desinfecção automática reforça nosso compromisso com a segurança do paciente", afirma o pesquisador Jorge Parada.
 
De acordo com estudos, os robôs de desinfecção eliminam o Clostridium difficile (C. dif) em menos de quatro minutos e o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em menos de dois minutos.
 
"Os robôs são usados para posterior desinfecção nos quartos e salas de operação do paciente, incluindo áreas de isolamento, queimadura e transplante. Loyola leva muito a sério sua responsabilidade de proteger os pacientes, visitantes e a equipe do hospital de infecções", afirma o gerente de prevenção e controle de infecções em Loyola, Alex Tomich.
 
A equipe de limpeza hospitalar limpa os quartos e depois usa os robôs para esterilização adicional. A luz UV pulsante destrói os vírus, as bactérias e os esporos sem contato humano ou com produtos químicos.
 
Fonte isaude.net

Reino Unido vai oferecer tratamento preventivo contra câncer de mama

Exames como de mamografia, serão entregues nos postos de saúde. (Foto: Prefeitura/Maurício Rocha)
Foto: Prefeitura/Maurício Rocha
 Reino Unido quer  tentar tratamento preventivo
 para evitar gastos futuros com cirurgias
Objetivo do governo é reduzir número de cirurgias 'grandes e traumáticas'. Uma em cada cinco pacientes com a doença tem antecedentes familiares
 
Cerca de meio milhão de mulheres britânicas com risco de desenvolver câncer de mama serão elegíveis para um tratamento preventivo através do serviço público de saúde (NHS), de acordo com as novas diretrizes médicas divulgadas nesta terça-feira (25).
 
O câncer de mama é o mais comum no Reino Unido e cerca de uma em cada cinco pacientes que contraem a doença tem antecedentes familiares.
 
O Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (Nice, na sigla em inglês), que elabora as diretrizes de atuação para os funcionários do NHS, acredita que o tratamento preventivo com um comprimido diário de tamoxifeno ou raloxifeno por cinco anos pode reduzir o risco da doença entre 30% e 40%.
 
Com isso, reduz também o número de cirurgias "grandes e traumáticas", como a mastectomia dupla, à qual se submeteu recentemente a atriz Angelina Jolie, de 37 anos, para combater um risco genético elevado, em seu caso de 87%. Além disso, o tratamento preventivo permitirá que o NHS poupe verbas significativas neste momento de cortes nos serviços públicos.
 
O tamoxifeno tem sido utilizado há 40 anos no Reino Unido para o tratamento de câncer da mama, enquanto que o raloxifeno é utilizado especialmente para combater a osteoporose na menopausa.
 
Nenhum dos dois é aprovado como um tratamento preventivo no Reino Unido, mas nos Estados Unidos "as evidências mostram que ambos os tratamentos são igualmente eficazes na prevenção do câncer de mama", ressalta o Nice.
 
Público-alvo
O tratamento preventivo será proposto às mulheres a partir de 35 anos de idade, com risco moderado ou alto de desenvolver este câncer. O professor Gareth Evans, um dos especialistas que ajudou a desenvolver as recomendações, indicou que este tratamento será um "avanço" que pode salvar as mulheres do "estresse e do trauma do diagnóstico, e potencialmente da radioterapia e da quimioterapia".
 
Cerca de 50 mil mulheres e 400 homens morrem a cada ano no Reino Unido por câncer de mama, de acordo com o NICE, cujas recomendações são destinadas apenas para a saúde pública na Inglaterra e no País de Gales.
 
Fonte G1

Uso de antidepressivos na gravidez 'pode trazer riscos para fetos'

Grávidas com depressão leve ou moderada deveriam
 evitar tomar antidepressivos
Órgão que dá diretrizes a médicos britânicos muda orientação sobre uso de certos remédios no tratamento de depressão em grávidas
 
Grávidas com depressão leve ou moderada deveriam evitar tomar antidepressivos. Essa é a nova orientação que será adotada pelo órgão que dá diretrizes aos médicos britânicos, que antes alertava para o risco de um só tipo desse medicamento.
 
A mudança foi tomada após evidências mostrarem que Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (SSRIs, na sigla em inglês) podem dobrar os riscos de que bebês nasçam com malformações no coração, de acordo com Stephen Pilling, do National Institute for Health and Care Excellence (Nice).
 
Até o momento, a orientação oferecida pelo Nice advertia médicos contra o uso de apenas um tipo de SSRI no início da gravidez - a droga paroxetina.
 
Pilling disse que a orientação em relação a esse grupo de medicamentos vai ser alterada.
 
"As evidências disponíveis sugerem que existe um risco associado às SSRIs. Nos esforçamos bastante para dissuadir mulheres de fumar ou beber, mesmo pequenas quantidades de álcool, durante a gravidez, mas não estamos dizendo o mesmo em relação à medicação antidepressiva, que implica riscos similares - senão maiores."
 
Uma entre seis mulheres em idade reprodutiva usa esse tipo de medicamento na Grã-Bretanha.
 
Ansiedade
Oito mulheres entrevistadas pela BBC que tomaram SSRIs durante a gravidez tiveram bebês com malformações cardíacas sérias.
 
Entre elas está Anna Wilson, do condado de Ayrshire, na Escócia. Quando ela fez um ultrasom na vigésima semana de gravidez, os médicos descobriram que seu bebê tinha um problema sério no coração e precisaria de uma cirurgia imediatamente após o parto.
 
Durante as cinco primeiras semanas de vida, David, hoje com oito meses, precisou ficar no hospital auxiliado por máquinas. Antes de começar a ir à escola, terá de passar por outra operação e, segundo os médicos, é possível que ele não viva além dos 40 anos.
 
"Existe muito sofrimento no caminho dele", disse sua mãe. "E essa é uma certeza terrível."
 
Quatro anos antes de ficar grávida, Anna estava sofrendo de ansiedade. O clínico geral receitou-lhe a droga Citalopram. Quando ela decidiu tentar engravidar, o médico disse que ela poderia continuar usando o medicamento.
 
Mas após o nascimento de David, Anna quis saber o que poderia ter causado o problema no coração do bebê.
 
"Consultamos um cardiologista quando fizemos um dos exames de ultrasom e ele explicou que, pelo que sabia, não havia fatores ambientais e (o problema no coração do bebê) não era consequência de nada que tínhamos feito. Ele disse que essas coisas eram assim mesmo, não havia como prever", disse a mãe.
 
Riscos dobrados
Segundo Pilling, o risco de que qualquer bebê nasça com uma anomalia no coração é dois em cada cem. Mas de acordo com as evidências - ele disse -, se a mãe toma SSRIs no início da gravidez, esse risco aumenta para quatro em cada cem.
 
Para o especialista, mulheres que não estão sofrendo de depressão séria e que estão tomando a droga no momento em que engravidam estão correndo riscos desnecessários.
 
"O risco é duas vezes maior. E para mulheres com depressão leve ou moderada, não acho que valha a pena correr esse risco."
 
Pilling disse também que a orientação não é válida apenas para mulheres que já estão grávidas:
 
"Acho que isso precisa ser considerado no caso de uma mulher que poderia engravidar - ou seja, a maioria das mulheres com idades entre 15 e 45 anos."
 
Anna nunca saberá com certeza o que provocou a malformação no coração do seu filho, mas disse que teria parado de tomar o remédio se soubesse que havia riscos, ainda que mínimos.
 
"Se o problema de David poderia ter sido evitado e não foi, isso é terrível."
 
Defesa
Um fabricante contactado pela BBC negou qualquer vínculo entre os medicamentos e malformações no feto.
 
O laboratório Lundbeck, fabricante do medicamento Citalopram, disse que uma análise recente da literatura científica concluiu que 'a droga não parece estar associada a um aumento nos riscos de malformações fetais'.
 
"A decisão de não receitar antidepressivos para uma mulher que está deprimida (...) pode gerar mais riscos para a mulher e o feto do que os riscos da exposição ao medicamento", disse o fabricante.
 
Fonte G1

Hospital de Base ganha ala para monitorar qualidade e segurança

Espaço vai funcionar entre 8h e 12h e 14h e 18h na sobreloja da internação. Equipe vai atuar como assessoria interna dos profissionais de saúde.
 
O Hospital de Base de Brasília inaugura nesta quarta-feira (26) o escritório de qualidade e segurança, criado para coordenar e monitorar serviços oferecidos pela unidade de saúde. Entre as ações estão avaliação e cuidados com paciente, anestesia e cirurgia segura, prevenção e controle de infecções e gerenciamento de riscos.

O escritório vai funcionar entre 8h e 12h e entre 14h e 18h, na sobreloja do prédio de internação do hospital. O espaço é voltado para todos os profissionais de saúde. A equipe vai atuar como assessoria interna dos servidores, por meio de oficinas e reuniões.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o escritório vai promover campanhas e emitir análises críticas dos relatórios periódicos das comissões hospitalares, além de recomendar novas políticas institucionais. O Hospital de Base integra o projeto de reestruturação dos hospitais públicos do Ministério da Saúde.
 
Fonte G1

Hospital do DF recebe 440 inscrições para corrigir 'orelhas de abano'

Imagem da internet
Pacientes precisam ter mais de 7 anos e passar por avaliação clínica. Médico diz que deformidade causa graves consequências psicológicas
 
O Hospital Regional de Taguatinga, no Distrito Federal, recebeu 440 inscrições para o mutirão de cirurgia de correção estética de orelhas, previsto para ocorrer em agosto.
 
Os pacientes precisam ter mais de 7 anos para se submeter à cirurgia e passar por avaliação com especialistas.

O otorrinolaringologista da Secretaria de Saúde Jaime Antonio Siqueira disse que a “orelha de abano” é uma deformidade mais estética do que clínica, que provoca consequências psicológicas.
 
 
“Muitos pacientes se sentem incomodados com o tamanho da abertura da orelha, alguns são motivo de bullying, principalmente na escola. Por isso vamos nos empenhar em atender o maior número de pessoas”, disse.
 
Fonte G1

Doenças respiratórias costumam piorar com o inverno e o tempo seco

Dias chuvosos, como faz em São Paulo nesta quarta-feira (26), dão um alívio para a respiração nesta época do ano, que costuma ser mais seca e piorar problemas como asma, bronquite, rinite e sinusite.
 
A chuva também ajuda a dispersar a poluição que prejudica a qualidade do ar das cidades grandes. Segundo o patologista Paulo Saldiva e o pneumologista Roberto Stirbulov, muitas pessoas também sofrem com a poluição dentro de casa, no carro e nas ruas.
 
Os médicos calculam que até 30% da população brasileira tenha prejuízos à saúde causados pela poluição vinda da queima de combustíveis, principalmente portadores de doenças pulmonares e cardíacas, idosos e crianças. Por ano, são registradas 2 mil mortes no país em decorrência desse problema.
 
Para amenizar a situação, é importante regular o motor e o filtro de ar do automóvel, usar menos esse meio de transporte e denunciar a fumaça preta de veículos pesados. No estado de São Paulo, as denúncias podem ser feitas pelo site da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) ou pelo telefone 0800 11 35 60.
 
Asma e DPOC
A asma é uma doença de origem principalmente genética, em que há uma constrição permanente das vias respiratórias, fazendo com que o ar não passe.
 
A estimativa de prevalência de asma no Brasil gira em torno de 20%, ou 20 milhões de pessoas, com 2 mil mortes por ano.
 
Outra doença respiratória é o enfisema pulmonar, em que há perda da elasticidade dos alvéolos. Essa é uma das causas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), ligada principalmente a hábitos como o tabagismo. Os alvéolos ficam cheios de ar, e ele não sai.
 
Também é característica da DPOC a ocorrência de hiperprodução de muco, o que bloqueia os brônquios.
 
A DPOC corre especialmente em adultos acima de 40 anos (15,8%) e é apontada como uma das principais causas de mortes no Brasil. Estima-se que cerca de 5 milhões de pessoas tenham a doença no país, e o número de óbitos tem aumentado nos últimos anos.
 
Tanto a asma quanto o DPOC são agravados pela poluição dentro e fora de casa e precisam ser tratados de forma contínua, não só nas crises.
 
Como combater os efeitos da poluição - Beba bastante água

 - Coma frutas e verduras, que contêm antioxidantes e vitaminas

 - Escolha bem o lugar onde você vai morar. Quanto mais longe dos corredores de tráfego, melhor

 - Verifique a presença de comércios e indústrias poluentes nas imediações da sua casa, como pizzarias que não filtram a fumaça

 - Regule o seu fogão

 - Mantenha a casa sempre limpa

 - Em dias poluídos, evite piqueniques, corridas, caminhadas e atividades fora de casa, principalmente nos horário em que houver mais sol

 - Lave o nariz e os olhos com soro fisiológico
 
Asma (Foto: Arte/G1)
Tempo seco (Foto: Arte/G1)

Fonte G1

Hospitais terão vacina contra vício de cocaína em até 3 anos, prevê médico

Cocaína em processo de refino era secada com uso de holofotes em Ribeirão  (Foto: Claudio Oliveira/EPTV)
Foto: Claudio Oliveira/EPTV
Cocaína apreendida
Injeção tem função terapêutica e não previne vício, mas ajuda a tratá-lo. Método também vai servir contra crack, diz pesquisador.
 
Uma vacina contra o vício em cocaína deve estar pronta para ser usada em hospitais em até três anos, disse em entrevista ao G1 um dos principais pesquisadores do projeto para desenvolver o produto nos Estados Unidos, o professor de psiquiatria da Universidade Baylor de Medicina, Thomas Kosten.
 
O tratamento tem função terapêutica e não "previne" o vício, mas fortalece o sistema imunológico do dependente e ajuda a combater o uso da droga, segundo o médico. "Ela [a vacina] ajuda a produzir anticorpos específicos contra a cocaína", ressalta.
 
O princípio da vacina é o de vincular uma quantidade bem pequena da droga a uma proteína inofensiva. A substância resultante da combinação, ao ser injetada no organismo do viciado, faz com que seu sistema imunológico produza anticorpos contra a cocaína e a proteína, ressalta Kosten.
 
"Estes anticorpos 'seguram' a cocaína no sangue e evitam que ela chegue ao cérebro, prevenindo efeitos da droga, como euforia", afirmou o médico.
 
Os testes, até agora, indicaram que 40% dos vacinados tiveram redução no uso da cocaína. Após receber as aprovações necessárias do governo dos EUA, a vacina deve estar disponível também em farmácias, diz Kosten.
 
Contra o crack
A vacina também vai servir contra o vício em crack. O tratamento exige cinco rodadas de injeções ao longo de 12 semanas, para que sejam produzidos anticorpos em nível adequado. Após isso, é necessária uma nova aplicação a cada três meses, para fortalecer o sistema imunológico do dependente.
 
"Não há, até agora, efeitos colaterais ou riscos significativos observados", diz Kosten. Ele ressalta que a vacina pode, em teoria, ser usada por mulheres grávidas, "mas não há planos de testar neste segmento da população".
 
Recaídas
A injeção pode servir para evitar recaídas em viciados sob tratamento, entre outras funções, afirma o médico. "Um novo estudo nacional para medir a eficácia da vacina acabou de ser finalizado, e os resultados devem ser liberados na primavera de 2013 [entre março e abril, segundo as estações do ano nos EUA]."
 
A vacina é um "bloqueador", então seu uso deve evitar overdoses de cocaína, ressalta Kosten. Além das injeções, ele aponta que é importante que os viciados passem por terapia com psicólogos e tratamentos auxiliares, para se recuperar totalmente.
 
"É preciso pelo menos mais um teste clínico antes que o tratamento possa ser analisado pela FDA [agência de controle de medicamentos dos EUA], para distribuição no país", pondera o médico.
 
Outras injeções
Kosten diz estar pesquisando injeções para tratar outros tipos de vício em drogas. Entre as substâncias cujo vício pode ser combatido estão a morfina e a metanfetamina. "As vacinas estão sendo testadas em animais. No caso da metanfetamina, talvez em dois anos nós consigamos testar em humanos", diz o médico.
 
Os primeiros testes de vacinas contra drogas realizados em humanos ocorreram em 1996, e o primeiro estudo clínico do tratamento contra cocaína foi em 2009, de acordo com Kosten.
 
Fonte G1

Número de drogas psicoativas cresce no mundo e preocupa, diz ONU

Substâncias passaram de 166, em 2009, para 251 em 2012, afirma órgão. Reino Unido, França, Polônia e Alemanha lideram consumo na Europa.
 
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) manifestou nesta quarta-feira (26) preocupação com o crescimento de quase 50% de novas drogas psicoativas em dois anos e meio, enquanto o consumo global de narcóticos tradicionais permanece estável.
 
Entre o final de 2009 e meados de 2012, o número passou de 166 para 251, superando pela primeira vez a quantidade de substâncias sob controle internacional (234), segundo o UNODC. "Atualmente são as novas substâncias psicoativas que representam desafios", destacou o órgão em seu relatório anual sobre drogas, apresentado em Viena, na Áustria.
 
"Vendidas como 'euforizantes legais' e 'drogas sintéticas', as novas drogas psicoativas proliferam a um ritmo sem precedente e representam desafios inéditos de saúde pública", disse a UNODC, no dia internacional da luta contra as drogas.
 
Na Europa, onde o número de novas substâncias psicoativas passou de 14 em 2005 a 236 em 2012, quase 75% do consumo se concentra em cinco grandes países: Reino Unido, Polônia, França, Alemanha e Espanha.
 
Em todo o mundo, a maconha continua sendo a droga ilegal mais consumida, com 180 milhões de usuários, segundo as estimativas mais recentes do UNODC. O dado corresponde a 3,9% da população com idade entre 15 e 64 anos.
 
"A África parece ganhar importância como itinerário do tráfico marítimo", apontou a organização.
O UNODC também ressaltou um percurso cada vez mais utilizado para alimentar os mercados de consumo, que parte do sul do Afeganistão para chegar aos portos do Irã ou Paquistão, antes de alcançar o leste ou o oeste da África e finalmente satisfazer a demanda dos mercados.
 
O Afeganistão, que em 2012 foi responsável por 74% da produção mundial ilegal de ópio, permanece como o principal produtor da substância.
 
Fonte G1

Governo vai arcar com vinda de médicos

Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o governo brasileiro vai arcar com a despesa do transporte para a vinda de médicos estrangeiros ao País. Antes de atuar nos municípios, eles passarão por uma avaliação que vai durar três semanas. Se reprovados, voltam para o país de origem. Segundo o ministério, ainda não está definido se haverá uma forma de reembolso nesses casos.

O ministro também disse que um estudo do governo aponta que há estrutura para abrir mais vagas de residência no País, conforme foi anunciado. "Os ministérios da Saúde e da Educação mapearam os serviços credenciados ao SUS e está claro que existe estrutura hospitalar para abrirmos até 12 mil vagas de residência médica", disse.

O governo anunciou ontem que serão criadas 12 mil vagas de bolsas de residência até 2017, no valor de R$ 2.348, sendo 4 mil até 2015. Existem, atualmente, 11.468 vagas de residência para 15 mil estudantes que se formam no País.

Além das bolsas, o Ministério da Saúde ainda vai destinar R$ 100 milhões por ano para incentivar a ampliação das vagas de residência no País. A pasta vai destinar até R$ 200 mil por hospital para aplicação em reforma e adequação de espaços e aquisição de material permanente, como salas de estudo e bibliotecas. Além disso, serão destinados entre R$ 2 mil e R$ 8 mil por mês para cada vaga criada aos hospitais que ampliarem pelo menos cinco vagas de residência.
 
Fonte Agência Estado

Paralisação afeta 9 hospitais no Paraná

Marcos Zanutto
Servidores do HZN reivindicam também melhorias nas
condições de trabalho na unidade
Londrina – Servidores de nove hospitais públicos de sete cidades paranaenses realizaram ontem o segundo dia do protesto em um mês. Eles cruzaram os braços para pressionar o governo do Estado a atender um pacote de reivindicações, entre elas os reajustes nos valores da gratificação especial e do auxílio-transporte, além da redução da jornada.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Paraná (SindSaúde) informou que os protestos mobilizaram 1,5 mil servidores em Londrina, Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel, Paranaguá, Francisco Beltrão e Campo Largo. Em Londrina, a mobilização se concentrou nos hospitais da Zona Norte e da Zona Sul.

A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que a rede de hospitais onde houve a paralisação praticamente não foi afetada. A única unidade que desmarcou cirurgias eletivas foi o Hospital da Zona Norte (HZN), em Londrina.

De manhã, o secretário de Saúde, Michele Caputo Neto, e a secretária da Administração e da Previdência, Dinorah Botto Portugal Nogara, se reuniram com diretores do Sindsaúde e anunciaram a transformação do vale-transporte em auxílio-transporte (incorporado no contracheque) e a aceitação da declaração de comparecimento em caso de ausência no expediente por motivo de saúde.

No entanto, o anúncio não convenceu a categoria, de acordo com a diretora do SindSaúde, Elaine Rodella. "Não concordamos com o valor do auxílio-transporte e temos outros cinco pontos que não há nenhuma sinalização para entendimento."

O sindicato marcou assembleia para discutir o impasse e não está descartada a deflagração de greve. O encontro está marcado para sábado em Curitiba.

"Temos mantido um canal permanente de diálogo com os servidores e garantido conquistas ao quadro próprio da saúde", disse o secretário Caputo Neto após a reunião de ontem. "Qualquer mudança que implique novos custos ao erário público esbarra na Lei de Responsabilidade Fiscal e depende do crescimento da receita. A redução da jornada para 30 horas semanais é um desses pontos", disse Dinorah Nogara.

Além da pauta de reivindicações, os servidores que estavam sob uma barraca ao lado do HZN destacavam as "péssimas condições de trabalho dos técnicos de enfermagem". Alex Adriano Costa, que trabalha no centro cirúrgico, disse que faltam apetrechos como alicates, fios de sutura e jalecos na unidade. Procurado pela reportagem, o diretor do hospital, Diego Janesch, não foi localizado.
 
Fonte Folhaweb.com.br

Governo pretende lançar este ano edital para contratar médicos estrangeiros

Brasília – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse ontem (25) que pretende lançar ainda este ano o edital para atrair médicos estrangeiros para trabalhar em regiões pobres e no interior do país.
 
Os profissionais estrangeiros vão passar por treinamento durante três semanas em universidades brasileiras para avaliar a capacidade de se comunicar em língua portuguesa e as habilidades em medicina. Só após o treinamento começarão a atender os pacientes. Padilha reforçou que os profissionais atuarão apenas na atenção básica a saúde e pelo período de três anos.
 
“É mais fácil e rápido treinar um médico em português do que ficar anos esperando formar um profissional. A língua não é um obstáculo intransponível como as pessoas querem colocar. Temos mais de 700 municípios que têm escassez crítica de médicos e mais de 400 que não têm sequer um médico que reside no local”, argumentou.
 
Segundo Padilha, os estrangeiros irão ocupar as vagas que não forem preenchidas pelos brasileiros. “O edital que estamos construindo chama médicos brasileiros e o que eles não preencherem, vamos chamar estrangeiros. Só traremos estrangeiros para as vagas não preenchidas pelos brasileiros”, disse.
 
O ministro informou que após a adesão de estados e municípios ao edital será possível ter a dimensão da quantidade de médicos necessária. Ele, no entanto, citou dados do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) que 4 mil vagas preenchidas, do total de 13 mil ofertadas.
 
O secretário executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), José Enio Servilha, disse que a saúde precisa de medidas rápidas para atender à população e a contratação dos estrangeiros garantirá o imediatismo. “Os prefeitos estão muito pressionados, têm feito concursos e, ou não têm candidatos, ou têm muito menos que a necessidade. Os prefeitos estão interessados nesta proposta de trazer médicos estrangeiros que tenham boa formação e estejam preparados para termos uma solução de curto prazo”.
 
A atração de médicos estrangeiros está entre as medidas do governo para melhorar o atendimento de saúde no país. Hoje, o Ministério da Saúde anunciou a abertura de 12 mil vagas de residência médica até 2017. Haverá também uma nova chamada do Provab para dentistas e enfermeiros atuarem nas periferias e no interior.

Fonte Agência Brasil

Governo vai criar 35 mil vagas para médicos no SUS até 2015

Brasília – Até 2015, serão criadas 35 mil vagas para médicos no Sistema Único de Saúde (SUS), informou ontem (25) o Ministério da Saúde.
 
De acordo com a pasta, os postos serão abertos com investimentos do Ministério da Saúde. O número pode crescer com as verbas na área aplicadas pelos estados e municípios para ampliar a rede de atendimento.
 
Para preencher as vagas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que é preciso formar mais médicos no país e também citou a contratação de médicos estrangeiros como alternativa. “O Brasil precisa de mais médicos, e mais médicos especialistas como pediatras, psiquiatras, anestesiologistas”, disse. Em entrevista coletiva, o ministro anunciou a abertura de 12 mil vagas de residência médica até 2017.
 
O ministro divulgou também um balanço do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que estimula a ida de médicos para o interior do país e tem, atualmente, 3,5 mil profissionais atuando na atenção básica à saúde. O programa destinou 39% dos profissionais para a periferia das capitais e regiões metropolitanas, 28% para zonas rurais e com índices de pobreza intermediária e elevada, 10% para municípios com mais de 100 mil habitantes e 22% para a periferia de cidades do interior de porte médio.
 
O Provab terá uma nova chamada para mil enfermeiros e 500 dentistas. No caso dos enfermeiros, a prioridade será para capitais e regiões metropolitanas com população superior a 100 mil habitantes. No caso dos dentistas, a prioridade será as áreas com níveis de pobreza intermediária e elevada e com população na zona rural.
 
Fonte Agência Brasil

Planos de saúde aumentaram até 538% entre 2005 e 2013, diz Idec

Brasília - Pesquisa divulgada ontem (25) pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que entre 2005 e 2013 houve reajustes de até 538,27% em planos de saúde coletivos. A pesquisa feita pela advogada do Idec, Joana Cruz, considerou decisões judiciais de ações que contestavam os reajustes. 
 
De acordo com o Idec, as operadoras vêm restringindo a oferta de planos individuais e estimulando a venda de contratos coletivos, já que estes não têm um valor teto para os índices de reajustes regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
 
Para Joana, a ANS é omissa por não determinar um valor máximo de reajuste para planos de saúde coletivos, que são contratados por pessoa jurídica para fornecer assistência a pessoas vinculadas, como empregados e sindicalizados. A agência reguladora só determina um teto para reajuste de planos individuais.
 
A pesquisa identificou um aumento médio de 82,21% nos contratos de planos coletivos analisados, enquanto isso, o teto para reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para planos individuais em 2012 foi 7,93%.
 
Dentre as decisões apuradas na pesquisa, em 82% dos casos os magistrados julgaram que o reajuste imposto pelo plano de saúde era abusivo. Em um terço destes, foi determinada a aplicação do mesmo índice regulado pela ANS para os planos individuais. "Essa ilegalidade [aumento abusivo] é constatada e corrigida pelo Poder Judiciário", disse a advogada.
 
”A ANS tanto pode quanto deve interferir no reajuste, o direito do consumidor de não ter uma obrigação excessivamente onerosa aplicada e de ter a informação clara e adequada. Nós entendemos que é uma omissão regulatória a ANS não determinar um porcentual teto de reajuste por contrato coletivo”, avaliou a advogada
 
Segundo a ANS, o índice de reajuste dos planos coletivos é determinado a partir da negociação entre a pessoa jurídica contratante e a operadora de plano de saúde. Por serem ambas pessoas jurídicas, estariam no mesmo patamar para discutir o índice mais adequado. O índice deve ser comunicado à ANS em no máximo 30 dias após o aumento do preço. A agência reguladora ressalta que as demais regras e operações para os planos coletivos são as mesmas que as dos planos individuais.
 
Segundo dados da ANS, dos 48 milhões de consumidores de planos de saúde, 77% dos clientes são de planos coletivos, 37 milhões de pessoas. Entre estes, a maioria dos contratos, 85% (31 milhões) são contratos que têm entre dois a 30 beneficiários, chamados pelo Idec de falsos coletivos.
 
Esse tipo de contrato, assim como os outros coletivos, não têm um índice teto de reajuste determinado pela ANS e podem ser rescindidos pela operadora a qualquer momento depois do primeiro ano. Dos planos individuais, os falsos coletivos têm a carência a ser cumprida pelos beneficiários, que os planos coletivos não têm.
 
Segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), os planos coletivos são reajustados de acordo com o contrato, mediante livre e transparente negociação entre empresas empregadoras ou entidades de classe contratantes de planos de saúde e as operadoras de saúde.
 
Segundo a entidade, para o cálculo do reajuste, as operadoras levam em conta a evolução das despesas com assistência à saúde – consultas, exames, terapias, internações, honorários médicos, entre outros itens. Ela defende que o reajuste deve cobrir a variação desses custos, com o objetivo de assegurar o equilíbrio financeiro das operadoras e a sustentabilidade do Sistema de Saúde Suplementar.
 
Quanto à diminuição da oferta de planos individuais, a FenaSaúde diz que diante da estabilidade econômica, as empresas passaram a oferecer planos de saúde coletivos a seus funcionários, que muitas vezes se estendem aos dependentes dos beneficiários.
 
Fonte Agência Brasil