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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Estudo alerta que alguns anti-hipertensivos elevam risco de câncer de mama

Os cientistas examinaram o risco de câncer de mama em uma população de mulheres de 55 a 74 anos no estado de Washington
 
Mulheres depois da menopausa que ingeriram alguns medicamentos contra a hipertensão durante dez anos ou mais tiveram um risco mais de duas vezes maior de desenvolver câncer de mama, afirmaram cientistas americanos.

As mulheres que tomavam remédios bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) para combater a pressão alta apresentaram de 2,4 a 2,6 vezes mais riscos de desenvolver câncer de mama do que as mulheres que não tomavam este tipo de medicação, destacou o estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association (JAMA).

Segundo os especialistas, as descobertas podem ter implicações importantes para a saúde pública. "Embora alguns estudos tenham sugerido uma relação positiva entre a ingestão de BCC e o risco de câncer de mama, este é o primeiro estudo a observar que o consumo a longo prazo destes bloqueadores em particular está associado ao risco de câncer de mama", destacou o estudo.

Os BBC, também conhecidos como antagonistas do cálcio, foram o nono tipo de medicamento mais receitado nos Estados Unidos em 2009, com mais de 90 milhões de receitas, segundo a JAMA. Os exemplos incluem amlodipina, diltiazem, felodipina, isradipina, nicardipina, nifedipina, nisoldipina e verapamilo.

Esses medicamentos evitam que o cálcio se acumule nos músculos do coração e das artérias, e podem dilatar os vasos sanguíneos e reduzir a frequência cardíaca.

"Outros medicamentos anti-hipertensivos - diuréticos, betabloqueadores e antagonistas dos receptores de angiotensina II (ARA-II) - não se associaram a um risco maior de câncer de mama", destacou o estudo do JAMA.

Os cientistas examinaram o risco de câncer de mama em uma população de mulheres de 55 a 74 anos no estado de Washington (noroeste). No total, 880 desenvolveram câncer de mama ductal invasivo, 1.027 câncer de mama lobular invasivo e 856 não tiveram câncer e participaram do grupo de controle.

Os estudiosos descobriram que a ingestão de BCC durante 10 anos ou mais se associava com probabilidades 2,4 vezes maiores de se desenvolver câncer de mama ductal e 2,6 vezes maiores de desenvolver câncer de mama lobular.

"Se o aumento de duas a três vezes maior do risco encontrado neste estudo se confirma, a ingestão de BCC a longo prazo seria um dos principais fatores de risco modificáveis para o câncer de mama", escreveu em um editorial na JAMA Patricia Coogan, epidemiologista chefe do Centro de Epidemiologia Slone da Universidade de Boston.

O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre mulheres em todo o mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, uma em cada oito mulheres nascidas hoje terá câncer de mama durante a vida.
 
Fonte Correio Braziliense

Placebos têm efeitos similares aos dos medicamentos reais

Produção de endorfina e expectativa dos pacientes ajudariam nos resultados
 
As pílulas são idênticas e, muitas vezes, provocam os mesmos efeitos terapêuticos. Uma delas, contudo, é falsa. O placebo, remédio sem a substância ativa utilizado em testes de medicamentos, é um dos grandes mistérios da medicina.
 
Ninguém sabe dizer como uma “droga de mentira” é capaz de gerar resultados quando o paciente — e, às vezes, o próprio cientista — não tem ideia de que o comprimido é inócuo. Para alguns pesquisadores, certas pessoas teriam uma propensão maior a responder às cápsulas de açúcar. Já se chegou a afirmar, inclusive, que existiria um gene relacionado ao placebo.

Essa ferramenta é fundamental durante a pesquisa de novos medicamentos. Antes de entrar no mercado, o remédio tem de ser exaustivamente testado, uma garantia de sua segurança e de sua eficácia. Para saber se a droga funciona, os pacientes são divididos em grupos. Parte deles recebe uma fórmula sem a substância ativa, ou seja, o placebo.
 
No fim, comparam-se os resultados: se, estatisticamente, houve melhoras significativas entre as pessoas que tomaram o medicamento verdadeiro, esse é um forte indicativo da efetividade do remédio. Quando o estudo é duplo-cego, nem os médicos sabem quem está tomando o quê, para que influenciar o resultado.

Agora, uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e pelo Hospital Geral de Massachusetts mostrou que o efeito placebo não tem relação com inclinações pessoais. Um indivíduo pode se beneficiar de um tratamento falso e, em outro teste semelhante, não ter qualquer ganho. “Nosso trabalho exclui a possibilidade de o placebo funcionar para algumas pessoas e não para outras”, explica Jian Kong, principal autor do estudo.
 
De acordo com ele, a maior influência está, na verdade, nas expectativas que as pessoas criam sobre um tratamento. “As respostas dependem de diversos fatores, incluindo a forma de administração (oral ou venosa, por exemplo), o condicionamento e a sugestão verbal. Isso implica que o efeito não está associado a traços individuais, mas a um conjunto de circunstâncias ambientais”, afirma Kong.

Fonte Correio Braziliense

Adultos recorrem cada vez mais a tratamentos ortodônticos estéticos

Não existe idade certa para consertar os dentes, lembram especialistas
 
Há muitos mitos na saúde. Um dos mais conhecidos, mas que vem sendo derrubado a cada caso de sucesso, é o de que tratamento ortodôntico não produz efeitos em adultos.
 
O que acontecia até pouco tempo atrás é que a resposta era mais lenta, pois a estrutura óssea do paciente depois de 20 anos de idade já está formada. Mas novas técnicas e abordagens aceleraram os resultados para quadros mais complexos e movimentação dificultada dos dentes.
 
Para o coordenador do curso de pós-graduação em ortodontia autoligável e ancoragem esquelética do Instituto Bio Orto, Wanderson Itaborahy, certamente o tratamento em adulto não é contraindicado. “Mesmo naqueles com problema periodontal acentuado, em que os dentes perdem sustentação e ficam moles”, ressalta.
 
O tratamento associado, porém, é indicado para manter os dentes na boca. “Claro que um paciente entre 10 e 15 anos, em fase de crescimento, tem respostas mais rápidas. Neles, conseguimos manipular o crescimento da mandíbula, expandi-la, puxá-la para frente. Há mais flexibilidade de tratamento. A partir dos 15 anos, fica um pouco mais complicado, mas é absolutamente exequível. A manipulação dentária pode ser feita em qualquer idade. Tenho paciente com 89 anos”, exemplifica.

Segundo o especialista em ortodontia Jonas Rodrigues Silva, da Clínica Odontoclin, o que muda no tratamento de uma criança ou de um adolescente para um adulto é a resposta clínica mais rápida, favorável e, invariavelmente, mais estável.
 
“Os pacientes mais novos também estão normalmente mais dispostos a tratar. Há uma maior aceitação do organismo aos movimentos do tratamento. Isso depende diretamente dos problemas apresentados pelo paciente no início. Mas dizer que a resposta do adulto pode ser um pouco mais lenta é muito diferente de afirmar que não há tratamento nessa faixa etária. E nem sempre é mais lento também. Não existe uma regra fixa”, pondera.
 
Fonte Correio Braziliense

Doença de Neymar causa cansaço e menor desempenho físico, diz especialista

Getty Images
Anemia é uma doença que atinge a hemoglobina
Má alimentação e hemorragia são as principais causas da doença
 
Os exames de rotina do jogador Neymar detectaram que o novo atacante do Barcelona está com anemia. De acordo com o jornal El País, o craque terá uma rotina diferente de treino por conta da doença. Para o hematologista Marcello Augusto César, do Hospital São Luiz, a anemia tende a deixar o atleta mais cansado do que os demais colegas.
 
— Esportistas com anemia tendem a ter fadiga muscular precoce e cansaço, o que diminui o rendimento do jogador em campo.
 
A anemia é uma doença que atinge a hemoglobina, causando redução dos glóbulos vermelhos e, consequentemente, afeta o transporte de oxigênio e energia para o corpo. Sem este “combustível”, é comum a pessoa sentir fraqueza, cansaço, perda de concentração, falta de ar ao fazer esforço intenso, palpitação, dor de cabeça e sonolência.
 
Segundo o médico, a falta de ferro é a principal causa do problema em crianças. Já em adultos, ele destaca a hemorragia.
 
— Quando um paciente adulto apresenta o quadro de anemia, a primeira atitude que tomamos é investigar a presença de algum sangramento oculto no corpo. A má alimentação também é outra causa comum da anemia em adultos.
 
Há menos de um mês Neymar foi submetido a uma cirurgia para a retirada das amígdalas, o que pode ter contribuído para o surgimento da anemia. Segundo os jornais espanhóis, o jogador perdeu 7 kg após a operação.
 
— É difícil dizer as causas da anemia do Neymar, mas acredito que a pequena perda de sangue durante a cirurgia, o cansaço físico e a má alimentação pós-operatório podem ter ajudado a provocar a doença.
 
Tratamento
O tratamento da anemia vai depender da causa do problema, ou seja, se for consequência de hemorragia, é fundamental investigar os motivos da perda de sangue. Já no campo a alimentação, a falta de ferro pode ser corrigida com um cardápio balanceado.
 
O médico recomenda incluir na rotina alimentar carnes vermelha e branca, lentilha e alimentos verdes, como agrião, rúcula e espinafre.
 
— Nem sempre uma alimentação equilibrada cura a doença. Se a anemia persistir, é preciso iniciar um tratamento com suplementos de ferro. Este tratamento pode durar de quatro a seis meses.
 
Prevenção
Para prevenir a anemia, o hepatologista garante que é fundamental manter uma dieta balanceada, com alimentos ricos em ferro. Na gravidez, por exemplo, a recomendação médica é fazer suplementação do mineral.
 
— Em populações carentes, que a doença geralmente está ligada a má alimentação, a panela de ferro é uma boa alternativa de prevenção. O utensílio é capaz de passar uma quantidade de ferro para os alimentos. 

Fonte R7

Exames: Sangue oculto nas fezes

A pesquisa de sangue oculto nas fezes é um exame laboratorial feito com o intuito de detectar a presença de quantidades mínimas de sangue nas fezes, pequenas o suficiente para não poderem ser vistas a olho nu.
 
O que é o exame de sangue oculto nas fezes
Como o próprio nome do exame diz, a pesquisa de sangue oculto nas fezes tem como objetivo identificar a presença de sangue em fezes que são aparentemente normais. Definimos sangue oculto como aquele que só poder detectado através de análises laboratoriais.
 
O exame de sangue oculto é feito através da mistura das fezes colhidas com reagentes químicos específicos. O método de guaiaca é o classicamente usado e consiste em envolver um pouco de fezes com um papel embebido com uma solução reagente. Se houver hemoglobina (proteína presente nos glóbulos vermelhos) nas fezes, o reagente muda de cor, ficando azulado. Esta forma de pesquisar sangue oculto consegue detectar sangramentos mínimos, como perdas de apenas 10ml de sangue ao longo do dia.
 
Atualmente, porém, há exames mais modernos para a detecção de sangue nas fezes, como os testes imunológicos, que consistem no uso de anticorpos contra hemoglobina humana. Esses testes são mais sensíveis e conseguem detectar sangramentos mínimos, menores que 1ml. Outra vantagem é o fato deste exame só detectar fração globina da hemoglobina humana, não havendo risco de falso positivo com alimentos à base de carne ou com sangramentos do trato digestivo alto (sangue vindo da boca, esôfago, estômago ou duodeno são digeridos e não são detectado com esta técnica).
 
Exames à base de DNA também podem ser usados, mas seu uso ainda é muito recente e não está amplamente disponível.
 
Para que serve a pesquisa de sangue oculto nas fezes
A pesquisa de sangue nas fezes pode ser usada para investigar anemias de causa desconhecida, mas o seu maior uso é para o rastreio do câncer de cólon.
 
Idosos frequentemente têm pequenos, mas constantes, sangramentos do trato gastrointestinal, que são suficientes para provocar uma anemia por carência de ferro, mas são pequenos demais para serem notados nas fezes. Nestes pacientes, a pesquisa de sangue oculto serve para ajudar na identificação da origem da anemia.
 
O método de guaiaca é capaz de reconhecer a presença de sangue vindo de qualquer ponto do sistema digestivo, desde a boca até o ânus. Um teste de sangue oculto positivo pode ser um sinal de lesão do estômago, como úlcera péptica ou mesmo tumores.
 
Entretanto, como já referido, a principal indicação do exame de sangue oculto nas fezes é para o rastreio do câncer de cólon. Um tumor no cólon provoca discretas perdas de sangue muito antes de qualquer outro sintoma. O teste oculto de sangue nas fezes também pode detectar a presença de pólipos intestinais adenomatosos, que são lesões precursoras do câncer, permitindo que o médico faça o diagnóstico de malignidades do intestino grosso muito precocemente, antes que haja qualquer risco de surgirem metástases.
 
O método imunológico detecta apenas sangue vindo do intestino grosso, sendo mais útil para o rastreio do câncer de cólon, já que não apresenta tantos resultados falso positivos quanto o método de guaiaca.
 
Um resultado positivo na pesquisa de sangue oculto nas fezes indica a realização de um procedimentos diagnósticos mais específicos. Se a suspeita for de sangramento do trato digestivo alto (esôfago, estomago ou duodeno), o paciente deve ser submetido à endoscopia digestiva altal Se a suspeita for de lesões no cólon, a colonoscopia é o exame a ser indicado.
 
A realização do rastreio para o câncer de cólon costuma ser iniciada a partir do 50 anos. Pessoas com parentes com história de câncer de cólon devem começar a fazer rastreio quando tiverem 10 anos a menos do que seus familiares tinham no momento do diagnóstico. Por exemplo, se o seu pai teve câncer de cólon aos 54 anos, o seu rastreio deve ser iniciado aos 44 anos.
 
Como é feito o exame de sangue oculto nas fezes
Uma vez que os cânceres colorretais não sangram o tempo todo, mais de um teste costuma ser indicado para aumentar a sensibilidade do exame. Em geral, o médico solicita pelo menos 3 amostras de fezes em 3 dias diferentes. Desta forma, tumores e pólipos que sangram de forma intermitente são mais facilmente detectados. Já existem kits à venda em farmácia que permitem a realização do teste em casa, inclusive do método com pesquisa de DNA. Geralmente, os kits são feitos para que você colha o material em casa e depois o envie para o laboratório. Há kits, porém, que dão resultados quase que imediatamente, não sendo necessária a ida a um laboratório.
 
Se o método escolhido for o de guaiaca, é preciso haver um certo preparo para reduzir a chance de resultados falso positivos. O teste de guaiaca detecta a presença da fração heme da hemoglobina, que é capaz de viajar pelo estômago e intestinos sem ser destruída. Isso significa que carnes ingeridas recentemente (carnes costumam conter a fração heme) podem ser a causa de uma resultado falsamente positivo. Outros alimentos, principalmente os ricos em ferro, também podem conter substâncias que são confundidas com a fração heme da hemoglobina.
 
Portanto, alguns alimentos devem ser evitados nas 48-72 horas que antecedem a pesquisa de sangue oculto nas fezes. São eles:
 
- Beterraba.
- Brócolis.
- Melão.
- Cenoura.
- Couve-flor.
- Pepino.
- Peixe.
- Toranja.
- Raiz-forte.
- Cogumelos.
- Aves.
- Rabanete.
- Carne vermelha.
- Nabo.
- Alimentos ou bebidas enriquecidas com vitamina C.
 
Alguns medicamentos também podem atrapalhar o resultado do exame, como aspirina ou anti-inflamatórios.
 
A pesquisa de sangue oculto nas fezes pelo método imunológico ou por DNA não precisam de preparo dietético.
 
O que significa sangue oculto nas fezes positivo
Uma pesquisa positiva pelo método de guaiaca indica que a exame detectou a presença da fração heme nas fezes. Isso pode ser devido a um sangramento vindo de qualquer ponto do trato digestivo, incluindo sangramentos gengivais. O teste positivo também pode indicar um mau preparo dietético antes do exame.
 
Alguns estudos mostram que apenas 1 em cada 50 testes positivos pelo método guaiaca é devido a um câncer do cólon. Portanto, este método é mais confiável quando o resultado é repetidamente negativo, tornando o risco de haver um câncer de cólon muito baixo.
 
A pesquisa de sangue oculto pelo método imunológico é atualmente o método de escolha para iniciar o rastreio do câncer de cólon, pois além de ser capaz de detectar volumes menores de sangue nas fezes, a sua taxa de falso positivo é bem mais baixa.
 
É bom sempre ter em mente que a pesquisa de sangue oculto nas fezes é um exame inicial de investigação. um resultado positivo não necessariamente indica a presença de um tumor, e um exame negativo não o descarta completamente. Os resultados apenas orientam o médico sobre qual direção a investigação deve seguir.
 
Fonte mdsaude.com

Primeiro hambúrguer feito em laboratório é provado em Londres

Escritor de gastronomia nos EUA Josh Schonwald e pesquisadora de alimentos Hanni Rutzler, da Áustria, provam primeiro hambúrguer feito em laboratório por cientistas na Holanda (Foto: Toby Melville/Reuters)
Jornalista Josh Schonwald, que escreve sobre gastronomia nos EUA,
 e nutricionista Hanni Rutzler, da Áustria, provam em Londres
 o primeiro hambúrguer feito em laboratório por holandeses
 (Foto: Toby Melville/Reuters)
Gosto é próximo ao da carne bovina, mas falta gordura, dizem voluntários. Preparo do produto foi transmitido ao vivo em evento nesta segunda (5).
 
O primeiro hambúrguer já feito em laboratório foi provado em uma conferência científica em Londres nesta segunda-feira (5). Segundo o jornalista Josh Schonwald, que escreve sobre gastronomia nos EUA e foi um dos dois voluntários a provar a carne, o produto se parece com um hambúrguer bovino tradicional, mas falta gordura.
 
Já a nutricionista austríaca Hanni Ruetzler achou o gosto muito próximo ao da carne de vaca e a consistência "perfeita", apesar de não ser tão suculento.
 
O hambúrguer foi preparado pelo chefe de cozinha Richard McGeown, e o evento foi transmitido ao vivo em um estúdio de televisão da capital inglesa. Cada disco de carne contém cerca de 20 mil fios de proteínas cultivadas a partir de células-tronco de vaca.
 
Segundo o autor da pesquisa, o biólogo vascular Mark Post, da Universidade de Maastricht, na Holanda, a ausência da gordura realmente interfere no paladar, mas ele considera que a consistência e o sabor estão muito próximos da carne bovina normal.
 
"Acho que a maioria das pessoas não percebe que a atual produção de carne está em seu máximo (nível) e não vai fornecer carne suficiente para o crescimento da demanda nos próximos 40 anos. Então, precisamos chegar a uma alternativa, não há dúvida. E isso pode ser uma forma ética e ambientalmente amigável para a produção de carne", diz o autor.
 
O "burguer in-vitro", portanto, poderia ser uma resposta à escassez global de alimentos e também ajudar a combater as alterações climáticas.
 
Como foi feito
Para que o tecido da carne seja entrelaçado com os 20 mil fios de proteínas, as células são colocadas em um anel, como uma rosca, em torno de um cubo de gel de nutrientes, explicou Post.
 
Para preparar a carne, os cientistas misturaram a carne com outros ingredientes normalmente usados em hambúrgueres, como sal, ovo em pó e farinha de rosca. Além disso, suco de beterraba vermelha e açafrão foram adicionados para dar uma cor mais natural ao produto.
 
"Para termos sucesso, tem que aparentar e ter gosto da coisa verdadeira", destaca Post.
 
Fonte G1

Inscritos recusaram todas as 700 cidades sem médicos, diz Ideli

Info Mais Médicos V3 31.7 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Segundo ministra, Mais Médicos não teve inscritos nesses municípios. Segundo ela, cenário revela necessidade de médicos estrangeiros
 
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou nesta segunda-feira (5) que nenhum dos candidatos ao programa Mais Médicos, do governo federal, optou por trabalhar em algum dos cerca de 700 municípios que não possuem qualquer médico na rede pública de saúde.
 
Após reunião com a presidente Dilma Rousseff e parlamentares da base aliada, Ideli antecipou dados que serão divulgados nesta terça (6) pelo Ministério da Saúde.
 
“Talvez a prova mais inequívoca de que este é um programa absolutamente necessário é que, dos locais escolhidos pelos médicos brasileiros, não houve nenhuma escolha dos 700 municípios onde não temos nenhum médico”, disse.
 
Terminou às 16h do último sábado o prazo para que os 1.753 profissionais selecionados pelo Ministério da Saúde para o primeiro ciclo de inscrições do programa Mais Médicos confirmassem se aceitam ir para o município a que foram designados pelo governo federal para trabalhar durante os três anos de contrato.
 
Os que confirmaram serão enviados a municípios do interior do país e de periferias de grandes centros urbanos, com salários de R$ 10 mil. O resultado da inscrição será anunciado nesta terça pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
 
Segundo Ideli Salvatti, a primeira seleção para o programa revela a necessidade de o governo brasileiro contratar médicos estrangeiros para atuar em áreas remotas.
 
“Exatamente os 700 municípios onde não temos nenhum médico, eles não foram escolhidos pelos médicos e agora nós vamos ter a abertura da inscrição para os médicos estrangeiros para poder fazer daí todo o procedimento”, disse.
 
Até o dia 8, o ministério irá selecionar os médicos do exterior que se inscreveram para o Mais Médicos, que ocuparão vagas dispensadas por brasileiros. A relação dos estrangeiros que serão contratados será publicada em 13 de agosto.
 
De acordo com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, o governo abrirá novas inscrições para viabilizar outras contratações.
 
“Vamos ter novas inscrições, novos médicos e novos municípios vão poder se inscrever agora. Acabou quase que confirmando aquilo que a gente já tinha a plena consciência, né? De que nós não temos médicos em número suficiente com a disposição necessária para estar atuando em todos os locais”, afirmou a ministra.
 
Os médicos selecionados, tanto brasileiros quanto estrangeiros, devem começar a trabalhar no Mais Médicos no início de setembro. Todos os estrangeiros serão avaliados e supervisionados por universidades federais, de acordo com o Ministério da Saúde.

Fonte G1

Estrutura do 'hospital do trânsito' inclui oficina de próteses

Além do atendimento constante há 60 anos, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia também é o atual responsável por serviços que começaram bem antes de 1953, como o banco de ossos (criado em 1950 e transformado em banco de tecidos em 1993), e a oficina de próteses, em 1944.

O banco de tecidos consiste em três “geladeiras” enormes que conservam partes de ossos, e outros materiais para transplante, a -80°C. “São 12 doadores por ano, em média. Cada um ‘serve’ a cerca de dez pacientes”, conta a enfermeira Graziela Maragni, responsável pelo controle de qualidade do setor.

Quando é preciso uma prótese (cada vez mais necessárias, pois o número de amputações em decorrência de acidentes dobrou de 2011 para 2012), elas são fabricadas no hospital. “Fazemos a prótese personalizada para o paciente”, orgulha-se o chefe da divisão, Antonio Carlos Ambrosio. Trabalham no departamento 47 funcionários, todos formados ali mesmo.

Em média, são 1,3 mil atendimentos por mês. O que não significa 1,3 mil pacientes. “O sujeito vem aqui mais de uma vez. Precisa medir, experimentar”, explica Ambrosio. “Depois, vem o treinamento do uso.” Para a confecção propriamente dita, leva-se cerca de oito dias. Mas, até o paciente receber “alta” do departamento, lá se vão dois meses.
 
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
 
Fonte R7

Cientistas chineses regeneram dentes a partir de células-tronco da urina

Cáries e a falta de higiene bucal conduzem às doenças periodontais
Processo poderia levar a um tratamento inovador e a reparação de cáries dentais
 
Uma equipe de pesquisadores da China criou células-tronco de urina humana desenvolvidas em ratos como tecido ósseo que pode substituir dentes danificados, segundo estudo publicado na revista Cell Regeneration Journal.
 
Os cientistas do Instituto Guangzhou de Biomedicina e Saúde usaram as células da urina humana e as implantaram nos rins de ratos de laboratório. Após três semanas, as células-tronco de urina cresceram em estruturas similares aos dentes com polpa dental, dentina e esmalte, informa o artigo.
 
O processo poderia levar a um tratamento inovador e a reparação de cáries dentais, doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde, afeta 100% dos adultos e entre 60 e 90% das crianças. As cáries e a falta de higiene bucal conduzem às doenças periodontais com perda de dentes, da gengiva e do tecido do maxilar. Cientistas explicaram como funciona a pesquisa.

— Primeiro diferenciamos células-tronco pluripotentes induzidas, livres de integração, na urina humana a níveis epiteliais. Depois as recombinamos com mesenquima dental de rato. Destas recombinações recuperamos estruturas similares aos dentes com uma taxa de êxito de 30%.
 
Segundo os cientistas chineses, os dentes "possuem propriedades físicas tais como elasticidade e dureza encontradas no dente humano regular".
 
De acordo com o artigo, a meta da medicina regenerativa é regenerar tecidos ou órgãos plenamente funcionais que possam substituir os tecidos ou órgãos danificados ou perdidos devido a doenças, lesões ou envelhecimento. 

Fonte Efe/R7

Estudo indica que meditação ajuda a diminuir ânsia por cigarro

Fumantes que participaram de uma técnica de meditação denominada "treino integrativo de corpo e mente" conseguiram reduzir a ânsia pelo cigarro e diminuíram em 60% o hábito de fumar, segundo artigo publicado nesta segunda-feira pela revista "Proceedings" da National Academy of Sciences.
 
A dependência do tabaco e de outras substâncias envolve um conjunto particular de áreas cerebrais relacionadas com o autocontrole. Os pesquisadores questionaram se um treino destinado a influir na dependência poderia ajudar os fumantes a reduzir o consumo de tabaco, inclusive quando essa não era a intenção do fumante.
 
Os estudos sobre tabagismo normalmente recrutam quem deseja diminuir ou livrar-se do hábito de fumar. Neste caso, os pesquisadores optaram por outro método: buscaram voluntários interessados em diminuir o estresse e melhorar o desempenho nas atividades diárias.
 
Entre os voluntários havia 27 fumantes, com uma idade média de 21 anos, e que fumavam uma média de dez cigarros por dia. O grupo experimental que recebeu o treino durante cinco horas por duas semanas tinha 15 deles.
 
O "treino integrativo de corpo e mente" (IBMT) envolve o relaxamento de todo o corpo, imagens mentais e instrução sobre "consciência plena" oferecida por um instrutor qualificado, praticada há muito tempo na China. Os coautores do estudo, Yi-Iuane Tang, da Universidade Técnica do Texas em Lubbock, e Michael Posner, da Universidade do Oregon, colaboraram em uma série de estudos de IBMT.
 
"Descobrimos que os participantes que receberam a instrução IBMT também experimentavam uma diminuição significativa na vontade de fumar", disse Tang. "Dado que a meditação de consciência plena promove o controle pessoal, que tem um efeito positivo sobre a atenção e a percepção de experiências internas e externas, acreditamos que poderia ajudar no manejo dos sintomas de dependência".
 
Muitos dos participantes só se deram conta que tinham reduzido o consumo de cigarros depois que uma prova objetiva, que mede o monóxido de carbono exalado, mostrou a redução, acrescentou Tang. De acordo com as imagens de ressonância magnética, antes de entrar em IBMT os fumantes tinham uma atividade reduzida em áreas do cérebro que indicam uma diminuição do autocontrole.
 
Após duas semanas de IBMT, os fumantes tinham aumentado significativamente a atividade nessas áreas. Mas os cientistas não encontraram mudanças significativas entre os fumantes no grupo de controle que não recebeu instrução IBMT.
 
Nas entrevistas de controle, duas e quatro semanas mais tarde, cinco dos fumantes que tinham reduzido significativamente o consumo de cigarros depois da instrução IBMT, indicaram que mantinham a melhora.

Fonte Efe/R7

Amamentação pode reduzir risco de Alzheimer para as mães

Outra constatação do estudo desenvolvido em Cambridge é que a proteção é aumentada com longos períodos de amamentação
 
Um novo estudo sugere que as mães que amamentam correm um risco menor de desenvolver Alzheimer s e que longos  períodos de amamentação reduzem progressivamente este risco.

O relatório, publicado recentemente no Journal of Alzheimer?s Disease, sugere que a ligação pode ter a ver com certos efeitos biológicos da amamentação. Por exemplo, a amamentação restaura de tolerância à insulina, que é significativamente reduzida durante a gravidez, e uma das características do Alzheimer é a resistência à insulina no cérebro.

Embora o estudo tenha usado como base informações de apenas 81 mulheres britânicas, os pesquisadores observaram uma correlação altamente significativa e consistente entre o aleitamento materno eo risco de Alzheimer. Eles argumentam que esta relação era tão forte que qualquer erro de amostragem potencial era improvável.

Os resultados podem apontar para novas direções para combater a epidemia global de Alzheimer s, especialmente em países em desenvolvimento, onde necessárias medidas preventivas de baixo custo.

Mais amplamente, o estudo abre novas linhas de investigação para entender o que faz alguém suscetível ao Alzheimer em primeiro lugar. Ele também pode funcionar como um incentivo para que as mulheres amamentem mais.

Molly Fox, líder o estudo, disse que Alzheimer é a desordem cognitiva mais comum do mundo e já afeta 35,6 milhões de pessoas. "No futuro, esperamos que ele se espalhe mais em países de baixa e média renda. Por isso, é vital que desenvolvamos estratégias de baixo custo, em grande escala para proteger as pessoas contra esta doença devastadora."

Estudos anteriores já estabeleceram que a amamentação pode reduzir o risco de certas outras doenças a mãe s, e a pesquisa mostrou também que pode haver uma relação entre a amamentação e o declínio cognitivo geral de das mulheres mais tarde. Até agora, porém, pouco tem sido feito para examinar o impacto da amamentação sobre o risco de Alzheimer.

Fox e seus colegas Professor Carlo Berzuini e Professor Leslie Knapp entrevistaram 81 mulheres britânicas com idades entre 70 e 100. Estes incluíram mulheres saudáveis e com Alzheimer. Além disso, a equipe também entrevistou parentes, cônjuges e cuidadores.

Através destas entrevistas, os pesquisadores coletaram informações sobre a histórico reprodutivo das mulheres, histórico de amamentação, e seu estado de demência. Eles também reuniram informações sobre outros fatores que podem explicar o estado de demência, por exemplo, um acidente vascular cerebral ou tumor cerebral no passado.

O estado de demência foi medido utilizando uma escala padrão chamado Clinical Dementia Rating (CDR). Os pesquisadores também desenvolveram um método para estimar a idade dos doentes de Alzheimer, no início da sua doença, usando o CDR como uma base, e levando em conta a idade e padrões conhecidos da progressão do Alzheimer. Toda esta informação foi então comparada com o histórico de amamentação.

Apesar do pequeno número de participantes, o estudo revelou uma série de ligações claras entre amamentação e Alzheimer. Estes não foram afetados quando os pesquisadores levaram em conta outras possíveis variáveis, como idade, histórico educacional, idade em que a mulher deu a luz ao primeiro filho, e época da menopausa; ou mesmo histórico tabagismo ou de ingestão de bebida alcoólica.

Os pesquisadores observaram três tendências principais: mulheres que amamentaram apresentaram um risco de doença de Alzheimer reduzido em comparação com as mulheres que não fizeram; história mais longa amamentação foi significativamente associada com um menor risco de Alzheimer, as mulheres que tiveram uma maior proporção do total de meses de gravidez durante a sua vida que o total de meses de amamentação, apresentaram um risco aumentado de Alzheimer .

As tendências foram, no entanto, muito menos pronunciadas para as mulheres que tiveram um pai ou irmão com demência. Nestes casos, o impacto da amamentação em risco de Alzheimer pareceu ser significativamente menor, em comparação com as mulheres cujas famílias não tinham história de demência.

O estudo argumenta que pode haver um certo número de razões biológicas para a ligação entre a doença de Alzheimer e da amamentação, todos os quais requerem uma investigação mais aprofundada.

Uma teoria é que a amamentação priva o corpo da hormônio progesterona, compensando os elevados níveis de progesterona que são produzidos durante a gravidez. A progesterona é conhecido para dessensibilizar os receptores de estrogênio no cérebro, e o estrogênio pode desempenhar um papel importante na proteção do cérebro contra a doença de Alzheimer.

Outra possibilidade é que a amamentação aumenta a tolerância à glicose, restaurando a sensibilidade à insulina após a gravidez. A própria gravidez induz a um estado natural de resistência à insulina. Isto é significativo porque a doença de Alzheimer é caracterizada por uma resistência à insulina no cérebro (e, por conseguinte, a intolerância à glicose).
 
Fonte isaude.net

Excesso de água durante o esporte pode ser prejudicial

Excesso de água durante o esporte pode ser prejudicial  Cleber Gomes/Agencia RBS
Foto: Cleber Gomes / Agencia RBS
Beber água demais pode desenvolver o exercício associado à hiponatremia, que pode causar confusão, perda de consciência e convulsões
 
Como muitos esportistas, a maratonista inglesa Kate Mori sempre bebeu bastante líquido antes, durante e depois de uma corrida, em vez de esperar até que sentisse sede.

E foi isso o que fez em 2007, durante a Maratona de Londres, quando tomou água frequentemente ao longo do percurso. No entanto, já próximo da linha de chegada, Mori se sentiu muito mal e precisou da ajuda de outros corredores para ficar em pé.

Horas depois, ela estava no hospital, sofrendo com diarreia grave, vômitos e confusão mental. Ao contrário do que se imaginava, ela não estava desidratada. O problema era o oposto: tinha bebido água demais. Como resultado, desenvolveu uma condição perigosa, mas pouco conhecida, chamada de exercício associada à hiponatremia (EAH), ou intoxicação por água.
 
Conheça o problema
A EAH é marcada por uma baixa concentração de sódio no sangue e pode provocar o inchaço do cérebro, causando confusão, perda de consciência e convulsões.

A médica com formação em medicina esportiva Suzete Motta explica que a água é um componente vital para a saúde do corpo humano e essencial durante uma sessão muito longa de exercícios. Sem ela, não é possível sobreviver, já que o corpo desidrata, o volume de sangue fica menor do que o normal e todas as funções vitais passam a não funcionar da forma correta.

Entretanto, esse líquido tão necessário para uma vida saudável também pode trazer malefícios. Suzete explica que a recomendação é que sejam ingeridos de dois a três litros de água diariamente.

Quando consumida em excesso, ela pode gerar um quadro de hiponatremia, condição que também pode relacionar-se com suor excessivo, queimaduras graves, desidratação prolongada, problemas do fígado e dos rins, entre outras doenças e condições médicas.

De acordo com a especialista, no caso de hiponatremia causada pela intoxicação por água, o indivíduo ingere quantidades tão altas da bebida que o sódio e outros eletrólitos ficam diluídos a ponto de comprometer suas funções, podendo ocorrer até alteração na pressão arterial e contração muscular.

— Quando detectada precocemente, a intoxicação por água pode ser controlada, mas, quando não tratada, pode levar ao coma e até à morte. Entre os sintomas do problema estão fortes dores de cabeça, confusão mental e, em casos mais graves, edema cerebral — alerta a médica.

A quantidade exata de água que pode gerar quadro de hiponatremia ainda é indefinida e varia de pessoa para pessoa. No entanto, o problema é mais comum em crianças menores de seis meses e atletas — como maratonistas — que acabam ingerindo uma grande quantidade exagerada do líquido durante ou ao final de cada prova.

Suzete sugere o consumo de bebidas isotônicas ao longo da corrida, uma vez que elas repõem os sais minerais do organismo e podem ser uma forma de prevenir a doença.

Mas ela alerta que isso não deve ser desculpa para as pessoas beberem pouca água. Um adulto, por exemplo, pode processar até 15 litros em um único dia, sem trazer malefícios para a saúde.

— A situação de risco se configura por beber água excessivamente em um curto espaço de tempo e, principalmente, em pacientes com determinados fatores de risco — adverte.

Conselhos para maratonistas
— Hidrate-se quando sentir sede. Aderir a um plano rígido de hidratação pode ser potencialmente perigoso.

— Pese-se antes e após o treinamento, em diferentes condições de tempo e intensidade do exercício, para entender como o seu corpo responde ao beber líquidos. Se você pesa o mesmo (ou mais) do que quando começou, você pode ter bebido líquidos demais.

— As bebidas esportivas podem conter uma baixa concentração de sódio, mas não vão impedir o desenvolvimento de EAH em corredores que bebem em excesso.

— Se você tem inchaço, náuseas, vômitos ou dor de cabeça, procure ajuda médica. Podem ser sinais de alerta precoce de EAH.
 
Fonte Zero Hora

Exercícios podem melhorar o humor durante a gravidez

Exercícios podem melhorar o humor durante a gravidez Divulgação/Agência O Globo
Foto: Divulgação / Agência O Globo
Novo estudo descobriu que fazer atividade física durante o período de gestação pode melhorar o humor e aumentar os níveis de energia
 
Um novo estudo, feito pela Universidade de Western Ontario, descobriu que fazer atividade física durante o período de gestação pode melhorar o humor e aumentar os níveis de energia.

Os pesquisadores analisaram se uma intervenção de quatro semanas de exercícios aumentaria o bem-estar psicológico de 56 mulheres grávidas, que antes eram sedentárias. Elas estavam, em média, com 22,5 semanas de gravidez, e se exercitaram por 30 minutos, durante quatro vezes por semana.

Os resultados mostraram melhorias significativas nos estados de ânimo das mulheres e níveis reduzidos de fadiga. Os exercícios foram avaliados usando acelerômetros, sendo que as mulheres se exercitaram em níveis moderados a vigorosos.

Outras descobertas
Pesquisas anteriores já haviam descoberto que o exercício pré-natal pode ajudar a controlar problemas musculoesqueléticos relacionadas à gravidez, melhorar o sono, evitar o ganho excessivo de peso e encurtar o trabalho de parto.

Um outro estudo publicado no início deste mês no British Journal of Sports Medicine descobriu que o exercício de intensidade moderada, três vezes por semana, durante os segundo e terceiro trimestres, corta pela metade o risco de o recém-nascido estar acima do peso.

Além disso, entre 60% e 75% das mulheres grávidas são sedentárias. Enquanto os transtornos de humor depois do nascimento do bebê, como a depressão pós-parto, são amplamente reconhecidos, as taxas de depressão, ansiedade e fadiga são realmente mais altas durante do que após a gravidez, e podem causar complicações na gestação.

Ainda assim, atenção!
Antes de começar um programa de exercícios, não se esqueça de falar com seu médico sobre quais são os riscos que ele pode causar para a sua gravidez.

A Clinic Mayo, nos EUA, alerta que, para a maior parte das mulheres grávidas, são recomendados pelo menos 30 minutos de exercício moderado. Entre as opções, está a caminhada, natação, aeróbica de baixo impacto e bicicletas ergométricas.
 
Fonte Zero Hora

Uso terapêutico do botox é aliado de áreas como a neurologia, a fisiatria e a urologia

Medicamento é usado há mais de 20 anos para diversos tratamentos, muito antes de sua aplicação na estética
 
O botox é um dos tratamentos estéticos mais procurados do país. A aplicação da toxina botulínica logo abaixo da pele reduz as rugas e linhas de expressão de forma rápida, pouco invasiva e com bons resultados. Entretanto, muito antes de ser popular na busca pelo rejuvenescimento, o botox foi pesquisado originalmente para fins terapêuticos e hoje é um importante aliado de áreas como a neurologia, a urologia e a fisiatria.
 
A toxina botulínica é fornecida gratuitamente pelo SUS há mais de 10 anos para todos os tratamentos, e seu uso é constante em diversos hospitais do país. Em Porto Alegre, o Hospital São Lucas da PUCRS inaugurou esta semana um ambulatório exclusivamente para a aplicação da toxina na área de neurologia.
 
As pesquisas com a toxina se iniciaram entre as décadas de 1950 e 1960, quando o oftalmologista americano Alan B. Scott buscava tratamentos alternativos para o estrabismo. Em 1989, os EUA autorizaram o uso do medicamento em humanos e a primeira marca a ser comercializada foi a Botox, do grupo farmacêutico Allergan, e o seu nome se tornou sinônimo da toxina.
 
Aqui no Brasil, o botox é usado para fins terapêuticos desde 1992, muito antes do uso estético, que começou somente nos anos 2000. As primeiras indicações eram para o estrabismo e o blefaroespasmo (ato de piscar os olhos de maneira descontrolada e excessiva), mas hoje ele já pode ser usado para tratar doenças tão diversas como bexiga hiperativa, cefaleia, paralisias, espasmos musculares e hiperidrose (suor excessivo).
 
— A toxina botulínica age entre o músculo e terminação nervosa. O nervo passa a mandar menos informação para o músculo e, consequentemente, ele relaxa — explica o neurologista do Hospital São Lucas, Jefferson Becker.
 
Devido a esse relaxamento a toxina botulínica é uma importante aliada para o tratamento de pessoas que sofrem com algum tipo de rigidez muscular, as chamadas espasticidades. Essa rigidez pode ser consequência de casos como acidente vascular cerebral, crianças com problemas no nascimento, traumatismo craniano ou na região da medula, entre outros.
 
— A toxina botulínica mudou a história do tratamento das espasticidades, especialmente entre as crianças que sofrem de paralisia cerebral. Com o músculo relaxado, uma criança que antes não conseguia colocar o pé inteiro no chão, por exemplo, passa a conseguir. Assim, seu corpo vai se adaptando e ela aprende a andar melhor, mesmo depois que o efeito do medicamento tenha passado. Isso reduz consideravelmente a necessidade de cirurgias — explica o fisiatra, professor da PUCRS e médico do Hospital São Lucas Carlos Musse.
 
Vencendo a paralisia
As aplicações de botox fazem parte da vida de Clara de Souza Soares, hoje com oito anos, que sofre de paralisia cerebral, uma sequela do seu nascimento prematuro. A paralisia afeta o lado direito do seu corpo, especialmente nos membros inferiores. Com o uso da toxina botulínica, ela tem mais liberdade em seus movimentos.
 
— A toxina era o único tratamento da Clara até os seis anos, quando ela fez uma importante cirurgia, e sempre teve ótimos resultados. Hoje, seguimos com as aplicações e, com a ajuda de uma órtese, ela caminha muito bem e leva uma vida normal — conta a professora, psicopedagoga e mãe da Clara, Elisangela de Souza Costa.
 
Combate à cefaleia
Um dos mais recentes usos da toxina botulínica é no tratamento da enxaqueca crônica. Por meio de aplicações logo abaixo da pele, o medicamento é capaz de impedir que as terminações nervosas que causam dor cheguem ao músculo.
 
A secretaria executiva Ana Paula Medeiros, 29 anos, sofre com dores de cabeça desde a adolescência. Nos últimos dois anos, sentiu uma piora nas crises e procurou ajuda médica. Após diversos tratamentos sem resultado, seu neurologista indicou a aplicação do botox, em maio deste ano.
 
— Eu tinha crises muito fortes duas ou até três vezes por semana e tomava muitos analgésicos. Depois da aplicação, as dores aparecem com bem menos frequência — conta a jovem.
 
Na urologia
Outra área da medicina que utiliza a toxina botulínica é a urologia, especialmente no tratamento da chamada bexiga hiperativa, quando o paciente sente uma vontade urgente e desconfortável de urinar, ou quando ele precisa excessivamente ir ao banheiro no decorrer do dia. A aplicação da toxina deve ser feita diretamente no músculo da bexiga, por meio de uma endoscopia.
 
— Nos casos em que a medicação oral e outros tratamentos não apresentam resultados, o uso de botox pode ser uma boa alternativa para evitar as contrações involuntárias do músculo, que causam o problema —explica o urologista do Mãe de Deus Center e do Hospital Santa Casa de Porto Alegre, Márcio Averbeck.
 
O que é a toxina botulínica
A toxina botulínica é um composto altamente venenoso, formado por um complexo de proteínas e produzido pela bactéria Clostridium botulinum. A bactéria produz sete tipos de toxina, nomeadas pelas letras A, B, C, D, E, F e G. A toxina A é a mais potente e a única comercializada no Brasil. Sua principal aplicação é intramuscular e seu efeito é naturalmente revertido pelo corpo em aproximadamente quatro meses.
 
Nem tudo é botox
Apesar de o nome botox ser conhecido como um sinônimo para a toxina botulínica, há importantes diferenças entre as diversas marcas do produto disponíveis no mercado. Por se tratar de um medicamento biológico, ela tem características específicas e diferentes indicações, efeitos e dosagens. Nem todas as marcas são autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar todos os procedimentos com o medicamento.
 
Como age a toxina botulínica:

Fonte Zero Hora

19 questões sobre bebês prematuros

Criança que nasce antes da hora pode apresentar baixo peso e maior risco de adquirir doenças. Entenda os cuidados que esses pequenos exigem
 
1. Quando um bebê é considerado prematuro?
"As crianças que nascem antes de completar 37 semanas são consideradas prematuras", explica Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, de São Paulo. "Há os pouco prematuros - 36 semanas de gestação, em média - e os extremos prematuros - aqueles com 22 semanas. Todas as complicações e taxas de sobrevida estão relacionadas a quão prematura é essa criança", explica Kfouri. Vale lembrar que uma gestação normal e completa dura nove meses, ou 40 semanas.
 
2. O que faz um bebê nascer prematuramente?
Existem muitos motivos que fazem um bebê nascer antes do tempo. Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, explica que o parto pode ser antecipado quando a criança tem problemas de má-formação ou de infecções, adquiridas da mãe. Doenças na gestante, como hipertensão, diabete ou infecções, também podem levar a um parto prematuro. Entram nessa lista ainda pequenos que estão com dificuldade de nutrição por causa de uma placenta malformada. "Além disso, nas gestações múltiplas, a tendência de não completar os noves meses também é grande", diz Kfouri.
 
3. O número de partos prematuros é maior hoje?
Sim. Há o crescente aumento de partos prematuros por uma série de motivos. A gravidez na adolescência é um deles. O corpo de uma adolescente ainda não está bem formado e, às vezes, não consegue levar a gestação até o fim. A gravidez de gêmeos, por causa das fertilizações in vitro, é outra razão. E mães tendo filhos mais tarde. É cada vez mais comum mulheres que adiam a maternidade para se dedicar, primeiro, à carreira. Atualmente, cerca de 6% das gestações no Brasil terminam antes do tempo.
 
4. O número de consultas no pré-natal também aumentou nos últimos anos?
Sim. Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, conta que as gestantes brasileiras fazem, em média, seis consultas pré-natais. Esse número é um progresso, já que há alguns anos a média era três ou quatros consultas. No entanto, a ida mais frequente da grávida ao obstetra fez com que a quantidade de partos prematuros também aumentasse. Isso porque o diagnóstico de problemas, que podem colocar em risco a vida da mãe ou do bebê, também aumentou.
 
5. Hoje, a chance de um bebê prematuro sobreviver é maior?
Sim. Nas últimas duas décadas, graças à tecnologia e aos novos medicamentos, muito mais prematuros estão terminando seu desenvolvimento fora do útero com sucesso.
 
6. Quais são os problemas mais comuns depois que o bebê nasce?
Ainda no berçário, os problemas mais comuns são os relacionados com a imaturidade: do intestino, dos rins, do coração, do sistema de defesas do corpo (imunológico) e dos pulmões. A criança não consegue, por exemplo, respirar sozinha ou mesmo sugar o leite. Tudo é feito com a ajuda de aparelhos. O bebê só vai para casa depois que estiver igual ou próximo de um recém-nascido não prematuro.
 
7. Durante quanto tempo esse bebê precisa ficar no hospital antes de ir para casa?
Depende. Os prematuros extremos chegam a ficar três a quatro meses internados. Normalmente, eles vão para casa quando atingem 2 kg, em média.
 
8. Quando o bebê vai para casa, ele precisa de cuidados especiais? Ele chora ou dorme mais do que os outros bebês?
Não. "Os cuidados são os mesmos, uma vez que essas crianças recebem alta quando atingem o peso mínimo de 2 kg. Em relação ao comportamento, é individual. Alguns choram mais e outros menos, mas não há relação com o fato de o bebê ter nascido prematuramente", explica Betina Lahterman, pediatra da Universidade Federal de São Paulo.
 
9. O desenvolvimento neurológico é normal?
"É necessário fazer uma correção quando vamos avaliar o prematuro nesse quesito porque eles podem ter um pequeno atraso. Por exemplo, se você tem um bebê de 8 meses que nasceu três meses antes do esperado, ele se comporta mais ou menos como um bebê de 5 meses", explica Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana.
 
10. A criança pode ter alguma sequela por ter nascido antes do tempo?
Sim, pois algumas doenças deixam cicatrizes e sequelas. Por exemplo, bebês que tiveram alguma infecção no intestino e foram submetidos a uma cirurgia vão para casa com problemas intestinais. O mesmo acontece com os que têm alguma dificuldade respiratória e saem do berçário com uma doença pulmonar crônica.
 
11. Depois de sair do hospital, os prematuros têm uma vida normal?
Depende. Alguns bebês precisam dar continuidade a um tratamento iniciado durante a internação na UTI neonatal.
 
12. Ele será uma criança menor?
Não necessariamente. Ele tende a recuperar as medidas em relação ao peso e à altura nos primeiros dois anos de vida.
 
13. Por que os prematuros são tão vulneráveis?
Essas crianças têm seu sistema imunológico imaturo, ainda não produzem anticorpos, e não se defendem das infecções de uma maneira tão vigorosa quanto uma criança que nasceu no tempo certo. A imunidade passiva - aquela que é transferida da mãe para filho - é muito menor porque a maior parte dos anticorpos que a gestante transfere para o bebê ocorre no fim da gravidez e os prematuros não passam por essa fase. Outra coisa que atrapalha a vida deles é a comum falta de aleitamento materno. Como essas crianças ficam três ou quatro meses internadas na UTI e a sucção não é adequada, as mães não conseguem ter leite para amamentar e, consequentemente, protegê-la das doenças infecciosas. Isso deixa as portas abertas para o contágio de doenças, principalmente as do sistema respiratório.
 
14. Existem cuidados específicos que os pais precisam ter enquanto o bebê está hospitalizado?
Os pais precisam ficar próximos do bebê, lavar as mãos antes de entrar no berçário, evitar muitas visitas quando estiverem doentes.
 
15. Mães de bebês prematuros precisam de apoio psicológico?
Alguns bebês nascem pouco prematuros - perto da 40ª semana - e logo vão para casa. No entanto, as mães de bebês considerados prematuros extremos precisam da ajuda de psicólogos, afinal alguns acabam ficando até seis meses internados. "Quando a mulher dá à luz um bebê prematuro, instantaneamente ela pensa que é responsável por isso. Ela imagina que o bebê nasceu antes do tempo porque ela trabalhou demais ou por qualquer outra coisa que tenha feito de errado. Esse sentimento faz com que ela fique paralisada em relação aos cuidados da criança. Ela assume que qualquer pessoa pode cuidar do bebê melhor do que ela", explica Patrícia Bader, coordenadora do serviço de psicologia do hospital São Luiz, em São Paulo.
 
16. É comum ouvir que a mãe precisa estar bem para o bebê ficar bem. Como as mães lidam com isso?
"Nosso trabalho é justamente desmistificar isso. Nem todas as mães ficam fragilizadas, mas as que ficam precisam aceitar que não estão bem. Muitas acreditam que não podem nem chorar porque isso pode prejudicar a criança. Elas têm motivos para estar mais sensíveis e nosso trabalho é fazer com que fiquem bem", explica Patrícia Bader, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital São Luiz, de São Paulo.
 
17. Qual a importância da presença dos pais enquanto o bebê prematuro está internado no hospital?
A presença não só da mãe mas também do pai é fundamental para a recuperação dos bebês prematuros. São crianças que estão a toda hora sendo picadas por agulhas ou cercada de aparelhos que pressionam ou apertam. Sentir o toque da mãe, o afago, é essencial para o bem-estar emocional dele. "O bebê precisa dessa experiência, desse toque, para entender o que é carinho", diz Patrícia Bader, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital São Luiz.
 
18. E o método mãe canguru, é eficiente?
O método canguru é usado para deixar o bebê prematuro em contato com a pele dos pais, sentindo o calor, a respiração, o cheiro. Nele, o recém-nascido é colocado próximo ao peito com a ajuda de um tecido que envolve o corpo da mãe ou do pai. "Procuramos deixar o bebê no canguru por duas horas diárias. É muito importante para que ele reconheça os pais para que se aproximem. Além disso, serve para a mãe se preparar para a amamentação. Esse processo precisa ser monitorado porque o bebê gasta muita energia quando sai da incubadora", explica Patrícia Bader, coordenadora do serviço de psicologia do hospital São Luiz.
 
19. É verdade que os prematuros têm um calendário diferenciado de vacinação?
Sim. Eles têm direito, pela rede pública, a vacinas que os imunizam contra as principais doenças respiratórias. Além das vacinas, para fortalecer seu sistema imunológico, é importante que eles sejam amamentados no peito e não tenham contato com a fumaça de cigarro. Também não é recomendado que esses bebês frequentem creches e berçários ou convivam precocemente com outras crianças. A probabilidade de eles adoecerem é maior quando comparada aos pequenos que nasceram no tempo certo.
 
Para informar a população e os profissionais de saúde sobre a importância do calendário de vacinação específico dos prematuros, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) criou a campanha "Prematuro imunizado é prematuro protegido". Para saber mais, acesse o site Prematuro Imunizado
 
Fonte bebeabril.com.br

No Brasil, 11,7% dos bebês são prematuros

A taxa de bebês nascidos prematuros no Brasil é maior do que se pensava, indica estudo liderado pela Universidade Federal de Pelotas e financiado pelo Ministério da Saúde e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
 
O sistema oficial que mede essa taxa (SINASC) subestimou o número de prematuros em 40% ao longo da década passada, explicou Cesar Victora, da UFPel, em evento no Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (5).
 
Aplicando um fator de correção, os pesquisadores chegaram à conclusão que a taxa de bebês nascidos prematuros foi de 11,7% em 2010. E, não, de 7,2%, como registrado no SINASC.
 
Para o Unicef, o patamar é elevado. "Esse percentual coloca o Brasil no mesmo patamar de países de baixa renda, onde a prevalência é de 11,8%. Nos países de renda média o percentual é de 9,4%", avalia a instituição.
 
A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que 15 milhões de bebês nasceram prematuros (com menos de 37 semanas de gestação) em 2010.
 
Relação com cesáreas
Apesar de não ser conclusivo, o estudo aproxima o alto índice de prematuridade ao nascer às frequentes cesarianas praticadas no Brasil. Em 2000, 37% dos nascimentos no país eram via cesarianas; em 2010, o índice chegou a 52%.
 
O fato de os maiores índices de prematuridade terem sido registrados nas regiões economicamente mais desenvolvidas do país, Sul e Sudeste, serviram de indício para a avaliação de que a epidemia de cesarianas pode explicar a alta taxa de prematuridade.
 
Enquanto Sul e Sudeste registraram taxas de prematuridade de 12% e 12,5%, respectivamente, o Centro-Oeste ficou em 11,5%, o Nordeste com 10,9% e o Norte com 10,8%.
 
Fonte Folhaonline

UTI pode desencadear estresse pós-traumático, revela estudo

Quando Lygia Dunsworth estava sedada, entubada e amarrada a um leito da unidade de terapia intensiva de um hospital em Fort Worth (no Texas), ela foi atormentada por alucinações. De sua janela, ela viu helicópteros salvando pacientes de um tornado iminente e a deixando para trás. Enfermeiras conspiravam para atirá-la nas águas de um lago revolto. Ela alucinou que fugia e se escondia em um frigorífico, cercada por partes de cadáveres.
 
Anos depois de se recuperar fisicamente de infecções abdominais e cirurgias, Dunsworth continuava sendo atormentada por sua passagem pela UTI. Ela tinha perdido a memória de curto prazo e sentia dificuldades para dormir. Não conseguia entrar no mar ou em lagos e ficava aterrorizada com a ideia de voar de avião ou de viajar sozinha.
 
Tampouco falava sobre isso. "As pessoas acham que você é louca", disse Dunsworth, 54, enfermeira. Na verdade, ela estava tendo sintomas associados ao transtorno do estresse pós-traumático (TEPT).
 
Anualmente, cerca de 5 milhões de pacientes passam por UTIs nos EUA. Estudos mostram que até 35% deles podem sofrer de sintomas do TEPT por até dois anos depois dessa experiência, especialmente se a permanência tiver sido prolongada em decorrência de uma doença grave. Os sintomas persistentes incluem pensamentos intrusivos, tendência a evitar certas situações, oscilações de humor, insensibilidade emocional e comportamento imprudente.
 
Segundo o médico O. Joseph Bienvenu, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, "todos ficam atentos se um paciente, quando sai da UTI, consegue andar ou se ainda está fraco. Mas é raro que eles sejam examinados com relação a sintomas psiquiátricos".
 
Agora, médicos intensivistas estão tentando evitar ou abreviar a duração dos transtornos. Outros pacientes com TEPT geralmente têm seus sintomas associados a episódios que podem ser corroborados. O que é perturbador para os pacientes pós-UTI é que ninguém pode verificar seus horrores aparentemente reais.
 
"Os pacientes de UTI têm lembranças vívidas de fatos que objetivamente não ocorreram", disse Bienvenu. "Eles se lembram de serem estuprados e torturados, em vez do que realmente aconteceu", como procedimentos dolorosos como a inserção de cateteres e acessos intravenosos.
 
No Reino Unido, Alemanha e alguns países escandinavos, as enfermeiras de muitas UTIs mantêm um diário do atendimento prestado ao paciente, com acréscimos da família, que é entregue após a alta. Os diários servem como contraponto às alucinações ou à amnésia dos pacientes.
 
O próprio ambiente da UTI pode parecer sinistro: luzes aterrorizantes e indiferentes ao sono; cacofonia de máquinas e alarmes.
 
As mulheres podem estar mais propensas ao TEPT do que os homens, assim como pacientes com histórico de depressão.
 
Mas os pesquisadores começaram a identificar o tratamento que leva às lembranças mais assustadoras: a sedação, que é crucial na UTI para administrar a dor e para obrigar os pacientes a ficarem parados. Acredita-se atualmente que uma classe de sedativos conhecida como benzodiazepinas, que inclui a droga Valium, possivelmente intensifique as alucinações que são tão assustadoras para pacientes de UTIs.
 
Em janeiro, a Sociedade de Medicina Intensivista divulgou novas diretrizes de sedação, solicitando aos médicos de UTIs que tratem a dor em primeiro lugar, para só então cogitarem o uso de benzodiazepinas contra a ansiedade. Uma sedação mais leve parece estar associada a uma melhor recuperação física e cognitiva e também a alucinações menos frequentes e assustadoras.
 
A médica britânica Sarah Wake era uma estagiária de 25 anos quando foi entubada e sedada, em 2011, após ter uma reação severa a uma medicação. Para ela, as lembranças delirantes e fragmentárias dificultam seu entendimento sobre o que aconteceu. "Isso impediu minha recuperação psicológica e levou ao desenvolvimento do TEPT." Durante meses, ela foi incapaz de trabalhar em um hospital.
 
Essa tendência a evitar situações, disse James Jackson, do departamento de medicina intensivista da Escola de Medicina da Universidade Vanderbilt, em Nashville (no Tennessee), está entre os sintomas mais debilitantes do TEPT. "Esse fenômeno não é incomum", disse ele. "E dificulta que os indivíduos que precisam de ajuda deem os passos necessários para obtê-la."

Fonte Folhaonline

Paciente de câncer em SP terá prontuário com dados unificados

A médica Silvia Brandalise fala na entrega do prêmio
Jorge Araújo/Folhapress
A médica Silvia Brandalise fala na entrega do prêmio
O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) está coordenando uma rede de 71 instituições de tratamento oncológico no Estado e padronizando o atendimento.
 
Uma das novidades será a adoção de prontuário com informações unificadas e acesso via web. O projeto, inédito, estará em vigor em 2014.
 
"A ideia é que a informação vá junto com o paciente. Hoje, se o paciente precisa de um atendimento de emergência, não se sabe quais medicamentos está tomando, por exemplo", afirma Marisa Madi Coletta, diretora-executiva do Icesp.
 
 
A novidade foi anunciada ontem, na entrega do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, no Icesp. A láurea leva o nome do publisher da Folha, morto em 2007.
 
O oncologista Paulo Hoff, diretor do Icesp, afirma que, além de reconhecer o trabalho de jovens pesquisadores, o prêmio fomenta as relações entre as instituições.
 
Um dos estudos, a partir do qual foi desenvolvido um teste capaz de prever a recidiva do câncer de cabeça e pescoço, envolveu pesquisadores da Unifesp, do A.C. Camargo Cancer Center e do Hospital do Câncer de Barretos.
 
"Nosso time está muito feliz com o resultado, mas o campeonato contra o câncer é longo e difícil", disse o líder do trabalho, André Vettore, professor da Unifesp.
 
O trabalho vencedor na categoria Inovação reuniu pesquisadores da rede Farmabrasilis, da Unicamp e da Universidade Federal do ABC. A médica Silvia Brandalise foi premiada na categoria Personalidade em Destaque.

Fonte Folhaonline

Novos carnívoros exigem tratamento digno dos animais e abate humanizado

Cláudio Ushiwata, dono de um café em Curitiba, é um consumidor de carne orgânica
Theo Marques/Folhapress
Cláudio Ushiwata, dono de um café em Curitiba, é um
consumidor de carne orgânica
Poucos problemas ambientais e de consciência são tão apetitosos quanto um bom bife. O consumo de carne está associado à alta do desmatamento na Amazônia, usa uma enorme quantidade de água e emite gases-estufa.
 
No entanto, tem ganhado força o movimento dos "carnívoros éticos": gente que não pensa em ser vegetariana, mas faz questão de uma postura mais sustentável e de respeito ao animal.
 
Segundo Leonardo Leite de Barros, presidente da ABPO (Associação Brasileira da Pecuária Orgânica), a quantidade de animais criados segundo os preceitos orgânicos (sem confinamento, com uso restrito de remédios, alimentação no pasto e abate humanizado) tem crescido.
 
"Hoje as fazendas da associação estão abatendo de 800 a mil animais por mês. Quando começamos, em 2007, eram cerca de 200", diz ele.
 
 
O empresário curitibano Cláudio Ushiwata é um desses consumidores mais atentos e só leva para casa carnes cuja procedência e produção ele considere adequadas.
 
"Na minha casa temos o hábito de consumir carne orgânica. Não tenho dificuldade de encontrar, mas ela é restrita a poucos estabelecimentos e a poucos cortes."
 
O engajamento do consumidor tem potencial de transformar a indústria, diz Luís Fernando Guedes Pinto, gerente de certificação agrícola do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).
 
"O consumidor não deve aceitar animais vivendo em condições ruins ou rebanhos vindos de áreas de desmatamento na Amazônia."
 
Nos últimos anos, as agências reguladoras também estão mais exigentes. A Europa passa, neste ano, a ter regras mais duras quanto às condições de criação, transporte e abate de animais. Quem quiser vender para o bloco --incluindo frigoríficos brasileiros-- precisa se adequar.
 
"Ser vegetariano não é a única opção para quem quer um tratamento ético dos animais", diz José Rodolfo Panim Ciocca, gerente do programa de abate humanitário da WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal).
 
William Mur/Ed. de arte/Folhapress
 
O abate humanitário faz o animal perder a consciência antes que o estímulo da dor chegue ao cérebro.
 
Nos bovinos, isso é feito com uma pistola especial. Em suínos e em aves, a insensibilização deve ser feita com uma descarga elétrica.
 
O presidente da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), Péricles Salazar, afirma que há realidades distintas quanto a isso no Brasil. "Os frigoríficos sujeitos à inspeção federal têm controles rígidos. O problema está na esfera dos Estados e municípios. É lá que se encontram barbaridades como o abate de bois a marretadas."
 
A crueldade tem consequências na qualidade do produto. Muita tensão antes do abate deixa a carne pálida e mole, com liberação excessiva de água. Já nos bichos com estresse crônico, a carne costuma ser mais dura, escura e ressecada.
 
Quando eles são conduzidos com violência, usando bastões elétricos ou apanhando, são formados hematomas que devem ser descartados.
 
Em breve, o Ministério da Agricultura deve lançar novas normas mais rígidas para a criação e o abate. A consulta pública sobre o tema acaba de terminar e o texto sofre agora ajustes finais.
 
Fonte Folhaonline

Falta de tempo para malhar pode ser contornada usando a faixa elástica

Edu Cesar
A praticidade da faixa elástica permite que a pessoa se exercite
 em viagens ou quando está longe da academia
O apetrecho saiu das clínicas de fisioterapia e agora também é usado para fazer alongamento e musculação
 
Administrar um tempo para se exercitar não é fácil. A preguiça ou até mesmo viagens interrompem uma sessão de academia ou até desencorajam aqueles que querem trabalhar o corpo e ganhar flexibilidade. É nesse contexto que a praticidade da faixa elástica entra, já que ela permite que a pessoa faça alongamentos e até musculação, mesmo dispondo de pouco espaço.
 
“A recomendação é atentar-se para a postura. A intensidade da faixa elástica é boa mesmo para aqueles que não têm hábito de se exercitar”, explica Érika Rossi, instrutora de musculação da academia Bodytech do Shopping Iguatemi.
 
Segundo Érika, até mesmo os idosos podem fazer exercícios com a faixa.
 
“Para quem não tem flexibilidade, ela ajuda na hora do alongamento”, diz Érika.“
 
A faixa elástica tem suas vantagens porque, dependendo de onde se segura, a resistência aumenta.
 
Mas instrutora explica que é necessário ter atenção. “É importante aprender o jeito certo de segurar a faixa, para que ela não se solte da mão no meio do exercício”, diz Érika. Existem faixas com resistências diversas e é importante escolher uma de boa qualidade, para que ela não se rompa. 
 
“Para quem já faz academia, o ideal é seguir o padrão do treino que está habituado”, explica. “Não será a mesma coisa que usar os aparelhos e pesos, mas é melhor do que ficar parado”, explica Érika, referindo-se a uma pausa nos exercícios por conta de férias ou viagens.
 
Os exercícios devem ser feitos com disciplina. “O ideal é fazer três séries de 10 a 15 repetições cada”, explica a educadora física.
 
Fonte iG