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sábado, 7 de setembro de 2013

Restringir a lactose pode reduzir sintomas da síndrome do intestino irritável

Restringir a lactose pode reduzir sintomas da síndrome do intestino irritável Piotr Marcinski/Deposit Photos
Cólicas que passam e voltam estão entre os sintomas da síndrome
 do intestino irritável
Doença é psicossomática, ou seja, não tem causas anatômicas
 
Restringir a lactose pode ajudar na melhora de pacientes com Síndrome do Intestino Irritável (SII), uma doença psicossomática, ou seja, que não tem causa anatômica específica, mas é reflexo de perturbações no organismo como estresse, ansiedade e possíveis infecções anteriores. É o que apontou uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
 
O estudo englobou dois grupos de pacientes portadores da síndrome, sendo que um deles também possuía o diagnóstico de má digestão de lactose. Uma dieta com restrição de lactose em foi aplicada em todos os participantes e avaliou-se se havia alguma melhora com a inserção da dieta.
 
O acompanhamento médico dos pacientes foi capaz de comprovar que ambos os grupos com SII, tanto os com má-digestão de lactose e os que digeriam a lactose obtiveram algum tipo de melhora com a dieta de restrição de lactose. Os resultados surpreenderam a nutricionista Marília Pinheiro César, autora da pesquisa, e deram respaldo para outros estudos que visam entender melhor a relação da digestão da lactose e a SII.
 
— O que me surpreendeu foi o fato de que todos pacientes melhoraram com a dieta com restrição de lactose, o que provavelmente defende o fato de serem outros componentes do leite que não a lactose que causem melhora nesses pacientes, ao serem retirados — comenta Marília.
 
A SII é uma doença que afeta até 25% da população brasileira e, dentre eles, de 70% até 80% possuem alguma intolerância alimentar. Portanto, é de extrema necessidade que a SII seja tratada de forma adequada e de acordo com as tolerâncias do paciente, sem restrições alimentares muito rígidas, que podem provocar deficiências de nutrientes importantes.
 
— Trata-se de um estudo de importância no cenário brasileiro contemporâneo — considera a nutricionista.
 
Os sintomas da SII são cólicas que passam e voltam, gases que provocam distensão do abdômen, crises alternadas de diarreia e prisão de ventre, sensação de que o intestino não foi plenamente esvaziado após a evacuação.
 
Entre as possíveis causas da SII, estão as ineficiências nos movimentos intestinais ou o intestino pode sofrer com sensibilidade no alongamento. A sua detecção depende da exclusão de outras doenças que possuem causas aparentes.
 
Agência USP

Conheça a polêmica dieta paleolítica

Proposta é comer apenas aquilo que se pode caçar, coletar ou tirar da terra. Ou seja, alimentos como arroz, feijão, trigo e cevada são excluídos
 
Você já viu um leão comendo vegetais? Ou uma vaca se alimentando de carne? Certamente não, já que esses produtos não fazem parte da dieta natural destes animais. Se eles ingerissem esses alimentos, ficariam doentes ou não teriam energia suficiente para viver. E qual seria a dieta natural do homem, aquela para a qual estamos biologicamente evoluídos e, portanto, preparados e adaptados para seguir?
 
Conheça a polêmica dieta paleolítica Ilustração de Fernando Gonda/Arte ZH
Foto: Ilustração de Fernando Gonda / Arte ZH
Comparação entre a pirâmide alimentar tradicional e a pirâmida da dieta paleolítica
 
A resposta para essa pergunta é o principal mote de uma forma de alimentação que está ganhando adeptos em todo o mundo: a dieta paleolítica, ou, simplesmente, a paleo.

Segundo seus defensores, a melhor dieta para o homem é aquela praticada pelos nossos ancestrais pré-históricos. Ou seja: coma apenas aquilo que você poderia caçar, matar, colher ou tirar da terra, como um homem das cavernas.

Um dos mentores da dieta paleolítica é o médico e professor da Universidade Estadual do Colorado (EUA) Loren Cordain. Apesar de ter conquistado popularidade recentemente, a teoria surgiu em um estudo publicado em 1985 no The New England Journal of Medicine. O artigo argumentava que o genoma humano não teve tempo de se adaptar a alimentos que não faziam parte da nossa dieta antes do advento da agricultura.

— Estamos na Terra há mais de 2 milhões de anos, e a agricultura foi desenvolvida há menos de 10 mil anos, o que corresponde a apenas 0,5% do tempo da nossa existência. A agricultura, portanto, é muito recente do ponto de vista evolutivo, e é evidente que estamos geneticamente adaptados à alimentação do período paleolítico, e não à que temos hoje — sustenta o médico urologista e autor de um blog sobre o tema José Carlos Souto.

No paleolítico, os fatores geográficos eram determinantes, e diversas dietas eram seguidas pelos humanos. Os esquimós alimentavam-se basicamente de carne de baleia, peixe e poucas frutas. Os aborígenes australianos, de diversos tipos de caças. Os habitantes da floresta amazônica tinham uma farta oferta de frutas, raízes e folhas, mas poucas carnes.

Alimentos "plantados", como arroz, feijão, trigo e cevada, são excluídos
A dieta paleolítica proposta para os dias atuais opta por encontrar pontos em comum a todas essas versões: a ausência de grãos, de óleos extraídos de sementes (soja, algodão, canola e milho) e de produtos processados e artificiais. A presença do leite é polêmica: alguns aceitam, outros rejeitam.

— A dieta paleo contém raízes e tubérculos como batatas (doce ou inglesa), aipim e todos os tipos de carne. O que não faz parte são os alimentos plantados: cereais (aveia, trigo, centeio, cevada, arroz, milho) e leguminosas (feijões, lentilha, ervilha), além, é claro, dos industrializados — diz o nutricionista e bioquímico Gabriel de Carvalho.

Comida de verdade
Apesar de considerarem a dieta de nossos ancestrais a mais apropriada para o organismo dos humanos modernos, os seguidores da paleo ressaltam que o modo de vida e o atual acesso aos alimentos tornam impossível comer hoje o que um homem das cavernas comia.

— É absolutamente impossível seguir a dieta paleolítica com rigor. Hoje, você compra a carne no supermercado, e ela não tem nada a ver com a carne paleolítica. Vem de animais estressados, que não recebem sol, não têm vida livre, comem ração. A composição da carne e da gordura do animal é completamente diferente. Só aí já acabou a dieta — enfatiza o nutricionista e bioquímico Gabriel de Carvalho.

A saída estaria em apostar em alimentos de procedência mais natural possível. Dar preferência a vegetais orgânicos, à carne de animais criados no pasto, a ovos de galinhas não confinadas e que não comam ração. E rejeitar tudo que for processado e industrializado.

— Desconfie de todos os alimentos processados que venham dentro de uma embalagem, com rótulo e ingredientes impronunciáveis. As pessoas devem se focar no que chamamos de comida de verdade. Se eu perguntar como se faz um bife com ovo, todo mundo sabe a resposta. Mas para fazer um salgadinho de pacote é preciso uma fábrica, processos industriais, corantes, conservantes, enfim, não é comida de verdade — afirma Souto.

Trigo, o vilão da vez
Base para alimentos fartamente consumidos, como pães, massas, bolos e pizzas, o trigo tem uma alta capacidade de "viciar" os consumidores. Isso poderia ser a causa de uma série de doenças e seria a razão principal da epidemia mundial de obesidade

— Com sua tradição italiana, a gastronomia do Rio Grande do Sul teria uma perda considerável se fosse banido do cardápio todo e qualquer alimento feito de trigo. Pizzas, lasanhas, massas e até o sagrado pãozinho ficam de fora da chamada dieta paleolítica. Isso porque, segundo os que acreditam nesta corrente, o trigo é um dos principais vilões da alimentação moderna.

— Lançado este ano no Brasil, o livro Barriga de Trigo, do cardiologista americano William Davis, embasa cientificamente essa teoria ao trazer argumentos que dão suporte ao fato de que doenças como a obesidade, o diabetes, problemas imunológicos e neurológicos, como a doença celíaca, a artrite reumatoide e a demência, além de doenças do intestino e do coração, podem estar associadas ao consumo exagerado do grão.

— De acordo com o autor, as mudanças genéticas responsáveis por tornar o trigo resistente a pragas e mais produtivo nas lavouras também influenciaram para torná-lo prejudicial à saúde humana. Outro motivo é a alta capacidade do alimento de viciar os consumidores e elevar o índice glicêmico — em certas ocasiões, para níveis mais altos até do que alguns doces.

— Depois de prescrever um regime sem trigo para mais de 2 mil de seus pacientes em situação de risco e observar resultados satisfatórios, o cardiologista concluiu que não é a gordura, o açúcar ou o sedentarismo que está causando a epidemia mundial de obesidade, mas sim o trigo.

Muita carne e nada de grãos
Longe de ser unanimidade, a dieta paleolítica já conquistou a antipatia de muita gente. Os pontos mais controversos são a total liberação de carnes e a exclusão dos grãos. A desconstrução da pirâmide alimentar, que tradicionalmente tem como base os cereais, pães, tubérculos e raízes, é um dos princípios da paleo.

— A pirâmide alimentar está completamente equivocada, não tem nenhuma base em ciência. Ninguém vai perder peso adequadamente com uma alimentação cuja base são farináceos, pães, massas, bolos e mingaus — diz o médico José Carlos Souto.N A fonte para os nutrientes que seriam fornecidos pelos cereais e grãos é substituída por outros alimentos na dieta paleo, explica o nutricionista Gabriel de Carvalho.

— O consumo de grãos pode ser eliminado. Não existe nutriente presente exclusivamente nestes alimentos. O que temos no trigo, na aveia, na cevada, no arroz, obtemos nas raízes como batata-doce, que é muito saudável, batata inglesa, aipim, carnes, frutas, sementes, folhas, legumes, tubérculos, cenoura, beterraba.

Embutidos e frituras são o problema
A alta ingestão de carnes, outro ponto fundamental da dieta paleolítica, também gera controvérsia. A gordura saturada das carnes seria um dos principais problemas, o que, segundo Carvalho, não passa de um mito.

— A gordura saturada não mata do coração. A maioria dos estudos recentes não relaciona o consumo de gorduras saturadas de carnes gordas, mas sim de embutidos, com a morte cardiovascular. Embutidos são um problema grave na alimentação. Óbvio que ninguém está recomendando comer carnes fritas, que também é um problema comprovado. Embutidos e frituras são o problema, não a gordura em si — defende Carvalho.

Nem todos concordam. A nutricionista e especialista em nutrição clínica Joselaine Sturmer vê com desconfiança tanto a liberação total das carnes quanto a exclusão dos grãos.

— Eu não indicaria essa dieta para ninguém. Temos que ter cuidado porque, ao excluir grupos alimentares, podemos retirar nutrientes que fazem falta ao organismo. Não comer carboidrato pode levar à perda de massa magra e de fonte de energia. Tem uma hora em que o corpo tem necessidade de uma fonte de energia. Além disso, comer carnes à vontade é perigoso, porque elas têm gordura e podem roubar nutrientes de nosso organismo. A proteína em exagero pode roubar cálcio, e você acaba consumindo mais sódio, o que pode causar uma sobrecarga renal — afirma.

O nutricionista e professor de bioquímica e nutrição esportiva do Unilasalle Joelso dos Santos Peralta também tem ressalvas às restrições da dieta paleo.

— A deficiência de carboidratos afeta o cérebro e aumenta o catabolismo proteico, onde os indivíduos verdadeiramente perdem peso, mas muitas vezes à custa de massa muscular — afirma.

A adaptação genética também é discutível, afirma o professor de História da UFRGS Anderson Vargas. Sendo o homem onívoro desde sempre, não há regra para determinar a dieta natural do ser humano, diz ele.

— Penso que a medicina não tem condições de determinar nossa dieta conforme nossa misteriosa biologia. Historicamente, posso dizer que o homem não tem sido determinado pelo DNA nesse aspecto. Se os homens das cavernas se preocupassem com seu DNA, talvez ainda estivéssemos morando nas mesmas cavernas", pondera Vargas.

Balança e exames em dia
Os possíveis malefícios de optar por uma dieta do tempo das cavernas não foram sentidos pelo programador Leonardo Pires, 28 anos. Seguindo as premissas da paleo há um ano e três meses, ele viu o ponteiro da balança, o colesterol ruim e os triglicerídeos caírem. Acostumado a seguir diversas dietas e sempre ser vítima do efeito sanfona, ele conseguiu emagrecer cerca de 30 quilos, manter o peso e a saúde sem sofrimento.

— Meu neurologista ficou impressionado com a evolução dos meus exames e achou inacreditáveis os resultados com o tanto de gordura saturada que eu como — conta.

Apesar de parecer bastante restritiva, Leonardo conta que não sente dificuldade em segui-la. Ele optou por limitar a quantidade de carboidratos diários e deixar que a fome ditasse o que e quanto come.

— A principal diferença entre as dietas que eu segui anteriormente é que tudo era baseado em contagem de calorias: eu comia menos calorias do que precisava para viver, meu corpo passava fome, e eu emagrecia. E eu cortava tudo o que eu gostava, só podia comer alimentos que para mim não têm gosto — conta.

Satisfeito com o resultado positivo na balança e na autoestima, Leonardo encara a sua nova alimentação como um estilo de vida, sem prazo para acabar.

— Não faz sentido eu voltar a comer carboidratos indiscriminadamente se eu sei que é algo que faz mal para a minha saúde. É só ver meus exames, estou muito melhor hoje — declara.

O fotógrafo Luis Felipe Ulbrich, 41 anos, segue a dieta paleolítica há oito meses. A indicação veio a partir do diagnóstico de uma neuropatia periférica, doença que afeta os nervos das extremidades do corpo, como as mãos e os pés.

— Eu comecei a sentir os dedos dormentes e perder o equilíbrio. Busquei um especialista em coluna, mas ele não conseguiu diagnosticar a problema. Me indicou outro médico, que me propôs um teste: retirar o glúten da minha alimentação por um mês. O resultado foi absurdo, já me senti muito melhor —conta.

Após o teste, Luis passou a seguir a dieta paleolítica completa. Perdeu 15 quilos, mesmo sem considerar que estava acima do peso, melhorou da neuropatia e voltou a praticar esportes.

— Sempre que como algo fora da dieta, os sintomas da neuropatia aparecem imediatamente. Estou bem entusiasmado com o que estou fazendo, eu tive uma melhora bem grande.

Zero Hora

Alimentação inadequada pode prejudicar a audição

Alimentação inadequada pode prejudicar a audição Mateus Bruxel/Agencia RBS
Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS
Cafeína em excesso é um dos vilões da audição
Conheça outros hábitos que fazem mal ao ouvido
 
Possuir uma boa audição é normal até os 40 ou 50 anos. Entretanto, após essa idade, a capacidade auditiva diminui devido ao envelhecimento natural das estruturas do ouvido, assim como qualquer outra parte do corpo. Isso ocorre por causa da exposição a ruídos ou sons altos e hábitos errados, como a má alimentação ou o uso constante do fone de ouvido e, em alguns casos, doenças específicas.
 
Porém, existem algumas medidas que fazem com que a perda auditiva seja sentida cada vez antes pelas pessoas e, assim como existem os males causados por essas atitudes, existem também aquelas ações que podem ser feitas para impedir esse envelhecimento precoce da audição.
 
— Uma das principais, senão a principal causa da perda auditiva precoce, ainda mais nessa nova geração, é a utilização de fones de ouvidos com volumes muito altos durante um período muito longo. Ouvir música, mesmo sem fone de ouvido, em um volume acima de 80 decibéis por mais de uma hora, pode causar um trauma acústico, que vai se somando com o tempo constante de exposição aos altos volumes e se torna uma espécie de "lesão progressiva" — comenta a otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cássia Cassou Guimarães
 
A especialista explica que, com o barulho em excesso, ocorrem alterações vasculares da microcirculação do ouvido interno, com privação de oxigênio e demais nutrientes para as células sensoriais auditivas do ouvido interno. Esta condição pode resultar na morte ou degeneração das células ciliadas, aquelas responsáveis por perceber o som, “o que pode resultar em perda auditiva, dificuldade no entendimento dos sons da fala e zumbido”, ressalta.
 
Outro fator que não parece estar diretamente ligado com a audição, mas pode causar danos ao aparelho auditivo é o vício no cigarro. Isso porque, graças às mais de cinco mil substâncias químicas presentes nele, as toxinas inaladas podem causar danos definitivos às estruturas sensíveis do ouvido. A começar pelo sintoma zumbido:
 
É um problema que não causa a perda de audição, mas sim o contrário: a perda de audição causa o zumbido — frisar Rita.
 
Segundo estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pessoas que fumam pelo menos cinco cigarros por dia há mais de um ano têm quatro vezes mais chances de sofrer com zumbido.
 
A cafeína e os carboidratos em excesso também podem ser vilões para a audição. Por isso, ter uma alimentação balanceada, com pouca cafeína e sem exageros em glicose e sódio é o primeiro passo para a manutenção do bom funcionamento auditivo. Uma solução é reformular o cardápio a fim de consumir alimentos naturais e integrais, como frutas, legumes e produtos lácteos, além de frutas, vegetais frescos e bebidas, como água e chá de ervas sem cafeína, que previnem o zumbido, as vertigens e as dores de cabeça.
 
— Dessa forma, a pessoa pode se prevenir de um problema que vai além da audição, já que o excesso de ruído leva a perda auditiva e pode ainda causar o estresse, insônia e até doenças psiquiátricas — conclui Rita.
 
Zero Hora

Começam nos EUA testes de implantes de vacina anticâncer

A abordagem, que demonstrou eficácia em ratos de laboratório em 2009, consiste em inserir uma implante esponjoso do tamanho de uma unha sob a pele, onde ele reprograma as células imunológicas do paciente para encontrar células cancerosas de melanoma e matá-las
 
WASHINGTON - Uma vacina experimental para tratar o câncer de pele começou testes preliminares em humanos, como parte de um esforço crescente para treinar o sistema imunológico a combater tumores, afirmaram cientistas esta sexta-feira (6/9).

A abordagem, que demonstrou eficácia em ratos de laboratório em 2009, consiste em inserir uma implante esponjoso do tamanho de uma unha sob a pele, onde ele reprograma as células imunológicas do paciente para encontrar células cancerosas de melanoma e matá-las.

"É raro conseguir testar uma nova tecnologia em laboratório e levá-la para testes clínicos em humanos tão rapidamente", disse Glenn Dranoff, professor de Medicina da Escola Médica de Harvard e integrante da equipe de pesquisas do Instituto Wyss de Engenharia Biologicamente inspirada da Universidade de Harvard.

O teste de fase 1 visa a testar a segurança do implante em um número pequeno de pacientes humanos. Depois disso, o dispositivo pode seguir para testes de fase 2 para verificar sua eficácia e testes de fase 3 mais amplos antes de chegar ao mercado.

Os implantes são feitos de um polímero de material biodegradável, altamente permeáveis e que contêm antígenos específicos ao tipo de tumor que é tratado O dispositivo libera uma proteína que atrai as células imunológicas e as envia preparadas para detectar e matar as células tumorais.

Os cientistas dizem que ele funciona diferente de vacinas convencionais anticâncer, que consistem em remover as células imunológicas do paciente, reprogramá-las para atrair a malignidade e reinjetá-las porque elas funcionam dentro do corpo. Um medicamento já comercializado usando o sistema imunológico contra o melanoma, denominado Yervoy, é fabricado pelo laboratório Bristol Myers Squibb e foi aprovado por reguladores americanos em 2011.

Os gigantes farmacêuticos Merck e Roche também têm medicamentos que usam o sistema imunológico para combater o câncer em testes clínicos. A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline sofreu um golpe esta semana, quando seu teste de fase 3 de um candidato a vacina MAGE-A3 não estendeu a sobrevida de pacientes com melanoma que receberam a vacina depois que seus tumores foram removidos cirurgicamente.
 
Correio Braziliense

Ouvir o som favorito e se proteger corretamente do frio protege o coração

Usar agasalhos em dias frios é um dos cuidados que evita o infarto (Rafael Ohana/CB/D.A Press - 22/10/11)
Usar agasalhos em dias frios é um dos cuidados que evita o infarto
A baixa temperatura, de acordo com pesquisa do Hospital Universitário Antwerp, na Bélgica, aumenta a ocorrência de infartos
 
Ouvir a trilha sonora favorita e fugir do frio são atitudes que protegem o coração. É o que indicam duas pesquisas apresentadas nesta semana no Congresso Europeu de Cardiologia 2013, realizado em Amsterdã, na Holanda.
 
Os cientistas de ambos os estudos chegaram às conclusões após análises com humanos. A música fortaleceu o tecido endotelial — que reveste as artérias — dos participantes dos experimentos feitos na Faculdade de Medicina da Universidade de Novi Sad, ao norte da Sérvia. Já a baixa temperatura, de acordo com pesquisa do Hospital Universitário Antwerp, na Bélgica, aumenta a ocorrência de infartos.

O trabalho liderado pela pesquisadora Deljanin Ilic avaliou os efeitos de ouvir a música favorita por 30 minutos, em todos os dias da semana, em 74 adultos. Eles foram separados em três grupos: um praticou treinos físicos (33), outro ouviu a música predileta (10) e um terceiro realizou as duas tarefas (31).
 
O experimento durou três semanas. No início e no fim, foram medidos marcadores da função endotelial encontrados na circulação sanguínea, em especial, o óxido nítrico.
 
Após as três semanas, os maiores aumentos foram registrados no grupo que realizou as duas estratégias simultaneamente. A equipe que apenas praticou atividades físicas teve índices mais altos que aquela que se concentrou na música favorita, apesar de a última também ter registrado benefícios.

Segundo Ilic, o treinamento físico já é conhecido por melhorar a função endotelial e é a pedra angular de um programa multifacetado de reabilitação cardiovascular. No entanto, pouco se sabe sobre o papel da música na reabilitação cardiovascular ou sobre os efeitos de ouvir o som favorito na função endotelial.
 
“A combinação de música e treinamento físico levou ao melhor desempenho na função endotelial. Melhorias na função foram associadas com evolução significativa na capacidade de se exercitar.”
 
Depois de três semanas, a capacidade de exercício aumentou em 39% no grupo com música e treinamento, em 29% nos participantes que apenas se exercitaram, e em 19% na última equipe.
 
Correio Braziliense

Doenças do pulmão matam um em cada dez europeus

Doenças do pulmão são a causa de uma em cada dez mortes na Europa, segundo um recente estudo europeu.
 
Pesquisadores da European Respiratory Society constataram que a incidência de câncer de pulmão e da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) - mal que destrói os alvéolos pulmonares, incapacitando parcialmente o órgão - deve continuar a crescer nos próximos 20 anos por causa do persistente hábito do fumo entre europeus.
 
Apesar de ser considerado um problema grave, a pesquisa apontou que a prevenção, o tratamento e o fomento à pesquisa não são prioridade em países europeus.
 
A pesquisa europeia, divulgado na publicação científica European Lung White Book e feita a partir de dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do European Centre for Disease and Control, analisou as tendências da evolução das doenças pulmonares em toda a Europa.
 
O estudo demonstra que fumantes de tabaco representam 'o desafio da saúde mais importante da Europa' e mantém o fumo como o hábito que causa o maior número de mortes por câncer de pulmão, DPOC e insuficiência cardíaca.
 
Ainda que o número de fumantes tenha diminuído significativamente em países como a Dinamarca e Grã-Bretanha desde os anos 1970, o estudo mostra que os efeitos de longo prazo daqueles que mantiveram o hábito ao longo dos anos continuam a gerar um alto índice de mortes por câncer de pulmão e DPOC.
 
Com isso, a proporção no número de mortes causado por condições pulmonares deverá permanecer estável pelos próximos 20 anos, ainda que haja uma previsão de queda no índice de infecções do pulmão.
 
Desde 2000, o serviço nacional de saúde da Grã-Bretanha oferece um serviço gratuito de aconselhamento para pessoas que queiram largar o cigarro. O estudo europeu destaca que iniciativas como essa 'resultam num maior número de fumantes engajados em parar de fumar'.
 
Conclusão
Os resultados da pesquisa concluíram que o investimento em prevenção, tratamento e pesquisa de doenças ligadas ao pulmão deve ser priorizado.
 
'Tanto o tratamento quanto a prevenção de doenças pulmonares devem melhorar se quisermos reduzir o impacto (do problema) na longevidade, qualidade de vida e economia dos países Europeus e em todo o mundo', afirma Francesco Blasi, presidente da European Respiratory Society.
 
Para o professor Richard Hunnard, da British Lung Foundation, o estudo europeu mostra o real problema causado pelas doenças respiratórias da Grã-Bretanha.
 
'Doenças como o câncer de pulmão e DPOC mata milhares de pessoas todos os anos, mas existem ainda outros 40 tipos diferentes de doenças pulmonares. Índices de mortalidade por fibrose pulmonar idiopática (doença em que os alvéolos se transformam num tecido rígido chamado fibrose e param de funcionar) e mesotelioma (câncer considerado raro, que acomete dentre outros órgãos a pleura - a membrana que envolve o pulmão), têm crescido progressivamente por décadas', ressalta Hunnard.
 
'Se levarmos tudo isso em consideração, é bem provável que cerca de um quarto das mortes na Grã-Bretanha a cada ano sejam causadas por doenças respiratórias - o mesmo número de mortes causadas por todos os outros tipos de câncer que não envolvem o pulmão', explica.
 
Ele ainda disse que os altos índices de morte na Grã-Bretanha associadas ao pulmão sugere que os pacientes estão procurando ajuda médica muito tarde.
 
BBC Brasil

ANS aguarda decisão da Justiça para voltar a suspender comercialização de 246 planos de saúde

Rio de Janeiro - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mantém a decisão de não aplicar a suspensão da venda de 246 planos de saúde operados por 26 empresas até que os tribunais regionais federais das 2ª e 3ª regiões decidam sobre os recursos do órgão.
 
A punição às operadoras seria uma consequência da falta de solução para os problemas apontados em reclamações de usuários no sistema de monitoramento de garantia de atendimento do órgão regulador. “A ANS não está infringindo qualquer decisão judicial neste momento. Está aguardando que a turma de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região se pronuncie e julgue o nosso agravo regimental e lá em São Paulo [Tribunal Regional Federal da 3ª Região] também, onde nós entramos com o recurso ontem (5)”, informou a assessoria da comunicação da agência.
 
No dia 22 de agosto, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, atendendo a solicitação da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), concedeu liminar parcialmente desfavorável à suspensão anunciada pela agência. Após ser intimada formalmente, a ANS decidiu não suspender os planos.
 
No dia 30 de agosto, a agência voltou à aplicação das suspensões depois do TRF da 2ª Região analisar o pedido de reconsideração feito pelo órgão regulador, mas na terça-feira (3), diante de outra liminar, agora da TRF da 3ª Região (São Paulo), a agência suspendeu a aplicação mais uma vez em cumprimento à decisão judicial.
 
De acordo com dados da ANS, no último ciclo de monitoramento, que começou no dia 19 de março e se estendeu até 18 de junho, houve 17.417 reclamações contra 552 operadoras em todo o país. Do total, 4.512 reclamações não foram resolvidas mesmo com as tentativas de intermediação de conflito entre o consumidor e as operadoras e 41% das reclamações se referiam às operadoras às quais a ANS determinou suspensão. 
 
Em nota, a FenaSaúde disse confiar que a melhor solução será adotada em benefício do sistema de saúde suplementar.
 
Agência Brasil

Humor: Diagnóstico

Florianópolis e Blumenau são suspensas do Mais Médicos

Brasília – O Ministério da Saúde suspendeu as cidades catarinenses de Florianópolis e Blumenau do Programa Mais Médicos por não aceitarem profissionais estrangeiros sem a revalidação do diploma.
 
As prefeituras aderiram ao programa, porém baixaram decretos determinando que não serão aceitos médicos formados no exterior sem o diploma revalidado pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida).
 
O ministério notificou os municípios informando que a medida provisória, que institui o Mais Médicos, prevê a atuação dos profissionais sem a revalidação do diploma e tem força de lei. Para continuar no programa, as cidades devem cancelar os decretos. Do contrário, serão descredenciadas do Mais Médicos.
 
Os profissionais selecionados para trabalhar em Florianópolis e Blumenau foram remanejados para outros municípios para que não fossem prejudicados, de acordo com o governo federal.
 
Lançado no dia 8 de julho, o Mais Médicos tem como uma das metas levar profissionais para atuar durante três anos na atenção básica à saúde em regiões carentes do Brasil. A medida provisória que cria o programa prevê que os médicos estrangeiros podem trabalhar no Mais Médicos sem precisar passar pelo Revalida. Se o médico quiser atuar em outro local, precisará passar pela revalidação do diploma.
 
Agência Brasil

Saúde reforça incentivo à amamentação

Brasília – Para incentivar hábitos saudáveis de alimentação desde a infância, e aumentar o número de crianças que só consomem leite materno até os 6 meses, o Ministério da Saúde instituiu ontem (6) a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, no Sistema Único de Saúde.
 
A estratégia repete ações de aleitamento e alimentação complementar saudável executadas pelo ministério. A Portaria 1.920, publicada na edição deontem (6) do Diário Oficial da União, informa que o objetivo é contribuir para a redução de práticas desestimuladoras da amamentação.
 
O governo pretende treinar os profissionais de saúde para a promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar como atividade de rotina das unidades básicas de Saúde. A estimativa do ministério é que 41% das mulheres amamentem seus bebês até os primeiros 6 meses.
 
Agência Brasil

Mato Grosso registra 32 mortes por causa da dengue

Brasília – Desde o início do ano até quinta-feira (5), Mato Grosso registrou a morte de 32 pessoas em decorrência da dengue. Mais cinco casos são analisados. No mesmo período, foram registradas 41.349 notificações da doença, sendo 106 casos graves.
 
De acordo com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso, neste período, a capital Cuiabá notificou 3.124 ocorrências de dengue, Rondonópolis 3.082, Sinop 7.686 e Várzea Grande 717. Em 2012, no mesmo período, foram anotados 35.429 casos.
 
No mesmo período, o Pará confirmou cinco mortes por dengue e 6.555 casos da doença, número que representa queda de 60% com relação ao mesmo período de 2012. Dos registros, 6.526 eram dengue clássica, 20 casos de dengue com complicações, cinco com febre hemorrágica e quatro com síndrome do choque da dengue.
 
Em Goiás, até o dia 31 de agosto, foram registrados 153.846 casos de dengue, com aumento de 512,37% comparado com 2012. O número de mortes também aumentou, 69,69% com relação ao ano passado. No período, 24 pessoas morreram por complicações relacionadas à doença.
 
Agência Brasil

Abuso de antidepressivos pode trazer problemas e efeitos colaterais


De acordo com o DSM, a depressão grave é diagnosticada se a  pessoa está
deprimida  e não tem interesse em atividades há pelo menos duas semanas,
além de apresentar mais cinco sintomas que interfiram no dia a dia
Para pesquisadores, muitos casos de tristeza comum estão sendo confundidos com depressão, o que estaria levando ao abuso de medicamentos
 
Ao longo das últimas duas décadas, o uso de antidepressivos disparou. Atualmente, um em cada 10 americanos toma medicação antidepressiva; entre as mulheres na faixa dos 40 e 50 anos, o número é de 1 a cada 4.
 
Os especialistas citam vários motivos para isso. A depressão é comum, e as dificuldades econômicas nos tornaram ainda mais estressados e angustiados. Há propagandas que promovem antidepressivos na televisão, e eles geralmente são cobertos pelos planos de seguros de saúde, mesmo que estes limitem os tratamentos psicoterápicos. Porém, um estudo recente sugere outra explicação: que a depressão está sendo diagnosticada em excesso, em uma escala extraordinária.
 
O estudo, publicado em abril no periódico Psychotherapy and Psychosomatics , revelou que quase dois terços de uma amostra de mais de cinco mil pacientes que tinham recebido diagnóstico de depressão nos últimos 12 meses não satisfaziam os critérios de classificação de um episódio depressivo grave, tal como descrito pela bíblia dos psiquiatras, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (ou DSM).
 
A pesquisa não foi a primeira a descobrir que os pacientes frequentemente recebem diagnósticos "falso-positivos" de depressão. Várias análises anteriores relataram que a precisão diagnóstica é baixa em consultórios de clínica geral, em grande parte porque a depressão grave é bastante rara nesse contexto.
           
Os idosos mostraram maior propensão para receber esse diagnóstico, revelou o estudo mais recente. Seis dos sete pacientes de 65 anos ou mais que receberam diagnóstico de depressão não se encaixam nos critérios. Pacientes com nível de instrução mais alto e aqueles com problemas de saúde se mostraram menos propensos a receber um diagnóstico impreciso.
 
A grande maioria dos indivíduos diagnosticados com depressão, com ou sem motivo, receberam medicação, disse o principal autor do estudo, Dr. Ramin Mojtabai, professor associado da Escola Johns Hopkins Bloomberg de Saúde Pública.
 
A maioria das pessoas continua a tomar os medicamentos - que podem ter vários efeitos colaterais - por pelo menos dois anos. Alguns os tomam por pelo menos uma década.
           
"Não se trata apenas de os médicos estarem prescrevendo mais. A população tem pedido mais medicamentos", disse Mojtabai. "Sentimentos de tristeza, o estresse da vida diária e problemas de relacionamento podem causar sentimentos de perturbação ou tristeza que podem ser passageiros e não durarem muito tempo. Entretanto, os americanos têm tomado cada vez mais antidepressivos para enfrentar esses sentimentos".
 
Por outro lado, no ano passado, a Faculdade Holandesa de Médicos de Clínica Geral recomendou que seus membros prescrevessem antidepressivos só em casos graves e, em vez disso, oferecer tratamento psicológico e outras formas de apoio na vida cotidiana. Autoridades observaram que os sintomas depressivos podem ser uma reação normal, passageira, de decepção ou perda.
           
Ironicamente, embora muitos pacientes nos Estados Unidos sejam inadequadamente diagnosticados com depressão, muitos que realmente sofrem da doença ficam sem tratamento. O Dr. Mark Olfson, professor de psiquiatria clínica no Centro Médico da Universidade de Columbia, disse que a partir do momento em que desenvolvem depressão, os americanos levam oito anos, em média, para buscar atendimento.
 
Diagnosticar a depressão é uma tarefa inerentemente subjetiva, disse o Dr. Jeffrey Lieberman, presidente da Associação Americana de Psiquiatria.
 
"Seria ótimo se pudéssemos fazer um exame de sangue, um teste de laboratório ou um eletrocardiograma", disse Lieberman, notando que as alegações semelhantes às de abuso de antidepressivos já foram feitas quanto a síndromes como déficit de atenção e hiperatividade. "O diagnóstico é feito pelos sintomas, pela história e pela observação."
 
O novo estudo atraiu 5.639 pessoas que tinham sido diagnosticadas com depressão, entre uma amostra representativa a nível nacional, de mais de 75 mil adultos que participaram da Pesquisa Nacional de Uso de Drogas e Saúde, em 2009 e 2010. Os sujeitos foram entrevistados pessoalmente com perguntas baseadas nos critérios do DSM-4.
           
Apenas 38,4 por cento dos participantes satisfizeram os critérios de diagnóstico de depressão durante o ano anterior, disse Mojtabai.
 
É possível que alguns dos participantes não tenha parecido estar deprimido porque já tinham sido tratados com sucesso, disse o Dr. Jeffrey Cain, presidente da Academia de Médicos de Família.
 
Talvez estivessem se sentindo melhores, o que pode ter mascarado a forma como eles responderam a perguntas sobre o passado.
 
"Se examino pessoas que estão sob tratamento medicamentoso contra a pressão arterial elevada, minha expectativa é de que elas estejam melhores quando eu as examino", disse Caim.
            
De acordo com o DSM, um diagnóstico de episódio depressivo grave é apropriado se o paciente se sente deprimido e não tem interesse em atividades há pelo menos duas semanas, e também se ele sofre de pelo menos cinco sintomas que prejudicam o seu funcionamento no cotidiano. Entre eles, há o ganho ou perda de peso não intencional, os problemas para dormir, reações agitadas ou lentas demais, notadas pelos outros, fadiga e pouca energia, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva, dificuldade de concentração e pensamentos recorrentes de morte.
 
"Nós não estamos apenas falando de alguém que está tendo um dia ruim ou discutiu com o cônjuge", disse Lieberman. "Estamos falando de algo grave, o que significa que esse algo é incapacitante e angustiante e não é transitório."
            
Muitos médicos prescrevem, há bastante tempo, antidepressivos a pessoas que acabam de perder um membro da família, apesar de o DSM recomendar que os médicos distingam o luto normal do luto patológico.
 
Um mulher nova-iorquina de 50 anos contou que seu médico receitou um antidepressivo poucas semanas após a morte de seu marido, embora ela acreditasse que seus sentimentos de choque e tristeza eram adequados.
 
"Ele me disse, 'Você tem viver de maneira funcional, você tem que manter seu emprego, você tem uma filha para criar'", disse a mulher, que pediu que seu nome não fosse citado porque poucos amigos ou membros de sua família souberam que ela estava tomando antidepressivos.
 
A maioria dos participantes do estudo não recebeu atendimento específico em saúde mental, mas Caim salientou que não ficou claro quem estava fazendo os diagnósticos equivocados: um psiquiatra, um médico não psiquiatra ou outro profissional, como uma enfermeira.
           
No entanto, embora um psiquiatra possa passar até 90 minutos com um paciente antes de dar um diagnóstico, os pacientes muitas vezes se sentem mais à vontade com seus médicos de cuidados primários, que raramente têm como dedicar tanto tempo assim a eles.
 
Lieberman sugeriu que apenas uma observação atenta pode ser apropriada em alguns casos, e que formas mais integradas de assistência médica podem em breve facilitar o encaminhamento dos pacientes para um profissional de saúde mental próximo.
 
Os médicos precisam aperfeiçoar suas habilidades de diagnóstico, disse Mojtabai, e devem resistir à tentação de "pegar o receituário, prescrever um antidepressivo e entregá-lo ao paciente."
 
The New York Times/iG

"Quando formos embora vão ficar com saudades", diz médica cubana

iG acompanhou profissionais inscritos no Mais Médicos no primeiro dia de folga após a chegada ao País. Para eles, reações negativas ficaram para trás: ‘O Brasil é um paraíso’

Embora passem a maior parte do tempo em sala de aula, os médicos cubanos que participam do programa Mais Médicos, do governo federal, já começam a se ambientar em solo brasileiro. A convite do iG , quatro desses profissionais aceitaram passear por Brasília no último domingo, seu primeiro dia de folga desde a chegada ao País. Para eles, as reações ruins da chegada em algumas cidades brasileiras pareciam distantes. O clima entre eles era de alegria e descontração.
 
 
No alojamento do Mosteiro de São Bento, onde está hospedada Mercedes Blanco, 49 anos, uma das médicas que passou o domingo com a reportagem, a manhã estava agitada: muitas mulheres lavavam e passavam roupas, outras acessavam a internet para falar com as famílias, outras conversavam despreocupadas, trocavam impressões sobre as atividades até aqui.
 
Mercedes, Carlos Alberto Del Llano, 42 anos, Tomás Isaguirre, 50, e René Villavicencio Rodrigues, 47, estavam curiosos para conhecer a cidade, mas não imaginavam conseguir o feito. O programa não prevê passeios e eles ainda não receberam recursos financeiros da bolsa oferecida pelo governo. Os trâmites burocráticos para abertura de contas não está terminado.
 
Alan Sampaio / iG Brasília
Cubanos fizeram questão de posar em frente ao Ministério da Saúde
Fotos e perguntas            
Durante seis horas, eles visitaram a Catedral, a Esplanada dos Ministérios, a Praça dos Três Poderes, a Torre de TV, o Parque da Cidade. Repetiam o tempo todo que acharam Brasília linda. Os quatro elegeram a Catedral como o monumento mais bonito da cidade. O Itamaraty apareceu em segundo na lista.
 
“O mais bonito da cidade é ela toda, como conjunto”, brincou. Ele, que irá morar em São Gabriel da Cachoeira (AM), era um dos que mais bombardeava a repórter de perguntas. Queria saber português. “Como vocês chamam isso (apontando para um degrau)?”, perguntava. “E isso (olhando para uma pamonha)?”, continuava.
 
As perguntas também demonstravam interesse pela história da cidade. Eles questionavam prédios, arquitetura, queriam enumerar os prédios construídos por Oscar Niemeyer – que também é famoso em Cuba, segundo eles – e entender por onde caminhavam. Tudo era registrado em muitas fotos e vídeos (com direito a explicação de cada cenário).
 
Impressões
A cada parada em uma barraca, eles contavam ser cubanos. Logo, alguém desconfiava que eles eram “os tais médicos”. Davam boas-vindas, agradeciam a presença deles no país. Nesses momentos, eles comentavam como foram bem recepcionados e como imaginavam que a vida seria daqui duas semanas, quando chegassem aos municípios onde vão atuar.
 
“Tivemos uma acolhida calorosa. O povo brasileiro é parecido com o cubano”, disse Mercedes. Eles sentem que, nos municípios, terão ainda mais apoio da população. “Acho que os que agrediram meus colegas cubanos têm medo do nosso trabalho, porque já soube que eles não tocam o paciente. Acho que estão com ciúmes de nós”, se diverte. "Quando formos embora vão ficar com saudades", brincou.
 
Carlos ressalta que as reações contrárias à presença deles não são inesperadas. Ele conta que, quando chegou à Venezuela, onde passou seis anos em missão, manifestantes jogaram pedras e urina nos médicos. “Quando fomos embora, eles nos abraçavam e agradeciam”, relembra. Ele também já deixou a família para atuar por três anos em Moçambique.
 
Experiências comuns
As conversas com os cubanos revelam que atuar em outros países faz parte de uma cultura. Desde jovens, são preparados para atuar onde as pessoas precisam deles. As “missões” como eles chamam essas incursões podem ser longas ou curtas, remuneradas ou não. O primeiro argumento apresentado por eles para a participação é sempre: solidariedade.
 
“Gosto muito da medicina, da minha profissão. Gosto de ajudar outras pessoas que necessitam da minha ajuda e aprender coisas novas. Esta é uma oportunidade”, afirma René, médico há 23 anos. Essa é a terceira vez que ele deixa a família para participar de uma missão. A primeira durou de 1997 até 2000, em Zâmbia, África. Depois, passou quatro anos na Venezuela.
 
Especialistas em medicina geral e integral, residência que dura três anos, René e Tomás trabalharam nos mesmos países. Tomás ficou mais tempo na Venezuela, oito anos. “Nossa motivação principal é a solidariedade. Não temos medo da situação da saúde brasileira”, diz. E, dizendo à repórter “escute”, completou: “Trabalhei na África. O Brasil é o paraíso”, sorriu.
 
Com 27 anos de experiência, Tomás tem mestrado em doenças infecciosas e especialização em câncer. Na cidade cubana em que vive, Artemisa, é responsável pelo atendimento de 1,5 mil pessoas.
 
A língua portuguesa, que eles estudaram durante um mês antes de vir, também não os espanta. “Onde chegarmos, teremos de aprender dialetos. É sempre assim”, conta Carlos.
 
Futuro
Os animados médicos lembram o tempo todo que não vieram para ficar. Mercedes, que já morou em Honduras e em Moçambique, quer passar uma temporada na Venezuela. Essas missões, ela admite, são uma oportunidade de fazer uma poupança. Discretos quando o assunto é dinheiro, eles não comentam muito as diferenças salariais.
 
“Isso não é um problema para nós. Somos cubanos. Nosso salário cubano está sendo recebido pela nossa família. Não precisamos de muito aqui. Quando morei em Moçambique, um recém-formado ganhava US$ 5 mil e eu muito menos. Mas eu sou cubana, tenho tudo que preciso no meu país”, pondera.
 
Eles pretendem levar na bagagem presentes brasileiros aos filhos – alguns pediram camisas da seleção de futebol – mais dinheiro e, principalmente, muitas histórias para contar.
 
iG

Transformador do Hospital Vila Penteado explode e cancela cirurgias

Wanderley Preite Sobrinho/iG
Transformador após o curto que iniciou um incêndio contido
pelos funcionários
Esta é a 2ª vez em três meses que o problema acontece no hospital estadual, referência em cirurgia de queimados
 
O transformador de energia do Hospital Estadual Vila Penteado, na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo, sofreu um curto-circuito no início da tarde desta sexta-feira (6), provocando o cancelamento das cirurgias previstas.
 
Referência em cirurgia plástica para queimados, o complexo está às escuras desde 11h45, quando um forte barulho provocou uma explosão no transformador, provocando um início de incêndio.
 
Sob sigilo, um funcionário do hospital garantiu que não havia bombeiros de plantão e que, por essa razão, o fogo foi controlado pelos próprios colegas de trabalho.
 
Com cerca de 70% do prédio sem luz, 15 cirurgias marcadas para hoje foram canceladas. A fila de atendimento vem aumentando porque as fichas estão sendo preenchidas à mão.
 
Divulgação
Hospital Estadual Vila Penteado começou a ser construído em 1986 e foi concluído em 1990
 
Repetição
Esta é a segunda vez que o problema acontece no Vila Penteado. Em junho, o mesmo defeito cancelou as cirurgias programadas.
 
Além de operar vítimas de queimaduras, o hospital trata de traumas ortopédicos e buço-maxilo-facial.
 
O complexo também atende emergências médicas e ocorrências em pediatria, ginecologia e obstetrícia.
 
O iG entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde, que até a publicação desta reportagem não havia recebido nenhuma informação sobre o ocorrido.
 
iG

Merenda é suspeita de causar intoxicação em alunos da rede pública de São Paulo

Secretaria Estadual da Educação enviou equipe de supervisores para inspecionar a merenda da escola
 
Vinte e cinco crianças entre 10 e 12 anos foram socorridas por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na manhã desta sexta-feira (6), com dores abdominais e vômito na Escola Estadual Condomínio Vargem Grande II, em Parelheiros, zona sul de São Paulo. A suspeita é de que os alunos tenham ingerido comida contaminada na escola.
           
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, dez crianças foram encaminhadas à Assistência Médica Ambulatorial (AMA) Parelheiros e as outras 15 foram distribuídas por três hospitais no Jabaquara, no Grajaú e em Pedreiras.
 
A Secretaria Estadual da Educação afirmou que já enviou uma equipe de supervisores ao local para inspecionar a merenda. Ainda não se sabe o que causou o mal-estar nas crianças.
 
Interior
Em Sorocaba, pelo menos 14 alunos também passaram mal depois de comer a merenda escolar servida na tarde dessa quinta-feira, 5, na Escola Estadual Antônio Miguel Pereira Júnior, no bairro Central Parque, zona oeste da cidade.
 
Os estudantes do ensino fundamental, com idade entre 13 e 14 anos, procuraram a direção do colégio para relatar o problema. Eles haviam consumido cachorro-quente - salsicha com molho no pão - e tomado suco. Alguns estudantes reclamaram que o molho usado no lanche tinha gosto ácido.
 
Dez alunos tiveram de receber atendimento numa unidade pré-hospitalar da região. Com suspeita de intoxicação alimentar, os estudantes foram medicados com soro. A mãe de uma das vítimas, Ana Cristina Damasceno Gomes, procurou a Delegacia de Polícia para registrar um boletim de ocorrência.
 
A Secretaria de Estadual da Educação informou que repassa a verba para a compra dos alimentos à prefeitura de Sorocaba, que se incumbe da compra e preparação da merenda. De acordo com a administração municipal, o preparo da merenda é acompanhado por uma nutricionista. Foram coletadas amostras dos alimentos para exames.
 
Agência Estado