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domingo, 15 de setembro de 2013

Hemangioma é comum em recém-nascidos; manchas vermelhas merecem atenção

Surgido a partir do acúmulo de vasos sanguíneos, geralmente não causam problemas, mas os pais devem ficar atentos à evolução e à localização do tumor
 
Um problema comum entre recém-nascidos, o hemangioma ainda tem várias teorias sobre sua formação, mas nenhuma totalmente confirmada.
 
O tumor acontece quando há um acúmulo de vasos sanguíneos sob a pele ou órgãos internos, que aparecem em forma de manchas avermelhadas ou arroxeadas. 
 
De acordo com a pediatra Andréa Gadelha Nóbrega Lins, essas manchas aparecem nas primeiras semanas de vida.
 
“Quando se percebe que a criança tem esse acúmulo de vasos, os pais devem procurar um pediatra para que ele indique qual o melhor tratamento, pois são vários e vão depender de onde eles estejam.”
 
O hemangioma é benigno. Porém, quando os vasos se acumulam próximo a órgãos, pode haver perigos de restrições físicas que trarão problemas mais graves.

“Há crianças que correm riscos quando o hemangioma se encontra no nariz, tapando as vias aéreas e impedindo que elas respirem adequadamente.
 
Há também o risco de eles surgirem próximos aos olhos.
 
O crescimento é rápido e pode acontecer nas duas primeiras semanas de vida”, explica. Em casos graves, o hemangioma pode, por exemplo, levar à cegueira.
 
A incidência é de três a cinco crianças com o problema a cada 100 nascidas.

A pediatra e mestre em dermatologia pediátrica Adriana Maria da Silva Serra diz que a involução espontânea é o mais esperado nos casos.
 
Ela explica que o hemangioma tem crescimento no período proliferativo, que acontece até o primeiro ano do bebê.
 
“Depois, ele estabiliza. Além disso, é mais comum no sexo feminino e 50% dos casos aparecem no polo cefálico.”

Saúde Plena

Vitamina D: saúde que vem do sol

Médico americano lança um livro no qual reforça o quão poderosa é a vitamina D e garante que o melhor meio de produzi-la é mesmo se expor ao sol
 
Não raro, a ciência e a medicina nos confundem. Isso acontece com a vitamina D, por exemplo, produzida pelo organismo, principalmente, a partir da exposição à luz solar. O problema, como explica Michael Holick, endocrinologista, professor e pesquisador, é que, para que o corpo a produza, é preciso tomar sol entre 10h e 15h, período completamente diferente daquele considerado seguro. “O horário do dia faz diferença, pois o sol muda de ângulo. É muito difícil produzir vitamina D nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde, mesmo durante o verão”, justificou o especialista em seu recém-lançado livro Vitamina D — Como um tratamento tão simples pode reverter doenças tão importantes (Editora Fundamento).

A vida moderna, agitada e, geralmente, enclausurada em escritórios à prova de luz natural, porém, nos afasta do sol. Também o medo das complicações provocadas pelo excesso da exposição nos faz evitá-lo. O que o médico salienta é que psoríase, doenças cardíacas e autoimunes, depressão, insônia, artrite, fibromialgia, autismo, diabetes e outras enfermidades podem ser prevenidas com a vitamina D. Mas, para isso, é preciso tomar sol. “A vitamina D pode reduzir o risco de muitas doenças ao longo da vida”, reforça Michael Holick. “Tomar sol faz as pessoas se sentirem melhores e deixa os ossos fortes, prevenindo fraturas no futuro.”
 
A maioria das pessoas pensa que a vitamina D é importante apenas para ajudar o corpo a absorver o cálcio. Quais seriam os outros benefícios?
Para a vitamina D funcionar, ela tem que interagir com um receptor, que existe no intestino, nos ossos e também no cérebro, no coração, nos pulmões. Basicamente, todos os tecidos e células do corpo têm o receptor para vitamina D, incluindo as células imunológicas. Então, não é uma surpresa que ela tenha outros benefícios importantes para a saúde. Sabemos que a maioria das grávidas apresentam uma deficiência de vitamina D, então têm maiores riscos de pré-eclâmpsia (doença no qual a gestante desenvolve hipertensão). Também é mais provável que elas precisem de uma cesariana, pois a vitamina D é muito importante para o funcionamento dos músculos. Há evidências de que, se recém-nascidos tivessem quantidades adequadas da vitamina, isso poderia diminuir em quase 88% o risco de eles desenvolverem diabetes tipo 1 em idades mais avançadas. Estudos associam a deficiência dela à esclerose múltipla e a outras doenças crônicas. Há boas evidências de que reduza o risco de infecções, tanto em adultos quanto em crianças, além do risco de cânceres sérios, como de próstata, de mama e de outros tipos. Como o cérebro é um receptor de vitamina D, as pessoas se sentem bem quando expostas à luz do sol. Há também evidências de que algumas disfunções neurológicas, como esquizofrenia e depressão, têm sido associadas com a deficiência dessa vitamina.

Por que a recomendação é que se tome sol principalmente nos braços e nas pernas?
A razão se baseia na “regra dos nove”: 18% do seu corpo está dividido entre seus dois braços; 36% nas suas pernas; 18% na sua barriga tórax; 18% nas suas costas; apenas 9% no seu rosto e 1% no resto. Seu rosto é a parte mais exposta ao sol e não há razão para expô-lo ainda mais, além de ser a área mais propensa a desenvolver câncer de pele. Então, se você expõe os braços e as pernas, não terá câncer de pele, porque eles não pegam tanto sol assim e ainda estará expondo quase 30%, 40% da superfície do seu corpo.

Qual deve ser esse horário de exposição?

Entre 10 horas da manhã e 15 horas. Antes disso, os raios são pobres em radiação UVB, necessária para garantir uma produção considerável de vitamina D. Logo cedo ou no fim da tarde, a luz do sol é igual aos raios solares do inverno. Nesses horários, você não pode produzir vitamina D, mesmo que tenha um elevado índice de raios UVB. Você só começa a produzi-la depois das 10h e o processo termina por volta das 15h.

Em locais como o Brasil, onde o sol parece ser mais forte do que em outros lugares, é possível produzir e absorver quantidades maiores de vitamina D?
Aqui, você precisa se expor a menos luz do sol para produzir a mesma quantidade de vitamina D do que uma pessoa que vive em Boston, por exemplo. Geralmente, recomendo ficar exposto cerca de 30% a 50% do tempo que demoraria para ter uma queimadura solar, duas a três vezes por semana, seguido de boa proteção solar. Nós desenvolvemos recentemente um aplicativo para celular chamado D Minder, que diz se a pessoa está produzindo vitamina D. O usuário insere seu tipo de pele e o aplicativo avisa quando a pessoa deve sair do sol, pois está sendo exposto demais. É um jeito de tirar vantagens dos efeitos benéficos do sol sem correr riscos.

Crianças e idosos precisam se expor mais ao sol do que adultos?
Conforme você envelhece, não produz tanta vitamina D, mas estudos mostram que mesmo idosos de 70, 80 anos, tanto homens quanto mulheres, se expostos à luz do sol pelo período de tempo recomendado, produzem uma quantidade adequada da vitamina.

É possível consumir vitamina D por meio de alimentos?
O problema é que não há vitamina D em muitos alimentos. Apenas peixes oleosos, como o salmão, têm vitamina D, mas ainda assim você teria que comê-lo todos os dias. Cogumelos expostos ao sol também têm. E é isso. Como resultado, se não houver nenhuma exposição ao sol, todos serão deficientes em vitamina D.

Há sintomas indicativos de que a pessoa está com deficiência de vitamina D?
Os sintomas são muito inespecíficos. Geralmente, crianças e adultos sentem-se cansados; têm dores nos músculos e nos ossos; não querem se levantar da cama pela manhã.

Quanto tempo depois de começar a se expor ao sol ou a tomar suplementos vitamínicos uma pessoa com deficiência de vitamina D começa a se sentir melhor?
De modo geral, levam-se meses para uma pessoa se tornar deficiente da vitamina. Então, geralmente passam várias semanas até que a pessoa comece a melhorar. Eu recomendo às crianças mil unidades de vitamina D por dia e dois mil unidades diárias para adultos.

O senhor pesquisa esse tema há cerca de 30 anos, mas a importância da vitamina D para a saúde parece ser uma preocupação mais recente. Por que acha que o assunto está despertando atenção das pessoas agora?
Apenas na última década começaram a surgir muitas publicações sobre o assunto, que demonstraram os benefícios da vitamina D, incluindo a redução do risco de doenças cardíacas e diabetes. O principal motivo desse interesse é que os pesquisadores e as pessoas estão finalmente começando a prestar atenção à mensagem de nunca se expor ao sol sem protetor solar. Isso agora está causando um grande problema médico, que é a deficiência em vitamina D. Mais e mais revelações estão surgindo sobre os benefícios dessa vitamina. Como tudo na vida, moderação é o caminho. Então, o ideal é tirar vantagem da exposição solar e usar protetor para não ter queimaduras nem aumentar o risco de desenvolver câncer de pele. A maioria dos melanomas, inclusive, ocorrem nas áreas menos expostas ao sol. São aqueles que ficam com queimaduras por ficarem na praia aos fins de semana que têm alto risco da doença.

Saúde Plena

Mundo pode evitar gastos de U$ 47 bilhões em tratamentos de saúde

Segundo o relatório, se não houver investimento, 1 milhão de pessoas no mundo morrerão de tuberculose
Foto: UN Photo/Fardin Waezi
Segundo o relatório, se não houver investimento, 1 milhão de
pessoas no mundo morrerão de tuberculose
A afirmação é de relatório do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, divulgado nesta quinta-feira
 
Segundo relatório do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, divulgado nesta quinta-feira (12), o mundo poderia evitar gastos de US$ 47 bilhões (cerca R$ 106 bilhões) em tratamentos de saúde.
 
O documento destaca que se os países não que investirem no Fundo, podem registrar, a cada ano, 2,6 milhões de novas infecções por HIV, com outras 196 mil vidas perdidas pela malária.
 
O Fundo Global pede aos doadores a garantia de pelo menos US$ 15 bilhões para 2013. Os investimentos adequados poderiam garantir tratamento para 3 milhões de pessoas contra tuberculose e prevenir 430 milhões de casos de malária.
 
Ainda segundo o relatório, se não houver investimento, 1 milhão de pessoas no mundo morrerão de tuberculose. Os especialistas explicam que se a doença não for tratada agora, a um custo de US$ 30 por paciente, no futuro, esse valor pode aumentar até mil vezes para realizar o mesmo cuidado médico.
 
Para o período entre 2014 e 2016, o Fundo e seus parceiros técnicos calculam que serão necessários US$ 87 bilhões de dólares para combater e manter sob controle as três doenças em países de baixa e média rendas.
 
Na última década houve um grande progresso na luta contra esses problemas. Em 2000, por exemplo, apenas 50 mil pessoas recebiam o coquetel antirretroviral na África Subsaariana. Esse número passou para mais de 7 milhões em 2011.
 
Em relação à tuberculose, no mesmo período, o índice de detecção passou de 43% para 66% e o de sucesso no tratamento de 67% para 87% entre os países com o maior número de casos.
 
A malária tem o resultado mais expressivo. Segundo o relatório, houve uma redução de 90% nas mortes entre as crianças.
 
Falando sobre os benefícios do combate a essas doenças, o Fundo Global explicou que para cada dólar investido na luta contra o HIV, há um retorno de US$ 12. A economia nos gastos aumenta para US$ 20 no caso da malária e US$ 30 na tuberculose.
 
Isaude.net

Testes com medicamentos contra o coronavírus têm resultado positivo

Imagem divulgada pela agência britânica de proteção à saúde mostra o coronavírus visto ao microscópio (Foto: AFP)
Foto: AFP
Coronavírus visto ao microscópio
Combinação de remédios teve efeitos benéficos em macacos infectados. Ribavirina e interferon alfa 2b agiram contra dano pulmonar e replicação viral
 
Pesquisadores americanos e europeus realizaram testes em macacos infectados com o coronavírus Mers (sigla para Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio) e descobriram que o tratamento com dois medicamentos combinados reduziu a replicação viral e danos pulmonares causados pela infecção.
 
O estudo com os resultados foi publicado nesta semana na revista "Nature Medicine".
 
Os cientistas apontam que uma combinação da ribavirina e do interferon alfa 2b, medicamentos normalmente utilizados para tratar a hepatite C, pode funcionar em tratamentos contra o coronavírus.
 
A pesquisa incluiu especialistas da Universidade de Washington, em Seattle, e do Instituto Nacional para a Alergia e Doenças Infecciosas, ambos nos EUA. Além deles, pesquisadores da Universidade Pierre e Marie Curie, na França, participaram do estudo.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) havia anunciado, em agosto, que ao menos 102 pessoas foram infectadas com o coronavírus em 2012, sendo que quase a metade destes pacientes morreu.
 
Identificado pela primeira vez na Arábia Saudita, no ano passado, o vírus já causou 45 mortes no país, de acordo com a Reuters. A infecção costuma causar tosse, febre e pneumonia, diz a agência.
 
"Como os dois medicamentos estão facilmente disponíveis, eles poderiam ser utilizados para tratar pacientes infectados com o coronavírus", afirmou a pesquisadora Angela Rasmussen, uma das autoras do estudo, em entrevista ao site da Universidade de Washington.
 
Atualmente não há tratamento efetivo contra a infecção, dizem os cientistas. Ao invés de atingir diretamente o vírus, como a maioria dos antivirais, o que os remédios fazem é "ajustar" a resposta imunológica do organismo e auxiliar no reparo de tecido pulmonar danificado.
 
A pesquisadora aponta que novos estudos precisam ser realizados e que outros medicamentos com a capacidade de "modular" a resposta do organismo à infecção viral podem ser efetivos contra o coronavírus.
 
G1

Jornal Nacional encontra falhas no Cartão Nacional de Saúde

Abuso de antidepressivos pode trazer problemas e efeitos colaterais

Os especialistas citam vários motivos para isso. A depressão é comum, e as dificuldades econômicas nos tornaram ainda mais estressados e angustiados
 
Há propagandas que promovem antidepressivos na televisão, e eles geralmente são cobertos pelos planos de seguros de saúde, mesmo que estes limitem os tratamentos psicoterápicos. Porém, um estudo recente sugere outra explicação: que a depressão está sendo diagnosticada em excesso, em uma escala extraordinária.
 
O estudo, publicado em abril no periódico Psychotherapy and Psychosomatics , revelou que quase dois terços de uma amostra de mais de cinco mil pacientes que tinham recebido diagnóstico de depressão nos últimos 12 meses não satisfaziam os critérios de classificação de um episódio depressivo grave, tal como descrito pela bíblia dos psiquiatras, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (ou DSM).
 
A pesquisa não foi a primeira a descobrir que os pacientes frequentemente recebem diagnósticos "falso-positivos" de depressão. Várias análises anteriores relataram que a precisão diagnóstica é baixa em consultórios de clínica geral, em grande parte porque a depressão grave é bastante rara nesse contexto.
 
Os idosos mostraram maior propensão para receber esse diagnóstico, revelou o estudo mais recente. Seis dos sete pacientes de 65 anos ou mais que receberam diagnóstico de depressão não se encaixam nos critérios. Pacientes com nível de instrução mais alto e aqueles com problemas de saúde se mostraram menos propensos a receber um diagnóstico impreciso.
 
A grande maioria dos indivíduos diagnosticados com depressão, com ou sem motivo, receberam medicação, disse o principal autor do estudo, Dr. Ramin Mojtabai, professor associado da Escola Johns Hopkins Bloomberg de Saúde Pública. A maioria das pessoas continua a tomar os medicamentos - que podem ter vários efeitos colaterais - por pelo menos dois anos. Alguns os tomam por pelo menos uma década.
 
"Não se trata apenas de os médicos estarem prescrevendo mais. A população tem pedido mais medicamentos", disse Mojtabai. "Sentimentos de tristeza, o estresse da vida diária e problemas de relacionamento podem causar sentimentos de perturbação ou tristeza que podem ser passageiros e não durarem muito tempo. Entretanto, os americanos têm tomado cada vez mais antidepressivos para enfrentar esses sentimentos".
 
Por outro lado, no ano passado, a Faculdade Holandesa de Médicos de Clínica Geral recomendou que seus membros prescrevessem antidepressivos só em casos graves e, em vez disso, oferecer tratamento psicológico e outras formas de apoio na vida cotidiana. Autoridades observaram que os sintomas depressivos podem ser uma reação normal, passageira, de decepção ou perda.
 
Ironicamente, embora muitos pacientes nos Estados Unidos sejam inadequadamente diagnosticados com depressão, muitos que realmente sofrem da doença ficam sem tratamento. O Dr. Mark Olfson, professor de psiquiatria clínica no Centro Médico da Universidade de Columbia, disse que a partir do momento em que desenvolvem depressão, os americanos levam oito anos, em média, para buscar atendimento. Diagnosticar a depressão é uma tarefa inerentemente subjetiva, disse o Dr. Jeffrey Lieberman, presidente da Associação Americana de Psiquiatria.
 
"Seria ótimo se pudéssemos fazer um exame de sangue, um teste de laboratório ou um eletrocardiograma", disse Lieberman, notando que as alegações semelhantes às de abuso de antidepressivos já foram feitas quanto a síndromes como déficit de atenção e hiperatividade. "O diagnóstico é feito pelos sintomas, pela história e pela observação."
 
O novo estudo atraiu 5.639 pessoas que tinham sido diagnosticadas com depressão, entre uma amostra representativa a nível nacional, de mais de 75 mil adultos que participaram da Pesquisa Nacional de Uso de Drogas e Saúde , em 2009 e 2010. Os sujeitos foram entrevistados pessoalmente com perguntas baseadas nos critérios do DSM-4. Apenas 38,4 por cento dos participantes satisfizeram os critérios de diagnóstico de depressão durante o ano anterior, disse Mojtabai.
 
É possível que alguns dos participantes não tenha parecido estar deprimido porque já tinham sido tratados com sucesso, disse o Dr. Jeffrey Cain, presidente da Academia de Médicos de Família. Talvez estivessem se sentindo melhores, o que pode ter mascarado a forma como eles responderam a perguntas sobre o passado. "Se examino pessoas que estão sob tratamento medicamentoso contra a pressão arterial elevada, minha expectativa é de que elas estejam melhores quando eu as examino", disse Caim.
 
De acordo com o DSM, um diagnóstico de episódio depressivo grave é apropriado se o paciente se sente deprimido e não tem interesse em atividades há pelo menos duas semanas, e também se ele sofre de pelo menos cinco sintomas que prejudicam o seu funcionamento no cotidiano. Entre eles, há o ganho ou perda de peso não intencional, os problemas para dormir, reações agitadas ou lentas demais, notadas pelos outros, fadiga e pouca energia, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva, dificuldade de concentração e pensamentos recorrentes de morte.
 
"Nós não estamos apenas falando de alguém que está tendo um dia ruim ou discutiu com o cônjuge", disse Lieberman. "Estamos falando de algo grave, o que significa que esse algo é incapacitante e angustiante e não é transitório." Muitos médicos prescrevem, há bastante tempo, antidepressivos a pessoas que acabam de perder um membro da família, apesar de o DSM recomendar que os médicos distingam o luto normal do luto patológico.
 
Um mulher nova-iorquina de 50 anos contou que seu médico receitou um antidepressivo poucas semanas após a morte de seu marido, embora ela acreditasse que seus sentimentos de choque e tristeza eram adequados. "Ele me disse, 'Você tem viver de maneira funcional, você tem que manter seu emprego, você tem uma filha para criar'", disse a mulher, que pediu que seu nome não fosse citado porque poucos amigos ou membros de sua família souberam que ela estava tomando antidepressivos.
 
A maioria dos participantes do estudo não recebeu atendimento específico em saúde mental, mas Caim salientou que não ficou claro quem estava fazendo os diagnósticos equivocados: um psiquiatra, um médico não psiquiatra ou outro profissional, como uma enfermeira.
 
No entanto, embora um psiquiatra possa passar até 90 minutos com um paciente antes de dar um diagnóstico, os pacientes muitas vezes se sentem mais à vontade com seus médicos de cuidados primários, que raramente têm como dedicar tanto tempo assim a eles.
 
Lieberman sugeriu que apenas uma observação atenta pode ser apropriada em alguns casos, e que formas mais integradas de assistência médica podem em breve facilitar o encaminhamento dos pacientes para um profissional de saúde mental próximo.
 
Os médicos precisam aperfeiçoar suas habilidades de diagnóstico, disse Mojtabai, e devem resistir à tentação de "pegar o receituário, prescrever um antidepressivo e entregá-lo ao paciente."
 
iG

Anvisa e a indústria farmacêutica

Todos setores relacionados a produtos e serviços com reflexo potencial à saúde da população brasileira sofrem regulação da ANVISA

Afinal, essa é a mais abrangente autarquia da administração indireta da União.

A Anvisa tem, portanto, função determinante em qualquer investimento no mercado farmacêutico.

Autarquia de natureza técnico-científica, as ações da ANVISA têm efeito indutor sobre a produção e consumo de medicamentos.

A depender de suas ações no cumprimento de políticas públicas na área de saúde, inclusive, essa agência reguladora produz efeitos sobre a arrecadação.

O Fisco e o contribuinte sofrem, enfim, com a burocracia estrutural da Anvisa.

Recentes alterações normativas podem, afinal, alterar esse quadro negativo do setor.

Percebe-se, ao menos preliminarmente, que a Anvisa atendeu às solicitações do setor farmacêutico.

É preciso lembrar que o investidor, por natureza, procura sempre o ambiente menos hostil ao capital, numa lógica liberal inexorável.

Sob a perspectiva estrutural da Anvisa, um novo conselho consultivo deve trazer descentralização na tomada de decisões técnicas, agilizando os processos normativos, autorizativos e fiscalizatórios.

O conselho sofrerá consultas sobre novas tecnologias em saúde.

Esses implementos tecnológicos são passíveis de incentivo fiscal, com redução de carga tributária para a indústria brasileira.

O Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e Ministério da Fazenda têm o potencial de incentivar o desenvolvimento tecnológico.

Para dar cumprimento às políticas públicas de saúde, consideradas emergenciais para um país que sequer atende os requisitos internacionalmente aceitos, a promessa de liberação em três meses de medicamentos prioritários merece elogio. Vacinas, remédios para tratamento de Aids, enfim, o tratamento eficiente de epidemias e pandemias melhora o índice de desenvolvimento humano - IDH.

Quando maior o IDH, potencialmente, se dá um incremento na capacidade contributiva do cidadão.

No plano dos investimentos externos e internos, a boa notícia veio para as operações de fusão e aquisição de empresas do setor.

A autorização de transferência de titularidade de registro de medicamentos no caso de aquisição de empresas, sempre que não se modifique o processo de produção, permite que empresas sejam adquiridas sem ter que passar pelo problema do novo registro de medicamentos.

Isso vinha afastando os novos investimentos no setor, pois o empresário adquirente poderia ter que esperar até dois anos para entrar no mercado, com alto risco de perda da clientela e demais condições motivadoras do negócio.

Com o novo decreto, o Brasil pode voltar à condição de polo atraente de investimentos. Isso, somado ao fato do

Estado ser um grande comprador de medicamentos, tende a reverter o processo de desinvestimento no setor.

As novas tecnologias também foram brindadas nesse processo de revitalização da Anvisa.

Um dos problemas dos setores de pesquisa científica, como a biotecnologia, sofrem com as dificuldades de importação de produtos destinados para pesquisa.

Os projetos de pesquisa precisam de produtos desenvolvidos em outras jurisdições mais avançadas em determinas tecnologias para desenvolverem as técnicas locais.

A descontinuidade de fabricação de medicamentos traz problemas de saúde pública, além de desrespeitarem os direitos do consumidor.

O desabastecimento é um problema concorrencial que merece atenção.

Mesmo com antecedência de 12 meses em casos críticos de descontinuidade, o desabastecimento desequilibra o mercado, com a consequente concentração de poder econômico, como prejuízos para a arrecadação plural.

A reversão da desindustrialização não parece tarefa fácil.

Afinal, foram anos de desmandos governamentais e perseguição ao capital investidor.

O Sistema Tributário foi totalmente descaracterizado por uma política neoliberal de desestruturação do Estado.

Visava o Fisco arrecadar e, para tanto, desrespeitou princípios e regras constitucionais, desenvolvidas com muito cuidado pelo constituinte de 1988. Ainda há tempo de reverter esse quadro."
 
ABRADILAN

Siameses recém-nascidos na China fazem consulta para avaliar quadro

Meninos gêmeos têm 24 dias e compartilham o coração e um rim. Possibilidade de cirurgia de separação é descartada pelos médicos

Imagem mais antiga dos dois irmãos, feita no dia 30 de agosto (Foto: Reuters/Stringer)
Foto: Reuters/Stringer
Imagem mais antiga dos dois irmãos, feita no dia 30 de agosto

Dois meninos siameses recém-nascidos na China são submetidos nesta quinta-feira (12) a uma consulta médica para avaliar o quadro deles.

Os gêmeos têm 24 dias de vida e, como compartilham o coração e um rim, a possibilidade de cirurgia é descartada.

Os irmãos estão internados no Hospital Infantil de Urumqi, na região autônoma uigur de Xinjiang, no oeste do país.

Reuters/G1

Custos médico-hospitalares de planos individuais aumentam 15,4%

Segundo matéria do Valor Econômico, alta dos materiais e medicamentos foi o principal fator
 
O Jornal Valor Econômico publicou  dia 10 de setembro matéria informando que, segundo dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), os custos médico-hospitalares dos planos de saúde individuais registraram aumento de 15,4% em 2012, a maior alta apurada desde 2007, quando o levantamento começou a ser realizado.
 
A alta no valor dos materiais e medicamentos usados em internações hospitalares foi a principal causa do aumento, segundo o IESS. "O item internação representa 62% dos gastos de uma operadora de plano de saúde e essa fatia vem aumentando ano a ano, sem nenhuma sinalização de que haverá uma reversão dessa tendência", disse Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS. Já os exames, consultas médicas e terapias responderam por 16%, 9% e 5%, respectivamente.
 
Carneiro afirma que há ganhos exagerados por parte de distribuidoras e importadoras de materiais como órteses e próteses. "Esse é um segmento sem regulação, pouco transparente e pulverizado. É comum um mesmo material ser comercializado por valores bem distintos", disse o executivo.
 
Por muitos anos, os hospitais também tiveram ganhos expressivos com materiais e medicamentos.
 
Mas essa prática, principalmente naqueles com melhor gestão, está diminuindo por conta de pressão das operadoras. Alguns convênios médicos chegam a comprar os materiais de alto custo diretamente do fabricante para evitar o custo da intermediação.
 
De acordo com um levantamento realizado pela Unidas, entidade que representa planos de saúde de autogestão (convênios médicos da própria empresa), em 2005 os materiais representavam 22,3% da despesa médico-hospitalar. Em 2010, essa participação saltou para 33%. Desta fatia, os gastos com órteses, próteses e materiais especiais representam 28,2%.
 
Há cerca de 10 milhões de planos de saúde individuais no país, o equivalente a cerca de 20% do setor. Neste ano, o reajuste concedido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para essa modalidade foi de 9%. Por conta do descasamento entre o aumento dos custos e o reajuste autorizado pela ANS, várias operadoras estão deixando de vender planos individuais. Há cerca de dois meses, a Amil e a Golden Cross interromperam sua atuação nesse segmento.
 
O setor como um todo também registrou aumento dos custos na casa dos 15%. Mas, entre os planos corporativos, o aumento de preços ficou próximo a esse percentual.
 
FENASEG

Anvisa suspende medicamento indicado para rinite alérgica

Produto Loratadina D, do laboratório Pharlab, deve ser retirado do mercado. Um lote de anti-inflamatório do mesmo laboratório também foi suspenso
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação e a venda do medicamento Loratadina D em comprimido, produzido pela indústria farmacêutica Pharlab.
 
A proibição vale para todo o país.

O motivo da suspensão, segundo a agência, é a alteração da formulação do remédio sem autorização prévia da Anvisa.
 
O remédio é um anti-histamínico indicado para aliviar os sintomas da rinite alérgica que tem em sua  composição loratadina e pseudoefedrina.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (10).
 
A resolução inclui ainda a suspensão de um lote do remédio anti-inflamatório Cedrilax 30, também produzido pelo laboratório Pharlab.
 
O motivo do banimento do lote 012509 do produto é o “desvio de qualidade em sua fabricação”.

Segundo a resolução, a empresa Pharlab deve recolher das farmácias o lote afetado do Cedrilax 30, além de todos os lotes de Loratadina D fabricados a partir de 2010.
 
As irregularidades foram constatadas em inspeção investigativa realizada pela Anvisa na empresa Pharlab, que tem sede em Lagoa da Prata, Minas Gerais.
 
 G1