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sábado, 12 de outubro de 2013

Cafeína em spray pode substituir xícaras da bebida

Recomenda-se que o produto seja usado no máximo seis vezes
em um período de quatro horas
De acordo com o fabricante, spray deve ser usado como um perfume 
 
Milhões de pessoas no mundo todo passam por este ritual logo pela manhã: tomar um café antes de começar a jornada de trabalho, ingerindo o estimulante contido na bebida que manterá a pessoa desperta para enfrentar as obrigações.
 
Mas, para os que não gostam do sabor do café ou não se sentem bem com a bebida, um ex-aluno da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, criou um spray de cafeína batizado de "Sprayable Energy" (energia pulverizada, em tradução livre).
 
Como o nome indica, é um spray que espalha uma solução de água e cafeína e pode ser aplicado na pele como se fosse um perfume.
 
O inventor do spray garante que ele proporciona um aumento da energia moderado e duradouro, pois a cafeína será absorvida pelo organismo em um ritmo constante e durante um período de várias horas.
 
"Estudei a estrutura molecular da cafeína e percebi que, como acontece com a nicotina, (ela) também pode ser absorvida através da pele", afirmou à BBC Mundo Ben Yu, um jovem de 21 anos que criou o produto junto com o pai.
 
— Quando se toma o café ou uma bebida energética, se sente um aumento (de energia) durante um período curto de tempo e logo vem a queda, enquanto com a energia em spray se recebe uma quantidade inferior de cafeína durante um período maior e a um ritmo constante. A cafeína em spray funciona melhor com as pessoas que são mais sensíveis a esta substância. São as que mais gostaram do projeto, já que não podem consumir as bebidas energéticas disponíveis no mercado, pois ficam muito nervosas.
 
Concentração
Yu afirma que o spray é composto de água, cafeína e tirosina, que, segundo ele, é um aminoácido que permite aumentar a concentração da cafeína na água.
 
A recomendação é que o produto seja usado no máximo seis vezes em um período de quatro horas e também não se deve ultrapassar as 24 pulverizações por dia.
 
Apesar de garantir que não há efeitos secundários, o "Sprayable Energy" não será vendido a menores de 18 anos e nem a mulheres grávidas.
 
Pelo fato de conter uma solução de água e cafeína, o produto não deverá passar por testes clínicos. Portanto, não há mais provas de sua eficácia além do que afirmam os criadores do spray. O diretor Mundo Sean Nordt, do Departamento de Toxicologia da Universidade do Sul da Califórnia, disse à BBC que "não tem muita certeza de que vai funcionar".
 
— Não duvido que tenha cafeína. O que não está tão claro é quanto de cafeína vai para a corrente sanguínea, levando em conta que a base principal do produto é a água.
 
De acordo com Nordt, o fato de um produto como este não passar por controles como os necessários para os medicamentos, por exemplo, faz com que não se tenha certeza sobre seus efeitos.
 
O especialista também alerta que "é preciso ter cuidado com a quantidade de cafeína que se consome, já que, em doses altas, como acontece com algumas bebidas energéticas, pode ser perigosa".
 
Além das questões ligadas à eficácia e segurança do spray de cafeína, muitos também poderão alegar que o produto jamais poderá substituir o prazer de uma boa xícara de café.
 
No entanto, ainda será preciso esperar para ver se o "Sprayable Energy" será um sucesso comercial.
 
Em agosto os inventores do projeto começaram a arrecadar verbas para sua fabricação com uma página de financiamento coletivo e, por enquanto, já superaram a marca dos US$ 160 mil (quase R$ 353 mil) arrecadados.
 
Em algumas semanas eles devem começar a fase do envio do produto a quem quiser comprar pela internet. Além disso, eles esperam que o spray chegue às lojas em 2014.
 
BBC Brasil/R7

OMS quer eliminar até 2020 termômetros e outros aparelhos que contêm mercúrio

OMS pretende eliminar desinfetantes e produtos cosméticos feitos
 à base de mercúrio que clareiam a pele
Substâncias pode provocar problemas neurológicos e no sistema digestivo
 
A OMS (Organização Mundial da Saúde) fez nesta sexta-feira (11), um apelo para a eliminação progressiva até 2020 dos termômetros e aparelhos de medição da tensão que contenham mercúrio, devido aos efeitos graves na saúde pública. Em comunicado divulgado em Genebra, na Suíça, a OMS diz que o apelo é feito em conjunto com a organização Health Care without Harm.
 
A operação, chamada Cuidados de Saúde sem Mercúrio até 2010, foi lançada para marcar a assinatura da Convenção de Minimatat sobre o Mercúrio nessa quinta-feira.
 
O mercúrio e os seus diferentes componentes são “uma preocupação para a saúde pública mundial e têm vários efeitos graves”, lembrou a OMS, citando uma série de problemas neurológicos, principalmente nos jovens. O mercúrio pode também ter efeitos nefastos nos rins e no sistema digestivo, acrescentou a organização.
 
A Convenção de Minimata autoriza a utilização de mercúrio nos termômetros apenas até o ano 2020, embora aceite algumas exceções até 2030, informou a OMS, acrescentando que as consequências do mercúrio para a saúde pública “são tão graves que tornam muito importante respeitar o prazo de 2020 fixado pela convenção”.
 
Segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan,“a assinatura da Convenção de Minimata sobre o mercúrio é um grande passo para a proteção definitiva das consequências devastadoras do mercúrio para a saúde”.
 
Segundo ela, o mercúrio é uma das 10 substâncias químicas que mais preocupam em relação à saúde pública. A convenção orienta os países sobre as medidas que devem ser adotadas para eliminar as formas mais nocivas de utilização do produto.
 
A OMS pretende ainda eliminar progressivamente os desinfetantes e produtos cosméticos que clareiam a pele e que são feitos à base de mercúrio. Além disso, quer elaborar um conjunto de medidas para eliminar a utilização do metal nos tratamentos dentários.
 
A Convenção de Minamata foi assinada em Kumamoto (Japão) e ficará aberta para adesões até 9 de outubro do próximo ano.

R7

Homem quase perde a perna depois de ser picado por aranha venenosa

Fotomontagem/R7
Veneno causou grande inchaço na coxa de Whitimore
Médicos conseguiram retirar o veneno; rapaz terá que aprender a andar novamente
 
O decorador Ricki Whitmore, de 39 anos, que mora em Essex, na Inglaterra, quase perdeu a perna após sofrer uma picada de aranha. Após passar por uma cirurgia para retirar todo o veneno, o rapaz terá que aprender a andar novamente. As informações são do site Daily Mail desta sexta-feira (11).
 
Durante o seu trabalho, o homem encontrou um ninho de aranhas na escola. Ao tentar tirar do seu caminho, uma delas, muito venenosa, conseguiu picá-lo, deixando uma ferida em sua perna.
 
Ao ir ao hospital, os médicos foram obrigados a cortar o membro para expulsar o veneno, já que, sua coxa dobrou de tamanho por causa do machucado.
 
Após a cirurgia, o decorador terá que passar por seis meses de fisioterapia especializada para voltar a andar novamente.
 
— Eu tive sorte de os médicos não terem amputado a minha perna.
 
Whitmore é uma entre várias vítimas de picadas de aranha em todo o país. Em época de frio, muitos dos aracnídeos preparam os seus ninhos em diversos lugares para fugir do clima gelado.
 
Outros casos
Não foi só Whitmore que passou por essa situação. O jogador de futebol Devon, de 22 anos, também passou por uma cirurgia de emergência após sofrer uma picada de aranha.
 
Já o britânico Steve Harris ficou com um corte enorme em uma das laterais do abdome, depois que os médicos abriram a região para retirar todo o veneno.
 
— Eu nunca senti tanta dor em toda a minha vida. Eu ainda não consigo dormir direito e ainda é quase impossível entrar e sair do carro e não sentir nada.
 
No sul de Londres, houve também casos iguais a esse. O adolescente William Fraser, de 14 anos, sofreu uma picada de aranha em seu antebraço. Ao final do dia, seu estado de saúde piorou.
 
Ao ir ao hospital, médicos aplicaram uma dose forte de penicilina e, com isso, seu quadro melhorou.
 
Segundos especialistas sobre aracnídeos, as aranhas só picam quando se sentem ameaçadas.
 
R7

Bactéria que vive na água salgada mata pelo menos 10 pessoas na Flórida

Vibrio vulnificus
Pelo menos 10 pessoas morreram e outras 32 adoeceram na Flórida neste ano após contrair uma perigosa bactéria que vive na água marinha e que devora carne, confirmou nesta sexta-feira o Departamento de Saúde do estado.
 
Dois dos falecidos residiam no condado de Broward, ao norte de Miami, e o resto, um em cada condado, em Flagler, Glades, Lee, Leon, Monroe, Okaloosa, Santa Rosa e Walton. Em Hillsborough foram detectados quatro casos (o número mais alto nos condados da Flórida) de infectados pela bactéria "Vibrio vulnificus", embora nenhum deles tenha resultado em morte.
 
As mortes mais recentes são um homem de cerca de 50 anos, residente no condado de Lee, que faleceu em setembro após se banhar nas águas do Golfo do México, e um turista de cerca 60 anos que faleceu em julho nas mesmas águas, ambos após serem infectados pela bactéria.
 
Segundo as autoridades médicas, os dois homens contraíram a bactéria através de algum ferimento aberto na pele. Os outros cinco afetados, todos eles residentes no citado condado, contraíram uma variedade de "Vibrio vulnificus" menos perigosa.
 
Esta bactéria, que penetra no corpo através de um ferimento e precisa ser tratada com antibióticos, costuma afetar especialmente idosos ou pessoas com problemas em seus sistemas imunológicos ou cortes na pele que entraram em contato com água marinha infectada.
 
O condado de Lee costuma registrar uma média anual de cinco casos de infectados por esta bactéria. Além disso, uma mulher de 84 anos que contraiu esta infecção teve que amputar a perna em um hospital de Naples, no litoral sudoeste da Flórida. O "Vibrio vulnificus" pertence à família do germe que causa a cólera e costuma se encontrar em águas cálidas salubres, embora também pode ser detectada em marisco cru como ostras.
 
Os sintomas mais comuns são vômitos, diarreia e dor de abdômen. A infecção também pode ocasionar úlceras na pele das pessoas afetadas.
 
No começo de outubro, um homem residente no norte do estado foi hospitalizado após contrair esta bactéria ao ser atacado por um caranguejo e, no final de setembro, outro homem faleceu apenas 28 horas após estar em contato também com caranguejos que estavam em armadilhas colocadas no rio Halifax, no centro da Flórida
 
EFE

Ovo: um tesouro da culinária em prol do combate à fome mundial

Teorias à parte sobre se o que veio primeiro foi o ovo ou a galinha, é inegável que a natureza presenteou a humanidade com um tesouro gastronômico único, que nesta sexta-feira celebrou seu Dia Internacional com o fim de promover seu consumo para combater a desnutrição e a crise de fome no mundo.
 
De acordo com um recente relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 842 milhões de pessoas sofrem de fome crônica, a maioria delas na África Subsaariana, e 15,7 milhões em países desenvolvidos. E, por isso, o ovo, o alimento mais completo que existe, se coloca como uma das soluções.
 
E foi isso que fez a Comissão Internacional do Ovo, que se juntou à FAO para promover a produção de ovos em nove países subsaarianos. Neste 18ª Dia Internacional do Ovo, o objetivo é divulgar os benefícios deste alimento e apresentá-lo como "ajuda para prevenir a fome", disse o diretor-geral da comissão, Julian Madeley.
 
"O ovo é uma fonte excelente de proteína de alta qualidade. Contém as vitaminas e os minerais necessários para uma dieta saudável. Além disso, é um alimento acessível", acrescenta Madeley. Ainda segundo o órgão, a produção de ovos tem "uma pegada de carbono muito baixa se comparada as da carne de vaca e porco".
 
Ciente de sua responsabilidade, o setor empresarial do ovo doa mais de 50 milhões desta "pílula nutritiva da natureza" a bancos de alimentos, escolas e hospitais, e colabora ajudando países em desenvolvimento a estabelecer sua própria produção sustentável. Após pesquisas desmentirem que o ovo não aumenta o colesterol, a recomendação é comer uma unidade por dia em uma dieta saudável e equilibrada. Isso não é difícil levando em conta sua versatilidade, já que pode ser utilizado em diversos tipos de receitas.   
 
Para promover seu consumo, a comissão promove o Dia Internacional do Ovo, comemorado na segunda sexta-feira de outubro, desde 1996, com a organização de concursos, demonstrações culinárias, festivais, lançamento de livros e brincadeiras infantis, entre outras atividades. Participam também restaurantes que oferecem pratos especiais.
 
"Adoro ovos fritos com batata. É um almoço rápido e ótimo. Acho interessante abrir um restaurante monotemático onde poderemos apresentar o ovo em diferentes sabores e texturas porque é muito versátil", explicou à Agência Efe o chef Lúcio Blázquez.
 
EFE

Conheça alguns fatores essenciais para a reversão de vasectomia

Conheça alguns fatores essenciais para a reversão de vasectomia Jeisa P./Morguefile
Entre 75 a 97% dos pacientes submetidos à reversão irão apresentar
 o retorno dos espermatozoides no sêmen nos três meses após a cirurgia
Procedimentos feitos há menos de 15 anos e abordagem microcirúrgica ampliam chances de gestação
 
Com os avanços técnicos das últimas décadas, as chances de obtenção de uma gestação após a reversão da vasectomia são consideradas boas: entre 75 a 97% dos pacientes submetidos à reversão irão apresentar o retorno dos espermatozoides no sêmen nos três meses após a cirurgia, e 40 a 60% dos casais irão engravidar em dois anos.
 
O urologista Pedro Ivo Ravizzini afirma que a reversão da vasectomia é um procedimento cirúrgico delicado, com taxas de sucesso variáveis e de custo elevado. Os principais fatores que irão influenciar de forma significativa o sucesso de uma cirurgia de reversão são o tempo de vasectomia e a técnica cirúrgica empregada.
 
No âmbito da técnica cirúrgica empregada, destaque para a abordagem microcirúrgica com auxílio do microscópio com aumento de até 40 vezes. Atualmente, vários cirurgiões têm relacionado este tipo de técnica às altas taxas de sucesso do procedimento. Com o auxílio do microscópio, o cirurgião consegue aplicar suturas com precisão de forma a reconstruir as duas extremidades separadas durante a vasectomia, já que o canal por onde passam os espermatozoides e alvo da recanalização tem um diâmetro interno que mede cerca de 0,3 a 0,5 milímetros.
 
— As técnicas microcirúrgicas evoluíram de tal maneira que hoje recanalizações com várias camadas de suturas podem ser realizadas, garantindo reconstruções herméticas e perfeitamente alinhadas, sem riscos de extravasamento de espermatozoides, com taxas de sucesso cada vez mais altas — afirma o especialista.
 
Outro ponto destacado pelo urologista é que, antes de se pensar em reversão, é importante levar em consideração o chamado “fator feminino”, ou seja, a idade e as condições da parceira para obter uma gravidez de forma natural.
 
— A reversão de vasectomia é um procedimento com altas taxas de sucesso e deve ser considerada preferencialmente nos casos inferiores a 15 anos de vasectomia e quando a parceira tem idade inferior a 35 anos e não apresenta problemas que impeçam a concepção natural —conclui.
 
Zero Hora

Tratamento com laser pode ajudar na prevenção de cárie

Tratamento com laser pode ajudar na prevenção de cárie Adriana Franciosi/Agencia RBS
Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
Método pode evitar a necessidade de realizar tratamento
restaurador nos dentes
Problema acomete cerca de 40% a 60% da população adulta
 
O uso de laser para a prevenção de cárie radicular, o tipo situado na raiz dos dentes, vem sendo testado com êxito em pesquisas na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP. A técnica experimentada permite prevenir a cárie com mínima intervenção, como acontece atualmente com a aplicação de flúor. O método pode evitar a necessidade da realização de tratamento restaurador nos dentes.
 
O objetivo do estudo foi avaliar em laboratório a efetividade dos parâmetros da irradiação de lasers no tratamento de prevenção do desenvolvimento da lesão de cárie radicular formada em situação de alto risco a cárie, analisando a influência do tipo de laser empregado associado ou não ao flúor. A lesão de cárie radicular é considerada uma das principais causas de perda dos dentes em adultos, sendo que o problema se agrava com o envelhecimento.
 
— Este fato se deve a exposição das raízes, por doença periodontal ou mesmo naturalmente, a uma dieta que favorece a sua formação, dificuldade de higienização, e problemas crônicos de saúde que refletem na diminuição da quantidade e qualidade da saliva — explica a dentista Regina Guenka Palma-Dibb, da FORP, que orientou a pesquisa.
 
Segundo a especialista, atualmente o tratamento é feito com broca e restauração com material normalmente estético.
 
Uso do laser
De acordo com Regina, o laser pode ser empregado para o preparo do dente no lugar da broca e do motorzinho, causando menos desconforto ao paciente e realizando a restauração com os mesmo materiais.
 
— No entanto, o laser também vem sendo empregado na tentativa de controlar a evolução da cárie e assim diminuir a necessidade de restauração.
 
O laser já vem sendo utilizado na clinica em estudos de prevenção de cárie em esmalte, com resultados promissores.
 
— Não há necessidade de reaplicação em curtos espaços de tempo como ocorre com o método convencional , que consiste na aplicação tópica de flúor — conta a especialista.
 
Os testes em laboratório em cárie radicular também tiveram resultados favoráveis, mas o uso clínico da técnica depende de estudos mais aprofundados.
 
O laser já vem sendo amplamente empregado na Odontologia, principalmente em situações que precisamos de atuar na hipersensibilidade dentinária, tratamento de lesões bucais, de dores causadas por problemas de disfunções ou traumas (cirúrgicos ou não), para herpes, para cirurgias de tecido mole, como anti-inflamatório e fototerápico.
 
— Nessas situações o laser demonstra eficácia e uma facilidade muito grande de aplicação e aceitabilidade pelo paciente — ressalta Regina.
 
Para o preparo de dentes como prevenção de cárie, o laser já vem sendo empregado, porém ainda sem muita intensidade devido serem usados diferentes equipamentos que apresentam um maior custo.
 
— Muitos lasers não tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em consultório particular. O seu uso é viável e aceitabilidade pelo paciente é melhor que o tratamento convencional, visto que causa menos desconforto, pois gera menos ruído, vibração e muitas vezes não necessita de aplicação de anestesia quando do seu emprego — finaliza.
 
Zero Hora

Brinquedos barulhentos podem prejudicar a audição das crianças

Brinquedos barulhentos podem prejudicar a audição das crianças Claudia Baartsch/Agencia RBS
Foto: Claudia Baartsch / Agencia RBS
Selos do Inmetro e da Abrinq garantem que os brinquedos não
trazem risco para a segurança e saúde da criança
A recomendação é observar se o produto possui o selo de certificação do Inmetro
 
A escolha de um brinquedo não deve levar só em conta o interesse do filho e a fase adequada ao desenvolvimento infantil. Os pais devem também priorizar suas condições de segurança. Por isso, é importante observar se o brinquedo tem o selo do Inmetro. Entre outros itens, o selo é uma garantia de que o nível de ruído do brinquedo está dentro dos limites estabelecidos na legislação.
 
Brinquedos sonoros ilegais, comprados em camelôs, por exemplo, podem emitir um barulho acima do permitido pela lei, que é de 85 decibéis. Um carrinho de polícia "pirata", por exemplo, pode registrar até 120 decibéis de ruído. O que isso representa? O som de uma motosserra geralmente chega a 100 decibéis e o de uma britadeira alcança 110 decibéis.
 
A maioria dos brinquedos vendidos em camelôs não tem selo de garantia de qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). Esse selo garante que os brinquedos não trazem risco para a segurança e saúde da criança, pois passaram por diversos testes antes de chegar ao comércio.
 
— Os ruídos estão por toda parte. Dentro de casa estão no aspirador de pó, no liquidificador, na televisão em alto volume e até nos brinquedos. Tudo isso pode causar prejuízos na audição das crianças. Os pais devem proteger seus filhos de danos auditivos causados por excesso de barulho e, nesta véspera do Dia das Crianças, prestar atenção ao nível sonoro do brinquedo que vai comprar — lembra a fonoaudióloga Marcella Vidal.
 
As crianças estão expostas a altos níveis de barulho ao brincar com videogames, frequentar sala de jogos de computadores, ouvir música em fones de ouvido ou aparelhagens de som.
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um barulho de 70 decibéis já é desagradável para o ouvido humano. Acima de 85 decibéis começa a danificar o mecanismo da audição. O uso contínuo de um brinquedo com esse volume pode prejudicar para sempre a audição das crianças. Os menores, de até três anos, são os mais afetados. E se eles têm a audição comprometida, isso pode atrasar todo o seu desenvolvimento como na área da fala e no desempenho escolar.
 
Fique atento à lista de brinquedos que devem ser evitados:
 
— Brinquedos musicais como guitarra elétrica, tambor, buzina, trombeta podem emitir sons de até 120 dB decibéis;
 
— Brinquedos como telefones infantis podem chegar a ruídos entre 123 a 129 decibéis;
 
— Brinquedos feitos para ampliar o som da voz chegam a emitir até 135 decibéis (som comparado ao da decolagem de um avião);
 
— Brinquedos como arma de fogo que emitem sons de 150 decibéis, podendo causar de imediato dor no ouvido;
 
— Alguns brinquedos para bater , dar pancadas e os 'tagarelos', que falam alto demais, são calculados com o nível de som de até 110 decibéis.

Zero Hora

Advogada que perdeu filho com malformação cardíaca rara cria ONG

A advogada Márcia Rebordões, 41, na casa da Associação Pequenos Corações, em São Paulo
Leonardo Soares/Folhapress
A advogada Márcia Rebordões, 41, na casa da Associação
Pequenos Corações, em São Paulo
A advogada Márcia Rebordões, 41, de Bauru (SP), teve um filho com síndrome de hipoplasia do coração esquerdo --malformação grave em que os bebês nascem com metade do coração. Brigou com o plano de saúde para conseguir tratamento em São Paulo.
 
O filho morreu aos três anos, em 2009, e Márcia passou a lutar por atendimento adequado para bebês de todo o Brasil. Ela é mãe de Victória, 13.
Leia o depoimento de Márcia à Folha.
 
Estava com cinco meses de gestação e a médica suspeitou de algum problema. Um exame detectou a síndrome --o lado esquerdo do coração do Thiago era pouco desenvolvido. Nem imaginava que pudesse existir problema no coração de bebês.
 
Eu e meu marido ficamos desnorteados. O médico logo falou que ele viveria apenas três dias. Sentimos como uma sentença de morte.
 
Buscamos informações, mas não encontramos nada animador. No fundo, tinha a convicção de que encontraríamos uma saída. Após um mês, soubemos que existia tratamento no Brasil.
 
Fomos indicados ao hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, onde o cardiologista José Pedro da Silva havia tratado crianças que ficaram bem. O plano de saúde disse que não cobriria o tratamento e me encaminhou para São José do Rio Preto, onde também indicaram o José Pedro. O plano entendeu que não dava para arriscar.
 
Thiago nasceu na Beneficência e foi operado com dois dias de vida. Foram 72 dias na UTI. Via meu filho duas vezes por dia. Chegava perto do berço e o leite escorria, mas ele não podia mamar.
 
Conheci outras histórias na UTI. Uma mãe de Macapá, grávida, tinha um filho de dois anos lá. Dormia sentada no hospital e tomava banho jogando água no corpo. Aquilo mexeu comigo.
 
Apesar de ter caído nessa história sem preparo, tinha acesso a informações, médicos, amigos, família. E essas pessoas que vêm de tão longe, sozinhas?
 
Thiago ficou internado por seis meses e voltamos para casa. Era uma criança feliz. Isso dava a certeza de que estávamos no caminho certo.
 
Coloquei um site no ar (www.pequenoscoracoes.com ) com histórias de crianças que superaram cardiopatias graves. Percebi que não havia apoio para famílias dessas crianças. Algumas precisam brigar por tratamento.
 
Não queria que outras mães tivessem a mesma dificuldade. Gestantes começaram a entrar em contato. Fiz amizades, nos unimos pela internet e criamos a Associação Pequenos Corações.
 
Thiago ficou bem até os dois anos. Aí fez a terceira cirurgia e foi se recuperando com sacrifício. Mas após essa cirurgia vivia mais cansado, mais roxinho, teve um atraso no desenvolvimento.
 
Um dia, acordou tossindo muito e roxo. Fomos para o hospital às pressas. Conseguimos a transferência para São Paulo. Thiago chegou em estado grave, havia sofrido parada cardiorrespiratória em Bauru. Disseram que não havia muito a ser feito --ainda assim, lutou 40 dias.
 
Aí teve uma hemorragia pulmonar grave. Eu e meu marido tivemos tempo de nos despedir, agradecer por sermos pais dele. Peguei no colo e falei: "Mamãe te ama muito e vai continuar sua missão. Fica tranquilo que não será em vão". Nesse momento, o coração dele parou.
 
Olhei ao lado e vi um bebê na sala que fazia força para respirar. Estava ali por causa da história do Thiago, havíamos ajudado a família. Era a prova de que a vida continua.
 
Além de oferecer apoio e orientações sobre direitos e tratamento, queria ter um local para acolher as mães. Em agosto montamos uma casa perto do hospital [Beneficência], com capacidade para 18 mães. É simples, mas aconchegante, como uma família. Algumas mães passam meses com o filho internado e é ali que encontram amparo.
 
A Pequenos Corações cresceu pelo Brasil. Muitas famílias que ajudamos criaram núcleos, se unem para dar suporte a outras. São mais de 50 voluntários. Contamos com doações, não temos ajuda governamental. Vendemos produtos e fazemos eventos beneficentes.
 
Há também atendimentos por telefone e pela internet. Ajudamos mais de 3.000 famílias. Sinto que fui preparada para essa missão, Deus me preparou. Estou no lugar certo. Essa sensação não tem o que pague. É uma paz interior grande.

Folhaonline

Cardápio familiar gorduroso e açucarado é principal causa da obesidade infantil

Falta de exercícios físicos contribuiu para o aumento da obesidade
 infantil no Brasil
Criança acima do peso pode se tornar adulto obeso e com doença cardiovascular; no Brasil, na faixa etária de 5 a 9 anos, 47,8% dos pequenos são gordinhos
 
No dia nacional da Prevenção da Obesidade, comemorado nesta sexta-feira (11), a obesidade infantil é o grande vilão a ser enfrentado. Segundo dados do IBGE, metade das crianças brasileiras (47,8%) entre 5 e 9 anos são obesas ou com sobrepeso. O índice, causado principalmente pela má alimentação e pelo sedentarismo, preocupa os médicos. Afinal, uma criança gordinha tem muitas chances de ser um adulto obeso e, consequentemente, portador de doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão.
 
“O processo aterosclerótico, que é o depósito de gordura nas artérias, começa na primeira década de vida. Se a criança não tiver uma alimentação adequada ela pode ter problemas cardiovasculares bem mais cedo do que se imagina”, alerta o cardiologista Carlos Alberto Machado, diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC.
 
É claro que há crianças em que o excesso de peso é causado por fatores genéticos, e, logo, a fome é mais difícil de controlar. Mas, embora interromper a força genética ainda não seja possível, evitar maus hábitos e promover boas práticas é uma fórmula que tem mostrado grandes resultados.
 
“Hoje em dia as crianças passam cerca de seis horas por dia no computador, videogame ou vendo TV, além do padrão alimentar da população brasileira estar mudando: as pessoas estão deixando de comer arroz, feijão e verduras para comer alimentos super industrializados e carnes gordurosas”, completa Machado.
           
A pediatra e nutróloga Christiane Araújo Chaves Leite, membro do departamento científico da Sociedade Brasileira de Nutrologia, afirma que o ambiente em que a criança está também favorece o ganho de peso. “Às vezes ela vive em um ambiente obesogênico, onde ninguém se alimenta de maneira saudável, todos consomem muitos alimentos gordurosos e açucarados. Essa forma de vida é determinadora da obesidade”.
 
Um mau exemplo com consequências muito sérias, já que, como explica a endocrinologista Maria Edna de Melo, diretora da Abeso, se a criança é obesa na primeira infância (até cerca de seis anos), ela tem um risco maior de ser obesa na fase adulta. Se ela, porém, emagrece na adolescência, a tendência de ter excesso de peso na vida adulta reduz. “Mas, se a obesidade persiste na adolescência, as chances da condição se arrastar para a maturidade são enormes”, afirma a endocrinologista.
 
“Parabéns, filho. Você limpou o prato”
Ver seu bebê gordinho e com dobrinhas nas pernas é motivo de alegria para muitos pais, mas, para que a criança não tenha sobrepeso, é preciso cuidar da alimentação praticamente desde a saída da maternidade. “Desde cedo não é aconselhável comer chocolate ou exagerar nos doces. Quanto mais a ingestão desses alimentos for retardada, melhor para a criança, pois assim vai aprender a comer frutas, legumes, verduras, arroz, feijão e carne”, explica Christiane, da Sociedade Brasileira de Nutrologia.
 
Quando crescem um pouquinho, muitos pais premiam as crianças quando elas comem bastante e preocupam-se quando o filho recusa comida. A pediatra Christiane afirma que isso é um erro, pois assim a criança estará sendo forçada a comer maiores porções e fazer disso um hábito.
           
“É possível confiar na saciedade da criança, mas é preciso prestar atenção no que ela come durante o dia. Se ela fez um lanche muito farto e próximo do horário do jantar, ela realmente vai estar saciada e não se deve insistir. O melhor, porém, é fazer lanches leves para que a criança chegue até a refeição principal com apetite”, explica, ressaltando que essa refeição deve ser balanceada. “Se a criança está comendo menos, mas mantém um bom peso e boa estatura, não há motivos para preocupação”, afirma a nutróloga.
 
Para a endocrinologista, existem aquelas crianças que são um “saquinho sem fundo”, com um apetite insaciável. Para estas, ela recomenda que, se a criança pedir para repetir o prato, que a segunda porção também seja balanceada como a primeira. “Se na primeira vez ela comeu arroz, feijão, carne e verduras, na segunda vez ela não pode repetir só a carne, o arroz e o feijão, mas sim também as verduras, assim a quantidade da refeição não ficará muito calórica e continuará nutritiva”, explica, lembrando sempre da fruta como sobremesa.
 
A referência visual de crianças em peso ideal e em sobrepeso é, muitas vezes, errônea. Segundo a endocrinologista, 90% das pessoas acham que uma criança em peso normal está muito magra. “É preciso verificar o Índice de Massa Corporal (IMC) de acordo com a idade antes de afirmar se a criança está muito magra”, explica.

iG