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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Estalos só preocupam quando causam dor

Estalar os dedos
Barulho não vem dos ossos, mas do líquido no interior das articulações
 
Quando percebe, você já começou o trec-trec. Os estalos são um hábito na rotina de muitas pessoas, que adoram ouvir os barulhos das esticadas e dos contorcionismos nos dedos e na coluna (há até quem adore estalar o pescoço).

Segundo o ortopedista Alberto Tesconi Croci, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, a brincadeira não traz motivo de preocupação. "Se não causam dor, os ressaltos (como os médicos chamam os estalos) não precisam ser vistos como um problema. Trata-se de uma reação natural do organismo a um estímulo", diz o médico.

O barulho que você escuta ao puxar os dedos, por exemplo, é resultado de uma diferença de pressão. "O líquido que está de um dos lados da articulação para passa para o outro lado quando você estica ou pressiona alguma parte do corpo. É desta passagem que vem o barulho", explica o ortopedisa.
 
É por isso que, logo depois de um estalo, dificilmente você consegue repeti-lo com a mesma intensidade. É preciso esperar alguns minutos para que o líquido volte a se acumular, gerando a diferença de pressão novamente.

A cena repete-se no caso da coluna, formada por uma série de pequenas articulações. O movimento do fluido sinovial, contido nestas articulações, causa os estalidos que você escuta quando torce o tronco ou quando se estica para trás ou para frente.

E nem precisa se incomodar: os estalos não engrossam os dedos, como pensa muita gente. Segundo o médico, as articulações ficam mais grossas com a idade, independente se há ou não ressaltos.

Dor no pescoço
Mas nem todos os estalos estão ligados às articulações. Alguns deles ocorrem nas chamadas fáscias (camadas mais profundas da musculatura). Quando é estimulada de forma abrupta, principalmente em pessoas sedentárias, a fáscia gera os estalos (porque, dentro dela, também há um líquido semelhante àquele contido nas articulações). "A diferença aqui é que, normalmente, há dor neste tipo de ressalto. Ele acontece nos movimentos bruscos da escápula e dos ombros, por exemplo".  
 
Nas situações em que há dor, é importante buscar ajuda de um ortopedista. Isso porque o especialista vai fazer mais do que aliviar o desconforto, ele consegue descobrir por que a dor apareceu e dar um jeito para que isso não ocorra novamente. "Além de analgésico, geralmente receitamos uma compressa de gelo para aplicar no local", diz o ortopedista do Hospital Beneficência Portuguesa.

Muito comum entre os adolescentes, os estalos também podem ser resultado do chamado estirão de crescimento: nessa situação, os músculos são menores do que deveriam e não acompanham o crescimento ósseo, daí as dores e os estalos. "Se o adolescente estiver com sobrepeso, recomendamos uma dieta (assim as articulações deixam de ser tão forçadas) e também é necessário o acompanhamento de um fisioterapeuta para que ele estimule o alongamento muscular", diz o médico.
 
"Mas este alongamento tem de ser constante e aos poucos, para não haver lesões ou mais dores. Qualquer trabalho de hipertrofia também deve ser suspenso nesta fase ou aumentam as dores e o desequilíbrio".
 
Coluna
Pondo a coluna no lugar
Se você já fez alguma aula de educação física ou frequenta a academia, certamente já se deitou num colchonete à espera das estaladas que o professor daria na sua coluna, sob a justificativa de colocá-la no lugar.

Na próxima vez que ouvir o convite, recuse. Ninguém ajusta a coluna com a pressão das mãos. Um terço da população brasileira tem escoliose e o ser humano não é simétrico, pessoas destras tendem a ter braços e pernas do lado direito maiores e isso não chega a ser um problema, afirma o ortopedista.

Mas e se for? Então procure um médico, que vai dar as orientações corretas para resolver, sem riscos de que um desconforto acabe se tornando motivo de dor de cabeça, como uma lesão mais séria em alguma das vértebras.
 
Para quem pedir ajuda?
Você pode marcar uma consulta com um ortopedista ou com um fisiatra. Os dois são médicos por formação e entendem tudo sobre o funcionamento do sistema músculo-esquelético.

"A diferença é que o ortopedista, além da prática clínica, pode realizar cirurgias. Já o fisiatra está apto a agir na reabilitação dos pacientes", diz o ortopedista.

Sem exageros
Realizados de vez em quando, os estalos não chegam a ser um problema. Mas repetir demais os movimentos pode comprometer a sua força. "Não existe ligação aparente entre o estalo de articulações e a artrite.

Entretanto, pessoas que têm o hábito de estalar os dedos apresentaram sinais de outros tipos de danos, incluindo lesão nos tecidos moles e até da cápsula articular, além de diminuição da força.

Essa lesão provavelmente resulta do alongamento rápido e repetido dos ligamentos que circundam a articulação", afirma o traumatologista Moisés Cohen, diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte. 
 
Relaxando
Quando as articulações são manipuladas, os órgãos do tendão de Golgi (um conjunto de terminações nervosas envolvidas no movimento) são estimulados e os músculos em torno da articulação relaxam.

"Esse é um dos motivos que explica por que algumas pessoas sentem prazer ao estalar uma articulação. Coluna vertebral, joelhos, cotovelos e todas as outras articulações de movimentação estão sujeitas ao mesmo tipo de manipulação que os nós dos dedos", afirma o médico traumatologista. 
 
Minha Vida

USP São Carlos pesquisa teste mais rápido para diagnóstico de leucemia

Células cancerosas (Foto: Geovanni Cassali/UFMG)
Foto: Geovanni Cassali/UFMG
Pesquisa acelera processo de diagnóstico da leucemia
Método utiliza nanopartículas associadas à proteína da jaca, jacalina. Estudo precisa ser aprimorado para iniciar os testes com pacientes
 
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos desenvolvem um novo método para agilizar o diagnóstico de leucemia. Além de ser mais rápida, a técnica que usa nanopartículas associadas à proteína da jaca (jacalina) também é mais barata que os atuais métodos para detectar o câncer no sangue.
 
“É uma sugestão de diagnóstico que só precisa de três horas de incubação e os custos devem ser mais baixos porque não precisa de reagentes tão caros. Essa proteína consegue enxergar células tumorais, então, é possível coletar as células e colocá-las para incubar com essas partículas para ter o diagnóstico”, explicou o pesquisador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia da USP Valtencir Zucolotto.

Segundo ele, o método é indicado, inicialmente, para a leucemia porque não há tumor sólido, mas compromete as células do sangue. Para os casos de tumores sólidos, são necessárias biópsia e cultura em laboratório. Atualmente, para o diagnóstico de leucemia, são feitos exames como hemograma e citometria de fluxo.
 
“O método ainda não está na clínica e não vai substituir os métodos tradicionais, mas é uma proposta alternativa, uma opção para os médicos. Com o teste mais rápido e mais barato, a clínica médica e os pacientes seriam beneficiados e os diagnósticos podem aumentar”, afirmou Zucolotto.

A pesquisadora Valéria Marangoni destaca que a ideia central do estudo é o desenvolvimento de nanomateriais multifuncionais associados à terapia e ao diagnóstico. “Essa especificidade pode ser alcançada por meio do recobrimento com biomoléculas que se ligam a receptores presentes nas células ou tecidos de interesse”, relatou.

Testes em humanos
A técnica, que tem dois anos de pesquisa, ainda precisa ser aprimorada para que os testes com pacientes sejam iniciados. Atualmente, eles são feitos in vitro no laboratório, mas é preciso avaliar a toxicidade e os efeitos a longo prazo desse material.

“Isso leva tempo e precisa ser feito dentro das conformidades com o Conselho de Ética em Pesquisa e depende de vários órgãos de regulamentação para pode ser considerado como outra ferramenta de diagnóstico e estar liberado para uso. Todo esse processo leva alguns anos”, disse Zucolotto.

Potencialidade
Apesar de estar na fase inicial dos estudos, os pesquisadores acreditam na potencialidade do método. “Há muitos trabalhos recentes nesta área no mundo todo que mostram o potencial desses sistemas nanoestruturados combinados com biomoléculas para aplicações no diagnóstico e tratamento de doenças, especialmente o câncer”, afirmou Valéria.

G1

Cientistas australianos criam pequeno rim com células-tronco

Pesquisa ainda está longe de produzir órgão para transplante. No entanto, feito representa avanço nos estudos da área, dizem cientistas
 
Uma equipe de cientistas australianos conseguiu criar um rim do tamanho de um feto de cinco semanas a partir de células-tronco, informou nesta segunda-feira (16) a imprensa local.
 
"É menor que o rim de um adulto. Essencialmente se trata de um pequeno rim em desenvolvimento", explicou a cientista Melissa Little ao canal 'ABC'.
 
Os especialistas submergiram as células-tronco em concentrações perfeitamente calibradas de moléculas denominadas fatores de crescimento ou tróficos para guiá-las no crescimento deste órgão em processo que imitava o desenvolvimento normal.
 
Os cientistas utilizaram um molde para a criação do órgão e destacaram que ainda faltam várias décadas para que possam produzir este tipo de órgãos para transplantes.
 
"Tivemos que guiar as células através de todos os passos que estas normalmente adotariam durante seu desenvolvimento", disse Melissa ao detalhar o processo de elaboração.
 
A princípio, os cientistas queriam que as células-tronco produzissem somente um tipo de célula do rim, mas no transcurso das pesquisas notaram que podiam formar dois tipos de células-chave para a formação deste órgão.
 
Assim, conseguiram que as células colocadas em um molde se organizassem por si mesmas para criar as complexas estruturas existentes no rim humano, acrescentou a 'ABC' ao citar este estudo publicado na revista científica 'Nature Cell Biology'.
 
"Conseguimos produzir um conjunto de células mais complexas e isto representa um grande avanço em termos do que foi feito até agora", explicou Melissa.
 
A curto prazo, esta conquista será útil para testes científicos de novos remédios para combater doenças que afetam o rim e mais adiante a melhorar os tratamentos médicos.
 
"Um em cada três australianos está em risco de desenvolver doenças crônicas nos rins e os tratamentos atualmente disponíveis incluem diálise e transplantes", disse a especialista.
 
Estes primeiros resultados são promissores porque revelou o fato de que as células-tronco podem ser organizadas no laboratório para produzir tecidos artificiais que podem substituir os danificados.
 
EFE/G1

12 plataformas digitais que transformam as relações na Saúde

Conheça novas e já estabelecidas empresas - entre nacionais e globais - que atraem milhares de usuários
 
PatientsLikeMe
www.patientslikeme.com
Desde quando: 2004
Público-alvo: pacientes
Objetivo: prover uma plataforma colaborativa e de relacionamento entre pacientes, transformando a maneira como lidam com sua própria condição; contribuir com a pesquisa médica, a partir de dados globais fornecidos pelos usuários sobre sintomas e tratamentos
Número de usuários: 200 mil
Regras de acesso e publicação de conteúdo: basta cadastrar-se e criar um perfil
 
Desde quando: 2013
Público-alvo: exclusiva para médicos
Objetivo: melhorar a qualidade da assistência médica no Brasil, a partir da colaboração entre profissionais
Número de usuários: pretende chegar a 60 mil profissionais cadastrados no primeiro ano de funcionamento
Regras de acesso e publicação de conteúdo: obrigatório ser registrado no Conselho Federal de Medicina (CRM)
 
Gentecomoeu
www.gentecomoeu.com.br
Desde quando: 2012Público-alvo: pacientes, familiares, profissionais da saúde, entidades e associações
Objetivo: prover um espaço livre de interação e diálogo entre pessoas que compartilham da mesma condição de saúde (especialmente doenças crônicas); democratizar o acesso à informação
Número de usuários: o projeto ainda está em fase de testes e possui algumas dezenas de cadastros
Regras de acesso e publicação de conteúdo: basta cadastrar-se e criar um perfil
 
Doctors Way
www.doctorsway.com.br
Desde quando: 2011
Público-alvo: médicos
Objetivo: facilitar o compartilhamento de informações sobre diagnósticos e dúvidas
Número de usuários: 3 mil
Regras de acesso e publicação de conteúdo: obrigatório ser registrado no Conselho Federal de Medicina (CRM)
 
Sermo
www.sermo.com
Desde quando: 2006
Público-alvo: médicos
Objetivo: promover a colaboração na medicina, a partir de uma rede social onde médicos discutem casos clínicos e compartilham conhecimento. É a mais expressiva iniciativa do gênero nos Estados Unidos
Número de usuários: mais de 125 mil médicos em 65 especialidades
Regras de acesso e publicação de conteúdo: para se registrar, é preciso ser médico licenciado nos Estados Unidos
 
HealthTap
www.healthtap.com
Desde quando: 2010
Público-alvo: médicos e pacientes
Objetivo: prover informação especializada em saúde e conectar pacientes e médicos a partir de uma plataforma de perguntas e respostas em tempo real
Número de usuários: mais de 1 milhão de usuários e 37 mil médicos cadastrados
Regras de acesso e publicação de conteúdo:o acesso à informação é gratuito, mas é possível ter conversas privadas com os especialistas por 10 dólares
 
ZocDoc
www.zocdoc.com
Desde quando: 2007
Público-alvo: profissionais da saúde, organizações e pacientes
Objetivo: plataforma de busca de prestadores de serviços e agendamento de consultas online nos Estados Unidos
Número de usuários: 2,5 milhões de pessoas utilizam a rede mensalmente
Regras de acesso e publicação de conteúdo: o cadastro é gratuito para pacientes, mas o site cobra 300 dólares ao mês para profissionais registrados e que divulgam seus serviços na plataforma
 
HelpSaúde
www.helpsaude.com
Desde quando: 2011
Público-alvo: profissionais da saúde e pacientes
Objetivo: conectar a cadeia de valor de saúde; busca por serviços e agendamento de consultas online
Número de usuários: 250 mil pacientes cadastrados e 30 mil profissionais clientes
Regras de acesso e publicação de conteúdo: o sistema é gratuito para todos, mas se o profissional desejar serviços adicionais, tem a opção de pagar uma taxa mensal
 
Vitalbox
www./vitalbox.com.br
Desde quando: 2012
Público-alvo: pacientes
Objetivo: plataforma de saúde pessoal onde qualquer pessoa pode fazer uma análise online de riscos e obter um mapa da sua própria saúde
Número de usuários: meta de alcançar 500 mil usuários no primeiro ano de operação
Regras de acesso e publicação de conteúdo: para utilizar, é preciso responder perguntas sobre a própria saúde, como frequência cardíaca, peso, pressão arterial, perfil das atividades físicas, hábitos alimentares etc. O preenchimento dos dados não requer conhecimentos médicos
 
Desde quando: 2011
Público-alvo: pacientes com doenças reumáticas
Objetivo: compartilhar experiências, divulgar informações e lutar pela melhoria da qualidade de vida de pacientes com artrite reumatoide e outras doenças reumáticas
Número de usuários: 2,3 mil associados
Regras de acesso e publicação de conteúdo: qualquer pessoa portadora ou interessada pelo tema pode acessar e interagir com demais pacientes
 
ConsultaClick
www.consultaclick.com.br
Desde quando: 2010
Público-alvo: profissionais da saúde (nove profissões e suas respectivas especialidades) e pacientes
Objetivo: fazer a conexão entre profissionais da saúde e pacientes – presença na internet 24×7; diminuir índice de faltas (lembretes); conteúdo de promoção de saúde e qualidade de vida; gerar agilidade e economia
Número de usuários: não divulgado
Regras de acesso e publicação de conteúdo: o profissional precisa ser cadastrado no seu respectivo Conselho de Classe. A confirmação da especialidade do médico é obrigatória
 
Grupo AvalDoc
www.avaldoc.com.br
Desde quando: 2012
Público-alvo: médicos, profissionais da saúde e pacientes
Objetivo: Prontuário Eletrônico Online + Sistema de Gestão de Clínicas e Consultórios . Para os pacientes: possibilitamos agendamento online de consultas com os médicos clientes
Número de usuários: 1300
Regras de acesso e publicação de conteúdo: os dados são imputados por prestadores. Em alguns casos o sistema extrai dados de outros sistemas, por exemplo: exames de laboratórios são enviados diretamente ao prontuário da empresa
 
SaudeWeb

BI na gestão de saúde e a aquisição de boas práticas

Apesar da necessidade clara, Business Inteligence recebe pouca atenção nas empresas de saúde. Fábio Mello, da GST, detalha os requisitos de um bom sistema para o setor
 
Cada vez mais, a importância de conhecer sua população para incentivar um público interno mais saudável, feliz e, consequentemente, mais produtivo, ganha relevância nos departamentos de recursos humanos (RH) das empresas. Já se sabe que, além de diminuir ganhos, funcionários doentes impactam nos custos com planos de saúde e impostos – o número de afastados de uma corporação influencia diretamente no custo de tributos, como o Fator Acidentário de Prevenção (FAP).
 
Por outro lado, ao mesmo tempo em que se sabe que se preocupar com um quadro de colaboradores saudável é fundamental, trata-se de um desafio proporcional ao tamanho da companhia em questão. Quanto maior a empresa, mais desafiador saber qual o melhor programa de saúde para impactar a qualidade de vida dos profissionais, aumentando a produtividade e, consequentemente, os lucros, e diminuindo os custos com planos de saúde e taxas governamentais.
 
Neste contexto, a importância de uma solução de Business Inteligence (BI) eficiente para gestão de saúde fica muito clara. Em empresas com grandes populações, é impossível saber qual programa terá mais impacto no quadro de funcionários sem a ajuda de uma ferramenta que reúna todas as informações deste universo e as analise, ajudando os gestores a tomar decisões. Como uma corporação com mais de mil vidas espalhadas em diversas filiais pelo Brasil inteiro saberá o que de fato impactará na saúde de seus funcionários sem contar com a tecnologia? Na prática, qual a real eficiência de um programa antitabagismo quando os colaboradores sofrem mais com diabetes ou hipertensão?
 
No entanto, apesar desta necessidade ser tão clara, de todas as áreas nas quais as grandes empresas investem, BI para saúde talvez seja uma das que menos recebem atenção. Poucas soluções que realmente apliquem uma camada de inteligência na gestão da saúde dos funcionários e a visão errada que é algo dirigido apenas para corretoras são alguns dos principais responsáveis por essa percepção equivocada.
 
A questão é que um BI eficiente na gestão da saúde é tão importante quanto às soluções de inteligência de negócios para relacionamento com clientes ou finanças. Além de aumentar a produtividade da força de trabalho – como mencionado anteriormente, um profissional saudável é muito mais rentável do que um colaborador estressado ou com dores -, uma solução adequada de BI pode auxiliar a empresa a diminuir custos com planos de saúde, afastamentos, atestados médicos, além de melhorar o clima interno.
 
Tomemos como exemplos os planos de saúde: hoje, o custo das apólices tem um impacto considerável nas folhas de pagamento. A Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH) aumentou 16% entre julho de 2012 e junho de 2013, o que o posiciona consideravelmente acima da média da inflação medida no mesmo período, que ficou em 6,7% (IPCA). Mas, sem colocar uma camada de inteligência sobre toda esta informação, a corporação não consegue questionar, fazer diagnósticos ou ajudar sua população a ser mais saudável. Consequentemente, não consegue diminuir gastos com planos de saúde – pelo contrário: aumentam os funcionários doentes e os custos. E isso não significa que boa gestão de saúde é igual a colaboradores que não vão ao médico, pelo contrário: um funcionário com uma condição crônica que não se trata vai gastar muito mais, ao passo que se ele tiver acompanhamento médico adequado e programas que incentivem sua qualidade de vida, ele com certeza vai custar menos, ser mais saudável e mais feliz.
 
Outro caso que exemplifica a necessidade do BI é a dificuldade de medir o retorno de investimento (ROI) em ações de saúde e bem estar. Se eu sei como se comporta minha população, saberei medir os resultados de cada ação, conhecendo o valor per capita com saúde de cada funcionário. Em consequência, empresas que conseguem saber o ROI de seus programas, promovem mais e melhores iniciativas – quem tem mais retorno, consegue investir mais.
 
Uma ferramenta de BI eficiente analisa micro e macrocenários, permitindo aos gestores conhecer não apenas as razões pelas quais o preço da apólice cresce, mas dando a capacidade para verificar o uso dos planos, ajudando as populações a combater males que mais os aflige e acompanhando o tratamento de seus afastados. Claro que, como toda solução tecnológica, são necessários gestores treinados para dar um olhar crítico sobre os dados coletados pela ferramenta. Mas o que se vê atualmente é a falta de coleta e cruzamento eficiente destes dados, e não a falta de gestores.
 
Acompanhar processos críticos, demonstrar o retorno do investimento em programas de saúde, controlar custos, agir preventivamente e onde realmente estão os problemas: por estas e outras razões, BI na saúde deve e precisa ser um dos próximos investimentos das empresas brasileiras.
 
* Fábio Mello é diretor comercial da Gesto Saúde e Tecnologia (GST)
 
SaudeWeb

Sites e redes sociais colocam em xeque relação médico-paciente

Inspiradas por casos de sucesso como a PatientsLikeMe e ZocDoc, plataformas online crescem no setor e revolucionam o modo de "fazer saúde"
 
Com quase 20 anos de profissão, a médica Leandra Resende De Carneiro recorda-se quando se deparou com um caso atípico: uma lesão perianal tumoral. A biópsia não indicava a existência de um tumor maligno e, na dúvida, Leandra expôs o caso a outros especialistas da área a fim de discutir a conduta ideal, tanto cirúrgica quanto de acompanhamento do paciente. E assim buscou opiniões de médicos que, como ela, estão conectados pela rede social WProcto – espaço destinado a profissionais da área de coloproctologia no Brasil e no mundo -, onde  compartilham vídeos e fotos de casos clínicos. E não foi apenas desta vez, também houve ocasiões em que a resposta ao tratamento da Doença de Crohn (inflamação crônica do intestino) não foi satisfatória, e então recorreu aos colegas de web. “A experiência clínica de outros ajuda muito na opção por determinadas doses de medicação ou mesmo na escolha por aquela que têm dado certo”, conta ela, que é cirurgiã geral da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (MG).
 
Leandra está entre os 94 milhões de brasileiros que utilizam a internet e mídias sociais, aponta o Ibope, número que coloca o País à frente dos Estados Unidos e das demais nações do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na sigla em inglês). A diferença dela em relação aos usuários comuns é que as ferramentas digitais passaram a ser fundamentais no exercício de sua profissão, participando ainda das redes DoctorsWay, Med1, Ology, Youdoc! e RadUniverse – todas dedicadas à classe médica. É disso que as plataformas digitais em Saúde se tratam: prover à comunidade de profissionais do setor um canal de colaboração, informação e conhecimento, a partir de redes sociais, fóruns, blogs, sites e aplicativos para dispositivos móveis. Mais do que isso, as ferramentas virtuais expandem o alcance dos pacientes a conteúdos especializados, auxiliam na busca por serviços e tratamentos de qualidade e no diálogo com pessoas que vivenciam experiências semelhantes. E por que não falar da possibilidade de interação entre médicos e pacientes em consultas online?
 
Todas essas possibilidades já impactam – e tudo indica vão impactar cada vez mais – a qualidade dos serviços, as relações e os negócios no setor, como aconteceu no mercado norte-americano, onde a mobilidade, a internet e as mídias sociais transformaram a natureza e a agilidade da interação entre consumidores e organizações. Na vanguarda do movimento, destaca-se a PatientsLikeMe, que inspirou e tem inspirado novas iniciativas em todo o mundo. Fundada em 2004, a rede conecta pessoas que possuem a mesma doença ou condição de saúde e, ao publicarem dados reais sobre sintomas e tratamentos para mais de 1,5 mil enfermidades, os usuários criam uma base de dados que brilha aos olhos de pesquisadores, farmacêuticas, entidades regulatórias e grupos médicos.
 
No Brasil, não faltam exemplos de comunidades virtuais que, de 2011 para cá, têm gerado novos serviços e experiências. Entre elas, figura a start-up DoctorsWay, exclusiva para médicos, que ao completar dois anos de funcionamento aproxima-se dos 5 mil usuários e deve dobrar esse número até o final de 2013. Já o HelpSaúde, diretório que lista mais de 1,5 milhões de profissionais e estabelecimentos de saúde, registrou 32 milhões de pessoas que utilizaram a plataforma, desde o seu lançamento. Tem dado tão certo que a empresa já recebeu aportes de dois fundos de investimentos (Astella Investimentos e, mais recentemente, Kaszek Ventures) e estreou, no final do ano passado, o agendamento de consultas online.
 
Discutível, mas irreversível
Mas, como toda novidade, as plataformas digitais têm desafiado a Saúde a formular novas perguntas e, rapidamente, elaborar respostas a elas. Os debates compreendem dilemas éticos, veracidade do conteúdo distribuído na internet, desafios tecnológicos e de segurança da informação, habilidades de gestão corporativa e novo perfil do consumidor. E tem mais: a consolidação das redes sociais na Saúde brasileira e a democratização do conhecimento forçam quebras de paradigmas.” O nível de adoção hoje das plataformas eletrônicas no Brasil é bastante básico.
 
As pessoas já estão nas redes sociais, no entanto, os pacientes ainda não estão educados a buscar informação, e os médicos, por sua vez, desconhecem os benefícios que elas trazem, ou têm medo de que as atividades na internet conflitem com a conduta ética e legal da profissão”, explica o empreendedor e fundador do EmpreenderSaude, organização brasileira de fomento e apoio à inovação no setor, Vitor Asseituno.O médico identifica as restrições impostas pelo próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto à interação entre profissionais e pacientes na internet como barreira à expansão das ferramentas digitais, principalmente aquelas que propõem a troca de informações entre os dois públicos e agendamento de consultas online.
 
Tais limitações, segundo o especialista, têm sido discutidas entre as entidades regulatórias e devem sofrer ajustes, ou mesmo revogação. “O segmento está ganhando mais consciência sobre o assunto e percebendo que não pode coibir os médicos de utilizar os novos recursos de colaboração”, afirma Asseituno.As relações virtuais entre médicos e pacientes também geram preocupação para o cofundador da DoctorsWay Renato Campanati Vieira, que concebeu a plataforma com o propósito de conectar a comunidade médica para compartilhar e discutir casos clínicos, esclarecer diagnósticos e expandir o conhecimento.
 
O conteúdo é produzido por colaboradores – cerca de 45 médicos dos maiores centros do Brasil e do mundo – e, para participar, o usuário é obrigado a informar o CRM. “O foco é 100% profissional, não abrange o público leigo, até por conta de algumas características do nosso código médico”, confirma o empreendedor, que recomenda cautela e amadurecimento das discussões mais sensíveis.” Já estivemos duas vezes no CFM apresentando a DoctorsWay e fizemos alguns ajustes para que a rede seja o mais ética possível”, conta Vieira. “Hoje, converso com médicos de outros estados por meio da DW Consulting, fórum em que o usuário faz a sua pergunta, escolhe as especialidades que podem opinar, anexa imagens clínicas para auxiliar na avaliação e aguarda as respostas.
 
O espaço já tem mais de 230 perguntas”, comemora ele. A rede também está disponível em um aplicativo recém-lançado para Android e iOS.Enquanto o uso das mídias sociais estritas à comunidade médica parece mostrar mais aceitação no contexto brasileiro, as possibilidades que se estendem ao público em geral evocam dúvidas. Um dos pontos de atenção refere-se a bancos de dados desatualizados ou alimentados por cadastros duvidosos de profissionais que, por exemplo, nunca exerceram a medicina, defende o cofundador da DoctorsWay. “Alguns sites fornecem ranqueamento de médicos por qualidade e preço, o que o CFM também evita”, pontua ele.
 
Esta preocupação influencia diretamente a HelpSaúde, cujo propósito e modelo de funcionamento dependem da qualidade da base de dados que disponibiliza aos mais de 250 mil pacientes cadastrados. Com cerca de 10 mil profissionais registrados que compartilham suas agendas na plataforma de busca e agendamento online, o site gerou mais de 7 mil consultas em julho e previa atingir a marca de 10 mil consultas confirmadas em agosto. “As bases que consultamos são as oficiais, como a do Ministério da Saúde, logo os dados estão corretos por natureza. Nunca tivemos problemas de dados equivocados ou perfis falsos. E ainda checamos as informações solicitando cópias de carteiras profissionais”, esclarece o fundador e CEO da HelpSaúde, Gustavo Guida Reis.
 
Organizações e profissionais de saúde questionam ainda a credibilidade do conteúdo compartilhado em sites não monitorados, além do risco de transmissão de informações privadas e confidenciais – por exemplo, o compartilhamento de dados sobre pacientes ou empregadores por parte dos colaboradores. Uma preocupação que, na opinião do coordenador do projeto GenteComoEu,  João Sebastian do Amaral, esconde um obstáculo quanto ao acesso ao conhecimento. “Disponibilizar a informação é, antes de mais nada, um processo de equalização do poder. Ou seja, quanto mais acessível à sociedade, mais balanceadas serão as relações, já que o poder se dilui”, indica o consultor.
 
No GenteComoEu, há poucos meses no ar (ainda em fase de testes), pacientes que sofrem de doenças crônicas, familiares, médicos, cuidadores, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, entidades e associações ganharam um espaço de relacionamento, diálogo e troca. Idealizada e gerenciada por uma equipe de profissionais de comunicação, marketing e tecnologia com  experiência em saúde, a rede permite que os usuários publiquem conteúdo, contem suas histórias e sirvam de inspiração para portadores de enfermidades menos conhecidas e que carecem de informação e pesquisas, como esclerose múltipla. Um dos supostos efeitos negativos da ampliação do conhecimento pelo paciente seria a automedicação, argumento que Asseituno rebate com veemência: “essa possibilidade já existe sem as redes sociais.
 
Quem quiser se automedicar, fará isso. O que precisa haver é uma mudança na regulação – e isso já está acontecendo, como foi com antibióticos, por exemplo – para dificultar o acesso a medicamentos que não podem ser usados sem prescrição”.Os impactos desse movimento, segundo Asseituno, são difíceis de prever. No entanto, o acesso à informação já produz efeitos, pois agora o paciente, antes de procurar um médico, checa o histórico profissional dele e chega para a consulta mais engajado, ciente de sua doença. Ele pergunta se pode tentar determinado tratamento que algumas pessoas já experimentaram e compartilharam na rede social da qual participa. “Fica muito feio para o médico dizer ao paciente que não sabe do que ele está falando. Isso incomoda alguns profissionais. Agora eles precisam tomar a melhor decisão possível junto com o cliente”, diz Asseituno.
 
Modelo de Negócio
Para se sustentarem, as mídias sociais na Saúde têm explorado, inicialmente, o formato de patrocínio, o que tem chamado a atenção de empresas farmacêuticas. Mas no HelpSaúde, por exemplo, o profissional que deseja ter serviços adicionais tem a opção de pagar uma mensalidade para acessá-los.
 
A DoctorsWay, por sua vez, aposta em parcerias com empresas que queiram incentivar e promover a educação médica continuada, além de já se aventurar na venda de informações a partir de um braço dedicado a pesquisas de mercado. As divergências de opiniões e a desorganização do setor para reduzir os riscos que as plataformas digitais apresentam atrapalham, mas não impedem o surgimento de novas iniciativas. Asseituno, do EmpreenderSaúde, prevê: “alguns empreendedores estão desenvolvendo ferramentas adotadas em países como os Estados Unidos conscientes das limitações e esperançosos de que as regras [aquelas determinadas pelo CFM] vão mudar. Vai ser questão de acertar as arestas”.
 
SaudeWeb

Primeira vez no ginecologista? Saiba o que acontece dentro do consultório



Passar da infância para a adolescência gera crises e dúvidas em muitas meninas. Uma das questões que mais gera conflito e medo é a primeira consulta ao ginecologista. Por
falta de informação ou timidez, muitas jovens evitam essa situação.

 
Para a ginecologista Graciela Morgado,
membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia), o momento ideal para a primeira visita ao ginecologista é entre
11 e 15 anos de idade.

 

— Geralmente, nessa idade acontece a
menarca, a primeira menstruação. Assim é importante a jovem começar o
acompanhamento ginecológico e receber todas as orientações. E caso a menarca
seja precoce, hoje em dia, temos recursos para bloquear o ciclo menstrual e
então a jovem terá chance de crescer um pouco mais
Foto: Fotomontagem R7
Exames dolorosos e acompanhamento dos pais são questões levantadas por adolescentes
 
Passar da infância para a adolescência gera crises e dúvidas em muitas meninas. Uma das questões que mais gera conflito e medo é a primeira consulta ao ginecologista. Por falta de informação ou timidez, muitas jovens evitam essa situação.  

Para a ginecologista Graciela Morgado, membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), o momento ideal para a primeira visita ao ginecologista é entre 11 e 15 anos de idade.  

— Geralmente, nessa idade acontece a menarca, a primeira menstruação. Assim é importante a jovem começar o acompanhamento ginecológico e receber todas as orientações. E caso a menarca seja precoce, hoje em dia, temos recursos para bloquear o ciclo menstrual e então a jovem terá chance de crescer um pouco mais.
 
Como é a primeira consulta? 
Segundo a ginecologista, a primeira consulta costuma ser uma conversa informal, principalmente se a paciente estiver nervosa ou tímida demais. O ginecologista vai fazer perguntas sobre doenças da infância, hábitos, ciclo menstrual, doenças na família e histórico de câncer de mama. Dependendo da idade ou se a adolescente não for mais virgem, o médico também dará orientações sobre sexo, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.

Os pais têm o direito de saber o que conversei com o médico?                  
As conversas entre médico e paciente são sigilosas, e a adolescente deve ter a segurança de que o ginecologista não vai repetir a consulta para os pais. Porém, se a paciente relatar abusos ou seja diagnosticada doença que a coloque em risco de vida, o médico sem dúvida procurará os pais.
 
A mãe deve entrar junto na consulta? 
A vontade da paciente deve ser respeitada. No entanto, no caso de uma mãe autoritária, as perguntas mais íntimas serão feitas no momento do exame.
 
Vou ter que fazer algum exame doloroso?
Se a paciente for virgem, o ginecologista examina apenas os seios, a região abdominal e a parte externa da região genital.
 
O exame físico é obrigatório? 
Não. A primeira consulta pode ser apenas para conversar, tirar dúvidas e conhecer o (a) médico (a). E, com toda a privacidade, expor queixas, conflitos e até as dúvidas mais banais.
 
A jovem virgem pode ser examinada sem risco? 
Sim. O exame ginecológico da menina será diferente do realizado em mulheres com vida sexual.
 
Como é o exame da adolescente virgem? 
Geralmente o exame começa pelas mamas, depois o profissional examina o abdômen, e por fim os órgãos genitais externos.
 
Este exame é doloroso? 
Absolutamente não. No caso de ser necessária a coleta de material para exame, ela será feita com cotonete e também não dói.
 
Quando é realizado o toque vaginal? 
Apenas nas meninas que já iniciaram vida sexual. Além do toque, podemos examinar a vagina por dentro e o colo uterino com um aparelhinho chamado espéculo. O toque serve para avaliarmos o tamanho do útero e ovários.
 
R7

Catarata e glaucoma são as principais causas de cegueira no Brasil

Catarata e o glaucoma são as principais causas de cegueira no País
Dia Nacional do Deficiente Visual foi comemorado nesta sexta-feira (13)
 
Para celebrar o Dia Nacional do Deficiente Visual, que foi comemorado nesta sexta-feira (13), a oftalmologista Kátia Mello alertou a importância de prevenir e tratar a catarata e o glaucoma, principais causas de cegueira no País. De acordo com o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileira de Geografia e Estatística), a deficiência visual atinge cerca de 20% da população.
 
Estima-se que o glaucoma afete cerca de 900 mil pessoas no Brasil. Segundo a médica, “essa doença, quando não tratada e diagnosticada a tempo, leva à cegueira irreversível”. Por não apresentar sintomas, a especialista orienta procurar o oftalmologista em caso de dores de cabeças fortes, sensibilidade à luz, enjoo e dor ocular. Ela acrescenta que histórico da doença na família também é fator de risco.
 
A catarata, lesão ocular que atinge e torna opaco o cristalino, é outra doença que se não for tratada poderá levar à perda da visão.
 
— A catarata é a maior causa de cegueira evitável. Os portadores da doença não devem temer a cirurgia, pois o procedimento é simples e a recuperação costuma ser muito rápida.
 
Entre os sintomas da catarata estão sensação de visão embaçada ou com névoa, sensibilidade à luz e alteração da visão de cores. Com a progressão da doença, as pessoas poderão enxergar apenas vultos.
 
De acordo com a oftalmologista, ficar longas horas exposto ao sol pode possibilitar a progressão da catarata, além de outros problemas oculares. Por isso, ela recomenda o uso de óculos com proteção solar ultravioleta A e B, mesmo por crianças.
 
— Usar modelos falsificados ou com lentes de baixa qualidade podem ter efeito contrário, aumentando a agressão solar.
 
A médica também chama a atenção para a importância da prevenção da cegueira na infância.
 
— O glaucoma congênito e a catarata congênita são as principais causas da perda de visão em crianças. Um pré-natal adequado e o teste do olhinho são imprescindíveis.
 
Pessoas com mais de 50 anos devem redobrar a atenção à saúde dos olhos, já que estão mais suscetíveis a doenças na visão. Os diabéticos também devem incluir as visitas ao oftalmologista em suas rotinas, pois são mais vulneráveis a complicações oculares como a retinopatia diabética, que é umas das principais causas de cegueira evitável na população economicamente ativa de países desenvolvidos. Visão embaçada, cegueira noturna, visão dupla e sensação de pressão nos olhos são alguns dos sintomas.
 
R7

Cientistas descobrem segundo código genético

Descoberta pode ter fortes implicações para interpretar e diagnosticar doenças
 
Há muito tempo os cientistas acreditavam que o DNA diz às células como produzir proteínas. Mas a descoberta de um segundo código secreto de DNA, nesta quinta-feira, sugere que o corpo na verdade fala dois idiomas diferentes.
 
A descoberta, publicadas na revista Science, pode ter fortes implicações em como especialistas médicos usam os genomas dos pacientes para interpretar e diagnosticar doenças, afirmaram os pesquisadores.
 
O recém-descoberto código genético, encontrado no interior do ácido desoxirribonucleico, o material hereditário existente em quase todas as células do corpo, foi escrito bem acima do código de DNA que os cientistas já tinham decodificado.
 
Ao invés de se concentrar nas proteínas, este DNA instrui as células sobre como os genes são controlados.
 
Sua descoberta significa que o DNA muda, ou que mutações que ocorrem com a idade ou em resposta a vírus podem fazer mais do que os cientistas pensavam anteriormente.
 
O principal autor do estudo, John Stamatoyannopoulos, professor associado de ciência do genoma e de medicina da Universidade de Washington, disse que por mais de 40 anos, foram presumidas as mudanças no DNA que afetam o código genético impactavam unicamente a forma como as proteínas são feitas.
 
— Agora nós sabemos que esta suposição básica sobre a leitura do genoma humano está incompleta. Muitas mudanças no DNA que parecem alterar a sequência das proteínas podem na verdade causar doenças interrompendo programas de controle genético ou inclusive ambos os mecanismos simultaneamente.
 
Os cientistas já sabiam que o código genético usa um alfabeto de 64 letras denominado códons.
 
Mas agora os pesquisadores descobriram que alguns desses códons têm dois significados.
 
Denominados "duons", estes novos elementos da linguagem de DNA só têm um significado relacionado ao sequenciamento proteico e outro que é relacionado ao controle genético.
 
As últimas instruções "parecem estabilizar certas características benéficas das proteínas e de como são feitas", destacou o estudo.
 
A descoberta foi feita como parte de uma colaboração internacional de grupos de pesquisa conhecidos como projeto Enciclopédia do Elementos de DNA ou ENCODE.
 
Ele é financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisas do Genoma Humano com o objetivo de descobrir onde e como as direções de funções biológicas são armazenadas no genoma humano.

AFP/R7

Descubra os prós e contras em cada posição para dormir

Sabidamente uma noite bem dormida,  além de proporcionar um bem estar no dia seguinte, é capaz de diminuir os risco de obesidade, depressão e doenças cardiovasculares, entretanto, estima-se que para obter esses benefícios  seja necessária uma média diária de 8 horas de sono de qualidade, o que também diz respeito à escolha da melhor posição para que a musculatura possa relaxar.
 
De acordo com especialistas, dormir em uma posição errada pode trazer sérias consequências, dentre elas a ocorrência de torções e tensões nas articulações, que sabidamente levarão à dores nos músculos ou na cabeça além da sensação de cansaço ao longo dos dias.
 
Infelizmente, reeducar-se a ponto de mudar a posição de dormir é um das missões mais difíceis para a esmagadora maioria das pessoas, isso ocorre porque, em tese, não se tem total controle do corpo enquanto se está dormindo, entretanto, com uma dose extra de força de vontade, torna-se totalmente possível adotar o hábito de dormir na posição ideal.
 
O primeiro passo para conseguir reeducar-se é naturalmente saber quais são as posições ideais durante o sono, além de conhecer aquelas que devem ser evitadas, por isso, na sequência você confere todos os detalhes nesse sentido.
 
Conheça agora as posições mais indicada para uma noite de sono saudável
 
dormir-de-ladoDeitar de lado
Dormir de lado é considerado por ortopedistas como a melhor posição para dormir, o motivo é que, em tese, essa posição pode proporcionar um alinhamento correto da coluna além de fazer com que a cabeça e os pés fiquem na altura do coração, tornando assim a circulação sanguínea mais fácil.
 
Melhorando a posição de lado
Não basta apenas deitar de lado, é necessário que a posição seja adotada da maneira correta e para que isso aconteça é necessário contar com a ajuda de acessórios como o travesseiro.
 
O travesseiro deve ser da mesma altura dos ombros, dessa forma a cabeça não estará nem abaixo nem acima do tronco. Para ficar ainda mais adequada a posição, o ideal é usar outro travesseiro da mesma altura entre as pernas para que os joelhos não encostem um ao outro, fincando assim alinhados da forma correta ao ombro. Outro detalhe que vale menção é que não se deve esquecer a coluna, respeitando assim a forma do corpo,  para isso não se deve deitar esticando as pernas de forma que o corpo fique totalmente reto, nem se curvar muito, o ideal é deixar o quadril levemente flexionado.
 
dormir-de-barriga-pra-cimaBarriga para cima
Dormir de barriga para cima tem seu lado positivo e negativo, o lado bom é que nessa posição as articulações conseguem relaxar de maneira satisfatória de modo a impedir as torções e dores do dia seguinte, por outro lado, essa posição  faz com que a língua fique para trás, provocando assim roncos e até apneia.
 
Forma correta de dormir de barriga para cima
Para dormir de barriga para cima, o travesseiro indicado são aqueles mais baixos, pois eles ajudam a evitar a tensão da musculatura cervical, deve-se ainda colocar outro travesseiro em baixo dos joelhos, dessa forma eles não ficam muito esticados, o que tende a proporcionar um relaxamento dos músculos da lombar e das coxas.
 
dormir-de-brucosDeitar de bruços
Embora muitas pessoas sintam-se confortáveis ao dormir de bruços, de acordo com os ortopedistas essa é a posição mais contraindicada, pois, além de deixar o corpo totalmente reto, obriga o indivíduo a girar a cabeça para o lado a fim de evitar sufocamento durante o sono, o que gera a torção do pescoço, algo que dentre outros males pode causar a ocorrência de dores cervicais, bursite e dores nas costas.
 
Mudar de posição durante o sono
É inevitável  que durante a noite o corpo busque posições mais confortáveis para o descanso, e nesse momento não é possível controlar a posição em que se dorme, o ideal então é começar a dormir na posição certa e esperar que o corpo vá se adaptando a ela.
 
Aqueles que costumam mexer-se muito ao longo da noite, devem passar por acompanhamento médico a fim de observar a causa da alteração no sono, assim que diagnosticado o motivo deve ser procedido um tratamento especifico a fim de resgatar a qualidade do sono.
 
Como mudar a posição errada de dormir
Só é possível  reeducar a forma de dormir com treino e persistência, de modo que, com o tempo, será possível perceber os resultados. Nas primeiras tentativas será absolutamente normal observar que o corpo voltará à posição errada, e isso poderá inclusive causar alguns desconfortos, pelo que, fica o alerta de que o processo será de fato longo e cansativo, mas que ao final indubitavelmente valerá a pena.
 
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“Clareamento dental rejuvenesce o rosto em até cinco anos”, afirma dentista

Técnica conjugada une a eficácia do laser com a praticidade do clareamento caseiro
 
Muitos fatores podem provocar o escurecimento dos dentes. Os principais são o tabagismo e o consumo excessivo de café, chás, vinho tinto e alguns refrigerantes. Como alternativa para acabar com esse problema, uma nova técnica promete ser bastante eficaz: o clareamento conjugado. De acordo com a dentista Katy Carvalho Leite, o processo rejuvenesce o rosto em até cinco anos.
 
— É uma mudança estética que reforça a autoestima e estimula a autoconfiança. Pacientes que cuidam da alimentação e da higiene conservam o branqueamento por até cinco anos.
 
O método une a eficácia do laser com a praticidade do clareamento caseiro. No consultório, um gel de Peróxido de Hidrogênio ou Peróxido de Carbamida é aplicado sobre os dentes e ativado pelo laser, que potencializa seu agente clareador. O dentista faz uma moldeira de silicone e aplica o mesmo produto. Em casa, o paciente usa o suporte por algumas horas para deixar os dentes em contato com a substância.
 
São necessárias, em nédia, duas sessões o clareamento a laser no consultório e poucos dias de uso do caseiro. A doutora Katy explica que a quantidade e o valor das sessões depende da necessidade de cada paciente.
 
— Preferimos analisar cada caso e assim determinar o preço, por isso não há como informar um valor fechado.
 
Durante o tratamento, o paciente precisa tomar alguns importantes cuidados: não fumar, não ingerir alimentos ácidos ou que contenham corantes durante 48h a 72h após o término do tratamento. Além disso, também não é recomendável usar creme dental com bicarbonato de sódio.

R7

Obesidade nas crianças de Fukushima aumentou após acidente nuclear

Reuters
Taxa de obesidade nas crianças de Fukushima aumentou desde
 o acidente nuclear de 2011
Índice de sobrepeso das crianças de Fukushima supera o do resto da províncias do Japão
 
A taxa de obesidade nas crianças de Fukushima aumentou desde o acidente nuclear de 2011, uma tendência que contrasta com a das outras áreas do país, cujos menores são cada vez são mais magros.
 
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação japonês entre 700 mil estudantes de entre cinco e 17 anos de todo o país mostra como o nível sobrepeso das crianças de Fukushima supera o do resto da províncias do Japão.
 
Além disso, em alguns segmentos de idade é quase 2% maior que o registrado antes de março de 2011, informou neste sábado a emissora pública "NHK". Em nível nacional, a média de crianças obesas se mantém plana desde 2011, e o mesmo que ocorre com a altura, enquanto o peso geral dos menores caiu desde 2006.
 
As autoridades japonesas destacaram que a causa desta tendência não se repetir em Fukushima é que os estudantes desta província têm menos oportunidades de fazer exercício ao ar livre desde a crise nuclear causada por um tsunami.
 
Além disso, acredita-se que também influiu a mudança de rotinas e condições de vida das crianças da área, que em muitos casos tiveram que ser evacuadas e mudar de colégios devido ao pior acidente nuclear da história junto ao de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
 
EFE/R7

Como fazer uma sopa para um enfermo

Para quem gosta de aprender novas receitas, principalmente para tempos mais frios ou mesmo para aquela pessoa que está com uma gripe e ainda mais enferma, aqui vai uma dica e tanto para quem gostas de sopas e caldos para essas ocasiões e precisa aprender algo mais gostoso e que dê mais sustância.
 
Nesse artigo iremos ensinar como se prepara uma deliciosa sopa para enfermo, bem fácil e rápida de ficar pronta, até mesmo para quem nunca cozinhou na vida e precisa preparar algo rapidamente. Anote os ingredientes e o modo de preparo que vão estar descritos mais abaixo e tente fazer na sua casa. Tenho certeza que você vai se sair muito bem e o resultado final vai ser bastante surpreendente.
 
É uma receita bem saborosa e que não tem erro no modo de preparo, por isso que ela acaba chamando tanto atenção. Comprove isso agora mesmo e veja o quão deliciosa essa receita irá ficar.
 
1. Ingredientes apara fazer sopa para enfermo
Anote os ingredientes necessários para que você consiga preparar a sua sopa para enfermo. Eles são bem simples, mas indicamos que vocês os anotem para que nenhum seja esquecido, com o perigo de prejudicar o gosto final dessa receita.
 
- 1 peito de frango grande sem pele e sem osso
 
- Alho e pimenta-do-reino para temperar
 
- 1 colher sopa de óleo
 
- 1 xícara de arroz agulhinha
 
- 2 batatas medias raladas, ralo grosso
 
- 2 cenouras médias raladas, ralo grosso
 
- 2 caldos de galinha
 
- 1 xícara de cheiro verde picado
 
- 1 xícara de hortelã picadinha
 
- 2 tomates maduros picados
 
- 2 cebolas picadinhas
 
- ½ pimentão pequeno picadinho
 
- 2 colheres de sopa de extrato de tomate
 
- Água o suficiente
 
2. Fazendo a sopa para enfermo
Para fazer essa sopa vai ser bem simples, como já havíamos indicado mais acima. Primeiramente doure a cebola no óleo numa panela de pressão para começar a preparar a sua sopa. Feito isso, junte o frango já picado e temperado e deixe refogar e esperar que ele fique mais cozido e mais dourado por fora também.
 
Quando ele estiver mais refogado e dourado, junte os tomates, o pimentão, o caldo de galinha, o arroz lavado, as batatas, as cenouras, o extrato de tomate, o cheiro verde, a hortelã e por fim, a água para que a sua sopa possa encorpar e tomar mais forma e ficar na consistência ideal. Tampe a panela e deixe cozinhar por cerca de 20 minutos para que todos os ingredientes fiquem mais macios e cozidos.

Depois, tire da pressão e pode servir que a sua sopa para enfermos estará uma delícia e ficara no ponto certo. Pode ter certeza que as pessoas que experimentarem essa sopa vã se curar daquela gripe mais chata.
 
Escrito por Matheus Coneglian
Como Fazer

Aplicar acrílico no corpo pode ter efeitos desastrosos e levar à morte

Médicos alertam para os perigos desse tipo de procedimento estético
 
A busca por um corpo perfeito está levando mulheres a aplicarem acrílico no bumbum, mas os médicos alertam para os riscos desse tipo de procedimento estético que provocou mais de uma morte.
A supervisora de vendas Sueli de Oliveira, de 37 anos, era viúva e tinha quatro filhos. Ela era uma mulher vaidosa e sonhava com um corpo perfeito.
 
Sueli decidiu fazer o preenchimento de glúteos com o polimetilmetacrilato, mais conhecido como PMMA, uma substância química a base de acrílico. Durante a aplicação, ela apresentou complicações e morreu.
 
A médica que fez o procedimento disse em depoimento à polícia que Sueli morreu quase uma hora e meia depois de chegar ao local marcado para a realização do procedimento estético.
 
Procedimento
O acrílico costuma ser apresentado por alguns médicos como uma opção sedutora para quem quer modificar o corpo, com diversas vantagens, como recuperação imediata e preço atraente.
 
No entanto, segundo os médicos, a sedução pode custar caro. A substância pode causar uma série de complicações, como machucados e lesões severas na pela, e até levar à morte do paciente.
 
Assista ao vídeo:
 
 
R7

Formato e cor da vagina raramente indicam uma doença

Cirurgias na região podem causar perda da sensibilidade e prejudicar vida sexual
 
Por Dr. Fabio Laginha
 
Não é incomum ouvirmos relatos de pacientes que sentem dificuldades com o próprio corpo, achando inúmeros defeitos que só elas observam. Existe na nossa sociedade um controle da beleza de forma ditatorial e qualquer coisa fora deste padrão deixa de ser bonito ou normal.
 
 Quando o assunto é a região genital feminina, a situação fica ainda mais complexa. Isso porque não existe um padrão de cor, tamanho e proporção dos grandes e pequenos lábios. É importante salientar que, na grande maioria dos casos, essas características não apresentam relação direta com o prazer, higiene ou dificuldades durante a relação sexual. 
 
As exigências cada vez maiores do mundo moderno têm feito com que a mulher observe também essa região e estabeleça um novo padrão de beleza. Além dos cabelos, rosto, seios, formas, dentes, unhas e cílios, chegou a hora e a vez da vulva, que é a designação da área na entrada da vagina.
 
Alguns fatores levaram à maior observação e exposição desta área, como:               
- A depilação radical que, hoje em dia, deixa mais regiões expostas. Os pelos formam uma camada de ar criando proteção local. Aparar e tirar excessos, mantendo uma faixa em volta dos grandes lábios seria o ideal. O raspar com lâminas ou cera quente levam ao aparecimento de inúmeras micro lesões de pele, além de traumas pelo atrito das roupas, que podem favorecer o aparecimento de infecções secundárias. A depilação a laser diminui esses problemas e pode ser definitiva, dependendo da pele e cor dos pelos
 
- O crescimento, permissividade, divulgação e consumo da indústria pornográfica (sem entrar no mérito de ser contra ou a favor), com censores que selecionam modelos brancas, esculturais, mostrando as regiões genitais róseas, simétricas, sem pelos, beirando o infantil e ingênuo
 
- Toda uma indústria de sabonetes, perfumes, lencinhos, absorventes e cremes focadas neste segmento que, de uma maneira subliminar, mostram que uma genitália feminina pode ser feia, suja, com uma umidade "não normal" e com odor pouco agradável que "deve ser tratado". Com isso, pode-se estimular um excesso de higiene e fazer com que a mulher perca a proteção natural da pele, contribuindo para o aparecimento de infecções ou alergias
 
- As roupas e biquínis arrojados devem ser mais colados para que a silhueta, inclusive com calças jeans, mostre a proeminência dos grandes lábios
 
- Não é incomum o uso de editores de imagem para ajustar vulvas em que os pequenos lábios não sejam róseos, simétricos, que não ultrapassem os grandes lábios ou que o clitóris fique muito aparente.
 
Com isso, vemos um sem número de mulheres inconformadas com a cor, tamanho, ou simetria da vulva, criando uma falsa necessidade de tratamento e insatisfação com o próprio corpo.
 
Quando a anatomia da vulva realmente é um problema?
Durante a formação embrionária da região genital, podem acontecer mal formações e anormalidades do desenvolvimento da vulva, vagina, útero, vias urinárias e intestino. Estas, mais graves, podem levar a mulher a riscos, e por isso devem ser avaliadas, discutidas e tratadas com profissionais competentes. Essas, entretanto, são a minoria entre as pacientes, cujas queixas mais frequentes têm fundo estético.
 
A maior queixa que observamos são as hipertrofias e assimetrias dos pequenos lábios. Devemos lembrar que eles, principalmente a parte superior que recobre o clitóris, apresentam maior sensibilidade e contribuem para o prazer durante a relação. Muitas cirurgias estéticas são apenas amputações grosseiras e podem diminuir a sensibilidade local. Algumas técnicas podem ser mais eficazes, reduzindo a possibilidade de perda desta sensibilidade. Portanto, antes de se submeter a qualquer procedimento de labioplastia (cirurgia que reduz os grandes e pequenos lábios ou muda a sua forma) informe-se bem sobre as opções.
 
A segunda queixa igualmente frequente é a respeito da coloração da região. Em nossa cultura, o loiro é belo. Como nossa população é na maioria morena, o acúmulo de melanina nesta região faz parte da nossa genética. A fricção de roupas ou da própria pele, depilações, infecções, diabetes, gestações e a idade podem piorar este quadro. Estas manchas podem ser atenuadas com laser, cremes e outros produtos indicados por especialistas.
 
A terceira queixa é a diminuição da gordura dos grandes lábios com o envelhecimento. Esta mudança pode ser atenuada pelo preenchimento da área com gordura de outra parte do corpo.
 
O tamanho do clitóris também aparece na lista e a causa deve ser investigada, pois pode estar relacionada a problema hormonal, uso de hormônios ou anabolizantes. Existem cirurgias que podem diminuir sem a perda da sensibilidade local.
 
Em resumo, é nesta região onde se concretiza a relação sexual. Muitos problemas com o corpo, com a sexualidade e seu desenvolvimento, abusos na infância e outras questões se escondem por trás de uma queixa puramente estética, de higiene ou de conforto. E isso independe do nível socioeconômico e cultural.
 
A mulher deve discutir o caso com uma equipe multiprofissional que inclua um ginecologista, psicólogo ou sexólogo antes de pensar em cirurgias agressivas. Como o procedimento normalmente é irreversível, pode haver ainda mais frustração por não ter sido resolvido o problema psicológico de base. Vale lembrar que hipertrofias citadas não causam danos ou riscos para a mulher.
 
Apesar das cirurgias de preenchimentos e das labioplastias, cuja prática quadruplicou em alguns países nos últimos oito anos, não observamos um aumento significativo da felicidade e qualidade da vida sexual das mulheres nesta mesma proporção, muito pelo contrário.
 
Como diz Jessica Marie, dona da loja virtual Vulva Love Lovely, que confecciona produtos alusivos à genitália feminina: "As vulvas da indústria pornô são como os dragões: não existem no mundo real".
 
Antes de achar que você tem um problema, busque a avaliação de um profissional imparcial e tente identificar o que pode estar escondido por trás desta queixa. Leia mais nos sites abaixo. Recomendamos também uma olhada no painel de vulvas do artista plástico Jamie McCartney, que mostrou o quanto esta região pode ser diversificada, sem deixar de ser bonita!
 
Links e referências:

PUSSY PRIDE PROJECT: http://mollysdailykiss.com
 
Minha Vida

Cãibras sinalizam desequilíbrio de nutrientes no organismo

Cãimbra
Alongar e manter dieta equilibrada ajudam a prevenir o problema
 
Você pode estar parado, andando, praticando esportes ou até dormindo, não importa! Basta uma oportunidade e lá vem a danada da cãibra para te incomodar.

A dor intensa, que parece uma fisgada, pega qualquer um de surpresa. Caracterizada pela contração dolorosa e involuntária dos músculos, a cãibra é um problema comum que apesar de não sinalizar nenhuma doença grave, funciona como um termômetro que mede o equilíbrio de água e nutrientes no nosso organismo.

"Quando ela surge, é sinal de alguma deficiência", explica o fisiologista da Unifesp Raul Santo. Para prevenir o incômodo, medidas simples como alongamento e dieta equilibrada são fundamentais.

"Ela é involuntária e dolorosa, porém, se você tomar cuidados como alongar antes de qualquer exercício e usar o sapato adequado, por exemplo, já consegue evitar o problema", afirma o fisiologista. 
 
O que acontece na hora da cãibra?
A cãibra é uma contração parcialmente involuntária dos músculos que ocorre em função do desequilíbrio hidroeletrolítico da área onde a dor aparece, ou seja, quando sentimos cãibra, nosso organismo está dando sinais de que é preciso repor a água e os sais minerais, como potássio e sódio, nesta região.

Por isso sua incidência é comum durante ou após a prática de exercícios físicos, após muitas horas em pé e até na hora do sexo. "Como não se caracteriza como doença, a cãibra não causa complicações graves e seus sintomas são basicamente dor e forte contração do local", explica Raul Santo. 
 
Por que ela aparece mais nos pés, dedos e panturrilha?
Embora possa acontecer em outras partes do corpo, a cãibra atinge mais os dedos e toda a superfície dos pés e  panturrilha em função do desgaste maior que estas áreas sofrem.

Como são regiões em constante movimento, acabam perdendo seus nutrientes com maior rapidez, daí o fato de serem o foco. "Como usamos pernas e pés com frequência, gastamos todo o combustível disponível ali, fazendo o corpo reagir mandando sinais de que é preciso repor os nutrientes", explica o fisiologista.

"Calçados impróprios para caminhar ou praticar exercícios e uma dieta desregulada podem tornar o problema mais frequente". 
 
E quando ela aparece no meio da noite?
Se a cãibra é uma consequência do esforço muscular de determinadas regiões, porque ela aparece quando dormimos, e portanto, num momento de relaxamento?

Isso acontece porque na hora do sono nosso corpo relaxa e faz um balanço de tudo o que gastou e repôs ao longo do dia e, quando há falta de algum nutriente, ele reage mesmo se estamos dormindo. Outra situação provável durante o sono é o relaxamento brusco do músculo contraído durante todo o dia.

"O corpo está reagindo ao que não apresenta equilíbrio ou sofreu o impacto do relaxamento brusco provocado pelo sono depois de um dia inteiro de contrações", explica. 
 
Banana sim, mas sem exageros
Quem já não ouviu dizer que comer banana ajuda a evitar cãibras? Mas será que é verdade? O fisiologista Raul Santo explica que como é rica em potássio, um dos principais minerais responsáveis pelo equilíbrio hidroeletrolítico, ela ajuda bastante na prevenção da contração, porém, se não houver a reposição dos demais nutrientes e sais minerais, a medida não é suficiente.

"A fruta é excelente para cãibra, mas seu efeito se torna ainda mais poderoso, se aliado a reposição das demais substâncias necessárias para se alcançar o equilíbrio hidroeletrolítico, inclusive a água", diz Raul.
 
Alongamento
Tratamento
O melhor tratamento para a cãibra é alongar a área na hora da contração. Segundo o fisiologista, esta prática estimula a circulação no local e promove a irrigação das veias e a reposição dos nutrientes perdidos, acabando com a dor. "Quando damos aquela puxadinha na ponta dos dedos, principalmente o dedão, ou esticamos a batata da perna, estamos alongando os músculos desnutridos e proporcionado a reposição de vitaminas e sais minerais através da irrigação do sangue no local, daí a dor ir embora.  Mas perceba o sinal de alerta. Quando as cãibras se tornam frequentes e contínuas, é melhor procurar um ortopedista e um fisiologista, pois, o problema pode estar relacionado a outros problemas de postura ou articulação", diz Raul. 
 
Cuidados que ajudam a evitar a dor
A cãibra está diretamente ligada aos nossos hábitos de vida e é por isso que medidas simples conseguem diminuir a frequência do problema.

"A combinação para afastar a cãibra é manter alimentação equilibrada, hidratação e condicionamento físico", explica o fisiologista da Unifesp.

- Usar calçados adequados e confortáveis para práticas esportivas ou para quem fica muito tempo em pé

-Manter uma dieta equilibrada com as vitaminas e sais minerais necessários para nossa saúde

-Tomar muita água

-Fazer alongamento e aquecimento sempre que for fazer exercícios físicos e antes e depois da rotina pesada do dia a dia.

-Procurar ajuda médica se as dores persistirem por muito tempo

-Respeitar seu limite físico para não causar dores por exaustão

-Evitar alimentos e bebidas diuréticas para amenizar a perda de nutrientes 
 
Minha Vida

Sedentarismo está ligado com maior mortalidade por câncer de mama

Autoexame das mamasEstudo mostra que mulheres com a doença se beneficiam de atividade física
 
Se uma mulher desenvolve câncer de mama, ter seios pequenos e praticar exercícios pode reduzir seu risco de morrer pela doença - principalmente se ela tem receptores de estrogênio. É o que mostra um grande estudo desenvolvido pela equipe do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia (EUA). O estudo foi publicado online dia 09 de dezembro na revista PLoS One.

Especialistas já sabiam que ser fisicamente ativo reduz o risco de contrair câncer de mama em cerca de 25%. O novo estudo, no entanto, observou como o exercício pode ajudar aquelas pacientes que já foram afetadas com a doença.

Para o estudo, os cientistas acompanharam quase 80 mil mulheres durante 11 anos. Todas eram participantes em estudos nacionais sobre caminhada e corrida - do total, aproximadamente 33 mil mulheres caminhavam e 46 mil praticavam corrida.

Quando a pesquisa começou, nenhuma das mulheres tinha sido diagnosticada com câncer de mama. Todas relataram as distâncias que andavam ou corriam a cada semana, bem como tamanho de seu sutiã, peso corporal e altura. Durante o período de acompanhamento, 111 participantes do estudo morreram de câncer de mama. Elas estavam com 50 anos em média quando morreram.

Aquelas que seguiram as diretrizes atuais de exercício - duas horas e meia de atividade moderada, uma hora e 15 minutos de atividade vigorosa ou uma combinação semanal equivalente - tinha uma chance 42% menor de morrer por câncer de mama, em comparação com aquelas que não atenderam às diretrizes. A quantidade de exercício descoberta como protetora contra o câncer de mama foi de cerca de sete quilômetros de caminhada rápida ou quase cinco quilômetros de corrida por semana.

Os autores também notaram que as mulheres cujos sutiãs eram taça C tinham um risco maior de morte por câncer de mama, em comparação com aquelas que vestiam taça A. Mulheres com taça D ou mais tinham as chances aumentadas em quase cinco vezes se comparadas com a taça A.

Segundo os estudiosos, Ter altos níveis de estrogênio é um conhecido fator de risco para câncer de mama - e mulheres de seios maiores têm uma produção maior desse hormônio do que as mulheres de seios pequenos. Entretanto, a atividade física beneficia todas as mulheres, independe do tamanho do seio, uma vez que o exercício diminui a produção de estrogênio.

Embora o estudo tenha encontrado uma ligação entre exercícios e menor risco de morrer por câncer de mama, ele não estabeleceu uma relação de causa e efeito. Além disso, outros hábitos saudáveis que podem reduzir o risco de câncer, como a manutenção de um peso corporal saudável e limitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Desvende os 10 principais mitos sobre o câncer de mama
O câncer de mama é o tumor que mais mata mulheres no Brasil, apesar de também afetar os homens, ainda que em menor proporção (1 homem a cada 100 mulheres). O grande número de casos, no entanto, acabou dando origem a muitos mitos sobre a doença. Para esclarecê-los de uma vez por todas, conversamos com os especialistas que mais entendem do assunto.
 
Desvende um por um e aprenda como se prevenir corretamente ou melhorar a adesão ao tratamento:
 
MITO 1: o câncer de mama sempre aparece como um caroço
Existem duas formas principais de aparecimento do câncer de mama. "A primeira delas é o nódulo ou caroço, como é popularmente conhecido", afirma o mastologista Eduardo Millen, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia. A outra forma mais comum é a microcalcificação. "Neste caso, apenas a mamografia consegue fazer o diagnóstico precoce, quando ele tem, no mínimo, 1 milímetro", aponta. Em torno de 1,5 e 2 centímetros, essa calcificação já consegue ser identificada pelo exame clínico feito por um bom mastologista. Há casos menos comuns ainda em que ocorre uma secreção sanguinolenta pelo mamilo de forma espontânea ou descamação da auréola e do mamilo.                    
 
MITO 2: todo caroço na mama é um câncer
Nem todo caroço na mama é um câncer. "Na verdade, a maioria dos nódulos que surgem são benignos", afirma o mastologista Silvio Bromberg, do Hospital Albert Einstein. Geralmente, eles são fibroadenomas ou proliferações das células da glândula mamária. Existem ainda os falsos nódulos ou cistos. Neste caso, o potencial de malignidade é nulo, já que o caroço não é nem mesmo sólido.

De qualquer maneira, qualquer paciente que identificar um caroço no seio deve procurar um mastologista, independente da idade. Mesmo um nódulo benigno pode exigir acompanhamento médico para que não cresça ou se torne maligno.
 
MITO 3: antitranspirantes e desodorantes favorecem o aparecimento do câncer de mama
"Não há qualquer relação entre o uso de antitranspirantes ou desodorantes e o câncer de mama", afirma a mastologista Maria do Socorro Maciel, diretora de mastologia do Hospital A. C. Camargo. Nenhum estudo comprovou que o uso, seja de produtos roll on, spray ou aerosol, favoreça o desenvolvimento da doença.
 
MITO 4: apenas mulheres com histórico de câncer de mama na família podem ter a doença
"Qualquer pessoa em qualquer idade pode desenvolver um câncer de mama, independente do sexo, da cor ou do histórico familiar", afirma o mastologista Eduardo. Ele aponta, entretanto, que alguns pacientes apresentam um risco maior de ter a doença do que outras. Elas se enquadram nos chamados 'grupos de risco'.

O primeiro grupo de risco é o daqueles que têm dois ou mais parentes que tiveram câncer de mama ou de ovário antes da menopausa, no caso das mulheres. O segundo se refere aos grupos que apresentaram mutações genéticas diretamente ligados ao câncer de mama. O terceiro grupo inclui pacientes que receberam tratamento contra o câncer com radioterapia no tórax antes dos 25 anos. "Depois dessa idade, o DNA não sofre mutações que podem favorecer o câncer de mama", diz o especialista.

Quem pertence a um desses grupos deve começar a fazer exames de mamografia a partir dos 25 anos, aproximadamente. As demais pessoas devem começar a prevenção com a mamografia a partir dos 40 ou 50 anos.
 
MITO 5: a biópsia do câncer de mama pode causar uma metástase
"A metástase pode acontecer quando o câncer apresenta células capazes de se deslocar e implantar em outras partes do corpo, o que independe da realização ou não de uma biópsia", afirma a mastologista Maria do Socorro.
 
MITO 6: sutiã apertado pode causar câncer de mama
Com ou sem aro, com ou sem bojo, com alças largas ou finas, não importa. "O sutiã não favorece o desenvolvimento do câncer de mama", afirma o mastologista Eduardo. Nenhum estudo foi capaz de provar ação de causa e efeito.
 
MITO 7: autoexame dispensa a mamografia
O autoexame das mamas caiu por terra. "Nenhum estudo conseguiu provar que ele diminui a mortalidade por câncer de mama", afirma o especialista Silvio. Por isso, nada dispensa consultas com mastologistas ou exames de mamografia. De qualquer forma, o toque durante o banho ou em outro momento mais calmo ajuda a identificar lesões ou nódulos. Quando isso acontece, a primeira medida é procurar um médico para uma avaliação mais detalhada.
 
MITO 8: mulheres com seios pequenos não têm câncer de mama
"A chance de uma mulher desenvolver câncer de mama não está relacionada ao tamanho dos seios", afirma o mastologista Eduardo. Verdadeiros fatores de risco são a obesidade, a hereditariedade e o cultivo de maus hábitos, como fumar.
 
MITO 9: próteses de silicone favorecem o desenvolvimento do câncer de mama
"Próteses de silicone não aumentam o risco de desenvolver o câncer de mama", diz o especialista Silvio. Antes de fazer o implante, entretanto, recomenda-se realizar uma consulta com um mastologista para ter certeza de que não há qualquer nódulo nas mamas.
 
MITO 10: próteses de silicone atrapalham o diagnóstico do câncer de mama, piorando o tratamento
Em maio de 2013, o periódico científico British Medical Journal publicou um estudo realizado na Universidade Laval, no Canadá, que sugere que a colocação de próteses de silicone dificulta o diagnóstico precoce do câncer de mama. Os pesquisadores apontam que os implantes podem dificultar a visualização do tecido mamário através de exames de imagem, como a mamografia e a ultrassonografia.

No entanto, não há consenso científico quanto às limitações dos exames de imagem em pacientes que possuem próteses de silicone nas mamas. É preciso que mais estudos sejam realizados para que haja uma resolução definitiva. Por hora, é recomendado apenas que pacientes com alto risco para o desenvolvimento do câncer de mama  como as que têm casos próximos da doença na família  evitem a colocação das próteses.
 
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