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sábado, 20 de setembro de 2014

Países que controlam tabagismo e hipertensão têm menos casos de Alzheimer

A receita não foge ao tripé que sustenta uma vida saudável e longeva: não fumar, comer bem e se exercitar
 
Na forma inicial, o Alzheimer causa alterações na memória, na personalidade e em habilidades espaciais e visuais.
 
A progressão pode ser rápida ou lenta, mas, em todos os casos, tem como estágio final uma resistência à execução de tarefas diárias, perda da razão e da habilidade de cuidar de si próprio, incontinência urinária e fecal e deficiência motora progressiva. Essas características altamente debilitantes são o que assustam cerca de 68% das pessoas entrevistadas em todo o globo pela Alzheimer's Disease International (ADI).
 
A equipe de pesquisadores multidisciplinar divulgou hoje o Relatório Global do Alzheimer 2014 com essa e outras conclusões importantes. Em alguns países, nos últimos 20 anos, por exemplo, há uma redução da incidência de demência. O motivo, segundo o documento, é o melhor controle do diabetes, da hipertensão e a diminuição do tabagismo.
 
A equipe liderada por Martin Prince, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências da King’s College of London, examinou criticamente evidências para a existência de fatores de risco modificáveis para a demência.
 
“Nós nos concentramos em quatro domínios fundamentais: desenvolvimentos psicológico e psicossocial, estilo de vida e fatores de risco cardiovascular”, enumera.
 
Eles garantem, com base em dados científicos, que, mesmo com o envelhecimento da população, a incidência do risco do problema pode ser modificada com a redução do uso do tabaco e um melhor controle e detecção da hipertensão e do diabetes. A última doença, de acordo com as conclusões do grupo, pode aumentar o risco de males neurodegenerativos em 50%.
 
Independentemente da idade e da carga genética, a demência causada pelo Alzheimer pode ser prevenida. A receita não foge ao tripé que sustenta uma vida saudável e longeva: não fumar, comer bem e se exercitar. Os pesquisadores resumiram as recomendações em uma máxima:
 
“O que é bom para o coração é bom para o cérebro”. Isso porque a redução dos casos da doença percebida por eles tem como pano de fundo uma melhora na saúde cardiovascular em países de alta renda.
 
“Existem evidências de vários estudos de que a incidência de demência pode estar caindo em países de alta renda vinculadas a melhorias na educação e na saúde cardiovascular. Precisamos fazer tudo o que pudermos para acentuar essas tendências”, afirma Martin.
 
Correio Braziliense

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