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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Tenha uma vida mais saudável comendo alcachofra

alcachofraTer bons hábitos alimentares é, sabidamente, uma das melhores maneiras de evitar doenças e ter uma vida saudável, por isso, quanto mais conhecimento acerca dos alimentos capazes de auxiliar nesse processo, melhor, pelo que, nesse artigo falaremos em específico sobre a alcachofra

Cynara cardunculus é o nome cientifico da alcachofra, que é uma planta de origem europeia e faz parte de 22 mil espécie de plantas diferentes entre elas o girassol e as margaridas. A alcachofra é uma planta cultivada em todo o mundo e bastante apreciada por quem conhece seus poderes medicinais e propriedades exóticas.

Como identificar a alcachofra?
A planta pode medir cerca de 2 metros de altura, e geralmente possui folhas verde-acinzentadas, sendo também, por vezes, espinhosa. As folhas podem ter de 50 a 80 centímetros de comprimento e 40 centímetros de largura, suas flores costumam ter uma coloração em tom azulado com leve variação para o roxo.

Cultivo da alcachofra
O plantio dessa planta pode ser feito tanto através de sementes como através de mudas, sendo que essa última opção costuma ser a mais eficaz. Geralmente o plantio é feito na estação de outono e colhida na primavera, sendo muito produzidas no Brasil nos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Vida mais saudável com a alcachofra
A alcachofra oferece ao corpo inúmeros nutrientes, tais como vitamina A, vitamina B, vitamina B5, vitamina C, cobre, cálcio, enxofre, iodo, ferro, fósforo, zinco, potássio, sódio e manganês.

Devido à grande riqueza nutritiva, a planta é conhecida como planta medicinal, visto que atua como tônico digestivo, diurético, estomáquico, hepatoprotetor, laxante do tipo que não irrita a mucosa dos intestinos e muito mais.

Apesar de todos os benefícios oferecidos pela alcachofra, o consumo desse tipo de alimento deve se dar de maneira moderada, além do que, deve ser evitado por pessoas alérgicas ao alimento e também por gestantes.

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Vereadores querem proibir consumo de álcool em parques de SP

Foto: Reprodução
Projeto de lei em tramitação na Câmara de São Paulo quer proibir o consumo de álcool nos parques municipais

O texto, que está nas comissões da Câmara Municipal, prevê multa de cem reais para quem descumprir a regra - o valor dobraria em caso de reincidência. A medida foi motivada por casos de abuso de álcool por jovens no Parque do Ibirapuera, na zona sul. Só no primeiro semestre de 2013, mais de 120 adolescentes foram levados do Ibirapuera para hospitais em atendimento de emergência por ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, de acordo com levantamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da direção do parque.

De acordo com os administradores do Ibirapuera, o consumo de bebidas por adolescentes aumenta desde 2012. “Eles já vêm alcoolizados de outros lugares, depois das baladas. O problema é maior entre sábado e domingo”, diz o diretor do parque, José Alonso Júnior. Ele afirma que esses grupos de adolescentes se reúnem, principalmente, na marquise do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e perto da Oca.

O número de casos pode ser ainda maior, segundo o comandante regional da GCM no parque, Eliazer Rodella. “Esses casos são os que contamos e os que levamos para o Hospital São Paulo, mas há muitos relatos de jovens que saem em coma alcoólico e são acompanhados pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).”

Para frear o consumo de álcool, a administração do Ibirapuera e a GCM procuraram a Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e Juventude da Capital e a Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude da Câmara. A promotora Luciana Bergamo Tchorbadjian foi ao parque num fim de semana para observar os jovens. “Constatei o que haviam me relatado. Jovens bebendo e fumando narguilé”, disse, por meio de nota da assessoria do Ministério Público (MP).

Com o apoio da promotoria, foi criado um plano de combate à ingestão de álcool no parque. O MP determinou que os casos de crianças e adolescentes envolvidos em ocorrências ou socorridos em hospitais da região sejam notificados ao Conselho Tutelar da Vila Mariana, que orientará os pais dos menores.

Ações
Desde outubro, o Ibirapuera e a GCM fazem campanhas sobre o abuso de álcool, com oficinas no local. “Resolvemos, com essas ações, 80% dos problemas que tínhamos de coma alcoólico no primeiro semestre”, afirma Alonso Júnior. “Só com medidas como essas vamos conseguir melhorar a qualidade de vida de todos os usuários do parque.” Em setembro, quando o Ibirapuera passou a funcionar 24 horas nos fins de semana, foram adotadas estratégias para coibir o consumo. “Instalamos a feira de artesanato onde os jovens ficavam e temos promovido eventos para que se integrem às ações culturais”, diz.

A Guarda Civil, no entanto, afirma que tem dificuldades para impedir os casos porque não há uma legislação específica que proíba o consumo de álcool. Conforme o diretor do Parque do Ibirapuera, hoje, pelo regulamento interno, é permitido retirar quem portar garrafas de vidro. “As pessoas alcoolizadas podem ser removidas. Mas, com a proibição, vamos dar mais um instrumento para a guarda interceder”, afirma Alonso Júnior.

R7

Haddad anuncia municipalização de hospital

Na primeira agenda conjunta de 2014, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), anunciaram nesta segunda-feira, 6, a municipalização de um novo hospital na capital paulista. Trata-se do Hospital Vasco da Gama, no Belém, na zona leste.

"O Hospital Vasco da Gama é muito importante como estrutura de retaguarda", disse Padilha, durante inauguração de uma unidade da Rede Hora Certa, no Hospital Sorocabana, na Lapa, na zona oeste. A Prefeitura também planeja municipalizar o espaço e está em tratativas com o governo de São Paulo, responsável pelo prédio. A estimativa da Prefeitura de São Paulo é de que a reforma do local custe R$ 60 milhões.

Haddad afirma que a passagem para a administração municipal de hospitais particulares fechados são "oportunidades" que a capital não pode perder. "O Vasco da Gama está há quatro anos fechado. O Santa Marina (que foi municipalizado) estava há quatro anos fechado", disse. "Esse aqui (Sorocabana) estava fechado foi reaberto um andar com Assistência Médica Ambulatorial (AMA). Agora, estamos abrindo segundo andar com a Hora Certa e prospectando os próximos cinco", completou. A Rede Hora certa inaugurada no Hospital Sorocabana terá capacidade de realizar 8,4 mil consultas, 2,1 mil exames e 200 cirurgias por mês.

No ano em que o PT tenta conquistar o governo do Estado nas eleições, o prefeito de São Paulo ainda pretende iniciar as obras de outros dois hospitais, em Parelheiros, na zona sul, e na Brasilândia, na zona norte. Haddad afirmou que pretende superar a meta da Prefeitura paulistana, de criação de mil leitos.

Ele também anunciou que em janeiro deve começar uma nova operação na Cracolândia. Haddad afirmou que é preciso "aprender com o passado" e não adotar nenhuma ação "higienista". Uma das estratégias da cidade será dar empregos aos viciados em drogas, em áreas como zeladoria, inspirado em projeto introduzido na Holanda.

"Vamos dar oportunidade de a pessoa fazer um tratamento, de entrar na frente de trabalho, essas pessoas terão apoio para encontrar nem que seja um quarto digno para poder se acomodar e sair da rua", disse. De acordo com o prefeito, num censo feito na região, o Poder Executivo municipal constatou que a maioria dos dependentes de droga da região da Luz é formada por egressos do sistema prisional.

Estadão

Litoral norte de SP lança ofensiva contra cães nas praias

As prefeituras do litoral norte de São Paulo lançaram ofensiva contra cães nas praias durante a temporada de verão. Para isso, algumas delas, como é o caso de Caraguatatuba, irá multar proprietários que forem flagrados com os bichos na areia com valores que variam de R$ 250,00 R$ 1.250,00, conforme prevê uma lei municipal. São Sebastião também possui lei municipal, mas segundo banhistas, não há fiscalização. Ubatuba utiliza uma lei federal que coíbe cachorros na praia.

Segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Caraguatatuba, cachorros que passeiam na praia podem trazer problemas à saúde para o dono banhistas. A areia contaminada com fezes de cães pode transmitir doenças como a Ancylostoma ou larva migrans cutânea, ou Bicho geográfico, como é mais conhecido.

"Os banhistas ficam suscetíveis ainda a outras doenças de pele, como as micoses, larvas migrans visceral, toxoplasmose entre outras", diz o centro. "O dono que estiver com animal na praia será orientado sobre os riscos. Caso apresente resistência, será aplicada a multa. O animal pode ser apreendido e para resgatá-lo será necessário comprovar que é o proprietário, pagar a multa, a taxa de recolhimento, a permanência do animal no abrigo e o microchip", disse Guilherme Garrido, do Centro de Controle das Zoonoses.
 
R7

Dentes rachados, mau hálito e ferida na boca podem ser sinal de doenças

Dentes rachados, por exemplo, podem ser sinal de
refluxo gastroesofágico
Dentista explica que a boca pode mostrar que pessoa está doente

Muitas doenças apresentam sintomas também na boca, por isso é necessário ficar atento a qualquer sinal que apareça, de acordo com a cirurgiã-dentista Adriana Rodrigues, da clínica Living Odontoestética.

Dentes rachados, por exemplo, podem ser sinal de refluxo gastroesofágico. De acordo com a especialista, isso pode ser causado por ácidos do estômago que retornam, diluídos, à boca.

Outra doença que pode ser identificada por meio dos dentes é o estresse. Segundo a Adriana, muitas pessoas ficam surpresas ao descobrir que rangem os dentes à noite, afinal de contas, isso acontece durante o sono.

— O bruxismo é um sinal muito comum desse tipo de condição emocional ou psicológica, reflexo do estresse.

A especialista também explica que hálito com cheiro adocicado pode ser sinal de diabetes.

— Isso por que a doença tipo I gera um hálito cetônico, que surge devido a pouca disponibilidade de glicose como fonte energética. Porém, outras alterações bucais podem denunciar o problema: diminuição da quantidade de saliva e maior concentração de cálcio nela; alterações na coloração do esmalte do dente; dor e queimação na língua e grande quantidade e de cáries.

Dentaduras e próteses podem ser a porta de entrada para o câncer bucal. Isso porque o uso incorreto pode causar feridas na boca, explica a cirurgiã. O risco de desenvolver a doença é bastante aumentado quando se associam fatores como álcool e tabagismo, por isso o exame preventivo com o dentista é indispensável.

O vírus do HPV também pode ser detectado por meio da boca. Porém só é possível fazer o diagnóstico se houver uma lesão tipo couve-flor no interior da boca. Essas lesões podem ser tratadas com medicamentos locais, cirurgia ou crioterapia. Já a manifestação do vírus da Aids pode ser identificada através de nódulos de coloração avermelhada que sagram facilmente localizadas geralmente no palato e na gengiva.

Adriana ressalta que a visita ou dentista dever ser feita regularmente.

— Incentivar os pacientes a consciência de que o check up é de extrema importância para detectar problemas futuros é o primeiro passo para prevenir doenças e tratá-las em estágio inicial.


R7

Natação e o fator medo

Natação e o fator medo Guto Kuerten/Agencia RBS
Foto: Guto Kuerten / Agencia RBS
Nadar é uma habilidade essencial na vida para sobreviver

A filha de Annalyn Barbier tinha apenas seis anos e não sabia nadar quando foi convidada para passar uma semana na casa de uma amiga, onde havia uma piscina. Annalyn queria que a filha fosse capaz de se salvar, caso caísse na água. Então, Annalyn, nadadora ávida, matriculou a filha em um curso perto de casa, no Brooklyn. Ela não fazia ideia de como a filha tinha medo de água.

- Ela gritou, chorou e se recusou a ir - lembrou a nadadora.  Mas eu disse a ela que havia pago pelas aulas, e que eu iria lá dar uma olhada, e saí porta fora.

Sem nunca ter ficado sozinha em casa antes, a criança a seguiu, gritando "eu te odeio" e insistindo que não entraria na piscina. Mas o treinador, que sabia lidar com casos difíceis, a levou, com outra garota igualmente aterrorizada, para a água enquanto Annalyn sentou em um lugar onde a filha pudesse vê-la.

Ambas as crianças terminaram o curso sem  incidente. Annalyn disse que a filha, hoje com 14 anos, gosta de entrar na água e nada bem o suficiente para se manter nela.

Assim como Annalyn, eu considero nadar uma habilidade essencial na vida, mais importante para sobreviver do que qualquer coisa que as crianças aprendem na escola. Mesmo se os pequenos não costumem nadar, eles devem saber como fazê-lo, porque podem cair na água a qualquer momento. Há perigos relacionados à água em qualquer lugar - não apenas nas praias públicas e privadas, mas também em lagos, lagoas, parques aquáticos e quintais equipados com as piscinas de criança.

Pânico transmitido
Uma criança pequena pode se afogar pouco acima de meio metro de água. A Comissão de Segurança de Produtos do Consumidor relatou que, entre 2004 e 2006, 47 crianças morreram depois de ficarem submersas em piscinas infláveis. Uma criança pequena se apoiando na borda macia de uma dessas piscinas pode, facilmente, cair de cabeça e não ser capaz de se levantar rápido o suficiente.

Mesmo que o afogamento não fosse um problema, nadar é uma atividade que exercita o corpo e pode ser praticada durante toda a vida. Minha tia de 93 anos, Eleanor Diamond, que mal pode andar, ainda dá braçadas várias vezes durante a semana em uma piscina do outro lado da rua do condomínio onde ela mora.

Um grande número de crianças não é capaz de nadar, o que explica porque os afogamentos são a segunda maior causa de mortes de crianças entre um e 19 anos.

Três anos atrás, a Academia Americana de Pediatria atualizou sua política, reforçando seu conselho de que crianças com quatro anos ou mais devem aprender a nadar, mas também acrescentando que crianças entre um e quatro anos têm menos chances de se afogarem se elas tiverem tido aulas formais de natação.

Exemplo olímpico
Cullen Jones, americano medalhista olímpico e recordista na natação, quase se tornou uma estatística de afogamento aos cinco anos quando foi jogado de um tobogã fechado em um parque aquático e permaneceu submerso por 30 segundos. Ele foi salvo por ressuscitação. Depois do episódio, seus pais insistiram que Jones aprendesse a nadar.

Por meio da campanha da USA Swimming, Make a Splash, Jones, que é negro, agora viaja o país encorajando crianças dessa minoria a aprender a nadar e convencendo os pais da importância de proporcionar as aulas. Os pais nem sempre são os melhores professores, especialmente para crianças que têm medo de água, embora um pai deva estar presente e visível para a criança durante as aulas.

A dica é procurar aulas que se adaptem à zona de conforto do seu filho na água. Uma criança que tenha muito medo ou fique muito nervosa perto da água pode se sair mal em turmas grandes. Uma turma pequena - ou, melhor ainda, atenção individual, pelo menos nas primeiras aulas - tem mais chances de funcionar. Certifique-se de que o treinador conheça os limites do seu filho.

As aulas geralmente começam ensinando as crianças a não terem medo da água. Elas aprendem a molhar o rosto, fazer bolhas, levantar o rosto e respirar. Elas, então, aprendem a boiar e a respirar corretamente enquanto fazem movimentos simples.

Não importa se a criança se mostra um exímio nadador, nenhuma delas é "à prova de afogamentos", disse Jeffrey Weiss, principal autor do estatuto da Academia de Pediatria.

Pais de olho
É responsabilidade dos pais estabelecer regras e precauções. Nunca deixar a criança nadar sem supervisão. Um adulto que saiba nadar deve estar sempre presente e prestando atenção, não lendo um livro ou no telefone. Mesmo as crianças mais velhas que são exímias nadadoras devem ser supervisionadas ou, pelo menos, estar sempre com um amigo que seja um bom nadador.
As crianças devem ser ensinadas a nunca segurar outra criança debaixo d'água, não importa por quanto tempo.

A Academia Americana de Pediatria diz que as pessoas que supervisionam as crianças na água devem saber fazer reanimação cardiopulmonar, só para garantir. Demora apenas meio minuto para uma criança perder a consciência. As crianças também devem aprender a não alarmar ninguém sem razão - gritar por ajuda para se divertir pode significar que nenhuma ajuda vai chegar quando for realmente necessária.

The New York Times Service

Especialistas dão dicas de cuidados com a saúde durante o verão

Especialistas dão dicas de cuidados com a saúde durante o verão Jean Pimentel/Agencia RBS
Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS
Hidratação e proteção solar são medidas importantes para o organismo não sofrer com o excesso de calor

Em tempos de calor intenso, com sensação térmica ultrapassando os 40°C, todo cuidado é pouco para evitar doenças típicas do verão. Os especialistas recomendam beber água, evitar exposição ao sol no período entre 10h e 16h e sempre usar de protetor solar.

Segundo o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro Nelson Nahon, o maior perigo na temporada de verão, além do excesso do sol, é a desidratação. Ele alerta para os cuidados com a alimentação:

— Tem muita gente que se alimenta na rua. É preciso prestar atenção na qualidade, e, nas praias, tem que ver se os ambulantes estão com os alimentos expostos por muito tempo — disse.

Para o médico, há muita gente que comete abusos, como é o caso das pessoas que ficam durante um período longo nas praias.

— O pessoal fica, às vezes, o dia inteiro sob o sol intenso e ainda leva crianças com menos de seis meses para a praia. Isso não é indicado — analisou.

Segundo o médico, a principal consequência da exposição excessiva ao sol é a desidratação que, dependendo da intensidade, pode provocar diarreia e vômito.

— No caso mais acentuado, se a pessoa passar mal, tem que ir para um hospital e tomar soro. A desidratação pode ser uma coisa perigosa, principalmente em pessoas mais idosas e mais novas — informou.

Nahon aconselha que diante de vômitos e tonturas a pessoa procure uma unidade de saúde para uma consulta.

— O vômito é um sinal, junto com o sol forte e a falta de hidratação. Isso é um alerta — disse.

Para quem não tem hábito de fazer exercícios e pretende mudar de vida neste começo de ano, o cardiologista Serafim Borges recomenda que o interessado comece o projeto de vida saudável ao ar livre, logo nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde.

— Tem que fazer exercício antes das 9h ou depois das 17h. Se não for assim é melhor deixar para começar a fazer os exercícios em outra época do ano. Lamentavelmente, muitas pessoas começam porque desejam seguir a velha história de que, quando chega o verão, é preciso fazer exercício e emagrecer, e não toma cuidado — disse.

O médico sugeriu alimentação rica em carboidrato e livre de gordura animal, uso de roupa clara ventilada e leve; e forte hidratação.

— A melhor hidratação nos 30 minutos iniciais de uma corrida ou de uma caminhada é a água. Após os 30 minutos pode ser uma água de coco sempre bem gelada — recomendou.

Zero Hora

Saiba como prevenir problemas respiratórios no verão

Gripes e pneumonias também acometem crianças e adultos nos dias mais quentes do ano

Com a chegada do verão, muitos acreditam que estarão protegidos contra gripes, resfriados e pneumonia, enfermidades consideradas típicas do inverno. Porém, todo o cuidado é pouco, pois as doenças pneumocócicas ameaçam a saúde em qualquer época do ano. A doença é a principal causa de morte prevenível por vacinação em crianças, sendo responsável por cerca de 20% de 8,8 milhões de óbitos em todo o mundo.  

O vírus influenza também preocupa. Responsável pela gripe, ele atinge anualmente entre 5% e 10% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora seja considerada uma doença benigna, a gripe também pode apresentar complicações. Outro problema é que, por ter sintomas parecidos, pode comprometer o diagnóstico da pneumonia. A elevação da temperatura merece atenção redobrada, uma vez que, no verão, o uso de ar-condicionado e ventilador costuma aumentar. Esses equipamentos, quando não higienizados corretamente, são propagadores de agentes causadores de problemas respiratórios, como a Legionella pneumophila e as bactérias Haemophilus. O tempo seco deixa ainda a mucosa mais seca e vulnerável.  

O clínico geral Breno Figueiredo Gomes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica - Regional Minas Gerais e diretor técnico do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, explica que a gripe, a virose, o resfriado e a pneumonia são infecções das vias aéreas.

- A gripe e o resfriado são viroses (causadas por vírus). A gripe é causada pelo influenza e é mais forte que o resfriado (causado por centenas de outros vírus). A pneumonia é uma infecção das vias aéreas baixas (pulmões) e pode ser provocada tanto por bactérias quanto por vírus - diferencia. 

Gomes alerta que a pneumonia é uma doença perigosa, que, se não for tratada adequadamente, pode levar o paciente à morte:

- Ela aparece em qualquer idade e a cura geralmente é feita com o uso de antibióticos. Apenas o médico, depois de uma avaliação clínica detalhada e de exames, se necessários, pode precisar se o paciente está com pneumonia.
 
Maioria dos casos é causada por bactérias
O limiar entre a gripe e a pneumonia pode ser tênue porque as gripes podem predispor as infecções bacterianas, que levam à infecção dos pulmões. Ou seja, um quadro gripal pode, sim, transformar-se em uma pneumonia. A contaminação acontece com a exposição direta aos vírus e às bactérias de uma pessoa infectada geralmente por meio da saliva ou das secreções nasais. As mãos são os principais meios de transmissão das infecções.

- Por isso, devem ser lavadas ao longo do dia, várias vezes. E bem lavadas - alerta o médico.  
 
De acordo com Mauro Gomes, diretor da Comissão de Infecções da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a maioria dos casos de pneumonia é causada por bactérias, mas também pode ser ocasionada por vírus, como aqueles que provocam a gripe.

- O vírus da gripe normalmente se manifesta em áreas localizadas na face e, algumas vezes, pode descer para o interior dos pulmões, especialmente em algumas situações em que há comprometimento da imunidade do paciente. Por isso, é fundamental a prevenção da gripe para reduzir o número de mortes por pneumonia - aconselha.  

Grupos dos extremos populacionais - pessoas com menos de cinco anos e mais de 60 - são os mais acometidos pela pneumonia. Segundo a OMS, a doença mata 1,5 milhão de crianças nessa faixa etária por ano no mundo. O Ministério da Saúde contabilizou 300 óbitos de meninos e meninas, de janeiro a dezembro de 2012, em decorrência de complicações da infecção respiratória.  
 
Antibióticos
Segundo o pneumologista Flávio Andrade, a pneumonia geralmente é tratada com medicamentos para combater os sintomas e antibióticos que contêm a infecção por bactéria. No caso de infecção por vírus influenza, a medicação é específica. Ele salienta que a pneumonia pode ser contraída por inalação, aspiração, via hematogênica (pelo sangue), contiguidade a partir de focos infecciosos da parede torácica e reativação de focos, principalmente em pacientes imunossuprimidos.

- Um quadro gripal pode favorecer a infecção bacteriana por reduzir fatores locais e sistêmicos de defesa do organismo - esclarece. 

Andrade ressalta a importância de evitar a automedicação, que pode ofuscar a gravidade do quadro infeccioso.

- As pessoas nunca devem se automedicar, principalmente com antibióticos. A banalização dos sintomas pode ser muito perigosa. A evolução da pneumonia é diretamente relacionada ao início precoce do uso de antibióticos. Além disso, o atraso no tratamento pode ser fatal em alguns casos - alerta.

O SUS vacina crianças menores de dois anos e idosos contra a pneumonia. No primeiro caso, a imunização é feita em três etapas. Adultos com mais de 60 anos podem se proteger contra a gripe anualmente.

Correio Braziliense

Contato físico entre mãe e bebê prematuro tem efeitos positivos até dez anos depois

Contato físico entre mãe e bebê prematuro tem efeitos positivos até dez anos depois Porthus Junior/Agencia RBS
Foto: Porthus Junior / Agencia RBS
Pesquisa mostra que contato influencia no desenvolvimento do cérebro da criança

O contato físico entre mães e bebês é essencial para o desenvolvimento físico e psicológico dos recém-nascidos. Em um novo estudo, a professora da Universidade Bar- Ilan, de Israel, Ruth Feldman, estudou o impacto de diferentes níveis de contato físico em crianças nascidas prematuramente.

— Neste estudo, que durou dez anos, nós mostramos pela primeira vez que o contato materno com recém-nascidos prematuros tem impacto positivo na vida das crianças até dez anos depois — disse Feldman .

Os pesquisadores compararam o cuidado em incubadora padrão com uma nova intervenção denominada "Método Canguru" (KC, na sigla em inglês). O método foi originalmente desenvolvido para gerenciar o risco de hipotermia em bebês prematuros em Columbia, local que lutava contra a falta de acesso a incubadoras. A intervenção usa o calor do corpo da mãe para manter seu bebê quente.

Os pesquisadores pediram a 73 mães para aplicar o método canguru em seus bebês prematuros em unidade neonatal por uma hora por dia durante 14 dias consecutivos. Para efeito de comparação, os pesquisadores também avaliaram 73 recém-nascidos prematuros que receberam cuidados em uma incubadora padrão. As crianças foram acompanhadas durante os primeiros dez anos de vida.

A equipe descobriu que, durante o primeiro semestre de vida, as mães do grupo KC foram mais sensíveis e manifestaram um comportamento mais maternal em relação a seus filhos. As crianças desse grupo mostraram habilidades cognitivas e executivas melhores em testes repetidos de seis meses a dez anos.

Aos dez anos de idade, as crianças que receberam contato materno quando bebês tiverem melhor resposta ao estresse, um funcionamento mais maduro do sistema nervoso autônomo e melhor controle cognitivo.

— Este estudo nos lembra mais uma vez as profundas consequências a longo prazo do contato materno. Quanto mais contato, mais positiva a influência no desenvolvimento do cérebro e a relação entre mãe e filho — comentou o editor da Biological Psychiatry, John Krystal.

O nascimento prematuro é um problema de saúde em todo mundo. Enquanto a medicina moderna tem aumentado substancialmente o número de sobreviventes prematuros, muitos sofrem dificuldades cognitivas de longo prazo e problemas nos sistemas neurobiológicos que suportam regulação do estresse e da organização da atenção.

— O método canguru é uma intervenção fácil de aplicar, com um custo mínimo, e seu impacto a longo prazo sobre o desenvolvimento da criança chama a integrar esta intervenção nas práticas de cuidados de bebês prematuros de todo o mundo — conclui Feldman.

Zero Hora

Rede Cegonha contribui para a redução da mortalidade de crianças no Brasil

A alta queda do índice de mortalidade de crianças no Brasil pode ser explicada por uma série de fatores. Entre eles, a criação da Rede Cegonha, estratégia lançada em 2011 para ampliar a assistência integral à saúde de mães e bebês desde o pré-natal até os primeiros dois anos de vida. Atualmente, a iniciativa está presente em 5.009 municípios do país, atendendo 2,3 milhões de mulheres.

Uma delas é a dona de casa Tatiane Brasil, 23 anos, moradora de Arapongas (PR). No pré-natal, ela recebeu atendimento multidisciplinar de uma equipe compostas por obstetras, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, psicólogas e assistentes sociais. O procedimento foi feito em outro município paranaense, Apucarana. “Fiz exames de rotina e ultrassonografia, além de receber os medicamentos.

Nas consultas, a médica procurava saber como estava minha alimentação, tirava minhas dúvidas e fazia exames para saber como estava o desenvolvimento do bebê”, conta. Ela também participou de um curso sobre os cuidados que as gestantes devem tomar com os bebês. “Aprendi a dar banho, cuidar do umbigo, amamentar e fui apresentada à maternidade onde daria a luz, o que me deu mais segurança”, garante.

Em junho, Tatiane deu à luz ao menino Arthur. “Cheguei à maternidade depois que a bolsa estourou. Logo no início, foi constatado que eu não poderia ter parto normal e rapidamente o médico marcou a cesariana, o que me surpreendeu. Não fiquei sofrendo e nem o bebê, o atendimento foi muito rápido.

O médico me explicou todos os passos, a necessidade da cirurgia, como seria o procedimento”, recorda.

A dona de casa conta que foi bem atendida por toda a equipe de saúde, antes e depois do parto. “As enfermeiras me ensinaram a maneira correta de amamentar pela primeira vez. Foram muito atenciosas”, lembra. Arthur fez o teste do pezinho e do olhinho e tomou todas as vacinas na maternidade. Uma semana depois, fez o teste da orelhinha.

Antes de sair da maternidade, Tatiane recebeu kit para curativo umbilical, kit enxoval com fraldas descartáveis e cueiro, kit básico de medicamentos à gestante e anticoncepcional para o período do aleitamento exclusivo. “Amamentei exclusivamente no peito graças às orientações que recebi das enfermeiras”, diz a mãe. Alguns meses depois, ela deu início à alimentação suplementar.  “Ele come de tudo. Está se desenvolvendo muito bem”, conta.

Mortalidade infantil
O índice de mortalidade de crianças menores de cinco anos caiu 77% no Brasil em 22 anos.

Segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a taxa passou de 62 mortes a cada mil nascidos vivos para 14 óbitos por mil nascidos vivos.

A queda mais acentuada ocorreu nos últimos anos.

De 2002 a 2012, o país reduziu em 40% a taxa de mortalidade infantil. Entre 2010 e 2013, a redução foi de 9%, passando de 18,6 mortes por cada mil crianças nascidas viva em 2010 para 16,9 em 2012.

O percentual de redução da taxa de mortalidade na infância no Brasil é superior à mundial, que foi de 47% e a da América Latina e Caribe, que foi de 65%.


G1

Vacinação garante queda na taxa de mortalidade infantil brasileira

O Brasil tem um dos melhores programas de imunização do mundo. Atualmente, 96% das vacinas oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são produzidas em território brasileiro ou estão em processo de transferência de tecnologia. Esse foco na prevenção foi um dos principais motivos para a redução da mortalidade infantil no país.

Em crianças menores de cinco anos, a vacinação foi responsável pela acentuada queda nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras. Além disso, em 1989, o país erradicou a poliomielite e eliminou a circulação autóctone (dentro do território brasileiro) do vírus do sarampo, em 2000, e da rubéola, em 2009. Atualmente, só há casos registrados de pacientes infectados fora do país.

Em seu calendário básico infantil, o SUS oferece 12 vacinas que previnem mais de 20 doenças – BCG, hepatite B, penta, inativada poliomielite (VIP), oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) e DTP (difteria, tétano e coqueluche).

Por meio do Brasil Carinhoso, o Ministério da Saúde expandiu também a distribuição de doses de vitamina A para crianças entre seis meses e cinco anos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em campanhas de vacinação. A medida previne a deficiência dessa vitamina, que acomete 20% das crianças menores de cinco anos e, quando severa, provoca cegueira noturna e aumenta o risco de as crianças desenvolverem anemia, entre outros problemas.

O Brasil Carinhoso amplia ainda a oferta de sulfato ferroso na Rede de Atenção Básica de Saúde, além da distribuição gratuita, nas unidades do “Aqui Tem Farmácia Popular”, de medicamentos para asma – a segunda maior causa de internação e óbitos de crianças.

Objetivos do milênio
O índice de mortalidade de crianças caiu 77% no Brasil em 22 anos. Segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a taxa passou de 62 mortes a cada mil nascidos vivos para 14 óbitos por mil nascidos vivos. A queda mais acentuada ocorreu nos últimos anos. De 2002 a 2012, o país reduziu em 40% a taxa de mortalidade infantil.

O Brasil conseguiu alcançar também o Objetivo do Milênio para redução da taxa de mortalidade na infância (ODM 4) quatro anos antes do prazo estabelecido. Com o cumprimento dessa meta criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o principal desafio do Ministério da Saúde é conseguir adesão total de estados e municípios para atuarem diretamente no enfrentamento à taxa de mortalidade neonatal no país.

Além disso, o governo federal concentrará esforços na redução da desigualdade nas taxas de mortalidade infantil nas populações mais vulneráveis, como indígenas, quilombolas, ribeirinhas da Amazônia, entre outras. O governo brasileiro também assumiu o compromisso de realizar ações de cooperação internacional com outros países do mundo que ainda não conseguiram cumprir o ODM 4.

Programa Nacional de Imunizações
Em setembro, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, completou 40 anos de existência. A cada década foram ampliadas as medidas para prevenção, controle e erradicação de doenças. Atualmente, são oferecidos gratuitamente 42 tipos de imunobiológicos, incluindo 25 vacinas.

G1

Paciente com esclerose múltipla frequenta CER de São Bernardo do Campo para aliviar sintomas da doença

Quem vinha atrás de mim falava que eu mancava de uma perna e não estava percebendo”, lembra. Somente após um exame para descobrir porque estava engordando, mesmo tendo o hábito de fazer caminhadas e frequentar a academia, é que Sueli começou a ver que algo estava errado. Depois de um ano e meio, após serem descartados problemas na tireoide e nos ossos, ela recebeu o diagnóstico final: estava com esclerose múltipla.

Essa doença neurológica ocorre quando o sistema de defesa do organismo destrói a camada de gordura que envolve os neurônios, levando a vários sinais e sintomas, como problemas de visão, coordenação, equilíbrio e força. Evolui ao longo dos anos, podendo se manifestar por crises de perda de visão e fraqueza muscular. No caso de Sueli, o problema está nas pernas.

Por isso, para aliviar os sintomas da doença, ela frequenta, desde meados de 2011, o Centro de Reabilitação Especializado (CER) de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Toda terça-feira, das 13h às 14h, faz exercícios para fortalecer a musculatura e alongamento. “De vez em quando, também faço bicicleta sem carga, porque com carga eu não consigo mexer o pedal”, acrescenta. Para complementar a atividade, Sueli faz hidroginástica em uma instituição da prefeitura.

Desde que começou a frequentar o CER de São Bernardo, a professora conta que aprendeu a conviver melhor com a doença, graças à dedicação dos profissionais. “Nos dias em que eu faço, tenho uma disposição bem melhor”. Segundo Sueli, a equipe que a atende é bastante prestativa. “As fisioterapeutas são muito boas. Sabem o que fazem e tratam a gente muito bem”, observa.
 
Rede pública
Hoje em dia, estão em funcionamento 102 CER e 21 Oficinas Ortopédicas – serviços oferecidos na rede pública. Para ampliar ainda mais o atendimento às pessoas com deficiência, o Ministério da Saúde doou 108 veículos adaptados e financiou a construção de mais 110 CER e 37 Oficinas Ortopédicas, além da reforma e ampliação de 45 CER e três Oficinas e equipamentos para 69 CER e 15 Oficinas.

G1

Brasil tem 102 centros de reabilitação de pessoas com deficiência e 21 Oficinas Ortopédicas

O Ministério da Saúde anunciou recentemente a habilitação de 74 Centros Especializados em Reabilitação (CER), além do financiamento para a construção de outras 88 unidades. A iniciativa faz parte do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver Sem Limite, lançado em 2011 pelo governo federal.

Também foram anunciadas a habilitação e construção de 37 Oficinas Ortopédicas, além da entrega de 88 veículos adaptados e de recursos para aquisição de equipamentos, reformas e ampliações de serviços já existentes para aumentar o acesso dos brasileiros com deficiência. O investimento, de R$ 546 milhões, vai beneficiar aproximadamente 4,6 milhões de pessoas por ano. Com essas medidas, o Sistema Único de Saúde (SUS) consegue atender melhor as necessidades básicas de cada um.

Atualmente, estão em funcionamento 102 CER e 21 Oficinas Ortopédicas, serviços de reabilitação oferecidos no SUS. Ao todo, o Ministério da Saúde doou 108 veículos adaptados para o transporte das pessoas que não apresentam condições de mobilidade e acessibilidade autônoma aos meios de transporte convencional ou que manifestem grandes restrições ao acesso e uso de equipamentos urbanos.

O governo federal financiou ainda a construção de mais 110 CER e de 37 Oficinas Ortopédicas (para confecção de órteses sob medida e realização de ajustes das próteses para cada usuário) e a reforma e ampliação de 45 CER e três Oficinas, além de equipamentos para 69 CER e 15 Oficinas.

Os investimentos do Ministério da Saúde incluem ainda o lançamento de duas novas diretrizes da pessoa com deficiência: Atenção à Reabilitação da Pessoa com Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Atenção à Saúde Ocular na Infância. Além dessas, o Ministério da Saúde, nos últimos dois anos, lançou sete Diretrizes de Atenção com objetivo de orientar equipes multiprofissionais para o cuidado à saúde da pessoa com deficiência, nos diferentes pontos de atenção da rede de serviço ao longo do seu ciclo vital.

Foram lançadas as diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down, Atenção da Triagem Auditiva Neonatal, Atenção à Pessoa Amputada, à Pessoa com Lesão Medular, à Pessoa com Traumatismo Craniencefálico, à Pessoa com Paralisia Cerebral e à Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo. A meta é publicar 10 diretrizes até 2014.

O Ministério da Saúde também vai qualificar o atendimento odontológico de pessoas com deficiência em 425 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do país. Com isso, o valor para que os profissionais sejam capacitados a usar técnicas especializadas para tratamento desse público será ampliado em 50%. Cada CEO terá uma cadeira de rodas 40 horas por semana para atendimento. Além disso, foram equipados 81 hospitais com kits para realização de cirurgias odontológicas em pessoas com deficiência.

Cadeiras adaptadas
O Viver Sem Limite envolve ações de 15 ministérios, conta com R$ 7,6 bilhões de investimento até 2014 e já teve a adesão de 1.110 municípios. Pelo Plano, foram acrescentadas ao SUS em agosto deste ano novas Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção (OPM): cadeira motorizada, equipada com motor elétrico, e cadeira monobloco, de mecânica favorável à propulsão e manobras em terrenos acidentados.

Foram incorporadas ainda a cadeira de rodas para pessoas acima de 90 quilos e uma adaptada para dar banho em crianças, um dispositivo auditivo para estudantes de 5 a 17 anos com deficiência auditiva matriculadas no ensino fundamental e médio. O acessório, acoplado ao ouvido, elimina o excesso de ruídos e permite a melhor interpretação do aluno.

G1

Curso capacita alunos e professores na prevenção contra drogas em MG

Curso é oferecido pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Inscrições vão até 14 de fevereiro; são 10 mil vagas para educadores

Estão abertas as inscrições para a seleção de alunos e educadores para o Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas, oferecido pelo Centro de Educação a Distância (Cead) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com o Centro de Referência em Pesquisa, Intervenção e Avaliação em Álcool e Outras Drogas (Crepeia). São oferecidas 10 mil vagas para educadores de escolas públicas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Também podem concorrer profissionais das áreas de segurança pública, de saúde e de assistência social que desenvolvam atividades em escolas públicas.

As inscrições são online e podem ser realizadas neste link até o dia 14 de fevereiro. As vagas serão preenchidas obedecendo a dois critérios de seleção: grupos de no mínimo três e de no máximo dez educadores-cursistas por escola; e ordem de inscrição. O resultado final do processo seletivo será divulgado no dia 28 de fevereiro pelo site do Cead. O início das aulas está previsto para o primeiro semestre de 2014. Confira o edital.

O curso de extensão é gratuito, com carga horárias de 180 horas e é totalmente desenvolvido na modalidade à distância. O objetivo é realizar a capacitação de profissionais para trabalharem coletivamente na prevenção do uso de drogas. O coordenador do curso e do Crepeia, professor Telmo Ronzani, explica que os professores e alunos receberão uma atualização sobre a temática das drogas, com ênfase na prevenção em ambiente escolar. “É um curso voltado para questões de conteúdo, mas, principalmente, com caráter prático e contextualizado à realidade dos professores”, informou.

O Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas é uma iniciativa do Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça e da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.

G1

Falsos médicos são flagrados usando CRMs para trabalharem

Documentos comprovam que homem realizou falsidade ideológica e se passou por médico para atender em pronto atendimento de hospitais (Foto: Reprodução RBS TV)
Foto: Reprodução RBS TV
Documentos comprovam que homem se passou
por médico para atender em hospitais
Falsários atuavam em emergências de hospitais no Norte de SC. Em um dos casos, homem usava CRM de médico paranaense

Falsos médicos foram flagrados utilizando nomes e registros profissionais para atuarem em hospitais de Canoinhas, Papanduva e Irineópolis, municípios localizados no Norte de Santa Catarina. Os suspeitos utilizavam o número de inscrição do Conselho Regional de Medicina (CRM) dos profissionais da saúde para atuarem até mesmo em emergências de hospitais, conforme apurado pela equipe de reportagem do Estúdio Santa Catarina.

Há pouco mais de um mês, os moradores de Papanduva foram surpreendidos pela notícia de que um falso médico estava trabalhando no pronto atendimento da prefeitura do município. O homem usava nome e número de inscrição do CRM de um médico do Paraná. Além de Papanduva, ele medicou por quase um ano na região até ser flagrado, e também atuava na emergência de hospitais dos municípios vizinhos de Canoinhas e Irineópolis.

"Nós chegamos no pronto-atendimento onde esse suposto médico trabalhava. Ele usava o nome de Eduardo e nós dissemos 'olha Eduardo, existe a suspeita que um falso médico esteja usando o teu CRM. Você tem algum documento de identidade para provar que você é você?' Ele disse que tinha, mas que o documento estava no quarto de plantão, e que iria buscá-lo. Dali ele se evadiu e deixou até a mala que ele trouxe de viagem com roupas para trás", afirmou Edgard de Souza, delegado regional do CRM.

Somente em Canoinhas, o falsário teria atendido cerca de 500 pessoas, segundo a prefeitura da cidade. Uma escala de plantonistas de um pronto-socorro da região mostra o homem atuando com o nome de Eduardo Magrim Barros, um médico anestesiologista paranaense. Ao saber que alguém estava usando o seu nome, o verdadeiro Eduardo procurou a Polícia Civil para esclarecer a situação.

O CRM é idêntico, fato que não tem como ter dois, e nas imagens que obtivemos dos dois também é nítido que não se trata da mesma pessoa. A conduta permite que seja enquadrada em diversos crimes. O exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, estamos trabalhando com essa hipótese de falsificação de documentos, uma extensão bem grande de crimes", relatou o delegado Gustavo Siqueira.

Pouco depois de fugir do pronto-atendimento após ser questionado pelo delegado, o suposto médico atendeu ao telefonema de uma colega de trabalho e afirmou apenas que é formado fora do Brasil e que, por não ter passado no exame conhecido como Revalida, obrigatório para para atuar no país, usava, temporariamente, documentação clonada. Em seguida, ele desligou o telefone e não atendeu novas tentativas. Para colegas de trabalho, o falsário disse que nasceu no Mato Grosso.

Outros casos
O caso chegou a ser tratado como isolado pelas autoridades, porém outros falsários foram descobertos. Há mais de um ano, outro falso médico foi descoberto trabalhando no município de Três Barras e acabou preso por falsidade ideológica.

Um terceiro caso também foi descoberto em Papanduva, no pronto-atendimento do Hospital São Sebastião. Uma moradora do município, que prefere não se identificar, foi atendida pela suposta médica Roselaine Sturião, conhecida na cidade como doutora Rose. Após a descoberta do falso médico, a paciente se lembrou de uma consulta suspeita que teve com a médica há cerca de três meses.

"Eu disse pra ela que estava com renite. Eu achei engraçado que falou assim pra mim: 'Tá, o que será que eu receito para você?' Ela fez a receita e me entregou. Só que na verdade eu fiquei tão insegura com a consulta dela que acabei nem comprando o remédio. Peguei a receita, coloquei na bolsa, e nem comprei. O que me chamou a atenção mesmo é que ela foi muito vaga como médica", contou a paciente.

Paciente desconfiou de atendimento em consulta e descobriu a falsa médica através de uma foto em uma rede social (Foto: Reprodução RBS TV)
Foto: Reprodução RBS TV
Paciente desconfiou de atendimento em consulta e
descobriu a falsa médica através de uma foto
em uma rede social
Desconfiada, a paciente pegou a receita e pesquisou na internet o nome e o CRM carimbados no documento. Então, veio a surpresa ao encontrar uma foto de Roselaine em uma rede social. "Eu fiquei chocada porque, na verdade, não tinha nada a ver com a pessoa que tinha me atendido no hospital. Apareceu a foto dessa médica segurando o diploma dela, com o nome 'Roselaine Sturião' e era uma pessoa totalmente diferente", afirmou.

A equipe do Estúdio Santa Catarina procurou a médica Roselaine no hospital São Sebastião, de Papanduva, e descobriu que ela parou de fazer plantões no local na mesma época em que o falso médico foi flagrado em Canoinhas. No hospital, a foto da verdadeira Roselaine foi mostrada para a atendente, que negou que a pessoa era a mesma com quem trabalhava.

"Eu não sei nem como chegar em Papanduva. Então é impossível. Nunca estive lá. Não é a minha pessoa que esteve presente neste hospital. Não fui eu", confirmou a médica paranaense, que se formou na Universidade do Extremo Sul Catarinense, em Criciúma, em 2012, e a partir da formatura atuou somente no Sul do estado catarinense. A médica passou pelo Samu e atualmente trabalha no posto de saúde de Lauro Muller.

Notas
Em nota, a Prefeitura de Papanduva afirmou que notificou a empresa responsável pela contratação dos médicos. "É meu segundo dia. Essa gente vão [sic] contratando médico, nem perguntam documento nem nada. Eu entrei aqui e ninguém me pediu documento. Eu trouxe aqui, mas não me pediram", afirmou um médico recém-contratado pela empresa.

Por telefone, a empresa afirmou que checou a documentação do médico de Canoinhas, antes da contratação. Segundo a empresa, foi analisado o CRM do profissional e em um primeiro momento não foi possível constatar nenhuma ilegalidade. Ainda segundo a Medkos, no caso de Canoinhas, a contratação do médico aconteceu pelo telefone, através de uma indicação de outro profissional da cidade. A empresa também informou que desconhecia o caso da falsa médica de Papanduva e prometeu investigar se houve falhas nos processos de contratação nas duas situações.

G1

Unimed-Rio faz joint venture para atuar em oncologia

Além da análise de novas oportunidades de negócios, a operadora vai focar na consolidação das atividades do hospital e do centro oncológico em 2014

A partir do segundo semestre de 2014, os clientes Unimed-Rio poderão contar com os serviços do novo Centro de Excelência Oncológica. A novidade é fruto de um acordo de joint venture firmado com a Oncoclínica CTO. A primeira unidade ficará estabelecida na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Até então o serviço será oferecido em um ambiente no hospital Unimed-Rio, já a partir de fevereiro.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o superintendente geral da Unimed-Rio Empreendimentos, Walter Cesar, a operadora não entrou com recursos financeiros na parceria. O acordo foi desenhado para que o centro atenda o equivalente a 70% do custos da Unimed com oncologia, que geralmente gira em torno de R$ 100 milhões por ano. Já a Oncoclínica entrou com recursos para a formação societária e com uma participação acionária. O superintendente não informou valores. Como resultado a Unimed terá participação minoritária de 8% a 10% em ações preferenciais da Oncoclínica a partir de agora.

Segundo estimativas, o primeiro centro oncológico deve demandar investimentos da ordem de R$ 5 milhões, a serem investidos de forma compartilhada pelas duas empresas. A participação de cada uma na joint venture é de 50%.

Cesar explicou que as duas empresas têm até 60 dias após o início das atividades do centro para desenvolver um plano estratégico com previsões de expansões para novas áreas geográficas. “O acordo prevê, ainda, a possibilidade de aproveitar a capilaridade que a Oncoclínica (já possui)”, disse.

Novas aquisições
O plano de aquisições da Unimed-Rio ainda não está finalizado. Segundo o executivo, a operadora mira outras unidades hospitalares e a entrada no segmento de serviços auxiliares de diagnóstico e tratamento. De acordo com ele, o planejamento prevê a compra de pelo menos três outras unidades.

A decisão do que comprar, segundo Cesar, vai depender da localização dos empreendimentos. “Zona oeste é uma possibilidade, zona sul também. Tudo depende da área (geográfica) e do negócio”, disse, sem dar detalhes. Além da análise de novas oportunidades de negócios, a Unimed Rio vai focar na consolidação das atividades do hospital e do centro oncológico em 2014.

* Com informações do Valor Econômico

SaudeWeb

Operadoras pedem no STF benefícios de Programa de Recuperação Fiscal

Setor exige que benesses do programa federal, que hoje atende a instituições financeiras e seguradoras, sejam estendidas

O Sindicato Nacional das Empresas de Medicina de Grupo (Sinamge) pediu em ação ajuizada no Supremo Tribunal Federal (STF) que sejam estendidos os efeitos dos artigos 39 e 40 da Lei 12.865/2013 às operadoras de planos privados.

A intenção é ter disponíveis os mesmos efeitos da Lei 12.865/2013, que concede benefícios fiscais somente às instituições financeiras e às seguradoras.

A entidade encaminhou uma “Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental” com pedido de liminar para que as operadoras de planos privados possam ter o direito de optar pelo parcelamento das dívidas débitos tributários decorrentes do Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (IRPJ) vencidas até 29 de novembro de 2013, “respeitando os ditames legais existentes”. O ministro Marco Aurélio Mello será o relator.

SaudeWeb

Planos de saúde tiveram postura complicada em 2013, avalia Procon-RJ

Pouco apoio do órgão regulador do setor, a ANS, é um dos pontos destacados por diretor jurídico do Procon fluminense

Na avaliação do diretor jurídico do Procon do estado do Rio de Janeiro (Procon-RJ), Carlos Eduardo Amorim, os planos de saúde suplementar tiveram uma postura “bem complicada” em 2013. Ele disse à Agência Brasil que o órgão de defesa do consumidor fluminense recebeu pouco apoio do órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

“A agência não apoiou os consumidores como deveria nessa questão do fim dos planos individuais, que está sendo muito complicada. O prejuízo ao consumidor é evidente”. Em 2014, Amorim espera que a ANS apoie mais o consumidor do estado. “Esteja menos, aparentemente, defendendo os interesses das operadoras e mais o interesse do consumidor e que haja uma mudança em relação ao fim desses planos individuais, porque isso está criando um prejuízo muito grande para o consumidor fluminense”, disse.

Procurada pela reportagem, a ANS respondeu, por meio da assessoria de imprensa, que não existe nenhuma decisão a respeito do fim dos planos individuais, cujo aumento é regulado pela agência. O órgão está estudando, inclusive, no momento, propostas de incentivo a planos individuais já para o próximo ano. O que a ANS não tem são mecanismos para coibir a venda de planos coletivos, explicou a assessoria.

Dados da agência mostram que o total de beneficiários de planos privados de saúde individuais no Brasil alcançava 9.853.106 em junho de 2013, última informação disponível. Desse total, 1.383.255 eram beneficiários de planos anteriores à Lei 9.656/98, que regulamenta o setor de planos de saúde, e 8.469.851 são beneficiários de planos novos comercializados após 1º de janeiro de 1999. Segundo a ANS, isso demonstra que não houve decréscimo do número de planos individuais no país. Pelo contrário.

Carlos Eduardo Amorim declarou que poucas operadoras mantiveram planos individuais, que foram absorvidos por outras empresas. Enfatizou que a Secretaria de Defesa de Proteção do Consumidor tem um posicionamento muito firme em relação ao direito de escolha do cidadão por comprar planos de saúde individuais. “A gente entende que as agências reguladoras têm que estar do lado do cidadão, do consumidor. E esperamos esse tipo de postura”.

Denunciou que as empresas pararam de comercializar esse tipo de plano de saúde. O Procon-RJ espera, entretanto, que as operadoras voltem a comercializar planos individuais e reassumam suas carteiras, “porque essa seria a melhor postura para o consumidor”.

Admitiu, por outro lado, que a postura da ANS, “muitas vezes”, é correta. Referiu-se à suspensão de 150 planos de saúde em novembro deste ano, administrados por 41 operadoras, por descumprimento de prazos estabelecidos para atendimento médico, realização de exames e internações, além de negativas indevidas de cobertura. “As operadoras que não estão conseguindo cumprir os pontos contratuais ficam suspensas e não podem mais vender planos novos. Isso é ótimo. Com certeza, a ANS, nesse sentido, trabalha muito bem”.

A preocupação do Procon-RJ, insistiu o diretor jurídico, é em relação à defesa geral do consumidor. “Nessa questão dos planos individuais, ela prejudica muito os clientes. Essa situação pontual tem nos desagradado muito. A gente gostaria muito que as posturas da agência visassem sempre ao melhor para o consumidor e não simplesmente em alguns pontos. A gente entende que a parte mais frágil é o consumidor. E essa parte tem que ser protegida pela agência reguladora”, disse.

Amorim informou que o Procon-RJ apoia a intenção da ANS de ampliar a proteção aos consumidores, incluindo cláusulas não assistenciais. “Sempre que você amplia a área de atuação e permite que sejam observadas algumas coisas a mais no contrato, a gente apoia e espera de fato que as coisas caminhem nesse sentido: uma cobertura mais ampla, onde o consumidor se sinta efetivamente seguro”.

Sobre o grupo técnico criado pela ANS para acompanhamento do monitoramento da garantia de atendimento, integrado por representantes da sociedade civil organizada, operadoras, consumidores, Ministério Público e Defensoria Pública, o diretor não tem dúvidas que será um elemento que contribuirá para melhorar o atendimento ao consumidor. Com isso, evita-se a entrada de ações na Justiça, ressaltou.

“São formas de solução mais rápida. A Justiça só é rápida em casos de proteção maior, que é a vida. Então, qualquer forma que seja mais célere de atendimento ao consumidor é um avanço positivo”, declarou.

SaudeWeb

Como ter mais chances de engravidar em 2014

O pontapé inicial para engravidar é a adoção ou manutenção
 de hábitos de vida e de alimentação saudáveis
Exames, manutenção ou mudança de hábitos e atenção à frequência das relações sexuais são determinantes para ter mais chance de engravidar e conduzir uma gestação tranquila

Na lista de metas para 2014 há um item (talvez o primeiro) em que se lê algo como “engravidar” ou “ter um bebê”? Nada de esperar muito para tomar as providências necessárias para realizar esse desejo: elas devem entrar na vida do casal deste já. “Engravidar é como correr uma maratona. A preparação começa bem antes”, compara Assumpto Iaconelli Jr., ginecologista obstetra especializado em reprodução humana e diretor do Grupo Fertility e do Instituto Sapientiae.

O melhor pontapé inicial é cuidar do aspecto que não depende de pessoas ou fatores externos para dar certo: a adoção ou manutenção de hábitos de vida e de alimentação saudáveis. “Quem vive de maneira equilibrada e saudável tem muito menos probabilidades de ter complicações durante a gravidez, não precisa se preocupar. Mas mulheres que se alimentam mal, fumam ou estão com sobrepeso devem fazer uma adequação, pois têm mais chances de apresentar problemas tanto para engravidar quanto para manter essa gestação”, afirma.

A adequação começa na dieta, que deve ser balanceada. Maurício Abrão, coordenador científico do Centro de Reprodução Humana do Hospital Sírio-Libanês, dá algumas dicas: “As refeições precisam ter vários tipos de legumes e verduras, proteína, carboidratos, além de privilegiar as frutas como sobremesa. Também é bom a mulher evitar o excesso de café, que acelera o ritmo cardíaco e pode prejudicar o feto”.

O cigarro é completamente vetado pelos médicos. “Assim como o álcool e as drogas, ele aumenta os riscos de hemorragia e abortamento espontâneo e prejudica o desenvolvimento do bebê. Filhos de mães fumantes podem nascer com até 20% menos do peso e do tamanho de um recém-nascido de mulher não-fumante”, explica Iaconelli, que ressalta que a mulher não deve esperar a gravidez se confirmar para largar o fumo: “Quanto antes abandonar os vícios, antes conseguirá gerar um bebê saudável”.

Visitas a médicos
Uma consulta a um ginecologista é muito importante para verificar as condições gerais do corpo em que se deseja desenvolver uma nova vida. “Um check-up básico, com medição de pressão e exames de glicemia, colesteróis e hemograma completo, indicará se algo precisa ser feito. Se houver doenças preexistentes, há tempo de tratá-las”, diz Iaconelli.

“Essa visita também deixa a mulher mais preparada para agir no caso de alguma intercorrência durante a gestação”, complementa Abrão. O médico destaca que é nessa ocasião que o profissional pode receitar medicamentos como o ácido fólico (para evitar a má formação fetal) e pedir um exame de sangue que indica se a mulher está com as vacinas em dia, caso ela não tenha carteira de vacinação.

Mulheres com sobrepeso ou obesas devem marcar um horário com um nutricionista para melhorar a saúde e aumentar a fertilidade. “Há estudos que mostram que quem reduz o consumo de alimentos como massas, doces e frituras em dietas para a perda de peso dobra as chances de engravidar”, conta Iaconelli.

O outro extremo, o da obsessão pela magreza, também deixa o corpo longe do recomendável para engravidar, segundo Iaconelli. “As pacientes que fazem dietas malucas de restrição de nutrientes precisam ajustar a alimentação diária para elevar as chances de ter um bebê. O melhor é manter o IMC (índice de massa corporal) entre 19 e 25”, destaca.

As relações sexuais
Quando o objetivo é engravidar, o casal deve manter relações sexuais a cada dois ou três dias, de acordo com Abrão. “A renovação dos espermatozóides acontece nesse intervalo. Um espermatozóide saudável tem vida útil de 48 a 72 horas, e um óvulo saudável, de 24 a 48 horas. Tendo relações um dia sim, um ou dois dias não, as condições ideais do homem e da mulher se encontram”, esclarece.

Os dias do mês em que o corpo feminino tem as melhores condições para a fecundação são os do período periovulatório. “Em uma mulher com ciclo menstrual regular, de 28 dias, isso vai do 10º ao 20º dia do ciclo”, explica Abrão.

Alguns médicos defendem, ainda, que determinadas posições sexuais facilitam o trajeto do espermatozóide e a fecundação.

iG

As dietas de celebridades a serem evitadas

Perda de peso é uma das resoluções mais famosas no começo
 do ano, mas é preciso cuidado
Para orientar aqueles que adotaram resolução de perder peso no ano que começa, associação britânica divulga lista de dietas famosas e seus riscos à saúde

Uma organização britânica alerta para os riscos à saúde de dietas famosas, muitas delas associadas a celebridades, que prometem soluções milagrosas para emagrecer, mas que podem trazer sérios problemas à saúde.

A perda de peso é uma das resoluções mais comuns adotadas a cada início de ano em vários cantos do mundo.

Para ajudar a orientar aqueles que querem emagrecer mudando os hábitos de alimentação, a British Dietetic Association (Associação Dietética Britânica, em tradução livre), divulgou uma lista de dietas seguidas por celebridades que devem ser evitadas.

No topo da lista vem a Breatharian Diet (conhecida como dieta do ar), seguida por pessoas que acreditam ser possível viver sem comida ou líquidos e alimentar-se somente de ar.

Na segunda posição está a dieta do biotipo, seguida pelo regime sem glúten, a dieta da "alcorexia" e, em último, da dieta Dukan, que ocupou o primeiro lugar nos três últimos anos.

Fundada em 1936, a BDA (na sigla em inglês), é a associação que reúne o maior número de nutricionistas na Grã-Bretanha, com mais de sete mil membros.

Conheça melhor as dietas "proibidas" pela BDA e saiba por que elas devem ser evitadas.

1 - Dieta Breatharian (dieta do ar)
A atriz Michelle Pfeiffer contou já ter seguido esta dieta. O regime é similar ao adotado pela cantora Madonna, conhecido como "dieta do ar", que é quando a pessoa finge comer o que está no prato, mas na verdade engole ar.

Quem segue esta dieta acredita ser possível se alimentar apenas de ar ou luz solar e descartar alimentos e líquidos.

A BDA afirma que esta premissa está errada.

"Não há nada de bom que possa se dizer sobre essa dieta. Todos precisamos de comida e líquidos. Certamente a pessoa vai perder peso, mas junto a isso também ficará desidratada, mal nutrida e corre risco de morrer".

2 - A dieta do biotipo
Em 2013, o cantor Boy George citou várias vezes essa dieta como a responsável por sua perda de peso. O regime consiste em avaliar o biotipo da pessoa e, com base neste biotipo, elaborar uma dieta focada na perda de peso em partes do corpo que tendem a concentrar mais gordura.

A dieta prioriza certos alimentos em detrimento de outros, além de um programa de exercícios físicos e a ingestão de suplementos que prometem redução de gordura localizada.

Segundo a BDA, a dieta não faz sentido porque é fortemente ancorada na ingestão de suplementos, o que pode fazer mal à saúde.

3 - Dieta sem glúten
Seguida pela atriz Gwyneth Paltrow, esta dieta consiste em cortar glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada, aveia e malte, entre outros cereais.

Seus defensores acreditam que quando o glúten é retirado da dieta, a carga glicêmica do alimento diminui. Isso reduz a liberação de insulina, hormônio responsável pelo acúmulo de gordura no organismo.

Para a associação britânica, a dieta pode ser benéfica para pessoas sensíveis ao glúten, que podem sofrer de males como anemia, constipação crônica, fadiga, enxaqueca, entre outros.

No entanto, "não há pesquisas oficiais que provem que a suspensão do glúten na dieta resulta em perda de peso".

"Muitas comidas com muitas calorias contêm glúten, como pães, bolos e biscoitos. Ao evitá-las, muitas pessoas perdem peso. Mas isso não significa que substitui-los por biscoitos, pães ou cervejas sem glúten, a pessoa vai emagrecer. Comida sem glúten não significa comida sem calorias", adverte a BDA.

4 - Alcorexia
Segundo a BDA, essa dieta é seguida por muitas modelos. O regime consiste em reduzir drasticamente a ingestão de calorias durante a semana e depois compensá-las consumindo álcool excessivamente no final da semana.

A ideia é deixar de consumir até 1,5 mil calorias de segunda a sexta, que depois serão repostas nos final de semana com álcool. A BDA alerta que a dieta é muito perigosa.

"Seguir uma dieta com pouquíssimas calorias já é em si uma loucura, já que a pessoa estará privando o corpo de calorias, vitaminas e nutrientes necessários para a sobrevivência. Além disso, ao compensar as calorias economizadas com álcool, você submete o corpo a um ataque violento da substância que, apesar de calorias, tem pouquíssimos nutrientes".

"É uma dieta preocupante que pode causar graves danos ao organismo".

5 – A Dieta de Dukan
O regime já foi seguido pela mãe de Kate Middleton, Carole, e a atriz Jennifer Lopez.

A dieta é dividida em fases que combinam a alta ingestão de proteína com baixo consumo de carboidratos, promovendo rápida perda de peso.

No entanto, o próprio criador do regime, o francês Pierre Dukan - que em 2013 foi proibido de atuar como clínico geral na França -, alertou para seus efeitos colaterais, como falta de energia, constipação (devido a baixa ingestão de fibras) e a necessidade de ingerir suplementos vitamínicos e minerais e mau hálito.

Sian Porter, da BDA, defende que a melhor dieta é a que combina uma alimentação balanceada à prática de exercícios.

"Fique de olho no tamanho das porções e pratique exercícios. É importante fazer mudanças permanentes na dieta e no estilo de vida que possam ser sustentadas a longo prazo e não esquecidas no fim de janeiro".

BBC Brasil

Holanda paga com cerveja alcoólatras que catam lixo nas ruas

BBC
Grupo de 20 alcoólatras recolhe lixo todos os dias,
recebendo comida e cerveja em troca
Projeto quer oferecer melhor qualidade de vida a viciados em álcool e dar estímulo para contribuir para a sociedade

Um grupo de alcoólatras em Amsterdã, capital da Holanda, está recolhendo lixo das ruas e recebendo cerveja como pagamento, em um projeto parcialmente financiado pelo governo do país.

A iniciativa, encabeçada pelo grupo Rainbow, uma empresa privada que conta com verbas estatais, visa a proporcionar melhor qualidade de vida aos alcoólatras, ao mesmo tempo em que lhes estimula a contribuir para a sociedade.

"É muito difícil tirar essas pessoas do álcool completamente. Nós já tentamos de tudo e isso é a única coisa que funciona. Podemos não fazer deles pessoas melhores, mas agora eles têm uma vida melhor e também é bom para cidade, porque estão contribuindo para o meio onde vivem", afirma Janet van de Noord, coordenadora do projeto.

A Rainbow não divulga exatamente quanto o governo gasta provendo cerveja de graça para os participantes do projeto, temendo que uma eventual uma repercussão negativa possa prejudicar o financiamento.

Mas Van de Noord defende que a iniciativa é uma maneira eficaz de lutar contra o impacto do alcoolismo na sociedade holandesa.

"Se as pessoas estão sendo presas, isso também custa dinheiro à sociedade. Então esse projeto só pode ser uma coisa boa e não vejo porque outros países não poderiam fazer o mesmo", sugere.

BBC
Rene, de 52, admite que trabalha para beber de graça.
'Mas não me sinto mais um lixo', diz
Orgulho
Rene, de 52 anos, percorre as ruas catando lixo. Seus movimentos refletem um certo orgulho que ele agora tem de si mesmo. Um sentimento nada comum para um homem que já pagou tão caro por causa do vício. "Eu tenho quatro filhos e três ex-mulheres, mas o álcool acabou com tudo", resume.

"Eu não os vejo mais, eles não sabem onde estou e nem se estou vivo. Agora eu só tenho ele. Ele está aqui há 30 anos, nas horas boas e ruins", diz ele, em referência ao hábito de beber. Seu olhar afetuoso navega para baixo e repousa sobre uma lata de alumínio.

Os alcoólatras se reúnem em um salão comunitário, administrado pela Rainbow. A organização ainda presta assistência aos moradores de rua e viciados em drogas, além dos alcoólatras.

Rene acaba de abrir sua terceira cerveja do dia. São apenas 11h30 da manhã. Ele e outros 19 colegas de trabalho chegam às 9h e catam lixo até às 15h. Eles fazem pausas para tomar cerveja, fumar e almoçar. Tudo de graça.

O inconfundível aroma de stamppot, um traditional ensopado de legumes holandês, predomina na cozinha. "Eles gostam de cozinhar e acabam descobrindo qualidades que nem sabiam que tinham", diz Van de Noord.

Quando perguntei a alguns holandeses o que achavam do projeto, todos disseram que apoiavam a iniciativa inusitada do governo.

Queda na criminalidade
A dez minutos de ruas agora sem lixo está o parque Oosterpark. Desde que o programa de limpeza por alcoólatras começou, há ano ano, a polícia diz ter recebido menos ocorrências de esfaqueamentos e roubos no local.

A Rainbow está otimista de que o sucesso obtido até agora vá atrair mais financiamentos para que possam incluir mais pessoas no esquema. Outras cidades no país cogitam implantar projetos semelhantes.

Floor van Bakkum, da clínica antinarcóticos de Amsterdã, diz que a iniciativa é uma boa forma de lidar com um grupo muito problemático e associa a estratégia à prática de administrar doses controladas de heroína em viciados na droga.

"Ter um trabalho pode ajudá-los a fazer outra coisa com suas vidas", afirmou Bakkum, alertando que este tipo de iniciativa deve ser monitorada de perto para que não se torne um "convite aberto para beber no parque".

"Este esquema não é indicado para alcoólatras que ainda moram em casa e têm emprego", adverte.

Os fundadores do projeto encaram o alcoolismo como uma "realidade imutável" e resolveram enfrentá-lo com o único artifício que pode agradar os beneficiados pelo projeto. "Eu venho aqui por causa da cerveja. Se não tivesse a cerveja, por que viria aqui?", indaga Rene.

Independentemente de suas razões, o fato é que Rene e seus amigos estão fazendo uma diferença na comunidade onde vivem e que um dia os marginalizava.

"É verdade", concorda Rene, reconhecendo a ironia. "Eles antes nos tratavam como lixo, e agora nós estamos recolhendo o lixo deles e, como consequência, não somos mais o lixo".

BBC Brasil