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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Saiba como evitar as câimbras noturnas

Saiba como evitar as câimbras noturnas Reprodução/Inmagine Free
Foto: Reprodução / Inmagine Free
Movimentos inconscientes durante o sono podem contribuir
para o surgimento das câimbras noturnas
Espasmos podem ser causados por baixa hidratação do organismo
 
As câimbras são contrações musculares súbitas, involuntárias, dolorosas, intensas e momentâneas que podem ocorrer com qualquer pessoa. De acordo com o angiologista Ary Elwing, elas atingem tanto um grupo muscular como apenas um músculo isolado do corpo. As regiões acometidas com maior frequência são panturrilha, músculos anteriores e posteriores das coxas, nos pés, nas mãos, no pescoço e no abdômen.
 
— Muitos fatores podem desencadear a câimbra. Ela pode estar relacionada com a deficiência de vitaminas na alimentação, alterações metabólicas, inatividade muito longa do músculo, desidratação ou por prática de atividade física muito impactante. A hiperexcitação dos nervos que estimulam os músculos é uma das principais causas das câimbras musculares — explica o angiologista.
 
Outras causas das câimbras
Segundo o especialista, a desidratação é uma das causas para o acontecimento das câimbras, pois a falta de água deixa as fibras musculares e dos tendões mais sujeitos aos espasmos. Outro motivo é deficiência de sódio, potássio e magnésio na alimentação.
 
— Pessoas hipertensas que, normalmente, tomam diuréticos têm perdas de potássio. Além disso, a acumulação de ácido lático ou cetona nos músculos durante o exercício físico, doenças metabólicas como diabetes, hipotireoidismo, alcoolismo, hipoglicemia, doenças neurológicas como mal de Parkinson e doença do neurônio motor, deixam o indivíduo mais sujeito aos espasmos — afirma Elwing.
 
As baixas temperaturas também deixam a musculatura mais tensa e contraída, o que contribui para a ocorrência de fisgadas nas fibras musculares.
 
— Elas são mais frequentes no inverno, pois o excesso de gordura se acumula nas paredes das artérias fazendo com que elas fiquem endurecidas e estreitas, deixando as pessoas mais propícias a problemas circulatórios — esclarece o especialista.
 
Como surgem as câimbras noturnas
As câimbras noturnas não estão associadas às doenças graves. No entanto, podem estar relacionadas a efeitos colaterais de algum remédio prescrito e ausência de minerais como cálcio, sódio e magnésio.
 
— Geralmente, um movimento feito inconscientemente durante o sono, de se esticar ou se espreguiçar na cama, pode ser o fator contribuinte para a contratura intensa e inadequada de determinado músculo. Mas a câimbra noturna idiopática (sem causa aparente) pode surgir por causa do excesso de esforço físico durante o dia — explica o angiologista.
 
O ideal é alongar-se 15 minutos antes de deitar, ingerir muito líquido e, inclusive, hidrotônicos que ajudam a repor o sódio. A inclusão de alimentos ricos em cálcio e magnésio na dieta e evitar o sedentarismo são outras medidas necessárias.
 
O uso de medicamentos com vitamina E, complexo B, verapamil, cloroquina e gabapentina também atuam no combate das contrações, porém, devem ser recomendados pelo médico.
 
Zero Hora

"Desobediência excessiva pode ser transtorno", diz psiquiatra infantil

Getty Images
Uma das características da criança com transtorno desafiador
opositivo é a dificuldade de trabalhar em grupo na escola
Em entrevista, o especialista Gustavo Teixeira, autor do livro "O reizinho da casa", explica as diferenças entre uma simples birra e o transtorno desafiador opositivo
 
Discordar, desobedecer ou se opor são atitudes normais e, até mesmo, esperadas quando uma criança é contrariada ou repreendida. Esse comportamento está longe de ser preocupante no dia a dia. Entretanto, quando ele começa a interferir na rotina da criança trazendo sofrimento e dor, os pais devem ficar atentos.
 
Em seu novo livro "O reizinho da casa" (Editora BestSeller), o psiquiatra especialista em infância e adolescência Gustavo Teixeira explica que a desobediência excessiva pode indicar que a criança sofre de transtorno desafiador opositivo. Confira, na entrevista abaixo, como os pais podem identificar e lidar com essa condição:
 
iG: A criança desafiadora ou desobediente deve ser fonte de preocupação para os pais?
Gustavo Teixeira: É natural que toda criança durante seu desenvolvimento tenha um comportamento desobediente, opositor. Não podemos achar que tudo é patologia. Só podemos estabelecer que é um transtorno, nesse caso chamado de transtorno desafiador opositivo, quando os sintomas presentes no dia a dia dessa criança são tão graves e incapacitantes que interferem diretamente em sua vida. Provoca dor e sofrimento para ela e para todos que a cercam. Essa criança tem prejuízos significativos na escola ou na área social. Existe dor. Encontramos famílias completamente desestruturadas por causa desse problema.
 
iG: Quais sinais indicam que o filho está cruzando o limite de apenas “ser criança” para poder ser caracterizado o transtorno desafiador positivo?
Gustavo Teixeira: São dois parâmetros que precisamos prestar atenção: o funcionamento acadêmico e o social. Quando o sintoma é grave a ponto de suspeitar do transtorno, essa criança terá prejuízo acadêmico. Ela não gosta de trabalhar em grupo, desafia professores, não aceita fazer dever em casa ou sala. Além disso, tem o parâmetro social, que vai ser o principal indicador. A criança terá dificuldade de se relacionar com iguais, vai se opor a tudo, brigar com figuras de autoridade, desafiar orientações de adultos de uma forma geral. O funcionamento social será bastante problemático. É preciso ficar alerta para esses sinais.
 
Veja algumas das principais características da criança com transtorno desafiador opositivo  abaixo:
 
- Não aceita ordens de professores ou figuras de autoridade
 
- Recusa-se a trabalhar em grupo na escola
 
- Mostra-se enraivecida, agressiva, irritada, ressentida e vingativa
 
- Não realiza deveres escolares
 
- Tem dificuldade em controlar temperamento e emoções
 
- Testa o limite dos pais a todo momento
 
- Se aborrece e perde a paciência com frequência
 
- Apresenta teimosia persistente
 
- É o “pavio curto” ou o “esquentado” da turma
 
- Perturba outros alunos, discute com colegas e professores
 
Divulgação
Psiquiatra especialista em infância e adolescência
Gustavo Teixeira lança livro sobre crianças opositivas
e desobedientes
iG: O que causa o transtorno desafiador opositivo?Gustavo Teixeira: Esse transtorno, como outros, apresenta causas biológicas que a ciência ainda não sabe exatamente quais são. Também existem os desencadeadores ambientais. Estudos mostram que a criança que vive em lares com pais agressivos ou com normas demasiadamente rígidas pode apresentar o transtorno. Outro gatilho importante é o núcleo familiar que utiliza métodos exatamente opostos ao mencionado, ou seja, famílias sem regra alguma. Nesse cenário, a criança acaba manipulando o pai e a mãe e se torna o “reizinho” ou “rainhazinha” da casa. Os pais se desautorizam na frente da criança, ela não tem hora para almoçar, para fazer lição de casa, para tomar banho. Não existem regras a serem seguidas. Esse é um exemplo de criação parental problemática. Quando uma criança tem transtorno desafiador opositivo é mandatório fazer uma orientação com os pais porque eles também fazem parte do problema.

iG: Em qual idade o transtorno pode se manifestar?
Gustavo Teixeira: O diagnóstico, normalmente, fica mais evidente entre seis e oito anos de idade. Mas existe uma variação. Muitas vezes a gente identifica alguns sintomas antes.
 
iG: Se o pai acha que o comportamento do filho está um pouco fora do normal – vai além uma birra corriqueira ou de uma oposição natural da idade - e desconfia de um transtorno, o que fazer? Quais suas opções?
Gustavo Teixeira: Se o pai percebe que o filho tem esses sintomas que impactam a vida da criança e de quem a cerca, a primeira etapa é buscar ajuda profissional através de um serviço de psiquiatria infantil para que o médico possa avalizar e fazer o diagnóstico. A partir daí algumas intervenções podem ser colocadas em prática. Um bom trabalho de psicoeducação será feito informando à família do que se trata esse problema, o que causa e o que piora o quadro. Além disso, esses pais precisam aprender novas estratégicas para lidar com esse comportamento. Dependendo do caso, é possível fazer terapia cognitivo comportamental. E temos a opção de alguns medicamentos, mas é preciso ficar claro que eles não são curativos. A inserção de medicações funciona para aliviar os sintomas.
 
Quando se decide pela medicação, o objetivo é clinicamente aumentar o “pavio da criança”, tornando-a menos impulsiva, desafiadora e explosiva para que os adultos tenham acesso a ela. Eventualmente, os sintomas do transtorno vão melhorar e esse medicamento será retirado.
 
iG: Qual a melhor maneira dos pais lidarem com a criança que sofre desse transtorno?
Gustavo Teixeira: Depende de cada caso, mas de uma forma geral as orientações mais importantes são: os pais precisam estar sempre de acordo um com o outro, falar a mesma língua, não podem se desautorizar na frente dos filhos. Além disso, devem aproveitar o tempo que passam com as crianças com qualidade, interagir com o filho, fazer refeição junto, conversar, procurar saber como ele está. Técnicas de reforço positivo e premiação de comportamentos assertivos também são importantes.
 
Quando a gente congratula alguém por um bom comportamento, aumentamos a chance dessa atitude acontecer de novo no futuro. Quando o reforço positivo não funciona, os pais podem lançar mão de técnicas de punições brancas, como canto do castigo, bronca leve, desaprovação. Devem mostrar qual o comportamento esperado da criança antes de um evento. Retirar regalias, desde que os pais avisem a criança que isso pode acontecer caso antes de aplicar a punição, também é recomendado. É importante ressaltar que bater não pode. Isso não ajuda. Pelo contrário, é prejudicial porque estimula a violência e ensina que ela algo é positivo.
 
Delas

Dica de Saúde: porque os exames pré operatórios são tão importantes

Foto: Reprodução
Antes de realizar qualquer cirurgia é preciso passar por um processo que faça um levantamento completo do histórico do paciente, incluindo possíveis alergias e problemas.

Quando o paciente opta por fazer uma cirurgia, ele precisa estar ciente, desde o início, de que qualquer procedimento exige cuidados especiais para que seja mantido o bem estar antes, durante e após a operação. A saúde do paciente é prioridade em qualquer cirurgia, por isso, realizar uma bateria completa de exames é fundamental.

"Podem ser pedidos exames laboratoriais e clínicos, como o eletrocardiograma, eletroencefalograma, dosagem de açúcar no sangue, hemograma completo, ureia, coagulação, etc. Esses exames têm o objetivo de identificar os principais fatores de riscos cirúrgicos e fazer com que tanto o paciente, quanto o médico, saibam da exata situação em que será realizada a cirurgia", explica o Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico.

Logo na primeira consulta, antes mesmo da cirurgia, o médico tem a obrigação de levantar o histórico do paciente para descobrir se ele tem alguma contraindicação - pode ser algum tipo de alergia ou uma insuficiência cardíaca, por exemplo.

Após o levantamento do histórico, podem ser recomendados os exames laboratoriais - já que são eles quem são capazes de identificar problemas que podem interferir diretamente na cirurgia. "Muitas vezes é requisitado o hemograma, que serve para comprovar anemia, inflamações, leucemia, infecções viróticas e bacterianas. No mesmo exame, pode ser realizado o eritrograma (avaliação e contagem de glóbulos vermelhos) e o leucograma (avaliação e contagem de glóbulos brancos), além de uma avaliação de plaquetas", comenta Pacheco.

Outros exames comumente pedidos são o protoparasitológico de fezes - que podem indicar a presença de parasitoses intestinais; urina, que diagnostica infecções urinárias; glicemia; colesterol; coagulograma.

"O último exame citado, o coagulograma, ajuda a definir se o paciente tem, ou não, algum problema de coagulação sanguínea. Algumas pessoas apresentam anomalias que aceleram a coagulação, enquanto outras pessoas têm problemas com essa coagulação. Esse diagnóstico não chega a impedir a cirurgia, mas pode agravar a recuperação do paciente. Por isso, antes de realizar qualquer procedimento, é bom que ele saiba exatamente da sua situação" alerta o especialista.

Ainda, dependendo da cirurgia - e do paciente em questão, - podem ser pedidos um eletrocardiograma, raios-X, e de uréia e creatinina. "Quando qualquer exame apresenta alguma alteração, o médico deve tratá-la antes, para que o paciente não corra riscos desnecessários durante ou depois da cirurgia", comenta Pacheco.

Alguns cuidados básicos que devem ser tomados antes de qualquer cirurgia são o jejum de oito a 10 horas, a suspensão do cigarro por pelo menos uma semana antes do procedimento, - já que a nicotina interfere na coagulação sanguínea, - evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de comidas pesadas na véspera da cirurgia, não utilizar medicamentos diuréticos ou à base de ácido acetil-salicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Bufferin) ou contendo ervas (Arnica, Ginko Biloba) com efeito anticoagulante, pelo menos 15 dias antes da cirurgia.
 
iMirante

Fatores emocionais estão intimamente ligados ao grave sobrepeso da população brasileira

Foto: Reprodução
Por essa razão, atendimento psicológico é fundamental para compor o tratamento multidisciplinar
 
Não foi só a comida e a falta de exercícios físicos que levaram Graça Aparecida Domingos, de 45 anos, a chegar a 178 quilos. Com diabetes e pressão alta, a mulher, que sai de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para ir à capital toda semana em busca de um psicólogo e nutricionista, diz que teve obesidade de grau 3 depois que seu marido assassinou a filha deles, de 1 ano e 3 meses, há 10 anos. "Com esse golpe da vida, não cuidei mais de mim. Tive depressão e descontava tudo na comida. Não tinha controle sobre isso. Só consegui me levantar quando meu ex-marido foi preso, há pouco tempo", revela. A história de Graça é um exemplo do que a medicina já considera como um dos passos no caminho da obesidade: os fatores emocionais.

Sem uma única causa definida, a obesidade é decorrente de questões multifatoriais, ou seja, ela é fruto de várias vertentes que podem estar agindo isoladamente ou em conjunto. Entre elas, está a ingestão aumentada de calorias, diminuição da atividade física, idade, fatores genéticos e emocionais. Mas o psíquico já se tornou para os médicos um dos gatilhos-chave para o excesso de peso.
 
"Os outros fatores podem ser controláveis se a cabeça estiver bem. Se não estiver sã, nada resolve. É claro que vai chegar a um ponto em que a pessoa vai precisar de uma cirurgia, mas, se a mente não estiver saudável, mesmo depois de um procedimento cirúrgico, o paciente volta a ganhar peso", comenta o professor do Departamento de Saúde Mental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro da diretoria da Associação Mineira de Psiquiatria Frederico Garcia.

Neste segundo dia da série especial do Estado de Minas “Muito além do peso”,  a doença é analisada por especialistas sob o aspecto psicológico dos obesos com o grau mais elevado da doença e, consequentemente, o de maior risco de vida. Como o EM mostrou ontem, muitos mineiros, com diagnóstico para esse nível máximo da enfermidade, têm saído de suas cidades em busca de tratamentos psicológicos e nutricionais, já que dizem não encontrar esse tipo de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) nas localidades onde moram.

Quando atendidos na capital, muitos, inclusive, conseguem emagrecer mais de 30 quilos com ajuda dos profissionais. Por que esse atendimento é tão importante? Em que o tratamento psicológico pode contribuir para a perda de peso? "O que move esse paciente ao alimento não é fome", afirma o médico endocrinologista e doutor em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Rodrigo Lamounier.

Considerando o problema complexo, Lamounier lembra que a genética tem um papel importante nesses casos, mas "não podemos atribuir o aumento no número de pessoas obesas no mundo a esse fator. A carga genética da população demora séculos para mudar, e há 20 anos estamos vendo uma explosão no número de casos de obesidade".
 
Ele ressalta que, muitas vezes, a alimentação tem mais a ver com a questão de preenchimento de outras coisas que não são a fome. "A pessoa preenche aquela angústia e vazio com a comida. Mas, à medida que vai perdendo o controle, começa a ser rejeitada pela sociedade, é vista como preguiçosa", comenta. Com isso, de acordo com ele, as pessoas que sofrem com a doença acabam se isolando cada vez mais. "É um círculo vicioso. Há a rejeição, surgem os problemas de limitação e outros decorrentes do sobrepeso. E ela desconta nos alimentos", analisa.
 
"A pessoa preenche aquela angústia e vazio com a comida. Mas, à medida que vai perdendo o controle, começa a ser rejeitada pela sociedade, é vista como preguiçosa" - Rodrigo Lamounier, endocrinologista
 
Alimentação, sedentarismo e o lado psíquico influenciam
Uma decepção como a de Graça, com a morte de seu bebê, de acordo com o psiquiatra Frederico Garcia, pode ser considerada o transtorno de estresse adaptivo, em que o paciente passa por uma perda e isso o faz comer mais. Ele afirma que são vários os pontos que desencadeiam a obesidade, sendo o primeiro a má alimentação, depois a vida sedentária e o terceiro psíquico. "Há muitas pessoas que sofrem de hiperfagia bulímica, que é a forma patológica de comer. Quando ela tem crises, come sem ter prazer, até chegar a sensação de empazinamento. Ela para de comer e tem mal-estar, e espera ter a sensação de vazio para comer tudo de novo. A outra situação é a depressão e a ansiedade. No caso da primeira, algumas pessoas têm aumento do apetite e, como estão deprimidas e não conseguem sequer se levantar por causa disso, vão se fechando, sem ir a uma academia ou se movimentar. Hoje, para diagnosticar uma depressão, um dos sintomas avaliados é justamente o aumento no apetite", acrescenta Garcia.

No transtorno de ansiedade, segundo o psiquiatra, o paciente tem uma sensação de medo de que algo vai ocorrer de errado. "Muitas vezes, ele tem alteração no apetite e do metabolismo, o que pode causar a obesidade", diz. Por essa quantidade de fatores psíquicos que podem levar a um aumento de peso, Garcia defende que para um tratamento da obesidade, antes de tudo, é preciso discriminar sua causa. "Se for um problema endócrino, como hipotireoidismo, deve ser tratado como tal. Mas, se é uma obesidade secundária, o certo é tratar o transtorno psiquiátrico antes da obesidade ou de pensar em cirurgia."

Redes sociais
Um fenômeno que tem contribuído para melhorar os transtornos psicológicos em obesos com grau 3 da enfermidade é, segundo a psicóloga voluntária no Núcleo Mineiro de Obesidade (Nuobes) Sandra Vaz Lisboa, as redes sociais. "Os obesos já se sentem excluídos da sociedade e encontraram em páginas como Facebook um ‘lugar’ onde podem ser o que querem. Mas há riscos nisso. Há ali muitos grupos de discussões que mostram obesos que emagreceram rápido após a cirurgia, que perderam tantos quilos e outras histórias. Quem não conseguiu o mesmo resultado se sente frustrado e isso é um perigo", comenta a psicóloga.

Sandra morou 13 anos nos Estados Unidos, onde trabalhou com a educação dos pacientes. "Vejo que no Brasil não existe um programa eficiente para a perda do peso. Há medicamentos, atividades físicas e nutricionistas. Mas como fazer isso? Como falar para um obeso sobre isso?", comenta. De acordo com ela, existem estratégias para esse tratamento. "Todos que atendo falam sobre depressão e ansiedade. Eles se sentem excluídos da sociedade, sentem que as pessoas estão rindo deles e, assim, não se sentem à vontade de ir a uma academia ou caminhar nas ruas. E vão se fechando e evitando os amigos, e o que sobra a eles para serem felizes? Comida. A psicologia tem que fazer um caminho de volta para essas pessoas, propor metas e socializar esses pacientes", diz.
 
Saúde Plena

Apenas 40% das pessoas com problemas de audição reconhecem que ouvem mal

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Apenas 40% das pessoas com problemas de audição reconhecem
 que ouvem mal
Mas como é possível evitar a perda auditiva? Além de apontar as principais causas dos problemas de audição, fonoaudióloga destaca algumas medidas preventivas
 
Apenas 40% das pessoas com problemas de audição reconhecem que ouvem mal. A falta de informação e o preconceito fazem com que elas adiem a consulta ao médico otorrinolaringologista. Mas como é possível evitar a perda auditiva? Além de apontar as principais causas dos problemas de audição, a fonoaudióloga Isabela Gomes, da Telex Soluções Auditivas, destaca algumas medidas preventivas.

1 – A perda auditiva começa a surgir mais cedo entre moradores de grandes cidades. Quando o barulho é intenso e prolongado, pode causar problemas de audição ao longo dos anos.

2 – Em uma sociedade onde TV, rádio, aparelho de som, videogame, MP3 e fones de ouvido fazem parte do dia-a-dia, as ameaças à boa audição estão em toda parte. A exposição contínua a ruídos superiores a 50 decibéis pode causar, ao longo da vida, perda progressiva da audição.
 
 3 –Tão importante quanto o do pezinho, o teste da orelhinha detecta problemas de audição no bebê. É rápido, indolor e deve ser realizado no primeiro dia de vida da criança, na própria maternidade. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor será o resultado do tratamento.

4 – Existem evidências de que a perda de audição é comum em crianças infectadas congenitamente pela rubéola. A busca por tratamento deve ocorrer rapidamente.

5 – Nem sempre um estudante desatento é desinteressado. O aluno pode apresentar problemas de audição, que afetam o rendimento escolar e podem resultar em conflitos de relacionamento e distúrbios de comportamento, como falta de concentração e retraimento em excesso.

6 – Se você quer pilotar embalado pelo ronco de sua moto por muitos e muitos anos, vale a pena proteger os ouvidos. O excesso de barulho do motor pode afetar a saúde auditiva, causando alterações na estrutura interna do ouvido e perda permanente de audição com o decorrer dos anos.

7 – Operadores de britadeira, operadores de telemarketing, músicos, DJs, operadores de áudio em emissoras de rádio, operários de fábrica e funcionários que atuam nas pistas de aeroportos, por exemplo, estão expostos a ruídos intensos. Para eles, o protetor auricular é acessório indispensável.

8 – É comum surgir algum grau de perda auditiva a partir dos 40 anos devido ao envelhecimento natural do corpo. A recomendação é buscar um tratamento para a surdez, geralmente com aparelhos auditivos, que resulta em melhora da autoestima e da qualidade de vida.

9 – Ao desconfiar que seu filho ou você mesmo sente alguma dificuldade para ouvir, consulte um médico otorrinolaringologista. O especialista fará o diagnóstico e indicará o tratamento mais adequado.
 
Saúde Plena

Pesquisa investiga se obesidade e alcoolismo estão unidos pela mesma compulsão

Pesquisadores de Minas, Paraná e São Paulo analisaram a relação entre obesidade e alcoolismo e encontraram na leptina, que age na sensação de saciedade, uma resposta. Mas querem entender melhor a atuação desse hormônio natural do organismo
 
"Comia o que aparecia na minha frente. Pizza, lasanha, doces. Chegava a passar mal de tanto comer, mas assim que melhorava, comia de novo", confessa a jovem Ludmila Rodrigues de Aguiar, de 29 anos. Tendo chegando a pesar 179 quilos, Ludmila, que já passou por uma cirurgia de redução de estômago e hoje tem 150 quilos, diz não saber o que a levou a não ter controle sobre a comida. Porém, a ciência já começa a traçar uma resposta para essa dúvida.
 
Comparando a obesidade com o alcoolismo, o que tem sido feito por muitos cientistas no mundo, pesquisadores de várias universidades do Brasil, em um trabalho conjunto, apontam que as duas doenças têm algo em comum: a compulsão. A conclusão, divulgada neste terceiro dia da série do Estado de Minas “Muito além do peso”, serve, segundo os responsáveis, como uma reflexão para auxiliar o tratamento de obesos.

Em parceria com as universidades federais do Paraná e de São Paulo, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão debruçados há pelo menos dois anos nesse trabalho, que tem como objetivo entender a perda de controle que um obeso tem diante da comida e que um alcoolista tem diante das bebidas alcoólicas.
 
"Fizemos, nesse primeiro momento, vários modelos em camundongos com uma ingestão forçada de alimentos e com doses diárias de etanol. Vimos que tanto os que comeram quanto os que receberam etanol tinham genes comuns envolvidos no comportamento compulsivo e esse foi o grande elo entre as doenças", comenta a coordenadora do projeto Ana Lúcia Brunialti Godard, bióloga e professora de genética humana da UFMG.
 
Segundo ela explica, a leptina é produzida por esses genes e é um hormônio que todos nós temos e está associado à saciedade. "Mas percebemos que, no caso da obesidade e do alcoolismo, ela está envolvida na compulsão. Mas não é só ela, há um conjunto de genes. Sabemos que em uma pessoa normal a leptina traz a sensação de satisfação depois que o indivíduo ingere uma quantidade de alimentos. Mas, naquela pessoa que não tem o controle sobre a comida, a leptina pode estar atuando no cérebro para que esse obeso nunca deixe de sentir fome", comenta Ana, dizendo que o próximo passo da pesquisa é justamente saber quando e como esse hormônio atua. "Um paciente que sofre com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), por exemplo, também age com compulsão", compara.
 
Para conhecer o comportamento da leptina, os pesquisadores convocam obesos voluntários que queiram participar da pesquisa. "Ao chegar a esse ponto, vamos buscar uma molécula que seja capaz de bloquear a leptina ou os outros genes que levam à compulsão", diz a pesquisadora, lembrando que a condição de obesidade leva ao estado de desequilíbrio energético pelo consumo excessivo de alimentos. "Esse desequilíbrio pode levar a mudanças no sistema nervoso central, nosso cérebro, que é responsável pelas sensações. No caso da obesidade, as alterações cerebrais estão ligadas ao mecanismo de recompensa e resultam na ingestão compulsiva semelhante ao fenótipo visto no consumo de drogas. Os circuitos de recompensa cerebrais envolvidos nos mecanismos de compulsão alimentar são os mesmos que perpetuam o vício do álcool."

Ricardo Machado Hagler, de 50, já teve os dois vícios. Chegando a pesar 185 quilos, ele conta que há cinco anos se tornou obeso. "Fui motorista de ônibus e, como não tinha muito horário, comia depressa e comida sem qualidade. Nesse período também fui alcoolista e acho que a compulsão pelo álcool era maior que a pelo alimento. Não sei mensurar esses dois." Ricardo diz que a relação que ele faz da obesidade com o álcool é que a bebida o fez ganhar ainda mais peso. "É complexo demais. Estou há um ano sem beber e peso, atualmente, 159 quilos. Mas tenho feito natação, caminhadas e hidroginástica, além de ter um acompanhamento psicológico e nutricional."

Complexo
Na opinião do endocrinologista membro da comissão científica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e presidente da Sbem/Minas Gerais, Paulo Augusto Carvalho Miranda, a falta de controle dos obesos é um assunto complexo, como pontuou Ricardo.
 
"Observamos que os pacientes com grau 3 têm, na maioria das vezes, dificuldades em quantificar as calorias ingeridas ou mesmo organizar o dia a dia alimentar. Existem outras coisas muito além do processo alimentar, como as questões genéticas, ambientais e da infância", comenta Miranda, dizendo que a queima e consumo de calorias é um dos sistemas mais complexos do nosso organismo.
 
"Essa complexidade envolve órgãos variados e eixos hormonais. Temos dezenas de hormônios que agem no aumento do apetite e outros que atuam no aumento da saciedade e têm o controle imediato sobre ela. Acredito que a leptina faz os dois. Ela é produzida pelo tecido adiposo e está diretamente ligada à quantidade de tecido gorduroso que temos no corpo", explica.

Assim que descoberta, segundo lembra o especialista, a leptina já foi uma aposta no tratamento da obesidade. "Mas a grande frustração é que ela não teve o potencial para o tratamento. Ela é apenas um dos eixos que agem no mecanismo da preservação do peso." É por isso que os pesquisadores da UFMG querem descobrir os outros hormônios que estão agindo nessa compulsão.
 
Saúde Plena

Você sabe o que tem dentro dos sucos de caixinha? Vídeo mostra surpresa de crianças e pais com a verdade

A infância é fase da vida onde são construídos os hábitos alimentares. Organização Mundial de Saúde alerta para a epidemia da obesidade no mundo
 
Você sabe o que tem dentro dos sucos de caixinha? Esse é o mote do novo filme do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), 'Agite(-se) antes de beber', que quer chamar a atenção das famílias para o consumo excessivo de sucos industrializados.
 
Pesquisa publicada pela instituição neste mês (clique e saiba mais) mostra que as porcentagens de frutas na bebida são baixíssimas e, em alguns casos, menores do que o mínimo exigido por lei.
 
A Organização Mundial de Saúde alerta para uma epidemia de obesidade. Resultado da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, revela a situação no Brasil: o excesso de peso atinge 33,5% das crianças de 5 a 9 anos, sendo que 16,6% do total de meninos também são obesos. Entre as meninas, a obesidade aparece em 11,8%. A pesquisa também mostra que a região Sudeste se destaca nesse cenário, com 40,3% dos meninos e 38% das meninas com sobrepeso nessa faixa etária.

No vídeo, quatro crianças de idades diferentes são convidadas a desvendar as informações dos rótulos e descobrir o que tem dentro daquelas caixinhas. Fãs do sabor da bebida industrializada, elas se deparam com palavras que não conseguem compreender.
 
Ao serem confrontadas com a quantidade de fruta presente nos sucos – popularmente conhecidos como de caixinha – elas se espantam. Uma parte engraçada do filme é quando, independentemente do sabor divulgado na embalagem, meninos e meninas descobrem a presença de suco de maçã. “Por que tem suco de maçã no suco de uva? Não faz sentido”, conclui Gabriel, de 7 anos. 
 
E o que os pais pensam disso? Em conformidade com os filhos, os adultos entrevistados também se surpreendem ao tomarem consciência da composição dos sucos industrializados. Uma mãe chega a dizer que faltam alternativas de bebidas mais saudáveis para consumir diariamente em casa. Mas seja em casa, na escola ou na rua, o que faz bem para a saúde é simples: suco de fruta natural.

A nutricionista Cláudia Guimarães que trabalha com educação e reeducação alimentar há 18 anos, desvenda uma dúvida comum sobre os sucos naturais. Eles precisam ser consumidos imediatamente após o preparo?
 
Segundo ela, principalmente no caso de suco de laranja, a vitamina C se perde muito rapidamente. No entanto, tem solução. “Assim que estiver pronto, coloque em uma garrafinha térmica e encha até em cima para não deixar espaço para o ar entrar. Depois, é só fechar que as propriedades do suco natural serão mantidas”, explica.
 
Cláudia diz que é o contato da bebida com o ar, a luz e altas temperaturas que faz o líquido perder as vitaminas. E vamos combinar que fazer um suco não é nada trabalhoso... Envolva as crianças no preparo não só das bebidas, mas também dos alimentos, que tudo fica mais divertido e é uma oportunidade de elas aprenderem conceitos de alimentação saudável.
 
Saúde Plena

Fetos menores do que o esperado podem ser adultos com doença no coração

Foto: Reprodução
Características das mães, como etnia, educação, tabagismo, índice de massa corporal e pressão arterial, também foram consideradas
 
Os três meses iniciais da gestação são uma fase reveladora de como será a saúde cardiovascular de um adulto. A relação foi constatada em um estudo feito por um grupo de pesquisadores da Erasmus University Medical Center, na Holanda, e divulgado pelo British Medical Journal.
 
Ao analisar 1.184 crianças, os cientistas concluíram que aquelas que tinham, ainda na barriga da mãe, um tamanho menor do que o esperado para o primeiro trimestre da gravidez eram mais propícias a sofrerem de problemas como infarto e derrames quando envelhecessem.
 
Chamado de fase embrionária, o período é de rápido desenvolvimento, quando o coração e outros órgãos importantes começam a se formar.
 
“Durante o primeiro trimestre, se dá o crescimento celular em hiperplasia, a formação de todos os tecidos — dos rins, do fígado, do cérebro, do intestino, do estômago, do pâncreas, da pele.
 
Qualquer problema que ocorra nesse momento vai repercutir para o resto da vida. Trata-se de uma fase em que está havendo um aumento do número de células”, elucida Ana Célia Bomfim, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Luzia.

Mulheres com até três meses de gravidez participaram do estudo e os filhos delas voltaram a ser analisados aos 6 anos, quando foram avaliados fatores de risco cardiovascular, incluindo o índice de massa corporal, a distribuição da gordura corporal, a pressão arterial, os níveis de colesterol e a concentrações de insulina.
 
Características das mães, como etnia, educação, tabagismo, índice de massa corporal e pressão arterial, também foram consideradas.
 
Correio Braziliense

Sensor criado na Unesp Araraquara detecta hepatite C em seis minutos

Tecnologia reduz desperdício de material não aproveitado em doações. Estudo desenvolvido no Instituto de Química é mais rápido e eficiente
 
Um sensor desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara (SP) é capaz de detectar a presença do vírus da hepatite C em bolsas de sangue em apenas seis minutos.

A tecnologia pode reduzir o desperdício de material não aproveitado em doações, além de facilitar o diagnóstico da doença em pacientes.
 
Uma funcionária pública de 50 anos que convive com a doença há três só percebeu que tinha algo de errado quando teve um sangramento no esôfago e precisou ficar internada um dia na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Para descobrir a origem do problema, foram vários exames e a doença só foi comprovada após 20 dias. “Foi angustiante porque você pensa o que você tem, o que você não tem, aonde você pegou e quando chega o resultado é muito triste”, contou a mulher que não quis ser identificada.
 
O novo método desenvolvido pelos pesquisadores da Unesp praticamente elimina o tempo de espera do resultado do exame. O sensor, que foi criado nos laboratórios do Instituto de Química, é mais rápido e eficiente. O aparelho foi testado em bolsas de sangue do hemocentro de Botucatu (SP). Foi utilizada uma proteína extraída do casulo do bicho-da-seda e a nanotecnologia. “É uma tecnologia brasileira. O que nós temos hoje de teste rápido para a hepatite C é uma tecnologia importada, o que gera um custo maior”, disse a pesquisadora e criadora do método, Marli Moraes.
 
Novo método desenvolvido dá resultados certeiros (Foto: Paulo Chiari/ EPTV)
Foto: Paulo Chiari/ EPTV
Novo método desenvolvido dá resultados certeiros
Vantagens
A sensibilidade do novo método possibilita resultados certeiros, ao contrário do teste mais usado, que costuma dar uma porcentagem de resultados sem conclusão. São amostras que podem ser falsos positivos ou falsos negativos e, por isso, as bolsas de sangue precisam ser descartadas.
 
Isso acontece porque o paciente pode ter sido infectado recentemente ou estar com alguma outra virose. No homonúcleo de Araraquara são feitas análises de 800 amostras todo mês usando esse tipo de teste. De 20 bolsas, duas são descartadas por hepatite C.
 
Para o médico hematologista responsável, Reinaldo Bonfá, o método pode ajudar principalmente em lugares onde falta estrutura e em situações de emergência. “Em certas situações de pronto-socorro, se precisar de um teste muito rápido para detectar certas condutas. Por não exigir nenhum equipamento sofisticado, pode ser utilizado em beira de rio, na Amazônia, em cidades menores e em postos de saúde. Você consegue aplicar o teste e fazer uma triagem dessa população, o que é muito importante”, explicou.
 
Aplicação
Os pesquisadores esperam que o teste, que já teve patente requerida, seja aplicado e analisado antes de coletar o sangue do doador. A tecnologia seria de grande interesse para o Sistema Único de Saúde (SUS) por causa do baixo custo. Um teste comum, por exemplo, custa R$ 50 e o sensor da Unesp fica em torno de R$ 10. Além disso, ele poderia ser usado em campanhas de prevenção da doença, que hoje utilizam os testes importados.
 
Hepatite C
Identificada em 1980, a hepatite C tem um tratamento complicado que atinge quase 5,6 mil pessoas no estado. Atualmente, minuciosos testes são feitos em cada bolsa de sangue e o micro-organismo é responsável pelo descarte de grande volume de material. No Brasil inteiro, o sistema público coleta 4,5 milhões de bolsas por mês.

G1

Doenças, medicamentos e jejum podem ser causas de boca seca

Bem Estar desta quarta-feira (19) explicou por que ocorre a falta de saliva. Acordar com falta de saliva é normal, mas se persistir durante o dia não


A saliva ajuda na digestão, defende o organismo de contaminações e ainda tem um papel importante na cicatrização e limpeza da boca, além de ser fundamental para o paladar. No entanto, a importância dela só é percebida quando há falta, o que pode indicar vários problemas de saúde, como explicaram o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui e o dentista Gustavo Bastos no Bem Estar desta quarta-feira (19).

Segundo os especialistas, o corpo produz de 1 a 2 ml de saliva por minuto, o que equivale a 90 ml por hora e mais de 2 litros por dia. Essa quantidade que mantém a boca hidratada e lubrificada durante todo o dia, mas podem ocorrer problemas que diminuem essa quantia, levando à boca seca. De acordo com o dentista Gustavo Bastos, acordar com a boca seca é normal já que há uma diminuição na produção de saliva durante a noite, mas se isso se persistir ao longo do dia, não é normal e precisa ser investigado.

Entre as causas de boca seca, estão hábitos como fumo, jejum e respiração bucal, e também medicamentos, desidratação e algumas doenças, como as reumatológicas, diabetes, estresse, depressão e alterações hormonais. Por causa da falta de saliva, o corpo pode ter consequências como ressecamento do lábio, dor de garganta, alterações no paladar, ferida na boca, dificuldades na fala ou para engolir alimentos, aumento de cáries, aumento de infecções periodontais e aumento de inflamações na gengiva.

Fora isso, a boca seca pode também aumentar o risco de mau hálito, como lembrou o dentista Gustavo Bastos. Isso acontece porque a mastigação estimula a salivação e, se a pessoa não come nada, ela não mastiga e a boca fica desidratada. Por isso, a dica é sempre comer alguma coisa entre as refeições para manter a boca saudável.
 
Saliva valendo (Foto: Arte/G1)
 
Em caso de boca seca, no entanto, pode ser que seja preciso recorrer à saliva artificial, uma solução produzida por uma universidade de Fortaleza, no Ceará.
 
A iniciativa começou por causa do grande número de pacientes que tiveram diminuição da produção de saliva após fazerem tratamento com radioterapia para câncer de boca e pescoço, como mostrou a reportagem.
 
Por outro lado, pode ocorrer ainda o excesso de salivação, especialmente diante de alimentos gostosos. Isso acontece porque o cheiro da comida, ao entrar pelo nariz, chega também aos neurônios, que transmitem uma mensagem para o cérebro.
 
Dessa maneira, o sistema autônomo é ativado, estimulando o sistema digestivo, que espera a refeição. Com isso, o estômago começa a produzir suco gástrico e as glândulas salivares aumentam a produção de saliva, como explicou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui.
 
Existem ainda alguns alimentos que têm o poder de aumentar a salivação, como frutas cítricas e vegetais verde-escuros, além dos vinagres e gomas de mascar.
 
G1

Pesquisa que revolucionou obtenção de célula-tronco está sob investigação

Um feto completo de camundongo foi gerado com células STAP, o que demonstra normalidade genética da célula (Foto: Haruko Obokata/Divulgação)
Foto: Haruko Obokata/Divulgação
Imagem que mostra feto de camundongo gerado com células
STAP foi contestada por cientistas
Resultado tinha sido recebido com entusiasmo pela comunidade científica. Estudo propunha método simples e barato de obtenção de célula-tronco
 
Uma pesquisa japonesa publicada no final de janeiro na revista "Nature" - que anunciou a descoberta de um método extremamente simples para transformar células maduras em células pluripotentes - está sob investigação.
 
Os resultados do estudo foram recebidos com entusiasmo pela comunidade científica, pois as células pluripotentes têm um grande potencial terapêutico, podendo se transformar em quase qualquer outro tipo de célula do corpo humano.
 
Se, antes, se acreditava que a obtenção desse tipo de célula a partir de células maduras só era possível por meio de complexos processos de manipulação genética, o estudo concluiu que a simples exposição dessas células a um ambiente ácido faria com que elas obtivessem o caráter pluripotente.
 
Os cientistas chamaram esse novo método de reprogramação celular de Aquisição de Pluripotência Desencadeada por Estímulo (STAP, na sigla em inglês)
 
A investigação está sendo conduzida pelo Centro de Biologia do Desenvolvimento Riken, no Japão, onde trabalha a principal autora dos dois artigos que descrevem a técnica revolucionária, a bióloga Haruko Obokata.
 
A técnica proposta por Haruko foi posta em dúvida depois que cientistas encontraram problemas em algumas imagens do trabalho, que aparentam estar duplicadas, e também depois que outros cientistas relataram não terem conseguido reproduzir os resultados.
 
O anúncio de que o trabalho está sob investigação foi tema de reportagem da própria "Nature", que publicou os artigos originais.
 
Apesar dos relatos de que vários pesquisadores não conseguiram chegar ao mesmo resultado que o grupo japonês, mesmo seguindo os passos descritos nos artigos, cientistas ouvidos pela "Nature" ponderam que é prematuro emitir qualquer julgamento. 
 
A pesquisadora Haruko Obokata não tem respondido aos pedidos de entrevista nem aos e-mails com dúvidas sobre o trabalho enviados por seus colegas cientistas. Outros pesquisadores que participaram do estudo afirmaram que os erros em relação às imagens podem ter resultado de uma "confusão" e que não comprometem o resultado final do trabalho, segundo declarações dadas à "Nature".
 
G1

Uso de maconha contra convulsões em crianças preocupa médicos

Pai abraça Charlotte Figi em meio a cultivo de plantas de maconha em Colorado (Foto: Brennan Linsley/AP)
Foto: Brennan Linsley/AP
Pai abraça Charlotte Figi em meio a cultivo de plantas de
maconha em Colorado
Método vem sendo usado nos EUA com variedade pobre em THC. No entanto, não há estudo científico que demonstre que ele funcione
 
Uma variedade de maconha com baixo teor do princípio ativo THC tem dado esperança a famílias de crianças que têm convulsões frequentes nos EUA.

Cerca de cem famílias se já mudaram de diferentes partes do país para o estado do Colorado, onde o uso de maconha é legalizado, e onde uma fundação planta e fornece essa cepa de Cannabis, chamada de “Charlotte´s Web”, a preço de custo.
 
O uso dessa maconha por crianças (que se dá por meio da ingestão de um extrato misturado a azeite), no entanto, é vista com reserva por médicos, pois não há comprovação científica da efetividade do método.
 
Óleo preparado com base em uma variedade especial de maconha ajudou criança na recuperação (Foto: Brennan Linsley/AP)
Foto: Brennan Linsley/AP
Óleo preparado com base em uma variedade especial de
maconha ajudou criança na recuperação
As famílias com crianças afetadas pelos ataques epiléticos, agora, estão unidas e pleiteiam que testes sejam feitos para mostrar que a “Charlottes Web”  pode ajudar a reduzir as convulsões.
 
Uma das crianças que aparentemente têm se beneficiado da maconha é a garota Charlotte Figi, de 5 anos, portadora da rara síndrome de Dravet, que a fazia ter até 300 convulsões por semana. Ela não conseguia andar e mal falava. Diversas vezes chegou a ter paradas cardiorrespiratórias.
 
Há dois anos, ela começou a tomar a “Charlotte´s Web”, que não altera o estado de consciência como a maconha comum, por ter pouco THC. Agora ela anda, fala frases inteiras e come sozinha.  “Vou lutar por todos aqueles que querem isso [a ‘Charlotte´s Web’]”, disse a mãe da garota, Paige Figi.
 
Existem outras histórias de crianças que melhoraram de suas convulsões após tomarem essa variedade de maconha. No entanto, segundo a vice-presidente da Sociedade Americana de Epilepsia, Amy Brooks-Kayal, alguns poucos casos milagrosos não significam nada, pois ataques epiléticos vêm e vão sem razão aparente. Além disso, os cientistas não sabem que tipo de dano a maconha pode estar causando aos cérebros das crianças.
 
“Não temos nenhuma literatura que corrobore isso”, concorda o chefe do departamento de saúde do Colorado, Larry Wolk.
 
A “Charlotte Web” é plantada por Joel Stanley e quatro irmãos, que criaram uma fundação para vendê-la a preço de custo. Eles atendem a 300 pacientes e têm outros 2 mil na fila. Eles começaram a plantar maconha com baixo nível de THC e alto teor de CBD, um componente que ouviram dizer que poderia combater tumores.
 
Elizabeth Burger, de 4 anos, sofre de epilepsia e está sendo tratada com um medicamento feito com maconha (Foto: Brennan Linsley/AP)
Foto: Brennan Linsley/AP
Elizabeth Burger, de 4 anos, sofre de epilepsia e também está sendo tratada com maconha. A família se mudou
de Nova York para o Colorado, onde poderia ter acesso à planta
 
O CBD pode ser também o elemento que reduz convulsões em crianças como Charlotte, segundo a agência AP, mas isso ainda carece de base científica.
 
G1

Entenda os riscos do uso inadequado de 'shakes' e chás para emagrecer

Nutricionista ensina a fazer shake nutritivo (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Foto: Reprodução/TV Gazeta
Consumo inadequado de shakes para emagrecimento pode
causar danos à saúde
Dietas de baixas calorias por conta própria podem causar danos à saúde. Jovem do ES perdeu movimento das pernas por déficit de vitamina B1
 
O consumo excessivo de produtos que prometem emagrecimento rápido, como misturas conhecidas como "shakes”, que contêm fibras e visam substituir refeições, além de chás diuréticos, oferece risco à saúde por reduzir o nível de vitaminas e minerais do corpo.
 
Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam que dietas de baixas calorias feitas por conta própria e que usam as misturas não são recomendadas sem o apoio de profissionais de saúde.
 
O motivo é que a perda de peso pode vir junto a redução do nível de vitaminas, que precisa ser repostas com a ajuda de suplementos. Caso isso não seja feito, é alto o risco de hipovitaminose, doença causada pela falta ou deficiência de vitaminas no organismo.
 
Nesta segunda-feira (17), o G1 mostrou a história da auxiliar de laboratório Karina Gonçalves, que perdeu temporariamente o movimento das pernas por uma beribéri hipovitaminose causada pela falta de vitamina B1, responsável pelo bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração.
 
Médicos afirmaram que a paralisação de estímulos às pernas foi causada após Karina consumir por oito meses “shakes”, chás e remédios para emagrecimento.
 
Ela disse que não sentia fome por conta dos remédios inibidores de apetite, consumia um pão light com leite no café da manhã e substituía as principais refeições do dia, almoço e jantar, por shakes e chás.
 
"A forma como foi feita a dieta foi errada. Ela fez sem orientação nutricional, usou o shake de forma inadequada e fez uma dieta desequilibrada", explicou a médica endocrinologista da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e ex-presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Rosana Radominski.
 
Organismo desequilibrado
Os produtos chamados de "shakes" possuem um valor energético em torno de 200 kcalorias, adicionados de leite, ricos em carboidratos e proteínas, mas isentos em gorduras.
 
Segundo a nutricionista Simone Martens, eles têm uma quantidade incompleta de nutrientes e não fornecem toda a energia que o organismo necessita para se manter equilibrado.
 
"É também perigoso trocar uma das refeições principais por shakes. O quadro se agrava facilmente quando duas principais refeições são substituídas por esses produtos", disse ela.
 
Além do risco de insuficiência de vitaminas B1, podem ocorrer hipovitaminoses das vitaminas A, B12, C, D, e de minerais como ferro e zinco. A ausência desses elementos provocam desde problemas de visão e falta de concentração, a raquitismo e anemia.
 
Corte bruto de calorias oferece risco
Segundo Simone, uma mulher com 1,65 metro de estatura precisa ingerir cerca de 2 mil kcalorias por dia. 
 
Um copo de "shake" tem, em média, entre 100 kcal e 250 kcal. Ao ingerir 2 copos por dia, a pessoa consome até 500 kcal.
 
Se considerar o consumo de ao menos uma refeição completa no dia – café da manhã, por exemplo – é possível que a pessoa não atinja nem 1.000 kcal/dia.

“A pessoa vai comer metade ou menos ainda do total que deveria ter consumido para manter um peso saudável”, explicou a nutricionista.
 
Em 2010, a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), testou dez misturas para emagrecimento e concluiu que todas as marcas analisadas não forneciam alimentação balanceada e, por isso, não deviam ser utilizadas sem a orientação de uma nutricionista.
 
Outro ponto citado é que o valor energético dos produtos era muito baixo para uma refeição.

Segundo a endocrinologista e a médica, para emagrecer com saúde ou continuar magro, não existem soluções mágicas. Elas afirmam que dietas que levam a um emagrecimento rápido são ineficazes a longo prazo e trazem risco à saúde.

G1

Prazos de atendimento no Brasil é um dos mais restritivos do mundo

FenaSaúde, que representa 31 operadoras, diz que em países como Canadá, Austrália, Suécia e França, a população aguarda mais tempo por uma consulta do que o exigido no Brasil
 
Depois da divulgação de mais uma lista de planos suspensos pela ANS, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 31 operadoras de planos de saúde, de 17 grupos empresariais, ressaltou que a determinação de prazos de atendimento estipulados no Brasil é uma das mais restritivas do mundo.
 
Segundo a entidade, estudos oficiais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que, em países como Canadá, Austrália, Suécia e França, metade da população, em média, aguarda mais de quatro semanas por uma consulta com especialista. Neste mesmo grupo de países, aproximadamente 20% da população aguarda mais de quatro meses para fazer uma cirurgia.
 
No Brasil, o prazo para atendimento ao beneficiário na saúde privada é de sete dias para consultas e 21 dias para cirurgias eletivas. “Ainda assim, as operadoras de planos de saúde empenham esforços contínuos para atender às regulamentações dentro dos prazos estabelecidos, mesmo diante da falta de infraestrutura médica do país”, afirmou a entidade representativa em comunicado ao mercado.
 
As associadas Allianz Saúde, Amico Saúde e Tempo Saúde estão presentes na lista da ANS. Veja os planos suspensos abaixo.
 
“Esclarecemos que o atendimento aos beneficiários das operadoras de planos de saúde que tiveram a comercialização suspensa está garantido. No ano de 2012, o setor de Saúde Suplementar brasileiro realizou aproximadamente 1 bilhão de procedimentos, entre consultas, internações, terapias e exames, incluindo tratamentos de alta complexidade, emergências e doenças crônicas, o que contribui para colocar a medicina brasileira entre as mais avançadas do mundo. As operadoras associadas à FenaSaúde estão atentas às demandas dos beneficiários e oferecem canais oficiais de comunicação para esclarecer dúvidas ou resolver eventuais problemas”.
 
A FenaSaúde informou ainda que defende critérios de avaliação transparentes e a adoção de metodologias precisas de monitoramento do atendimento, que espelhem a realidade de cada operadora avaliada, reduzindo as incertezas no processo de apuração das reclamações dos beneficiários de planos de saúde.

 A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) criou um Grupo Técnico para debater os critérios de monitoramento do atendimento, e os trabalhos estão em andamento.
 
Operadoras associadas à FenaSaúde que aparecem na lista da ANS:
 
ALLIANZ SAÚDE S/A
Registro ANS: 000515
Registro Produto Quantidade de beneficiários
410190991 SUPERIEUR 10 26961
410191990 SUPERIEUR 20 9778
410192998 SUPERIEUR 30 473
410198997 QUALITE 20 3767
410207990 EXCELLENCE 40 3167
433370005 BASIC PME 9380
433374008 SUPERIEUR 20 PME 12446
433376004 QUALITE 10 PME 11090
 
AMICO SAÚDE LTDA
Registro ANS: 306622
Registro Produto Quantidade de beneficiários
400138999 Básica QC 42073
444148036 BÁSICA GR MUNICÍPIOS EMP QC 98500
464361115 Dix 100 DF QC PJCA 5853
464370114 Dix 200 RM RJ QC PF 9883
465321111 Dix 100 GR.EST. QC PJCE 205621
 
TEMPO SAÚDE SEGURADORA S.A.
Registro ANS: 000361
Registro Produto Quantidade de beneficiários
409115999 AIG Saúde – Plano Especial – Clube Médico 6.812
 
SaudeWeb

Ainda pequeno, mercado de saúde móvel projeta forte crescimento

Mercado de dispositivos conectados oferece oportunidades significativas. Consumidores estariam dispostos a pagar cerca de 100 euros a mais por uma balança pessoal conectada
 
Dispositivos da área de saúde com conexão móvel apresentam um forte aumento nas vendas nos países europeus, apesar de ainda serem um mercado minoritário. Eles podem ser monitores de pressão arterial e balanças pessoais e monitoram o nível de atividade diária das pessoas, como contagem de passos, distância, calorias queimadas e, algumas vezes, até as horas de sono. Não são apenas um instrumento de controle pessoal; são um produto de estilo de vida, e cada vez mais esses dispositivos de aptidão física entram no mercado por meio de fabricantes conhecidos de diferentes setores.
 
De acordo com dados de mercado da GfK, o número de monitores de pressão arterial com conexão móvel vendidos no ano passado aumentou 42% na Grã-Bretanha, Alemanha, França e Países Baixos, comparado com o ano de 2012, enquanto a venda de balanças pessoais com conexão aumentou 88%.
 
Apesar do forte crescimento, os dispositivos com conexão representam apenas uma pequena porcentagem do mercado geral da atualidade. No ano passado, os dispositivos conectados representaram 5,5% do total de monitores de pressão arterial vendidos nesses quatro países, comparado com 3,7% em 2012, e 3,3% das balanças pessoais conectadas, comparado com 1,8%.
 
No entanto, ao analisar os países de maneira individual, as balanças pessoais conectadas já representam 6,3% em participação de vendas na Alemanha, e um respeitado 12,1% nos Países Baixos. Na França, os monitores de pressão arterial conectados representam importantes 17,4% em participação de vendas.
 
Para o diretor global da GfK, Udo Jansen, o mercado de dispositivos conectados pode oferecer oportunidades de mercado significativas e afirmou: “Os consumidores estão dispostos a pagar cerca de 100 euros a mais por uma balança pessoal conectada e 50 euros a mais por um monitor de pressão arterial conectado, comparados com os modelos sem conexão.

Como 2014 é o ano da “saúde móvel”, bem como dos dispositivos tecnológicos que podem ser vestidos, a agitação da mídia popular em torno desses temas provavelmente terá um efeito positivo sobre o conhecimento dos consumidores em relação aos benefícios potenciais da oferta.
 
Atualmente, os consumidores esperam receber respostas e informações imediatas ao realizar uma consulta rápida em seus smartphones ou tablets. Isso inclui seu estado de saúde pessoal e o nível de atividade. Nesse contexto, os monitores de atividade física representam a próxima grande tendência, de acordo com o momento pelo qual passamos”.
 
Fonte: PRNewswire
 
SaudeWeb

Inédito: SUS recebe robô para cirurgias de câncer

Robô adquirido é conhecido no mercado como Da Vinci
Equipamento importado dos EUA chega ao ICESP e vai beneficiar mais de mil pacientes em três anos com intervenções menos invasivas
 
Inédito em hospitais públicos paulistas, robô passa a guiar cirurgias de pacientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, na capital paulista.
 
A novidade faz parte do protocolo de pesquisa do ICESP e deve beneficiar 1.070 pacientes da instituição nos próximos três anos com procedimentos minimamente invasivos. A ideia, segundo comunicado ao mercado, é que no futuro os benefícios (custo-efetividade e a segurança) da cirurgia robótica no tratamento do câncer sejam uma realidade permanente para o SUS paulista.
 
Sentado à frente de um console, os cirurgiões do Icesp podem acionar os comandos do robô e ter uma visão tridimensional, com profundidade, o que permite maior precisão das intervenções em relação às cirurgias convencionais e àquelas guiadas por videolaparoscopia.
     
As cirurgias com o robô, importado dos EUA, irão acontecer em cinco diferentes especialidades oncológicas: urologia, ginecologia, cabeça e pescoço, aparelho digestivo e cirurgias do tórax.
 
Espera-se que o novo equipamento, além de permitir cirurgias mais precisas e menos invasivas, propicie um tempo de recuperação mais rápido e menos dor aos pacientes, assim como menor tempo de internação no hospital e, consequentemente, maior rotatividade dos leitos.
 
Três cirurgias já foram realizadas pelo Icesp com o novo robô, para retirada de tumores malignos da próstata, uma no dia 7, uma no dia 13 e outra no dia 18 de fevereiro. A Secretaria de Estado da Saúde investiu R$ 2 milhões no custeio das cirurgias realizadas pelo equipamentos, que foi adquirido pelo Ministério da Saúde.
 
“A oportunidade de termos uma cirurgia robótica no SUS, mesmo que como pesquisa, inicialmente, demonstra um grande avanço na saúde, além de termos a chance de tratar os pacientes com câncer com uma efetividade ainda maior”, avaliou o diretor Geral do ICESP, Paulo Hoff.
 
“Trata-se de um projeto muito importante para comprovar a eficácia de equipamentos guiados por robôs nas cirurgias de câncer. Este é um projeto de pesquisa fundamental para a rede pública de saúde, e nos orgulha que o Icesp tenha sido escolhido”, disse o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.
 
Fonte: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp)
 
SaudeWeb

Por que sua dieta não está dando certo?

Thinkstock/Getty Images
Comer só salada e abrir mão dos outros grupos alimentares
pode minar sua dieta
Especialistas apontam oito erros que podem estar arruinando sua perda de peso, como pular o café da manhã, excluir grupos alimentares ou sair do regime no final de semana
 
Você passa semanas sem comer doce, não coloca nenhum tipo de carboidrato no prato, faz centenas de abdominais e ainda assim o ponteiro da balança não desce.
 
Antes de culpar a azeitona da empada ou o chopp do final de semana, confira algumas armadilhas que podem estar fazendo sua dieta  dar errado.

1 -  Comer poucas vezes ao dia
“Uma das principais causas da baixa eficiência do emagrecimento mais de três horas sem se alimentar”, afirma a nutricionista Isabella Correia. Ficar sem comer por muito tempo em vez de emagrecer, pode engordar.

“O metabolismo energético diminui, fazendo com que a pessoa acumule tudo que consumir na próxima refeição e prejudicando a perda de peso”, explica Isabella. Além disso, a alimentação em períodos mais curtos vai permitir o fracionamento da porção, fazendo com que a pessoa faça a ingestão de uma menor quantidade de comida.

2 -  Preparar o alimento de forma errada
O médico prescreveu uma porção de couve-flor à noite, mas com certeza não recomendou prepará-la gratinada com queijo e molho branco. Consumir molhos gordurosos e frituras pode comprometer até o mais saudável dos legumes. O ideal é substituir o óleo pela água, preferir o assado ao frito e o sal por temperos naturais.

3 -  Sair da dieta no fim de semana
Embora sábado e domingo sejam dias reservados para o descanso, não dá para relaxar na hora de comer. Todo o trabalho da semana pode ser perdido nesses dois dias. Programe seu final de semana e tente usar a regra da compensação. Se vai sair para encontrar os amigos no sábado, nada de abusar da macarronada no domingo.
 
“Não há problema em tomar um chopp ou uma taça de vinho, por exemplo. Mas comer e beber muito pode comprometer a silhueta. Esses dias também devem ser regrados, sem extrapolar no volume”, alerta a nutricionista Rita de Cassia Leite Novais. Segundo ela, três taças de champanhe, por exemplo, têm 360 calorias, o equivalente a quase 45 minutos de corrida.
 
4 -  Pular o café da manhã
Essa ainda é a principal refeição do dia. Alimentar-se corretamente nesse período pode manter você satisfeito durante o dia. Também acredita-se que o desjejum evita comer demais nas outras refeições.

5 -  Comer à vontade
Frutas e legumes são ótimos para a saúde, mas nem por isso devem ser consumidos sem moderação. “Qualquer alimento tem valor calórico, é preciso cautela. A recomendação é consumir de três a quatro frutas por dia, mais que isso pode engordar e não faz bem”, diz Rita. Para Isabella, a restrição irá depender da individualidade de cada um. “Em caso de diabéticos, a ingestão de alguns alimentos deve ser controlada devido ao alto potencial de açúcar que eles contêm”, alerta Isabella.

6 -  Dietas monótonas ou muito restritivas
Passar semanas à base de sopa ou jantar apenas o mesmo tipo de alimento só vai fazer com que você perca a paciência e abandone a dieta. “Uma alimentação balanceada consegue prolongar o efeito da perda de peso e tem maior adesão”, explica a nutricionista Evelyn Conti Martins. Cardápios com pouquíssimas calorias, sem supervisão, também costumam fracassar.
 
7 -  Excluir grupos alimentares da dieta
Para dar certo, toda refeição deve conter os principais grupos existentes: proteínas, carboidratos e gorduras. “Dieta balanceada consegue prolongar o efeito emagrecedor”, diz Evelyn. Rita ressalta que o organismo responde à privação de determinado nutriente.
 
“Quem faz esse tipo de dieta acaba ficando doente. Pode até perder peso em um período, mas depois pode até dobrar de peso”, afirma Rita.

8 -  Seguir uma dieta não personalizada
Mesmo que a dieta do abacaxi tenha dado certo para a sua vizinha, isso não significa que funcionará com você. Somente um nutricionista ou nutrólogo poderá estudar seu peso, definir como e quanto você deve perder e estruturar um plano alimentar eficiente.

“É preciso verificar a estrutura da pessoa, tirar as medidas, conferir o percentual de gordura para só então definir uma reeducação que realmente funcione”, orienta Rita de Cassia. 
 
iG

Vacina contra HIV deve ser testada em humanos no prazo de 3 anos

Estudo em humanos servirá para avaliar se a vacina é capaz de apresentar uma resposta imune eficaz e se é segura
 
A vacina desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) contra o HIV, o vírus causador da aids, deverá começar a ser testada em humanos em três anos. A informação é do pesquisador que coordena o projeto da vacina, Edecio Cunha Neto.
 
“[Um novo] estudo com os macacos deve acontecer dentro de uns cinco meses. É o tempo para a gente desembaraçar uma área de maior segurança. Esse estudo vai demorar de 20 meses a 24 meses. A partir desse momento, nós já poderemos fazer estudos em humanos. Isso significa que o estudo em humanos vai ser em uns três anos”, disse. 
 
De acordo com o coordenador, o estudo em humanos servirá para avaliar se a vacina é capaz de apresentar uma resposta imune eficaz e se é segura.
 
A vacina, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, já foi testada, com sucesso, em camundongos e em quatro macacos rhesus. O resultado obtido com os primatas surpreendeu os pesquisadores. “Fizemos esse teste piloto com um pequeno número de animais, com metodologia de vacinação que a gente imaginava que iria dar [certo] ou uma intensidade de resposta semelhante ou até menor do que a gente viu em camundongos. E a nossa surpresa foi que a resposta foi muito maior”, destacou Edecio.
 
Dos quatro macacos testados, o que obteve pior resultado apresentou resposta quatro a cinco vezes maior do que a dos camundongos. O que respondeu melhor teve uma intensidade de resposta dez vezes maior. “Isso foi algo inesperado para nós, e foi alvissareiro [promissor]. Foi alguma coisa que nos estimulou a continuar trabalhando com o material.”
 
Segundo Edecio Cunha Neto, o diferencial da vacina, em relação a outras em análise, é que ela tem como alvo partes do vírus que não se alteram na transmissão entre indivíduos. Segundo o pesquisador, um dos grandes problemas de se fazer uma vacina contra o HIV é que o vírus tem uma variação muito grande: seu genoma pode variar até 20% entre dois pacientes.
 
“A maior parte das vacinas experimentais hoje, em teste contra HIV, tanto em nível experimental, quanto em nível de teste em humanos, usa as proteínas inteiras do HIV como alvo. Nós não. Nós fizemos uma espécie de desvio para forçar que a resposta imune seja feita com determinadas regiões [que têm característica de não variar]. Temos um pacote que são 18 fragmentos do HIV, que têm essas capacidades [de não variar]”, explicou.
 
Na próxima fase de teste, com macacos, deverão ser usados 28 animais. Para injetar os genes dos fragmentos do HIV, nos primatas serão usados vírus atenuados, como os das campanhas de vacinação. Dessa forma, espera-se que os macacos desenvolvam uma reação imunológica contra os fragmentos – que não variam – do HIV.

Agência Brasil

Solidão na velhice aumenta mais risco de morte do que obesidade

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Não só na foto de Natal: convivência é fator importante para
a longevidade
Estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que isolamento a partir dos 50 anos aumenta em 14% o risco de morte
 
O plano de viver uma aposentadoria longa e tranquila, perto da praia e longe de tudo e todos parece estar caindo por terra. Pesquisador da Universidade de Chicago afirma que o sentimento de solidão aumento o risco de morte prematura em idosos em 14%, o dobro do risco causado pela obesidade.
 
A partir de dados do Sistema de Saúde dos Estados Unidos, com mais de duas mil pessoas com mais de 50 anos, os pesquisadores analisaram como a satisfação em um relacionamento auxilia idosos a desenvolver a resiliência, a manter a capacidade de contornar dificuldades e a lidar com preocupações ou momentos estressantes. O resultado mostrou que a solidão pode ter efeitos devastadores para a saúde.
 
John Cacioppo, professor de psicologia da universidade de Chicago e autor do estudo, afirma que a sensação de isolamento pode interromper o sono, elevar a pressão arterial, aumentar o hormônio do estresse e alterar o sistema imunológico.
 
"Aposentar-se e ir morar na Flórida para viver em um clima mais quente, porém entre estranhos, não é necessariamente uma boa ideia, se isso significa que você está se desconectado das pessoas que mais significam para você", disse o pesquisador americano.
 
Marcelo Levites, médico de família do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, afirma que o estudo de Cacioppo confirma que a longevidade tem um aspecto muito mais amplo do que o pensado há alguns anos. “Hoje, sabemos que questões biológicas influenciam apenas 25% na longevidade, os outros 75% estão relacionados com a alimentação, a atividade física, os hábitos saudáveis e também a qualidade das conexões que a pessoa tem na vida. ”
 
No Brasil, 3,7 dos 24,8 milhões de idosos vivem sozinhos, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio, do IBGE. Levines ressalta, no entanto, que o problema não está em morar ou não sozinho, mas na capacidade de ter e manter relações.
 
“As pessoas pensam que se isolar e deixar de conviver com o estresse da família pode ser uma boa ideia, mas elas se esquecem que essa é a base de sustentação da vida”, diz. É muito melhor amar e sofrer com alguém do lado.
 
iG