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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Paternidade tardia traz maior risco de doença psiquiátrica aos filhos

Foto: Reprodução
Estudo compara filhos com pai de 20 a 24 anos com outros acima de 45. Eles são 25 vezes mais propensos a sofrer desordens bipolares, diz estudo
 
Os filhos de pai de mais idade apresentam um risco maior de desenvolver doenças psiquiátricas, autismo, ou transtornos de atenção, se comparado com filhos de pai mais novo, revela um amplo estudo sueco-americano publicado nesta quarta-feira (26) nos Estados Unidos.
 
O estudo se soma a um crescente corpo de investigações sobre os efeitos negativos de retardar a reprodução nos homens, em uma área que, tradicionalmente, havia-se concentrado nos riscos em relação às mulheres.
 
Comparado com aqueles cujos pais tinham entre 20 e 24 anos na época da concepção, as pessoas com pais de 45 anos ou mais quando nasceram são 25 vezes mais propensas a sofrer desordens bipolares, revelam as descobertas publicadas na JAMA Psychiatry, periódico da American Medical Association.

A pesquisa, realizada com mais de dois milhões de pessoas na Suécia, também aponta que os que nasceram de pais mais velhos são 13 vezes mais propensos a ter transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
 
"Ficamos chocados com os resultados", afirmou o principal autor da pesquisa, Brian D'Onofrio, professor associado do Departamento de Psicologia e Ciências do Cérebro no College of Arts and Sciences da Univesidade de Indiana, em Bloomington.
 
"As associações específicas com a idade paterna são muito, muito maiores do que em estudos anteriores", completou D'Onofrio, que colaborou nesse estudo com pesquisadores do Instituto Karolinska, de Estocolmo.
 
O tamanho da base de dados - que considerou um universo de 2,6 milhões de pessoas - equivale a todas as pessoas nascidas na Suécia entre 1973 e 2001.
 
O pai mais velho esteve associado a uma maior possibilidade de desenvolver esquizofrenia, a maiores tentativas de suicídio e a problemas de consumo de drogas em seus descendentes, além do maior fracasso escolar, ou menores graus de coeficiente intelectual.
 
Os filhos de pais de 45 anos, ou mais, também tinham 3,5 vezes mais possibilidade de desenvolver autismo e 2,5 vezes mais possibilidade de comportamento suicida, ou problemas de consumo de drogas do que aqueles, cujos pais tinham 24 anos, ou menos, quando nasceram.
 
Filhos cada vez mais tarde
A probabilidade de ter um ou mais dos problemas relatados aumenta consideravelmente com a idade do pai, o que marca que não há um limite de idade que cause maiores riscos.
 
Os cientistas também levaram em conta fatores como um maior salário, algo comum nos homens mais velhos e um fator que deveria minimizar a pressão sobre a criança, mas descobriram que as fortes associações se mantinham também nesses casos.
 
"Os resultados nesse estudo são mais informativos do que qualquer outro anterior", disse D'Onofrio.
 
"Em primeiro lugar, tivemos a maior amostra para um estudo da idade paterna. Segundo, prevemos muitos problemas acadêmicos e psiquiátricos associados com uma significativa incapacidade", afirmou.
 
As mulheres sempre sofreram com o fato de que seu fornecimento de óvulos vai diminuindo de forma constante, enquanto que os homens fabricam esperma, mesmo em idades mais avançadas.
 
Agora, os pesquisadores sabem que as mutações de DNA podem acontecer sempre que o esperma se renova. À medida que o homem envelhece, expõe-se a mais toxinas ambientais que podem levar a mudanças de DNA em seu esperma.
 
É cada vez mais comum hoje que homens e mulheres tenham filhos depois dos 40 anos.
 
A idade média das mães de primeira viagem nos Estados Unidos era de 21,5 anos em 1970 e de 25,6 anos em 2011, segundo dados do organismo federal dos Centros para o Controle e Prevenção de Enfermidades. Já os homens tendem a ter três anos a mais em média.
 
G1

Anvisa lança sistema de notificação para segurança do paciente

Foto: Reprodução
Desde terça-feira, 25, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a receber os dados de notificação de eventos adversos relacionados à assistência à saúde, conforme previsto em legislação que estabeleceu a obrigatoriedade de implantação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e definiu o prazo para o início da notificação mensal. “
 
O novo módulo destina-se à notificação de incidentes e eventos relacionados à assistência à saúde como quedas, úlceras por pressão, problemas na cirurgia, problemas relacionados ao diagnóstico laboratorial e de imagem e falhas na identificação do paciente, entre outros”, explicou o Diretor-presidente da Agência, Dirceu Barbano, segundo o portal da Anvisa.
 
Eventos adversos envolvendo medicamentos, produtos e equipamentos para saúde e sangue/hemoderivados também serão notificados pelo sistema.
 
Agência Estado

Estresse de passar horas no trânsito pode causar perda de libido

Thinkstock
Trânsito aumenta a pressão arterial e diminui a libido, diz médico
Especialista ensina a driblar as incômodas horas no engarrafamento das grandes cidades
 
Bom dia! Você acabou de acordar, mas já está irritado só de pensar que vai enfrentar aquele congestionamento para chegar ao trabalho? Está cansado de passar horas dentro do carro ou do ônibus extremamente estressado? Então, respire fundo e siga as dicas do psicólogo Sérgio Medeiros, coordenador do curso de psicologia do Centro Universitário IBMR.
 
— O desgaste mental de ficar preso durante horas no trânsito é fruto de uma sensação de impotência, que origina o estresse, podendo causar inclusive danos fisiológicos e mentais. Outra disfunção pode ser a ansiedade. Como resposta orgânica ao estresse, podemos desenvolver doenças que afetam desde coração (hipertensão), estômago (úlcera), intestino (constipação) e pâncreas (diabetes) até a pele (dermatite) e o sistema reprodutivo (perda de libido).
 
Para evitar estes problemas de saúde e reduzir o estresse, Medeiros indica quatro atitudes imbatíveis.
 
1 — Ocupe-se, preencha seu tempo livre durante o congestionamento. Todo o estresse gerado pelo trânsito pode ser minimizado com algumas atitudes como ouvir música, navegar na internet pelo celular, etc.
 
 
2 — Adiante suas tarefas. Aproveite o tempo de engarrafamento para ler algo que gosta, para se informar ou adiantar tarefas do trabalho.  
 
3— Evite a hora do rush.  E divirta-se com os amigos em um happy hour. Isso pode lhe afastar do auge do congestionamento.
 
4 — Assim que chegar em casa, se distraia, desligue-se do estresse causado pelo engarrafamento. Faça algo prazeroso, tome um banho, coma algo que goste, faça exercícios, etc.
 
R7

Pão de centeio ou com linhaça ajuda o intestino e previnem câncer

Thinkstock
Nutricionista explica qual o melhor pão para o seu café da manhã
Nutricionista explica quais são os tipos e os benefícios de cada um dos produtos
 
Você acordou, olhou para sua cesta de pães e não sabe qual deles é o mais saudável? O branco, o integral, o light, qual deles é a melhor opção? Para tirar a sua dúvida, a nutricionista da Abima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializados), Alessandra Godoy, listou os principais produtos disponíveis nos mercados e explica os seus benefícios.
 
Independentemente do tipo, é importante ficar atento ao rótulo e observar a quantidade de sódio, açúcar e calorias dos pães. Uma boa opção é com a menor quantidade de sal, sem gordura trans e precisa ter 1,5g de fibra a cada duas fatias (50g).
 
Preto - é uma boa fonte de fibras, já que é elaborado a partir de uma mistura de farinhas integrais. Alguns pães podem conter mel na formulação. Se o objetivo é a perda de peso ou se você tem alguma restrição de açúcar, seu consumo deve ser orientado.
 
De centeio - O farelo do centeio é fonte de fibra insolúvel que colabora com o bom funcionamento do intestino e reduz o risco de câncer.
 
Integral - parte da massa é feita com farinha integral, se acrescido com com grãos, fica rico em fibras e gorduras boas
 
Light - tem uma redução de pelo menos 25% de um dos seus componentes, que podem ser calorias ou a quantidade de sal. Verifique na embalagem.
 
Com linhaça - Por ser fonte de ômega-3, traz benefícios anti-inflamatórios, antioxidantes e auxiliam no bom funcionamento do coração. Além disso, contém uma substância chamada lignana, semelhante ao hormônio estrógeno produzido pelas mulheres, e pode ajudar na prevenção do câncer de mama e também auxilia o bom funcionamento do intestino.
 
Com aveia - A substância beta-glucana encontrada neste tipo de pão ajuda a reduzir os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, e também colabora com o bom trabalho do intestino.
 
7, 9, 12 e 15 grãos - Possui grãos variados, de diferentes combinações. Importante ressaltar que o número de grãos não corresponde a um teor maior de fibras. Vale a pena consultar o rótulo dos produtos para verificar.

R7

Caminhar até o trabalho ajuda a emagrecer e a sair do sedentarismo

Foto: Reprodução
Os deslocamentos diários provocam um gasto calórico extra e podem valer mais do que três dias de academia
 
As caminhadas realizadas como deslocamento, como ir ao mercado, ir ao trabalho, ou mesmo, até um ponto de ônibus são muito válidas no processo de emagrecimento e condicionamento físico. 
 
A quantidade de passadas que damos ao longo do dia contam como atividade física. O ideal é chegar próximo de 10.000 passos ao final do dia, mas comece devagar, com 5.000 passos você já sairá do sedentarismo. Você poderá medir o número de passadas com um pedômetro ou mesmo um aplicativo de celular que quantifique as passadas dadas no seu dia. 
 
Esses deslocamentos diários e frequentes provocam um gasto calórico extra e incluem mais movimento na sua vida. Isso se faz tão importante, que pesquisas mostram que indivíduos que possuem hábitos diários de atividades com mais movimentos perdem mais peso que indivíduos que fazem três dias de academia. Isso quer dizer que precisamos colocar atividade física diariamente em nossa vida para termos resultados efetivos. 
 
O tênis é o mais indicado para esses deslocamentos. Vale a pena ir para o trabalho de tênis, e chegando lá coloque o sapato. O tênis é a melhor alternativa porque possui amortecimento e protege os pés, pernas e a coluna de impactos. Assim, a pessoa irá evitar lesões. 
 
Não faça a caminhada com rasteirinhas. Isto porque elas não possuem nenhum amortecimento e ainda colocam os membros inferiores em posições desconfortáveis. O uso deste tipo de calçado pode levar a lesões. 
 
A bolsa deverá ser leve, não faça caminhadas com bolsas pesadas ou com alças de um lado só. Você poderá substituir sua bolsa por uma mochila, assim distribuirá bem o peso e não sobrecarregará sua coluna. 
 
Quanto à roupa que será escolhida para a caminhada, não é necessário vestir modelos específicos para praticar este tipo de exercício. A própria roupa do trabalho é uma alternativa. 
 
Inicie devagar, deslocando-se pequenos trechos e estenda com o tempo. Isso fará com que aumente seu tempo e distância nas caminhadas sem sentir tanto cansaço. 
 
Uma boa tática para driblar o cansaço de um dia de trabalho e conseguir voltar a pé para casa é pensar em algo que irá te motivar. Por exemplo, lembre-se daquela calça que está apertada e que com as caminhadas você perderá peso e conseguirá vesti-la. Outro ponto a se pensar é na economia de combustível ou com a condução que está sendo feita.  
 
Minha Vida

Confira as possibilidades de tratamento para quem tem vitiligo

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Os cuidados são avaliados individualmente pelo médico, de acordo com o tipo de manifestação do problema
 
Por Dra. Denise Steiner
 
O vitiligo pode ser definido como uma alteração de pele caracterizada por manchas completamente brancas, de vários tamanhos, que podem se localizar em qualquer parte do corpo, inclusive nas mucosas e nos cabelos, causando sérios problemas relacionados ao convívio social e a autoestima. 
 
Vale ressaltar que as manchas de vitiligo não doem, não coçam e, não incomodam o paciente, não apresentando, portanto, nenhum sintoma. Além disso, pode-se afirmar também que o vitiligo não compromete qualquer órgão interno. 
 
Contudo, até hoje, não se sabe ao certo quais são as causas do vitiligo e, justamente por isso, há uma grande dificuldade para os médicos saberem qual o tratamento considerado ideal, o mais apropriado e que responda de forma totalmente eficaz. 
 
Na realidade, existem várias informações para explicar o aparecimento do vitiligo, mas o principal ainda é desconhecido. É como se tivéssemos um quebra cabeça e faltassem algumas peças que fariam a ligação de tudo. 
 
Tratamento não é impossível
Um dado muito importante em relação ao vitiligo é que não se deve pensar nessa alteração de pele como sendo algo incurável. Isso não é verdade, pois se tratamos o problema, temos condições de melhorá-lo, de controlá-lo e até de curar o paciente, fazendo com que as manchas desapareçam totalmente. 
 
Em relação ao tipo de tratamento indicado para o vitiligo, vale explicar que não existe um tratamento definido e cada caso será analisado individualmente. 
 
Embora seja importante destacar que em todos os casos, de uma maneira geral, deve haver um bom entendimento entre médico e paciente sendo o aspecto psicológico de suma importância. Aliás, se o paciente puder fazer um acompanhamento psicológico, isso irá ajudar muito para o bom resultado do tratamento. 
 
Além disso, o médico pode adotar medidas como a prescrição de vitaminas que sejam antioxidantes (vitamina C, por exemplo), que combinados a outros fatores, como ácido fólico e vitamina B12, podem ajudar significativamente na fabricação de melanina. 
 
Outro aspecto que deve ser mencionado, no que se refere ao tratamento, está relacionado à estimulação dos locais que estão brancos, para que eles voltem a produzir pigmentos. Isso poderá ser feito de várias maneiras, sendo que a mais comum é utilizar um grupo de medicamentos chamados psolarênicos mais luz ultravioleta A. Esse procedimento estimula os melanócitos e por isso, quanto menor a mancha, mais favorável será o resultado. 
 
Vale destacar que qualquer tipo de tratamento aqui citado, deve ser prescrito e acompanhado pelo médico. Existem ainda os tratamentos à base de aminoácidos fenilalanina que também são combinados com a aplicação de luz e aqueles que estão em fase de desenvolvimento, como cremes antioxidantes que podem pigmentar a pele. 
 
Há ainda os procedimentos cirúrgicos, cada vez mais em evidência, e que podem ser de diferentes maneiras, mas basicamente consistem em trazer uma célula boa para o local em que não existe mais pigmento. 
 
Diferentes procedimentos terapêuticos, vale ainda destacar que os tratamentos para o vitiligo só apresentam melhoras significativas a médio e longo prazo, sendo o período mínimo de um ano para que a pessoa comece a sentir a diferença e a pele volte a apresentar pigmentação sem as inconvenientes manchas brancas. Atualmente também há possibilidade de tratamento com laser. 
 
Dois tipos de problemas
Outro ponto relevante e que deve ser ressaltado é que existem dois tipos de vitiligo: o segmentar e o vulgar. O vitiligo segmentar é a forma mais simples desse tipo de alteração de pele e caracteriza-se pelo aparecimento repentino de uma mancha que cresce num determinado período e depois estaciona. Outra característica desse tipo de vitiligo é que ele aparece de um lado só do corpo e costuma também acompanhar o trajeto de um nervo. Nesse caso, ele não responde muito bem ao tratamento convencional, sendo mais indicado o procedimento cirúrgico. 
 
Já o vitiligo vulgar tem como principal característica o fato de aparecer em surtos. Ele aparece, surgem algumas manchas e, depois, o processo para. Passado algum tempo surge de novo e vai aumentando cada vez mais. 
 
Esse tipo de vitiligo tem como característica marcante o fato de ser simétrico, se surgir de um lado, há grandes chances de aparecer do outro, além de estar relacionado às doenças autoimunes.
 
Existe ainda a associação do vitiligo vulgar com outro tipo de problema chamado nevo-halo. Trata-se de outra alteração de pele que aparece sob a forma de uma pinta escura e, de repente, ao redor dela vai surgindo uma mancha branca que vai evoluindo até que o nevo some, ficando apenas a mancha branca. 
 
Minha Vida

O que saber sobre a recuperação após a extração do siso

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Dente do Sido -  Inclusão Angular
É importante manter uma dieta leve, líquida, até que comece a sarar
 
Ter o dente do siso (terceiro molar) extraído se tornou um rito de passagem no mundo de hoje. Se você ou seu adolescente estão se preparando para extrair o terceiro molar, a recuperação é algo que deve ser planejada.
 
É importante que se lembre de que a extração do dente do siso é uma cirurgia, muitas vezes exigindo submeter o paciente a anestesia local e até geral. Inchaço na face e pescoço é comum, também hematomas. Bolsas de gelo e analgésicos prescritos pelo dentista ou cirurgião bucomaxilofacial ajudarão, mas se você tiver quaisquer dúvidas ou está preocupado quanto à experiência, contate seu cirurgião.
 
Enquanto se recupera da cirurgia é importante manter uma dieta leve, líquida, até que comece a sarar. Comidas frias são indicadas, ou à temperatura ambiente, como purê de batatas; comidas quentes não são recomendadas, porque podem remover o coágulo da cavidade e causar infecções.
 
Agora é hora de curtir aqueles milkshakes, pudins e gelatinas. Shakes de proteína também ajudam a ter a nutrição diária exigida com mínimo esforço. Mas se está bebendo shakes e líquidos, assegure-se de beber direto do copo, porque canudos não podem ser usados no pós-operatório até que permitido pelo cirurgião. Fumar também é proibido.
 
A medida que você se cura da extração do dente do siso, se recuperar é a prioridade número 1. Siga as instruções do cirurgião, compareça às consultas de acompanhamento e confie na instrução do dentista sobre enxaguar da área operada após cada refeição para evitar infecção, caso seja indicado.
 
Artigo fornecido pela Colgate-Palmolive. Copyright 2014 Colgate-Palmolive.
 
Minha Vida

Câncer de mama: diagnóstico é feito mais facilmente em seios pequenos

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Entenda as diferenças no tratamento para o tumor nos diferentes tamanho de mama
 
Por Dr. Wesley Andrade
 
Quando avaliamos exclusivamente o risco de desenvolver câncer de mama relacionando ao tamanho do seio, não existem resultados conclusivos na literatura médica - alguns estudos sugerem um aumento das chances, outros não.
 
Fato é que, em geral, mulheres com seios de grande volume tem obesidade, e essa doença é bastante relacionada ao aumento do risco de desenvolver câncer de mama. Isso que dizer que mulheres acima do peso tem um risco maior de desenvolver câncer de mama que mulheres dentro do peso ideal.
 
Assim como pacientes que já tiveram câncer de mama e sofrem com obesidade tem maior risco de retorno da doença e maior risco de morte por câncer de mama.
 
Outro fator relacionado com as mamas de grande volume é o fato delas dificultarem o exame mamário, ou seja, é mais difícil para as pacientes e também para os médicos perceberem nódulos em meio a mamas volumosas.
 
O risco do câncer de mama invadir outros órgãos como pulmão, pleura, fígado e ossos, que é o que chamamos de metástase, não tem relação com o tamanho da mama e sim com o tamanho do tumor e suas características biológicas.
 
No entanto, as chances de o tumor invadir estruturas adjacentes, como músculo peitoral (o músculo que esta a abaixo da mama) bem como a pele, é maior nas mamas pequenas - e isso é bem mais evidentes no câncer de mama masculino, no qual o volume de glândula mamária do homem é muito pequeno.
 
Retirada do tumor é diferente
Aqui temos dois aspectos: a retirada do tumor com margens de segurança amplas é mais factível em mamas grandes, ou seja, quanto maior o tamanho da mama mais fácil será retirar o tumor com margens de segurança e ainda ficar com um resultado estético satisfatório.
 
Na face oposta, mesmo tumores pequenos em mamas pequenas podem ser muito trabalhoso para o cirurgião, pois retiradas de pequeno volume em mamas pequenas podem resultar em um defeito muito evidente, deixando o resultado estético pouco satisfatório.
 
Devo me preocupar?
Em resumo, baseado no que foi explicado a cima, a questão mais importante é a relação mama/tumor, ou seja, a proporcionalidade do tamanho do tumor em relação ao tamanho da mama. Em mamas grandes até mesmo a presença de tumores de grandes proporções podem permitir a remoção parcial da mama (cirurgia conservadora) com bons resultados, já, em mamas pequenas até mesmo tumores pequenos podem pedir uma mastectomia. Essa indicação em relação ao tipo de cirurgia é extremamente personalizada e depende da avalição do médico e discussão com a pacientes.
 
A outra questão é que nas mulheres com mamas grandes podem ser necessárias cirurgias de redução mamária em conjunto com a cirurgia oncológica, permitindo o tratamento oncológico e funcional da mama. Nestes casos a cirurgia vai envolver a mama acometida por câncer e a mama saudável, a fim de deixar as duas mais equilibradas em relação a forma e tamanho. Esse tipo de procedimento, conhecido como cirurgia oncoplástica da mama, é cada vez mais executado pelos cirurgiões oncológicos e mastologistas em todo o mundo.
 
No geral, se a paciente se submete a cirurgia clássica a recuperação será semelhante independente do tamanho da mama. No entanto, se a cirurgia contemplou a redução das duas mamas, o período para completa recuperação é maior e há maiores riscos de complicações como necrose de pele e abertura dos pontos.
 
A redução da mama facilita inclusive o tratamento com radioterapia, minimizando as complicações da radioterapia que chamamos de radiodermite. As mamas grandes têm maior probabilidade de sofrerem de radiodermite que as pequenas, principalmente nas regiões de dobra da mama (sulco inframamário).
 
Minha Vida

Óleo de cártamo: alimento que controla o colesterol

O óleo de cártamo possui ação antioxidante
O alimento também pode queimar gordura e ser um aliado para quem tem diabetes
 
O óleo de cártamo é extraído das sementes da planta cártamo (Carthamus tinctorius). Este óleo tem sido utilizado com frequência na alimentação por ser muito nutritivo. Ele é rico em ômega 6, ácido graxo essencial que o organismo necessita, mas não produz, e ômega 9, importante para a função cerebral, crescimento e desenvolvimento. 
 
O alimento também possui boas quantidades de vitamina E que se destaca pela forte ação antioxidante. Os fitoesterois estão presentes no óleo de cártamo, essa substância é importante porque contribui para o controle das taxas de colesterol. 
 
O óleo contribui para a redução do triglicérides e é bom para quem tem diabetes. Alguns estudos também apontam que o alimento pode ajudar mulheres com câncer de mama e pessoas com obesidade. 
 
Principais nutrientes do óleo de cártamo
Óleo de cártamo - 9 gramas
Calorias 80 kcal
Gorduras totais 9 g
Gorduras saturadas0.55 g
Gorduras poli-insaturadas 6.7 g
Gorduras monoinsaturadas 1.29 g
Vitamina E 3.07 mg
Vitamina K0.6mcg
 
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 
 
Confira qual a porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes que a porção recomendada, 9 gramas, deste alimento carrega: 
  • 30% de vitamina E
  • 16% de gorduras totais
  • 4% de calorias
  • 3% de gorduras saturadas.
*Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kj. Seu valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. 
 
O óleo de cártamo é rico em ômega 6, podendo conter até 70% do quanto o organismo necessita deste ácido graxo por dia. Este ácido graxo poli-insaturado é essencial para o organismo, mas não é produzido por ele e auxilia na cicatrização, evita a queda de imunidade, atenua queda de cabelo e aumenta queima de gordura corporal. 
 

Esta é a planta da qual se extrai o óleo de cártamo
Cerca de 30% do alimento é composto por ômega 9. Esta gordura é monoinsaturada e ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, derrames, tem ação anti-inflamatória e contribui para aumentar os níveis do colesterol bom, HDL, e diminuir o ruim, LDL. 
 
O óleo é fonte de vitamina E que se destaca pela capacidade antioxidante, favorecendo a retirada de radicais livres do organismo, retardando o envelhecimento e diminuindo o risco de doenças. Ele também conta com fitoesterois, substância com estrutura semelhante ao colesterol e que diminui a absorção intestinal dele ajudando a controlar os níveis de colesterol. 
 
O alimento ainda possui pequenas quantidades de vitamina A, que possui ação antioxidante, e vitamina K, componente na formação de 13 proteínas essenciais para a coagulação do sangue e envolvida na construção dos ossos. 
 
Benefícios comprovados do óleo de cártamo
 
Controla o colesterol: Um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition constatou que o óleo de cártamo suplementado por oito semanas pode reduzir o colesterol ruim, LDL, de 12 a 20% e níveis de apolipoproteina B-100 de 21 a 24%. Esta lipoproteína é a principal carregadora de colesterol do sangue para células. Este benefícios ocorrem devido à composição do óleo de cártamo que inclui os fitoesterois e o ômega 9. 
 
Controla o triglicérides: O óleo de cártamo ajuda a reduzir os níveis de triglicérides por ser rico em ômega 9. Um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition com trinta e cinco mulheres observou que o consumo do alimento de fato reduz os níveis de triglicérides. 
 
Ação antioxidante: A vitamina E presente no óleo de cártamo faz com que ele tenha forte ação antioxidante. Assim, o alimento contribui proteger as células contra a ação dos radicais livres, retardar o envelhecimento e diminuir o risco de doenças. 
 
Proporciona saciedade: Este benefício ocorre porque o óleo de cártamo retarda o esvaziamento gástrico, aumentando o tempo de saciedade. 
 
Benefícios em estudo do óleo de cártamo
 
Bom para quem tem diabetes: Uma pesquisa realizada em 2009 e publicada no The American Journal of Nutrition com mulheres que tem diabetes mostrou que o óleo de cártamo reduz os níveis de açúcar no sangue em jejum. 
 
Queima gordura: Uma pesquisa publicada no The American Journal of Clinical Nutrition com trinta e cinco mulheres concluiu que o óleo de cártamo contribui para a queima da gordura abdominal. Alguns especialistas defendem que esta perda de gordura ocorre devido ao ômega 6 presente no óleo. Este ácido graxo atuaria como catalisador da queima de gordura marrom, que tem função de gerar calor para os órgãos vitais. Quando o ômega 6 acelera a queima desse tipo de gordura, o corpo busca energia na gordura branca localizada na barriga, cintura e quadril. 
 
Benefícios polêmicos do óleo de cártamo
 
Combate e previne câncer de mama: Alguns estudos sugerem que o óleo de cártamo inibe a atividade do tumor do câncer de mama. Porém, há outras pesquisas que sugerem que uma dieta rica em ômega 6, substância que está presente em grandes quantidades no óleo, pode promover o desenvolvimento de câncer de mama. 
 
Quantidade diária recomendada de óleo de cártamo
A quantidade orientada varia de acordo com cada pessoa. Porém, os valores que costumam ser orientados são de duas colheres de chá (9 gramas) do óleo ou duas cápsulas por dia. 
 
Como consumir o óleo de cártamo
O óleo de cártamo pode ser consumido frio em saladas ou ser aquecido e assim fazer parte do preparo de alimentos refogados. Também é possível consumir este alimento na versão de cápsulas. 
 
Compare o óleo de cártamo com outros alimentos
Nutrientes Óleo de cártamo - 9 gramas Óleo de coco - 15 g Óleo de girassol - 30 g
Calorias80 kcal129 kcal 265 kcal
Gorduras totais 9 g15 g 30 g
Gorduras saturadas 0.55 g12.97 g 2.7 g
Gorduras poli-insaturadas 6.7 g0.87 g8.69 g
Gorduras monoinsaturadas 1.29 g 0.27 g17.2 g
Vitamina E 3.07 mg 0.01 mg12.3 mg
Vitamina K 0.6mcg 0.1 mcg 1.53 mg
 
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 
 
O óleo de cártamo possui menos calorias do que o óleo de coco e o de girassol, isto é bom porque o macronutriente quando consumido em grande quantidade pode aumentar o colesterol ruim, LDL.  
 
Além disso, quando comparado com o óleo de coco, o de cártamo possui mais gorduras boas, a monoinsaturada, ômega 9, e a poli-insaturada, ômega 6. Porém, o óleo de girassol de destaca por conter quantidades maiores de gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas. Por isso, os especialistas recomendam variar o consumo do óleo de cártamo com o de girassol. 
 
Combinando o óleo de cártamo
 
Óleo de cártamo + fontes de ômega 3: O óleo de cártamo é rico em ômega 6, e este ácido graxo em excesso pode levar à inflamações. O ômega 3 possui ação anti-inflamatória e por isso ajuda a controlar o efeito negativo do ômega 6. Alimentos ricos em ômega 3 são peixes de águas profundas e frias como o salmão, sardinha e arenque e sementes como a chia e a linhaça.
 
É preciso tomar cuidado com os suplementos de
óleo de cártamo
Contraindicações
O suplemento do óleo de cártamo só podem ser consumidos com a orientação de um médico ou de nutricionista. Quanto ao óleo in natura, é melhor que gestantes e lactantes evitem o consumo do óleo de cártamo, pois ainda não existem estudos que mostrem a implicação deste alimento no bebê. 
 
Riscos do consumo em excesso
É importante que haja um equilíbrio entre o ômega 3, encontrado principalmente em peixes de águas frias, e o ômega 6 na razão de 5:1, sendo o ômega 6 o mais consumido e o ômega 3o menos. O equilíbrio entre os dois é essencial porque o ômega 3 age como anti-inflamatório, enquanto o ômega 6 em excesso pode levar a inflamação.  
 
Infelizmente, como o ômega 6 pode ser encontrado na alimentação com facilidade, ele está presente em carnes, ovos e leite, e o 3 não, as pessoas podem ter dificuldade em balancear o consumo dos dois ômegas. 
 
O excesso de ômega 6 pode aumentar a inflamação e resultar em maiores riscos de doenças cardiovasculares, câncer, artrite e depressão. Estudos sugerem que a população consume até 30 vezes mais o ômega 6 do que ômega 3. Como o óleo de cártamo é rico em ômega 6, o excesso do alimento na dieta pode levar a esses problemas. Por ser um óleo calórico, o excesso dele também pode causar o ganho de peso. 
 
Onde encontrar
O óleo de cártamo pode ser encontrado em lojas de produtos naturais. 
 
Minha Vida

Problemas nos joelhos rendem 107 mil licenças trabalhistas por ano

Problemas nos joelhos rendem 107 mil licenças trabalhistas por ano Jandyr Nascimento/Agencia RBS
Foto: Jandyr Nascimento / Agencia RBS
Problemas nos joelhos rendem 107 mil licenças trabalhistas por ano
 
Segundo pesquisas, os trabalhadores brasileiros, em qualquer categoria, estão mais velhos e mais gordos. Os que não são sedentários - este grupo é apenas 20% da população brasileira - em sua maioria, fazem exercícios físicos sem orientação especializada.
 
Este conjunto de características escolhe como alvo uma parte especial do organismo: os joelhos. O ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno, por exemplo, afirmou que antecipou sua aposentadoria porque "perdeu para o seu corpo". Em entrevistas, o atleta disse que passou por mais de 20 cirurgias, e um dos pontos problemáticos era justamente o joelho.
 
Mas se antes somente os atletas tinham a vida profissional comprometida por este tipo de lesão ortopédica, agora as dores no joelho interferem em todas as carreiras. De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, em 2010, este problema de saúde acumulou 107 mil licenças trabalhistas, a segunda ocorrência mais numerosa no país.
 
— Esta parte do corpo é uma das que mais sofre sobrecarga e a fragilidade dos ligamentos, muitas vezes por falta de musculatura, pode render rupturas, fraturas ou inflamações, em especial em quem já passou dos 45 anos — afirma o professor de cirurgia no joelho da Faculdade de Medicina da Santa Casa, Ricardo Cury.
 
O aumento da obesidade, atrelado ao sedentarismo epidêmico, machuca mais os joelhos, mas não é a única explicação para a liderança de afastamentos trabalhistas por dores nesta parte do corpo.
 
— Existe um outro lado das atividades físicas. Os idosos e as crianças hoje são mais estimulados a fazer exercícios e isto, em especial quando é feito sem orientação especializada, pode aumentar o número de lesões nos joelhos antes concentradas na faixa-etária entre 20 e 40 anos. Sem contar que as pessoas trabalham por mais tempo — explica o ortopedista Cury.
 
Além disso, completa ele, antes as cirurgias eram indicadas apenas para pessoas que dependiam dos joelhos para sobreviver, atletas por exemplo. Agora o arsenal cirúrgico foi ampliado e podemos indicar a operação para quem faz do esporte somente um hobby.
 
— A atividade física tem um papel importante na vida do indivíduo, seja mental ou produtivo, e caso a cirurgia permita que ele continue praticando uma atividade que faz bem, vamos indicá-la — afirma o professor da Santa Casa.
 
Prevenir problemas nos joelhos, além de manter em níveis seguros os ponteiros da balança, é também prestar atenção à postura. Passar muito tempo sentado, em frente ao computador ou no trânsito, exige um alongamento para poupar as articulações.
 
Zero Hora

Deficiência de vitamina D pode prejudicar imunidade em idosos

Deficiência de vitamina D pode prejudicar imunidade em idosos Guto Kuerten/Agencia RBS
Foto: Guto Kuerten / Agencia RBS
Pesquisa observou índices de 957 pessoas com mais de 60 anos de idade
 
Pessoas mais velhas que têm deficiência de vitamina D também tendem a ter um comprometimento na sua função imune, de acordo com uma nova pesquisa que será publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (JCEM).
 
A vitamina D desempenha um papel importante para ajudar o corpo a absorver o cálcio necessário para a saúde dos ossos. A pele produz naturalmente a vitamina D quando exposta ao sol e pequenas quantidades também podem ser obtidas através de alimentos. Estima-se que um bilhão de pessoas no mundo tenham deficiência de vitamina D.
 
— Nossos dados sugerem que a deficiência de vitamina D também está relacionada com a saúde do sistema imunológico. Este é o primeiro estudo a encontrar uma relação entre os níveis de vitamina D e a inflamação em uma amostra grande de indivíduos mais velhos — afirma uma das autoras da pesquisa Mary Ward.
 
O estudo observou os índices de vitamina D e biomarcadores de inflamação de 957 irlandeses com 60 anos ou mais. Os participantes com deficiência da vitamina eram mais propensos a ter altos níveis desses biomarcadores, que estão ligados a doenças cardiovasculares e inflamatórias.
 
— Garantir que pessoas mais velhas tenham bons níveis de vitamina D pode ser uma maneira de aumentar a função imunológica dessa população, mas isso ainda precisa ser confirmado por mais estudos — conclui Mary.
 
Zero Hora

Dieta vegetariana reduz pressão arterial, aponta estudo

Dieta vegetariana reduz pressão arterial, aponta estudo Naomi Kuwashima/stock.nchng
Foto: Naomi Kuwashima / stock.nchng
Redução encontrada no estudo poderia impactar em 7% da mortalidade de todas as doenças
 
Seguir uma dieta vegetariana ajuda a manter a pressão arterial baixa e pode combater a hipertensão, de acordo com uma pesquisa realizada no Japão.
 
Os autores analisaram sete ensaios clínicos e 32 estudos publicados entre os anos de 1900 e 2013 em que os participantes seguiram uma dieta vegetariana.
 
A pressão arterial é medida verificando duas leituras: sistólica, a pressão no interior das artérias medida quando o coração está forçando o sangue através delas; e diastólica, quando o coração relaxa.
 
Na experiência, os participantes que mantiveram a dieta vegetariana tiveram pressão arterial sistólica quase 5 mmHg inferiores aos de adeptos de carne e peixe.
 
Para a pressão arterial diastólica, os vegetarianos mostraram diferenças de 2.2 mmHg até quase 5 mmHg a menos, em comparação com comedores de carne. A redução poderia impactar em 7% da mortalidade de todas as doenças, 9% por doenças coronárias e 14% das mortes por acidente vascular.
 
"Mais estudos são necessários para esclarecer quais os tipos de dietas vegetarianas são mais fortemente associados com menor pressão arterial", informou o texto da pesquisa.
 
Zero Hora

Campanha por sexo seguro no Carnaval distribui 104 milhões de preservativos

Getty Images
No Brasil todo, cerca de 265 mil pessoas já morreram por terem
contraído o vírus HIV
Estimativas indicam que cerca de 718 mil pessoas vivam com Aids no Brasil, sendo que 150 mil desconhecem sua situação
 
Com o slogan “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha”, o Ministério da Saúde lançou a campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e à Aids. A ideia é que a campanha funcione tanto no Carnaval como em todos os grandes eventos e festas populares, como São João e a Copa do Mundo. 
 
O estímulo ao uso do preservativo durante as festas realizadas anualmente em todo o Brasil é um dos focos da campanha. São dois filmes: o primeiro fala de festas, mas não se restringe ao carnaval e será usado durante todo o ano. Este filme mostra imagens com os principais eventos que irão acontecer nas mais diversas regiões do Brasil, como a Copa do Mundo, o carnaval, festas juninas, parada gay, entre outros. O segundo filme é sobre o personagem Juca, que apresenta situações divertidas para todos os tipos de festas e ocasiões, com enfoque no uso da camisinha.
 
Uma das ações para reforçar a prevenção é a distribuição de preservativos aos estados e municípios. Na primeira remessa deste ano, foram enviados 104 milhões de unidades para atender a demanda até o mês de março. O quantitativo é definido a partir do consumo médio mensal, da capacidade de armazenagem e do estoque do almoxarifado local nos estados. Em 2013, durante todo o ano, o Ministério da Saúde distribuiu 610 milhões de preservativos para todo o país.
 
Tesde de Aids
Além de chamar a atenção para o uso do preservativo, a campanha alerta sobre a importância da testagem. Oferecidos em Unidades Básicas de Saúde, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), ambulatórios ou em locais como praças, feiras e eventos específicos como festas e shows, os testes fazem a detecção da doença. O diagnóstico precoce é importante para quebrar a cadeia de transmissão do vírus e promover o acompanhamento do paciente, evitando o desenvolvimento da Aids, além de permitir que o paciente inicie o tratamento mais cedo.
 
Cenário brasileiro
A epidemia de Aids no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença ao ano. Estimativas indicam que, atualmente, cerca de 718 mil pessoas vivam com HIV, sendo que 150 mil desconhecem sua situação. O não conhecimento da sorologia é hoje um dos desafios a serem enfrentados no combate à doença no país. Hoje,  cerca de 340 mil pessoas estão em tratamento com medicamentos antirretrovirais, ofertados pelo SUS.
 
O coeficiente de mortalidade pela doença vem caindo nos últimos 10 anos. Em 2003, era de 6,4 casos por cada 100 mil habitantes, caindo para 5,5 por 100 mil habitantes em 2012. Do total de óbitos por Aids no Brasil, até o ano passado, 190.215 (71,6%) ocorreram entre homens e 75.371 (28,4%) entre mulheres.
 
Novo protocolo
O Ministério da Saúde lançou, no final do ano passado, um novo protocolo de tratamento para pessoas com HIV. Uma das principais inovações é possibilitar que o paciente inicie o tratamento logo após a confirmação da presença do vírus no organismo. A medida amplia a qualidade de vida da pessoa em tratamento e reduz a possibilidade de transmissão do vírus. Estudos internacionais apontam que o uso precoce de antirretrovirais diminui em 96% a taxa de transmissão do HIV.
 
O investimento federal no combate à aids e às demais doenças sexualmente transmissíveis chegou a R$ 1,2 bilhão em 2013, dos quais cerca de R$ 770 milhões custeiam a oferta dos medicamentos. Há 10 anos, a verba era quase metade disso: R$ 689 milhões, dos quais R$ 551 milhões usados em tratamento. Além disso, a rede de assistência conta hoje com 518 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 724 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM).

iG

Proposta do CNE prevê estágio obrigatório para alunos de medicina no SUS

Pelas novas diretrizes, 35% da carga horária da graduação deverão ser voltadas à prática; dessa carga, 30% serão no SUS
 
Os estudantes de medicina terão de fazer estágio obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS). O estágio será na atenção básica, em urgência e emergência, e corresponderá a pelo menos 30% da carga horária prevista para o internato da graduação. Além disso, os alunos passarão a cada dois anos por avaliação obrigatória e classificatória para programas de residência médica. Essas são algumas das mudanças curriculares apresentadas nesta quarta (26) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
 
No documento, o CNE estabelece seis anos para a graduação, descartando as possibilidades apresentadas inicialmente pelo governo de que o curso tivesse a duração de oito anos.
 
A reformulação das diretrizes curriculares faz parte da Lei 12.871/2013, que instituiu o Programa Mais Médicos, no ano passado. O CNE ainda está recebendo as últimas sugestões e têm um mês para apresentar a versão definitiva ao Ministério da Educação (MEC). As diretrizes atuais foram definidas em 2001.
 
Novas diretrizes
Pelas novas diretrizes, 35% da carga horária da graduação deverão ser voltadas à prática. Dessa carga, 30% serão no SUS. O restante da carga horária deverá incluir clínica médica, cirurgia, ginecologia-obstetrícia, pediatria, saúde coletiva e saúde mental. Quanto à avaliação dos alunos, será nacional, sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
 
As diretrizes estipulam também uma maior articulação com a residência médica, que terá como prioridade o atendimento no SUS. A partir de 2018, a residência deverá ser universalizada, ofertada a todos os egressos de 2017.
 
Os cursos de medicina em funcionamento terão prazo de um ano para implementar as diretrizes às turmas abertas, após a publicação das mudanças. Os estudantes matriculados, antes da vigência das novas regras, poderão graduar-se conforme as diretrizes de 2001 ou optar pelas novas, dependendo da instituição.
 
A expectativa, com o Mais Médicos, é a abertura de 11.447 vagas em cursos de medicina até 2017 — sendo 3.615 em universidades federais e 7.832 em instituições particulares. Na residência, para a universalização, deverão ser ofertadas 12.372 novas vagas.
 
Faltam detalhes
Presente na reunião de apresentação das diretrizes, a coordenadora-geral da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina, Monique França, disse que falta detalhamento das novas propostas, como, por exemplo, de que forma as aulas práticas serão melhoradas, e que devem ser levadas em consideração as especificidades de cada região do país.
 
A estudante também fez críticas à avaliação nacional. Segundo ela, uma única prova para todo o país não irá abordar aspectos regionais, e, sendo obrigatória e pré-requisito para a residência, poderá prejudicar os estudantes e levar ao ranqueamento das instituições avaliadas. "As atuais diretrizes foram discutidas por quase uma década, essas em 180 dias", ressaltou, dizendo que poucas propostas dos estudantes foram acatadas.
 
As escolas de medicina também fizeram considerações sobre a avaliação dos estudantes. A presidenta da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Janete Barbosa, destacou a importância das avaliações institucionais. "As especificidades das instituições devem ser levadas em conta. Isso é importante para que as escolas saibam onde se encontram mais fortes e mais frágeis e possam buscar apoio nesse sentido". Para Janete, o processo de implementação das novas diretrizes é "longo, estamos trabalhando com a formação, com valores".
 
O pesquisador e professor de pós-graduação do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa José Lúcio Machado comparou a avaliação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - usado como vestibular nacional para ingresso no ensino superior - e disse que considera a iniciativa um avanço na entrada para a residência médica.
 
O secretário de Educação Superior e presidente da Comissão Nacional de Residência Médica, Paulo Speller, acredita que o fato de os estudantes terem de permanecer mais tempo atendendo pelo SUS forçará o sistema a se preparar para receber os alunos e profissionais. "Será necessária a infraestrutura adequada para o cenário de prática. Só podemos expandir as vagas nos novos cursos se tivermos como base uma infraestrutura adequada", disse.
 
A criação de vagas nas particulares, que terão a maior parcela, por meio de editais foi alvo de críticas das instituições privadas.
 
Atualmente, o Brasil tem uma média de 1,8 médico por mil habitantes. Com o Mais Médicos, o objetivo é chegar a 2,7 médicos por mil habitantes em 2026, além da distribuição desses profissionais por áreas com déficit de médicos.
 
Agência Brasil

Colesterol: remédio novo será testado

Foto: Reprodução
Placa de colesterol obstruindo uma veia
Produto diminui maus índices em 65%, em três meses. Pacientes do Rio vão participar do experimento
 
Rio - Novo remédio, que promete revolucionar o tratamento do colesterol, será testado no Brasil. O medicamento diminui as taxas em 65%, em três meses, e não apresenta efeitos colaterais. Pesquisadores irão recrutar homens e mulheres com mais de 40 anos, que passaram por problema de saúde relacionado ao colesterol.
 
O projeto já tem autorização da Anvisa e aguarda a última licença, da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. Os testes acontecerão em 33 estados. No Rio, serão desenvolvidos pelo Centro de Pesquisa Clínica, com 800 voluntários. O remédio já está sendo testado em 250 países.
                      
Segundo o endocrinologista Luis Augusto Russo, diretor do Centro, a medicação é mais prática e menos agressiva. “A substância é aplicada sob a pele por uma pequena pistola, uma vez por mês, e não apresenta os temidos efeitos colaterais das estatinas usadas hoje, como dores musculares, náuseas e problemas no fígado”, explica Russo.
                      
O organismo possui dois tipos de colesterol: o bom (HDL) e o ruim (LDL), que deposita nas paredes das artérias parte da gordura que ingerimos. Placas se formam e impedem a passagem do sangue, o que causa males como o enfarte. Já o HDL limpa as artérias.
                      
O LDL só é controlado através de uma alimentação saudável. Manteiga, maioneses, carne suína e vermelha, gema de ovo e crustáceos são alimentos que devem ser evitados. Quem busca aumentar o HDL deve praticar exercícios aeróbicos, como natação, bicicleta, corrida e caminhada.
                      
Interessados em saber mais sobre os testes devem ligar para: 2527-7979.
 
Consumo de morangos reduz o LDL
Pesquisa realizada na Espanha e na Itália indicou que o morango diminui o colesterol. O estudo recrutou 23 voluntários saudáveis que incluíram 500 gramas por dia da fruta na dieta, durante mais de um mês. A pesquisa foi publicada no ‘Journal of Nutritional Biochemistry,’ na última terça.
                      
Os resultados são animadores para quem luta contra o problema. O colesterol ruim, o LDL, caiu 8,78%, e o bom se manteve com os mesmos índices. Os triglicerídeos também se reduziram em 13,72%. Ao deixarem de consumir a fruta, os parâmetros iniciais voltaram. Além disso, outras pesquisas de autoria da mesma equipe apontaram que o morango protege o corpo da radiação ultravioleta, reduz os efeitos do álcool no estômago e fortalece as células vermelhas do sangue, melhorando sua função de antioxidação.

O Dia

Governo interdita primeiro bar em SP por vender bebida alcoólica a adolescente

Foto: Reprodução
Estabelecimento na Vila Maria (zona norte) já havia sido autuado em duas ocasiões por desrespeitar a lei
 
Pela primeira vez desde que a lei antiálcool foi sancionada, em novembro de 2011, um bar foi interditado por vender bebidas alcoolicas a menores de 18 anos.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo interditou nesta quarta-feira (26), o bar Uni-nois, na Vila Maria (zona norte), que desrespeitou a lei em pelo menos duas ocasiões. O bar terá que ficar fechado por 30 dias e se, depois de aberto, reincidir, poderá perder a licença de funcionamento e terá que fechar as portas definitivamente.
 
O bar foi multado a primeira vez em maio de 2012, quando foi flagrado vendendo bebidas para adolescente sem exigência de documento de identidade. Em outubro de 2013, o bar permitiu o consumo de bebidas alcoólicas por menores.
 
O bar corre risco de perder a permissão para funcionar e terá que fechar as portas definitivamente se desrespeitar a lei novamente.

Lei
A Lei Antiálcool do governo paulista prevê sanções administrativas para estabelecimentos que venderem, oferecerem ou permitirem o consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos em seu interior, mesmo que acompanhados de pais ou responsáveis.

De acordo com a secretaria, desde que a Lei Antiálcool entrou em vigor, em novembro de 2011, agentes da Vigilância Sanitária Estadual, vigilâncias municipais e Procon-SP realizaram 522,2 mil inspeções e aplicaram 1.643 multas. O índice de cumprimento da legislação é de 99,7% entre os locais inspecionados.

Os tipos de estabelecimentos mais multados desde que a lei entrou em vigor foram os bares, restaurantes, lanchonetes e padarias. Este grupo corresponde a 55% das multas aplicadas neste período. Mercados, supermercados e hipermercados estão no segundo grupo mais multado, com 20% das multas. Em terceiro ficaram os postos de combustíveis e lojas de conveniência, com 3%.
 
Do total de autuações aplicadas, 22% são relativas à infração mais grave, que é a venda ou permissão de consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes dentro dos estabelecimentos, 53% se referem a bebidas alcoólicas misturadas em uma mesma gôndola ou geladeira, e 25% são em virtude da ausência de placas indicativas da lei.

Os estabelecimentos infratores estão sujeitos a multas de até R$ 96,8 mil e, no caso de reincidências, podem ser interditados por 15 a 30 dias e até mesmo perderem a inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS.

Os responsáveis pelo bar não foram encontrados para comentar.

iG

Fazer sexo ajuda a impulsionar a inteligência, afirma estudo


arquivo stockxpert
Pesquisa feita nos EUA mostrou que sexo melhora a função
cognitiva e a “função do hipocampo”
Relações também ajudam a balancear os efeitos do estresse crônico
 
College Park, EUA. Uma vida sexual ativa é conhecida por trazer inúmeros benefícios. E um estudo feito recentemente mostra que praticar sexo pode impulsionar a nossa inteligência. Isso acontece porque a atividade é capaz de aumentar a neurogênese (a produção de novos neurônios) na parte do cérebro em que as memórias de longo prazo são formadas, o hipocampo.
 
Os cientistas da Universidade Maryland, nos Estados Unidos, descobriram que ratos de meia-idade que fizeram sexo apresentaram mais sinais de melhora da função cognitiva e da “função do hipocampo”, segundo aponta o artigo publicado pela revista “The Atlantic”.
 
Ter relações sexuais também ajuda a balancear os efeitos do estresse crônico, de acordo com estudo conduzido pela Universidade Konkuk de Seul, na Coreia do Sul.
 
O experimento feito com ratos revelou que a atividade sexual pode ser útil “para a neurogênese no hipocampo adulto e a função de memória de reconhecimento contra as ações supressivas de estresse crônico”.
 
A revista questiona se o contrário pode acontecer: “pessoas mais inteligentes fazem mais sexo?”.
 
Infelizmente a resposta é “não”. Na verdade, apontam estudiosos, adolescentes mais inteligentes tendem a começar a vida sexual mais tarde.
 
Ter uma grande memória diminui a probabilidade de uma iniciação sexual precoce dos adolescentes, de acordo com um estudo da Universidade da Pensilvânia, também nos Estados Unidos, realizado em 2012.
 
Para os que sonham em ficar mais inteligentes apenas com sexo, a chefe do Centro Colaborativo de Neurociência da Universidade Rutgers, nos EUA, Tracey J. Shors, logo avisa que não é tão simples.
 
Muitas atividades podem aumentar a velocidade com que novas células cerebrais nascem, mas apenas a aprendizagem com esforço aumenta sua sobrevivência.
 
“Você pode fazer novas células com exercício, Prozac e sexo”, afirma a psicóloga. “Se você fizer o treinamento mental, você vai manter mais as células vivas que você produzir. E se você fizer ambos, você terá o melhor dos dois mundos – você está fazendo mais células e as mantendo mais vivas”, comenta Tracey.
 
Britânicos
A última Pesquisa Nacional de Atitudes Sexuais e Estilo de Vida, no Reino Unido, mostrou que a frequência média de sexo era de menos de cinco vezes por mês.
 
O Dia