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domingo, 6 de abril de 2014

Castanha crua – um perigo à sua saúde

Castanha crua não - torrada sim
Castanha crua não – torrada sim
Quem é que não gosta de bater um papo super informal com os amigos e apreciar um bom aperitivo? Algumas pessoas, nessas reuniõezinhas, optam por servir castanha de caju que, aliás, é uma delícia, não é mesmo?
 
Contudo, é importante saber que para consumi-la, em hipótese alguma, a mesma deve estar crua. Por quê? Saiba o real motivo, a seguir.
 
Castanha crua, não. Castanha torrada, sim!
O caju pode ser adquirido inteiro, mas não é aconselhável o consumo da castanha assim, crua, pois na casca é encontrada uma substância que causa vermelhidão e algumas irritações na pele. Mas esses são os sintomas mais “fracos”, pois, segundo algumas pesquisas já realizadas, esse tóxico pode também ser fatal, dependendo da quantidade que a pessoa consumir.
 
As próprias pessoas que colhem o caju possuem as mãos até mesmo rachadas por conta dessa substância chamada urushiol. Aliás, é tão forte e tóxica essa substância que pode ser encontrada na hera venenosa. Então, o que é aconselhado é a utilização de luvas para descascar e retirar a castanha.
 
Torrando a castanha
Para que você possa comê-la tranquilamente, após a retirada da casca, a castanha passa por alguns processos no meio industrial, tais como: o cozimento, retirada da casca, estufamento, entre outros processos.
 
Os indígenas, por exemplo, torram a castanha de outra forma possível também que é através do fogo, simplesmente. Retiram a casca, que é onde contém o tal líquido e ingerem.
 
Agora que já sabe o porquê de comer a castanha torrada, não deixe de ingeri-la de vez em quando, pois é um alimento que pode contribuir muito para o nosso organismo, já que possui diversas vitaminas: ferro, cobre, zinco e muito mais.
 
Fica o alerta também, pois são poucas as pessoas que sabem dessa substância tóxica capaz de causar sérios problemas à saúde.

Gadoo

Justiça autoriza remédio derivado da maconha para menina com epilepsia

'Fantástico' mostrou luta dos pais de Anny, de 5 anos, para tratamento da filha. Anvisa proíbe uso de derivados da maconha, e pais faziam importação ilegal
 
O juiz Bruno César Bandeira Apolinário, da 3ª Vara Federal de Brasília, liberou nesta quinta-feira (3) que os pais da menina Anny, de 5 anos, importem o medicamento Canabidiol (CBD), que tem substâncias derivadas da maconha e é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. A decisão judicial impede a agência de barrar a importação do produto, que é legalizado nos Estados Unidos.
 
A história de Anny foi mostrada pelo "Fantástico" no último fim de semana. Anny tem uma doença rara e epilepsia grave. Após o uso do CBD, a menina apresentou melhoras nas crises, segundo os pais (veja vídeo ao lado).
 
Na decisão, o magistrado cita que a criança "vem se utilizando de forma clandestina da substância [...] graças à iniciativa dos seus pais de importar o medicamento dos Estados Unidos e de internalizá-lo no território brasileiro sem o conhecimento das autoridades sanitárias".
 
O juiz afirma, porém, que liberar o uso do remédio no caso específico preserva o direito fundamental à saúde e à vida. "Neste momento, pelos progressos que a autora tem apresentado com o uso da substância, com uma sensível melhora da qualidade de vida, seria absolutamente desumano negar-lhe a proteção requerida. [...] Antecipo os efeitos da tutela para determinar à Anvisa que se abstenha de impedir a importação, pela autora, da substância Canabidiol (CBD), sempre que houver requisição médica."
 
Para o magistrado, "não se pretende com a presente demanda fazer apologia do uso terapêutico da cannabis sativa, a maconha". Ele citou estudos que mostram que o Canabidiol é extraído da maconha, mas não tem efeitos entorpecentes.
 
"A substância revelou-se eficaz na atenuação ou bloqueio das convulsões e, no caso particular da autora, fundamental na debelação das crises recorrentes produzidas pela doença de que está acometida, dando-lhe uma qualidade de vida jamais experimentada", diz o magistrado.
 
O juiz acrescentou que, embora a Anvisa esteja fazendo estudos sobre o medicamento, a paciente não pode esperar pelos resultados. "Não há como fazer a autora esperar indefinidamente até a conclusão desses estudos sem que isso lhe traga prejuízos irreversíveis."
 
G1

Suplementos suspensos têm até 10 vezes mais carboidrato que prometido

Apesar de ser destinado a atletas, suplementos são comumente usados por quem frequenta academias. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Foto: Reprodução/TV Globo
Apesar de ser destinado a atletas, suplementos proteicos são comumente usados
por quem frequenta academia e quer ganhar massa muscular
Anvisa analisou suplementos proteicos após uma série de denúncias. Produtos também usavam fontes de proteína diferentes da anunciada
 
Desde o fim de fevereiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já suspendeu 23 lotes de suplementos proteicos por irregularidades em sua composição (confira aqui, aqui e aqui quais foram suspensos). A infração mais comum foi a presença de uma quantidade maior de carboidrato do que o descrito no rótulo. A análise de 26 marcas de suplemento faz parte de uma ação especial da Anvisa, que tem recebido diversas denúncias sobre esse tipo de produto.
 
De acordo com a gerente de Inspeção e Controle de Risco de Alimentos da Anvisa, Thalita Antony de Souza Lima, as denúncias aumentaram em julho do ano passado, quando foram divulgados na internet laudos sobre a composição desses produtos realizados por um laboratório particular. “Para responder a essa demanda da sociedade e avaliar se as denúncias eram procedentes, iniciamos um monitoramento e encaminhamos os produtos para análise em um laboratório oficial”.
 
Voltado para atletas, o suplemento proteico é comumente consumido por frequentadores de academia sem a orientação adequada de médico ou nutricionista. De 26 marcas analisadas, 17 continham mais carboidrato do que o descrito no rótulo, tendo a diferença atingido até 1003% em uma das marcas, e seis continham menos proteína do que o anunciado, tendo a diferença chegado a 79,5%.
 
“Essas irregularidades geram uma preocupação, já que são produtos muito específicos, em que faz diferença se a gramatura anunciada de carboidrato é 0 e ele contém 10 gramas. Trata-se de um engano muito grave”, diz Thalita.
 
Os suplementos proteicos são destinados a atletas de alto rendimento que, durante o treino, são submetidos a um grande desgaste físico e correm o risco de, devido a esse desgaste, perderem parte da massa muscular. A proteína, nesses casos, protege contra a perda dos músculos ou possibilita o crescimento muscular.
 
“Esse indivíduo tem que ingerir uma quantidade de proteína acima do comum e às vezes o que é ingerido nas três principais refeições do dia não é suficiente para atender à demanda. O suplemento, usado como complemento dos lanches ou da ceia, pode completar essa carga proteica”, explica o médico nutrólogo Mohamad Barakat.
 
A prescrição do suplemento, segundo os especialistas, deve ser feita exclusivamente por médicos ou nutricionistas especializados em exercícios físicos e a quantidade do produto deve ser calculada de acordo com o treino e o peso do atleta.
 
Para o médico do esporte Jomar Souza, uma diferença na quantidade de proteínas e carboidratos pode interferir em toda a programação de treinamento. “Se é um atleta que depende de uma massa muscular muito grande para praticar sua modalidade e está usando uma quantidade mais baixa de proteína, o desempenho físico fica prejudicado. Por outro lado, se ele mantém o mesmo nível de atividade física e passa a ingerir uma quantidade maior de carboidrato, ele pode ser metabolizado e transformado em gordura, aumentando a massa de gordura do indivíduo.”
 
Outras irregularidades
As análises da Anvisa também revelaram a presença nos produtos de ingredientes não declarados nos rótulos, como amido, milho, fécula de mandioca (como fontes de carboidrato)  e soja (como fonte de proteína). “A presença de soja é um fator de engano ao consumidor, pois o rótulo afirma que é whey protein [proteína retirada do soro do leite, bem mais cara do que a soja]. Além disso, para as pessoas alérgicas a soja, pode ser um risco”, alerta a gerente da Anvisa.
 
Na opinião do médico nutrólogo Euclésio Bragança, diretor Técnico da Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri), o fato de a maioria dos suplementos apresentarem maior quantidade de carboidrato do que o declarado não é de grande relevância, já que isso não traria riscos para a saúde do consumidor. “A preocupação da Anvisa deveria ser se o produto tem o teor de proteína prometido. Os suplementos são destinados a atletas, que são indivíduos saudáveis, sem doenças pré-existentes. Para ele, não vai ser 1 ou 2 gramas a mais de carboidrato que vai fazer a diferença”, diz.
 
Para ele, o que é preocupante são os produtos que vêm com menos proteína do que o anunciado ou que apresentam fontes de proteína diferentes das prometidas, como a presença da proteína de soja nos suplementos de whey protein. Segundo Bragança, a soja também é uma boa fonte de proteína, porém seria desonesto vendê-la sob o rótulo de whey, por este ser mais caro.
 
Uso inadequado
Apesar do uso frequente desse tipo de suplemento entre frequentadores de academia, na opinião do fisiologista do esporte Paulo Roberto Correia, pesquisador da Unifesp, dificilmente alguém que não seja um atleta profissional teria indicação para usar suplementação de proteína. “Muitas pessoas que vão à academia julgam que treinam tanto quanto um atleta, o que é uma ilusão muito grande. A carga e o tempo de dedicação do atleta é muito maior”, diz.
 
Ele alerta para os riscos do consumo em excesso dos suplementos. Se, a princípio, trata-se de um produto inofensivo, já que apenas concentra as proteínas que já estão naturalmente presentes nos alimentos, o excesso pode sobrecarregar os rins. “O rim sofre com o excesso de proteína, que pode ocasionar inflamação nos ductos renais, cálculo renal e até insuficiência renal.”
 
Segundo Correia, para não atletas, os nutrientes ingeridos em uma dieta balanceada já seriam suficientes para suprir a demanda proteica. “Mesmo os desportistas, que são os que mais necessitariam desse tipo de suplementos, usam uma quantidade muito menor do que o pessoal costuma usar nas academias”, diz.
 
A Anvisa também demonstra preocupação com esse tipo de consumo “No entendimento da Anvisa, praticantes de academia não necessitariam de suplementação. No caso de suplemento proteico, não se vê um risco, desde que o uso seja feito sob prescrição de nutricionista ou médico. Mas o consumo em excesso pode trazer problemas hepáticos, renais e ganho de peso”, diz Thalita.

G1

Depressão aumenta risco de insuficiência cardíaca em até 40%


Depressão aumenta risco de insuficiência cardíaca em até 40%  Cherie Wren/Stock.Xchng
Foto: Cherie Wren / Stock.Xchng
Doença é incapacitante, pois impede as pessoas de fazer uso
 de medicamentos prescritos
Quanto mais deprimidas, maiores as chances das pessoas desenvolverem estilo de vida pouco saudável
 
A depressão, tanto moderada como a grave, aumenta o risco de insuficiência cardíaca em 40%, mostrou um estudo realizado com 63 mil noruegueses. Os dados foram coletados durante a segunda etapa de um grande estudo epidemiológico em Nord-Trøndelag County. Foram analisadas informações que incluíam índice de massa corporal, atividade física, tabagismo e pressão arterial.
 
— Encontramos uma relação entre os sintomas depressivos e o risco de desenvolver insuficiência cardíaca. Isso significa que quanto mais você se sentir deprimido, mais risco você tem. As pessoas que perdem o interesse por coisas que gostam, como ler ou assistir a uma série de televisão, podem ter os primeiros sinais de depressão. É recomendável ir ao médico nesta fase inicial para ouvir alguns conselhos sobre como reduzir seus níveis do problema — diz Lise Tuset Gustad, autora da pesquisa.
 
A depressão foi avaliada e classificada por gravidade entre os participantes. Os pesquisadores acompanharam quais os pacientes foram hospitalizados com insuficiência cardíaca ou morreram em decorrência da doença durante os 11 anos de estudo.
 
Nesse período, 1,5 mil pessoas desenvolveram insuficiência cardíaca. Comparado aos residentes sem sintomas de depressão, as pessoas com sintomas leves tiveram um risco aumentado de 5% de desenvolver insuficiência cardíaca, e aqueles com sintomas moderados a graves tiveram um risco aumentado de 40% a 5%.
 
— Os sintomas depressivos aumentam a chance de desenvolver insuficiência cardíaca e, quanto mais graves eles forem, maior será o risco. Pessoas deprimidas têm estilos de vida menos saudáveis, por isso a nossa análise foi ajustada para fatores como a obesidade e o tabagismo, que podem causar a depressão e insuficiência cardíaca. Isso significa que podemos estar confiantes de que esses fatores não causam a associação— explica Lise.
 
Existem tratamentos eficazes para a depressão, especialmente se as pessoas procurarem ajuda o quanto antes. A doença pode ser facilmente combatida nos estágios iniciais e muitas pessoas não precisam de medicação. Para alguns, apenas a conversa com um profissional pode bastar.
 
— A depressão desencadeia hormônios do estresse. Se você está estressado, você sente sua pulsação subir e sua respiração acelerar, que é o resultado da liberação dessas substâncias no sangue. Esses hormônios também induzem a inflamações e à aterosclerose, que pode acelerar doenças cardíacas. As pessoas deprimidas têm mais dificuldade para seguir os conselhos sobre como tomar os medicamentos e melhorar o seu estilo de vida — lamenta a médica.
 
Essa é uma patologia conhecida como incapacitante, já que bloqueia a capacidade das pessoas de tomar os medicamentos como prescritos, parar de fumar, melhorar a sua dieta ou se exercitar.

Zero Hora

92% dos profissionais confessam fazer outras tarefas durante reuniões

Thinkstock/Getty Images
69% dos entrevistados afirmaram que passam o tempo checando
 e-mails durante os encontros
Pesquisa revelou que 41% admitem checar e-mails e até comer nos encontros de trabalho "com frequência" ou até "o tempo todo"
 
Corpo presente, alma ausente. Pelo menos 92% dos profissionais americanos admitiram dedicar-se a outras tarefas durante reuniões de trabalho. E 41% confessaram fazer isso "com frequência" ou "o tempo todo", segundo uma pesquisa da empresa FuzeBox, provedora de serviços de nuvem em tempo real.
 
Levando em conta o tempo que se passa em reuniões, o resultado implica em um grande desperdício de recursos e produtividade, concluiu a FuzeBox. Mais da metade (52%) dos 2 mil participantes do estudo responderam que passam entre uma e três horas em reuniões semanais. Outros 34% gastam entre quatro e dez horas de seu tempo com estes encontros.
 
Checar e-mails é o passatempo predileto de 69% dos que se concentram em outras atividades. Já 49% usam o tempo para dedicar-se a projetos não relacionados ao trabalho, e 44% aproveitam para comer durante as reuniões.
 
A raiz do problema, ainda segundo a pesquisa, seria a falta de comunicação frente a frente entre os profissionais. Por exemplo, 56% dos entrevistados afirmaram se concentrar em outras atividades principalmente durante conferências feitas por telefone.
 
Este número cairia para 16% em reuniões presenciais, e para apenas 4% em videoconferências, concluiu a pesquisa. A dedicação em reuniões por vídeo também é maior. 63% responderam que se preparam mais tempo para este tipo de encontro do que em reuniões presenciais.
 
iG

59% dos brasileiros pensam em deixar emprego que dificulta tempo com família

Foto: Reprodução
Mais da metade dos brasileiros trabalham em empresas que
não permitem que os funcionários equilibrem seu tempo com
 a vida pessoal e familiar
De acordo com pesquisa, apenas 20% dos brasileiros acreditam que o chefe está disposto a escutar seus problemas, ou se sentem confortáveis em abordar assuntos pessoais com ele
 
Alguma vez você já pensou em largar o seu emprego por achar que não tem tempo para dar a atenção necessária à sua família e vida pessoal? E em quantas situações você sentiu que os seus líderes ou a empresa para a qual trabalha não se importam com os seus problemas familiares? Cada vez mais profissionais percebem a importância de equilibrar o tempo gasto com as tarefas corporativas e a vida pessoal. Por isso, as empresas que não criam um ambiente facilitador aos seus funcionários correm risco de perder grandes talentos.
 
De acordo com uma pesquisa realizada com 16.128 profissionais em 22 países pela universidade de administração espanhola IESE Business School, em parceria com a filial brasileira ISE Business School, dos 215 executivos brasileiros entrevistados, apenas 8% disseram trabalhar em empresas que "facilitam sistematicamente a conciliação entre a vida pessoal e o trabalho" e 23% enxergam que trabalham em um lugar em que o clima é favorável a isso, contra 14% e 30% nos outros países, respectivamente. Entre os brasileiros insatisfeitos, 55% consideram que o ambiente de trabalho "dificulta ocasionalmente" essa harmonia e 14% sentem que a empresa "dificulta sistematicamente", ante 42% e 14% nos outros 21 países.
 
O risco das organizações que não proporcionam uma melhor qualidade de vida pessoal e profissional entre seus funcionários é grande. Segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros que trabalham nessas companhias pensam em deixar o emprego, contra apenas 7% dos trabalhadores de empresas que têm essa preocupação.
 
Para o consultor e sócio-diretor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, o Brasil ainda está atrás de outras nações no sentido de responsabilidade familiar corporativa por uma má formação de grande parte dos gestores das empresas. "Eles não sabem planejar. O gestor não tem conhecimento o suficiente para conseguir, com a quantidade de pessoas que ele tem disponível e com as horas disponíveis de trabalho, gerar o resultado que ele precisa. Você acaba sobrecarregando o funcionário e a parte visível disso é a pessoa ter menos horas de convívio familiar", avalia Celestino. A pesquisa revela que apenas 21% dos brasileiros enxergam em seu líder um exemplo de alguém que consegue equilibrar o lado profissional com o pessoal, contra uma média de 46% no exterior.
 
Segundo o consultor, o chamado Custo Brasil também exerce uma forte influência no resultado. "Mesmo que você seja um gestor bem formado e saiba planejar, você vai ter de fazer mais coisa com menos custo, senão você não vai dar conta da carga tributária. Isso acaba sobrecarragando também quem está na base", diz ele.
 
Líderes devem se importar mais
O conceito de Responsabilidade Familiar Corporativa abordado pela pesquisa consiste no compromisso das empresas de incentivar uma cultura que colabore com a satisfação plena do funcionário, criando políticas que adaptem a vida profissional à pessoal e familiar de todos. Neste ponto, o papel do líder é fundamental.
 
Entre os entrevistados brasileiros, ainda que 47% confiem em seu líder para solucionar possíveis conflitos profissionais e pessoais, apenas 20% acreditam que o chefe está disposto a escutar seus problemas, ou se sentem confortáveis em abordar estes assuntos com ele. Além disso, somente 26% afirmam que a maneira como o chefe organiza o seu departamento beneficia os empregados e a empresa.
 
Os benefícios mais desejados no Brasil
De acordo com a pesquisa, o que os trabalhadores consideram mais importante é a permissão para abandonar o escritório em caso de emergência familiar, seguida de horários de trabalho flexíveis e um calendário de férias que se adapte às necessidades do funcionário.
 
No entanto, eles não acreditam que estas políticas sejam o suficiente para conciliar lazer, família e trabalho. Entre os benefícios necessários estão o programa de bem-estar (como controle de estresse, exercícios físicos e etc.), sistema de compensação de horas trabalhadas (por exemplo, o funcionário poder tirar um dia de folga e, em troca, trabalhar por mais horas nos próximos dias) e o trabalho remoto (quando o colaborador faz a sua tarefa em outros lugares que não sejam o local de trabalho usual).
 
Cultura das empresas já é desfavorável
Apesar da flexibilidade disponível em algumas companhias dispostas a colaborar com o equilíbrio pessoal de seu funcionário, a cultura disseminada na organização deve condizer com as políticas disponíveis, para que o colaborador não tenha medo de utilizar os benefícios.
 
Segundo a pesquisa, entre as mulheres brasileiras entrevistadas, 22% acreditam que os funcionários que participam dos programas disponíveis pela companhia, como por exemplo o trabalho remoto, são notados como menos comprometidos com suas carreiras e os que recusam transferências para outras filiais da empresa por motivos familiares comprometem a evolução na organização. Esse percentual entre os homens cai para 15%.
 
Ainda de acordo com o levantamento, 29% das brasileiras enxergam que para prosperar na empresa elas devem trabalhar mais de 50 horas semanais, seja no escritório ou fora dele. Além disso, também acreditam que, para ser bem vistas pela liderança, devem colocar a vida profissional à frente da familiar e pessoal. Entre os homens, o percentual dos que têm a mesma cultura é quase o mesmo, com 27%.
 
Para o professor do Departamento de Gestão de Pessoas do ISE Business School e coordenador da pesquisa no Brasil, César Bullara, a mudança dessa visão é necessária. “Há uma clara demanda no mercado por mais qualidade de vida e as empresas que percebem isso tendem a se sair melhor quando entram na disputa por profissionais ou na retenção de talentos”, afirma em nota. “É preciso ter políticas efetivas e lideranças que a pratiquem e respeitem.” 
 
iG

10 dicas para sobreviver ao seu emprego chato

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Sofrer não é o seu destino
Especialistas contam como tornar o trabalho que você não gosta em algo um pouco mais agradável
 
Quem nunca acordou em uma segunda-feira querendo desaparecer ao invés de trabalhar? E depois passou o resto da semana contando quantas horas faltavam para o final do expediente na sexta-feira? Esta situação é comum a muitas pessoas e até normal, se for ocasional. No entanto, para quem trabalha com algo que não gosta e com atividades repetitivas, este sentimento desmotivacional passa a ser parte da rotina e começa a prejudicar não somente a vida profissional, mas também a pessoal.
 
Poucos sabem, mas a palavra trabalho vem do latim tripalium, uma máquina de tortura usada no Império Romano. E é assim que muitas pessoas encaram o seu emprego. Porém, por mais que você ache o seu trabalho chato, algumas atitudes podem tornar a sua situação um pouco mais agradável até que consiga uma nova oportunidade.
 
Para ajuda-lo a passar por esta fase sem muitos danos, o iG ouviu especialistas e criou uma lista com 10 dicas.
 
Veja abaixo os passos para sobreviver a um emprego chato:
 
1- Enxergue seu sofrimento como temporário
Aceitar a sua infelicidade no emprego atual como irreversível é um engano. Desta maneira, você está se fechando para mudanças importantes em sua carreira e, provavelmente, carregará as mesmas frustrações para um próximo emprego ou para um próximo cargo que lhe for oferecido.
 
Por mais que a sua situação atual impeça que você abandone o seu trabalho chato, seja por contas a pagar, falta de condições para se qualificar ou pressão familiar, é preciso criar uma perspectiva de mudança e começar a enxergar sua situação como temporária. “Isso já lhe dá uma força, porque você começa a se empenhar não só para aquela coisa desprazerosa que é o seu dia a dia. Ele começa a ficar mais suportável, porque você já está olhando para frente, para o futuro”, comenta a psicóloga Luci Balthazar, da ProMover, empresa especializada em psicologia do trabalho.
 
2 – Seja criativo e fuja do tédio
O tédio é um grande inimigo no trabalho. Atividades repetitivas e rotineiras acabam desmotivando e fazendo com que você perca o interesse no que faz, pois lhe passam a sensação de que você está sendo mal aproveitado. Sabendo que você é capaz de fazer coisas mais complexas, o ideal é que você pense em novas maneiras de executar as mesmas atividades de forma mais eficaz. “Isso ajuda não só a criar uma situação mais agradável e a enriquecer aos poucos a própria atividade, como também pode ser uma oportunidade de [o profissional] ser visado para uma posição maior, porque ele vai demonstrar no dia a dia que pode aprimorar seu trabalho”, conta a psicóloga.
 
3 - Busque aprender com seus líderes e colegas
Se você já domina a sua atividade atual a ponto de não conseguir encontrar nada de desafiador no que faz, talvez seja o momento de aprender novas funções. Observe seus colegas de outras áreas ou mesmo os seus líderes e escolha quais atividades deles mais lhe interessam. A partir daí, peça para que eles lhe ensinem aquela função e reserve um tempo do seu dia para praticá-la. Além de lhe trazer uma maior motivação, também pode abrir oportunidades para mudar de área dentro da companhia.
 
4 – Aprenda a lidar com seu chefe difícil
Um mau relacionamento com o seu líder dificulta o convívio e a criação de um bom ambiente de trabalho. Quando o seu chefe tem uma atitude abusiva, e até agressiva, a sua autoestima pode ser afetada. “Quanto mais submisso você for, mais o outro cresce. E se você bater de frente, você está na ponta mais fraca da corda e vai levar a pior”, observa Luci.
 
O recomendável nestes casos é aprender a lidar com o seu líder de maneira mais assertiva. Comece a dar sua opinião e impor a sua visão sobre algumas situações corriqueiras, mas com educação. “Não precisa gritar e nem fazer nada agressivo, mas você se torna mais forte quando começa a se impor e passa a ser respeitado. Seja por esse chefe ou por colegas”, avalia a psicóloga.
 
5 – Ocupe seu tempo livre com atividades produtivas
Por mais desanimador que tenha sido o seu dia no escritório, chegar em casa e assistir 5 horas seguidas de televisão não é a melhor solução. Tente se qualificar fazendo cursos e outras atividades que possam melhorar o seu currículo profissional. Desta maneira, você está criando uma boa perspectiva de mudança na carreira. 
 
Além disso, o consultor Sérgio Gomes, da Havik, empresa de recrutamento e desenvolvimento de profissionais, recomenda que a pessoa descubra uma atividade que goste de fazer, saiba fazer bem, possa ser praticada fora do horário de trabalho e ainda possa render um dinheiro extra. Por exemplo, um contador que goste de cozinhar pode começar o seu próprio negócio e vender refeições para fora, fazendo isso depois do seu expediente.
 
6 – Pratique esportes ou descubra um novo hobby
O lazer é essencial para manter a nossa mente desligada dos problemas. Aproveite o seu final de semana ou seu tempo livre para praticar esportes ou outras atividades relaxantes. Desta maneira, além de se distrair, você terá outras coisas para focar que não sejam as infelicidades do trabalho. 
 
7 - Aprenda mais sobre o negócio da empresa
Ao trabalhar em grandes companhias, é normal não conseguir enxergar a sua influência no produto ou serviço final, principalmente se ocupa um cargo mais operacional. Neste caso, procure saber mais sobre como a sua atividade atinge os resultados da empresa e também quais são os planos da companhia no mercado. "Isso abre o horizonte. A pessoa pode se sentir orgulhosa do local onde trabalha. Ela vai se sentir engajada quando se sentir importante naquela empresa", observa Liana Westin, coach da Questão de Coaching.

8 – Fuja dos colegas negativos
A sua situação atual já não é a mais animadora, então o que você menos precisa é conviver com pessoas que vão lhe lembrar disto a todo o momento. Colegas que reclamam o tempo todo podem contaminar o ambiente com negatividade. Quando esses assuntos surgirem, tente mudar o foco da conversa ou não dê abertura para que o assunto continue. 
 
9 – Faça novas amizades
Se você pelo menos se der bem com os seus colegas de trabalho, o ambiente será mais agradável e, provavelmente, será menos sofrido acordar em uma segunda-feira para trabalhar com algo que não gosta, pois você reencontrará seus amigos e poderá compartilhar bons momentos com eles. Caso a sua atividade não permita que você tenha muito contato com outros funcionários durante o expediente, combine um happy hour semanal ou participe de reuniões sociais com seus colegas. No entanto, evite falar de trabalho durante estes encontros e busque conversar sobre amenidades.
 
10 – Peça demissão
Se mesmo com todas estas dicas você ainda encarar o seu emprego como uma tortura, comece a planejar a sua saída. O ideal, principalmente se quiser mudar de área de atuação, é que você tenha uma boa folga financeira antes de pedir demissão. É recomendável que você poupe o suficiente para ficar pelo menos seis meses sem nenhum tipo de rendimento até encontrar uma nova oportunidade que lhe agrade mais.
 
No entanto, lembre-se de não levar as frustrações do seu antigo emprego para a nova empresa e esteja aberto às mudanças. "Faz mais quem quer do que quem pode. A motivação é intrínseca. Se a pessoa não estiver aberta para fazer esse movimento, ela não vai sair do lugar", conclui Liana.
 
iG

Defensoria Pública alerta sobre indícios da violência obstétrica

Foto: Reprodução
Especialista diz que intervenções desnecessárias e cesariana sem indicação configuram violação a autonomia da mulher
 
Peregrinação por hospitais em busca de um leito, impedimento para entrada de um acompanhante no parto, intervenções desnecessárias, cesariana sem indicação clínica, aleitamento materno dificultado. Esses são relatos comuns de gestantes que tiveram partos em ambiente hospitalar. De tão frequentes, algumas mães já nem identificam essas questões como um problema. Para a Defensoria Pública de São Paulo, no entanto, essas situações são marca da violência obstétrica.
 
A defensora Ana Paula Meireles, que coordena o Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, explica que as situações configuram violação à autonomia das mulheres e ao direito sexual e reprodutivo assegurado pela Constituição. “Elas não conseguem decidir porque nada é informado e os procedimentos são impostos de maneira absoluta. Mesmo nos casos em que há risco para a mulher ou para a criança que vai nascer, ela deve ser informada para que possa decidir”, apontou.
 
A médica ginecologista Ana Lúcia Cavalcante, da assessoria de Saúde da Secretaria Municipal de Política Públicas para Mulheres, acredita que a ampliação das casas de parto em São Paulo, de uma para oito, vai contribuir para tornar a mulher protagonista do processo. “Isso passa pela questão de gênero. A relação de poder sobre as mulheres. Elas não definem. Outras pessoas fazem isso por elas. Se não é o pai, é o marido, é o médico, a medicina. O corpo não é dela”, disse.
 
A assessora acredita que também é preciso mudar a cultura médica para possibilitar essa autonomia. “Alguns colegas têm uma relação de poder com os pacientes. A mulher grávida fica numa condição em que outro age sobre ela. Se muda esse modelo e, desde o pré-natal, ela é informada, tudo é discutido, isso com certeza vai mudar”, aposta. A respeito do alto percentual de cesarianas, que corresponde a 52% no Brasil, Ana Lúcia destaca que, quando elas não têm indicação clínica, aumentam muito o risco de infecção e hemorragia nas gestantes.
 
Nesta semana, uma decisão judicial da Justiça do Rio de Grande do Sul determinou que uma gestante de 29 anos fosse submetida a uma cesariana em um hospital do município de Torres. O pedido foi feito pelo Ministério Público (MP) após o relato da equipe médica do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, que apontou risco de morte da mãe e do bebê. Segundo o MP, a mulher, grávida de 42 semanas, procurou o hospital com dores abdominais, apesar da indicação cirúrgica, ela preferiu retornar para casa e aguardar o parto normal. Após a liminar, ela foi conduzida por força policial ao hospital.
 
Na avaliação da defensora, seriam necessárias mais provas do risco de vida da criança antes de uma medida coercitiva. “O que se tinha era o laudo da médica que atendeu no hospital, dizendo que a criança estaria em risco se aguardasse mais um pouco. Era uma gestação de uma mulher que vinha sendo acompanhada e a única coisa que ela queria é que fosse um parto natural, que o filho viesse no momento adequado”, disse. Ela lamenta que a questão não possa ser revertida, já que o procedimento já foi feito. “Cabe a essa mulher analisar se também foi vítima de violência obstétrica e, se assim entender, buscar as medidas judiciais”, declarou.
 
O hospital informou que a gravidez era considerada de risco porque a paciente já havia sido submetida a duas cesáreas anteriores, o que aumenta a possibilidade de ruptura uterina e, por consequência, a morte de mãe e filho. Diante da situação, o hospital informou o caso ao MP como forma de seguir os protocolos assistenciais. A versão é contestada pela doula Stephany Hendz, que acompanhava a gestante. Ela relatou, em uma rede social, que elas estiveram “no hospital para uma avaliação com direito a eco obstétrica de urgência e constataram placenta e líquido amniótico normal, bebê com sinais vitais bons e mãe em perfeita saúde”.
 
Ana Paula explica que a violência obstétrica não é considerada crime no Brasil, a exemplo do que ocorre na Argentina e na Venezuela. “Criminalizar essa questão às vezes não é a melhor solução. A gente sempre busca identificar se de fato ocorreu, buscar provas e uma eventual ação de indenização”, explicou. Ela informou que este é um tema novo na defensoria e, por enquanto, nenhum caso foi levado ao tribunal. Dependendo do caso, a ação pode ser feita contra o hospital ou os próprios profissionais de saúde. Inicialmente, o núcleo atua em ações de esclarecimento.
 
Agência Brasil

Com apenas uma casa de parto do SUS, São Paulo ganhará mais oito unidades

Thinkstock
Média brasileira de cesarianas é 52%, OMS recomenda que
 não ultrapasse 15%
Cada unidade – serão três na zona leste, duas na oeste, duas na sul e uma no centro – farão até 80 partos naturais por mês
 
A boa e rápida recuperação foi a principal motivação da policial Emylaine Teixeira, 23 anos, para decidir por um parto normal. Mãe de primeira viagem, ela não se sentia confortável de saber que a maioria dos hospitais cobertos pelo plano de saúde poderia induzi-la a uma cesariana. “Vi que eu precisava me informar”, declarou.
 
Ao longo da gestação, ela descobriu que a escolha envolve também uma relação de aproximação com o bebê e com a família. Augusto nasceu no dia 27 de março, na Casa de Parto de Sapopemba. Até então a única casa de parto do Sistema Único de Saúde (SUS), em São Paulo. O município agora vai contar com mais oito unidades.
 
“Entrei de cabeça nesse assunto e entendi a concepção do parto humanizado. Procurei hospitais, mas resolvi que não queria ter meu filho lá”, relatou. Antes de chegar a Sapopemba, na zona leste paulistana, Emylaine esteve na Casa Angela, uma unidade ligada à Associação Comunitária Monte Azul, na zona sul. Atualmente, também é uma opção para ter parto natural na capital paulista, mas o atendimento só é gratuito para os moradores da região. Por mês, em média 20 bebês nascem na Casa de Parto de Sapopemba, segundo a Secretaria de Municipal de Saúde.
 
As cesarianas representam 82% dos nascimentos na rede particular no país, e quase 38% dos partos na rede pública, de acordo com o Ministério da Saúde. A média brasileira de cesarianas é 52%, quando a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que não ultrapasse 15%.
 
Serão criados em São Paulo seis Centros de Parto Normal (CPNs), sob responsabilidade da prefeitura, e dois em maternidades do governo estadual. As unidades – três na zona leste, dois na oeste, dois na sul e uma no centro – fazem parte da Rede Cegonha, programa do Ministério da Saúde. O investimento do governo municipal é de aproximadamente R$ 82,9 milhões. Cada centro terá cinco quartos com capacidade para fazer até 80 partos por mês. Apesar de terem sido anunciadas no mês de março, ainda não há prazo para que comecem a funcionar.
 
De acordo com o ministério, os CPNs foram renomeados para casas de parto após a estratégia Cegonha, mas mantêm o mesmo padrão humanizado de atendimento. O novo modelo, criado com o programa em 2011, estabelece que os centros podem funcionar dentro das maternidades ou a 200 metros de uma. No Brasil, existem, atualmente, 14 casas de parto que atendem pelo SUS em nove estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Bahia, Alagoas, Paraná, Ceará, Paraíba e Sergipe.
 
Emylaine não nega que precisou enfrentar os próprios medos e o receio da família, mas o acesso à informação fez com que se tranquilizasse. “Você sente dor, não dá para dizer que não, mas só conseguia pensar que meu filho viria para o meu peito e foi assim que aconteceu”, relatou. No parto natural, a criança vai direto para a mãe e o cordão umbilical só é cortado depois que ele para de pulsar. “É o que preconiza a OMS. Depois de mamar é que a gente faz a rotina do pós-nascido”, explicou a enfermeira obstetra Kátia Guimarães, gerente da casa de parto municipal.
 
O plano de parto de Emylaine foi acertado na primeira consulta na casa. Ela tirou dúvidas, definiu os acompanhantes, no caso o marido e uma prima, e o ambiente que gostaria para o quarto. Kátia explica que as gestantes que escolhem a unidade são acompanhadas a partir da 37ª semana. “Até a 41ª semana são feitas consultas semanais com enfermeiras alternadas para que ela conheça toda a equipe, já que não sabemos quem vai fazer o parto”, explicou. A casa funciona 24 horas e quem quiser conhecer o espaço pode visitar a unidade das 8h às 20h.
 
Foi assim também com a auxiliar administrativo Gisele Simões, 24 anos, que deu à luz a Marina, no dia 2 de abril. “Meu marido acompanhou todo o parto. Nós conversamos. A enfermeira me ajudou muito, fez massagem porque comecei a ter câimbras. Foi muito bom”, relembrou. Ela teve a primeira filha, hoje com 4 anos, também com parto normal, mas em uma maternidade e relata que sentiu muita diferença nos dois procedimentos. “Lá foi uma coisa muito fria. No trabalho de parto fiquei numa cama sozinha por sete horas. Aqui, eu me senti acolhida”, relatou.
 
Requisitos
A casa recebe gestantes de baixo risco, sem ser necessário encaminhamento de outra unidade de saúde. Entre os requisitos para ser atendido, estão não ter problemas no pré-natal, não ter doenças preexistentes e o último parto não ter sido uma cesariana. “Se o primeiro foi cesáreo, o segundo normal, o terceiro pode ser normal aqui na casa de parto, mas se a paciente fez uma cesariana, ela pode ter normal, mas não aqui na casa de parto”, explicou Kátia. Segundo ela, isso aumenta os riscos de ruptura de útero, que provoca sangramento. A unidade tem uma ambulância disponível 24 horas e um hospital de referência para onde são levados os casos que precisam de remoção. “Em março, tivemos duas, mas nenhuma intercorrência grave”, relatou.
 
A gerente explica que, embora seja a única casa de parto do SUS atualmente, não há demanda reprimida na unidade. “Hoje, você não vai a um lugar onde se faz parto natural que seja lotado. A paciente tem que querer isso. A gente vem com a cultura muito forte do parto cesáreo e isso vai mudar com o tempo. Não muda rapidamente”, avaliou Kátia. Ela acredita que a descentralização das unidades, com as novas casas de parto, vai ajudar a levar informação às mulheres e a diminuir o número de cirurgias.

Agência Brasil

Campanha em SP estimula homens com mais de 50 anos a fazer check-up

Foto: Reprodução
60% dos homens só buscam tratamento quando já apresentam doenças em quadro avançado, o que dificulta os tratamentos
 
A partir deste sábado(5), homens com 50 anos ou mais poderão fazer um check-up preventivo cardiológico e urológico na rede pública de São Paulo. O programa, chamado Filho que Ama Leva o Pai no AME (Ambulatório Médico de Especialidade) vai funcionar todos os sábados, exceto feriados, em várias cidades do estado, mas é preciso fazer um agendamento prévio.
 
O objetivo do programa, segundo a Secretaria de Estado da Saúde da São Paulo, é estimular os homens a verificar se sua saúde está em dia, mesmo que não sinta nada. A campanha quer mobilizar os filhos desses pacientes para que incentivem os pais a cuidar da saúde.
 
Para fazer o check-up preventivo é preciso antes ligar para o telefone 0800-779-0000, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e agendar o exame, mas serão atendidos os homens que estão em seu mês de aniversário. A prioridade deste ano, segundo a secretaria, é para os homens que nasceram em ano par.
 
A prevenção será feita em duas etapas. Na primeira vez, o homem receberá uma consulta de enfermagem, coletará sangue para exames e passará por aferição de peso, altura e risco cardíaco. No sábado seguinte, ele retornará ao AME para buscar o resultado dos exames e ser avaliado por um cardiologista e um urologista. Caso seja identificado algum problema, o paciente será encaminhado para tratamento e acompanhamento.
 
Participam do programa, em todo o estado, 21 AMEs. Na capital, o check-up é feito no AME Heliópolis. A Agência Brasil visitou o AME Heliópolis na manhã de hoje (5) e encontrou vários homens que tinham feito exame de sangue e estavam aguardando para fazer o eletrocardiograma. No momento em que a reportagem esteve no local, por volta das 11h da manhã, nenhum dos homens tinham sido levados ao local por seus filhos, mas todos os que foram entrevistados falaram sobre a importância de se fazer exames preventivos.
 
O pedreiro Antonio Bernardino Feitosa, 65 anos, foi levado ao AME pela esposa, a advogada Maria Aparecida Julio, 71 anos. “Não temos filhos. Li o jornal e vi uma notícia sobre um mutirão. Já gritei para ele [o marido] trazer todos os documentos porque eu ia ligar no 0800. Lá me falaram que era pelo mês de nascimento. Peguei mais alguns esclarecimentos e já viemos [no AME]”, disse a esposa.
 
“Minha mulher leu sobre a campanha no jornal e agora estou fazendo [o exame]”, contou ele, que diz fazer exames preventivos periodicamente. “Com a idade, não dá para ficar sem fazer esse tipo de exame”.
 
Quem também levou o marido para fazer exames hoje foi Maria Rita Alves Sousa, 43. Ela disse ter lido sobre o programa na internet e então aproveitou para agendar o check-up para o marido João Ramalho Silva, 61, autônomo como ela. “Liguei e marquei”, contou ela. “Vim porque costumo sempre fazer exames”, acrescentou Silva.
 
Para Maria Rita, exames preventivos são uma necessidade. “Se tiver qualquer tipo de problema, descobre-se no começo e é mais fácil para tratar do que deixar para depois e, às vezes, nem ter mais jeito”.
 
O vendedor Sérgio Sales, 59 anos, foi ao local sozinho. “Eu li a notícia no jornal e eu mesmo marquei [o exame]”, disse. Sales reclamou um pouco da demora em fazer o eletrocardiograma. “A única coisa que achei ruim aqui é que só tem um cara fazendo o eletrocardiograma. E está demorando de 20 a 25 minutos. O exame de sangue foi rápido, mas só ter um aparelho de eletrocardiograma é brincadeira. Não acho isso certo. Homens não têm muita paciência. Se começar a demorar muito, o cara pega e vai embora”.
 
Uma pesquisa feita pelo Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostrou que 60% dos pacientes só buscam tratamento quando já apresentam doenças em quadro avançado, o que dificulta os tratamentos.

Agência Brasil

10 passos para você trabalhar menos e produzir mais

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Trabalhar horas e horas a mais que o expediente de trabalho nem
 sempre é sinônimo de produtividade
Nem sempre trabalhar muito é sinônimo de produtividade. Veja as dicas de especialistas para aproveitar melhor o tempo
 
Você chega ao seu escritório e começa a ler seus e-mails para resolver as pendências. Enquanto um e-mail mais pesado carrega, abre o projeto que precisa terminar até sexta-feira. Nesse meio tempo, o seu telefone toca e seu chefe lhe pede para preparar uma apresentação para a reunião de quinta-feira. Você então começa a esboçar a apresentação, até ser interrompido por um colega do setor financeiro que está cobrando as notas fiscais de um projeto já finalizado. Você deixa de lado o que está fazendo e vai atrás das notas. Ao todo, já se passou uma hora do expediente e você ainda não chegou perto de concluir qualquer tarefa.
 
Ainda que as atividades do exemplo acima não sejam nada semelhantes ao que você vive no seu dia a dia, esta situação de ter várias coisas para realizar e não conseguir finalizar nenhuma é comum à muitos todos os profissionais. Como consequência, muitos sacrificam a vida pessoal e trabalham mais de 10 horas por dia para terminar o seu trabalho. Ou seja, o famoso workaholic (do “work-a-holic”, em inglês, ou viciado em trabalho) do seu escritório pode, na verdade, ser apenas alguém que não consegue organizar o seu tempo e melhorar a produtividade.
 
No entanto, não é preciso sentir-se culpado por isso. Não conseguir aproveitar bem o seu tempo de trabalho é reversível e, em alguns casos, não é só uma questão de personalidade dispersa. “Tem uma questão de ferramenta. Às vezes, a pessoa não consegue focar e aumentar a produtividade porque ela não conhece as ferramentas que podem ajudá-la a fazer isso”, conta o coach especialista em administração de tempo, Daniel Burd, da Call Daniel.
 
Para ajudá-lo a trabalhar menos e produzir mais, o iG ouviu especialistas em administração de tempo e criou uma lista com dez dicas práticas e fáceis de serem aplicadas no dia a dia do ambiente de trabalho.
 
No entanto, a coach Jaqueline Weigel, sócia-fundadora da Weigel Coaching, lembra que o trabalhar menos não significa diminuir a sua carga horário. “É você ser mais eficiente, ou seja, você conseguir aproveitar melhor o tempo e ter uma qualidade melhor de produção. Por 'menos', a gente quer dizer menos preço a ser pago, menos exaustão e sacrifício. E produzir mais é ter mais resultado e ser capaz de fazer isso com qualidade e satisfação", lembra Jaqueline.
 
Veja abaixo 10 dicas para você trabalhar menos e produzir mais no seu dia de trabalho:
 
1 - Tenha uma agenda
Parece simples, mas ter o costume de utilizar uma agenda ou um calendário pode otimizar, e muito, o seu dia a dia. Seja de papel ou eletrônica, a agenda vai tirar do seu cérebro a responsabilidade de armazenar todas as atividades que você precisa realizar. “Quando você anota uma coisa em algum lugar, você se foca na sua tarefa do dia e não no que você tem que fazer amanhã”, conta Jaqueline.
 
2 - Divida o seu dia em blocos
Por uma semana, anote o tempo que você leva para fazer todas as atividades do seu trabalho. Depois, divida estas atividades em três blocos: as que realmente são importantes e trazem resultados, as que são emergenciais, ou seja, atividades que surgiram durante o dia e precisaram ser resolvidas naquele momento e as circunstanciais, que são as tarefas que não trazem resultados muito relevantes, como olhar e-mails, organizar o escritório e atender o telefone. No final, verifique se não está gastando tempo demais fazendo coisas que não vão lhe trazer nenhum resultado. Para o especialista Júlio Amorim, da consultoria Great Group, o ideal é que o profissional gaste, pelo menos, 60% do tempo dela fazendo as atividades do primeiro grupo, que são as mais relevantes. Em seguida, as atividades emergenciais e, por último, as circunstanciais.
 
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Tenha um grande objetivo para o dia
3 - Tenha um grande objetivo para o dia
Ao chegar no escritório, priorize uma grande atividade para dedicar mais tempo, seja um grande projeto no qual está trabalhando ou a apresentação de uma reunião importante no dia seguinte. "Não faça uma lista de cinco ou de sete objetivos. Tudo o que você fizer a mais que o objetivo principal é lucro. O que acontece é que as pessoas colocam várias metas e não conseguem atingir tudo, depois ficam frustradas", ressalta Burd.
 
4 - Estipule um prazo para todas as tarefas
Toda atividade precisa de um bom planejamento para ser executada de maneira assertiva e sem tomar mais tempo que o necessário. Desta maneira, a primeira coisa que se deve fazer antes de começar a trabalhar em cima de uma tarefa é estipular um prazo para que ela acabe. Quando o profissional inicia uma atividade sem um prazo para terminar ele está mais suscetível a se dispersar com outras demandas que surgirem durante o processo. Para Amorim, é imprescindível que o funcionário negocie com o líder o horário ou data de entrega de um projeto que ele tenha lhe passado, pois sem este limite o profissional corre o risco de levar mais tempo que o desejado pelo seu chefe.

Pasta 1 –“Aguardando resposta” – Coloque nesta pasta os e-mails que você mandou para alguém e ainda está aguardando o retorno. Pelo menos uma vez por semana entre nesta pasta e exclua os e-mail que você já obteve resposta.

Pasta 2 – “Ações não-urgentes” – Nesta pasta, deixe os e-mails que você pretende responder, mas que não são tão urgentes, como um documento que você precisa ler ou uma demanda que pode ser respondida na próxima semana.

Pasta 3 – “Arquivo” – Deixe nesta pasta os e-mails que não demandam nenhuma ação, que já foram respondidos e que você deseja guardar apenas para uma futura pesquisa e referência.

Pasta 4 – “Caixa de Entrada” – Nesta pasta, a mais importante, você deve deixar apenas os e-mails que precisam ser respondidos à curto prazo.
 
5 – Organize o seu e-mail em pastas
Em alguns casos, o profissional recebe dezenas e até centenas de e-mails durante um único dia de trabalho, facilitando a dispersão e a perda de tempo com uma atividade que, a princípio, parece simples. Segundo Daniel Burd, o recomendável é que a pessoa crie quatro pastas em seu sistema de e-mails, para melhorar o uso da ferramenta.
 
6 – Reserve um tempo do dia para o imprevisto
Antes de criar o hábito de organizar o tempo que dedicará do seu dia de trabalho para cada atividade, lembre-se que nem tudo está sob o seu controle e que imprevistos acontecem. Uma reunião pode demorar mais do que o agendado anteriormente, uma negociação com um cliente pode ser mais trabalhosa do que o imaginado ou, simplesmente, uma queda de energia pode interromper o seu trabalho por alguns minutos. Segundo o especialista em produtividade e administração de tempo Christian Barbosa, o ideal é que o profissional reserve de duas a três horas do dia para as atividades não planejadas. “Dessa forma, você terá um dia com atividades importantes e, quando eventuais urgências aparecem, entrarão em seu dia no espaço previsto, sem necessidade de um acúmulo extra de trabalho. Quanto mais você se planejar, menos urgências você terá e as situações fora da programação serão menos frequentes”, diz ele.
 
7 – Compartilhe as responsabilidades
Alguns profissionais têm dificuldade de atender a tantos pedidos de seus líderes por dependerem da ação de terceiros para concluírem suas tarefas. Quando estas pessoas se atrasam, o profissional acaba passando horas a mais no escritório para conseguir entregar tudo no tempo estipulado pelo seu chefe. Para evitar que isto aconteça, o diálogo é a melhor solução. Além de deixar claro para as outras pessoas qual é o seu próprio prazo, crie, em conjunto com elas, um limite para que cada uma entregue o que precisa a tempo de você finalizar o projeto. Dessa forma, todos estarão comprometidos e você não se sobrecarrega minutos antes da entrega.
 
8 - Reserve um tempo para não fazer nada
Isso mesmo. Para obter uma melhor produtividade dentro do ambiente profissional não é preciso ficar horas seguidas em frente ao computador, atendendo o telefone e respondendo e-mails. Pelo contrário, quando fazemos isso, forçamos o nosso cérebro a trabalhar intensamente e o nosso raciocínio começa a ficar confuso. De acordo com Jaqueline, o tempo ocioso colabora para uma melhor concentração do profissional quando ele sentar e voltar a trabalhar. Faça intervalos de dez minutos a cada hora para conversar com colegas, comer alguma coisa e descansar.
 
9 – Organize o seu ambiente de trabalho
Segundo Christian Barbosa, “ambiente bagunçado é um convite para a improdutividade”. Isto não significa que o profissional precisa ser metódico e compulsivo por uma mesa ou gaveta organizada. Na verdade, se mesmo não reservando um espaço específico para cada tipo de documento você consegue encontrar o que precisa sem perder tempo, ótimo. O problema se cria quando o ambiente está tão desorganizado que a pessoa gasta mais de meia hora vasculhando o escritório para encontrar uma pasta. No entanto, Barbosa lembra que não é preciso organizar tudo em um dia, pois provavelmente você irá se cansar e desistirá. Reserve um tempo de cada dia para organizar as gavetas, depois em outro dia para organizar as pastas e assim por diante.
 
10 – Saiba dizer não
Sabe aquele pedido que o seu chefe faz para ser entregue daqui meia hora e que você sabe que levará pelo menos duas horas? Pois então, é esse o momento em que você precisa admitir que não conseguirá concluir a tarefa no tempo estipulado e que precisará de mais tempo ou de ajuda. Sem deixar isso claro para o seu líder, ele entenderá que você concorda em entregar o que lhe foi pedido no prazo que ele lhe passou. Desta maneira, ou você vai fazer um trabalho ruim, ou vai ultrapassar o prazo e deixar que seu chefe interprete o seu atraso de uma maneira equivocada. "Você precisa admitir que o tempo é limitado e que a sua capacidade é limitada. A chave do sucesso não é você fazer mais coisas do que consegue. As pessoas têm dificuldade de admitir que não conseguem. Essa é a maior barreira para conseguir produzir mais em menos tempo”, aponta Jaqueline Weigel.
 
iG

Esportes de contato aumentam o risco de mal de Parkinson

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Muhammad Ali leva soco em luta contra Joe Frazier
Especialistas afirmam que há relação entre socos repetitivos na cabeça e a maior ocorrência da doença entre os lutadores
 
A propagação de esportes de contato como o boxe e o MMA pode aumentar os casos de mal de Parkinson. Especialistas afirmam que há uma relação entre o impacto repetitivo de chutes e socos na cabeça com o fato de doenças neurodegenerativas - como mal de Alzheimer, demência do pugilista e mal de Parkinson - serem mais recorrentes e surgirem mais precocemente entre lutadores.
 
Os casos mais notórios são os de Muhammad Ali, um dos maiores pugilistas da história e que atualmente sofre com os tremores característicos do mal de Parkinson, e do brasileiro Maguila, que enfrenta o mal de Alzheimer desde os 52 anos de idade.
 
Ainda não se sabe exatamente o que causa o mal de Parkinson. Na população em geral, a doença acomete 1% das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. “Não é que o boxe e o MMA provoquem o mal de Parkinson, mas há estudos que mostram uma relação entre o impacto e a maior ocorrência da doença”, explica Alessandra Gorgulho, neurocirurgiã e coordenadora do HCor Neuro.
 
Eletrodos na cabeça
Alessandra afirma que a cirurgia que implanta eletrodos no cérebro do paciente com Parkinson tem se mostrado mais eficiente que a medicação. Com a ação dos eletrodos, ocorre uma espécie de “reboot” no sistema de neurônios avariados e as conexões entre as células cerebrais são moduladas. A estimulação elétrica cerebral é reversível: quando a estimulação por eletrodos é interrompida, encerram-se os efeitos no cérebro.
 
“Estudos recentes mostraram que a cirurgia precoce é muito indicada. Ela traz o paciente dez anos de volta ao que era. Embora a cirurgia não tenha efeito protetor, já que outros neurônios podem apresentar problemas, ela devolve qualidade de vida principalmente para pacientes que apresentam rigidez muscular e dificuldade de locomoção”, diz. Para casos mais avançados da doença, a cirurgia não tem resultado satisfatório.
 
A cirurgia precoce é um dos desafios para os pacientes com mal de Parkinson já que, normalmente leva-se até quatro anos para que o neurologista tenha o diagnóstico preciso da doença. Nos sete anos seguintes da doença, ocorre a chamada fase honeymoon, quando o paciente tem controle quase completo dos sintomas parkinsonianos apenas com medicação e fisioterapia. As limitações começam a surgir geralmente após esse período e os sintomas se tornam mais difíceis de serem controlados. “Porém vimos que é exatamente neste período de honeymoon que obtemos o melhor resultado nas cirurgias”, disse.
 
Na cirurgia, os eletrodos são inseridos em pontos mais que milimetricamente calculados. Uma máquina no formato de um halo em volta da cabeça do paciente marca exatamente o ponto onde a população de neurônios com dados deverá ser estimulada. Existem hoje mais de cem mil paciente implantados para esse tipo de doença no mundo e, de acordo com Alessandra, o incidência de hemorragias é de apenas 0,5% por eletrodo.
 
Uma dificuldade apontada por Alessandra para a difusão do procedimento é a falta de centros no País com a tecnologia necessária. “Que eu saiba, tem apenas em São Paulo, Goiânia, Florianópolis e no Rio Grande do Sul”, disse.
 
iG