Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sábado, 9 de agosto de 2014

Dor abdominal: entenda as causas, tipos de dor e tratamentos

Conheça as doenças mais comumente relacionadas ao sintoma e como identificar 

Quando falamos em dor abdominal, muitos podem pensar que ela se concentra apenas no estômago. Mas isso está longe de ser verdade - o abdômen é toda a porção entre o tórax e a virilha, e qualquer manifestação nessa faixa pode ser considerada dor abdominal. 

E você já pode imaginar que, com a quantidade de órgãos que temos nessa região, fica muito difícil acertar o que pode estar causando esse desconforto tão grande. 

"Devemos lembrar que a dor é um sintoma, portanto seu papel maior é orientar a investigação rumo a um diagnóstico e tratamento adequado", explica o clínico geral Eduardo Finger, coordenador do departamento de pesquisa e desenvolvimento do laboratório Salomão Zoppi Diagnósticos. 

Para ajudar, separamos os órgãos que frequentemente causam dor abdominal quando estão com problemas e ensinamos a reconhecer sua dor:  

Pâncreas - Foto: Getty ImagesPâncreas
Quando a dor abdominal é descrita como uma dor intensa em faixa, no meio do abdômen, pode indicar problemas no pâncreas. "A sensação só melhora quando a pessoa assume a pose de prece maometana (com os joelhos apoiados no chão e a cabeça baixa, deixando o quadril voltado para cima)", diz o clínico geral Eduardo Finger, coordenador do departamento de pesquisa e desenvolvimento do laboratório Salomão Zoppi Diagnósticos.

O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino que se localiza atrás do estômago, entre o duodeno e o baço. Entre as suas funções está fazer a digestão das gorduras que ingerimos usando o suco pancreático, substância que contém enzimas digestivas. Além disso, o pâncreas é responsável por produzir os hormônios insulina e glucagon. A insulina é responsável por reduzir as taxas de açúcar no sangue, ao passo que o glucagon tem o efeito contrário, aumentando essas concentrações.

Qualquer falha no funcionamento da secreção dessas enzimas ou inflamações no órgão pode causar doenças que levam à dor abdominal. A principal suspeita quando a dor está localizada nesse órgão é a pancreatite - um inchaço, inflamação ou infecção no pâncreas que pode ter várias causas, entre elas o consumo excessivo de álcool. Em alguns casos, a dor pode vir acompanhada de febre e inchaço no abdômen. Também é comum a dor piorar minutos após comer ou beber, especialmente no caso de alimentos com altas quantidades de gordura. Outras doenças menos comuns relacionadas a dor no pâncreas são fibrose cística e câncer.

O médico poderá receitar analgésicos a fim de aliviar as dores e recomendar uma dieta com baixa ingestão de gordura. Nos casos mais graves, a cirurgia é necessária para remover tecido pancreático morto ou infeccionado.

Apêndice - Foto: Getty ImagesApêndice
O apêndice está localizado no ceco, que é a primeira parte do intestino grosso. Ele é uma espécie de tubo anexo ao órgão e tem aproximadamente cinco centímetros de comprimento.

Ainda não se sabe exatamente qual a função do apêndice em nosso organismo - de acordo com um estudo feito na Duke University Medical School e publicado na revista Journal of Theoretical Biology em 2007, ele pode estar relacionado com as bactérias que habitam e ajudam o sistema digestivo. Segundo os pesquisadores, pode ser que o apêndice funcione como uma casa segura para esses micro-organismos.

"Essa é uma dor genérica, de intensidade variável, no quadrante inferior direito do abdômen", explica o clínico geral Eduardo. Mas, a depender da posição do apêndice, a dor pode surgir na região do umbigo ou até nas costas - mas essas manifestações são mais raras, afirma o médico.

A doença mais relacionada é a apendicite, uma inflamação no apêndice geralmente relacionada com uma obstrução no órgão, ocasionada por fezes, um objeto estranho ou, em casos mais raros, um tumor.

Ao menor sinal de dores no apêndice, o ideal é buscar um médico. Caso seja uma inflamação grave ou um tumor, o paciente poderá ser submetido a uma cirurgia para retirada do órgão.

intestino - Foto: Getty ImagesIntestino
A dor abdominal de origem intestinal tem dois tipos: a gerada por inflamação e aquela consequente da constipação. "A primeira geralmente é uma queimação difusa e contínua, já a segunda se caracteriza por uma cólica em intervalos irregulares acompanhada da sensação de empachamento", afirma o clínico geral Eduardo. O especialista afirma que o excesso de gases, gerado pela digestão dos alimentos no intestino, pode causar dor abdominal. "Essas manifestações podem variar desde uma dor aguda em flancos até algo mais difuso e extenso, que se espalha por uma região do abdômen", explica. Frequentemente, a dor dos gases pode se mostrar móvel, mudando de lugar depois de apertarmos a barriga e melhorando com a liberação dos gases.

O intestino é um órgão que se estende do estômago até o ânus, se dividindo em dois segmentos: intestino delgado e intestino grosso. O primeiro é responsável por completar a digestão de proteínas, lipídeos, carboidratos, vitaminas e todas as substâncias ingeridas e necessárias para fornecer energia ao nosso organismo. Já o intestino grosso faz a absorção de água e eletrólitos e síntese de vitaminas pelas bactérias intestinais. Ao absorver a água, o intestino grosso forma o bolo fecal (fezes).

Existem diversas doenças que podem causar dor abdominal proveniente do intestino. As mais comuns são síndrome do intestino irritável e alergias ou intolerâncias alimentares (como intolerância à lactose). Há também as doenças inflamatórias do intestino, como doença de Chron e colite. Nos casos mais graves, as dores abdominais podem ser causadas por um câncer colorretal.

Já a constipação é causada quase sempre por conta de uma alimentação pode em fibras e líquidos - principalmente a água - impedindo o intestino de formar um bolo fecal adequado e dificultando os movimentos intestinais, responsáveis por formar as vezes e levá-las até o ânus para evacuação. "A prisão de ventre acontece quando você tem fezes muito ressecadas, que exigem um esforço muito grande na hora de evacuar, comumente associado a uma sensação de cólica e desconforto", explica o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Brasileira de Nutrologia. A prisão de ventre não tratada pode gerar diverticulite (formação de bolsas e quistos no intestino), que por si só também leva a dor abdominal.

Além das deficiências alimentares a constipação pode acontecer em idosos, por diminuição do movimento do intestino, como colateral de medicamentos, consequência do sedentarismo ou então de problemas na tireoide. Existe também uma doença rara, segundo o nutrólogo, que se define pela falta de nervos na parede do intestino, responsáveis por contrai-lo. Pessoas com essa doença tem prisão de ventre desde o nascimento, justamente porque são incapazes de fazer o intestino funcionar corretamente.

Caso você sinta as cólicas e dores abdominais com frequência, procure um médico para avaliar o problema. Ele poderá receitar para as cólicas um antiespasmódico, medicamento que age inibindo contrações musculares, agindo no foco da dor. Entretanto, na suspeita de problemas mais graves, ele poderá indicar um exame de colonoscopia.

Rins - Foto: Getty ImagesRins
Com o formato de feijões e cerca de 5 cm de largura por 3 cm de espessura, os rins são órgãos excretores, responsáveis principalmente por filtrar as substâncias que nosso corpo digere e produz, deixando apenas o que é bom para organismo e jogando fora através da urina aquilo que não nos faz bem. Os dois rins ficam localizados cada um em um lado da coluna - o direito encontra-se logo abaixo do fígado e o esquerdo abaixo do baço.

A principal causa de dor abdominal relacionada ao rim é o cálculo renal. "A pedra se forma quando algumas substâncias secretadas pela urina - como o cálcio - estão presentes no rim em quantidade excessiva, isso causa um processo de cristalização, formando a pedra", explica o nefrologista Eduardo Garcia, do Hospital Samaritano de São Paulo. O tamanho do cálculo influencia a intensidade da dor - até quatro milímetros podem ser expelidos espontaneamente, sem dor. "Acima desse tamanho, a chance de episódios com dor aumenta", conta o nefrologista André Sloboda, da Sociedade Brasileira de Nefrologia. A dor do calculo renal costuma ser em cólica, unilateral, intensa, com trajeto que se inicia em região lombar e segue em direção à região pubiana. A dor, que muitos dizem ser quase insuportável, acontece porque a pedra está se movimento dentro dos rins.

"Outras doenças renais relacionadas à dor no abdômen incluem obstrução ureteral e pielonefrite, ou infecção alta do rim, mas esta vem acompanhada de febre, mal estar intenso e pus na urina", ressalta o clínico geral Eduardo Finger.

A dor, cuja intensidade é comparável as dores do parto, acontece porque a pedra está se movimento dentro dos rins. O alívio da dor pode ser feito com o uso de antiespasmódicos, uma vez que eles irão inibir as contrações renais, diminuindo o sintoma. Diferente dos analgésicos, que apenas causam uma sensação de anestesia, o antiespasmódico age diretamente na causa da dor.

Aparelho reprodutor - Foto: Getty ImagesAparelho reprodutor
As cólicas menstruais sem dúvida são as dores abdominais mais relacionadas com o aparelho reprodutor. "O mal aparece em consequência das contrações realizadas pelo útero para eliminar o sangue - ou seja, quanto mais intenso for o fluxo, mais fortes serão as cólicas", explica a ginecologista Silvana Chedid, chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa. Essa dor costuma acometer o baixo ventre, facilmente identificada por acontecer próxima ou durante o período menstrual. Essa cólica pode ser tratada utilizando medicamentos antiespasmódicos, uma vez que eles irão inibir as contrações uterinas, diminuindo a dor e aliviando o sintoma. Diferente dos analgésicos, que apenas causam uma sensação de anestesia, o antiespasmódico age diretamente na causa da dor, sendo mais eficaz no tratamento.

No entanto, as cólicas muito dolorosas podem indicar um problema mais grave: a endometriose. O endométrio é a mucosa que reveste a parede interna do útero, responsável por alojar o embrião e auxiliar na formação da placenta durante a gravidez. Caso a mulher não seja fecundada, o endométrio se desintegra e é expelido do corpo na forma de menstruação. A endometriose acontece quando esse tecido cresce em outras regiões do corpo, causando dor, sangramento irregular e possível infertilidade. Essa formação de tecido normalmente ocorre na região pélvica, nos ovários, no intestino, no reto, na bexiga e na pélvis. "Os sintomas principais da endometriose são as cólicas menstruais que não melhoram com medicação habitual, dores na relação sexual e sintomas urinários e intestinais como dor ao evacuar e sangramento", explica a ginecologista Sueli Raposo, do Laboratório Pasteur, em Brasília. Caso você tenha esses sintomas, procure um médico ginecologista.

Fígado - Foto: Getty ImagesFígado
O fígado é o segundo maior órgão do corpo humano depois da pele. O fígado exerce mais de 200 funções em nosso organismo, sendo as principais o auxílio na digestão de alimentos, produção de bile (substância que atua na digestão de gorduras), a síntese de colesterol e a metabolização dos elementos nocivos de alguns alimentos, como bebidas alcoólicas, café e gorduras. De acordo com o clínico geral Eduardo, o fígado e si não dói, mas a cápsula fibrosa que o envolve sim. "Dessa forma, as dores na região do fígado costumam ser mais frequentes naquelas doenças que produzem distensão da cápsula como é o caso do edema hepático na insuficiência cardíaca, um tumor se expandindo, edema inflamatório da hepatite e etc", diz. A dor de origem hepática pode ser descrita como um peso no quadrante superior direito do abdômen.

É importante identificar a dor no fígado para evitar tratamentos que podem ser nocivos ao órgão, como a ingestão de paracetamol, um analgésico e antipirético. Quando o paracetamol é processado pelo organismo, produz um composto tóxico chamado NAPQI, que em baixas quantidades pode ser facilmente limpado pelo organismo. Entretanto, em um fígado doente ou em altas quantidades, o NAPQI resultante do paracetamol pode ser uma ameaça, uma vez que a substância ataca as moléculas que formam a membrana das células hepáticas. A consequência disso é a morte dessas células, que compromete o funcionamento do fígado.

É importante manter uma dieta com alimentos de fácil digestão, como frutas, verduras e peixes, além de uma consulta ao médico, que irá indicar o tratamento mais recomendado para a sua situação.

Estômago - Foto: Getty ImagesEstômago
O estômago é um órgão presente no tubo digestivo, situado logo abaixo do diafragma. Ele é responsável por produzir o suco gástrico, que inicia a digestão dos alimentos e os prepara para serem absorvidos no intestino. As dores de estômago estão intimamente relacionadas com o refluxo gastroesofágico e a gastrite. "A doença do refluxo gastroesofágico é uma condição na qual o conteúdo do estômago (alimento ou líquido) vaza em direção contrária - do estômago para o esôfago", explica a gastroenterologista Eponina Lemme, da Federação Brasileira de Gastroenterologia. Essa ação pode irritar o esôfago, causando azia e dor abdominal em queimação no quadrante superior esquerdo do abdômen. Já a gastrite ocorre quando o revestimento do estômago fica inflamado ou inchado devido, entre outros, ao estresse excessivo ou infecção pela bactéria H. pylori. Essa dor também é em forma de queimação, só que muito mais intensa do que a causada pelo refluxo.

"Já as infecções estomacais causam uma dor difusa e confusa, que pode queimar e dar cólicas, frequentemente acompanhadas de vômitos", completa o clínico geral Eduardo Finger. Além disso, em casos mais graves, o câncer de estômago pode simular uma úlcera ou uma gastrite, gerando a dor abdominal.

O alívio da dor de estômago genérica pode ser feito com antiácidos, antieméticos, ou antiespasmódicos. No entanto, se a dor persistir ou se tornar frequente, é importante procurar um médico.

Vesícula biliar - Foto: Getty ImagesVesícula biliar
A vesícula biliar é conectada ao fígado e ao duodeno e tem cerca de 7 cm de comprimento. Sua aparência é verde escura por conta da bile, que fica armazenada no órgão - sua única função. Depois de ser armazenada na vesícula biliar, a bile se torna mais concentrada do que quando saiu do fígado, aumentando sua potência e intensificando seu efeito na digestão das gorduras. A dor abdominal em decorrência de problemas na vesícula podem acusar problemas como cólica biliar - dor causada pela obstrução total ou parcial dos canais que conduzem a bile. 

A cólica biliar geralmente acontece em decorrência dos cálculos biliares, que são depósitos que se formam dentro da vesícula biliar, feitos de colesterol ou compostos da bile. "É uma cólica que se inicia no quadrante superior direito e caminha em direção ao meio do abdômen", conta o clínico geral Eduardo.

 A dor também pode ser um sinal de colangite, que é uma infecção das vias biliares. Nesse caso, o sintoma acomete todo o meio da barriga em forma de queimação, sendo muito doloroso até mesmo tocar na região.

O médico poderá receitar medicamentos antiespasmódicos para o alívio da dor, assim como indicar o tratamento mais adequado para a origem da dor. No caso de cálculos biliares pode ser até mesmo uma cirurgia.

MInha Vida

Ebola: entenda o que quer dizer a emergência de saúde pública global declarada pela OMS

Foto: Choe Jae-koo / AP - No aeroporto de Incheon, na Coreia do Sul, funcionário checa a temperatura
de viajante que retornava da África Ocidental
Epidemia de febre hemorrágica na África leva entidade a tomar essa medida pela terceira vez desde 2005

Rio - A primeira reunião do Comitê de Emergência, nos últimos dois dias, discutiu a situação do ebola no mundo entre a Organização Mundial de Saúde (OMS) e representantes da Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria seguiu as regras do Regulamento Sanitário Internacional (IHR, na sigla em inglês, aprovado em 2005), que tem “o propósito de prevenir, proteger, controlar e dar uma resposta de saúde pública contra a propagação internacional de doenças, de maneiras proporcionais e restritas aos riscos para a saúde pública, e que evitem interferências desnecessárias com o tráfego e o comércio internacionais”. Esta é a terceira vez que a OMS decreta emergência de saúde pública global, já anunciada para a poliomielite e para a gripe A.

O que dizem as regras internacionais?
O IHR estabelece que caso um Estado tenha evidências de um evento de saúde pública inesperado ou incomum dentro de seu território (independentemente de sua origem ou fonte), que possa constituir uma emergência de saúde pública de importância internacional, ele fornecerá todas as informações de saúde pública relevantes à OMS. E ao receber estas informações, a OMS avaliará o potencial de propagação internacional de doenças, a possível interferência com o tráfego internacional, e a adequação das medidas de controle.

Como se estabelece uma emergência de saúde pública global?
Um evento constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional, de acordo com o IHR, “quando informações evidenciando a propagação internacional da infecção ou contaminação forem confirmadas pela OMS, segundo princípios epidemiológicos estabelecidos; ou houver evidências de que as medidas de controle contra a propagação internacional provavelmente não terão sucesso, devido à natureza da contaminação, agente patológico, vetor ou reservatório; ou o Estado Parte não possuir capacidade operacional suficiente para realizar as medidas necessárias para prevenir maior disseminação da doença; ou a natureza e abrangência do movimento internacional de viajantes, bagagens, carga, contêineres, meios de transporte, mercadorias, ou encomendas postais que possam ser afetados pela infecção ou contaminação exigirem a aplicação imediata de medidas internacionais de controle”.

O que ficou decidido na reunião sobre ebola em relação aos países afetados?
Esses países devem declarar emergência nacional e mobilizar recursos do estado para conter a doença. Presidentes e líderes comunitários devem assumir responsabilidade de comunicar e orientar a população, além de garantir segurança física e equipamentos médicos de proteção para médicos e enfermeiras, inclusive pagamento de salários atrasados. Os países afetados também têm que verificar e escanear cada pessoa com sintomas de febre que sair dos países afetados em aeroportos e portos. 

Não vai haver um embargo sobre viagens para os países afetados. Governos devem negociar com companhias áreas para que voos não sejam interrompidos. Eventos como jogos de futebol ou missas devem ser adiados.

O que ficou decidido sobre os doentes nos países afetados?
Casos suspeitos não devem ser autorizados a deixar o país (salvo com uma determinação do governo) e devem ser isolados por pelo menos 48 horas. Pessoas contaminadas devem permanecer em isolamento durante 31 dias. Funerais de pessoas contaminadas devem ser acompanhados por especialistas médicos.

O que ficou decidido em relação aos países que fazem fronteira com os afetados?
Esses países devem controlar fronteiras e estarem prontos para identificar casos suspeitos. Se um caso for confirmado, Estados são orientados a declarar emergência nacional de forma imediata.

O que ficou decidido para o resto do mundo?
Governos não devem declarar proibição de viagens aos países afetados ou suspender comércio, mas devem garantir informações sobre a doença e o que fazer em caso de contágio. Autoridades devem estar preparadas para identificar, detectar e administrar um eventual caso de ebola, e isso inclui preparar laboratórios. Aeroportos devem estar prontos para lidar com eventuais casos suspeitos. Estados devem estar prontos para evacuar das áreas afetadas seus nacionais, caso seja solicitado. 

O Globo

Brasil enviará R$ 1 milhão e 15 toneladas de material médico para combater ebola na África

Foto: Sunday Alamba / AP - Passageiro é escaneado por funcionário de saúde em aeroporto na Nigéria
Passageiros de Serra Leoa, Líbéria e Guiné que apresentarem sintomas serão levados ao serviço de saúde 

BRASÍLIA - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse nesta sexta-feira que o governo brasileiro vai doar R$ 1 milhão à Organização Mundial de Saúde (OMS) para combater o avanço da epidemia de ebola no Oeste da África. Além disso, o país enviará 15 toneladas de medicamentos e material médico, como jalecos e luvas, aos três países mais afetados: Serra Leoa, Guiné e Libéria. Quatro kits com 3,5 toneladas já foram enviados para Guiné.

Na madrugada desta sexta (horário de Brasília), a OMS declarou estado de emergência global, apelando aos governos do mundo para reunir esforços com objetivo de conter o surto, que já matou 961 pessoas em quatro países na África. Segundo a entidade, cada país deve monitorar suas fronteiras e aeroportos para evitar a entrada de pessoas infectadas. Chioro garantiu que o governo brasileiro está preparado para cumprir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao vírus ebola e informou que não há nenhum caso da doença no país. 

— Neste momento, não há risco de transmissão no Brasil e o risco de alguém (infectado) vir de fora é pouco provável — afirmou o ministro

Chioro detalhou os procedimentos definidos pelo ministério para detectar e tratar qualquer paciente contaminado. O sistema de vigilância estará focado nos aeroportos internacionais e nos portos. Pacientes cuja contaminação for detectada já durante o voo serão levados diretamente ao hospital de referência do estado. O transporte será feito por equipes do Samu. O mesmo procedimento será adotado se um paciente chegar ao Brasil ainda no período de incubação da doença, que pode durar 21 dias.

Segundo o ministro, o vírus não é transmissível durante o período de incubação, quando o paciente ainda não demonstra sintoma. Ele enfatizou também que a transmissão não se dá pelo ar, mas apenas no caso de contato com fluidos corporais de pessoas infectadas.

Chioro disse que 170 equipamentos para profissionais de saúde lidarem com eventuais infectados já foram distribuídos na preparação para as 12 cidades sede e para cinco subsedes da Copa do Mundo. No caso de um paciente infectado ser detectado no Brasil, o Ministério da Saúde enviará uma equipe médica para fazer a remoção para o hospital de referência. Ele deixou claro que serão considerados suspeitos de infecção as pessoas procedentes nos últimos 21 dias de Serra Leoa, Libéria e Guiné que tiverem apresentado febre súbita ou hemorragia. Nesse caso, a pessoa será atendida por uma equipe da Anvisa no aeroporto para melhor diagnóstico. 

Como medida de preparação para o risco, o Ministério da Saúde elevou do nível zero para o nível dois a ativação do chamado Centro de Operações de Emergência em Saúde, que fica no ministério, em Brasília. Essa ativação de nível dois, que a penúltima mais elevada, significa que uma equipe do ministério atuará caso se confirme a chegada de qualquer pessoa infectada pelo ebola.

A partir de amanhã será divulgada nos aeroportos internacionais uma mensagem orientando passageiros procedentes do exterior que apresentem sintomas de febre hemorrágica a procurar o serviço de saúde. O ministério orienta o serviços de saúde de todo país a notificarem qualquer caso suspeito pelo telefone 0800-64446645 ou pelo e-mail: notifica@saude.gov.br

O secretário de vigilância em saúde, Jarbas Barbosa, disse que o governo brasileiro buscará no exterior qualquer cidadão brasileiro que esteja infectado pela doença. Os contatos já foram feitos com a Força Aérea Brasileira e com o Itamaraty.

O atual surto de ebola no Oeste da África tem letalidade de 68%. Em sua página na internet, o Ministério da Saúde informava nesta manhã que 1.711 pessoas já foram infectadas, das quais 932 morreram.

Chioro e Jarbas enfatizaram que não há qualquer recomendação da OMS no sentido de restringir viagens ou comércio aos países afetados. Eles lembraram que as infecções têm ocorrido em áreas rurais e que não há notícia de viajantes internacionais ter sido infectado durante passagem por esses países. Os casos conhecidos, como o de um médico americano, são de pessoas que estavam atuando em contato direto com pacientes. 

O exame para confirmar eventuais casos suspeitos no Brasil será feito no Instituto Evandro Chagas, no Pará. No Brasil, 60 profissionais estão credenciados pela OMS para armazenar material infectado que será transportado em segurança, dentro de aeronaves. Nesse caso, a amostra do material seriam enviadas também aos Estados Unidos. 

O período de incubação da doença varia de um a 21 dias. Pessoas que tenham mantido contado com infectados, mas não apresentem sintomas da doença, não precisam ficar de quarentena. A orientação do ministério é que monitorem a temperatura do corpo, já que a febre súbita é um dos sintomas da doença. Jarbas contou que um médico brasileiro ligado à organização não governamental Médicos sem Fronteiras chegou de Serra Leoa há duas semanas e entrou em contato com o ministério, no Rio. A orientação foi que ele monitorasse se tinha febre. O médico não apresentou nenhum sintoma. 

O Globo

Menina inventa ‘mochila de quimioterapia’ para pacientes pediátricos

 Kylie Simonds sobreviveu a um câncer raro e resolveu usar sua experiência para ajudar outras crianças 

Connecticut - Uma menina de 11 anos que sobreviveu a um câncer usou sua experiência para inventar um dispositivo que torna o tratamento de quimioterapia um pouco mais fácil para as crianças. 

Há três anos Kylie Simonds foi diagnosticada com rabdomiossarcoma, um tipo raro de câncer que atinge as células que normalmente se tornam músculos esqueléticos do corpo — aqueles que controlamos para mover partes do corpo e se inserem sobre os ossos e cartilagens. Para seu tratamento foram necessárias 46 semanas de quimioterapia.

Reprodução
— Eu perdi meu cabelo e costumava vomitar facilmente — contou Kylie em uma entrevista ao canal WTNH News 8. — Eu usava um equipamento com fios, tropeçava neles e era difícil de andar: alguém tinha que empurrar o equipamento pra mim porque eu estava fraca — disse.

Depois de um prognóstico positivo dos médicos, Kylie decidiu ajudar outras crianças que enfrentariam os mesmos desafios que ela teve durante o tratamento. E aí ela teve a ideia de criar uma mochila que transportasse um equipamento de quimioterapia muito leve, comparado ao tradicionalmente usado no tratamento.

— A ideia foi criar uma coisa pequena, esses equipamentos normalmente são grandes e assustadores — disse.

As mochilas foram feitas em designs divertidos e dá às crianças que recebem quimioterapia mais mobilidade para fazer atividades e se distraírem dos acontecimentos.

O protótipo ganhou prêmios na Convenção de Invenções de Connecticut e está com uma patente provisória.

O próximo passo de Kylie é conseguir dinheiro com uma campanha GoFundMe para produzir as mochilas.

O Globo

Travesseiros velhos aumentam risco de acne e alergias

 Sujeira acumulada aos travesseiros pode trazer danos à saúde
Especialistas recomendam que os travesseiros sejam trocados de seis em seis meses 

Você talvez tenha um travesseiro favorito, que parece até fazer com que durma melhor. Mas, se ele for daquele bem velhinho, com mais de seis meses ‘de vida’, você pode estar aumentando as chances de ter acne e alergias, alertam os especialistas. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

Isso ocorre porque a sujeira, o óleo, os ácaros e a pele morta acabam se acumulando em travesseiros velhos.
O doutor Robert Oexman, diretor do Sleep to Live Institute, localizado ao norte da Califórnia, avisa que quem dorme em travesseiros velhos pode estar pressionando o rosto contra a sujeira.

O centro de pesquisa trabalha com engenheiros e cientistas no desenvolvimento de produtos para a melhora da qualidade do sono.

Os ácaros podem agravar a asmas e desencadear reações alérgicas. De 20% das pessoas que sofrem de alergias, cerca de dois terços podem ser alérgicas ao ácaro que vive nos tapetes e na cama.

Os especialistas explicam que as reações das pessoas alérgicas são mais fortes durante a manhã e à noite, e o travesseiro pode ser o culpado, já que a proteína que desencadeia reações nos ácaros não fica no ar.

A recomendação é que a roupa de cama seja lavada com regularidade e, como precaução, seja seca em uma máquina. Outra dica é procurar travesseiros que preencham a lacuna entre a cabeça e os ombros.

Terra

Consumo de cafeína está associado a menor incidência de zumbido no ouvido

Pesquisadores observaram que as mulheres com maior ingestão de cafeína tiveram uma menor incidência de zumbido nos ouvidos 

Tomar café — ou comer alimentos que contenham cafeína — pode ajudar a prevenir a incidência de zumbido no ouvido, conforme divulgou uma pesquisa do Brigham and Women Hospital. O estudo acompanhou mais de 65 mil mulheres e levou em consideração o estilo de vida e o histórico médico de cada paciente com idades entre 30 e 44 anos.

As mulheres começaram a participar do estudo em 1991. Após 18 anos de acompanhamento, os pesquisadores identificaram 5.289 casos de zumbido no ouvido.

— Observamos uma associação inversa entre a ingestão de cafeína e a incidência de zumbido entre as mulheres — disse Gary Curhan, autor do estudo.

Os pesquisadores relatam que, as mulheres que ingeriram de 450 a 599 miligramas de café por dia apresentaram 15% menos incidência de zumbido do que as que consumiam até 150 miligramas da bebida. A maioria de cafeína consumida entre as mulheres era no café e os resultados não variaram de acordo com a idade.

— Nós sabemos que a cafeína estimula o sistema nervoso central, e pesquisas anteriores já demonstraram que a cafeína tem um efeito direto sobre o ouvido interno em ambos os estudos de ciência e animais de bancada — explicou o médico.

Zero Hora

58% dos empregadores já flagraram mentiras em currículos. Veja as mais bizarras

Getty Images: 58% dos empregadores já flagraram mentiras em currículos
Setor de Serviços Financeiros é o mais propício aos mentirosos 

Você mente no seu currículo achando que nunca vai ser pego? Pois saiba que os empregadores são mais espertos do que você imagina e é bem provável que algum deles já tenha descoberto o seu "equívoco". De acordo com uma pesquisa norte-americana divulgada nesta quinta-feira (7) pelo site especializado em RH, CareerBuilder, 58% dos empregadores já descobriram mentiras em um currículo. Um terço destes diz que a incidência de mentiras aumentou após o início da crise de 2008.

A pesquisa, realizada com 2.188 gerentes e profissionais de RH, mostra que 51% dos entrevistados dispensariam o candidato automaticamente se descobrissem uma mentira em seu currículo, enquanto 40% diz que dependeria da mentira. Somente 7% afirmou que ignorariam a mentira caso o tivessem gostado do candidato.

"Confiança é muito importante nas relações profissionais, e ao mentir no seu currículo, você quebra essa confiança logo no começo. Se você quer melhorar o currículo, é melhor focar em dar exemplos tangíveis da sua experiência profissional. Seu currículo não necessariamente tem que ter o encaixe perfeito com uma organização, mas precisa ser relevante e preciso", comenta Rosemary Haefner, vice-presidente de Recursos Humanos da Career Builder.

A pesquisa também apurou quais são as mentiras mais comuns, os setores do mercado de trabalho em que os profissionais mais mentem no currículo e também as mentiras mais bizarras já encontradas por recrutadores. Veja abaixo:

As mentiras mais memoráveis dos currículos:

- O candidato colocou a experiência profissional do pai, já que os dois tinham o mesmo nome

- O candidato que alegou ter sido o assistente do Primeiro-Ministro de um país que não tem primeiro-ministro

- O candidato que alegou ser campeão de arremesso livre de basquete no colegial e admitiu ter mentido durante a entrevista

- O candidato que disse ter sido medalhista olímpico

- O candidato que alegou ter experiência com supervisão de obras e, na verdade, havia apenas participado da construção de uma casinha de cachorro alguns anos antes

- O candidato que alegou ter 25 anos de experiência profissional aos 32 anos de idade

-  O candidato que trabalhou em três lugares por vários anos, mas na verdade trabalhou em um lugar por dois dias, no outro por um dia e nunca nem tinha trabalhado no terceiro lugar

- O profissional que se candidatou duas vezes para a mesma vaga de emprego e colocou dois históricos de experiências profissionais completamente diferentes em cada inscrição

- O profissional que se candidatou para trabalhar para a companhia que tinha acabado de demití-lo. Ele ainda colocou a companhia como sendo sua última experiência profissional

As mentiras mais comuns:

1. "Enfeitar" o conjunto de habilidades: 57%

2. "Enfeitar" o conjunto de responsabilidades: 55%

3. Duração dos empregos anteriores: 42%

4. Cargo: 34%

5. Diploma de graduação: 33%

6. Companhias para as quais trabalhou antes: 26%

7. Menções honrosas/prêmios: 18%

Os setores com mais mentirosos

1º - Serviços Financeiros: 73% dos recrutadores já descobriram uma mentira nos currículos de profissionais desta área

2º - Lazer e Hospitalidade: 71%

3º - Tecnologia da Informação: 63%

4º - Saúde: 63%

5º - Varejo: 59%

iG

Homem morre na Inglaterra após cigarro eletrônico explodir

Getty Images: Cigarro eletrônico
O objeto pegou fogo e incendiou um tubo de oxigênio que talvez estivesse sendo usado pela vítima 

Um britânico morreu durante um incêndio provocado pela explosão de um cigarro eletrônico. O fogo teria atingido o tubo de oxigênio que a vítima usava, informou nesta sexta-feira o Corpo de Bombeiros de Merseyside, na Inglaterra.

O homem, de 62 anos, cujo nome não foi revelado, foi encontrado morto na sala de estar de casa em Wallasey, no noroeste do país.

Segundo os bombeiros, o pequeno incêndio se extinguiu sozinho antes de a equipe chegar à casa da vítima. A causa exata da morte ainda não foi divulgada. Um inquérito foi aberto pelas autoridades locais.

Alerta
Segundo um porta-voz do Corpo de Bombeiros, "uma investigação inicial sobre as causas do incêndio identificaram que um cigarro eletrônico que estava carregando no quarto explodiu. O objeto pegou fogo e incendiou um tubo de oxigênio que talvez estivesse sendo usado pela vítima".

Myles Plat, comandante do Corpo de Bombeiros local, acrescentou que "a sindicância para apurar as causas do incêndio continua, mas nesse momento acreditamos que o carregador que estava sendo usado talvez não fosse o original de fábrica".

"Recomendamos às pessoas que sempre usem o equipamento original de fábrica e em linha com as instruções do fabricante. 

Também lembramos que tais objetos não devem ser deixados carregando de um dia para o outro ou abandonados ligados em uma corrente elétrica por um longo período. Além disso, não misture partes de diferentes cigarros eletrônicos", afirmou Plat.

Desde janeiro, nove incêndios envolvendo cigarros eletrônicos foram registrados em Merseyside

BBC Brasil / iG

As piores coisas para se dizer a quem perdeu peso

Thinkstock: As piores coisas para dizer a quem perdeu peso
As frases que os ex-gordos mais detestam ouvir e por que você deve evitá-las 

Emagrecer, todo mundo sabe, não é uma tarefa fácil. A dedicação necessária para perder muitos quilos é exaustiva, mas vale a pena quando a balança e o espelho mostram que todo o esforço foi recompensado. Nessa hora, nada melhor para o ex-gordinho do que ouvir um elogio. Mas, e quando a mudança gera comentários desagradáveis? Sim, muita gente acha que está elogiando quando, na verdade, está sendo, no mínimo, indelicada.

De acordo com a endocrinologista Maria Fernanda Barca, é fundamental que a família, amigos e até mesmo a equipe médica deem retornos positivos para quem está perdendo peso. No entanto, não é incomum o ex-obeso ouvir comentários depreciativos, como: “você parece doente” ou “não acha que perdeu peso muito rápido?”. Nesses casos, os especialistas são unânimes: é preciso se afastar de influências negativas, pois comentários do tipo acabam desmotivando o processo de emagrecimento.

“Palpites sempre vão existir e não só em relação ao emagrecimento. Então é importante lidar com esses comentários da melhor forma, sem perder o foco na redução de peso. Assim como existem os comentários ruins existirão muitos outros positivos”, lembra a psicóloga Fernanda Prearo, da clínica GTS.

Quem emagreceu também precisa entender que, em um primeiro momento, as pessoas ao redor estranham mesmo o novo visual.
“Para aqueles que convivem diariamente com o obeso é mais fácil assimilar as mudanças. Pessoas que não o veem há algum tempo podem ter uma reação mais inesperada”, diz Maria Fernada.

Em todos os casos, é preciso não se deixar abater pelos comentários negativos e, se necessário, estar pronto para responder a eles. Se for uma pessoa próxima, explique que o comentário é desagradável e por que é chato ouvir aquilo. Se ela gostar de você, entenderá perfeitamente e tomará mais cuidado com o que diz. Para os sem-noção de plantão, preparamos uma lista com as frases mais comuns que os ex-obesos ouvem com frequência e acham bem chato escutar. E explicamos por que elas devem ser evitadas.

“Você perdeu peso rápido demais! Isso é normal?”
A menos que você conviva com a pessoa diariamente e tenha um diploma em Medicina, não pode saber se ela perdeu peso rápido demais ou não. O médico é o especialista indicado para determinar o ritmo de perda de peso – por isso a orientação de jamais começar uma dieta sem a orientação de um profissional habilitado. Além disso, cada pessoa tem um objetivo diferente. Umas querem dietas mais radicais, outras não querem ser tão radicais assim. Objetivos diferentes, dietas diferentes.

“Você parece outra pessoa! Está até mais alegre!”
Na verdade, como todos os seres humanos, o ex-gordinho pode ser uma pessoa alegre e triste, dependendo da situação ou do momento. O fato dele ser gordo não necessariamente o impede de ser uma pessoa alegre.

“Você deve estar se sentindo tão bonita agora!”
Outro erro pensar que quando era gorda a pessoa se achava feia. Claro que ela pode estar se sentindo mais atraente agora, mas o fato de ser gorda não impede uma pessoa de ser bonita e interessante.

“Mas você tomou remédio ou só fechou a boca? Estou te achando mais agitada!”
De novo querendo bancar o médico, é isso? Existem infinitas formas de emagrecer e remédios, quando corretamente prescritos pelo médico, podem fazer parte do processo. O que importa é manter a cabeça no lugar e seguir orientação profissional. E, sinceramente? Talvez o ex-gordinho não queira discutir a dieta dele em uma circunstância social, então, não pergunte sobre isso.

“Dizem que quem perde muito rápido ganha tudo de volta”
Isso é um mito! O importante é que a pessoa se mantenha atenta para não exagerar e voltar a ganhar peso. Por isso é fundamental um bom acompanhamento profissional.

“Você está malhando? Senão pode ficar flácida e depois recuperar tudo que perdeu”
Na verdade, muitos gordinhos emagrecem e não ficam flácidos. Isso depende de cada organismo e de como é direcionado o processo de emagrecimento.

“Nossa, nem te reconheci! Com essas roupas novas, cabelo novo, maquiagem, está renovada!”
Realmente, emagrecer mexe com a autoestima, mas o ex-gordo segue sendo a mesma pessoa de antes. Gordura não é sinal de desleixo. E muitas mulheres gordinhas são vaidosas. O que muda é a forma como as pessoas passam a olhar para a mulher quando ela fica mais magra. A sociedade passa a aceitá-la mais.

“Estou te achando tão abatida. Você fez exames para ver se está com as vitaminas em dia?”
A pessoa está emagrecendo, não definhando, ok?

“Como você faz para comer agora que não pode abusar?”
O que muda são as escolhas e as quantidades, mas a pessoa segue comendo normalmente. Afinal terá de continuar comendo para o resto da vida. E o fato de estar de dieta não a impede de continuar se alimentando.

“Eu não sei como você consegue ficar sem comer tantas coisas gostosas. Como vai ser a hora que você for numa festa ou restaurante?”
Estar de dieta não significa abandonar tudo e jejuar como um faquir. Se tiver algum evento onde a pessoa se depare com comidas gostosas ela vai comer. A diferença é que fará isso com cuidado, escolhendo as coisas mais saudáveis e comendo em menor quantidade.

“Quando a gente emagrece dá uma caída né? Parece que você envelheceu”
Na verdade ela perdeu peso e não juventude. Claro que o processo de emagrecimento pode deixar a pele um pouco mais flácida, mas o ganho em qualidade de vida é o que precisa ser valorizado e não o aspecto da pele.

“Agora só falta fazer uma plástica para colocar tudo no lugar”
Cirurgias plásticas são procedimentos invasivos e dispendiosos. Optar por fazer ou não é algo que o ex-gordinho deve discutir com seu médico, caso haja realmente a necessidade. Muitos ex-obesos não precisam de plásticas. Tudo que precisam é se sentirem bem com o próprio corpo.

“Você não sente vontade de comer como antes? Está contando as calorias? Cuidado para não abusar!”
Sinceramente, não é legal ficar patrulhando a dieta alheia. Isso é indelicado, além de fazer com que a pessoa se sinta vigiada. Ela fez uma escolha e conseguiu perder muito peso. Em vez de deixa-la preocupada com isso e ansiosa com seus comentários, que tal comemorar a conquista dela e falar de outros assuntos? Afinal, o peso é apenas um dos muitos detalhes que constituem uma pessoa.

Delas