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domingo, 7 de setembro de 2014

Dieta de restrição de carboidratos reina em termos de perda de peso e saúde

No mundo das dietas, a oferta é incrivelmente alta, mas a dieta da restrição de carboidratos tem uma ligeira vantagem

Um novo estudo publicado recentemente na Revista Annals of Internal Medicine concluiu que depois de um ano seguindo em suas respectivas dietas, os participantes que optaram por um regime de restrição de carboidratos tinham perdido muito mais peso do que aqueles que seguiram uma dieta de baixo teor de gordura.

Mas não é só isso: a dieta de restrição de carboidratos também proporcionou melhores indicadores de saúde cardiovascular, incluindo melhores níveis de colesterol e triglicérides. Apesar de não sabermos o que pode acontecer a longo prazo, pelo menos no primeiro ano de dieta feita a risca, ela é a melhor opção para perder de peso e manter a saúde do coração em dia.

Dieta de restrição de carboidratos: a melhor opção para você
O estudo que chegou a essa conclusão recrutou 150 homens e mulheres obesos de 22 a 75 anos de idade, e os distribuiu aleatoriamente entre 2 grupos, onde cada um iria seguir uma proposta de dieta: ou restrição de carboidratos ou dieta de baixa gordura. Nenhum deles tinha problemas cardíacos ou diabetes no início do período de estudo. O grupo também estava equilibrado entre brancos e negros.

As pessoas que estavam no grupo da dieta de restrição de carboidratos foram convidados a comer menos do que 40 gramas de carboidratos por dia. Já aqueles que caíram no grupo de baixo teor de gordura foram convidados a manter sua ingestão diária de calorias a menos de 30% provenientes de gordura e 55% de carboidratos (menos de 7% das calorias deveriam vir da gordura saturada, mas os participantes não chegaram a alcançar esta parte). 

Nenhum grupo recebeu orientações para restringir calorias de qualquer forma, mas todos os participantes reuniram-se individualmente em primeiro lugar, e em seguida, em um grupo de informação e de apoio nutricional em sessões periódicas durante o desenvolvimento do estudo.

Os principais resultados deixaram bem claro para os pesquisadores que a dieta de restrição de carboidratos, tanto para perda de peso quanto para a saúde do coração, é a melhor. Em números:

- Aos 3, 6 e 12 meses, as pessoas que seguiram a dieta de restrição de carboidratos tinham perdido muito mais peso do que aqueles que estavam seguindo a dieta de baixo teor de gordura;

- No final do ano, o grupo da restrição de carboidrato tinha perdido cerca de 5,4 quilos, enquanto o grupo de baixo teor de gordura perdeu apenas 1,8, em média;

- O HDL (o colesterol “bom”) aumentou mais acentuadamente no grupo da restrição de carboidratos. A taxa de colesterol HDL em relação ao total também cresceu de forma mais acentuada neste grupo. 

Os participantes do grupo de carboidratos restritos também tiveram maior aumento da massa muscular magra, enquanto que aqueles no grupo de baixo teor de gordura perderam mais músculo em relação à gordura.

Aqueles no grupo de restrição de carboidrato apresentaram maiores diminuições na proteína C-reativa (PCR), uma medida de inflamação, do que aqueles no grupo de baixo teor de gordura.

Dietas pobres em carboidratos, como a dieta de Atkins, têm estado em xeque nos últimos anos, principalmente porque alguns críticos levantaram preocupações sobre os riscos cardíacos potenciais. Como as dietas de baixo carboidrato são frequentemente ricas em gordura, houve esse questionamento (que de fato é bastante recorrente) sobre se a dieta poderia estar ligada a mais problemas cardiovasculares do que benefícios.

O novo estudo parece não apenas aliviar algumas dessas preocupações, como também traz boas recomendações de organizações como a American Heart Association, de que uma dieta de restrição de carboidratos é a melhor opção.

Além disso, mais e mais estudos demonstraram os benefícios das dietas ricas em gordura, como a dieta mediterrânea, tanto para perda de peso, como para a saúde em geral, e especialmente a saúde do coração.

O que também é interessante sobre o estudo é que ele foi randomizado, o que o torna mais convincente do que estudos observacionais anteriores, que chegaram a resultados conflitantes sobre os benefícios versus os inconvenientes de dietas de baixo carboidrato.

Mais uma vez, os cientistas ainda não sabem quais são os feitos dessa dieta a longo prazo. Mas, para o primeiro ano, ela parece ser a melhor opção, sem quaisquer efeitos adversos, particularmente no que diz respeito a riscos cardiovasculares.

FORBES / Hypescience

Comunicação direta entre cérebros humanos já é uma realidade

Uma equipe internacional de neurocientistas e engenheiros demonstraram a viabilidade da comunicação direta entre cérebros humanos

A descoberta, altamente inovadora, descreve o êxito na transmissão de informações através da internet entre os pensamentos de dois seres humanos – localizados a 8.000 km de distância um do outro.


Credit: Grau C, Ginhoux R, Riera A, Nguyen TL, Chauvat H, et al. (2014) Conscious Brain-to-Brain Communication in Humans  Using Non-Invasive Technologies.
  PLoS ONE 9(8): e105225. doi:10.1371/journal.pone.0105225

“Queríamos descobrir se duas pessoas poderiam se comunicar lendo e repassando suas atividades cerebrais uma para a outra, fazendo isso através de grandes distâncias físicas, aproveitando as vias de comunicação existentes”, explica o coautor Alvaro Pascual-Leone, diretor do Centro Berenson-Allen de Estimulação Cerebral Não Invasiva do Centro Médico Beth Israel Deaconess e professor de Neurologia da Escola de Medicina de Harvard (EUA). “Um caminho para isso é a internet, por isso a nossa questão tornou-se: ‘Será que podemos desenvolver um experimento que pudesse ignorar a fala ou a escrita e estabelecer comunicação direta de cérebro para cérebro entre sujeitos localizados muito longe um do outro, como na Índia e na França?”.

Os pesquisadores descobriram que a resposta para esta pergunta era “sim”.

Em um equivalente neurocientífico de mensagens instantâneas, Pascual-Leone, junto com Giulio Ruffini e Carles Grau, liderando uma equipe de pesquisadores da Starlab Barcelona, na Espanha, e Michel Berg, liderando uma equipe da Axilum Robotics em Estrasburgo, na França, transmitiram com êxito as palavras “hola” e “ciao” em uma transmissão de um local na Índia para um local na França, mediada por um computador usando um eletroencefalograma ligado a internet (EEG) e estimulação magnética transcraniana (EMTr) assistida roboticamente e guiada por imagem.

Estudos anteriores baseados na interação cérebro-máquina através de eletroencefalograma têm normalmente feito uso da comunicação entre o cérebro humano e o computador. Nesses estudos, eletrodos fixados no couro cabeludo gravavam correntes elétricas no cérebro conforme a pessoa realizava um pensamento-ação, como conscientemente pensar em mover o braço ou a perna. O computador então interpretava o sinal e o convertia para uma saída de controle, como em um robô ou uma cadeira de rodas.

A diferença neste novo estudo é que a equipe de pesquisadores adicionou um segundo cérebro humano na outra ponta do sistema. Quatro participantes saudáveis, com idade entre 28 a 50 anos, tomaram parte do estudo. Um dos quatro indivíduos ficou com a interface cérebro-computador (BCI) e era o remetente das palavras; os outros três foram designados para o ramo de interface computador-cérebro (CBI) dos experimentos, recebendo as mensagens e as entendendo.

Usando EEG, a equipe de pesquisa primeiro traduziu as saudações “hola” e “ciao” em código binário e, em seguida, enviaram por e-mail os resultados da Índia para a França. Uma interface computador-cérebro transmitiu a mensagem aos cérebros dos receptores através de estimulação cerebral não invasiva. Os indivíduos experimentaram os sinais como fosfenos, flashes de luz em sua visão periférica. A luz apareceu em sequências numéricas que permitiram que o receptor decodificasse as informações contidas na mensagem. Enquanto os indivíduos relataram não sentir nada, eles receberam corretamente as saudações.

Um segundo experimento semelhante foi realizado entre os indivíduos na Espanha e na França, com o resultado final de uma taxa de erro total de apenas 15%, 11% no final da decodificação e 5% do lado inicial da codificação.

“Ao usar neurotecnologias de precisão avançada, incluindo EEG sem fio e EMTr robotizada, pudemos diretamente e de forma não invasiva transmitir um pensamento de uma pessoa para outra, sem que elas tenham se falado ou escrito qualquer coisa”, celebra Pascual-Leone. “Isso por si só é um passo notável na comunicação humana, mas ser capaz de fazê-lo através de uma distância de milhares de quilômetros é uma importante prova de que o desenvolvimento das comunicações cérebro-cérebro é possível. 

Acreditamos que essas experiências representam um primeiro passo importante na exploração da viabilidade de complementar ou superar a comunicação tradicional”, projeta.

Cacau aumenta índice de metais no chocolate, aponta pesquisa da Unicamp

Chocolate: no Brasil, nível de chumbo e cádmio está dentro do aceitável
Os autores do estudo já pesquisavam a presença dos metais em produtos achocolatados há algum tempo, mas, dessa vez, buscaram descobrir se abusar do cacau poderia ser perigoso para o consumidor

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriram que o nível de chumbo e cádmio presente no chocolate pode estar relacionado à concentração e à qualidade do cacau na receita. 

As conclusões foram publicadas na revista especializada Journal of Agricultural and Food Chemistry. Felizmente, em todas as 30 marcas avaliadas, as substâncias estavam em limites considerados seguros para consumo de acordo com a legislação brasileira e com normas da União Europeia e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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O chumbo e o cádmio são metais que ocorrem naturalmente e podem ser absorvidos pelos grãos de acordo com as condições do solo e de cultivo. Mas, se consumidos em excesso, eles podem prejudicar o funcionamento de diversos órgãos e causar anemia e dores abdominais e de cabeça. Em crianças, os elementos podem ser a causa de mudanças comportamentais e de atraso na fala, entre outros problemas.

Os autores do estudo já estudavam a presença dos metais em produtos achocolatados há algum tempo, mas, dessa vez, buscaram descobrir se abusar do cacau poderia ser perigoso para o consumidor. 

Para esse trabalho, foram testados 30 chocolates ao leite, meio-amargos e brancos. Como nem todas as marcas divulgam a concentração de cacau presente, a relação entre o ingrediente e a concentração de metal teve de ser medida em uma única marca.

Correio Braziliense

Substância retirada do ipê pode ajudar a tratar leucemia

O grande problema da terapia atual é a falta do medicamento específico para
cada tipo de leucemia, diz pesquisador
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) identificaram três moléculas capazes de atuar sobre glóbulos brancos cancerígenos, sem afetar as células saudáveis 

Uma substância derivada de árvores do ipê pode ser o caminho para o tratamento de leucemias - diferentes tipos de câncer que afetam os glóbulos brancos, células responsáveis pelo sistema de defesa do organismo. 

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) identificaram três moléculas capazes de atuar sobre glóbulos brancos cancerígenos, sem afetar as células saudáveis. 

A descoberta pode levar à criação de fármacos específicos para o tratamento de diferentes tipos de leucemias. O trabalho foi publicado na revista científica European Journal of Medicinal Chemistry.

Os pesquisadores criaram as moléculas da união do núcleo das células de outras duas substâncias e as testaram em quatro linhagens diferentes de leucemia, duas de linfoide aguda, mais comum em crianças e com prognóstico melhor; e duas de mieloide aguda, mais rara, mas responsável pelos casos mais graves. 

Dos 18 compostos criados, 3 se mostraram mais potentes e com seletividade maior - atacaram as células cancerígenas e, em menor grau, as células saudáveis. E, principalmente, tiveram comportamento diferenciado em relação às linhagens de leucemia. Uma delas se mostrou 19 vezes mais potente sobre células de leucemia linfoide do que sobre as de leucemia mieloide.

"É a primeira vez que se investiga as moléculas oriundas dessa estratégia de junção de núcleos em diferentes linhagens de leucemia. E o mais importante é conhecer esse perfil de atividade de acordo com a linhagem. 

A leucemia é um dos tipos de câncer que mais afetam crianças e por trás da palavra leucemia se esconde uma grande diversidade de doenças. O grande problema da terapia é a falta do medicamento específico para cada tipo de leucemia", afirma o farmacêutico Floriano Paes Silva Junior, chefe do Laboratório de Bioquímica de Proteínas e Peptídeos do IOC.

As moléculas foram preparadas pelo grupo coordenado pelos pesquisadores Fernando de Carvalho da Silva e Vitor Francisco Ferreira, da UFF, com base no núcleo das células de duas substâncias. Uma delas é derivada de um produto natural extraído do ipê. Esse núcleo pertence à classe química das quinonas. "O que nós queremos é matar as células malignas, mas as quinonas costumam ter baixa seletividade, ou seja, matam também as células saudáveis", disse Silva Junior.

Os cientistas combinaram, então, o núcleo da quinona com o de outra molécula, chamada triazol, que tem a capacidade de atingir somente as células cancerígenas. Silva Júnior ressalta que esse é o "primeiro passo" para a criação de um fármaco. Mas testes e análises ainda devem levar pelo menos dez anos. 

Saúde Plena

Bactéria modificada injetada diretamente em tumores absorve o câncer

O micro-organismo destruiu essas estruturas e se alimentou de fragmentos delas. Testada em uma mulher, a técnica reduziu a doença em tecido do ombro

Quimioterapia e radiação são dois tratamentos recorrentes no combate ao câncer, mas muito agressivos ao organismo. Em busca de alternativas mais eficazes e que diminuam os efeitos colaterais, cientistas dos Estados Unidos propõem o uso de uma bactéria para reduzir tumores. Os detalhes do estudo foram divulgados na revista científica Science Translational Medicine.

Encontrada no solo, a Clostridium novyi (C.novyi) prolifera-se em ambientes com baixa quantidade de oxigênio. Por não gostar do elemento químico, ela se multiplica em tumores, que têm regiões pouco oxigenadas, condição que reduz a ação da radioterapia. A equipe de médicos da Universidade Johns Hopkins criou uma versão menos nociva do micro-organismo, que levou o nome de C.novyi-NT. Para isso, removeram genes dele, deixando-o menos tóxico e mais seguro para uma aplicação terapêutica.

Nicholas Roberts, líder da pesquisa, e a equipe coordenada por ele optaram por uma abordagem direta, injetando esporos da bactéria diretamente em tumores. Os primeiros experimentos foram feitos em camundongos com câncer de cérebro induzido. Os resultados apontaram que os esporos destruíram as células tumorais e se alimentaram de fragmentos delas sem danificar as estruturas saudáveis próximas.

A partir dessa etapa, os pesquisadores ampliaram os testes com cães. Dos 16 animais do estudo, seis apresentaram respostas positivas 21 dias após o primeiro tratamento. Desses, três tiveram tumores completamente eliminados e os outros, reduções de pelo menos 30% da doença. Esses resultados são animadores porque, segundo Roberts, há muitas semelhanças entre os cânceres em cães e em seres humanos. Em alguns casos, os tratamentos envolvem as mesmas drogas, que geram efeitos secundários parecidos. “Os cães são exemplos do que pode acontecer em humanos”, afirma Roberts.

Sabrina Chagas, professora da Escola Médica da PUC-Rio, afirma que não há surpresa nas equivalências. “O câncer origina-se a partir de um erro na multiplicação celular de um tecido. Essa alteração pode ocorrer independentemente do animal em questão”, explica. A especialista complementa dizendo que o mecanismo de ação da terapia proposta pelos cientistas da instituição norte-americana é inovador. “Esse tratamento parece ser mais eficaz em tumores pouco vascularizados. Sendo assim, devemos procurar cânceres com esse perfil e testar o efeito nesse grupo.” 

Correio Braziliense

Em 8 minutos: aparelho aponta grau de 1 a 7 para mau hálito

Shutterstock
Qualquer pessoa pode fazer o exame que classifica o grau da halitose de 1 a 7, mas o mais importante é saber que todos os níveis têm cura 

O hálito possui cerca de 200 substâncias diferentes. Porém, quando algumas delas são encontradas na boca em quantidade ou qualidade fora da média, é sinal de halitose. Pensando nisso, o Centro de Excelência no Tratamento de Halitose (CETH) desenvolveu um aparelho capaz de medir, em oito minutos, o nível desses gases e indicar se a pessoa está ou não com mau hálito. 

O Oralchroma tem uma função cromatográfica, ou seja, consegue separar e medir os três principais gases responsáveis pela halitose: o sulfidreto (original das bactérias), o metilmercaptana (predominante na gengiva) e o dimetilsulfeto (que pode ser originado pela ingestão de alguns alimentos e bebidas ou por problemas sistêmicos como pulmonares, intestinais e etc). 

“A grande evolução deste exame é que podemos ter resultados qualitativos e quantitativos na mesma hora. Além de indicar o problema de hálito, ele pode detectar sua origem. Com a análise dos gases conseguimos saber se o problema é na língua, na gengiva ou em outro lugar do corpo”, diz Alênio Calil, diretor da CETH. 

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O especialista afirma, ainda, que, junto com esse teste, é necessário que o paciente responda a um questionário para complementar o resultado. “Com estes dados é possível também orientar o paciente sobre em qual outro local do corpo pode estar o problema que causa a halitose”.  

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Classificação do hálito
Quando se faz o exame do hálito, o aparelho diagnostica o grau da halitose do paciente, que pode variar entre 1 e 7. “Pacientes com grau 1 são considerados com o hálito normal e pacientes com grau 7 possuem um altíssimo nível de gases presentes, o que indica que, além do problema bucal, ele tem outros problemas sistêmicos”, diz Alênio. 

As pessoas que apresentarem um grau de halitose entre 1 e 5 podem ser tratadas por dentistas. Esse especialista orienta o paciente quanto à higiene bucal (com dicas sobre raspadores linguais e enxaguantes) e quanto a dietas alimentares. “Quando o resultado do exame fica entre 6 e 7, além do dentista, será necessário outro especialista para tratar o problema, que pode ser um otorrino, um gastroenterologista ou outro médico dependendo do que mostrou o exame”, afirma. 

E, embora esses casos tenham uma solução mais lenta, é importante dizer que a halitose tem cura para todos eles, mas, assim como pressão alta ou diabetes, se o paciente descuidar pode voltar. “Por isso ela é considerada uma doença crônica que deve sempre ser checada.  Pacientes que têm problema acima do grau 3 devem fazer exames anuais e ir constantemente ao dentista capacitado para uma avaliação”, diz o especialista. 

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Evite o mau hálito comendo e bebendo


Onde fazer os testes
Qualquer pessoa pode fazer esse exame, porém é necessário seguir algumas recomendações, como estar duas horas em jejum, sem escovar os dentes e sem fumar. Hoje, existem mais de 40 aparelhos espalhados pelo Brasil, sendo São Paulo o local com maior número de clínicas e laboratórios com os OralChromas. Porém, ainda é possível encontrá-los no Rio de Janeiro, Recife, Minas Gerais e Espírito Santo. Para que o diagnóstico seja feito de maneira correta, o CETH capacitou alguns dentistas clínicos gerais e elaborou um laudo especifico que interpreta o resultado da máquina. Esses profissionais podem sem encontrados no site da CETH.

Terra

Conheça um novo método para evitar o parto prematuro: o Pessário

Pessário de silicone
Novidade no país e muito utilizado para segurar a incontinência urinária, o pessário, dispositivo redondo feito geralmente de silicone, tem ganhado uma nova função: prevenir o parto prematuro

Apesar de ainda não ter nenhum estudo que comprove sua eficiência, a sua utilização vez crescendo consideravelmente nos últimos dois anos, por não ter nenhuma contraindicação, a não ser em casos extremos.

De acordo com o Dr. Jurandir Piassi Passos, ginecologista, obstetra e especialista em medicina fetal do Deldoni Auriemo Medicina Diagnóstica, o orifício do colo uterino é o grande responsável pela manutenção da gravidez. Se ele não tiver resistência suficiente para aguentar o peso do bebê e do líquido amniótico, ele vai cedendo e abrindo aos poucos, fazendo com que a dilatação do útero aumente o risco de parto prematuro.

“O pessário faz o papel dessa porção do colo uterino, ou seja, exerce uma pressão no colo de fora para dentro, impedindo a sua dilatação e a ocorrência do trabalho de parto prematuro”, afirma.

E praticamente não há contra indicação. Ele apenas não deve ser usado por mulheres que tem alergia ao silicone, material do qual é feito, e quando há presença de trabalho de parto efetivo ou placentas de inserção baixa. Além disso, existem casos em que não se indica a interrupção do trabalho de parto, mesmo que prematuro, como em quadros infecciosos.

Além do pessário, outros métodos são utilizados no país para evitar o parto prematuro. Dr. Passos conta: “Frente a um quadro de incompetência do colo uterino ou em pacientes com história previa de prematuridade por incompetência do colo uterino, podem ser realizados tanto a progesterona, quando a cerclagem uterina”.

Tais métodos ainda podem ser aliados ao pessário, quando a futura mamãe usa o novo método e também recorre à progesterona. “Afinal, o importante é prolongar a gravidez e reduzir os riscos que a prematuridade trás para a criança”, finaliza o especialista.

Universo Jatobá

Viagra: os perigos do excesso das pílulas azuis

Especialistas afirmam que tomar estimulantes sexuais em excesso é um risco, além de não ajudar no desempenho na cama 

O personagem Reginaldo (Flavio Galvão), da novela Império, é simpático ao uso de estimulantes sexuais. Chega a tomar três comprimidos antes de cair nos braços da mulher Tuane (Nanda Costa). 

A relação entre o casal é complicada e gera dúvidas, já que em diversos capítulos o sexo foi feito sem Tuane estar com vontade. 

Polêmicas a parte, o problema é que médicos advertem que a prática de Reginaldo não condiz muito com a realidade e também pode representar risco, em caso de doença no coração.

“Para disfunção erétil, existem comprimidos de sildenafil de 25 mg, 50 mg ou 100 mg. Se ele tomar três de 100 mg pode ser que tenha os efeitos colaterais aumentados, como dor de cabeça e vermelhidão pelo corpo. Terá mal estar”, afirma o vice-presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, Ricardo Mourilhe Rocha.

O medicamento vasodilatador pode ser comprado sem a necessidade de receita médica. Em 2009, com o fim da patente e o surgimento de remédios genéricos mais baratos, as vendas de sildenafil disparam, saindo de 2 milhões de unidades para 30 milhões.

Rocha explica que no caso de cardiopatas que usam medicamento sublingual à base de nitrato, a combinação dos dois remédios é de alto risco, pois pode acarretar em pressão baixa. “Nestes casos, a pessoa não faz estas combinações porque tem medo”, avalia.

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Excesso de pílulas não faz milagre
Outra questão é que se não houve melhora de desempenho sexual com 100 mg, não haverá com mais. “Os estimulantes orais funcional em 80% dos casos de disfunção erétil, mas se com 100mg não houver melhora da performance, não adianta aumentar a dosagem, que também não haverá resultado”, explica o chefe do departamento de andrologia da Sociedade Brasileira de Andrologia (SBU), Antônio de Moraes.

Para os 20% dos casos existem os estimulantes injetáveis, chamados tratamentos de segunda linha, ou as próteses penianas.

Rocha afirma que a maior preocupação quanto aos estimulantes sexuais está no uso recreativo do sildenafil. “Normalmente são homens jovens e sem problema de disfunção erétil que bebem. Então perdem a libido e usam o sildenafil para melhorar a performance”, diz. Para o cardiologista, a prática pode representar risco de dependência. “Acaba gerando uma dependência, até mesmo por questões psicológicas”, diz o especialista.

iG

Orgânicos podem ser mais prejudiciais que alimentos com agrotóxicos

Alimentos orgânicos são inegavelmente mais saudáveis do que aqueles com agrotóxicos; mas risco de contaminação é maior 

É sempre melhor escolher um alimento orgânico do que um com agrotóxico. Isso ninguém discute. No entanto, especialistas alertam que é preciso avaliar bem a fonte de onde esse alimento proveio, já que ele pode estar contaminado com fungos, bactérias e até mesmo por protozoários – como a cisticercose, mais conhecida por solitária. 

Por não ter os defensores agrícolas, os alimentos orgânicos são, de uma forma simplista, desprotegidos. Para isso, é preciso ter cuidado maior no plantio e crescimento, para que ele não seja contaminado por fungos, bactérias ou parasitas.

O nutrólogo Roberto Navarro explica que nutricionalmente, os alimentos orgânicos têm uma vantagem inegável sobre os que com agrotóxicos. "Só tem que ter cuidado na hora da compra e do consumo", alerta.

Esse cuidado que o médico se refere vai desde o plantio do alimento até quando ele é levado à boca. Navarro explica que, se o alimento orgânico está mais mole do que o normal, é preciso ficar de olho, pois indica que está estragando. Vale lembrar que os orgânicos estragam mais rápido do que os com agrotóxico.

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Ele também aconselha a higienizar os alimentos com maior atenção. "Alguns fungos são invisíveis, mas é preciso desprezar o alimento que já mostra visivelmente que tem algum fungo", explica ele. Outros sinais apontados pelo especialista são coloração alterada, odor diferente, e, claro, os famosos parasitas. "A goiaba com bichinhos", comenta.

A cisticercose é um outro problema. A ingestão de ovos da tênia, mais conhecida por lombriga solitária, costuma acontecer pela alface, rúcula, agrião e outras folhas. "Se lavar bem, o risco é anulado", comenta o médico. Ele recomenda que além da higienização em água corrente, seja utilizada soluções para matar esses microrganismos.

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As três receitas eficazes para exterminar o problema são simples: uma colher de sopa de bicarbonato de sódio a cada litro de água, três colheres de sopa de vinagre para cada litro de água ou usar hipoclorito na quantidade especificada na embalagem do higienizante são soluções ótimas nesses casos. Neste caso, o médico lembra que o hipoclorito é o mais eficiente dentre os três. Deixar o alimento de molho por algum tempo pode diminuir em 90% o risco de contaminação.

Para o nutrólogo, escolher alimentos com a certificação de produto orgânico é uma segurança a mais, já que o plantio e crescimento dos alimentos devem seguir um padrão rígido de qualidade.

Agrotóxicos são um perigo
Os agrotóxicos são substâncias químicas usadas para proteger o alimento de pragas, ajudando-o a crescer e até mesmo não estragar tão rápido. O problema é que esses compostos químicos são nocivos aos seres humanos e, quando em grande quantidade, estão ligados ao aumento de alguns tipos de câncer. 

O fígado humano é biologicamente programado para se defender de agrotóxicos e outras substâncias tóxicas. Mas, como em tudo na ciência, há limites, e o fígado pode exaurir-se com tanto trabalho. Para melhorar a ação desse órgão, consumir alimentos com compostos sulfídricos, que estão presentes nos vegetais verde-escuros, como couve, espinafre, brócolis, bem como no alho, cebola e cogumelos comestíveis ajudam o fígado a trabalhar melhor no processo conhecido por detoxificação.

Logo, o ideal é consumir alimentos com menos agrotóxicos, seja comprando orgânicos confiáveis (a melhor opção) ou tentando reduzir o teor dos tóxicos com truques caseiros.

iG